CHAPITRE 2 STRATIFICATION SOCIALE ET INEGALITES I. Une

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CHAPITRE 2 STRATIFICATION SOCIALE ET INEGALITES I. Une
CH AP IT R E 2 S T RAT I F I CAT I O N S O C IA L E E T I NE G AL ITE S
I.
Une s oc i é té m ob i l e ?
A.
1.
Les enjeux et la mesure du phénomène
L ’ é g a l i t é e s t u n d e s p i l i e r s f o n d a t e u r s d e n ot r e s oc i é t é d é m oc r a t i q u e
L a d é m o c r a t i e e s t u n e s o c i é t é o ù s e t r ou v e r é a l i s é e l ' é g al i s a t i o n d e s c on d i t i o n s s e l o n A
de Tocqueville
L e s c i t o y e n s f r a n ç a i s o n t l e s m ê m e s d r oi t s c i v i l s e t p ol i t i q u e s c on f o r m é m e n t à l a
d é c l a r a t i o n u n i v e r s e l l e d e s d r o i t s d e l ’ h o m m e e t d e s c i t oy e n s .
2 . L ’ é g a l i t é d e s c h a n c e s d e v r a i t p e r m e t t r e à c h a c u n d e s ’ é l e v e r d a n s u n e s oc i é t é
démocratique
E n e f f e t l ’ i d é a l d é m o c r a t i q u e e s t m é r i t oc r a t i q u e
L ’ é g a l i t é d e s c h a n c e s s e m e s u r e d on c au d e g r é d e m ob i l i t é d ’ u n e s oc i é t é
L a m o b i l i t é n e t t e t r a d u i t , l o r s q u ’ e l l e s ’ ac c r oî t , u n e r é e l l e d é m oc r a t i s a t i on d e l a s oc i é t é
3 . C e t t e m o b i l i t é s e m e s u r e à l ’ a i d e d e t ab l e s
L e s t a b l e s d e r e c r u t e m e n t o u d ’ o r i g i n e p e r m e t t e n t d e c o n n aî t r e l e s m i l i e u x d ’ o ù
proviennent les fils appartenant à une CSP donnée.
L e s t a b l e s d e d e s t i n é e s p e r m e t t e n t d e c o n n aî t r e l e d e v e n i r s oc i al d e s i n d i v i d u s i s s u s
d’une PCS donnée
L e s d i f f é r e n c e s d e m o b i l i t é s o c i al e e n t r e h om m e s e t f e m m e s e n F r a n c e
Limites méthodologiques de l’instrument
B.
L e p o i d s d e s o r i g i n e s s o c i a l e s d a n s l a s oc i é t é f r a n ç a i s e
Une tendance à la viscosité sociale
M e s u r é e p a r l ’ i m p o r t a n c e n u m é r i q u e d e s d i a g o n al e s d e s t ab l e s d e m o b i l i t é .
L e s t r a j e c t o i r e s d e m o b i l i t é s o n t g é n é r al e m e n t c ou r t e s o u h or i z o n t al e s
L e s m a r g e s d e s t a b l e s p e r m e t t e n t d e r e p é r e r l ’ i m p or t an c e d e l a m ob i l i t é s t r u c t u r e l l e :
c e t t e d e r n i è r e e x p l i q u e u n e p a r t i e d e l a m ob i l i t é s oc i al e e n F r a n c e
2 . L a r e p r o d u c t i o n s o c i a l e s ’ e x p l i q u e e n p ar t i e p a r l e s d i f f é r e n c e s d e c a p i t al s oc i al e t p ar
l’homogamie
L e c a p i t a l s o c i a l d é s i g n e l ’ e n s e m b l e d e s r é s e au x d e r e l a t i o n s d ’ u n i n d i vi d u q u i p e u v e n t
ê t r e u t i l i s é s p o u r o p t i m i s e r s o n s t a t u t s oc i al .
L ’ h o m o g a m i e l i m i t e é g a l e m e n t l a m ob i l i t é s oc i al e
1.
C.
Q u e l r ô l e j o u e l ’ é c o l e d a n s l a m o bi l i t é s oc i a l e ?
L e c o n s t a t : m a s s i f i c a t i o n o u d é m oc r a t i s at i on d u s y s t è m e s c ol ai r e ?
E n p r i n c i p e , l ’ é c o l e r é p u b l i c a i n e d e vr ai t as s u r e r l ’ é g al i t é d e s c h a n c e s
L ’ é c o l e a p e r m i s u n e p r o g r e s s i o n d ’ e n s e m b l e d e s n i ve au x d e s c ol a r i s a t i on au X X e
siècle : la massification
P a r c o n t r e l a « d é m o c r a t i s a t i o n » q u i d e vr ai t a s s u r e r u n e r é e l l e é g al i t é d e s c h an c e s
est loin d’être vérifiée
2 . Q u e l s s o n t l e s f a c t e u r s s o c i a u x q u i d é t e r m i n e n t l e s d i f f é r e n c e s d e r é u s s i t e s c ol a i r e ?
P o u r R B o u d o n e t l e c o u r a n t s o c i ol o g i q u e d e l ’ i n d i vi d u al i s m e m é t h o d ol o g i q u e , l ’ i n é g al e
r é u s s i t e d e s e n f a n t s p l u s f a i b l e s s ’ e x p l i q u e p a r l e s d i f f é r e n c e s d e s t r a t é g i e d e s ac t e u r s
P o u r P B o u r d i e u ( a n a l y s e h o l i s t e ), l ’ é c ol e l é g i t i m e l a r e p r od u c t i o n e t l a d om i n a t i on d u
groupe qui détient le capital culturel
1.
D.
1.
2.
II.
Prêts pour le contrôle ?
Fiche de synthèse p 144
Dissertation p 141 et synthèse : P142 :
Le s t r a ns fo r ma ti o ns d e l a s tr u c tu r e s oc i a l e
A.
1.
2.
L e s o u t i l s d ’ o bs e r v a t i o n d e l a s t r a t i f i c a t i o n s oc i a l e
La stratification sociale désigne
L e s d i f f é r e n t e s f o r m e s d e d i f f é r e n c i at i on s oc i al e as s oc i é e s a u x i n é g al i t é s d e … .
E l l e d é t e r m i n e l a d i v i s i o n d e l a s oc i é t é e n g r o u p e s s oc i au x d e d r oi t o u d e f a i t .
. L e s P C S s o n t l e p r i n c i p a l i n s t r u m e n t d e c o n n a i s s an c e d e l a s t r u c t u r e s oc i al e .
S o n t u n o u t i l d e c l a s s e m e n t d e l a p o p u l at i o n e n 6 g r o u p e s s oc i au x d ’ a c t i f s
C h a q u e P C S P r é s e n t e u n e c e r t a i n e h om og é n é i t é s oc i al e s e l o n l e s c r i t è r e s d e … . .
L e s P C S n e s o n t p a s d e s c l a s s e s s oc i al e s c ar e l l e s n e p r e n n e n t p as e n c om p t e
1
3.
B.
1.
2.
C.
1.
2.
III.
C l a s s e s s o c i a l e s c o n f l i c t u e l l e s o u g r o u p e s s oc i au x h i é r ar c h i s é s ?
L a c o n c e p t i o n m a r x i s t e b i p o l a i r e d e s c l as s e s oc i al e s
D ’ a u t r e s t h é o r i e s d e l a s t r a t i f i c a t i on c on s i d è r e n t q u e l e s d i f f é r e n c e s e n t r e g r o u p e s
sociaux ne sont que de degrés
L’évolution de la structure sociale en France depuis le milieu du XX e siècle
L a m o y e n n i s a t i o n d e l a s o c i é t é f r a n ç ai s e (l ’ a n a l y s e d ’ H M e n d r as )
O n a s s i s t e a u d é v e l o p p e m e n t d e s c l as s e s m o y e n n e s
L’analyse se de H Mendras
Cette moyennisation s’explique par
U n p h é n o m è n e à n u a n c e r : l ’ a n a l y s e d e L ou i s C h au ve l
L e s c l a s s e s s o c i a l e s : d i s p a r i t i o n ou r e t o u r ?
La classe ouvrière n’existe plus
Néanmoins……
Prêts pour le contrôle
Fiche de synthèse p 161
Dissertation p 158 et QSTP p 159
Une s oc i é té i né g a l e ?
A.
1.
Panorama des inégalités
Des différences aux inégalités
U n e d i f f é r e n c e d e v i e n t u n e i n é g al i t é q u an d e l l e s e t r ad u i t p ar u n a v a n t ag e ou u n
désavantage
P a r e x e m p l e l e s d i f f é r e n c e s b i o l og i q u e s e n t r e h o m m e s e t f e m m e s s e t r ad u i s e n t s ou v e n t
par des inégalités malgré 30 ans de fémi nisme
2 . L e s i n é g a l i t é s d e r e v e n u s p r i m a i r e s e t d e p at r i m oi n e
Définitions
L e s i n s t r u m e n t s d e m e s u r e d e c e s i n é g al i t é s s o n t …
L’évolution des inégalités économiques
L e s l i m i t e s d e s o u t i l s u t i l i s é s p o u r m e s u r e r l e s i n é g al i t é s é c o n o m i q u e s .
B.
La justice sociale passe t’elle par l’égalité ou par l’équit é ?
T r o i s c o n c e p t i o n s d e l a j u s t i c e s o c i al e e t d e l ’ é g al i t é ;
L a j u s t i c e s o c i a l e e s t u n n o n s e n s s e l o n F H ay e k : l e s i n é g al i t é s s on t l é g i t i m e s e t
favorables à la croissance économique .
U n e s o c i é t é j u s t e e s t , s e l o n J . R aw l s , u n e s oc i é t é q u i g ar a n t i t l a l i b e r t é d e s e s
membres et qui admet les inégalités justes.
P o u r A S e n l a c a p a b i l i t é d ’ a c c o m p l i r e s t u n c r i t è r e d e j u s t i c e s oc i al e
2 . T o u t e f o i s , l ’ é q u i t é n ’ e s t e l l e p a s p l u s e f f i c ac e q u e l ’ é g al i t é ?
L ’ é q u i t é p e u t c o n d u i r e à t r a i t e r d e f aç o n d i f f é r e n t e l e s m e m b r e s d e l a s oc i é t é a f i n d e
réduire les inégalités constatées.
C e p o i n t d e v u e j u s t i f i e l a m i s e e n p l ac e d e p ol i t i q u e s d e d i s c r i m i n a t i o n p os i t i ve : «
donner davantage à ceux qui ont moins
On peut toutefois objecter que ….
1.
C.
1.
2.
Prêts pour le contrôle ?
Apprendre sa fiche vocabulaire + essayer sur le site les plans semi corrigés.
Dissertation p 233
2
I. Une société mobile ?
Vidéo
de
sensibilisation :
millionnaires-se-racontent.fr.html
A.
http://www.ina.fr/video/VDD10010280/loto-les-super-
Les enjeux et la mesure du phénomène
1. L’égalité est un des piliers fondateurs de notre société démocratique
 La démocratie est une société où se trouve réalisée l'égalisation des conditions selon A de
Tocqueville
 L’égalisation des conditions est un processus qui fait progresser l’égalité dans l’ensemble des
domaines sociaux…..
Textes p
385
 La démocratie est marqué par le développement des classe moyennes et par la passion pour
l’égalité (c'est-à-dire la recherche perpétuelle de l’égalité de traitement)
 Cet égalitarisme n’est pas sans risques : il est à l’origine du conformisme, de la tyrannie de la
majorité (Tendance à se conformer aux usages, à adopter les idées reçues).Il peut conduire à
sacrifier les individus à sacrifier leur liberté ; au profit d’un despotisme démocratique exercée
par un état centralisé, tout puissant, égalitaire et protecteur.
 Les citoyens français ont les mêmes droits civils et politiques conformément à la déclaration
universelle des droits de l’homme et des citoyens.
Fiche 16

Egalité devant la loi (Présomption d’innocence, droit à la défense.)

Egalité politique (Droit de vote, Droit d’être éligible)
 Ils bénéficient d’une certaine égalité des chances puisque la scolarité est gratuite et
obligatoire et que la mobilité est possible.
2. L’égalité des chances devrait permettre à chacun de s’élever dans une société
démocratique

Q 1 et 2 p
127
En effet l’idéal démocratique est méritocratique
 L’avenir d’un individu ne doit pas dépendre du capital économique, culturel et social qui lui a
été transmis, mais de ses seuls talents. (Égalité des chances)

Les plus méritants atteignent les meilleures places dans la société.

L’égalité des chances se mesure donc au degré de mobilité d’une société
 En particulier la mobilité intergénérationnelle verticale : changent de la position sociale d’un
fils vis à vis de celle de son père
 Quand la période d'observation est constituée par une existence individuelle, la mobilité
considérée est intra-générationnelle, plus fréquemment dénommée «mobilité professionnelle.
Définitions
p126
 Circuler entre le « haut » et le « bas » de l'espace social relève de la mobilité verticale,
laquelle peut être ascendante ou descendante. (Bill Clinton milieu modeste président de la
république, fils de cadre devenu employé)
 Se déplacer latéralement d'une dimension à une autre, sans changement de niveau social, (un
ouvrier devenu employé) relève de la mobilité horizontale

La mobilité nette traduit, lorsqu’elle s’accroît, une réelle démocratisation de la société
3

C’est la mobilité sociale qui ne découle pas des changements structurels de la société

Mobilité nette = mobilité brute (observée) – mobilité structurelle
3. Cette mobilité se mesure à l’aide de tables
 Les tables de recrutement ou d’origine permettent de connaître les milieux d’où proviennent
les fils appartenant à une C.S.P donnée.

Sur le manuel les recrutements se lisent en ligne et en bleu canard.
 En 1977, sur 100 cadres, 17 avaient un père ouvrier, 17 un père profession intermédiaire, et
12 un père employé.
 26 ans plus tard en 2003 : les enfants d’ouvriers, d’employés et de professions intermédiaires
représentent plus de la moitié des cadres (54 %).
D2, 3 P127
lecture
 Les tables de destinées permettent de connaître le devenir social des individus issus d’une
PCS donnée

Sur le manuel, les destinées se lisent en colonne et en vert d’eau.
 En 1977, sur 100 enfants d’ouvriers (colonne 6). 60 étaient eux-mêmes devenus ouvriers, et
seulement. 4 % d’entre eux étaient devenus cadres.
 En 2003, la reproduction sociale est moins forte : 46 % des enfants d’ouvriers ont la même
PCS que leur père. Les trajets ascendants sont plus fréquents : 23 % sont devenus profession
intermédiaire, et 10 % cadres.
Table de mobilité, destinées en 1994 (%)
C.S.P des hommes de 42 à 54 ans ayant un emploi en 1994
1
2
3
4
5
6
TOTAL
Structure sociale
des pères
1. Agriculteurs exploitants
20,2
9,9
8,1
14,7
7,6
39,7
100
18,0
2. Artisans, commerçants, chefs
d’entreprise
0,9
25,4
23,0
19,6
8,4
22,7
100
12,9
3. Cadres et professions
intellectuelles supérieures
1,0
9,4
56,8
21,7
5,0
6,1
100
7,3
4. Professions intermédiaires
0,4
10,2
34,0
32,1
8,3
14,9
100
8,5
5. Employés
0,4
8,5
21,1
28,0
13,9
28,2
100
14,2
6. Ouvriers
0,7
10,8
10,0
21,8
11,0
45,8
100
39,2
ENSEMBLE
= structure sociale des personnes
interrogées en 1994
4,2
12,0
18,4
22,0
9,8
33,7
100
100
C.S.P des pères
4 % des enfants de cadres sont devenus professions intermédiaires

Les différences de mobilité sociale entre hommes et femmes en France
 Des destinées différentes : mobilité des femmes appréhendée par apport à la PCS de leur
père + 53 % des fils de CPIS sont CPIS contre 34 % pour les filles +. 80 %+ PCS plus ou moins
féminisées
: La mobilité des femmes est plutôt descendante (filles de cadres cf.
surreprésentation des femmes chez les employés), celle des hommes plutôt ascendante cf.
surreprésentation de hommes chez les CPIS)
 Qui s’expliquent par Des parcours scolaires stéréotypés (S ou L +
socialisation + métiers considérés comme masculins et féminins )
rôle transmis par la
4
 Des difficultés dans la gestion de leurs parcours professionnels (double journée + temps
partiel fréquent + gros bataillon de working poors

Limites méthodologiques de l’instrument
 Les P.C.S sont contestées. : Car elles ne sont pas homogènes CPIS comprennent à la fois les
profs et les cardiologues de plus la division employés/ouvriers n’est plus vraiment pertinente
(Même type de diplômes, même revenus, homogamie.)
Q5, 6
p.144.
 Moins les groupes sont nombreux (6 dans le cas de PCS) moins la mobilité sera forte, par
contre si on s’intéresse aux 15.000 professions on constatera nécessairement des changements
plus nombreux.
2ème texte
P 139
 La position sociale n’est observée qu’à 40 ans et pour les seuls hommes actifs français de
naissance. Est achevée.

On se limite à deux générations alors que la viscosité sociale est plus apparente sur 3 ou 4?
 La mobilité sociale des femmes n’est pour l’instant étudiée en comparant position des filles
et des pères.
 Le statut des groupes sociaux change : la comparaison fils /pères peut conduire à des
interprétations erronées .Par exemple le statut d’un employé des années 1950 n’est pas
comparable à celui de l’employé aujourd’hui (très forte augmentation des effectifs, forte
féminisation, déqualification …)
B.
1.

Le poids des origines sociales dans la société française
Une tendance à la viscosité sociale
Mesurée par l’importance numérique des diagonales des tables de mobilité.
 La diagonale de la table d’origine mesure le degré d’autorecrutement des PCS. Un
Pourcentage important des fils appartenant à une PCS donnée avait un père appartenant au même
groupe.
 Celle de la table de destinée mesure le degré de rigidité ou de viscosité de la structure
sociale.

Table P 126
Les trajectoires de mobilité sont généralement courtes ou horizontales
 Un fils d'ouvrier à une chance sur quatre d’exercer une profession intermédiaire contre une
sur dix d'être cadre.
 Exemple de mobilité ascendante courte: 33 % des enfants de profession intermédiaires sont
devenus cadres.
 La mobilité horizontale décrit les changements de PCS sans mobilité ascendante ou
descendante. Par exemple celle de 26 % des enfants d’employés devenus ouvriers
 Inversement, le déclassement des fils de cadres reste modéré : 26 % d'entre eux deviennent
professions intermédiaires (mobilité descendante courte) 9 % ouvriers.
 Les marges des tables permettent de repérer l’importance de la mobilité structurelle : cette
dernière explique une partie de la mobilité sociale en France
Q 8 et 9
p144 D4 et
5 P 127.
 La mobilité structurelle résulte des modifications dans la structure des emplois d'une
génération à l’autre.
 Tertiarisation, salarisation, augmentation des qualifications demandée par l’appareil
productif, progrès technique, gains de productivité, évolution de la demande et des modes de vie.

De ce fait, certains emplois tendent à s’amenuiser et ne peuvent plus recruter, tandis que
5
d’autres se développent et accueillent plus facilement des jeunes issus ’autres milieux sociaux.

 Agriculteurs, ACCE, ouvriers et  CPIS, PI, employés
2. La reproduction sociale s’explique en partie par les différences de capital social et par
l’homogamie
 Le capital social désigne l’ensemble des réseaux de relations d’un individu qui peuvent être
utilisés pour optimiser son statut social.
 C’est une ressource héritée (un individu peut profiter du réseau social de ses parents) qui se
cultive : grâce à une certaine sociabilité (mondanités), ou à l’intégration à des institutions
(associations professionnelles, Rotary club, club de polo ….)
Q 4, p. 131
 Pour être efficace cette sociabilité doit avoir l’apparence du désintéressement et être
couverte par le capital culturel (L’individu qui accède à un poste de direction, grâce à son capital
social doit tout de même détenir le diplôme correspondant.
 Le capital social ne peut pas être assimilé au « piston », qui est une aide ponctuelle, illégitime
connotée négativement et identifiée comme telle.
 Les différents capitaux sont liés entre eux : l’analyse de P Bourdieu. Le capital social ne fait
que valoriser le capital culturel et économique

L’homogamie limite également la mobilité sociale
 La formation du couple est influencée par la position sociale des conjoints .Par exemple 47,1
% des femmes cadres ont épousé un homme cadre. Et 19, 4 % des Hommes de cette PCS ont pour
conjointe une femme appartenant à ce groupe. (33, 1 % avec une femme PI)
Q 2, 3 p.
134
Q 4,5, 6 p.
134
 Ce mécanisme est nuancé/renforcé par l’influence du diplôme (doc. 3). Seules 31, 5 % des
femmes cadres ayant arrêté leurs études à la fin du lycée ont un conjoint cadre, contre 47,6 %
des femmes cadres ayant un diplôme d’études supérieures.
 Quand il n’y a pas homogamie les femmes se marient plutôt vers le haut par exemple en 24,4
% des femmes PI se marient avec un homme cadre (surreprésentation caf, 8 % pop active).
 Les hommes vers le bas : 33,1 % des hommes cadres se marient avec une femme occupant une
profession intermédiaire, et 32,1 % avec une femme employée
 Mais il faut bien dire que les femmes ont plus de chances de trouver un homme ayant une PCS
élevée que l’inverse. : 13,1 % des hommes sont cadres, contre 5, 3 % des femmes
C.
Quel rôle joue l’école dans la mobilité sociale ?
1. Le constat : massification ou démocratisation du système scolaire ?

En principe, l’école républicaine devrait assurer l’égalité des chances
 Théoriquement, le système scolaire devrait classer, sélectionner les individus, attribuer des
diplômes, en fonction du travail, du mérite, des capacités individuelles, indépendamment de
l’origine sociale
Q 11, p.
144, Q1, p.
131
 Les places occupées dans la stratification sociale devrait découler des diplômes et donc du
mérite.
 De plus l’école ne devrait placer les individus à égalité, ou tout au moins, limiter l’effet des
stratégies familiales de reproduction sociale.
6
 L’école a permis une progression d’ensemble des niveaux de scolarisation au XXe siècle : la
massification

L’instruction se diffuse, la qualification de la population augmente.
 Un % croissant d’ouvriers accède au bac (doc 2) 48 % des enfants nés entre 1979 et 1983
contre 2% pour ceux née entre avant 1938
Q1, 2, p.
129
 L’enseignement supérieur connait la même massification (doc 3) (35 % des enfants d’ouvriers
suivent des études supérieures en 2004 contre 10 % en 85)
 On constate également une translation vers le haut des niveaux d’obtention du bac des jeunes
issus du milieu ouvrier et de ceux issus des milieux de cadres dans le document 2
 Par contre la « démocratisation » qui devrait assurer une réelle égalité des chances est loin
d’être vérifiée
 Les écarts entre PCS se maintiennent : la probabilité d’accéder à l’enseignement supérieur est
75 / 35 = 2,1 fois plus élevé pour les enfants de cadre. (Doc 1)
 Surreprésentation des jeunes issus des C.S.P cadres sup. et prof. Lib. En CPGE et dans les
grandes écoles (sur 100 élèves de CPGE, 51,7 sont enfant de CPIS alors que ce groupe ne
représente que ce groupe ne représente que 8 % de la population active)
Q 3, et 4 p.
130
 Sous- représentation des jeunes issus des milieux populaires (employés et ouvriers) dans ces
voies.

Inégale représentation des filles et des garçons dans les filières sélectives
 Polarisation sociale croissante des établissements scolaires eux-mêmes. (Pablo Picasso, contre
Louis le Grand ou la Pro)

On peut parler de démocratisation ségrégative.
2. Quels sont les facteurs sociaux qui déterminent les différences de réussite scolaire ?
 Pour R Boudon et le courant sociologique de l’individualisme méthodologique, l’inégale réussite
des enfants plus faibles s’explique par les différences de stratégie des acteurs
 L’implication des parents dans la réussite scolaire est plus ou moins forte .Elle passe par les
contacts avec l’institution, la mobilisation dans les associations de parents, aide au devoir ….
Q 5, p. 130
 L’influence des familles passe également par des stratégies plus explicites. C’est le cas du
choix de la « bonne école pour éviter le mélange, rester entre soi, jouir des conditions
d’enseignement les plus favorables et les plus stimulantes
 Conséquences : quand le niveau de l’élève est faible le fils de cadre a beaucoup plus de
chances de continuer ses études

Boudon explique le paradoxe d’Anderson par l’effet pervers de la dévalorisation des diplômes.
 Chaque agent en poursuivant rationnellement des études longues contribue à la diminution de
la valeur relative des diplômes. L’acquisition d’un diplôme supérieur à celui de son père ne garantit
pas au fils une position sociale plus élevée.
 Pour P Bourdieu (analyse holiste), l’école légitime la reproduction et la domination du groupe
qui détient le capital culturel
 Pour le courant holiste, les comportements des individus sont déterminés dans une large
mesure par les statuts sociaux occupés par leurs parents.
7
Lire p 140 :
Champs,
habitus et
pratiques
 Les enfants des classes supérieures sont privilégiés par leur capital culturel (capacités
intellectuelles, titres scolaires, biens culturels.) ce dernier est en adéquation avec la culture
scolaire
 La classe supérieure a les moyens matériels, institutionnels et culturels de garantir à ses
enfants une place identique à la sienne dans l’espace social (reproduction)
 L’école favorise les favorisés et défavorise les défavorisés en ignorant les inégalités
culturelles entre les enfants
 Elle valorise la culture acquise par les enfants des classes en dehors de l'école. (Idéologie du
don)
D.
Prêts pour le contrôle ?
1. Fiche de synthèse p 144
2. Dissertation p 141 et Synthèse : P142 :
II. Les transformations de la structure sociale
A.
Les outils d’observation de la stratification sociale
1. La stratification sociale désigne
Fiche 14

Les différentes formes de différenciation sociale associées aux inégalités de….

Richesses

Prestige

Pouvoir (exécutants ou décideurs)

Savoir

Elle détermine la division de la société en groupes sociaux de droit ou de fait.
 Groupe social : Ensemble d'individus ayant des caractéristiques sociales communes, en
interaction et ayant parfois une conscience d'appar tenance à ce groupe.
 Les castes et les ordres étaient différents devant la loi et constituaient donc des groupes de
droit.

Seuls les groupes de fait sont acceptés dans une société démocratique.

Par exemple Les salariés de la SNCF ou les CPIS.
2. . Les PCS sont le principal instrument de connaissance de la structure sociale.
Q 5, p. 161

Sont un outil de classement de la population en 6 groupes sociaux d’actifs

Les agriculteurs (1)
 Les ACCE (2) les artisans-commerçants et chefs d’entreprise de plus de 10 salariés (les«
patrons »).
 Les CPIS, (3) les cadres (dits aussi « cadres et professions intellectuelles supérieures »), qui
forment l’élite du salariat (plus les professions libérales) ; «
8
 Les professions intermédiaires(4) archétype des « classes moyennes », catégorie pivot entre
dirigeants et exécutants.
 Les employés(5) et les ouvriers, (6) .C’est-à-dire les exécutants d’un travail routinier
d’exécution dans les services et dans l’industrie.
TD

Chaque PCS Présente une certaine homogénéité sociale selon les critères de…..

Profession (proximité supposée de comportements, d’attitudes, d’opinion …

Position dans la hiérarchie professionnelle (dirigeant, exécutant, position intermédiaire)

Statut (indépendant, salarié du public ou du privé)

Secteur d'activité. (Primaire, secondaire, tertiaires)
 Toutefois, le détail par catégories, puis par professions conduit à constater des divergences
qui limitent l’homogénéité apparente de ces groupes.
Q 7, p. 161

Les PCS ne sont pas des classes sociales car elles ne prennent pas en compte

L’origine sociale de leurs membres.

Leurs ressources patrimoniales

Elles sont centrées sur la profession et pas sur le conflit (lutte des classes)
3. Classes sociales conflictuelles ou groupes sociaux hiérarchisés ?

La conception marxiste bipolaire des classe sociales
 La division entre prolétariat et bourgeoisie s'enracine dans l’exploitation. (Extorsion de la
plus-value)
 Ce rapport social s’établit entre les propriétaires des moyens de production et les et ceux qui
vendent leur force de travail.
Q 3, p. 161
Textes p
155
 Les individus qui appartiennent à la même classe sociale ont les mêmes modes de vie, les
mêmes façons de faire, de penser. En ce sens, ils forment une « classe en soi ».
 Quand les membres de la classe sociale ont conscience d’appartenir à cette classe, ils
constituent une « classe pour soi ».
 La lutte des classes aboutira à la fin du capitalisme, à la dictature du prolétariat et à son
remplacement par le socialisme et le communisme.
 D’autres théories de la stratification considèrent que les différences entre groupes sociaux
ne sont que de degrés
 Pour Weber, la société n’est pas uniquement structurée uniquement les rapports économiques.
La stratification comporte trois échelles : celle des revenu et du patrimoine (appelée classe),
celle du prestige (par groupe de statut) ; celle du pouvoir(Partis)
 La société n’est pas nécessairement conflictuelle comme chez K Marx. La quête du pouvoir
économique, social et politique est d’abord une affaire de personnes, avant de constituer un enjeu
collectif.
 LW Warner regroupe les individus en six classes superposées (supérieure /supérieure supérieure /inférieure- moyenne /supérieure – moyenne /inférieure – inférieure/supérieure –
inférieure/Inférieure)
Cette hiérarchie est essentiellement fondée sur la situation
professionnelle et le prestige des statuts associés. .
9
B.
L’évolution de la structure sociale en France depuis le milieu du XXe siècle
1. La moyennisation de la société française (l’analyse d’H Mendras)

On assiste au développement des classes moyennes
 C’est-à-dire des catégories généralement salariées situées autour de la moyenne des revenus,
ayant une position hiérarchique intermédiaire.
 Ces classes deviennent majoritaires dans la population, et rendent donc obsolète la
distinction entre classes dominantes et classes dominées.
 Selon le CREDOC les classes moyennes se situent entre les 30 % les plus démunis et les 20 %
les mieux rémunérés. Soit de 1 160 à 2 150 € pour une personne seule et de 2 443 à 4 415 € pour
un couple avec 2 enfants. (Après impôts directs)
Q 8, p. 161
Documents
pp 146-147

L’analyse se de H Mendras

La moyennisation signifie aussi aspiration vers le haut pour les classes populaires.
 Leurs normes, leurs valeurs, leurs pratiques deviennent les références pour l’ensemble de la
société
 Cette classe est divisée en constellation centrale (cadres+professions intermédiaires+chefs
d’entreprise) et constellation populaire (ouvriers, employés). Elle se situe entre l’élite et les
pauvres.
 La structure sociale jadis pyramidale a l’allure d’une toupie. Les classes sociales ont disparu
(pas de conscience de classe et pas de conflit).

Q 9 p 161
Cette moyennisation s’explique par
 La hausse des salaires et la diminution des inégalités de niveau de vie pendant les 30
glorieuses (croissance fordiste)

La Montée de l’individualisme au détriment de la conscience de classe .Une majorité de la
10
population se classe dans ce groupe d’appartenance.

La massification du lycée et la généralisation de la protection sociale.

L’homogénéisation des modes de vie et des conditions de travail (toyotisme.à

Le développement des emplois dans le secteur tertiaire qualifié (secteur public notamment).

Un phénomène à nuancer : l’analyse de Louis Chauvel
 Statistiquement, les catégories populaires (emplois d’exécution peu qualifiés et peu
rémunérés) sont toujours très importantes (employés + ouvriers = 60 % de la population active).
 Le processus d’aspiration vers le haut et de rattrapage des revenus s’est interrompu depuis la
fin des années 1970.
Q 10, et11
p. 161
 Une partie des classes moyennes voit elle aussi sa situation se fragiliser et a peur du
déclassement pour ses enfants du fait d’une concurrence plus rude pour accéder aux positions
sociales élevées.
 Ceci s’explique par un retournement générationnel : si les enfants du baby boom ont profité
d’une période de croissance forte, leurs enfants ont grandi et vivent dans une période très
instable et précaire
2. Les classes sociales : disparition ou retour ?

La classe ouvrière n’existe plus
 Déclin des effectifs ouvriers. La part des ouvriers dans la population active a diminué, (35 %
en 1969 à 24 % aujourd’hui)
Q 12, p.
161Docume
nts p 148149
Synthèse p
151

Rapprochement avec les autres catégories sociales, montée de l’individualisme.

Déclin du parti communiste et du syndicalisme.

Crise dans les grands bassins industriels et ouvriers.

Disparition de la conscience de classe et donc de la classe pour soi

Néanmoins……

Les conditions objectives de la classe ouvrière (classe en soi) demeurent.

Les catégories populaires voient leur situation se dégrader depuis 20 ans (précarisation.)
 L’augmentation des inégalités et surtout l’inégal accès au patrimoine tend à fractionner, voire
à dualiser la société
 La bourgeoisie reste une classe dotée d’une conscience de classe (Bonnes manières,
distinction, domination symbolique, pratique de l’entre-soi) et mobilisée de façon permanente pour
défendre ses intérêts et perdurer.
C.
Prêts pour le contrôle
1. Fiche de synthèse p 161
2. Dissertation p 158 et QSTP p 159
11
III.
Une société inégale ?
A.
Panorama des inégalités
1. Des différences aux inégalités

Une différence devient une inégalité quand elle se traduit par un avantage ou un désavantage
 Les différences peuvent être économiques, démographiques, culturelles, politiques ou
symboliques.
Fiche 15

Quand elles deviennent des inégalités, les individus peuvent être hiérarchisés
 Les rôles différenciés (comportements attendus par la société) débouchent sur une
stratification sociale
 Par exemple les différences biologiques entre hommes et femmes se traduisent souvent par
des inégalités malgré 30 ans de féminisme

L’égalité entre les sexes, inscrite dans le droit, est loin d’être une réalité dans les faits.
 Nombreuses discriminations dans le monde du travail : salaires inférieurs à ceux des hommes,
discrimination à l’embauche (« plafond de verre »), sur-chômage et sous-emploi., emplois
valorisant les « qualités féminines » (précision, compassion, douceur.)
Q 3, p.
200
 Les rôles sociaux sont également distincts dans le couple (quasi monopole des tâches
ménagères

Ce qui s’explique par une socialisation primaire différenciée
 Toutefois depuis la fin du XIXe siècle, les droits des femmes se sont lentement améliorés
sous la pression des mouvements féministes (droit à l’éducation, droit au travail, de disposer
librement de son corps, répartition plus égalitaire des tâches dans les jeunes couples)
2. Les inégalités de revenus primaires et de patrimoine

Définitions
 Les revenus primaires récompensent la participation à l’activité productive = Revenus du
travail / (salaires+ revenus mixtes) + Revenus du patrimoine / (loyers, intérêts, dividendes, plus –
value.)
 Le revenu disponible (RD-= RP + RT – (CS + I) c’est-à-dire Revenu primaire+Revenu de
transfert versé par la puissance publique - cotisations sociales - impôts

Les instruments de mesure de ces inégalités sont …
 Les quartiles qui partagent l’effectif entre quatre parties égales, les quintiles en 5 et les
déciles en 10

La courbe de Lorentz.
12
Lecture : point 90/60. Les 10 % les plus riches
se partageaient (100 - 60) = 40 % du patrimoine
La
bissectrice
égalitaire
P 184
décrit
une
distribution
L’ampleur de son écart avec la courbe de
distribution effective mesure l’importance des
inégalités
On constate que les inégalités de patrimoine
plus forte qu’inégalités de revenus
 Le coefficient de Gini: est calculé à partir de la courbe de Lorentz ; Il varie de 0 à 1. Plus on
se rapproche de 1 plus la répartition est inégalitaire
 Le rapport inter déciles : ratio D9/D1 ou coefficient multiplicateur mesurant la dispersion
des revenus entre les 10% les plus riches et les 10% les plus pauvres.
13

L’évolution des inégalités économiques
 Les inégalités de revenus et de patrimoine se sont fortement réduites au cours du XXe siècle
grâce à la redistribution et à la croissance fordiste des trente glorieuses (moyennisation)
Q1, 2 p.
200
 Toutefois les inégalités persistent car elles sont cumulatives : inégalités de
revenuinégalités d’épargne et de patrimoine (biens immobiliers, valeurs mobilières inégalités
de revenus du capital (loyers, dividendes, plus-value..) inégalités face à l’héritage (reproduction)
 Elles s’aggravent depuis le milieu des années 80 (forte augmentation des revenus du capital
alors que les revenus du travail tendaient à stagner. remise en cause de l’impôt progressif sur le
revenu et la suppression des droits de succession)

Les limites des outils utilisés pour mesurer les inégalités économiques.

Les statistiques disponibles sont issues des déclarations de revenus.
 Le calcul du rapport interdécile à partir des seuils D1 et D9 écartent de l’étude 20 % de la
population : Or la dispersion autour de ces deux seuils est très forte. (rmistes/PDG des FMN
dotés de stock-options et de parachutes dorés)
Q7, et 8 p.
200

Les quartiles ou le coefficient de Gini ne mesure que les inégalités monétaires
 Le BIP 40 (baromètre des inégalités et de la pauvreté) par contre intègre dans son calcul les
inégalités dans les domaines de l’emploi, des conditions de travail, de la santé, de l’éducation, du
logement (0 = meilleure note 10 = plus mauvaise) .Selon cet indicateur les inégalités françaises on
été multiplié par 5,7/3,6 = 1,6.
B.
La justice sociale passe t’elle par l’égalité ou par l’équité ?
1. Trois conceptions de la justice sociale et de l’égalité ;
 La justice sociale est un non sens selon F Hayek : les inégalités sont légitimes et favorables à
la croissance économique.
 Friedrich Hayek, est un philosophe et économiste autrichien promoteur du libéralisme contre
le socialisme et l'étatisme.
 Toute redistribution est arbitraire, dangereuse et discutable puisque
groupes de pression.
Q 1, p. 236
Fiche 16
détournée par les
 La seule répartition juste, est celle qui découle des mécanismes marchands sur lesquels aucun
individu pris isolément ne peut intervenir.
 Les inégalités sont efficaces car elles incitent l'individu à faire les efforts nécessaires pour
améliorer sa situation.
 L’Etat Providence crée une société d’assistés. (Désincitation à l’activité) Il faut donc
renforcer la responsabilité individuelle et en diminuant les prélèvements obligatoires.
14
 Une société juste est, selon J. Rawls, une société qui garantit la liberté de ses membres et
qui admet les inégalités justes.

Q 2, p. 236
Philosophe américain (1921- 2002) et théoricien libéral de la justice.
 Les inégalités sont justes s’il y a «égalité des chances» et si elles permettent d’améliorer la
situation des plus défavorisés.
 Les inégalités de revenus incitent par exemple à la productivité ce qui permet la croissance et
donc l’augmentation des richesses globales et l’amélioration du sort relatif des plus pauvres.

Pour A Sen la capabilité d’accomplir est un critère de justice sociale

Amartya Sen économiste indien Prix Nobel d'économie en 1998,
 Une société juste est une société qui permet à tous d’accéder aux ressources qui permettent
de se nourrir, de se loger, de maîtriser les naissances, mais aussi de participer au débat politique.
 Cet accès au débat et au pouvoir politique est d’après ce qu’il a pu étudier, le moyen essentiel
de lutte contre l’accaparement des ressources vitales au détriment des plus pauvres.
 En effet, les famines n’ont pas lieu dans les démocraties qui fonctionnent car leur leader est
plus sensible aux demandes des citoyens.
Q 3, p. 236
Texte p232
 Dans l'évaluation de la justice fondée sur la capabilité, les revendications des individus ne
doivent pas être jugées en fonction des ressources ou des biens premiers qu'ils détiennent
respectivement, mais de la liberté dont ils jouissent réellement de choisir la vie qu'ils ont des
raisons de valoriser.
 C'est cette liberté réelle qu'on appelle la "capabilité" de l'individu d'accomplir et de choisir
entre différentes vies possibles.
 Par exemple un handicapé peut avoir plus de biens premiers qu'un autre (sous forme de
revenu, de fortune, de liberté, etc.) mais moins de capabilités (en raison de son handicap).
2. Toutefois, l’équité n’est elle pas plus efficace que l’égalité ?
 L’équité peut conduire à traiter de façon différente les membres de la société afin de
réduire les inégalités constatées.

Elle donc compenser les lacunes des mesures reposant sur le principe de l’égalité pour tous
 En effet les politiques reposant sur le principe d’égalité ne garantissent pas la méritocratie
et conduisent à la reproduction des inégalités préexistantes.
Q 6, p. 236
 Certaines fractions de la population ont tendance à cumuler des caractéristiques
économiquement et socialement pénalisantes. (Une femme non qualifiée d’origine maghrébine aura
du mal à trouver un emploi
 Ce point de vue justifie la mise en place de politiques de discrimination positive : « donner
davantage à ceux qui ont moins
 Chaque individu doit être traité différemment en fonction de sa situation de départ pour
rétablir l’égalité des chances

Fiscalité progressive
 Prestations sociales sous condition de revenus critère de revenu (bourses, allocation
logement)
promotion ZEP à sciences –po Vidéo court circuit à sciences po
15
ht t p: / / www.d a il y mo ti o n.c o m /v id e o /xd wl nc _co ur t -cir c ui t - a - sc i e nc e s - po - 1 er e p a_ s cho o l

Quotas d’handicapés dans les entreprises

Parité en politique

Affirmativ action en faveur des noirs aux Etats-Unis.

On peut toutefois objecter que ….

La discrimination positive est une atteinte à la méritocratie (ex : quotas à l’université).
 Elle risque de stigmatiser ceux qui en bénéficient, et exaspérer ceux qui n’en profitent pas et
qui paient pour le financement de ces mesures.
 Elle peut diffuser une culture de la victimisation en favorisant l’accoutumance à l’assistance
et l’irresponsabilité des bénéficiaires
 Si des bourses d’études sont attribuées en fonction d’un plafond de ressources on crée des
effets de seuil et une inégalité pour ceux qui se trouvent légèrement au-delà du plafond.
 On peut par ailleurs craindre le développement du communautarisme et le cloisonnement de la
société (droits particuliers pour des communautés, d’où revendication de l’appartenance à ce
groupe pour en bénéficier).
 Enfin, la discrimination positive n’est-elle pas un alibi pour ne pas s’attaquer aux causes des
inégalités ?
 En donnant l’illusion de la réussite de certains, on rend plus supportables les inégalités. On
renforce ainsi l’idéologie du don et l’intériorisation de l’échec par les catégories les moins
favorisées (cf. Bourdieu).
 En réduisant l’intervention de l’État sur des populations plus restreintes et plus ciblées, les
mesures de discrimination positive autorisent aussi de fortes économies budgétaires.
C.
Prêts pour le contrôle ?
1. Apprendre sa fiche vocabulaire + essayer sur le site les plans semi corrigés.
2. Dissertation p 233
16
VOCABULAIRE DU CHAPITRE 2 STRATIFICATION SOCIALE ET INEGALITES
UNE SOCIETE MOBILE ?
Notions essentielles
Démocratie : forme de régime politique et d'organisation sociale devant assurer aux individus citoyens la maîtrise souveraine
de leur destin individuel et collectif. Elle est caractérisée, pour Tocqueville, par l'égalité
Des libertés politiques et par l'égalisation des conditions matérielles.
Capital culturel : pour le sociologue P. Bourdieu, le capital culturel désigne un ensemble de qualifications intellectuelles
socialement reconnues, comme les diplômes. Ce capital culturel se transmet de père en fils. Ainsi, les enfants des classes
supérieures héritent généralement d'un capital culturel plus important que les membres des classes populaires
Capital social :(en sociologie) : ensemble des réseaux familiaux, amicaux, professionnels, de proximité auxquels les individus
participe et dont il peur recevoir des informations ou des aides en cas de besoin.
Egalité : rapport existant entre des individus se trouvant dans une situation équivalente. D'après Tocqueville, la passion pour
l'égalité anime les sociétés démocratiques. Si l'égalité des libertés politiques y est acquise, celle des conditions ne l'est
jamais complètement mais c'est un but que rien ne semble interdire d’atteindre.
Egalité des chances : situation dans laquelle l’avenir d’un individu ne dépendrait pas du capital économique, culturel, social qui
lui a été transmis mais de ses seuls talents.
Méritocratie : mode d’accession aux meilleures places de la société fondé sur l’intelligence. Ceux qui arrivent au sommet de
la pyramide sociale sont ceux qui le méritent le plus grâce à l’égalité des chances pratiquée à l’école.
Mobilité ascendante : mobilité qui s'effectue vers le haut de la hiérarchie sociale.
Mobilité descendante : passage d'une position supérieure à une position inférieure dans la hiérarchie sociale
Mobilité intergénérationnelle : changement de position sociale entre générations.
Mobilité nette : mobilité sociale qui ne découle pas des changements structurels de la société et qui traduit, lorsqu’elle
s’accroît, une réelle démocratisation de la société.
Mobilité structurelle : mobilité résultant des transformations de la population active.
Stratification sociale : ensemble des différenciations sociales associées aux inégalités de richesses, de pouvoir, de savoir,
de prestige et déterminant la division de la société en groupes de droit ou de fait. Les théories de la stratification
considèrent que les différences entre groupes sociaux ne sont que de degrés. Ils s'opposent en cela à l'analyse marxiste des
classes.
Table de mobilité : instrument de mesure qui permet d'apprécier et d'analyser la mobilité ou l'immobilité sociale. Les tables
de destinée nous renseignent sur ce que deviennent les fils et filles, comparativement à ce que faisaient leurs pères. Les
tables de recrutement nous informent sur l'origine sociale d'une génération qui occupe une position sociale donnée.
Notions complémentaires
Exploitation : pour Marx, il s'agit d'un rapport entre prolétaires et bourgeois. Un groupe s'approprie, sans contrepartie
directe le produit du travail d'un autre groupe. (La plus-value)
Démocratisation du système scolaire : ouverture progressive à tous, sans distinction de classe ni de moyens financiers.
Homogamie (sociale) : alliance entre deux individus issus d'un même milieu social.
Massification du système scolaire : adaptation au plus grand nombre
Mobilité professionnelle : capacité des actifs à changer d'emploi, parfois même de profession et de secteur
Économique
Reproduction sociale : situation d’une société qui se reproduit à l’identique à chaque génération en raison d’une absence de
mobilité sociale («tel père, tel fils »).
LES TRANSFORMATIONS DE LA STRUCTURE SOCIALE
Notions essentielles
Bipolarisation : tendance de la société à se diviser en deux classes sociales plus ou moins conflictuelles (prolétariat et
capitalistes ou exclus et inclus ….)
E x p l oi t a t i o n : pour Marx, il s'agit d'un rapport entre prolétaires et bourgeois. Un groupe s'approprie, sans contrepartie
directe le produit du travail d'un autre groupe. (La plus-value)
Moyennisation de la société : concept employé par H Mendras pour décrire l’augmentation de la place des classes moyennes
dans la structure sociale.
Professions et catégories socioprofessionnelles (PCS) : outil de classement de la population en un nombre restreint de
grandes catégories présentant chacune une certaine homogénéité sociale ; les critères de classement sont la profession, la
position dans la hiérarchie professionnelle, le statut et le secteur d'activité
17
Notions complémentaires
Classe en soi : dans une terminologie marxiste réalité de fait qui se définit par des critères objectifs (place dans le
processus de production, mode de vie, etc.).
Classe pour soi : dans une terminologie marxiste réalité subjective qui se définit par la conscience qu’ont-les
Individus de former une classe
Classes moyennes : ensemble de groupes sociaux caractérisées, par leur position intermédiaire entre les classes supérieures
et les classes populaires. Elles peuvent être salariées ou indépendantes
Classe sociale : groupes sociaux issus de la division sociale du travail, des inégalités de conditions de vie et des positions
occupées par rapport à l'exercice du pouvoir. Chez Marx, On observe une tendance à l’hérédité sociale des positions sociales
; les membres d’une même classe se caractérisent par une même place dans les rapports de production, un mode de vie et des
revenus proches et le même sentiment d’appartenir à ce groupe.
Lutte des classes : concept central de l’analyse marxiste. Antagonisme entre classes sociales à partir d’intérêts
contradictoires, et pouvant prendre la forme extrême de la guerre civile.
Rapports sociaux de production : Selon la théorie marxiste, relations établies entre les hommes pour produire,
correspondant à un certain niveau de développement des forces productives dont ils constituent une des composantes. Dans
les sociétés de classes apparaissaient des rapports sociaux de production antagoniques (esclaves / maîtres ; serfs
/seigneurs ; prolétaires / capitalistes)
UNE SOCIETE INEGALE ?
Notions essentielles
Equité: principe de justice sociale qui peut conduire à traiter de façon différente les membres de la société afin de réduire
les inégalités constatées.
Inégalité sociale : elle consiste en la répartition non uniforme, dans la société de toutes sortes d'avantages et de
désavantages.
Justice sociale : ensemble de principes équitables acceptés par tous qui régissent les droits et les devoirs des membres
d’une société.
Patrimoine : ensemble des biens possédés par un agent. Comprend le patrimoine physique (logements, immeubles, terrains,
matériel productif), le patrimoine incorporel (fonds de commerce, brevet d’invention) et le patrimoine financier (compter en
banque, actions, obligations, épargne). Ce patrimoine est transmissible par donation ou par succession.
Revenu disponible : total des revenus perçus (revenus du travail + revenus du capital + revenus de transfert), nets de
cotisations sociales et d'impôts sur le revenu.
Justice sociale : ensemble de principes équitables acceptés par tous qui régissent les droits et les devoirs des membres
d’une société
Notions complémentaires
Rapport inter décile: M e s u r e d e l a d i s p e r s i o n e n t r e l e s 1 0 % l e s p l u s r i c h e s e t l e s 1 0 % l e s p l u s p au vr es =
(D 9 / D 1 ) .
Capabilité : dans l’analyse d’A.Sen : diverses combinaisons de fonctionnements (états et actions) que la personne peut
accomplir. La capabilité est, par conséquent, un ensemble de vecteurs de fonctionnements qui indiquent qu’un individu est
libre de mener tel ou tel type de vie. »
Coefficient de Gini : coefficient de concentration variant de 0 à 1 calculé à partir de la courbe de Lorentz plus on se
rapproche de 1 plus la répartition est inégalitaire Courbe de Lorentz : représentation graphique d’une distribution (de
revenus par exemple) susceptible d’être analysé en terme de concentration. On porte en abscisses le % cumulés des
effectifs et en ordonnées le % cumulée des revenus. Une distribution égalitaire se traduit par une bissectrice. L’ampleur de
son écart avec la courbe de distribution effective mesure l’ampleur des inégalités.
Décile, quintile, quartile : valeur d’un caractère qui partage l’effectif groupes égaux. (10 pour le décile, 5 pour le quintile, 4
pour le quartile). Par exemple le premier décile représente le revenu en dessous duquel se situe les 10% les plus pauvres.
Différences : sont de simples dissemblances, elles en deviennent des inégalités que si elle donne lieu à une comparaison
reposant sur des critères de valeur
Inégalité sociale : elle consiste en la répartition non uniforme, dans la société de toutes sortes d'avantages et de
désavantages.
Patrimoine : ensemble des biens possédés par un agent. Comprend le patrimoine physique (logements, immeubles, terrains,
matériel productif), le patrimoine incorporel (fonds de commerce, brevet d’invention) et le patrimoine financier (compter en
banque, actions, obligations, épargne). Ce patrimoine est transmissible par donation ou par succession.
Rapport inter décile : coefficient multiplicateur mesurant l’écart entrer les 10% les mieux payée et les 10% les plus pauvres.
Revenu disponible : total des revenus perçus (revenus du travail + revenus du capital + revenus de transfert), nets de
cotisations sociales et d'impôts sur le revenu.
Discrimination positive : différence de traitement entre les individus afin d’obtenir la réduction des inégalités.
18