INSUFFISANCE CARDIAQUE CHRONIQUE (IC)
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INSUFFISANCE CARDIAQUE CHRONIQUE (IC)
’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 1 INSUFFISANCE CARDIAQUE CHRONIQUE (IC) 1 DIX points fondamentaux L’insuffisance cardiaque peut refléter une anomalie de l’éjection ventriculaire (dysfonction systolique) ou du remplissage (dysfonction diastolique) ou les 2. La prise en charge de l’IC aiguë diffère notablement de celle de l’IC chronique : l’important est de passer le cap de la décompensation cardiaque aiguë , puis de ralentir l’évolution de la maladie chronique (ou d’en supprimer la cause) Le traitement de l’insuffisance cardiaque aiguë est symptomatique : oxygène, vasodilatateur, diminution de la volémie (nitrés, diurétiques) Le traitement de la cause de la décompensation doit permettre le retour à l’état stable Le pronostic de l’insuffisance cardiaque est grave et le meilleur traitement est préventif ou curatif quand il est possible. Le traitement médical de l’insuffisance cardiaque chronique repose sur les IEC, les béta-bloquants (surtout pour améliorer la survie) , et les diurétiques (pour améliorer la qualité de vie). Alors que la dose de béta-bloquant et d’IEC doit être aussi élevée que possible pour limiter la progression de la maladie, la dose de diurétique est adaptée aux symptômes et la bonne dose est la dose minimale évitant la rétention. Les béta-bloquants sont contre-indiqués en cas de décompensation cardiaque aiguë L’échocardiographie est l’examen roi permettant de faire le bilan de l’insuffisance cardiaque. Le suivi de l’insuffisant cardiaque (poids, éducation, ionogramme) doit permettre de dépister les décompensations avant qu’une hospitalisation ne soit nécessaire. 1 Les textes en petits caractères sont dans un but d’explication complémentaire ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 2 1- INTRODUCTION -------------------------------------------------------------------------L’IC est une entité grave, fréquente, et qui devrait dans les années à venir atteindre de plus en plus de personnes du fait du vieillissement de la population. DÉFINITION On peut définir l’insuffisance cardiaque comme l’incapacité du coeur (droit et/ou gauche) à fournir un débit adapté aux besoins métaboliques de l'organisme ( au s t ade i ni t i al de l ’ I C : à l ' e f f or t , e t à un s t ade é v o l u é : mê me a u r e p o s ) OU BIEN le coeur ne peut le faire qu'au prix d'une augmentation des pressions de remplissage ventriculaires. L’ IC p e u t ê t r e d u e à u n e a t t e i n t e p r i ma i r e d e s c e l l u l e s c a r d i a q u e s ( c o m m e d a n s l e s c a r d i o m yo p a t h i e s p r i m i t i v e s , l e s m yo c a r d i t e s o u l ’ i n f a r c t u s d u m yo c a r d e ) o u ê t r e s e c o n d a i r e à u n e s u r c h a r g e b a r o m é t r i q u e ( p a r e x e m p l e d a n s l ’ H T A) o u v o l u m é t r i q u e ( p a r e x e m p l e d a n s l ’ i n s u f f i s a n c e m i t r a l e o u les shunts intra-cardiaques) 2- CAUSES DE L'IC -----------------------------------------------------------L’IC est la voie finale commune de nombreuses pathologies cardiaques, les étiologies sont donc multiples. 2-1 description des types d’atteintes 2-1-1 IVG : Les atteintes qui retentissent en premier lieu sur le Ventricule Gauche (et en amont de lui sur le poumon) - ATTEINTE PRIMAIRE DU MYOCARDE ou ANOMALIE MUSCULAIRE • due à une INSUFFISANCE CORONARIENNE qu’il s’agisse : - > d e d e s t r u c t i o n d ’ u n e p a r t i e d e s c e l l u l e s m yo c a r d i q u e s p a r u n IN F AR C T U S - > o u d ’ u n e a b s e n c e d e c o n t r a c t i o n d e c e r t a i n e s c e l l u l e s m yo c a r d i q u e s d u f a i t d ’ u n e d i m i n u t i o n c h r o n i q u e d u d é b i t c o r o n a i r e d a n s u n e z o n e d u m yo c a r d e d u f a i t d ’ u n e s t é n o s e s é v è r e o u d ’ u n e occlusion coronaire (hibernation) - > o u d ’ u n e F IB R O S E m yo c a r d i q u e l o c a l i s é e o u d i f f u s e s e c o n d a i r e à l ' IS C H É M IE C H R O N IQ U E O U RÉPÉTÉE • due à une CARDIOMYOPATHIE PRIMITIVE - d a n s s a F O R M E D ILAT É E ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 3 - o u p l u s r a r e m e n t d a n s s a F O R M E H Y P E R T R O P H IQ U E • due à une CARDIOMYOPATHIE secondaire de cause reconnue telle qu’une atteinte d’origine médicamenteuse (chimiothérapie essentiellement) • due à une MYOCARDITE le plus souvent de cause virale - ATTEINTE SECONDAIRE DU MYOCARDE du fait d’une • SURCHARGE BAROMÉTRIQUE - par HTA - ou secondaire à un RÉTRÉCISSEMENT AORTIQUE • D'UNE SURCHARGE VOLUMÉTRIQUE - due à une INSUFFISANCE MITRALE - ou à une INSUFFISANCE AORTIQUE • D’UNE CARDIOPATHIE RYTHMIQUE U n t r o u b l e d u r yt h m e à t yp e d e t a c h yc a r d i e p e u t , l o r s q u ’ i l e s t t r è s p r o l o n g é , e n t r a î n e r u n e a l t é r a t i o n d e l a f o n c t i o n v e n t r i c u l a i r e q u i e s t s o u v e n t r é g r e s s i v e a v e c l a d i s p a r i t i o n d u t r o u b l e d u r yt h m e . 2-1-2 IVD : La première cause d’insuffisance cardiaque droite est l’insuffisance cardiaque gauche (qui devient alors une insuffisance cardiaque globale). Les atteintes qui retentissent en premier lieu sur le Ventricule Droit : - ATTEINTE PRIMAIRE DU MYOCARDE secondaire par exemple à un infarctus du m yo c a r d e p r é d o m i n a n t s u r l e v e n t r i c u l e d r o i t , o u à u n e d ys p l a s i e d u V D - ATTEINTE SECONDAIRE DU MYOCARDE D U F AIT D ' U N E S U R C H AR GE B AR O M É T R IQ U E : p a r h yp e r t e n s i o n a r t é r i e l l e p u l m o n a i r e ( H T AP ) q u i p e u t ê t r e s o i t p r i m i t i v e , s o i t l e p l u s s o u v e n t s e c o n d a i r e à u n e a t t e i n t e p u l m o n a i r e r é a l i s a n t l e s t a b l e a u x d i t d e C Œ U R P U LM O N AIR E AIGU ( C P A) o u C H R O N IQ U E ( C P C ) ( C P C P O S T - E M B O LIQ U E O U S E C O N D AIR E à u n e AT T E IN T E B R O N C H O - P U LM O N AIR E ) D U F AIT D ' U N E S U R C H AR GE V O LU M É T R IQ U E : p a r e x e m p l e l ’ IN S U F F IS AN C E T R IC U S P ID IE N N E 2-2 FRÉQUENCE DES DIFFÉRENTES CAUSES D'IC 2 - 2 - 1 L ’ I V G e s t l e t yp e d ’ I C l e p l u s fr é q u e n t ( p a r r a p p o r t à I V D e t I C G) e t a p o u r c a u s e d e fr é q u e n c e d é c r o i s s a n t e : • u n e I N S U F F I S AN C E C O R O N AI R E ( a v e c o u s a n s H TA a s s o c i é e ) • u n e H TA ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph • u n e V ALV U LO P ATH I E • u n e C AR D I O M Y O P ATH I E 2-2-2 4 L ' I C G e s t l e p l u s s o u ve n t s e c o n d a i r e à l ’ I V G + + + 2 - 2 - 3 L ’ I V D a p o u r c a u s e P R I N C I P ALE u n e a t t e i n t e p u l mo n a i r e o u b r o n c h o p u l mo n a i r e [ C o e u r P u l mo n a i r e C h r o n i q u e ( C P C ) ] 3- PHYSIOPATHOLOGIE de l’IC -----------------------------------------------------------------------------3-1 ATTEINTE DE LA FONCTION SYSTOLIQUE Les trois éléments déterminants principaux de la fonction systolique peuvent être en cause : 3-1-1 CONTRACTILITÉ La c o n t r a c t i l i t é ( o u i n o t r o p i s m e ) e s t l a c a p a c i t é i n t r i n s è q u e d ’ u n e u n i t é c o n t r a c t i l e à p r o d u i r e u n e f o r c e . La c o n t r a c t i l i t é e s t i n d é p e n d a n t e d e l a p r é c h a r g e , d e l a p o s t - c h a r g e e t d e l a f r é q u e n c e c a r d i a q u e . U n e a t t e i n t e d e l a c o n t r a c t i l i t é s ’ o b s e r v e d a n s l e s c a r d i o m yo p a t h i e s à f o r m e d i l a t é e e n a p p a r e n c e p r i m i t i v e ( a t t e i n t e p r i m a i r e d e l a c o n t r a c t i l i t é ? ) , d a n s l e s m yo c a r d i t e s , d a n s l e s c a r d i o p a t h i e s ischémiques, et de façon générale dans presque toutes les formes de cardiopathies à un stade très avancé. 3-1-2 POST-CHARGE La p o s t - c h a r g e r e p r é s e n t e l a f o r c e q u e d o i t v a i n c r e l e m u s c l e c a r d i a q u e p o u r s e r a c c o u r c i r . En pratique, la post-charge est appréciée indirectement par la résistance à l’éjection VG (résistance s ys t é m i q u e a r t é r i e l l e = p r e s s i o n s ys t o l i q u e x d é b i t c a r d i a q u e - > l a t e n s i o n a r t é r i e l l e e s t u n e appréciation approximative de la post charge, à condition que le débit cardiaque soit conservé) Lo r s q u e l a p o s t c h a r g e e s t a u g m e n t é e d e f a ç o n p a t h o l o g i q u e e t i m p o r t a n t e , i l p e u t s ’ e n s u i v r e u n e i n s u f f i s a n c e c a r d i a q u e . U n e x e m p l e f r é q u e n t e n p a t h o l o g i e e s t l ’ IC s e c o n d a i r e à u n e s u r c h a r g e barométrique telle que provoquée par une hypertension artérielle, mais aussi un rétrécissement aortique, une coarctation aortique. 3-1-3 PRÉCHARGE S e l o n l a l o i d e S t a r l i n g , u n e f i b r e m u s c u l a i r e ( m yo c a r d i q u e c o m m e s ys t é m i q u e ) d é v e l o p p e u n e f o r c e après activation qui est proportionnelle à sa longueur initiale pré-activation. Cette longueur initiale c a r a c t é r i s e l a p r é c h a r g e . Au n i v e a u d u c œ u r e n t i e r , c e l a s i g n i f i e q u e p l u s u n v e n t r i c u l e e s t r e m p l i ( d i s t e n d u ) , p l u s l a f o r c e d é v e l o p p é e l o r s d e l a c o n t r a c t i o n e s t i m p o r t a n t e . La p r é c h a r g e e s t d o n c i c i appréciée indirectement par le volume de remplissage du ventricule, i.e. par le volume télédiastolique. E n p a t h o l o g i e , u n e p r é c h a r g e a u g m e n t é e d e f a ç o n p a t h o l o g i q u e p e u t c o n d u i r e à u n é t a t d ’ IC ; o n observe cela en cas d’insuffisance mitrale par exemple. 3-2 ATTEINTE DE LA FONCTION DIASTOLIQUE Les trois déterminants principaux (relaxation, compliance passive, fréquence cardiaque) de la fonction diastolique peuvent être en cause. 3-2-1- RELAXATION La r e l a x a t i o n v e n t r i c u l a i r e a b o u t i t n o r m a l e m e n t à a b a i s s e r l a p r e s s i o n p r o t o d i a s t o l i q u e intraventriculaire en-dessous de la pression auriculaire gauche en provoquant un véritable phénomène d’aspiration ventriculaire : c’est le remplissage ventriculaire rapide protodiastolique. En pathologie, la relaxation peut être ralentie et/ou incomplète ; il s’ensuit une gêne au remplissage et d o n c u n e é l é v a t i o n d e l a p r e s s i o n e n a m o n t d u v e n t r i c u l e a b o u t i s s a n t à u n e IC d i a s t o l i q u e . C e t yp e d ’ IC e s t s o u v e n t p l u s o u m o i n s a s s o c i é à u n e IC s ys t o l i q u e ; o n l e r e n c o n t r e e n c a s d ’ i s c h é m i e m yo c a r d i q u e o u d ’ h yp e r t r o p h i e v e n t r i c u l a i r e p a r e x e m p l e . ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 5 3-2-2- COMPLIANCE PASSIVE La p a r o i v e n t r i c u l a i r e p r é s e n t e , e n d e h o r s d e t o u t p h é n o m è n e a c t i f , u n e c e r t a i n e c o m p l i a n c e p a s s i v e . La compliance est la relation qui lie la pression dans le ventricule et le volume de sang que ce ventricule contient (une compliance élevée signifie que le ventricule est facile à remplir, à l’inverse une compliance basse témoigne d’un ventricule rigide) ; une diminution de compliance peut être r e s p o n s a b l e d ’ é l é v a t i o n d e l a p r e s s i o n d e r e m p l i s s a g e ( IC d i a s t o l i q u e ) ; e n p a t h o l o g i e , u n e f i b r o s e m yo c a r d i q u e , u n e s é q u e l l e d ’ i n f a r c t u s p e u t ê t r e r e s p o n s a b l e d e t e l s p h é n o m è n e s . La p é r i c a r d i t e c o n s t r i c t i v e ( r é t r a c t i o n d u s a c p é r i c a r d i q u e g ê n a n t l e r e m p l i s s a g e c a r d i a q u e ) e s t u n m o d è l e d ’ IC d i a s t o l i q u e p u r e , s a n s a t t e i n t e d e l a f o n c t i o n m yo c a r d i q u e ( e t s a n s a t t e i n t e d e l a r e l a x a t i o n v e n t r i c u l a i r e ) . Le t e r m e d ’ “ a d i a s t o l i e ” e s t d a n s l e l a n g a g e c l i n i q u e r é s e r v é à c e t t e f o r m e d ’ IC diastolique. 3-2-3- FRÉQUENCE CARDIAQUE Lo r s q u e l a f r é q u e n c e c a r d i a q u e a u g m e n t e , l e s d i f f é r e n t e s p h a s e s d u c yc l e c a r d i a q u e s o n t p e u m o d i f i é e s j u s q u ' à u n e f r é q u e n c e d e l ’ o r d r e d e 1 2 0 b p m ( b a t t e m e n t p a r m i n u t e ) , l e r a c c o u r c i s s e m e n t d u c yc l e s e faisant jusqu'à cette fréquence par raccourcissement de la période de diastasis (période située entre la p h a s e d e r e m p l i s s a g e p r o t o d i a s t o l i q u e r a p i d e e t l a p h a s e d e r e m p l i s s a g e p r é s ys t o l i q u e d i t e “ auriculaire). Au d e l à d e 1 2 0 b p m , l e s d i f f é r e n t e s p h a s e s d u c yc l e c a r d i a q u e s e r a c c o u r c i s s e n t , e t a u n i v e a u d u remplissage cela aboutit à une augmentation de la pression de remplissage avec retentissement en a m o n t d u c œ u r ( c f p l u s l o i n ) ; u n e t a c h yc a r d i e p e u t , d u f a i t d e s a f r é q u e n c e é l e v é e , e n t r a î n e r u n e IC . ( c e p h é n o m è n e e s t à d i s t i n g u e r d e s IC s e c o n d a i r e s à u n e t a c h yc a r d i e p r o l o n g é e , q u i a b o u t i t à a l t é r e r l e f o n c t i o n n e m e n t d u m yo c a r d e , a l t é r a t i o n q u i p e r s i s t e ( a u m o i n s u n c e r t a i n t e m p s ) a p r è s l ’ a r r ê t d e l a t a c h yc a r d i e ) . La t a c h yc a r d i e > 1 2 0 b p m e s t s o u v e n t u n f a c t e u r a g g r a v a n t l o r s d ’ u n e IC d u e à u n e a u t r e c a u s e . -> LE PLUS SOUVENT INTRICATION DES ATTEINTES SYSTOLIQUE ET DIASTOLIQUE 3-3 RÔLE DES MÉCANISMES COMPENSATEURS Les mécanismes compensateurs ont, comme leur nom l’indique, pour rôle de compenser les effets de l’atteinte cardiaque. AU DÉBUT DE L’INSUFFISANCE CARDIAQUE, CES MÉCANISMES SONT EFFECTIVEMENT COMPENSATEURS , MAIS CERTAINS D’ENTRE EUX DEVIENNENT INADAPTÉS ET AGGRAVENT L’IC, RÉALISANT DE VÉRITABLES CERCLES VICIEUX. 3-3-1 SUR LE COEUR LUI-MÊME 3-3-1-1 MÉCANISME DE STARLING “ Plus le cœur est rempli et plus son volume d’éjection est important ” (cf loi de Starling) ; cela permet au cœur normal d’ajuster son débit battement par battement en fonction des variations du La vasoconstriction veineuse avec augmentation du retour veineux facilite la mise en jeu de ce mécanisme. remplissage cardiaque. En pathologie, dès qu’il existe une surcharge volumétrique, le cœur peut immédiatement éjecter plus ; cette compensation est donc immédiate, mais a des limites (les sarcomères ne peuvent s’étirer au delà de 2,2 µ). Ce phénomène ne participe pas à l’auto-aggravation de l’insuffisance cardiaque. E n c a s d e s u r c h a r g e v o l u m é t r i q u e d ’ u n e c e r t a i n e d u r é e , s e d é v e l o p p e u n e h yp e r t r o p h i e d i l a t a t i o n . ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 6 3-3-1-2 AUGMENTATION DE LA POST-CHARGE du fait de la vasoconstriction périphérique excessive artérielle avec pour conséquence une augmentation de travail cardiaque qui tend à aggraver l’insuffisance cardiaque (cercle vicieux). L’ a u g m e n t a t i o n d u t r a v a i l c a r d i a q u e a u g m e n t e l a c o n s o m m a t i o n e n o x yg è n e d u m yo c a r d e ( a g g r a v a t i o n d ’ u n e é v e n t u e l l e i s c h é m i e ) , s t i m u l e d e f a ç o n i n a d a p t é e l ’ h yp e r t r o p h i e m yo c a r d i q u e e t l a d i l a t a t i o n v e n t r i c u l a i r e ( r e m o d e l a g e c f . p l u s b a s ) . 3-3-1-2 HYPERTROPHIE - DILATATION (REMODELAGE : modification de structure) 2 O n a p p e l l e r e mo d e l a g e t o u t e s l e s m o d i f i c a t i o n s s t r u c t u r e l l e s d u v e n t r i c u l e . L’ h yp e r t r o p h i e d u m yo c a r d e p e r m e t a u c œ u r d e s ’ a d a p t e r à u n e a g r e s s i o n e n a u g m e n t a n t s a c a p a c i t é d e t r a v a i l . E l l e s e met en place progressivement S i l a s u r c h a r g e e s t d e t yp e b a r o m é t r i q u e ( p a r e x e m p l e d a n s u n e H T A) , l e m yo c a r d e s ’ h yp e r t r o p h i e d e f a ç o n p l u t ô t c o n c e n t r i q u e ( h y p e r t r o p h i e c o n c e n t r i q u e ) , c ’ e s t à d i r e s a n s d i l a t a t i o n v e n t r i c u l a i r e , c e q u i p e r m e t a u v e n t r i c u l e d ’ é j e c t e r u n v o l u m e s ys t o l i q u e n o r m a l m a l g r é l ’ a u g m e n t a t i o n de la post charge. S i l a s u r c h a r g e e s t d e t yp e v o l u m é t r i q u e , l a s t r u c t u r e d u v e n t r i c u l e s e m o d i f i e : i l d e v i e n t p l u s c o m p l i a n t e t d e c e f a i t s e d i l a t e p o u r u n e m ê m e p r e s s i o n d e r e m p l i s s a g e . Il s ’ h yp e r t r o p h i e s i m u l t a n é m e n t a f i n d e n o r m a l i s e r l a t e n s i o n p a r i é t a l e , a u g m e n t é e p a r l a d i l a t a t i o n ( l o i d e La p l a c e ) ( h y p e r t r o p h i e e x c e n t r i q u e ) : c e t yp e d ’ h yp e r t r o p h i e s e r e t r o u v e d a n s l ’ i n s u f f i s a n c e a o r t i q u e o u mitrale. Ce remodelage est bénéfique car il permet au ventricule de faire face à une situation anormale, mais il finit par être délétère car il participe à l’aggravation de la fonction cardiaque (notamment la dilatation ventriculaire tend à aggraver encore plus la dilatation ventriculaire ce qui suivant la loi de La p l a c e a u g m e n t e l e s b e s o i n s e n o x yg è n e d u m yo c a r d e 3 3-3-2 MÉCANISMES COMPENSATEURS HORMONAUX L’HYPERACTIVITÉ DES SYSTÈMES ADRÉNERGIQUE ET RÉNINEANGIOTENSINE-ALDOSTÉRONE (SRAA) aboutit à une cascade de conséquences délétères : 3-3-2-1 ACTIVITÉ SYMPATHO-ADRÉNERGIQUE La r é a c t i o n s ym p a t h o - a d r é n e r g i q u e à u n e a g r e s s i o n c a r d i a q u e a i g u ë q u e l c o n q u e e s t t r è s r a p i d e : L’ a u g m e n t a t i o n d e l a f o r c e c o n t r a c t i l e ( i n o t r o p i s m e p o s i t i f ) e t l a t a c h yc a r d i e , p e r m e t t e n t d e m a i n t e n i r l e d é b i t c a r d i a q u e ( d é b i t = v o l u m e d ’ é j e c t i o n x f r é q u e n c e c a r d i a q u e ) . La v a s o c o n s t r i c t i o n p é r i p h é r i q u e permet de maintenir la pression artérielle. E n c a s d ’ IC c h r o n i q u e , l ’ h yp e r a c t i v i t é s ym p a t h o - a d r é n e r g i q u e d e v i e n t m o i n s e f f i c a c e d u f a i t d ’ u n e d i m i n u t i o n d e s r é c e p t e u r s a d r é n e r g i q u e s ( s u r t o u t ß 1 ) à l a s u r f a c e d u c œ u r ( d o wn - r e g u l a t i o n ) , e t d ’ u n e altération de la voie de la G protéine. L’ a c t i v a t i o n d u s ys t è m e Σ f a v o r i s e l ’ h yp e r t r o p h i e m yo c yt a i r e , a u g m e n t e l a d é p e n s e é n e r g é t i q u e d u m yo c a r d e c e q u i r i s q u e d e f a v o r i s e r u n e i s c h é m i e s o u s e n d o c a r d i q u e , e t d e c e f a i t a g g r a v e r e n c o r e l a f o n c t i o n s ys t o l i q u e . L’ a c t i v a t i o n d u s ys t è m e s ym p a t h i q u e , i n i t i a l e m e n t d u f a i t d e l a b a i s s e d e p r e s s i o n a r t é r i e l l e , e s t maintenue par la “ désensibilisation des barorécepteurs ” : chez les patients en insuffisance cardiaque c h r o n i q u e , l e s b a r o r é c e p t e u r s i n h i b e n t m o i n s l e t o n u s s ym p a t h i q u e p o u r u n m ê m e n i v e a u d e p r e s s i o n artérielle 2 ce terme a tout d’abord été utilisé pour caractériser les modifications ventriculaires secondaires à un infarctus du myocarde : dans ce cas, schématiquement, il se produit progressivement après l’infarctus du myocarde une dilatation des zones infarcies et du myocarde sain restant, en même temps qu’une hypertrophie “ compensatrice ” du myocarde sain 3 d’après la loi de Laplace qui veut que la contrainte pariétale soit inversement proportionnelle à l’épaisseur de la paroi, et augmente en fonction du rayon de la cavité : ainsi une dilatation ventriculaire excessive entraîne une augmentation de tension pariétale et donc une augmentation de la consommation d’oxygène du myocarde (La contrainte pariétale est la pression qui règne dans la paroi même du ventricule, et qui n’est pas accessible par les moyens actuels de mesure chez l’homme ; à ne pas confondre avec la pression qui règne à l’intérieur du ventricule et qui peur être mesurée lors d’un cathétérisme du cœur) 7 3-3-2-2 SYSTÈME RÉNINE ANGIOTENSINE ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph ∗ La stimulation du SRAA tissulaire myocardique participe au remodelage (hypertrophie), et celle du SRAA hormonal systémique a une action vaso-constrictive. Cette dernière est surtout activée lors des phases de décompensation ou lorsqu’est prescrit un traitement diurétique. Son rôle négatif à long terme est indirectement souligné par l’action thérapeutique bénéfique des inhibiteurs de l’enzyme de conversion (IEC) 4 * Au n i v e a u d u r e i n : l ’ a c t i v a t i o n Σ e n t r a î n e u n e v a s o c o n s t r i c t i o n p r é f é r e n t i e l l e d u t e r r i t o i r e r é n a l , q u i s ’ a j o u t e à l a l é g è r e b a i s s e d e l a p r e s s i o n a r t é r i e l l e s ys t é m i q u e p o u r a c t i v e r l e S R AA. L’ a n g i o t e n s i n e potentialise l’action du Σ et entraîne une réabsorption du sodium tubulaire qui augmente la volémie r é e l l e . Le S R AA e s t t r è s f o r t e m e n t a c t i v é p a r l e s d i u r é t i q u e s , l a r g e m e n t u t i l i s é s d a n s c e t t e p a t h o l o g i e . Le r ô l e d e l a r é t e n t i o n h yd r o - s o d é e d a n s l a s u r v e n u e d e s d i f f é r e n t s s i g n e s d e l ’ IC e s t t r è s i m p o r t a n t e n c o n j o n c t i o n a v e c l e s a n o m a l i e s d e l ’ h é m o d yn a m i q u e . Il s ’ a g i t d ’ u n p h é n o m è n e s o u v e n t p r é c o c e , d a n s l a d é v e l o p p e m e n t d ’ u n e IC , q u i p e u t s e m a n i f e s t e r c l i n i q u e m e n t u n i q u e m e n t p a r u n e p r i s e d e p o i d s . 3-3-2-3 AUTRES SYSTEMES VASO-CONSTRICTEURS ∗ le système des endothélines (sécrétées par les cellules endothéliales) est de découverte plus récente, mais pourrait également jouer un rôle dans l’aggravation de l’insuffisance cardiaque : le blocage de son action pourrait être bénéfique. 3-3-2-3 SYSTÈMES VASODILATATEURS le facteur atrial natriurétique (FAN, ou ANP des anglo-saxons ) En réponse à la distension des oreillettes (conséquence de l'augmentation de pression en amont de la c a v i t é v e n t r i c u l a i r e i n s u f f i s a n t e ) e s t s é c r é t é l e F AN . Lo r s q u e l ' i n s u f f i s a n c e c a r d i a q u e p r o g r e s s e i l e s t même sécrété par les ventricules, mais son action est diminuée chez les patients en insuffisance c a r d i a q u e , c o m m e l ' e s t l ' a c t i o n d u s ys t è m e s ym p a t h i q u e . Un autre facteur natriurétique, le BNP (Brain Natriuretic Peptide), initialement isolé dans le cerveau d’où son nom , m ais en fait sécrété par le m yocarde, est augmenté en cas d’altération de la fonction s ys t o l i q u e c a r d i a q u e , e n p r o p o r t i o n d e l ’ a u g m e n t a t i o n d e s p r e s s i o n s d e r e m p l i s s a g e . S o n d o s a g e pourrait devenir un test biologique pour confirmer le diagnostic d’insuffisance cardiaque. Il pourrait avoir une valeur pronostique. les prostaglandines L' a c t i o n c o m b i n é e d u b a s d é b i t , d e l ' a c t i v a t i o n d u s ys t è m e s ym p a t h i q u e e t d u s ys t è m e r é n i n e a n g i o t e n s i n e d i m i n u e l a p e r f u s i o n r é n a l e . C e c i e n t r a î n e u n e s yn t h è s e a c c r u e d e p r o s t a g l a n d i n e s q u i l i m i t e n t l a v a s o c o n s t r i c t i o n d u t e r r i t o i r e r é n a l e t p a r l à l e r i s q u e d ' i n s u f f i s a n c e r é n a l e . At t e n t i o n d o n c à l'utilisation des anti-inflammatoires non stéroidiens dans cette pathologie. Il f a u t n o t e r q u e l ’ e n z ym e d e c o n v e r s i o n d e l ’ a n g i o t e n s i n e d é g r a d e l e s k i n i n e s . Le b l o c a g e d e c e t t e e n z ym e v a d o n c a u g m e n t e r l e t a u x d e k i n i n e s ( l ’ a c t i o n d e s IE C s ’ e x p l i q u e e n p a r t i e p a r c e m é c a n i s m e ) . le schéma suivant tente de résumer les principales modifications engendrées par une IC (la réponse aux modifications neuro hormonales de l’IC est semblable à celle provoquée par une hypovolémie : rétention hydosodée et vasoconstriction périphérique et rénale). 4 L’enzyme de conversion permet la transformation de l’angiotensine I en angiotensine II, hormone active ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 8 RETENTION HYDROSODEE ANOMALIE BAROREFLEXE IC ↑ RENINE-ANGIOTENSINE (SRAA) ↑Σ -ALDOSTERONE VASOCONSTRICTION PERIPHERIQUE (& RENALE) 3-4 CONSÉQUENCES HÉMODYNAMIQUES EN AMONT DU VENTRICULE Le retentissement en amont des ventricules se caractérise par la constitution d’oedème , ce qui fait parler d’IC congestive 3-4-1 DANS L’IVG Le retentissement en amont du VG réalise« le POUMON CARDIAQUE » - sa caractéristique essentielle est l’oedème pulmonaire, d’abord interstitiel, et parfois également alvéolaire. Deux anomalies sont à l’origine de la formation de l’oedème pulmonaire (OP) : l’augmentation de la p r e s s i o n c a p i l l a i r e p u l m o n a i r e ( P C P ) e t l a p r é s e n c e d ’ u n e r é t e n t i o n h yd r o s o d é e . L’ a u g m e n t a t i o n d e l a p r e s s i o n c a p i l l a i r e e s t l ’ a n o m a l i e l a p l u s é v i d e n t e ( m e s u r a b l e p a r c a t h é t é r i s m e ) . Elle est due à l’augmentation de la pression de remplissage du VG qui retentit en amont produisant une augmentation de la pression dans l’oreillette gauche, et donc dans les veines pulmonaires puis le c a p i l l a i r e p u l m o n a i r e , l i e u d e s é c h a n g e s g a z e u x a v e c l ’ a l v é o l e p u l m o n a i r e . Lo r s q u e l a P C P h yd r o s t a t i q u e d é p a s s e l a p r e s s i o n c a p i l l a i r e o n c o t i q u e , i l s e p r o d u i t u n p a s s a g e d e l i q u i d e s é r i q u e d u v a i s s e a u c a p i l l a i r e v e r s l ’ i n t e r s t i t i u m p u l m o n a i r e q u i l ’ e n t o u r e ( t r a n s s u d a t i o n ) . Il e x i s t e d a n s l e s c o n d i t i o n s p h ys i o l o g i q u e s u n d r a i n a g e l ym p h a t i q u e d e l ’ i n t e r s t i t i u m p u l m o n a i r e 5 , m a i s e n c a s d’élévation pathologique de la PCP , les capacités de ce drainage sont dépassées et du liquide s’accumule dans l’interstitium : c’est l’oedèm e pulm onaire interstitiel. En cas d’élévation brutale et importante de la PCP, il peut également y avoir passage de liquide sérique vers l’alvéole pulmonaire : c’est l’oedèm e pulm onaire alvéolaire. 5 La PCP normale demeure en règle en dessous de 12 mmHg (c’est-à-dire bien en dessous de la pression oncotique) ; un passage de liquide sérique en dehors du vaisseau capillaire ne se produit que pour des valeurs de PCP largement au dessus de 12 mmHg ; il est possible que transitoirement la PCP s’élève, (par exemple au début d’un effort) et qu’une transsudation modérée se produise -> rôle du drainage lymphatique. ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph alvéole 9 Capillaire Pression oncotique Oedème interstitiel puis alvéolaire Pression hydrostatique intracapillaire en noir :normal en brun : IC Drainage lymphatique Formation de l’oedème pulmonaire : il y a passage de liquide sérique vers l’instertitium lorsque la pression hydrostatique intracapillaire dépasse la pression oncotique intracapillaire. Le drainage lymphatique évite la formation d’oedème lorsque la transsudation est modérée, mais est rapidement dépassé en cas d’augmentation importante de la PCP. - dans l’IVG chronique, peuvent se surajouter des modifications des structures bronchopulmonaires aboutissant à la broncho-pneumopathie du cardiaque (sensibilité aux surinfections, parfois hypertension artérielle pulmonaire précapillaire 6). La c o n j o n c t i o n d ’ u n e p r e s s i o n i n t r a v a s c u l a i r e p u l m o n a i r e a u g m e n t é e e t d e l ’ i n f i l t r a t i o n d e s s t r u c t u r e s pulmonaires par l’oedème, (éventuellement aggravée par les modifications structurales b r o n c h o p u l m o n a i r e s d e l a b r o n c h o - p n e u m o p a t h i e d u c a r d i a q u e ) , e s t g é n é r a t r i c e d e d ys p n é e . 3-4-2 DANS L’IVD ISOLÉE OU ASSOCIÉE À L’IVG (insuffisance cardiaque globale) C o m m e p o u r l ’ IV G, l e r e t e n t i s s e m e n t d ’ a m o n t e s t s o u s - t e n d u p a r l ’ é l é v a t i o n d e l a p r e s s i o n h yd r o s t a t i q u e e n a m o n t d u v e n t r i c u l e ( i c i , c ’ e s t l a p r e s s i o n v e i n e u s e s ys t é m i q u e ) e t p a r l e s e f f e t s d e l a r é t e n t i o n h yd r o s o d é e 7. T o u s l e s o r g a n e s s ys t é m i q u e s s o n t s o u m i s à c e r e t e n t i s s e m e n t d ’ a m o n t , m a i s l e s d e u x c o n s é q u e n c e s essentielles sont le foie cardiaque et l’oedème périphérique. 6 Il faut bien distinguer l’HTAP précapillaire de l’HTAP post-capillaire : L’HTAP post capillaire est retrouvée dans toute les formes de poumon cardiaque et est due à l’élévation de la pression capillaire pulmonaire du fait de la gêne au remplissage du VG ; l’HTAP précapillaire est un phénomène réactionnel assez rare , survenant dans certaines formes d’IVG, due au développement d’une hypertrophie de la média de la paroi des artérioles pulmonaires précapillaires ; ce phénomène est souvent irréversible et peut-être responsable d’HTAP gravissime. 7 La rétention hydosodée paraît être un phénomène aussi important dans l’IVG que dans l’ICG ; il semble que ce phénomène soit assez précoce lors de l’apparition d’une IC ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 10 3-4-2-1 LE FOIE CARDIAQUE Le f o i e e s t l e s i è g e d ’ u n e s t a s e s a n g u i n e ( f o i e d e s t a s e o u f o i e c o n g e s t i f a v e c é g a l i s a t i o n d e s p r e s s i o n s dans les territoires pré et post-sinusoïdaux) produisant une augmentation de son volume (hépatomégalie). Le f o i e s é q u e s t r e u n e c e r t a i n e q u a n t i t é d u s a n g i n t r a v a s c u l a i r e ( c e q u i e s t é g a l e m e n t l e c a s d u s e c t e u r s p l a n c h n i q u e ) , c e q u i c o n t r i b u e e f f i c a c e m e n t à l a b a i s s e d e l a v o l é mi e c i r c u l a n t e 8, l a q u e l l e c o n t r i b u e a u d é v e l o p p e m e n t d e l ’ h yp e r a l d o s t é r o n i s m e s e c o n d a i r e . L’ h yp o x i e h é p a t i q u e a b o u t i t à u n e n é c r o s e c e n t r o l o b u l a i r e d a n s l e s f o r me s t e r mi n a l e s . À un stade plus avancé, la fonction hépatique se détériore (insuffisance hépatique) avec diminution d u p o u v o i r d e d é g r a d a t i o n d e c e r t a i n e s m o l é c u l e s , d i m i n u t i o n d e l a s yn t h è s e p r o t é i q u e ( e n p a r t i c u l i e r diminution de la formation des facteurs de coagulation),... Par ailleurs de part la répartition différente du débit cardiaque, le débit hépatique est modifié ce qui peut influencer le métabolisme de certaines molécules. 3-4-2-2 LES OEDÈMES PÉRIPHÉRIQUES Il s s o n t p r o v o q u é s p a r l ’ h yp e r p r e s s i o n h yd r o s t a t i q u e v e i n e u s e . L’ a c t i o n d e l a p e s a n t e u r e x p l i q u e l e u r localisation préférentielle dans les zones déclives (les insuffisants cardiaques ne supportent pas bien la position allongée à plat). Le s p a r o i s v a s c u l a i r e s s o n t i n f i l t r é e s d ’ e a u e t d e s e l e t s o n t a i n s i p l u s r i g i d e s ( - > a u g m e n t a t i o n d e l a post-charge). 3-5 CONSÉQUENCES HÉMODYNAMIQUES EN AVAL DU VENTRICULE 3-5-1 DIMINUTION DU DÉBIT CARDIAQUE La diminution du débit cardiaque au repos est un phénomène tardif dans l’évolution d’une IC chronique. (Dans l’IC aiguë, il peut s’agir d’un effondrement du débit cardiaque initial, puis d’un retour progressif à la normale sous l’action des mécanismes compensateurs). À l’effort, il existe une incapacité du cœur à assurer une augmentation du débit cardiaque suffisante. C e t t e i n c a p a c i t é e s t p r o p o r t i o n n e l l e à l a s é v é r i t é d e l ’ IC 9. 3-5-2 REIN CARDIAQUE = RÉTENTION HYDROSODÉE On a souligné à plusieurs reprises l’importance du syndrome de rétention hydosodée dans la physiopathologie de l’IC (ce que corrobore l’action thérapeutique souvent très spectaculaire des diurétiques). Sa pathogénie est complexe et multifactorielle. Il faut retenir l’importance des facteurs neurohormonaux dans sa génèse : rôle de l’hyperstimulation sympatho-adrénergique sur le rein, rôle de l’angiotensine II et de l’aldostérone, mais aussi de la vasopressine [ou hormone antidiurétique (HAD)], et de nombreux autres facteurs, ... La f i l t r a t i o n g l o m é r u l a i r e e s t d i m i n u é e , m a i s m o i n s q u e n e l e v o u d r a i t l a d i m i n u t i o n d u d é b i t r é n a l ; e n effet, les artérioles glomérulaires sont vasoconstrictées, l’artériole efférente de façon prédominante 8 La vasoconstriction veineuse provoque classiquement une augmentation du retour veineux au cœur droit. Mais ce phénomène est contre balancé par la séquestration importante de sang dans le secteur splanchnique qui baisse significativement la volémie circulante, phénomène aggravé par la fuite liquidienne extravasculaire (oedème). La résultante est donc une élévation de la pression veineuse du fait de la vasoconstriction associée à la baisse de la volèmie et donc, ,à un stade d’IC suffisamment avancé, une baisse du débit circulatoire veineux (comme du débit artériel bien entendu). 9 En pratique on mesure la consommation d’oxygène à l’effort ; la consommation d’oxygène pour un effort maximal (VO2 max.) est un bon critère indirect de la gravité de l’IC et est un critère important dans le bilan d’un patient candidat à une transplantation cardiaque. ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 11 s o u s l ’ a c t i o n d e l ’ a n g i o t e n s i n e II; l a p r e s s i o n d e f i l t r a t i o n g l o m é r u l a i r e a u g m e n t e a i n s i q u e l a f r a c t i o n de filtration (FF) ; la pression oncotique péritubulaire s’en trouve augmentée, alors que la pression h yd r o s t a t i q u e e s t a b a i s s é e : l a r é a b s o r p t i o n d u s o d i u m d e l ’ e a u a u n i v e a u d u t u b u l e p r o x i m a l e s t accrue. L’ h yp e r a l d o s t é r o n i s m e s e c o n d a i r e p r o v o q u e u n e r é a b s o r p t i o n d e N a a u n i v e a u d u t u b u l e d i s t a l ( a v e c excrétion d’ion potassium) L’ h o r m o n e a n t i d i u r é t i q u e ( v a s o p r e s s i n e ) , é g a l e m e n t é l e v é e a u c o u r s d e l ’ i n s u f f i s a n c e c a r d i a q u e , aggrave le phénomène favorisant la réabsorption d’eau au niveau du tube collecteur. La résultante est une diminution de la diurèse et de la natriurèse avec perte de potassium ce qui entraîne une rétention d’eau et de sodium dans l’organisme. 10 10 Le rein réagit à l’IC comme devant une hypovolémie, et en provoquant la rétention hydrosodée ; mais cette dernière se montre incapable d’arrêter la stimulation des volorécepteurs, car il l’eau et le sel diffusent dans les secteurs extravasculaires (et une partie du sang intravasculaire est séquestrée dans le secteur splanchnique) : il s’ensuit que l’organisme continue à se comporter comme s’il y avait une hypovolémie persistante. ’insuffisance cardiaque chronqiue 12 Prs Jondeau G et Geslin Ph SCHÉMAS ILLUSTRANT LES PRINCIPAUX MÉCANISMES RÉNAUX RESPONSABLES DU SYNDROME DE RÉTENTION HYDROSODÉE DANS L’IC debit renal Rénine Artère afférente art.afférente Aldostérone réabs. Na FG AG II FF. K oncot P.hydrost VCion HAD réabs. Na art efférente ↓ DIURESE ↓ NATRIURESE RETENTION HYDROSODEE ↑ KALIURESE légende : AG : angiotensine ; Dim FG : Diminution de la filtration glomérulaire ; FF : fraction de filtration ; P.hydrost : pression hydrostatique ; oncot : pression oncotique ; réabs : réabsorption ; Vcion : vasoconstriction 13 3-6 RETENTISSEMENT MUSCULAIRE PÉRIPHÉRIQUE LIMITATION FONCTIONNELLE ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph Le premier signe clinique de l'insuffisance cardiaque est la diminution de la tolérance fonctionnelle, c'est à dire l'incapacité pour le patient de faire un effort important. Or il est maintenant bien établi que la tolérance fonctionnelle des patients dépend peu du degré d'altération de la fonction ventriculaire. Ainsi dans une grande population de près de 500 patients, il n'a pas été possible de prévoir la capacité d'effort (ici mesurée par la VO2 sur l’axe des Y, en ml/kg/min) à partir de l’importance d'altération de la fonction ventriculaire gauche (fraction d'éjection sur l’axe des X). Ceci est apparemment paradoxal : en effet chez le sujet normal, c’est le débit cardiaque qui limite l’effort maximal, et l’insuffisance cardiaque est la conséquence de la diminution du débit cardiaque d’abord à l’effort et ensuite au repos. V O 2 M A X Fraction d'ejection VG isotopique Cet apparent paradoxe témoigne de ce que l’insuffisance cardiaque s’accompagne de modifications d’autres organes que le cœur :elle entraîne aussi des modifications des vaisseaux musculaires squelettiques et des modifications des cellules musculaires squelettiques elles mêmes qui peuvent toutes participer à l'incapacité de l'organisme d'utiliser l'oxygène et le transformer en énergie, c'est à dire participer à la limitation fonctionnelle de ces patients. Sur la figure 9, le transport de l'oxygène à partir de l'air ambiant jusqu'aux cellules musculaires squelettiques et sa transformation en énergie sont regroupées en 3 grandes étapes. (1) une étape centrale, qui correspond à la capacité du coeur et des poumons à oxygéner un ± grand volume de sang (le débit cardiaque). (2) une étape vasculaire, qui correspond à la capacité des vaisseaux à bien diriger le débit cardiaque vers le muscle qui effectue l'effort et qui en a besoin, plutôt que vers des territoires inactifs. (3) une étape cellulaire, qui correspond à la capacité du muscle squelettique à extraire l'oxygène qui lui est apporté du sang et le transformer en énergie. O2 (1) (2) O2 Territoire Inactif ENERGIE (3) Muscle Actif O2 Outre la diminution du débit cardiaque à l'effort qui caractérise l'insuffisance cardiaque, les facteurs périphériques (2 & 3) jouent également un rôle important dans la limitation fonctionnelle des patients en insuffisance cardiaque, et reflètent au moins en partie l'effet du déconditionnement physique. Les patients ne se sentent pas "confortables" lors des efforts, qu'ils limitent si bien qu'ils se désentraînent. Il apparaît de plus en plus important de lutter contre le déconditionnement par la pratique régulière d'exercices modérés (par exemple 1/2 heure de marche par jour). ’insuffisance cardiaque chronqiue 14 Prs Jondeau G et Geslin Ph QUELQUES FIGURES POUR ILLUSTRER : une figure pour illustrer 1 . l’ÉVOLUTION DE L IC A gauche de la ligne verticale les patients sont asymptomatiques, et à droite ils le deviennent (insuffisance cardiaque). Trois cercles vicieux se succèdent : D’abord le ventricule gauche se dilate progressivement (remodelage ventriculaire), Puis l’altération de la fonction systolique devient assez sévère pour que le débit cardiaque diminue, ce qui provoque une vasoconstriction pour maintenir la pression artérielle. Enfin, cette diminution du débit chronique dans les vaisseaux produit des modifications des artères périphériques avec altération de la fonction endothéliale, et l’inactivité physique modifie les muscles squelettiques qui sont déconditionnés. L’activation des systèmes hormonaux, généraux ou tissulaires, joue un rôle dans l’évolution de chacune de ces étapes, si bien que le traitement de l’insuffisance cardiaque chronique va tenter de limiter cette progression en bloquant les systèmes. C’est le deuxième cercle vicieux qui est cassé par les vasodilatateurs et qui est celui qui importe en cas de décompensation aiguë. EFFETS VENTRICULAIRES EFFETS PERIPHERIQUES "REMODELING" "INSUFFISANCE CARDIAQUE" IM fonctionnelle ↑ σ diastole Hypertrophie Dilatation † myocytes Elongation "Slippage" Déficit énergétique Activation hormonale •SRA •Σ •endothélines ↓ fonction systolique ↑ postcharge ↓ chronique du flux Dysfonction endothéliale Déconditionnement ASYMPTOMATIQUE I II III IV ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 15 une figure pour illustrer : 2 Les systèmes neuro-hormonaux Activation des systèmes neuro-hormonaux lors d'une insuffisance cardiaque expérimentale chez le chien, par stimulation ventriculaire rapide. ANP= facteur atrial natriurétique, renin = rénine, angiotensin = angiotensine, norepinephrine = noradrénaline, épinéphrine = adrénaline. Il est évident que de multiples systèmes hormonaux sont activés au cours de l'insuffisance cardiaque L’importance des systèmes hormonaux : étude chez le chien chez lequel une IC est provoquée par stimulation rapide du ventricule (PACING) ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 16 CLINIQUE 1- INSUFFISANCE VENTRICULAIRE GAUCHE : I V G La symptomatologie est sensiblement différente suivant que l’atteinte cardiaque est aiguë ou très progressive 1-1 SIGNES FONCTIONNELS 1-1-1- DYSPNÉE +++ C’est le maître symptôme de l’IVG. Par définition , il n’existe pas au stade de dysfonction ventriculaire sans symptôme ( =stad e I d e la classificatio n fo nctio nnelle américaine(NYHA 11) ), puis la dyspnée se manifeste pour des efforts importants sans entraver ceux de la vie courante (stade II ), puis si l’IVG s’aggrave, la dyspnée apparaît pour des efforts ordinaires (stade III), et à un stade très avancé, même au repos (stade IV). Il s’agit d’une dyspnée essentiellement d’effort , qui peut cependant apparaître lors de la position allongée (ce qui la différencie de la dyspnée d’autre origine 12). C’est l’orthopnée 13 . Le nombre d’oreillers utilisés par le malade est un moyen de l’apprécier. Sa survenue quelques heures après le coucher réalise une dyspnée paroxystique nocturne elle aussi très évocatrice d’insuffisance cardiaque. DIAGNOSTICS DIFFÉRENTIELS : il existe de nombreuses autres causes de dyspnée d’effort ; il faudra éliminer les causes bronchopulmonaires, la dystonie neuro-végétaitve, l’anémie, l’obésité, .... On pourra s’aider d’un test au diurétique : diminution de la dyspnée après un court traitement par diurétique de l’anse. 1-1-2 ASTHÉNIE et faiblesse 11 New York Heart Association : Classe I: patients porteurs d'une maladie cardiaque n'entraînant aucune limitation de l'activité physique. Les activités ordinaires n'entraînent aucune fatigue anormale, aucune palpitation, dyspnée ou douleur angineuse. Classe II: Patients porteurs d'une maladie cardiaque limitant modérément l'activité physique. Absence de symptomatologie au repos. L'activité physique ordinaire entraîne fatigue, palpitation, dyspnée ou douleur angineuse. Classe III: Patients porteurs d'une maladie cardiaque limitant sévèrement leur activité. Ils sont confortables au repos. Les activités physiques moins intenses que les activités ordinaires entraînent fatigue, palpitation, dyspnée ou douleur angineuse. Classe IV: La moindre activité physique s'accompagne de symptômes. Ils peuvent être présents même au repos. Ils sont exagérés par le moindre effort. 12 L’asthmatique respire mieux en position assise ou debout , mais il ne s’agit pas d’une dyspnée apparaissant lors du décubitus, et il ne s’agit pas à proprement parler d’une orthopnée) 13 ortho = droit 17 L’asthénie est en règle un témoin de la baisse du débit cardiaque, et ne se voit qu’à un stade avancé de l’IVG 14. ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph Elle est plus nette à l'effort et est bien sûr très peu spécifique de l'insuffisance cardiaque. L'effort qui la produit est quantifié de la même façon que l'effort qui entraîne la dyspnée. 1-1-3 AUTRES SIGNES : La toux équivalent mineur d’œdème pulmonaire: peut survenir à l’effort, ou en décubitus. L’hémoptysie : Rare, elle s’observe en cas de broncho-pneumopathie du cardiaque. La noctiurie : au début de l'installation de l'insuffisance cardiaque, la perfusion rénale qui est abaissée dans la journée est normalisée pendant la nuit, lorsque le retour veineux est restauré par la position allongée. Cela entraîne une reprise de la diurèse responsable d'une nocturie. L'oligurie est un signe témoignant de la diminution du débit rénal, conséquence de la diminution du débit cardiaque, et se voit tardivement. Les signes de bas débit cérébral avec confusion, désorientation, perte de la mémoire se voient habituellement lors des insuffisances cardiaques évoluées. 1-2- SIGNES PHYSIQUES Ils peuvent être dus à la cardiopathie causale. La symptomatologie la plus importante est celle que l’on trouve à l’examen pulmonaire 1-2-1 LES SIGNES DE LA CARDIOPATHIE CAUSALE 1-2-2 L’EXAMEN DU CŒUR TACHYCARDIE : régulière ou non (irrégulière en cas de trouble du rythme telle que la fibrillation auriculaire) L’importance de la tachycardie, témoin de l’hyperactivité Σ , est un indice pronostique. CHOC DE POINTE : peut être dévié en bas et à gauche, étalé, témoignant de la dilatation du ventricule gauche. BRUIT DE GALOP : protodiastolique (B3) ou présystolique (B4), perçu à la pointe, avec la cloche du stéthoscope, donnant un rythme à trois 14 Les thérapeutiques actuelles de l’IVG sont très efficaces pour diminuer la pression capillaire pulmonaire et diminuer le syndrome de rétention hydosodée, ce qui a pour effet d’améliorer considérablement la dyspnée, mais ce qui a pour corollaire d’augmenter l’asthénie par baisse du débit cardiaque (tout au moins dans les formes sévères d’IC) 18 temps. Le B3 est classiquement lié au degré d’atteinte de la fonction VG, le B4 est lié au trouble de compliance VG (en cas de tachycardie on peut percevoir un galop dit de sommation, intense, disparaissant avec le ralentissement de la fréquence cardiaque, et provoqué par la superposition (la sommation) des deux bruits B3 et B4). ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph SOUFFLE D’INSUFFISANCE MITRALE FONCTIONNELLE : souffle apexo-axillaire, souvent peu intense, 1 à 2/6 è m e , de timbre doux, en jet de vapeur, fréquent en cas de dilatation importante du VG, il varie en fonction de cette dernière, en particulier sous l’influence du traitement. 1-2-3- L’EXAMEN DES VAISSEAUX TA : est abaissée par la maladie, de même que la différentielle (pression artérielle systolique moins pression artérielle diastolique), diminuée parallèlement au volume d’éjection systolique (le volume éjecté par le ventricule à chaque systole P O U LS ALTE R N AN T : r a r e ; i l s ’ a g i t d e l a p e r c e p t i o n d ’ u n b a t t e me n t fo r t p u i s d ’ u n b a t t e me n t fa i b l e l o r s d e l a p r i s e d u p o u l s , e t s a n s q u ’ i l y a i t d e mo d i fi c a t i o n d e l a fr é q u e n c e c a r d i a q u e . I l s ’ a g i t d ’ u n s i g n e d e ma u va i s p r o n o s t i c 15. 1-2-4 L’EXAMEN PULMONAIRE RALES DE STASE +++ La perception auscultatoire de râles crépitants (ou sous crépitants), fins, secs, inspiratoires, prédominant aux bases (où apparaît d’abord l’oedème du fait de la loi de la pesanteur), est d’une aide importante au diagnostic ; les râles crépitants traduiraient l’éclatement des bulles d’oedème lors de l’inspiration. Ils s’accompagnent d'une submatité à la percussion. L'oedème interstitiel peut entraîner l'apparition de sibilants (traduisant l'oedème de la paroi bronchique), chez des patients ayant un passé pulmonaire, et qu'il faut savoir rattacher à l'insuffisance cardiaque et non à un asthme. Enfin peut se développer un oedème pleural dans le cadre d'un anasarque. Ils sont malheureusement aspécifiques et ne suffisent pas à eux seuls à poser le diagnostic d’oedème pulmonaire. Leur évolution sous traitement, et en particulier lors d’un traitement d’épreuve par diurétique (cf plus haut) augmente nettement leur valeur sémiologique. SIGNE D'ÉPANCHEMENT PLEURAL : il peut exister un épanchement transsudatif (pauvre en albumine : < 30 g/l ) 1-3- EXAMENS COMPLÉMENTAIRES de base 15 il témoigne en effet d’une mauvaise fonction ventriculaire gauche 19 1-3-1 L’examen clinique est complété par un TÉLÉTHORAX (radio pulmonaire) qui montre : ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph • souvent une cardiomégalie dont les caractères dépendent de la maladie causale • des images de poumon cardiaque , i.e. d’oedème pulmonaire au maximum (cf question œdème pulmonaire). • À un stade plus précoce, on retrouve une redistribution vasculaire au sommets (les veines des sommets sont distendues du fait de l’augmentation de la pression veineuse pulmonaire, alors que chez les sujets normaux, seules les veines déclives sont distendues). • De fines travées horizontales (lignes B de Kerley) visibles dans les culs de sacs costo-diaphragmatiques traduisent la stase lymphatique. • Parfois des opacités pleurales obscurcissent les culs de sacs (épanchement de la grande cavité) ou dessinent des images linéaires ou en raquette (épanchements interlobaires que les clichés de profil ou en oblique permettent de localiser). 1-3-2 L’ECG est systématique : il montre des signes en rapport avec la cardiopathie causale ou l’hypertrophie. Il permet de faire le diagnostic précis d’éventuels troubles du rythme ou de la conduction. 1-3-3 L’échocardiographie est indispensable pour préciser la sévérité de l’atteinte cardiaque et étiqueter la cardiopathie causale. L'échocardiographie est l'examen clé de l'évaluation des patients en insuffisance cardiaque. Il permet d'estimer les fonctions systolique et diastolique ventriculaire gauche, d'apprécier une dilatation ventriculaire droite et de calculer la pression artérielle pulmonaire systolique, donc de quantifier l’hypertension artérielle pulmonaire. Il permet également d'estimer le débit cardiaque. Enfin c'est un examen clé de débrouillage à la recherche d'une étiologie valvulaire, d'une hypertrophie… ’insuffisance cardiaque chronqiue 20 Prs Jondeau G et Geslin Ph Echocardiographie bidimensionnelle dysfonction systolique dysfonction diastolique diastole systole Images échocardiographiques parasternales transversales du ventricule gauche en diastole et en systole. A gauche: dysfonction systolique: la cavité ventriculaire est dilatée, la paroi fine et la diminution de surface en systole faible. A droite: dysfonction diastolique: la cavité ventriculaire gauche n'est pas dilatée, les parois sont épaissies, et la diminution de surface en systole est conservée. Doppler onde A onde E onde A onde E diastole systole diastole systole A gauche: flux transmitral lors d'une dysfonction systolique: le temps de remplissage diastolique est diminué, le remplissage précoce (onde E) est important du fait de l'insuffisance mitrale fonctionnelle. A droite, flux transmitral évocateur de dysfonction diastolique: l'onde E initiale est diminuée, sa décroissance est ralentie, et l'onde A, correspondant à la systole auriculaire est augmentée. 1-3-4 La BIOLOGIE : Une insuffisance rénale fonctionnelle est la conséquence de la diminution du débit rénal, Une hyponatrémie de dilution avec hyponatriurie malgré la présence d’oedèmes indiquant un stock sodé élevé, favorisée par l'hyperaldostéronisme lié à l'activation du système rénine angiotensine. Les diverses thérapeutiques peuvent entraîner leur propres modifications (hypokaliémie des diurétiques, hyperkaliémie et insuffisance rénale des IEC…). Il est fréquent qu'une légère anémie soit présente. Enfin en cas d'hépatomégalie peuvent être libérés des enzymes hépatiques (surtout décompensation cardiaque). 2-3 LES FACTEURS PRONOSTIQUES DE L'INSUFFISANCE ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 21 CARDIAQUE Le pronostic des patients en insuffisance cardiaque dépend de plusieurs facteurs qui sont par ordre d'importance décroissante 1) la fraction d'éjection ventriculaire gauche (qui reflète le degré d'altération de la fonction systolique et de dilatation ventriculaire gauche) 2) la tolérance fonctionnelle appréciée si possible par une mesure de la consommation en oxygène au cours d'un effort 3) le rapport cardio-thoracique, qui reflète le degré de dilatation des cavités gauches mais aussi des cavités droites, ou mieux actuellement le diamètre ventriculaire gauche à l'échocardiographie. 4) la présence de troubles du rythme sur le Holter. 50% des décès des patients en insuffisance cardiaque par dysfonction systolique sont rapportés à une "mort subite", dont une bonne partie est probablement rythmologique. Il ne faut pas en déduire néanmoins que le traitement des troubles du rythme est toujours bénéfiques, car les antiarythmiques ont plus fait la preuve de leur action délétère que de leur effet bénéfique. A l'exception de la cordarone, ils ont en effet une action inotrope négative et augmente la mortalité des patients en insuffisance cardiaque. 5) les dosages hormonaux retrouvent les témoins de l’activation du système rénine angiotensine, sympathique, des endothélines, des facteurs natriurétiques… Lors de la prise en charge d'un patient en insuffisance cardiaque chronique, il va donc falloir tenter de déterminer ces facteurs, afin de prendre la bonne décision thérapeutique, notamment pour déterminer l'heure de la transplantation cardiaque. 2-4- LES FACTEURS FAVORISANTS OU DÉCLENCHANTS +++ L’évolution d’une IVG se fait le plus souvent par poussées successives favorisées ou déclenchées par un certain nombre de facteurs qu’il faut s’attacher à reconnaître pour pouvoir les traiter ou les prévenir à l’avenir. Les principaux sont : + SURINFECTION BRONCHIQUE + ERREUR DE RÉGIME (apport sodé) + TROUBLE DU RYTHME (qui peut être transitoire) + EMBOLIE PULMONAIRE + POUSSÉE D'HTA + ANÉMIE + ERREUR DE TRAITEMENT + COMPLICATIONS DE LA CARDIOPATHIE CAUSALE, telles que: ENDOCARDITE (VALVULOPATHIE) ISCHÉMIE MYOCARDIQUE OU INFARCTUS (CORONAROPATHIE) ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 22 RUPTURE DE CORDAGE MITRALE (PVM) 3- IVD & ICG IVD = le plus souvent secondaire à IVG cause principale IVD isolée = Cœur Pulmonaire Chronique(CPC) (avec HTAP) 3-1 SIGNES FONCTIONNELS 3-1-1 ASTHENIE : liée à la baisse du débit cardiaque 3-1-2 SIGNES HÉPATIQUES : HÉPATALGIE D'EFFORT : inconstante mais importante à connaître car elle est souvent confondue avec un angor ou une pathologie digestive douloureuse. Il s’agit d’une douleur sous costale droite provoquée par l’effort, mais souvent la douleur est épigastrique du fait de la dilatation hépatique qui déplace le lobe gauche vers l’épigastre. Elle peut être à type de pesanteur, ou de constriction ; elle disparaît à l’arrêt de l’effort. Elle peut devenir permanente. HÉPATALGIE PERMANENTE HÉPATALGIE PAROXYSTIQUE : réalise des tableaux proches de la colique hépatique, survenant à la suite d’un repas ou après une crise de tachycardie, peut s’accompagner de nausées et de vomissements. 3-2 SIGNES PHYSIQUES 3-2-1 SIGNES CARDIAQUES SOUVENT ABSENTS TACHYCARDIE GALOP DROIT : B3 et/ou B4 perçu au foyer tricuspide, S.S. d'insuffisance tricuspide fonctionnelle augmentant en inspiration ÉCLAT du B2P au foyer pulmonaire : témoigne d’une HTAP 3-2-2 SIGNES PÉRIPHÉRIQUES +++ qui permettent de faire le diagnostic d’insuffisance cardiaque droite 3-2-2-1 SIGNES HÉPATIQUES : GROS FOIE : mou, lisse, difficile à accrocher avec le rebord de la main (s’opposant au bord dur, tranchant, facile à accrocher du foie cirrhotique). Son volume peut varier rapidement en fonction de l’état hémodynamique Il est douloureux, spontanément ou surtout lors de la palpation, ou simplement “ sensible ”. 23 Il est parfois pulsatile, du fait de l’insuffisance tricuspide. ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph Surtout il donne un REFLUX HÉPATO-JUGULAIRE : ce signe a une grande valeur diagnostique à la condition de le rechercher correctement. Il n’est pas constant car lorsque la pression veineuse est trop importante il fait place à une turgescence permanente des jugulaires . On le recherche en se plaçant à la droite du patient lequel est en position demi assise , la tête légèrement tournée à gauche pour bien dégager la vision des veines jugulaires du cou. On place son poing sous le rebord costal droit et doucement mais fermement on appuie sur le foie pendant une vingtaine de secondes. On a auparavant demandé au patient de respirer calmement sans bloquer sa respiration et on l’a prévenu que cette manoeuvre est éventuellement douloureuse. Lors de la compression hépatique, il apparaît au niveau du cou un gonflement des veines jugulaires qui persiste pendant tout le temps de la compression hépatique et qui disparaît dès que l’on relâche celle-ci. Parfois ICTÈRE - ASCITE sans circulation collatérale 3-2-2-2- TURGESCENCE JUGULAIRE : difficile à identifier chez les obèses ou les patients à cou court. Elle n’a de valeur que si elle persiste en position assise et debout. 3-2-2-3- OEDÈME : initialement vespéraux , ils prédominent dans les parties déclives. Ils sont blancs , mous, non douloureux, et prennent le godet ; ce n’est que tardivement qu’ils peuvent ressembler à des oedèmes inflammatoires, devenant durs puis douloureux. 3-2-2-4- parfois CYANOSE 3-2-3 SIGNES PULMONAIRES - DE L'AFFECTION CAUSALE - ÉPANCHEMENTS PLEURAUX parfois 3-2-4 ECG peut montrer des signes dus à la cardiopathie causale permet de faire le diagnostic d’éventuels troubles du rythme 3-2-5 Radio pulmonaire parfois la silhouette cardiaque est normale. Dans d’autres cas, il existe une augmentation de volume des cavités droites et/ou gauche, suivant la cardiopathie causale. Les images de poumon cardiaque ont tendance à régresser lorsque l’insuffisance cardiaque gauche se complique d’insuffisance cardiaque droite.. ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 24 3-2-6 ECHOCARDIOGRAMME est un examen indispensable pour le diagnostic de la cardiopathie causale. Il permet en outre d’apprécier le retentissement de l’IVD sur les cavités droites et le degré de dilatation de la veine cave inférieure (sous l’influence de l’hyperpression veineuse). 3-3 ÉVOLUTION Elle est fonction de la cardiopathie causale. Cependant l’évolution par poussée est fréquente avec pour facteurs déclenchantes les mêmes que ceux décrits pour l’IVG. Après une phase initiale, où la thérapeutique se montre souvent très efficace, les poussées d’IC se répètent, et en l’absence de traitement radicale de la cardiopathie causale, le tableau peut évoluer vers une ICG avec constitution progressive d’une cirrhose cardiaque irréversible et terminale. L’évolution peut être émaillée de complications dont les plus fréquentes sont : la survenue de trouble du rythme, en particulier de fibrillation auriculaire avec tachyarythmie, d’accidents thromboemboliques, d’insuffisance rénale. Dans les formes graves à un stade très avancé il peut se constituer un véritable foie cirrhotique (cirrhose cardiaque) avec ascite voire anasarque. ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 25 TRAITEMENT DE L'INSUFFISANCE CARDIAQUE La première chose à faire quand elle est possible est de traiter la cause de l'insuffisance cardiaque (HTA, ischémie, valve, éthylisme...) , puis après avoir identifié un éventuel “ facteur déclenchant ”, traiter celui-ci et éviter sa récidive (infection, anémie, HTA, épisodes ischémiques, erreur de régime, ....) A l’opposé , lorsque tous les autres moyens thérapeutiques ont échoué le dernier recours est la transplantation cardiaque . Mais le traitement médical de l’IC a pris une part croissante ces dernières années : A- Traitement de l’I.C. par dysfonction systolique Le traitement de l’IC secondaire à une dysfonction systolique du VG est assez bien codifié, contrairement à celui de l’IC avec dysfonction diastolique pour lequel on en est réduit à des hypothèses. A -1- les moyens thérapeutiques 1-1 TRAITEMENT VISANT À AMÉLIORER LES SYMPTÔMES (AMÉLIORATION DE LA QUALITÉ DE LA VIE) A -1-1-1/ RÉGIME DÉSODÉ et règles hygiénodiététiques Elles comprennent un régime sans sel ± strict suivant la gravité de l'insuffisance cardiaque et la pratique modérée mais régulière d'exercice (par exemple 1/2 heure de marche par jour) afin d'éviter que les muscles squelettiques de ces patients ne soient déconditionnés et ne deviennent limitant. Un gramme de chlorure de sodium (NaCl) contient 0,40 g de Na soit 17 mEq. L’alimentation ordinaire des pays occidentaux apporte 10 à 15 g de NaCl par 24 h soit 4 à 6 g de Na (172 à 258 mEq), soit beaucoup plus que les besoins de l’organisme. On distingue trois types de régime "sans sel" : - régime peu salé à 5 g de NaCl/j : il n’y a pas de restriction alimentaire mais il ne faut ajouter ni sel dans la cuisson ni sel sur la table - régime hyposodé à 1,5 à 2 g de NaCl/j : de réalisation délicate car le patient doit connaître la teneur en sel des aliments et boissons quotidiens; conseiller un régime hyposodé se traduit le plus souvent, si une information précise n’est pas fournie au patient, par un régime peu salé dont l’efficacité est largement inférieure ; régime sans sel strict, qui correspond à un apport de sodium inférieur à 300 mg/j; sa réalisation à domicile est très difficile car exigeant une compliance parfaite du patient et comportant le risque de carence calcique du fait de la suppression de la plupart des laitages. La restriction sodée doit être proportionnée à la gêne fonctionnelle. Dans la plupart des cas (et grâce à l’apport des diurétiques), on peut se contenter de conseiller la suppression du sel de table et une limitation de la consommation de charcuterie et de fromage. Indiquer au malade que des aliments de consommation courante outre ceux déjà cités comportent beaucoup de sel (consommation de charcuterie, fromage, pain ,conserves, confitures industrielles, sauces préparées, certains sels de régime et bien sûr de nombreuses boissons gazeuses (sauf eau de Perrier et eaux minérales). Indiquer également que certains médicaments comportent beaucoup de sel (bicarbonate de soude, Alka-selzer, Normogastryl, de très nombreux sirops, de très nombreuses aspirines en particulier ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 26 effervescentes....). Dans les insuffisances cardiaques graves, un régime sans sel "strict" est souvent nécessaire. La restriction sodée peut être très mal supportée chez le sujet âgé, à la fois sur le plan objectif (hypotension orthostatique, déshydratation) et sur le plan subjectif (anorexie). Pour que cette prescription soit efficace, il faut que les malades disposent d’une liste des aliments qui contiennent des quantités importantes de sodium. Un élément de contrôle de l’efficacité de la restriction sodée est le poids. Il existe des contre-indications au régime hyposodé. La plus importante est le traitement par sel de lithium; le lithium étant absorbé en excès en cas de déplétion sodée, des concentrations toxiques peuvent être rapidement atteintes. Les autres contre-indications sont relatives (hypovolémie par déplétion sodée excessive, insuffisance surrénale, hypotension artérielle). A -1-1-2/ DIURÉTIQUES (cf poly sur diurétiques) Les Diurétiques sont des natriurétiques entraînant une augmentation concomitante de la diurèse. En matière d’IC, on utilise surtout les DIURETIQUES DE L’ANSE. Le Furosémide(Lasilix*) existe sous forme orale ( comprimé à 20 et 40mg (ou 500mg en pharmacie des hôpitaux),et une forme retard à 60mg inefficace dans l'IC) ou intraveineuse ou intramusculaire en phase de décompensation. Le Bumétanide (Burinex*) existe sous forme orale , comprimé à 1 mg (ou 5 mg en pharmacie des hôpitaux ) ou intraveineuse . Les posologies efficaces sont aussi faibles que 20 à 40 mg/j pour le furosémide . Des doses jusqu’à 3 fois 500 mg/j de furosémide ont été employées. OBJECTIFS : supprimer la rétention hydro-sodée ils améliorent spectaculairement les symptômes (dyspnée, oedème) surtout lors de leur première introduction. Puissants ils ont une relation dose-efficacité se méfier d’un excès de diurétique entraînant hypovolémie et trouble hydroélectrolytique , en particulier chez le sujet âgé. Restent efficaces en cas d’insuffisance rénale. Commencer par de faible dose (1 à 2 comprimés/jour per os) puis augmenter progressivement en cas d’absence de réponse diurétique suffisante. Plus rarement les THIAZIDIQUES peuvent être utilisés en traitement continu ; ils ont alors l’avantage sur les D. de l’anse d’une action plus douce (intérêt en association avec les D. de l’anse en cas d’IC réfractaire). Les traitements par les diurétiques de l’anse provoquent une activation du système rénine-angiotensine-aldostérone, responsable d’une perte relative d’efficacité du traitement et surtout de la déperdition potassique. L’hypokaliémie et l’hypomagnésémie qui en résultent peuvent être à l’origine de troubles du rythme graves. La correction de cette hypokaliémie est souvent faite à tort en utilisant des supplémentations potassiques, souvent mal tolérées au plan digestif et inefficaces quant à la correction complète de l’hypokaliémie. Le traitement le plus logique est d’administrer un antagoniste de l’aldostérone qui, par une action véritablement étiologique, corrige la dyskaliémie. Les posologies usuelles sont de 100 à 300 mg/j pour la canrénone (Phanurane®) et de 100 à 400 mg/j pour la spironolactone (Aldactone®). ” Ces doses sont nettement supérieure à celle préconisée dans l’utilisation de l’Aldactone* à visée “ d’amélioration de la survie ” (voir + loin) et il est fondamental de bien surveiller la kaliémie. Les incidents et accidents des diurétiques ne sont pas rares. Les effets secondaires et complications du traitement diurétique doivent être connus et recherchés de façon périodique. Les sujets âgés sont nettement plus sensibles à ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 27 ce traitement. A - 1-1-3/ DIGITALIQUES Digoxine (Digoxine*), Digitoxine ( Digitaline*) Inotrope positif “ faible ” Ils resensibilisent le barorécepteur : il pourrait s’agir du mécanisme d’action principal de cette classe de médicament longtemps considéré comme essentiellement tonicardiaque La Digoxine est de loin la plus utilisée. Digoxine* : Comprimés à 0.25 mg et Hémigoxine* cp à 0.125mg de digoxine. La posologie préconisée est en moyenne de 0,125 mg/ jour, mais doit être adaptée en fonction de la surface corporelle, de la fonction rénale (la digoxine est à élimination essentiellement rénale) et ensuite du taux sérique (TSD). On a longtemps préconisé un TSD compris entre 1 et 2 ng/ml, mais actuellement il est recommandé de maintenir un TSD plus faible soit entre 0,25 et 1 ng/l. Il semble en effet que le rapport bénéfice / risque soit plus performant à ces valeurs de TSD, les digitaliques exposant à un risque d’intoxication non négligeable à des TSD supérieur à 1 ng/ml. La Digitaline* (Digitoxine) a l’intérêt d’une élimination surtout hépatique et a une durée d’action très prolongée : elle est donc intéressante en cas d’insuffisance rénale et pour maintenir des taux sériques stables à long terme. Comprimés dosés à 0,1 mg. Sa durée d’action longue permet de donner des posologies irrégulières telles que 1 cp/j quatre fois par semaine par exemple. A -1-1-4/ RÉADAPTATION L’exercice physique est contre-indiqué au cours des épisodes de décompensation .Au cours de l’insuffisance cardiaque chronique stable, une réadaptation physique contrôlée permet aux malades d’améliorer leur capacité d’effort. A -1-2- TRAITEMENT VISANT À DIMINUER LA MORTALITÉ A -1-2-1 INHIBITEUR DE L’ENZYME DE CONVERSION : tous les patients C’est historiquement le premier médicament qui a amélioré la survie et la qualité de la vie RÉNINE ANGIOT. I ANGIOTENSINE II ALDOSTÉRONE VASOCION PÉRIPH. VASOCION RÉNALE AUTRES EFFETS ENZYME DE CONVERSION PROPRIÉTÉS : les IEC diminuent la formation d’angiotensine II et donc diminuent la stimulation d’aldostérone . Ils s’opposent au différents effets de l’angiotensine II (hypertrophie, fibrose myocardique, action arythmogène ?) qui constricte les artères systémiques et notamment rénales.. 28 Ils s’opposent à la vasoconstriction excessive et la rétention hydosodée de l’IC ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph De nombreuses molécules sont disponibles et ont fait leur preuve tant sur l’allongement de la survie de l’IC que dans le post-infarctus (avec ou sans IC) , que sur l’amélioration de la qualité de la vie (diminution des poussées d’IC, diminution du nombre d’hospitalisations. effet des IEC sur la survie des patients en insuffisance cardiaque grave Etude CONSENSUS: taux de mortalité comparée des patients recevant un inhibiteur de l'enzyme de conversion et ceux ne recevant pas d'inhibiteur de l'enzyme de conversion. Les 2 courbes de survie divergent, ce qui montre que les IEC augmentent l'espérance de vie des patients en insuffisance cardiaque par dysfonction systolique. MODALITÉS DE PRESCRIPTION Leur prescription se fait à doses progressivement croissantes jusqu’à obtenir la dose ayant montré une efficacité sur la survie Il peut être nécessaire de diminuer voire d’arrêter transitoirement un traitement diurétique 2 à 3 jours avant la première dose de façon à éviter une hypovolémie qui majore les risques des IEC. Les IEC exposent : à une hypotension notamment orthostatique, favorisée par une hypovolémie à une poussée d’insuffisance rénale également favorisée par une hypovolémie (en particulier en cas de sténose bilatérale des artères rénales méconnues), à l’hyperkaliémie surtout en cas d’insuffisance rénale à des phénomènes de toux sèche (dans environ 10% des cas) pouvant imposer l’arrêt du traitement (les antagonistes de l’angiotensine 2 peuvent alors être utilisés) RÈGLES DE PRESCRIPTION DES IEC Avant d'instituer le traitement 1- Éliminer une sténose carotidienne, valvulaire aortique ou mitrale (L'hypotension et la vasodilatation artérielle peuvent induire une ischémie cérébrale ou coronaire) 2- Rechercher les signes cliniques d'hypovolémie: tachycardie, hypoTA orthostatique (mesure de la TA couché et debout) traitement diurétique antérieur intense 29 3- Doser la natrémie, et augmenter les doses plus lentement si < 135 mEq/l 4 Évaluer la fonction rénale (Créatininémie, Azotémie) ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph Institution du traitement 1- Commencer avec une faible dose, le soir (1/4 cp Lopril* par ex) 2- Si traitement diurétique antérieur : le diminuer ou stopper pendant 24 heures 3- Diminuer la dose des médicaments hypotenseurs éventuellement associés 4- Respecter une hypotension bien tolérée, sauf si TA systolique < 90 mm Hg 2- 5- Augmenter la dose très progressivement jusqu'à la dose maximale recommandée par le laboratoire (dose cible) ou jusqu'à la dose maximale tolérée [En cas de toux sous IEC on peut proposer un antagoniste des récepteurs de l’angiotensine II (avec augmentation progressive et surveillance biologique comme pour les IEC)] A -1-2-2/ BÈTA-BLOQUANT : les patients symptomatiques Carvedilol (Kredex*) Métoprolol Bisoprolol (Cardensiel*, Cardiocor*) La démonstration du bénéfice que tirent les patients en insuffisance cardiaque par dysfonction systolique du traitement béta-bloquant est le progrès majeur de ces dernières années dans le domaine de l’insuffisance cardiaque (il y a peu de temps ils étaient contreindiqués !). Ces médicaments sont inotropes négatifs et donc potentiellement dangereux chez ces patients. Il ne faudra donc pas les introduire lorsque le patient est en décompensation ou proche d’une période de décompensation. Mais au long cours il s’agit du traitement le plus efficace pour diminuer la mortalité: ils sont plus efficaces même que les IEC. Mais il sont difficiles à manier et surtout à introduire : il a fallu des années pour comprendre qu’il fallait les introduire très progressivement, et les schémas actuels font débuter le traitement par une dose inférieure à 10% de la pleine dose, augmentée par paliers de 7-15 jours sur une période de 3 mois environ. ( surveillance clinique par un cardiologue pendant les 3-4 heures qui suivent l’introduction du médicament ou l’augmentation de sa dose) A -1-2-3/ SPIRONOLACTONE : les patients les plus graves Le risque essentiel est l’hyperkaliémie, d’où la contre-indication en cas d’insuffisance rénale associée (créatinémie > 200 µmol/l) ou de kaliémie supérieure à 5 mMoles/l La necessité d’une surveillance stricte de la kaliémie (toutes les semaines initialement puis tous les un à trois mois en traitement d’entretien). L’aldactone* doit être donnée à petite dose (25 mg/jour le plus souvent, voire moins), avec grande prudence chez le patient de plus de 75 ans. (étude RALES). ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 30 A -2 - INDICATIONS A -2-1 INSUFFISANCE CARDIAQUE CHRONIQUE A -2-1-1 AU STADE DE DYSFONCTION CARDIAQUE SANS SYMPTÔME FONCTIONNEL (stade I de la NYHA) IEC A ce stade, il n’y a pas d’autre prescription médicamenteuse en dehors éventuellement des bêtabloquants dans le cadre du post-infarctus A -2-1-2 AU STADE D’INSUFFISANCE CARDIAQUE symptomatique (stade 2 & 3) *IEC * régime peu salé * DIURÉTIQUE : D. de l’anse per os commencer à petite dose puis ajuster en fonction de la réponse clinique (laquelle est jugée sur l’amélioration de la dyspnée, la diminution du poids, l’augmentation de la diurèse, la régression des râles crépitants, des signes de surcharge radiologique, des oedèmes périphériques, du gros foie, des signes d’hyperpression veineuse) Si tous les symptômes disparaissent, les diurétiques sont soit poursuivis à petites doses, soit interrompus jusqu'à la prochaine décompensation. * ß BLOQUANT : Ils sont contre-indiqués au cours d’une décompensation cardiaque aiguë, mais bénéfiques chez les patients en insuffisance cardiaque symptomatiques et stables. Il L’augmentation de la survie apportée par le blocage de deux systèmes vasoconstricteurs activés au cours de l’insuffisance cardiaque (le système rénine angiotensine et le système sympathique) a renforcé l’hypothèse physiopathologique hormonale, qui considère que le rôle que joue ces hormones dans l’aggravation de l’insuffisance cardiaque est fondamental. * SPIRONOLACTONE : Aldactone* 25 mg doit être prescrite en association aux IEC lorsque la créatinémie est inférieure à 200 µmol/l et la kaliémie < 5 meq/l chez les patients restant sévèrement symptomatiques malgré IEC, bêtabloquants et diurétiques. Le danger d’hyperkaliémie impose une surveillance stricte de la kaliémie et de la fonction rénale . * DIGITALIQUE si persistance de la dyspnée malgré les médications précédentes ; à commencer après équilibration avec les médicaments précédents. ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 31 + TRAITEMENT DES FACTEURS “ FAVORISANTS ” ou DÉCLENCHANTS Figure Figure schématisant le traitement de l’insuffisance cardiaque par dysfonction systolique en fonction du stade de la maladie. Les IEC permettent de limiter la dilatation ventriculaire et doivent donc être prescrits dès qu’existe une dysfonction ventriculaire, avec altération de la fraction d’éjection en dessous de 40%. Les béta-bloquants doivent être prescrits chez des patients symptomatiques stables. Les diurétiques sont donnés à dose minimale pour limiter les signes congestifs. La digoxine n’a d’indication que pour limiter les symptômes des patients qui restent symptomatiques malgré les autres traitements. L’aldactone à petite dose est indiquée chez les patients graves. FACTEUR INITIAL Surcharge volume IM, IAo Surcharge pression RA,HTA Perte myocytes IDM, Myocardite, Age ASYMPTOMATIQUE I II III IV IM fonctionnelle ↑ σ diastole † myocytes Hypertrophie Elongation Dilatation "Slippage" Déficit énergétique Activation hormonale ↓ fonction systolique •SNA ↑ postcharge •Σ •endothélines ↓ chronique du flux Dysfonction endothéliale Déconditionnement Inhibiteurs de l'enzyme de conversion diurétiques βdigoxine Spiro lactone B- Insuffisance cardiaque diastolique Sa reconnaissance est beaucoup plus récente que l'insuffisance cardiaque par dysfonction 32 systolique: elle est encore assez mal comprise, et son traitement est souvent difficile. Elle est souvent associée à la dysfonction systolique. ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph Insuffisance cardiaque chronique Le traitement de la cause (HTA, RA, ischémie...) C'est là aussi le meilleur traitement quand il est possible Bradycardie Assurer un rythme lent permet d'augmenter le temps diastolique pendant lequel le ventricule peut se remplir: béta-bloquants, et inhibiteurs calciques peuvent être utilisés dans cette optique. Importance de la systole auriculaire Restaurer la systole auriculaire est fondamental pour permettre une élévation de la pression de remplissage ventriculaire gauche (PTDVG) sans élévation de la pression capillaire moyenne (responsable des signes congestifs). Il faut donc traiter énergiquement (parfois par CEE) et prévenir les récidives de fibrillation auriculaire (souvent par Cordarone). Diurétiques Diminuer la précharge par des diurétiques permet de diminuer les signes congestifs au prix d'un risque de bas débit (conséquence du mauvais remplissage VG) Inhibiteurs calciques Faciliter la relaxation ventriculaire par les inhibiteurs calciques peut parfois être efficace. ’insuffisance cardiaque chronqiue 33 Prs Jondeau G et Geslin Ph SURVEILLANCE / ACCIDENTS SURVEILLANCE : CLINIQUE : poids, courbe de poids ++ TA, pouls, Fréquence respiratoire diurèse BIOLOGIE : kaliémie natrémie CO2 chlorémie Créatinémie Taux sérique digitalique ECG Apparition de Trouble du rythme (surtout ESV, TV non soutenue) INCIDENTS / ACCIDENTS +++ HYPOKALIÉMIE +++ HYPERKALIÉMIE ALCALOSE HYPOCHLORÉMIQUE +++ HYPOVOLÉMIE : lipothymie, syncope hypoTA orthostatique collapsus TA augmentation créatinémie (une augmentation modérée est cependant tout à fait habituelle et sans gravité après instauration du traitement diurétique) INTOXICATION DIGITALIQUE ’insuffisance cardiaque chronqiue Prs Jondeau G et Geslin Ph 34 ABRÉVIATIONS CPA cœur pulmonaire aiguë CPC cœur pulmonaire chronique HAD Hormone antidiurétique ou vasopressine HTAP hypertension artérielle pulmonaire IEC Inhibiteur de l’enzyme de conversion IVG insuffisance ventriculaire gauche IVD insuffisance ventriculaire droite ICG insuffisance cardiaque globale NYHA classification fonctionnelle de la New York Heart Association OAP oedème aigu du poumon OP oedème pulmonaire PCP pression capillaire pulmonaire SDRA syndrome de détresse respiratoire aigu SRAA système rénine angiotensine aldostérone Σ système sympathique paraΣ système parasympathique