la problématique identitaire dans les soleils des indépendances
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la problématique identitaire dans les soleils des indépendances
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC CENTRO DE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO – CCE DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA ESTRANGEIRAS – DLLE LETRAS – LÍNGUA E LITERATURA FRANCESAS TAIANE SANTI MARTINS LA PROBLÉMATIQUE IDENTITAIRE DANS LES SOLEILS DES INDÉPENDANCES DE AHMADOU KOUROUMA Florianópolis, SC 2011 TAIANE SANTI MARTINS LA PROBLÉMATIQUE IDENTITAIRE DANS LES SOLEILS DES INDÉPENDANCES DE AHMADOU KOUROUMA Travail de conclusion de cours présenté pour l'obtention du diplôme de « Bacharel em Letras Língua e Literatura Francesas na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC », sous la direction de Mme. Le Professeur Luciana Rassier. Florianópolis, SC 2011 TAIANE SANTI MARTINS LA PROBLÉMATIQUE IDENTITAIRE DANS LES SOLEILS DES INDÉPENDANCES DE AHMADOU KOUROUMA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Letras – Língua e Literatura Francesas. Florianópolis, 07 de novembro de 2011. ______________________________ Prof. Dr. André Berri. Coordenador do Curso Banca Examinadora: ______________________________ Profª. Drª. Luciana Rassier. (Orientadora) Universidade Federal de Santa Catarina ______________________________ Prof Dr Ronaldo Lima Universidade Federal de Santa Catarina RESUMO Este trabalho tem como estudo a narrativa do escritor marfinense de expressão francesa – Ahmadou Kourouma – presente em Les soleils des Idépendances. Conciso estudo que constroi-se na seguinte disposição: breve apresentação da história e literatura da Costa do Marfim, da biografia de Ahmadou Kourouma, e resumo de Les soleils des Indépendances. Em seguida uma leitura crítica do romance pautado na problemática identitária, por intermédio de conceitos fundamentados no pensamento de Benedict Anderson, Homi K. Bhabha et Stuart Hall. Palavras chave: Ahmadou Kourou; Les soleils des Indépendances; identidade; identitade nacional; literatura africana. RÉSUMÉ Ce travail analyse le récit de l'écrivain ivoirien d'expression française– Ahmadou Kourouma – présent dans Les soleils des Idépendances. Il s'agit d'une étude concise qui se construit de la manière suivante : bref présentation de l’histoire et de la littérature de la Côte d’Ivoire, de la biographie d’Ahmadou Kourouma, et résume du roman Les soleils des Idépendances. Ensuite une lecture critique basé sur la problématique identitaire, notamment par le biais de concepts basés sur la pensée de Benedict Anderson, Homi K. Bhabha et Stuart Hall. Mots-clés: Ahmadou Kourou; Les soleils des Indépendances; identité; identité nacionale; littérature africaine. AGRADECIMENTOS Peço licença aos leitores de língua francesa – e desculpa aos tradutores – mas existem sentimentos que só podem ser fielmente expressados em língua materna. Por esse motivo, peço licença para me fazer grata através do mistério das palavras de minha própria língua. Primeiramente agradeço aos meus pais Gilberto e Helena pela minha vida e por todo esforço realizado em prol de minha educação, possibilitando que eu pudesse estudar em uma universidade federal. A meu irmão Luiz (in memoriam) – por ter sido o melhor irmão que alguém poderia ter, e por nos deixar o maior motivo para continuar sorrindo: meu sobrinho Luiz Gustavo. A minha irmã Viviane, outra parte mim, meu exemplo de força e determinação. A Emílio Mesquita por todos os dias de incentivo e por não me deixar desistir. A minha tia Leonor, pelos livros em francês que deu quando eu era criança os quais de certa forma estimularam meu interesse pela língua; e por, junto com meu tio Jean, ter me mostrado que Paris podia ser ainda mais bela do que eu imaginava. E a minha quase irmã, Beatriz Pereira da Silva, pelas capsulas de cafeína concentrada. Agradeço, em especial, a paciência e apoio dos amigos, pessoas que deixam minha vida muito mais feliz. Quero agradecer à paciência e a dedicação de minha orientadora Profa. Dra. Luciana Rassier, sem a qual a realização deste trabalho não teria sido possível. E as professoras Noêmia Guimarães Soares – quem me ensinou grande parte do que sei em língua estrangeira; e Cláudia Mortari Malavota (UDESC) – que através das aulas de História da África me transmitiu sua paixão pela temática, instigando-me a conhecer a literatura africana e influenciando-me na escolha do tema deste trabalho. Agradeço, enfim, a todos que de alguma maneira fizeram parte de minha jornada acadêmica. SOMMAIRE RESUMO......................................................................................................................... 4 RÉSUMÉ ......................................................................................................................... 5 I. INTRODUCTION...................................................................................................... 9 II. LES SOLEILS DES INDÉPENDANCES – UN ROMAN CRITIQUE.............. 11 1. CÔTE-D'IVOIRE - histoire et littérature ........................................................... 11 1.1. Informations générales ................................................................................. 11 1.2. Histoire du pays ................................................................................................ 12 1.3. Littérature ivoirienne ........................................................................................ 13 2. AHMADOU KOUROUMA – VIE ET L’OEUVRE: ............................................ 13 2.1. Entre les cultures malinké et en française ........................................................ 13 2.2. L'écrivain: son oeuvre et ses prix ..................................................................... 14 3. LES SOLEILS DES INDEPENDANCES .............................................................. 15 3.1. Présentation ...................................................................................................... 15 3.2. Résumé ............................................................................................................. 16 4. Révision de la bibliographie critique: ..................................................................... 17 III. LA PROBLÉMATIQUE IDENTITAIRE DANS LES SOLEILS DES INDÉPENDANCES ...................................................................................................... 22 1. Les vestiges de la tradition orale dans le roman .................................................. 22 2. KOUROUMA ET LA NATION ........................................................................ 26 2.1. Le concept de nation : les communautés imaginées ....................................... 26 2.3. La nation et les soleils ..................................................................................... 27 3. L’IDENTITÉ ................................................................................................... 29 3.1. Le concept d'identité ....................................................................................... 29 3.2. Fama ................................................................................................................ 31 3.3. Salimata ............................................................................................................ 33 IV. CONSIDÉRATIONS FINALES ........................................................................... 36 V. RÉFÉRENCES BIBLIOGRAPHIQUES .............................................................. 38 I. INTRODUCTION Les narratives historiques et littéraires ont des objectifs différents. D’une manière simplifiée, le récit historique tradicionnel s’intéresse à la restauration du passé. Alors que le récit littéraire n'a pas besoin de s'approcher du passé pour avoir une justification ou légitimité. Cette distinction entre ces deux types de récit a longtemps éloigné les études de l'histoire, de la littérature. D'un côté l'histoire s'éloignait de la littérature pour être reconnue comme une discipline scientifique, qui utilisait seulement des documents officiels écrits comment sources. Et de l'autre côté la littérature s'éloignait de l'histoire pour éviter une littérature « historiciste » limitée aux mouvements littéraires. Cependant ces deux types de récit peuvent correspondre des textes ouverts, c'est-à-dire, des textes qui donnent aux lecteurs l’occasion d'interagir, et d’envisager différentes possibilités. 1 Selon Georges Duby l'histoire peut être une modalité du discours politique, mais elle ne peut pas être de la propagande ; elle peut être un discours littéraire, mais elle ne doit pas être de littérature. 2 Notre travail a l’intention de faire un rapprochement entre l'histoire et la littérature pour évaluer la problématique identitaire dans le roman Les Soleils des Indépendances d’Ahmadou Kourouma. Notre travail est divisé en deux chapitres: Les Soleils des Indépendance - Un roman critique, et La problèmatique Identitaire dans Les Soleils des Indépendance. Dans le premier chapitre nous nous pendrerons sur la Côte d'Ivoire, son histoire et sa littérature. Mais aussi sur la biographie d’Ahmadou Kourouma. A la fin du chapitre nous étudierons le livre Les Soleils des Indépendance, le contexte de sa création 1 ANDRADE, 2005. p. 23 “A história, se deve existir, não deve ser livre : ela pode muito bem ser um modo do discurso político, mas não deve ser propaganda ; pode muito bem ser um gênero literário, mas não deve ser literatura.” DUBY apud LE GOFF, 1990. p.30 2 et de sa publication, et nous proposerons un résumé et une brève révision de la bibliographie critique. Dans le deuxième chapitre nous aborderons la problématique identitaire, analysée sour trois aspects. D’abort les vestiges de la tradition orale dans le roman, ensuite l'identité nationale, et enfin l'identité des individus, à travers l'analyse des personnages de Salimata et Fama. II. LES SOLEILS DES INDÉPENDANCES – UN ROMAN CRITIQUE 1. CÔTE-D'IVOIRE - histoire et littérature 3 1.1. Informations générales La Côte d'Ivoire est située en Afrique occidentale. Elle fait frontière à l'ouest avec la République du Libéria et la Guinée, avec le Burkina Faso au nord, à l'Est avec le Ghana, au sud avec l'Océan Atlantique. Le pays a une superficie de 322,462 km carrés, ce qui représente 1% de l'ensemble du continent africain. Abidjan est sa capitale économique et Yamoussoukro sa capitale politique, depuis mars 1983. La population estimée du pays est de 16,7 millions d’habitants. Sa langue officielle est le français. Carte – Côte D’Ivoire et region 4 3 Informations disponibles sur http://www.cotedivoire.org.br/todos/costadomarfim/costa_index.htm consulté le 20/08/2011 4 Carte disponible sur http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl consulté le 20/08/2011 1.2. Histoire du pays La région de la côte ouest africaine qui comprend, entre autres pays, Côted'Ivoire, le Mali et le Niger a été formée entre le VIIIe et le IXe siècles par les populations paysannes. Les Attie (Atchi), les Akan, les Bron (Abron), les Manden (mandingue) et les maninka (malinké) sont les groupes ethniques qui ont peuplé la région. La mer n'a joué aucun rôle dans la vie des communautés côtières, axées sur l'agriculture. Le groupe de Manden (mandingue) a été le principal responsable de la constitution de l'Empire du Mali, le plus puissant des empires médiévaux de l'Afrique occidentale, s'étendant du XIIIe siècle au XVe siècle. Les Malinkés sont de grands guerriers et des artisans. Les Akan ont été en grande partie responsables de l'occupation du territoire. Actuellement les Akan représentent 33% de la population la Côte d'Ivoire. Depuis le XVe siècle les navigateurs portugais ont commencé à explorer la région. À la fin du XVIIIe siècle la France a fondé des comptoirs sur le territoire de Côte-d'Ivoire. À XIXe siècle, les Français ont nommé pouvoirs politiques et économiques. Au milieu du XXe siècle la Côte-d'Ivoire devient un protectorat français, puis une colonie de la France en 1893. Au début du XXe siècle la partie nord de la colonie obtient son indépendance, mais Abidjan est encore sous juridiction française. Mais à la fin de la Seconde Guerre mondiale ont commencé des mouvements pour l'émancipation politique du pays. Le Parti Démocratique de la Côte d'Ivoire, fondé par Félix Houphouët-Boigny a été le principal agent de lutte pour l'indépendance. En 1958 est proclamée la République de Côte d'Ivoire, et en 1960 le pays obtient indépendance. Après l'indépendance, Félix Houphouët-Boigny est élu président et instaure le parti unique jusqu'en 1990. Ce n'est que dans les années 90 avec la création d’autres partis politiques, il y a des élections pour la présidence, quand Houphouët-Boigny a été réélu. Il y a eu de nombreuses tentatives de coups d'Etat, des troubles sociaux causés par les crises économiques, mais il est resté au pouvoir jusqu'en décembre 1993, quand il est mort. Henri Konan Bedi, ancien président de l'Assemblée nationale, a été de président jusqu'en 1999 quand il subit un coup d'Etat mené par le général Robert Gue. Guel a gouverné à travers une politique de Conseil national de transition jusqu'en 2002 quand il a été assassiné, et remplacé par Laurent Gbagbo. 1.3. Littérature ivoirienne C'est parce que le continent africain se compose d'une culture essentiellement orale. C'est l'introduction de l'éducation formelle et l'enseignement de la langue française qui permet le développement d’une littérature, selon une esthétique romanesque européenne. 5 C'est après les années 1930 que la littérature écrite en Afrique s’est dévelopée. Ahmadou Kourouma (1927 -2003) et Jean-Marie Adiaffi (1941-1999) ont été considérés comment les voix à portée internationale les plus importante en leur temps. 2. AHMADOU KOUROUMA – VIE ET L’OEUVRE: 2.1. Entre les cultures malinké et en française Ahmadou Kouroumail est né en 1927, en Boudiali – au nord de la Côte d'Ivoire mais il a passé son enfance à Togobala - ville qui plus tard serait la ville natale de Fama, 5 CARMO, Maria Suzana Moreira do. 2008, p.13 personnage principal de la trame du roman Les soleils des indépendances. L’auteur a été élévé par son oncle, qui l'a initié aux traditions de l'ethnie malinké. Plus tard il a étidié à l'École Technique Supérieure de Bamako - au Mali - et quand il rentre dans la Côte d'Ivoire il entre par les forces armées coloniales. Très tôt l'auteur il a manifesté une position politique engagée. Par exemple, il s’est refusé à participer à un acte de répression contre le R.D.A (Rassemblement Démocratique Africain ). 6 Il a été envoyé en l'Indochine, en 1954 il part en France il n'avait pas l’intention de rentrer en Côte d'Ivoire. Pourtant, l’a fait : ce fut « engagement moral concernant la situation politique de son pays » 7 Il retourne à son pays en 1960, quelques mois avant l'indépendance. Il est arrêté en 1963, accusé de participer d'un complot contre le président Houphouët-Boigny. C'est dans ce contexte que Kourouma commence à écrire son premiér roman Les soleils des Indépendances. Le but initiale du roman était de dénoncer les abus de la tyrannie et la corruption, vu qu’il fait des références claires à Houphouët-Boigny. Ainsi que Kourouma, son personnage Fama est accusé d'avoir participé d'un complot contre le président. 2.2. L'écrivain: son oeuvre et ses prix En 1970, Kourouma a publié Les Soleils des Indépendance, son premier roman, et il a reçu le Prix de la Francophonie du Québec. En 1972, il a écrit la pièce 6 « Le Rassemblement démocratique africain (RDA) est une ancienne fédération de partis politiques africains fondée à l’issue du Congrès de Bamako (18-21 octobre 1946) par Félix Houphouët-Boigny, qui deviendra ministre dans le gouvernement français et le premier président de la république de la Côte d'Ivoire à son indépendance et Modibo Keïta, qui deviendra le premier président du Mali indépendant. Son affiliation au Parti communiste français (PCF), seul parti politique métropolitain présent à Bamako, provoque l’opposition de nombreux partis territoriaux africains et de nombreuses tracasseries de la part de l’administration coloniale française. Le 8 mai 1950, le RDA annonce finalement sa désaffiliation du PCF et son rapprochement avec l’Union démocratique et socialiste de la Résistance (UDSR) facilité par François Mitterrand. » Extrait du site http://fr.wikipedia.org/wiki/Rassemblement_d%C3%A9mocratique_africain, en 08/05/2010 7 CARMO. 2008, p. 19 consulté Tougnantigui diseur de vérité, qui s’en remettrait à Houphouët-Boigny, à cause de cette pièce il a perdu son emploi. Après vingt ans de silence, en 1990, il a publié son deuxième roman Monnè, outrages et défis. Dans ce livre, l'auteur dépeint la période de la découverte de l'Afrique par les Européens et de l'impérialisme. En 1998, il a publié son troisième roman, En attendant le vote des bêtes sauvages, inspiré de la vie du tyran Eyadema Gnassingbé, Président du Togo. Grâce à ce livre d'Ahmadou Kourouma a remporté Prix du Livre Inter. 8 En 2000, il a publié Allah n’est pas obligé, qui dénonce la violence des guerres en Afrique de l'Ouest, notamment en Sierra Leone, et l'horreur du recrutement d'enfants pour ces guerres. Ce roman lui a valu le: Prix Renaudot 9 et le Prix Goncourt des lycéens 10. Il est mort en 2003. À l’époque il travaillait sur le roman Quand on refuse on dit non, publié après sa mort. En 2004, le Salon Internacional du Livre a crée le prix Ahmadou Kourouma pour les romans ou essais sur l'Afrique noire. 11 3. LES SOLEILS DES INDEPENDANCES: 3.1. Présentation Le roman Les Soleils des Indépendance occupe une place prépondérante parmi les œuvres de la littérature africaine. C'est une critique féroce de la colonisation française 8 Prix littéraire créé en 1975, décerné chaque année par Radio France Inter à des œuvres écrites en français. Plus informations sur: http://fr.wikipedia.org/wiki/Prix_du_Livre_Inter consulté en 21/08/2011. 9 Prix littéraire français créé en 1926. D’informations disponibles sur: http://fr.wikipedia.org/wiki/Prix_Renaudot consulté en 21/08/2011. 10 Prix littéraire français créé par la Fnac en 1988. D’informations disponibles sur: http://fr.wikipedia.org/wiki/Prix_Goncourt consulté en 21/08/2011. 11 D’autres références sur la vie et l'œuvre d'Ahmadou Kourouma disponibles sur CARMO, Maria Suzana Moreira do. Les soleils des indépendances: da sociedade sólida ao prelúdio dos laços efêmeros [En ligne]. São Paulo, 2008. Tese de Doutorado (Letras Língua e Literatura Francesa) Universidade de São Paulo – UPS. Disponible sur < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-03042008141223/pt-br.php> , http://pt.wikipedia.org/wiki/Ahmadou_Kourouma, http://www.africansuccess.org/visuFiche.php?id=233&lang=fr consulté le 21/08/2011 en Côte d'Ivoire et du processus d'indépendance. Cependant, le pluriel utilisé dans le titre de l'œuvre - Les Soleils des Indépendance – fait rappot au processus d'indépendance non seulement de la Côte d'Ivoire, mais aussi à celui d'autres pays africains colonisés par la France. En Côte-d'Ivoire la langue officielle est celle des colonisateurs, les Français. Ce roman, écrit en français, a été refusé par plusieurs éditeurs. En 1968, il a finalement été publié au Canada, par les Presses Universitaires et a reçu le Prix de la Francophonie du Québec. C’est dans ce contexte qu'en 1970, deux ans après sa publication, le livre a son édition française, chez les éditions du Seuil qui avaient précédemment rejeté le manuscrit, parce qu’il n’avait pas été écrit en français « standard ». 3.2. Résumé Les soleils des Indépendances est marqué par des fortes critiques à l'avènement des nations indépendantes et du parti unique. L'histoire se passe autour de Fama Doumbouya, un prince Hourodougou, qui perd le droit à chefferie de Togobala – à cause de ses « intrigues, déshonneurs, marabutagens et des mensonges » 12 . Le roman est divisé en trois parties, la première partie présente Fama, son cousin Lacina, et Salimata, sa femme qui souffre parce qu’elle ne peut ne pas tomber enceinte. Dans cette première partie, on voit principalement la souffrance de Fama qui après avoir perdu son titre, est parti à capital Boudiali pour recueillir des dons. Il est désigné par le terme «vautour», terme péjoratif, attribué par les griots malinké et par les anciens. Ainsi, l'auteur décrit un prince qui a perdu son titre, ses valeurs traditionnelles, et sa dignité. Ensuite on apprena la souffrance de Salimata, qu’ est plongée dans la vie difficile qui est la routine de la plupart des femmes africaines. On voit le quotidian de 12 KOUROUMA, 1995. p. 20 Salimata, sa souffrance parce qu'elle ne pouvait pas avoir des enfants, sa douleur d'avoir subi une excision et la douleur d'un viol par le sorcier Tiécoura. Dans la seconde partie du roman, on apprend la mort du cousin, Lacina. Fama est obligé de retourner à Togobala pour les obsèques de son cousin et à assumer la chefferie des Doumbouya. Mais la ville est dégradée par une politique d'indépendance. Fama reçoit comme une seconde épouse Mariam, pour assurer la postérité de Doumbouya. Il est aussi interrogé par le président du comité du parti unique. A la fin de l'enterrement de Lacina, contrairement à toute attente, Fama a décidé de retourner à la capitale avec sa nouvelle épouse. Dans la troisième partie du livre, Fama presente Mariam à Salimata. Au début, les deux femmes vivent ensemble en harmonie, mais bientôt commencent l'hostilité et les conflits. Fama consacre à la politique. Il est accusé d'avoir participé à un complot contre le président et il est donc détenu pendant une longue période avant d'être jugés. Lors du procès il est condamné à vingt ans de prison. Grâce à la pression internationale, le président décide d'amnistier les prisonniers politiques et Fama est libéré. Il décide retourner à Togobala, mais lui est interdit de croiser la frontière. Il est poursuivi par les gardes de la frontière et il se jette dans le fleuve où il est attaqué par un crocodile, qu’il considéré sacré. Un animal sacré n’oserait pas attaquer le « dernier descendant du Doumbouya » 13 . Fama est mort dans l'ambulance, sur le chemin de Togobala. 4. Révision de la bibliographie critique: Le travail de Maria Suzana Moreira de Carmo, intitulé Les soleils des indépendances: da sociedade sólida ao prelúdio dos laços efêmeros, est le seul travail 13 KOUROUMA. 1995 p.191 universitaire sur Les soleils des Indépendances au Brésil. Ce travail est une thèse de doctorat en Langue et Littérature françaises de l’Université de São Paulo. L'auteur propose une analyse des aspects esthétiques et thématiques du roman, afin de montrer comment « la transition de la tradition à la modernité amène l'individu à la réorganisation de son identité. » 14 Dans son introduction Carmo présente les conditions de l'émergence de la littérature africaine écrite, dont l'introduction de l'alphabétisation dans la partie continentale française. Elle cite André-Patient Bobika, auteur qui étudie l’ouvre de l'écrivain africain en trois dimensions. Premièrement l’utilisation de la parole écrite comme une source de création. Deuxièmement, la présence de la langue écrite qui a abouti à la «réunion et l'accouplement » 15 des cultures. Troisièmement, l'introduction de l'éducation formelle et pour la naissance de la littérature africaine écrite. Grâce à ces trois points de départ, Carmo analyse le roman moderne africain, et plus précisément, le roman de Ahmadou Kourouma sous l’angle de la rupture et de la permanence de la tradition orale. La deuxième partie de l'étude, intitulée Política, Cultura e Literatura, est dédié à la présentation de l'auteur, de la culture malinké, des anciens dirigeants, de l'administration coloniale et enfin du roman Les soleils des Indépendances. L'auteur montre l'importance de la tradition, du rôle des chefs et de la descendance pour la culture malinké. Ensuite Carmo analyse l'administration coloniale. Les Européens ont intervenu dans l'organisation politique et l organisation religieuse de peuples qui concentraient les pouvoirs dans la figure d'un chef. D’abord la France établit une politique de pactes et d’accords politiques, mais plus tard elle a essayé d’affaiblir 14 15 CARMO, 2007, p.7 BOBIKA. Apud CARMO, 2007. p.13 l'autorité des chefs traditionnels et de les remplacer par l'administration coloniale. La période coloniale, l'indépendance et l'avènement du parti unique vont changer complètement les relations sociales dans les colonies. La confrontation entre l'administration coloniale et les anciens chefs représent l'affrontement entre tradition et «modernité». Tel choc est très bien exploré par Kourouma sur Les soleils des Indépendances. La partie finale du chapitre de Carmo est consacrée à la présentation du résumé et de l'oeuvre Les soleils des Indépendances. Dans la troisième partie, intitulée Da narrativa tradicional ao romance das independências, Carmo compare le récit traditionnel héroïques – de la tradition orale et le roman moderne. D'une parti, elle affirme l'importance de la tradition écrite française pour la littérature africaine et, d'autre parti elle revendique la « reconnaissance du récit verbal traditionnel comment source d'inspiration de la fiction moderne africaine » 16. Pour représenter le récit héroïque traditionnel Carmo évoque la figure de griot. Connu comme un maître du discours, le griot racontrait les légendes, les histoires, cotumes héroïques de son peuple. La gloire du griot dépendait de sa fidelité aux mots originaux de l'histoire ; quand les spectateurs trouvaient que le griot changeait l'histoire ils le corrigeaient. L'auteur moderne a plus liberté pour écrire ses histoires. Même s’il maintien la logique du récit héroïque, son public n’aura accès à son l’oeuvre, que lors qu’il l’aura finie, liberté de création que le griot n'avait pas. Dans la quatrième partie du travail, intitulée Les Soleils Des Independances: da sociedade sólida ao prelúdio dos laços efêmeros, l'auteur aborde la problématique identitaire. D’abord elle résume les études de Stuart Hall, sur le sujet de l'Illuminisme, le sujet sociologique et le sujet postmoderne. Hall croit que nous devrions parler d’identification et non d’identités. Une personne a plusieurs d’identités, plusieurs 16 CARMO, 2007. p.56 identifications. Carmo veut montrer à travers de les études de Hall comment la pensée de la modernité a influencé les conceptions de sujet et d'identité. Ensuite l'auteur s’intéresse à l’identité nationale aux négociations avec des éléments qui constituent la nation. Pour continuer son analyse Carmo cite Zigmund Bauman, et sa metaphore de la « fusion des solides pour illustrer le passage des sociétés dites traditionnelles, ou solides, à la modernité liquide » 17 Ce passage comprend une phase intermédiaire, quand les États-Nation ont renversé les anciennes organisations sociales basées sur les hiérarchies et ont élu l’endroit de naissance comment une manière de légitimation et de subordination. Carmo se propose d’analyser le roman Les soleils des Indépendances sous la perspective de la substitution d'un solide par un autre, c'est-à-dire, le passage de la tradition à la modernité. Ce passage crée un conflit qui oblige les gens mettre en question le sentiment d'appartenance qui composent leur identité. Carmo conclut que le roman africain reflète un phénomène et une transculturation résultant de la rencontre de la culture occidentale avec la tradition africaine. Dans le passage de la tradition à la modernité – des chefs traditionnels à l’administration coloniale et au parti unique - l'identification avec les micro-structures sociales qui confèrent le sentiment de « nationalité » se modifie. L’individu a vécu une expérience de déplacement de son sentiment d'appartenance : avant il s’identifiait avec la structure traditionnelle, tribale, désormais il s’identifie à une « communauté artificiellement organisée » 18 . L'auteur a observé que chez le personnage Fama il n’y avait pas de transculturation, il n’y avait pas de négociation. Parce que Fama, d’abord, n'acceptait pas la réalité d'une modernité qui s'est 17 18 CARMO, 2007. p.111 CARMO, 2007. p.182 simplement superposée à la tradition, mais aussi parce qu’il n'a reçu aucun type de reconnaissance face à cette modernité. D’un autre, côté Salimata est un exemple de la négociation des cultures, même si elle encore représentait le quotidien traditionnel des femmes africaines, sa vie dans la capitala montre un changement de sa place en tant que femme. III. LA PROBLÉMATIQUE IDENTITAIRE DANS LES SOLEILS DES INDÉPENDANCES 1. Les vestiges de la tradition orale dans le roman Dans le premier chapitre de ce travail nous avons abordé la pensée africaine et l'importance de la tradition orale pour les peuples de ce continent. Nous étudierons maintenant des d'éléments présents de cette tradition dans le roman d'Ahmadou Kourouma. C’est un roman moderne, écrit aprés l’indépendance de la Côte d’Ivoire. Dans les pages initiales du livre, Kourouma fait une allusion claire et ironique à l'importance de la descendance entre des malinkés. « Fama Doumbouya, dernier et légitime descendant des princes Doumbouya do Horodougou, totem panthère » 19. Mais le paragraphe finit ainsi: « Un prince Doumbouya ! Totem penthère faisait bande avec les hyènes. Ah! Le soleils des Indépendances ! » 20 Il s’agit d’un nouveau temps, celui des « soleils des indépendances ». Le roman est ironique du début à la fin. Kourouma utilise des mots forts et quelques fois agressifs, pour montrer l’opposition entre la tradition et la nouvelle période du pays créé par Kourouma, la Côte des Èbenes – un renvoi clair à la Cote D’Ivoire. Pour les peuples africains, la religion traditionnelle était liée à tous les aspects de la vie. Leur vision de monde était basée sur la compréhension de la nature, des êtres humains, de l'univers, de la place de chacun dans le monde. Dieu ne correspondait à une image, son nom variait selon la région, c'était le créateur du monde, maitre de la vie et 19 20 KOUROUMA,1995. p.11 Idem. de la mort. Ils croyaient aussi aux esprits et aux pouvoirs magiques, aux enchantements, amulettes et talismans. 21 Dans le roman d'Ahmadou Kourouma l’importance des ancêtres transparaît de paroles de certains personnages. Comme dans l’extrait suivant : « Non et non ! Allah dans son livre interdit de pleurer les décédés. Pas de cris ! Plus de lamentations ! Lacina le cousin avait vécu et était mort en grand musulman »22 . Dans cet extrait il y a un dialogue entre ce qui vient de la tradition africaine et ce qui vient de l'islamisme. Dans paragraphe suivant : Le Coran dit qu’un décédé est un appelé par Allah, un fini ; et les coutumes malinké disent q’un chef de famille couche dans la case patriarcale. Il n’y avait ni hésitation ni palabre, la grande case patriarcale vide après le décès du cousin était là, elle avait abrité tous les grands aïeux Doumbouya, Fama devait l’ouvrir et y déballer les bagages. 23 le fait que Fama, qui serait le chef de Togobala après la mort du cousin Lacina, doive dormir dans la « case patriarcale » montre le besoin du lion entre le nouveau chef et ses ancêtres. Pour Ki-Zerbo, les ancêtres restent les agents directs et privilégiés des affaires qui se produisent sur la Terre, même longtemps après leur mort. C'est-à-dire que l'ancêtre a une influence sur la vie quotidienne, à travers les marabus qui lisent leurs volontés, qui interprètent leurs conseils, à travers les sacrifices, l'existence de l'ancêtre est donc très importante. 24 Comme on peut l’observer dans le passage suivant : Pourtant un destin dur comme fer, lourd come une montagne, se évie à coups de sacrifices, avec le concours es morts. Aïex ! grand Doumbouya ! je tuerai des sacrifices pour vous, mais tous, dans la volonté d’Allah, extirpez l’illégalité. La stérilité, tuez l’inépandance et le parti unique, les épidéies et les nuages de sauterelles ! 25 21 OPOKU, 2010. p.593 KOUROUMA, 1995. p.104 23 Ibidem, p. 105 24 KI-ZERBO, 25 KOUROUMA, 1995, p. 117 22 Le concept du double est important pour comprendre la question de l'ascendance. Pour Ki-Zerbo, c’est pendant que l’homme dort que son double sort de son corps pour parcourir le chemin fait par l'homme pendant le jour. C’est alors que se rencontrent les forces du mal et du bien. Le double est lié à la personnalité de l’individu, il doit être protégé à travers les amulettes. Pour Ki-Zerbo, l'homme et son double, doivent arriver à l’unité, atteignant ainsi un degré de sagesse et de pouvoir dont seuls les grands maîtres initiés sont capables.26 Dans le roman de Kourouma la figure du double apparaît très souvent, je choisis brefs passages pour exemplifier. Ces remarque passage renvoient l’ascendance, comme par exemple : « C’etait le sussurrement des mânes et des doubles des enterrés sortant de l’autre monde pour s’asseoir et boire les prières » 27 et : Seulement, Fama devait tuer des sacrifices aux mânes des aïeux. Les prières coraniques et même le paradis sont insuffisants pour contenir les morts malinké, surtout les restes des grands Doubouya. Leurs djas, leurs doubles sont fougueux, indomptables. Des sacrifices,beaucoup de sang ; les sacrifices sont toujours et partout bénéfiques. 28 Deux religions étrangères ont été introduites dans le continent africain pendant la période pré-coloniale : l'islamisme et le christianisme. La présence de l'Islam est évidente non seulement dans les extraits susmentionnés, mais aussi au long du roman d'Ahmadou Kourouma. L'Islam a fini par être accepté davantage. D’abord, parce que, contrairement au christianisme, l'Islam avait plusieurs points en commun avec les institutions sociales et religieuses africaines – dont la la polygamie et la vie communautaire. Devenir musulman n'exigeait donc une rupture radicale avec la tradition. De cette manière, avant l'arrivée des puissances coloniales, l'islamisme déjà était très présent dans la culture 26 KI-ZERBO, 1982. p.26 KOUROUMA, 1995. p.116 28 Ididem, p. 119 27 africaine : les cycles de fêtes traditionnelles avait été remplacé par le calendrier islamique en plusieurs parties du continent et plusieurs mots et concepts arabes avait été intégrés à cette certaines langues comme le haussa, le fula et le mandinga, tandis que les Européens croyaient que pour implanter le progrès dans le continent, il fallait transformer ou détruire complètement la culture africaine. Et, comme la culture africaine était étroitement liée à la religion, la politique coloniale européenne allait contre les principes de la religion traditionnelle - les Européens étaient contre la croyance en les esprits, les dieux, les sacrifices et la vénération des ancêtres. Les Africains ont réagi à ces attaques. Certains ont gardé leur foi et leurs rites, d’autres se sont converti au christianisme, auquel ils ont integrés leurs croyances traditionnelles. La conversion à l'Islam a été considérée aussi comme une forme de résistance au christianisme, donc devenir mulsuman était une façon d'obtenir des avantages dans le système colonial et, en même temps, de maintenir une certaine distance par rapport à la culture occidentale. 29 Mais cette acceptation n'a pas signifié l’abandon de la tradition. Selon Homi K. Bhabha (1998) l’« entre lieu» fournit un terrain propice aux stratégies de la subjectivité, qui donnent origine à de nouveaux signes d'identité. Pour lui, la tradition est une forme partielle d'identification, Il n'existe pas une « identité originale », car l’identité est toujours réinterprétée. 30 À partir des réflexions de Homi K. Bhabha, on peut dire que l’univers de Les soleils des indépendances - où les personnages lisent le Coran en même temps qu’ils offrent des sacrifices aux ancêtres et aux génies est un environnement hybride, un environnement où la construction de l’identité ne finit jamais. 29 30 OPUKU. 2010 p. BHABHA, 1998. pp.20-21 2. KOUROUMA ET LA NATION 2.1. Le concept de nation : les communautés imaginées Homi K. Bhabha dit que c’est dans les « entre lieux », que les valeurs culturelles sont négociées. Ensuite il affirme que le concept de « nation homogène » lié à la transmission immédiate des traditions historiques subit dans une de redéfinition et il renvoie au concept de communauté imaginée crée par Benedict Anderson. 31 Benedict Anderson (1991) considére la nation comment étant une « communauté politique imaginée » - en même temps limitée et souveraine. Benedict Anderson affirme que la communauté est imaginée parce que « même les membres de la plus petite nation ne connaîtront jamais, ne trouveront jamais et n’entendront jamais parler la majorité de membres de cette même de nation, mais, malgré cela chacun imagine cette communion ». 32 L'auteur utilise les mots d’Ernest Renan pour simplifier son argument. « Or l’essence d’une nation est que tous les individus aient beaucoup de choses en commun, et aussi tous aient oublié bien des choses ». 33 La communauté imaginée est limitée parce que même la plus grande des nations a des frontières. Ce concept est né après l'Illuminisme, à une époque où les nations ont été confrontées au pluralisme de religions et désiraient être libres. C’est l'État souverain qui garantit le symbole de cette liberté. Benedict Anderson indique trois éléments qui concernent les racines culturelles du nationalisme - la communauté religieuse, le royaume dynastique, et les former de perception du temps. Les communautés religieuses sont des communautés immenses, 31 Ibidem. pp.20-25 “É imaginada porque até os membros da mais pequena nação nunca conhecerão, nunca encontrarão e nunca ouvirão falar da maioria dos outros membros dessa mesma nação, mas, ainda assim, na mente de cada um existe a imagem da sua comunhão.”ANDERSON, 1991. p. 25 33 RENAN apud ANDERSON, 1991. p. 25 32 liées par d'une langue et une écriture sacrée. Ces communautés se différent des communautés imaginées, des nations modernes, par la confiance déposée dans le caractère sacré de leurs langues. Les langues sacrées et leurs systèmes culturels ont donné place aux royaumes dynastiques, où les communautés étaient organisées à partir d'un centre, la monarchie. C'était la divinité de la noblesse qui légitimait ce type d'organisation. Les États étaient définis par ces centres, et ont réussi à contrôler des populations hétérogènes pendant de longues périodes. Mais au long du XVIIème siècle, c’était le déclin des royaumes dynastiques et de la monarchie suite au déclin des communautés, des langues et des ascendances sacrées, s’est produit un changement correspond au concept de temps « vide et homogène » crée par Walter Benjamin. 34 Le temps « vide et homogène » est plein simultanéités ; c'est un temps transversal, transtemporel, qui est marqué par la prise de conscience du temps, mesuré par l'horloge, le calendrier. 2.3. La nation et les soleils Stuart Hall (2001) croit que dans le monde moderne les cultures nationales constituent les principales sources d'identité de l’individu. Les identités nationales sont formées et transformées au long du temps des représentations. Dans ce sens il affirme que la nation n'est pas seulement une entité politique, mais quelque chose qui produit du sens - « un système de représentations culturelles ». La nation est une communauté symbolique et c’est qui explique « son pouvoir de produire un sentiment d'identité et une loyauté ». 35 Selon Stuart Hall, les cultures nationales se composent de symboles et de représentations. Une culture nationale est un discours - une manière de construire des 34 35 “Uma nação é uma comunidade simbólica e é isso que explica seu poder para gerar um sentiment de identidade e lealdade”. SCHWARZ apud HALL, 2001. p. 49 significations qui influence et organise nos actions et nous conceptions de nous-mêmes. Donc, la culture nationale a une influence sur la manière dont on construit son identité. Dans le cas de Les soleils d'indépendances on peut remarquer que la culture nationale, concerne l'identification aux ethnies, au pays et au continent africain : Le négoce et la guerre, c’est avec ou sur les deux que la race malinké comme un homme entendait, marchait, voyait, respirait, les deux étaient À la fois ses deux pieds, ses deux yeux, ses oreilles et ses reins. La colonisation a banni et tué la guerre mais favorisé le négoce, les Indépendances ont cassé le négoce et la guerrene venait pas. Et l’espèce malinké, les tribus, la terre, la civilisation se meurent, percluses, sourdes et aveugles... et stériles. 36 Dans cet extrait l'auteur parle de l'importance du commerce et de la guerre pour le peuple malinké ; il parle de la survie du peuple malinké, de la culture malinké. Mais quand il accuse « les Indépendances » de la fin du commerce et de la guerre, il parle de l'extinction de la « terre » et de la « civilisation », ce qui va au-delà de l'ethnie malinké. Dans la suite du texte, Kourouma analyse la « maladie » du parti unique en tant qu’africain : Mais quand l’Afrique écouvrit d’abord le parti unique (le parti unique, le savez-vous ? ressemble à une société de sorcières, les grandes initiées dévorent les enfants des autres), puis les coopératives qui cassèrent le commerce, il y avait quatre-vingts occasions de contenter et de dédommager Fama qui voulait être secrétaire général d’une soussection du parti ou directeur d’une coopérative. 37 Kourouma parle de l'Afrique pour critiquer le parti unique. Le roman fait une allusion claire à l'avènement du parti unique dans la Côte d'Ivoire, à travers le pays fictif de la Côte des Ébènes. Mais l'auteur élargit sa critique aux pays sous la colonisation française, lesquels ont subi des luttes d'indépendances et un parti unique. À ce moment du texte, la nation figure tout le continent africain. Le narrateur identifie comme nation non seulement son propre pays, mais tous des pays qui ont passé par des processus semblables. 36 37 KOUROMA, 1995, p.23 Ibidem, p. 24 « Connaissez-vous les causes des malhers et des guerres en Afrique ? Non ! Eh bien !c’est très simple, c’est parce que les Africains ne restaient pas chez eux », expliqua Sery. Lui, il n’avait jamais quitté la Côte es Ebênes pour aller s’installer dans un autre pays et pendre le travail des originaires, alors que les autres venaient chez lui. Avec les colonisateurs français, avaient débarqué des Dahoméens et les Sénégalais qui savaient lire et écrire et étaient des citoyens français ou des catholiques, des nègres plus malins, plus cicilisés, plus travailleurs que les originaires dus pays, les membres de la tribu de Sery. « Les colonisateurs toubabs leur confièrent tous kes postes, leus attribuèrent tout l’argent, et marièrent les plus belles, s’approprièrent nos meilleures terres, habitèrent les plus hautes maisons ; ils égorgèrent nos enfants en offrande à leurs fétiches, sans que la justice française intervienne, parce qu’ils étaient les juges et les avocats. 38 Dans cet extrait, Sery, un Africain, attribue la faute du malheur en Afrique aux Africains, comme si lui-même n'en était pas un. La distinction entre « nous et les autres» est claire. Le personnage Sery désigne des Dahoméens et les Sénégalais comme les autres, les voleurs leurs meilleurs emplois, leurs meilleures terres, leurs filles les plus belles. C'est curieux que la nation pour les Dahoméens est liée au royaume de Daomé localisé au Benin, et non à un pays : l'identité nationale va au-delà du pays où quelqu’un est né. L’IDENTITÉ 3. 3.1. Le concept d'identité Selon Stuart Hall les anciennes identités - qui étaient stables - donnent place à de nouvelles identités – des identités fragmentées, ou déplacées. Pour Stuart Hall c’est le changement structurel des sociétés du XXe siècle qui modifie les identités. Ces changements fragmentent les paysages culturels de la classe, le type, la sexualité, l'ethnie, la race et nationalité que dans le passé ont fournie de solides localisations comment des inividus sociales. Ce mouvement appelé quelques fois « dislocation, ou décentration du sujet », crée une « crise d'identité ». 39 38 39 Ibidem, p. 86 HALL, 2001. pp. 7-9 Stuart Hall analyse l'identité à partir de trois notions de sujet : le sujet de l'Illuminisme, le sujet sociologique et le sujet postmoderne. Le sujet de l’Illuminisme était vu comme un sujet centré, unifié, doté de capacités de raison, de conscience et d’action, dont le centre était tourné vers un noyau intérieur, qui émergeait pour la première fois lors de naissance et se développait tout au long de la vie. C'est-à-dire que le sujet serait toujours le même pendant toute sa vie. L’identité était centrée sur individu. Le sujet sociologique, plus complexe, est apparu dans le monde moderne. Il se constituait dans la relation avec d’autres personnes. C'est-à-dire, l'identité était formée dans l'«interaction » entre le « je » et la société, et la culture. Hall soutient que l’individu fragmenté ; composé non d’une seule identité, mais de plusieurs. Et c'est dans ce processus qui apparaît le sujet postmoderne. Le sujet postmoderne n'a pas une identité fixe, essentielle ou permanente. Mais des identités différentes à des moments différents. Et ces identités ne sont pas unifiées dans un « je » central et cohérent. Stuart Hall affirme que « l'identité complètement unifiée, complète, et cohérent c'est une fantaisie » .40 Les « entre lieux » cités par Homi K. Bhabha sont une réalité postmoderne, surtout après les diasporas, et sont des lieux propices à la construction du sujet postmoderne de Stuart Hall. Amin Maalouf dans Les Identités Meurtrières présente un beau scénario de ce «entre lieu » et de son identité hybride. Une identité qui n'est pas ni une chose ni autre. Depuis que j’ai quitté le Liban en 1976 pour m’instaler en France, que de fois m’a-t-on demandé, avec les meilleurs intentions du monde, si je me sentais « plutôt français » ou « plutôt libanais». Je réponds invariablement : « L’un et l’autre ! » Non par quelque souci d’équilibre ou d’équité, mais parce qu’en répondant différemment, je mentirais. [...] C’est que je suis ainsi à la lisière de deux pays, de deux 40 « A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia ». Ibidem, p.13 ou trois langues, de plusieurs traditions culturelles. C’est précisément cela qui définit mon identité. 41 Dans le cas d’Ahmadou Kourouma, ainsi que dans celui de Maalouf, leur identité esr française et africaine. Ils ont vécu entre les deux cultures, ils ont deux langues différentes comment langue maternelle. C'est-à-dire, Les soleils des Indépendances est inséré dans un contexte d’« entre lieu », a été écrit par un « sujet postmoderne » que donne voix à autres « sujets postmodernes ». 3.2. Fama Fama, le personnage principal du roman c'est une figure contradictoire, à l instar du sujet postmoderne de Hall. Fama passe tout le roman partagé entre ses obligations traditionnelles de prince Doumbouya, et les « bâtardises » apportées par les « soleils des indépendances ». Fama représente la figure du prince décadent : « C’étaient les immenses déchéance et honte, aussi grosse que la vieille panthère surprise disputant des charognes aux hyènes, que de connaître Fama courir ainsi pour des funérailles. 42 Fama perd sa place comme prince Doumbouya, et quitte Togobala pour vivre à la capitale ; de certaine manière il s'éloigne de la tradition et est humiliée par la mendicité. Mais on peut dans la trajectoire du personnage un désir ardent pour le retour de cette tradition. Fama se souvient de son enfance heureuse à Togobala. Oh! Horoudougou ! tu manquais à cette ville et tout ce qui avait permis à Fama de vivre une enfance heureuse de prince manquait aussi (le soleil, l’honneur et l’or), quand au lever les esclaves palfreniers présentaient le cheval rétif pour la cavalcade matinale, quand la pérennité et la puissance des Doumbouya, et qu’après, les marabus récitaient et enseignaient le Coran, la pitié et l’aumône. Qui pouvait s’aviser alors d’apprendre à curir de sacrifice en sacrifice pour mendier ? 43 41 MAALOUF, 1998. p.07 KOUROUMA, 1995. p.12 43 Ibidem, p.21 42 Avant « les soleils de l'indépendance » étaient les marabus qui enseignaient et récitaient le Coran, c’est une tradition reformulée, une tradition réinterprétée. Quelle est la tradition qui est en décadence ? Je considère les traces de la permanence de la culture traditionnelle africaine dans le roman de Kourouma comme de la résistance, comment un dialogue et une reformulation de la culture. Comme l’affirme Hall les identités sont en crise, il n'existe pas une culture « traditionnelle » originale et fixe, les sociétés modernes sont des sociétés en constant changement. Fama est le sujet postmoderne de Stuart Hall ; il est contradictoire. C'est le sujet qui combat le colonialisme, mais quand il voit son pays gouverné par le parti unique, il a des remords. Parce que les « soleils des indépendances » lui ont apporté de plus préjudices : Et des remords ! Fama bouillait e remords pour avoir tant combattu et détesté les Français un peu comme petite herbe qui a grogné parce que le fromager absorbait tout le soleil ; le fromager abattu, elle a reçu tot son soleil mais aussi le grand vent qui l’a cassée. [...] Mais alors, q’apportèrent les Indépandances à Fama Rien que la carte d’identité nationale et celle du parti unique. Elles sont les morceaux du pauvre dans le partage et ont la sécheresse et la dureté de la chair du taureau. Il peut tirer dessus avec les canines d’un molosse affamé, rien à en tirer, rien à sucer, c’est du nerf, ça ne mâche pas. 44 Fama n'a pas une identité fixe, il n'est pas colonialiste, ni anticolonialiste, c’est un prince Doumbouya, mais un prince qui ne gouverne pas, tourmentée par un mariage stérile, qui renonce à ses obligations à Togobala pour retourner à la capital et se mariée de nouveau, il devient prisionnier politique, est libéré et empêché de rependre sa vie car il n’a pas de « pièce d'identité ». 44 Ibidem, pp. 22-25 3.3. Salimata Les femmes ont, en général, une grande importance dans le roman de Kourouma. Virginie Affoué Kouassi décrit Salimata de la suivante manière : Salimata est la victime désignée d’une tradition décadente dont les rites de passage se transforment em symboles mortifères. Elle échappe de justesse à la mort sur le champ d’excision et y laisse sa fécondité. Violée la même nuit par le féticheur Tiécoura, elle se retrouve, en dépit de son traumatisme, liée par des mariages qui lui imposent encore de subir des traitements humiliants et dégradants : tentative de viol, séquestration, menaces de mort… 45 Je me propose d’analyser ce personnage à partir des concepts évoqués au début de ce chapitre. Salimata est, surtout, un exemple de résistance de la tradition que Kouassi consideré « décadente ». Salimata est tourmentée par l'impossibilité d’avoir un enfant, et pour y arriver, elles fait tous les types de sorcelleries et les sacrifices indiqués par le marabu Abdoula : Avec fièvre elle dáballait grigri, canaris, gourdes, feilles, ingurgitait des décoctions sûrement amères puisque le visage se hérissait de grimaces repoussantes, brûlait des feuilles, la case s’enfumait d’odeurs dégoûtantes (...), les fumées montaient dans le pagne et pénétraient évidemment jusqy’à àl’innommable dans une msquée (...). Toujours fiévreusement, Salimata plongeait deux doits dans une gourde, enduisait seins, genoux et dessous de pagne, recherchait et attrapait quatre gris-gris, les accrochait aux quatre pieux du lit, et la danse partait... D’abord elle rythmait, battait, damait ; le sol s’ébranlait, elle sautillait, se égageait, battait des mains et chantait des versets mimalinké, mi-arabe... 46 Pour Salimata aucun sacrifice n’est impossible pour éliminer la malédiction de la stérilité. Sur l’importance de la maternité le narrateur affirme : Ce qui sied le plus à un ménage, le plus à une femme : l’enfant, la maternité qui sont plus que les plus riches parures, plus que la plus éclatante beauté ! A la femme sans maternité manque plus que la moitié de la féminité. 47 Claude Meillassoux (1995) étudie les sociétés domestiques, où l'organisation sociale se donnait à travers l'exécution des tâches agricoles. Les plus jeuneus devaient 45 KOUASSI, 2004. p.50 KOUROUMA, 1995. pp.29-30 47 Ibidem, p. 52 46 travailler pour le plus vieux. Meillassoux cite un proverbe mossi qui dit : « Quelqu'un a traité de toi jusqu'à tes dents né, traite de lui jusqu'à ce que leurs dents tombent » 48. On utilise les textes de Meillassoux pour étudier les sociétés africaines avant la colonisation européenne. On reconnaît dans les écrits de Kourouma ces traditions des sociétés domestiques, et l'importance des esfants pour la survie et la continuité de la famille : « Et la maternité est une grande chose, une chose ifficile, pour risquer de récolter quelque chose de désobéissant qui au lieu de soutenir les vieillesses de la mère et du père apporte des socis » 49 Salimata fait tous ces types de prières, de danses et de sorcelleries pour atteindre son objectif. Et elle devient un exemple de l'échange entre les cultures, du « entre lieu » ; Salimata n'est ni mulsumanne, ni une adepte exclusif des rites des religions traditionnelles. Elle mélange des versets du Coran à des infusions de toute espèce, à des chants démoniaques : L’intérieur de Fama battait trouble. Qui pouvait le rassurer sur la pureté musulmane des gestes de Salimata ? Trépidations et convulsions, fumées et gris-gris, toutes ces pratiques exécutées chaque soir afin que le ventre fécondât! 50 Un autre sujet important à propos les femmes présent dans le texte de Kourouma c’est l’excision. En l'Afrique, les rites d'initiation comprenaient la circoncision des garçons et l'excision des fille,51 qu’ont été la source des plus graves controverses. Les missionnaires européens considéraient ces rites inadmissibles, tant du point de vue des habitudes que de celui de la théologie. Mais il faut regarder les rites africains par les yeux des Africains. Ces cérémonies d'initiation étaient une partie fondamentale de la vie d'un Africain et considérée comme une bénédiction : 48 “Alguém tratou de ti até os teus dentes nascessem, trata dele até que os seus dentes caiam.” Proverbe mossi. MEILLASSOUX, 1995.p. 40 49 Ibidem, p. 50 50 Ibidem, p. 29 51 OPUKU. 2010 p. « T verras ma fille : pendant un mois tu vivras en recluse avec d’autres excisées et, au milieu des chants, on vous enseignera tous les tabous de la t ribu. L’excision est la rupture, elle démarque, elle met fin aux années d’équivoque, d’ipureté de jeune fille, et après elle vient la vie de femme. » [...] « Ma fille, soit courageuse ! Le courage dans le champ d’excision sera la fierté de la maman et de la tribu. » 52 Avec le temps les Européens ont fini par changer la vision africaine : Quand Salimata se revela, dans le champ de l’excision, le soleil était arrivé au-dessus des têtes, deux atrones l’assistaient. Le cortège était pati ! bien parti. C’est-à-dire que le retour des excisées avait été fêté , dansé, chané, sans Salimata. Ah ! le retour, mais il faut le savoir, c’était la plus belle phase de l’excisiont. Les tam-tams, les chants, les joies et tout le village se ruant à la rencontre des filles excisées juant les rondelles de calebasses. Salimata n’a pas vécu le retour triomphal au village dont elle avait rêvpe. C’est à califourchon au dos d’une matriône par une piste abandonnée, une entrée cachée, qu’elle fut introduite dans le village et portée dans la case du fétiche de Tiécoura. Et tout le restant du jour, aux pièds de la patiente, fumèrent les sacrifices, roulèrent les colas blancs et rouges pendant que sa maman pleurait. Salimata y passa la nuit, une nuit qu’elle n’oubliera jamais. 53 Pour Salimata le cérémonial n'est pas réussi, mais il laisse seulement le souvenir traumatique de la souffrance. Selon Carmo l'excision de Salimata ne symbolise pas le passage entre la vie de fille jeune et la vie de femme, mais la seulement violence et la douleur. Salimata est, donc, un symbole du choc entre la tradition et la modernité. 52 53 KOUROUMA, 1995. pp. 34-35 Ibidem, pp. 37-38 IV. CONSIDÉRATIONS FINALES Les soleils des indépendances est un exemple de la transculturation. La transculturation n’est pas seulement « acquérir une culture différente, mais elle signifie aussi une perte, le déracinement d'une culture précédente, ce que on pourrait appeler d'une déculturation partielle » 54 Les identités culturelles présentées par Kourouma sont fruit du dialogue des cultures africaine, arabe, et européenne, le fruit de la transcultution. Malgré des influences, la Côte d'Ivoire et l'Afrique ont une culture propre et est clair la nécessité de de regarder l'Afrique avec les yeux d'Afrique. Les soleils des indépendances est un roman qui s’inscrit dans cette perspective. Kourouma a été un des premiers à donner de la visibilité à Afrique, à partir de la langue et de la pensée africaines : Le romancier négro-africain est à la recherche – surtout depuis les « soleils des Indépendances » - des modes d’expression pouvant lui permettre de se distinguer du romancier occidental, des moyens de communication susceptibles d’imprimer à son oeuvre un cachet authentiquement négro-africain. Du reste il est à reconnaître que ce n’est pas par le choix des thèmes qu’un romancier nègre pavient à se distinguer de son homologue occidental, surtout du romancier colonial ; son originalité, à notre avis, ne peut résider que dans la manière d’appréhender les thèmes relatifs à la civilisation négro-africaine et dans le choix des modes d’expression qui ne divorcent pas d’avec les 55 valeurs des milieux qu’il dépeint. Les soleils des indépendances comment on a vu dans le chapitre Les Soleils Des Indépendances – Un Roman Critique, le roman a été initialement refusé pour garder des marques de la langue malinké ce qui a été considéré une violation des normes de la langue française. Kourouma part de la conscience dont la langue de l'autre ne suffisait pas pour exprimer la complexité des groupes sociaux et des personnages de cultures 54 Notion élaboré pour Fernando Ortiz sur l’essai Do fenômeno social da “transculturação” e de sua importância em Cuba. Traduction: Lívia Reis. In: Contrapunteo cubano del tabaco y del azúcar.. La Habana: Editorial de Ciencias Sociales, 1983. ORTIZ apud CARMO, 2007. p. 37 55 GASSAMA apud CARMO, 2007. p. 120 hybrides. Pour cela, on peut considérer la langue utilisée par Kourouma dans Les soleils des indépendances un élément de résistance, comme l'auteur lui-même le dit. « Je n’avais pas le respect du français qu’ont ceux qui ont une formation classique. […] Ce qui m’a conduit à rechercher la structure du langage malinké, à reproduire sa dimension orale, à tenter d’épouser la démarche de la pensée malinké dans sa manière d’appréhender le vécu. » 56 Kourouma crée une langue propre, à partir de la langue du colonisateur. Les soleils des indépendances est un exemple de cet « entre lieu » et ses personnages on les contradictions typiques du sujet postmoderne. 56 KOUROUMA apud BORGOMANO, 2004. p.07 V. RÉFÉRENCES BIBLIOGRAPHIQUES AFRICAIN SUCCESS. Biographie d’Ahmadou Kourouma. Disponible sur: <http://www.africansuccess.org/visuFiche.php?id=233&lang=fr> consulté le 21/08/2011 AMBASSADE DE CÔTE D’IVORE. Côte D’Ivoire. Disponible sur: <http://www.cotedivoire.org.br/todos/costadomarfim/costa_index.htm> consulté le 20/08/2011 BHABHA, HOMI K. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Ed. da UFMG 1998. 395 p. BORGOMANO, Madeleine. Écrire, c’est répondre à un défi In : In: Revue des littératures du Sud. N° 155 - 156. 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