La méta langue, un mal nécessaire du dictionnaire actif.

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La méta langue, un mal nécessaire du dictionnaire actif.
La méta langue, un mal nécessaire du
dictionnaire actif.
Alain Duval
(Université
Paris X - Nanterre,
France)
1. Introduction.
'.' D i c t i o n n a i r e
actif "
et " d i c t i o n n a i r e
t i o n n e l " et " d i c t i o n n a i r e
e n t e n d fréquemment
l'on
retrouve
bidirectionnel "
aujourd'hui
souvent
passif ",
sous
" dictionnaire
unidirec-
sont des e x p r e s s i o n s q u e
l'on
d a n s les colloques de l e x i c o g r a p h i e ,
que
la
plume
du
lexicographe
ou
du
métalexicographe. Elles font référence à l'univers du dictionnaire b i l i n g u e et
les concepts q u ' e l l e s recouvrent semblent tellement évidents qu'il est p r e s q u e
indécent de vouloir en préciser le sens.
C e l a n'était pas le cas il y a encore peu de temps, et au cours d e la p r e m i è r e
partie du vingtième siècle au m o i n s , cette p r o b l é m a t i q u e s e m b l e
totalement
ignorée. Ce n'est q u e g r a d u e l l e m e n t , plus souvent par e m p i r i s m e q u e
par
véritable réflexion é p i s t é m o l o g i q u e , que les dictionnaires bilingues ont pris
en c o m p t e ces notions, avec plus ou m o i n s d e b o n h e u r , et q u ' i l s ont tenté d e
les intégrer dans leur m é t h o d o l o g i e .
Peu à peu, les l e x i c o g r a p h e s ont m i e u x cerné la nature p o l y m o r p h e
du
lecteur auquel le dictionnaire bilingue s'adresse et ont r e c o n n u q u e c ' é t a i t là
l'une des différences les plus évidentes qu'il entretient avec le d i c t i o n n a i r e
monolingue.
2. Q u e l q u e s g é n é r a l i t é s s u r le
monolingue.
Le dictionnaire m o n o l i n g u e ne s'adresse qu'à un seul t y p e d ' u t i l i s a t e u r et n e
p r o p o s e qu'un seul type d'utilisation. Certes, l'utilisateur d e m o n o l i n g u e
n'est
pas unique en cela q u e sa c o m p é t e n c e peut varier g r a n d e m e n t selon qu'il est
l o c u t e u r natif, locuteur de langue
s e c o n d e ou grand
débutant
dans
une
l a n g u e qui lui est étrangère.
L e dictionnaire m o n o l i n g u e tentera alors d ' a d a p t e r
la m a c r o s t r u c t u r e
et
l'éventail des m o t s entrant dans les définitions en fonction du public visé.
M a i s la d é m a r c h e sera toujours la m ê m e : r a m e n e r l'inconnu au c o n n u .
L ' i n c o n n u , c ' e s t avant tout 1' " e n t r é e ",
l'élément de macrostructure par
l e q u e l on " entre " d a n s l'article, le m o t d e la n o m e n c l a t u r e à partir d u q u e l
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Alain Duval
la r e c h e r c h e c o m m e n c e . D a n s le corps d e l'article, l ' i n c o n n u , c ' e s t aussi tel
ou tel é l é m e n t de p h r a s é o l o g i e
dont
le sens général n ' e s t pas la s i m p l e
a d d i t i o n du sens de c h a c u n des m o t s qui le c o m p o s e n t .
L e c o n n u , c ' e s t tout le matériel définitionnel et m é t a l i n g u i s t i q u e qui
trouve
dans
le c o r p s
de
l'article.
Il
apporte
une
information
se
souvent
r e d o n d a n t e qui p r e n d l ' a p p a r e n c e d ' u n d i s c o u r s d i d a c t i q u e écrit dont il a les
a t t r i b u t s f o r m e l s : m a j u s c u l e s et p o n c t u a t i o n .
L ' u s a g e r sera, lui, s u p p o s é r é p o n d r e à au m o i n s une e x i g e n c e préalable : il
d e v r a avoir un certain niveau d e c o n n a i s s a n c e de la langue.
Utiliser
un
d i c t i o n n a i r e m o n o l i n g u e p o u r a p p r e n d r e u n e l a n g u e d o n t le lexique, voire
l'alphabet,
seraient totalement i n c o n n u s
est bien sûr a b s u r d e .
Ayant
une
c o n n a i s s a n c e partielle d e la l a n g u e , l ' u s a g e r va se tourner vers le d i c t i o n n a i r e
p o u r c o m b l e r ses l a c u n e s .
O n p r é s u p p o s e d o n c q u e le texte d e l'article p r o p o s e un m e s s a g e signifiant
q u e l ' u s a g e r est en m e s u r e d e d é c o d e r . C o m m e le r é d a c t e u r ignore le niveau
d e c o m p é t e n c e de l'usager, que c e d e r n i e r a f o r c é m e n t
une
connaissance
i m p a r f a i t e d e la langue, il v a faire flèche d e tout bois p o u r faire naître le sens:
indications
de
domaine
et
de
registre,
redondance
définitionnelle,
c o n t e x t u a l i s a t i o n s , citations, s y n o n y m e s sont autant d e m o y e n s de multiplier
les possibilités d'accès au sens e n e s p é r a n t que l ' u n
d'eux
au m o i n s
sera
opérant.
C e t t e p r é s e n t a t i o n d e la d é m a r c h e m o n o l i n g u e est é v i d e m m e n t
sommaire
et r é d u c t r i c e . Outre les i n f o r m a t i o n s p u r e m e n t s é m a n t i q u e s , Il y a bien sûr
d ' a u t r e s é l é m e n t s , par e x e m p l e s y n t a x i q u e s , c o n t e n u s d a n s l'article. Il ne
s ' a g i t pas ici d ' e n d r e s s e r une liste e x h a u s t i v e m a i s d ' i n t r o d u i r e le p r o p o s .
3. Q u e l q u e s
g é n é r a l i t é s s u r le
bilingue.
Le d i c t i o n n a i r e b i l i n g u e , lui, s ' a d r e s s e p o t e n t i e l l e m e n t à quatre
différents. Il est d e type " p a s s i f "
utilisateurs
l o r s q u e la l a n g u e cible est la l a n g u e
p r e m i è r e de l'utilisateur et q u e celui-ci va lire les traductions afin d e d é c o d e r
le m e s s a g e d e la l a n g u e source. Il est d e type " actif "
lorsque la l a n g u e
s o u r c e est la l a n g u e p r e m i è r e de l ' u t i l i s a t e u r et q u e celui-ci va s'en
comme d'un
tremplin p o u r e n c o d e r
" unidirectionnel "
lorsqu'il
ne
servir
son m e s s a g e en l a n g u e cible. Il est
s'adresse
qu'aux
utilisateurs
ayant
une
m ê m e l a n g u e p r e m i è r e , il est enfin " b i d i r e c t i o n n e l " l o r s q u ' i l s ' a d r e s s e a u x
utilisateurs d e s d e u x l a n g u e s .
La métalangue, un mal nécessaire du dictionnaire
4. Les dictionnaires e x a m i n é s d a n s cette
Afin
d'étudier
d'exemples
ces différents
éléments,
actif
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étude.
le présent
propos
tirés d e s trois dictionnaires français/anglais et
sera
illustré
anglais/français
sans d o u t e les plus représentatifs publiés dans la p r e m i è r e partie du v i n g t i è m e
siècle :
•
Cassell's French
Dictionary, dont la p r e m i è r e édition d a t e d e la fin
du X I X e siècle [et dont les e x e m p l e s présentés sont pris dans
l'édition
révisée de D . Girard et al. (1981)]
•
Hachette
dictionnaire
a n g l a i s / f r a n ç a i s d e Charles Petit ( 1 9 3 4 ) ,
puis français/anglais avec la collaboration de W . Savage.
•
Harrap's
Standard
French
D i c t i o n a r y d e J.E. M a n s i o n
(partie
français/anglais 1934, puis partie anglais/français 1939)
Pour un francophone, c ' e s t la partie anglais/français qui sera utilisée d e
manière " p a s s i v e " pour d é c o d e r le sens de l ' a n g l a i s et la partie français/
anglais q u i sera utilisée de manière " active " pour e n c o d e r le m e s s a g e . P o u r
un a n g l o p h o n e , c ' e s t bien sûr l ' i n v e r s e .
5. Q u e l q u e s g é n é r a l i t é s s u r l e b i l i n g u e
passif.
Dans l e s premières années du X X e siècle, le dictionnaire b i l i n g u e était c o n ç u
essentiellement c o m m e un outil de d é c o d a g e de la langue é t r a n g è r e , à l ' i n s t a r
des dictionnaires classiques latin/français ou grec/français. L e bilingue était
donc d e type " p a s s i f " ,
ou p o u r parler plus s i m p l e m e n t , il servait surtout à
faire d e la version.
C ' e s t d'ailleurs l'utilisation la plus c o m m u n e q u e l ' o n fait du bilingue : le
traducteur
professionnel,
par
dictionnaires d e d é c o d a g e et c'est
exemple,
utilise
essentiellement
des
surtout d a n s c e sens q u e le v o y a g e u r
consultera l ' o u v r a g e plus ou m o i n s v o l u m i n e u x
qu'il
aura emporté
pour
mieux c o m p r e n d r e la réalité é t r a n g è r e qui l ' e n t o u r e .
D'ailleurs, lorsque les ouvrages bilingues sont v e n d u s en t o m e s séparés, il
se v e n d plus d e dictionnaires anglais/français dans les p a y s f r a n c o p h o n e s
et
plus d e dictionnaires français/anglais dans les pays a n g l o - s a x o n s .
C e n ' e s t d o n c p a s un hasard si J . E . M a n s i o n , p r o p o s a n t son travail à u n e
m a i s o n d'édition anglaise, a c o m m e n c é p a r la partie français/anglais et si C h .
Petit, travaillant p o u r u n e m a i s o n d ' é d i t i o n
partie anglais/français.
française, a d ' a b o r d
r é d i g é la
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Alain Duval
D ' u n point d e v u e c o n c e p t u e l enfin, le bilingue passif présente b e a u c o u p
d ' a f f i n i t é s avec le m o n o l i n g u e . D a n s les d e u x cas, l ' o b j e t
de la r e c h e r c h e :
l ' i n c o n n u , est r e p r é s e n t é e s s e n t i e l l e m e n t par l ' e n t r é e . Le corps d e l'article,
d a n s un cas a v e c ses définitions, d a n s l'autre a v e c ses traductions, c o r r e s p o n d
au c o n n u qui va p e r m e t t r e l ' a v è n e m e n t du sens.
6. L e b i l i n g u e a n g l a i s / f r a n ç a i s u n i d i r e c t i o n n e l
passif.
A titre d'illustration, voici l ' a r t i c l e " g l i b " tiré du Cassell :
g l i b [glib] a. Coulant, glissant, délié, volubile. A glib
l a n g u e bien p e n d u e .
O n r e m a r q u e tout d ' a b o r d
l'économie
des m a r q u e u r s
longue,
une
métalinguistiques.
Ici, ils sont e s s e n t i e l l e m e n t de n a t u r e t y p o g r a p h i q u e :
•
Le romain
gras, tout c o m m e
d a n s le m o n o l i n g u e , d o n n e
son statut à
l'entrée.
•
L'italique
a deux
fonctions
catégorie grammaticale
(a.
distinctes. Il sert d ' a b o r d
= adjectif).
à indiquer
la
H sert ensuite à faire
ressortir
L a virgule a elle aussi d e u x f o n c t i o n s . Elle sert à séparer, d ' u n e
part, les
l ' e x e m p l e en l a n g u e source.
•
traductions
directes
et d ' a u t r e
part,
et
de
manière
redondante
avec
l ' i t a l i q u e , elle s é p a r e l ' e x e m p l e en l a n g u e s o u r c e d e sa traduction.
•
L e point, o u t r e sa fonction
grammaticale
phraséologie
(a.
-
a b r é v i a t i v e traditionnelle d a n s la c a t é g o r i e
adjectif),
sépare
et sert d e c l a u s u l e
les
à l'article.
traductions
C'est
directes
donc
de
la
à la fois
un
s é p a r a t e u r structurel et un m a r q u e u r habituel d e discours. Il a en cela des
f o n c t i o n s s e m b l a b l e s à celles q u ' i l o c c u p e d a n s l'article d e m o n o l i n g u e .
•
L'utilisation
de
la
majuscule
correspond
m o n o l i n g u e : on la t r o u v e e n
tête d e
comme
du
on
la t r o u v e
en
tête
également
la p r e m i è r e
premier
mot
à
un
traduction
de
la
usage
directe,
définition
du
m o n o l i n g u e . O n la t r o u v e aussi à l'initiale du p r e m i e r m o t de l ' e x e m p l e
d e l a n g u e s o u r c e , c o m m e on la t r o u v e à l'initiale du p r e m i e r m o t
d'une
illustration d e m o n o l i n g u e .
L e c o r p s d e l'article présente d o n c la plupart des caractères formels
de
p r é s e n t a t i o n du d i s c o u r s d i d a c t i q u e q u e l ' o n avait déjà relevés plus haut e n
é t u d i a n t les c a r a c t é r i s t i q u e s du m o n o l i n g u e .
L a notation p h o n é t i q u e , d e t y p e s t a n d a r d , n ' a p p e l l e pas d e c o m m e n t a i r e
particulier, elle est c o m m u n e au m o n o l i n g u e et au b i l i n g u e .
La métalangue,
un mal nécessaire du dictionnaire
actif
Si l ' o n e x a m i n e en détail l ' é l é m e n t d e p h r a s é o l o g i e , on se rend
que
la traduction
ne
peut
pas
être
considérée
comme
utilisable en l'état. L'article indéfini français " u n e "
structurel de l'article indéfini anglais " a ".
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compte
immédiatement
n ' e s t q u e le c a l q u e
Ce d e r n i e r est licite en anglais
dans l ' e n v i r o n n e m e n t :
" [to h a v e + ] a glib t o n g u e "
C e p e n d a n t , l'expression licite en français requiert g é n é r a l e m e n t
défini et ne se rencontre guère q u e d a n s l ' e n v i r o n n e m e n t :
" [avoir + ] la l a n g u e bien p e n d u e "
L'élément
l'article
d e phraséologie est en fait d e nature définitionnelle
et n o n
p u r e m e n t traductive. Il d e m a n d e à être travaillé en fonction du c o n t e x t e p a r
le f r a n c o p h o n e faisant sa version, il ne peut pas efficacement être utilisé p a r
l ' a n g l o p h o n e faisant du t h è m e .
En conclusion de cette analyse, on voit q u ' i l
beaucoup
de
non
dit au
niveau
de
y a très peu
la m é t a l a n g u e .
d e dit
La place
laissée
l'implicite, à l'intuition de l ' u s a g e r , à son b o n sens, est é n o r m e , et c'est
ces p a r a m è t r e s
subjectifs que d é p e n d r a
la qualité d e la traduction.
L'article ne peut s ' a d r e s s e r q u ' à
cible c o m m e
langue p r e m i è r e , et d o n c ayant la c o m p é t e n c e
à
de
Cette
é c o n o m i e d e moyens métalinguistiques i m p l i q u e une vectorisation forte
l'information.
et
de
un u s a g e r ayant la l a n g u e
linguistique
suffisante p o u r choisir, selon le contexte, la traduction a p p r o p r i é e parmi les
quatre p r o p o s é e s , présentées sur le m ê m e plan, mais qui ne sont n u l l e m e n t
interchangeables.
L'article
est
donc
de
type
"passif"
et
"uni-
directionnel ", destiné au f r a n c o p h o n e faisant u n e version.
7. L e b i l i n g u e f r a n ç a i s / a n g l a i s u n i d i r e c t i o n n e l
passif.
P r e n o n s maintenant, dans la partie français/anglais du m ê m e o u v r a g e , en n e
retenant q u e les caractères pertinents p o u r cette analyse, l ' u n e des t r a d u c t i o n
p r o p o s é e s , et e x a m i n o n s l'article " d é l i é " .
délié [de'lje], a. (fem. - é e ) Slender, slim, thin, fine ; sharp, shrewd,
subtle ; glib, facile, flowing (of style etc.) ; untied, loose. Avoir
la
langue déliée, to have the gift of the g a b ; avoir l'esprit délié, to b e
q u i c k or shrewd.
C e qui frappe d'abord, c'est la taille de l'article. Il présente trois fois p l u s
de traductions directes que
présente le double
le p r é c é d e n t .
d'exemples,
Au
et cette fois
niveau
de
l'illustration,
avec des p h r a s e s
c o m p l è t e s , q u i offrent une véritable possibilité d e se décliner.
il
infinitives
50
Alain Duval
C e l a est dû en partie à la nature plus p o l y s é m i q u e d e l ' e n t r é e , mais s u r t o u t
au fait q u e l ' o u v r a g e , c o n ç u à l ' o r i g i n e pour u n e m a i s o n d ' é d i t i o n
britan-
n i q u e , s ' e s t p r i n c i p a l e m e n t attaché à l ' a n a l y s e d e la partie français/anglais, la
p a r t i e " p a s s i v e " qui est la plus susceptible d ' i n t é r e s s e r l ' a n g l o p h o n e .
L a m é t a l a n g u e aussi est s e n s i b l e m e n t plus c o m p l e x e .
A u niveau d e la p o n c t u a t i o n , la virgule sépare c o m m e p r é c é d e m m e n t
des
t r a d u c t i o n s q u e l ' o n peut s u p p o s e r plus ou m o i n s i n t e r c h a n g e a b l e s , m a i s o n
remarque
aussi la p r é s e n c e
du
point-virgule
qui
sépare
les
traductions
d i r e c t e s en q u a t r e s o u s - g r o u p e s . L à e n c o r e , c ' e s t l ' i m p l i c i t e qui d o m i n e . Si
l'usager peut comprendre
q u e le rôle du p o i n t - v i r g u l e est d e séparer
séries de t r a d u c t i o n s n o n i n t e r c h a n g e a b l e s , il est dans l ' i g n o r a n c e
les
presque
t o t a l e quant a u x raisons d e cette n o n interchangeabilité.
P r e s q u e , car il y a un m a r q u e u r m é t a l i n g u i s t i q u e qui p r e n d la f o r m e
d'un
substantif d o n t l ' e n t r é e serait u n e sorte d e qualifiant adjectival : " (of
style
e t c . ) ". O n p e u t c e p e n d a n t s ' i n t e r r o g e r sur sa p e r t i n e n c e .
•
P o u r q u o i les autres séries ne sont-elles pas é g a l e m e n t m a r q u é e s ?
•
Pourquoi
le
marqueur
métalinguistique
est-il
typographiquement
indifférencié des traductions d a n s lesquelles il se perd, isolé par de s i m p l e s
parenthèses ?
•
Si, c o m m e
le
marquage
tendrait
à
le
prouver,
t r a d u c t i o n s est la plus i m p o r t a n t e , p o u r q u o i
cette
série
de
trois
ne vient-elle pas en tête ?
P o u r q u o i se c a c h e - t - e l l e o b s c u r é m e n t q u e l q u e part au milieu des autres,
e n p o s i t i o n n o n signifiante ?
•
P o u r q u o i le m a r q u e u r m é t a l i n g u i s t i q u e l u i - m ê m e ne vient-il pas en tête
d e s trois t r a d u c t i o n s q u ' i l s e m b l e c o m m a n d e r , mais s e u l e m e n t à la fin d e
la série ?
•
P o u r q u o i aussi avoir affecté u n m a r q u e u r p r é c i s : " of s t y l e " d ' u n
marqueur, symbole m ê m e de l'imprécision
c h r o n i q u e : " e t c . ",
autre
ruinant
ainsi à plaisir le s e m b l a n t d e r i g u e u r q u e l ' o n voulait apporter ?
•
P o u r q u o i enfin se trouve-t-il p r é s e n t é dans la l a n g u e cible, d o n c
essentiellement
à
l'anglophone
décodeur,
alors
qu'il
destiné
aurait
plus
la p r é s e n c e
d'un
l o g i q u e m e n t dû s ' a d r e s s e r au f r a n c o p h o n e e n c o d e u r ?
Si l ' o n
p r e n d enfin le s e c o n d e x e m p l e , on r e m a r q u e
a u t r e m a r q u e u r m é t a l i n g u i s t i q u e : " o r ".
bilité entre les d e u x adjectifs " q u i c k "
Il i n d i q u e q u ' i l y a i n t e r c h a n g e a -
et " s h r e w d ".
M a i s c o m m e p o u r le
m a r q u e u r p r é c é d e n t , il n ' e s t pas r e p é r a b l e t y p o g r a p h i q u e m e n t . Il n ' a
même
pas d e signes d e p o n c t u a t i o n distinctifs, tels q u e les parenthèses qui étaient
p r é s e n t e s d a n s le p r e m i e r c a s . Rien n ' e m p ê c h e d o n c le f r a n c o p h o n e , à qui o n
La métalangue, un mal nécessaire du dictionnaire actif
offre la possibilité de décliner l ' e x e m p l e , de c o n s i d é r e r q u ' i l s ' a g i t . l à
51
d'une
expression i d i o m a t i q u e figée et de produire :
" Il a l'esprit d é l i é = *he is slick or shrewd "
O n voit q u e malgré le souci de guider d a v a n t a g e l ' u s a g e r vers la t r a d u c t i o n
q u ' i l c h e r c h e , l'article, par sa plus g r a n d e c o m p l e x i t é et son souci évident d e
bien faire, risque de poser plus de p r o b l è m e s q u ' i l n ' e n résout. On peut d o n c
estimer
qu'il
présente
globalement
les
mêmes
caractéristiques
que
le
précédent. Il est lui aussi de type " p a s s i f " et " u n i d i r e c t i o n n e l ", destiné à
l ' a n g l o p h o n e faisant u n e version. En a u c u n e m a n i è r e il ne peut efficacement
servir au f r a n c o p h o n e
désirant l'utiliser dans le. sens t h è m e et se t r o u v a n t
confronté à une a v a l a n c h e de traductions directes p a r m i lesquelles il n ' a pas
les m o y e n s d e choisir.
8. P r o b l è m e s d u b i l i n g u e b i d i r e c t i o n n e l
passif.
En extrapolant à partir de ces deux e x e m p l e s , ce qui est certes réducteur m a i s
qui
présente
la t e n d a n c e
générale
de
l'ouvrage,
dictionnaire Cassell n o u s met en présence d ' u n
"bidirectionnel"
et " p a s s i f " .
"Passif"
on
peut
parce q u ' o n
ne peut
m e n t l'utiliser que d a n s le sens version et " b i d i r e c t i o n n e l "
partie s ' a d r e s s e
bidirectionnalité,
au f r a n c o p h o n e
il
s'agit
en
et l ' a u t r e
fait
de
la
dire
le
juxtaposition
qu'une
Plus
qu'une
de
n'entretenant
valable-
parce
à l'anglophone.
directionnalités fermées, non c o m p l é m e n t a i r e s ,
que
objet p a r a d o x a l , à la fois
deux
que
uni-
peu
:
de
r a p p o r t s l ' u n e avec l'autre.
La c o n c l u s i o n l o g i q u e q u ' e n devrait tirer l ' u s a g e r , c ' e s t q u ' i l a c h è t e u n
dictionnaire
dont
la moitié s e u l e m e n t
peut
lui
servir.
p r a t i q u e g é n é r é e par ce type d ' o u v r a g e est ce q u ' o n
La
conséquence
p o u r r a i t appeler
une
bidirectionnalité forcée. L ' u s a g e r , essayant tant bien q u e mal d e rentabiliser
son achat, tente par la force des c h o s e s d ' u t i l i s e r d e m a n i è r e " a c t i v e "
la
partie qui n e lui est pas destinée... avec le résultat q u e l ' o n connaît, d a n s les
t r a d u c t i o n s faites " à coups de d i c t i o n n a i r e s " par les potaches, p o u r le p l u s
g r a n d ravissement ou le profond désespoir des e n s e i g n a n t s de l a n g u e .
9 . L a m é t a l a n g u e d a n s le b i l i n g u e u n i d i r e c t i o n n e l
passif.
L e d e u x i è m e article " glib " est tiré du d i c t i o n n a i r e H a c h e t t e .
glib [glib] adj. 111 (mouvement) aisé ; (surface) lisse. 11 2 (parole) facile ;
(langue) déliée ; (orateur) qui a de la faconde.
52
Alain Duval
L e s é l é m e n t s m é t a l i n g u i s t i q u e s sont ici b e a u c o u p plus p r é s e n t s .
des
adjectifs
qui
composent
les traductions
directes
est
Chacun
précédé
d'un
substantif entre p a r e n t h è s e s qui fait office de collocateur représentatif.
A u niveau t y p o g r a p h i q u e , il y a r e d o n d a n c e
barre
verticale et
chiffre
arabe
pour
de l ' i n f o r m a t i o n :
distinguer
un
premier
double
niveau
de
p o l y s é m i e , p a r e n t h è s e s et c o r p s plus petits pour les collocateurs permettant d e
distinguer un second niveau de polysémie.
L ' a r t i c l e a p p a r a î t d o n c c o m m e clair, r i g o u r e u x , structuré, informatif. Il y a
u n a u t h e n t i q u e s o u c i d ' é l a b o r a t i o n d e la présentation p o u r a i d e r le lecteur à
t r o u v e r le m o t j u s t e .
On
peut
se
poser
cependant
des
questions
sur
la
pertinence
de
l ' i n f o r m a t i o n ainsi c o m m u n i q u é e .
L a m é t a l a n g u e est e n français. Elle va d o n c
francophone
qui
est
le
mieux
à
même
servir en priorité
de
comprendre
le
l'usager
sens
c o l l o c a t e u r s . C ' e s t d o n c e n c o r e à un d i c t i o n n a i r e " u n i d i r e c t i o n n e l
des
passif "
q u e l ' o n a affaire. E t o n p e u t alors se d e m a n d e r quelle est l'utilité de cet
étiquetage
minutieux
des
traductions
que
le
francophone
pouvait
i m m é d i a t e m e n t d e v i n e r d ' a p r è s le c o n t e x t e , " glib " qualifiant d e facto, d a n s
l'environnement
" surface "
lexical
ou u n
où
on
" orateur ".
inutile ? L'usager francophone
l'a
N'y
trouvé,
un
" m o u v e m e n t ",
a-t-il pas là à n o u v e a u
une
redondance
avait la c o m p é t e n c e n é c e s s a i r e pour
choisir
s p o n t a n é m e n t e n t r e " a i s é ", " lisse ", " facile ", " d é l i é " et " qui a de la
f a c o n d e ".
D ' a u t r e part, l ' i n f o r m a t i o n présente sur un m ê m e plan, en les nivelant, d e s
é l é m e n t s qui n ' e n t r e t i e n n e n t pas du tout les m ê m e s relations les uns avec les
autres.
Si
on
admet
qu'un
" mouvement "
puisse
être
" a i s é ",
qu'une
" surface " p u i s s e ê t r e " lisse ", le r a p p o r t e n t r e " o r a t e u r " et " qui a de la
f a c o n d e " est b e a u c o u p p l u s c o m p l e x e . Q u a n t aux d e u x autres s é q u e n c e s ,
elles ne sont licites q u ' à l ' i n t é r i e u r des c o n t r a i n t e s strictes de locutions figées
d o n t on ne d o n n e
que partiellement
" facile " ni t o u t e " l a n g u e "
la clé : toute
" parole "
n'est
pas
" d é l i é e ", et cela nécessiterait au m o i n s u n e
c o n t e x t u a l i s a t i o n infinitive p e r m e t t a n t d ' i n t r o d u i r e
une t r a d u c t i o n
du
type
" a v o i r la parole facile - a v o i r la l a n g u e déliée ".
1 0 . L a m é t a l a n g u e d a n s le b i l i n g u e u n i d i r e c t i o n n e l
actif.
Si
dans
l'on
se
regarde
maintenant
l'article
" délié "
la
partie
français/anglais du d i c t i o n n a i r e , paru d a n s la m ê m e collection, o n trouve :
La métalangue, un mal nécessaire du dictionnaire actif
53
délié, -ée [delje] 11 1 (trait, etc.) fine, slender ; (doigts, etc.) n i m b l e .
11 2 (esprit) supple, ready, sharp ; (langue) ready, fluent.
La présentation est très e x a c t e m e n t s e m b l a b l e à l'article précédent mais les
implications sont tout autres : nous s o m m e s m a i n t e n a n t en présence
article " u n i d i r e c t i o n n e l
actif"
d'un
où la m é t a l a n g u e e n français s ' a d r e s s e
au
f r a n c o p h o n e qui veut produire d e l ' a n g l a i s à partir du m o t entrée.
On
remarquera,
dans
la p r e m i è r e
arabe, la p r é s e n c e de " e t c . "
subdivision
sémantique
en
chiffre
à la suite du collocateur. On avait déjà noté,
d a n s l'article " d é l i é " précédent, la p r é s e n c e pour le m o i n s troublante de c e
m a r q u e u r . Ici, dans la m e s u r e où il figure en langue s o u r c e et où il se t r o u v e
placé en position contrastive, on peut tenter d ' e n analyser la signification :
L e s c o l l o c a t e u r s " trait " et " d o i g t s " n e nous sont pas présentés c o m m e
uniques,
mais
comme
catégorie. " trait "
membres
particulièrement
représentatifs
de
n ' e s t q u e le représentant le plus e m i n e n t du
" c o u p d e crayon ? dessin ? c o n t o u r ? . . . "
et " d o i g t s "
leur
groupe
celui du g r o u p e
" m a i n s ? gestes ? ... ". L ' i n f o r m a t i o n est p e r t i n e n t e et p e r m e t à l ' u s a g e r q u i
veut s'en d o n n e r la peine de choisir en c o n n a i s s a n c e d e cause la t r a d u c t i o n
adaptée au c o n t e x t e .
D a n s la d e u x i è m e
subdivision, l ' a b s e n c e
du " e t c . "
implique
que
le
collocateur est u n i q u e et non c o m m u t a b l e avec un autre p a r a d i g m e .
Cependant,
judicieuse.
l'option
En
effet,
métalinguistique
la c o m p é t e n c e
p r o d u i r e la s é q u e n c e " a v o i r
de
n'était
peut-être
l'usager
français
pas
la
plus
lui p e r m e t
l ' e s p r i t délié - avoir la l a n g u e d é l i é e "
veut traduire, et d o n c le c o l l o c a t e u r offre une d é s a m b i g u i s a t i o n
de
qu'il
suffisante
aiguillant vers la traduction appropriée. M a i s ce q u e le collocateur ne dit pas,
c'est c o m m e n t il est l u i - m ê m e réalisé, dans la langue cible, au niveau lexical :
" esprit
= m i n d ? spirit ? wit ? ", " l a n g u e
= l a n g u a g e ?, s p e e c h ?,
t o n g u e ? ".
Devrait-on alors avoir, p o u r ces derniers cas le collocateur
en
langue
cible ?, par e x e m p l e :
" ( m i n d ) supple, ready, s h a r p ; ( t o n g u e ) r e a d y , fluent "
Cela, bien sûr, lèverait l ' a m b i g u ï t é q u a n t à la t r a d u c t i o n du
mais l'article deviendrait d a v a n t a g e un outil " p a s s i f "
l'anglophone
pour
avec les p r o b l è m e s décrits p r é c é d e m m e n t . Ensuite, une r è g l e
du type : " tout
collocateur
collocateur,
de d é c o d a g e
collocateur g é n é r i q u e
spécifique
apparaît
en
apparaît en langue source et t o u t
langue
c o m p l e x e à mettre en o e u v r e et à expliquer.
cible "
serait
pour
le
moins
54
Alain Duval
Au
niveau
contraintes
syntaxique,
d'un
énoncé
le
collocateur
correct, en
est
impuissant
laissant supposer
à
à
préciser
l'usager,
les
faute
d ' i n d i c a t i o n s u p p l é m e n t a i r e , q u e le c a l q u e de structure est acceptable ou e n
lui laissant le
" avoir
supple
have a
loisir d e v a g a b o n d e r au gré de sa fantaisie :
l'esprit délié = * to h a v e the mind supple - * to h a v e t h e
m i n d - * to h a v e supple m i n d - * to be of supple m i n d - t o
s u p p l e m i n d ..."
11. Les caractères du bilingue unidirectionnel
P o u r c o n c l u r e cette analyse, l ' o u v r a g e
d ' u n dictionnaire " unidirectionnel "
passif/actif.
H a c h e t t e se présente sous la
destiné à l ' u s a g e r f r a n c o p h o n e
s u r - m a r q u a g e m é t a l i n g u i s t i q u e de la partie " p a s s i v e "
et
forme
avec
sous-étiquetage
l e x i c o - s y n t a x i q u e d e la partie " active ".
12. Vers un bilingue bidirectionnel
actif/passif.
L e t r o i s i è m e article " g l i b " est tiré du dictionnaire H a r r a p .
glib [glib] , a. 1. A: (Of surface)
Lisse, glissant. 2 . Pej : (a) (Of
answer, excuse) S p é c i e u x , patelin ; (of lie) fait de sang-froid, (b) (Of
speaker) Q u i a d e la f a c o n d e ; b e a u parleur. T o h a v e a glib t o n g u e ,
avoir la l a n g u e affilée, déliée, bien p e n d u e ; avoir le débit facile. He
is very g. of the tongue, c ' e s t u n beau parleur, F : il n ' a pas le filet.
To be as g. as a bagman, avoir u n b a g o u t de c o m m i s - v o y a g e u r .
•
un
article
b e a u c o u p p l u s d é v e l o p p é q u e les p r é c é d e n t s , ce qui s ' e x p l i q u e
La première
remarque
concerne
la taille. N o u s
avons
là
p a r la
taille de l ' o u v r a g e en général : le H a r r a p est e n v i r o n q u a t r e fois plus g r o s
q u e le Cassell ou le H a c h e t t e .
•
A u niveau t y p o g r a p h i q u e , on t r o u v e u n e différenciation forte entre l a n g u e
s o u r c e + m é t a l a n g u e , p r é s e n t é e s en r o m a i n gras et italique, et langue cible,
toujours p r é s e n t é e en r o m a i n d e m i - g r a s .
•
Il y a trois n i v e a u x
de
s u b d i v i s i o n s : chiffres
c a t é g o r i e s d e sens f o n d a m e n t a l e s ,
minuscules
arabes
pour
les
deux
italiques
pour
les
deux
a c c e p t i o n s du sens péjoratif, c o l l o c a t e u r s entre p a r e n t h è s e s p o u r é t i q u e t e r
les t r a d u c t i o n s .
•
•
O n trouve, à l ' i n s t a r du m o n o l i n g u e , des indications de registre :
A = archaism - Pej = péjorative
- F = familiar
Il y a des illustrations avec, là e n c o r e , une hiérarchisation
entre
phrase
infinitive, p r é s e n t é e en r o m a i n gras et contextualisations libres, présentées
e n italique, où l ' e n t r é e n ' e s t r e p r i s e q u e sous forme a b r é g é e :
La métalangue, un mal nécessaire du dictionnaire
actif
55
En p r e m i è r e a n a l y s e , on peut constater q u ' i l s'agit d ' u n article " a c t i f " ,
destiné
à l'anglophone
désirant
s'exprimer
en
français.
Les
m e n t i o n n é e s p r é c é d e m m e n t ont été résolues. L ' é t i q u e t a g e
difficultés
métalinguistique
est précis et les illustrations permettent d ' é v i t e r le c a l q u e et d e p r o d u i r e
un
é n o n c é a u t h e n t i q u e (ou s u p p o s é tel).
O n r e m a r q u e r a , c o m m e d a n s le Cassell, l ' a priori m o n o l i n g u e de p r é s e n tation, n o t a m m e n t au niveau de la majuscule d e discours q u e l ' o n
assez naturellement
trouve
à l'initiale des illustration, mais plus c u r i e u s e m e n t ,
à
l'initiale du p r e m i e r collocateur et du p r e m i e r équivalent d e c h a q u e série,
sans justification inhérente à l'acte d e traduction p r o p r e m e n t dit.
La virgule é g a l e m e n t s e m b l e plus appartenir au discours m o n o l i n g u e
la séparation m é t h o d i q u e
d e traductions
interchangeables.
c o m p r e n d q u e " L i s s e " et " g l i s s a n t " p e u v e n t indifféremment
pour
" (Surface) ",
" (answer,
e x c u s e ) ",
de
même
que
" Spécieux "
il faut c o m p r e n d r e
et
qu'à
Ainsi, si
l'on
s'employer
" patelin ? "
aussi que " d é l i é e "
pour
et " b i e n
p e n d u e " ne sont c o m m u t a b l e s q u ' a v e c " affilée " et non avec la totalité d u
segment précédent.
L ' a m b i g u ï t é d e la notation p r é s u p p o s e , c o m m e d a n s le m o n o l i n g u e ,
participation active et intelligente d e l ' u s a g e r . D a n s le cas présent, l'effort
compréhension
une
de
s e m b l e simple, mais ce n ' e s t pas toujours le cas selon les
articles et cela peut créer des confusions graves au niveau de l ' e n c o d a g e , q u i
s e m b l e pourtant être la finalité p r e m i è r e d e présentation d e l'article. Cette
utilisation de la virgule est en fait plus apte à satisfaire
le
francophone
d é c o d e u r d o n t la c o m p é t e n c e p e r m e t de lever i m m é d i a t e m e n t
l'ambiguïté
latente.
L'utilisation du point-virgule est b e a u c o u p plus difficile à interpréter.
En
" 2.(a) "
il p r e n d
l'apparence
d'un
supérieur à la virgule p o u r séparer les d e u x
séparateur
hiérarchiquement
séries d ' é q u i v a l e n t s
directs
s é m a n t i q u e m e n t non i n t e r c h a n g e a b l e s .
En " 2 . ( b ) "
au niveau des équivalents directs qui sont
sémantiquement
interchangeables, il s e m b l e m e n t i o n n e r une non c o m p t a b i l i t é s y n t a x i q u e :
"c'est
un o r a t e u r qui a de la f a c o n d e - c ' e s t un beau p a r l e u r "
Cette p r é s e n t a t i o n d e " beau
parleur "
est d o n c , là aussi, essentiellement
destinée au f r a n c o p h o n e d é c o d e u r . C ' e s t u n e sorte de glose sur la t r a d u c t i o n
qui p r é c è d e a p p o r t a n t u n e précision définitionnelle d e t y p e m o n o l i n g u e q u i
ne p e r m e t pas d i r e c t e m e n t d ' ê t r e insérée e n contexte.
Et c'est bien au niveau de l'illustration qui suit :
" H e is very g. of the tongue, c ' e s t un b e a u parleur "
56
Alain Duval
q u e l ' a n g l o p h o n e d é c o d e u r aura les m o y e n s d e p r o d u c t i o n c o r r e c t e d a n s
la l a n g u e c i b l e .
Pour
terminer
l'analyse
du
point-virgule,
on
peut
être
surpris
de
le
r e n c o n t r e r p o u r séparer d e u x t r a d u c t i o n s s é m a n t i q u e m e n t et s y n t a x i q u e m e n t
interchangeables :
" a v o i r la l a n g u e [...] b i e n p e n d u e " et " avoir le débit facile "
S a p r é s e n c e ici relève d a v a n t a g e de l ' e m p i r i s m e
q u e d e la rigueur
de
p r é s e n t a t i o n . U n e virgule aurait été plus plausible mais elle aurait placé
" a v o i r le débit facile " sur le m ê m e plan q u e " [...]
affilée, déliée, b i e n
pendue "
c e qui, v i s i b l e m e n t , a intuitivement g ê n é le lexicographe.
O n aurait alors p l u s l o g i q u e m e n t attendu le point-virgule plutôt que
la
v i r g u l e entre
" c ' e s t u n b e a u p a r l e u r " et " il n ' a pas le filet ? "
m a i s la p r é s e n c e forte d e la m a r q u e d e registre F : a été j u g é e
suffisante
p o u r n e pas r e c o u r i r à u n s é p a r a t e u r supérieur à la virgule pour séparer des
e x p r e s s i o n s a p p a r t e n a n t à des n i v e a u x d e langue différents.
P e u t - o n p o u r autant c o n c l u r e d e c e qui p r é c è d e q u e l ' o n est finalement e n
présence d'un
article a u t h e n t i q u e m e n t " b i d i r e c t i o n n e l ", de type " a c t i f "
p o u r l ' a n g l o p h o n e et de type " p a s s i f "
plutôt d ' u n
article " a c t i f "
p o u r le f r a n c o p h o n e ?
Il s ' a g i r a i t
essentiellement destiné à l ' a n g l o p h o n e
dont
p a r a d o x a l e m e n t l ' u t i l i s a t i o n " p a s s i v e " p a r le f r a n c o p h o n e présente m o i n s
de risque d'erreur.
1 3 . P e r t i n e n c e d e la p h r a s é o l o g i e d a n s le b i l i n g u e
R e g a r d o n s m a i n t e n a n t , en n ' e n
actif.
g a r d a n t q u e la partie pertinente pour cette
é t u d e , l ' a r t i c l e " d é l i é " d a n s la partie français/anglais :
délié [delje] a. slender, fine ; fil d., fine thread ; taille déliée, slim,
supple, figure ; doigts déliés, tapering fingers ; un esprit d., (i) a
sharp, subtle, m i n d ; (ii) a n i m b l e wit ; a v o i r la l a n g u e déliée, t o
h a v e a glib t o n g u e .
S a n s revenir sur les r e m a r q u e s
l'utilisation
différences
de
la
virgule,
qui
précédentes,
s'appliquent
notamment
aussi
ici, on
au
niveau
observe
de
des
frappantes.
L e p o i n t n ' e s t pas ici utilisé c o m m e é l é m e n t structurant en dehors du p o i n t
final qui clôt c o n v e n t i o n n e l l e m e n t
l'article, et la m a j u s c u l e
d i s p a r u . L a présentation est plus t e c h n i q u e et m o i n s discursive.
a
totalement
La métalangue, un mal nécessaire du dictionnaire
En
revanche,, la m é t a l a n g u e
collocationnelle
est
plus
de place et l ' a v a n t a g e
de
57
a
été
l'inconvénient
de
absente.
r e m p l a c é e p a r des é l é m e n t s p h r a s é o l o g i q u e s qui offrent
prendre
actif
renseigner
non
Elle
seulement
sur
l'équivalent adéquat d e l'entrée, mais é g a l e m e n t sur le collocateur a p p r o p r i é .
Cette information est e s s e n t i e l l e m e n t destinée au francophone e n c o d e u r .
L a p e r t i n e n c e de l ' i n f o r m a t i o n n ' e s t c e p e n d a n t pas é v i d e n t e .
•
En quoi la traduction d e s collocateurs " fil "
et " d o i g t s "
risquait-elle
d e poser un problème ?
•
La traduction obligée du collocateur " taille "
communique
implicite :
un
ne
message
jamais
clair
traduire
spontanément à l'esprit
" waist "
au
est " f i g u r e " ,
francophone,
" taille "
par
un
ce
qui
avertissement
l'équivalent
venant
dans ce contexte. Cela est p o u r t a n t
d é m e n t i par l'article " slim " de l'anglais/français où figure
l'expression
" s l i m - w a i s t e d ".
•
E n d e h o r s de cela, l'article est g l o b a l e m e n t
francophone
qui n ' a
pas les m o y e n s
sibyllin
pour
de c o m p r e n d r e
l'encodeur
à quoi
peuvent
c o r r e s p o n d r e les d e u x traductions de tête, " s l e n d e r " et " fine ",
par
. une
virgule
et
donc
présentés
comme
séparés
rigoureusement
interchangeables.
•
Ces d e u x
traductions
qui
viennent
en
exergue
p o l y v a l e n t e s et peuvent-elle s ' e m p l o y e r
de
l'article
sont-elle
en tout c o n t e x t e ou
sont-elles
valables pour tout contexte en dehors des illustrations qui les suivent ?
•
M a i s alors, pourquoi
" fine "
se retrouve-t-il d a n s la p r e m i è r e
d e ces
illustrations ?
•
Le but est-il alors d ' e x c l u r e " slender " ?
•
M a i s alors, ne p e u t - o n vraiment pas utiliser " s l e n d e r
figure "
dans
la
s e c o n d e illustration ?
Toutes c e s questions sont légitimes et seul l ' a n g l o p h o n e
décodeur
a la
c o m p é t e n c e nécessaire p o u r y r é p o n d r e . D e m ê m e q u e seule u n e utilisation
" passive "
d e l'article p e r m e t (peut-être)
c a u s e l'illustration
" (ii) " q u i
" un
esprit d. " e n
d'utiliser
en
connaissance
de
tirant parti des s u b d i v i s o n s " (i) "
et
mentionnent d e u x a c c e p t i o n s possibles sans p o u r autant d o n n e r
la clé de l ' é n i g m e .
14. Le c o m p r o m i s actif/passif -
unidirectionnel/bidirectionnel.
L e s articles du Harrap ne sont d o n c ni véritablement d e t y p e
"actif",
ni
de
" unidirectionnels ",
type
totalement
"passif".
d a v a n t a g e tournés vers le m a r c h é
Ils
totalement
sont
britannique
plutôt
d e la
58
Alain Duval
m a i s o n d ' é d i t i o n . C e p e n d a n t , il y a un essai réel de p r e n d r e en c o m p t e les
besoins
du
locuteur
de
l'autre
langue
avec l ' i n t r o d u c t i o n
c a r a c t é r i s t i q u e s , qui ne sont p e r t i n e n t e s q u e pour
le m a r c h é
de
certaines
francophone,
a p p o r t a n t ainsi u n e p r e m i è r e é b a u c h e d e bidirectionnalité.
15. Conclusion.
L e s e x e m p l e s tirés des trois d i c t i o n n a i r e s
tentent de prouver qu'il
lexicographique
d'une
qui
viennent
y a eu un c h e m i n e m e n t
examinés
d e la p e n s é e
b i l i n g u e . A v e c le t e m p s les outils se sont affinés,
utilisation c l a s s i q u e et p u r e m e n t " p a s s i v e "
monolingue
d'être
cohérent
à u n e tentative d ' u t i l i s a t i o n
voisine d ' u n e
" active "
où
passant
approche
l'usager
peut
m a n i è r e de plus en p l u s fiable, se projeter vers la l a n g u e é t r a n g è r e .
de
Cette
é v o l u t i o n - on pourrait p r e s q u e dire, en p r e n a n t le m o t dans son sens littéral
d e r e t o u r n e m e n t du point d e vue, cette révolution - dans l'approche a été
p e r m i s e par u n e m e i l l e u r e maîtrise d e l'infrastructure
nécessaire
et p a s s a g e
obligé
vers le d i c t i o n n a i r e
métalinguistique, mal
"actif".
On
pourrait
a u j o u r d ' h u i taxer d e m a l a d r e s s e s les efforts souvent i n c o h é r e n t s d é p l o y é s p a r
les l e x i c o g r a p h e s p o u r
se d o n n e r
progressivement
e f f i c a c e m e n t et d e fiabiliser l ' i n f o r m a t i o n
les m o y e n s
de
décrire
q u ' i l s désirent c o m m u n i q u e r .
Ce
serait faire p r e u v e d'une bien g r a n d e i n g r a t i t u d e . En m o n t r a n t q u e l q u e s - u n e s
des é t a p e s d e ce c h e m i n e m e n t , cette a n a l y s e se veut un h o m m a g e r e s p e c t u e u x
e n v e r s ceux qui o n t m a r q u é de leur e m p r e i n t e la réflexion
b i l i n g u e d a n s la p r e m i è r e moitié du X X e siècle.
métalinguistique