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BRIAN MAY
GENESIS
TOTO
FEAR FACTORY
KORN
STEVE HACKETT
EUROCKÉENNES
MADONNA
i i f *
Louise contre-attaque !
N°25 - Juillet-Août 98 - France : 27 FF - Belgique : 200 FB - Suisse 9 FS
&DAY
IMUSEAI
Vente par correspondance et
:
68 La Tinchotte 57645 Retonfey France Fax: 03 87 36 6 4 73, Internet
RJEL
M
Concept sur un thème de Science-Fiction
M
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S C A F E Ï xS .
Shirley M a n so n (G arbage)
ÉDiro
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Voix
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THE CHAmiUONS
iii C/A/
fAY FRIENB !
0 , 0 0
/A/Rf-
tfâoiJP
\
Nifàte
V
GO
t e s t e
•I#
Avoir dans le même numéro de Rockstyle une interview de Brian May et
fêter la victoire historique de l’équipe
O
o
de France en vinale de la Coupe du
Monde de Football, que demander de
mieux ? C ’est d’autant plus réjouis­
(V
Le CD de Louise Attaque est à 50 francs
pAiJS 6MoiS A 4-ooooo
•••Ou
ou
S*?
V o & n ÿ o n
sant que personne n’ignore que “We
are
thc
champions” ,
l’hymne
des
stades de foot, est une chanson de
Queen.
La coïncidence
ne pouvait
pas mieux tomber, car à l’instar de la
majeure partie de notre rédaction, les
fans de rock sont très souvent des
amateurs
éclairés
de
ballon
rond.
C ’est d ’ailleurs étonnant de constater
à quel point ce Mondial aura été bai­
Fam ille de...
Qum oii^TçfinUSeViTûü'ii , V'AutfiiT f/Uti/AuSSi' \
Aul?Ai7 ffilûllüiCou?£f?lfSCouiltfs> ( Qo'îL S o i f
A 30fM, lem oN ...
y
gné de musique : beaucoup de reg­
gae avec les Jamaïcains, de la samba
avec les Brésiliens, un “ I will survive”
de Gloria Gaynor comme chanson de
ralliement du Onze tricolore ou un
“ Deutschland Uber Ailes” allemand
qui ne fit pas vraiment un tube cette
année. Eh oui, pour une fois, on n’a
pas rencontré Matthàus et ses col­
lègues en demi-finale...
M o n d ia l de l'in tellig en ce
V T u MÎT/W£aJ£S VoiR.
\ 3o«M/oy A u s a o r t r
Que la France continue à fêter cette
superbe victoire tout l’été... en écou­
tant beaucoup de musique.
o
u
0 -’ 1
< M v eà Q u ;Ÿ c? )
Été 98 Q
S
îD
Rockstyle n°25
A
L 1A F F I C H E
...Type 0
juin
pour
Negative devrait
r e n t r e r en s t u d i o en
enregistrer
le s u c c e s s e u r d'
"October
Rust"...
Blue Oÿster Cuit
...Le c é l è b r e fe stival
pas lie u c e t t e an née ,
• D y o n iso s.................. 10
E le n d ............. ..........12
Korn
14
Nine
Inch
Nails,
Garbage,
et
les
Foo
Fighters
ayant
décliné
l'offre.
Le s u c c è s
du O z z f e s t
ne
s e m b l e p as ê t r e é t r a n g e r à c e t t e d é c o n f i t u r e . . .
... F i o n a A p p l e a a n n u l é la f i n d e sa t o u r n é e a m é ­
r i c a i n e p ou r c a u s e de p r o b l è m e s f a m i l i a u x .
Cette
t o u r n é e , la c h a n t e u s e l ' a v a i t e n t a m m é e il y a p r è s
d e d e u x a n s , j u s t e a p r è s la s o r t i e de s o n a l b u m
" T i d a l " . ..
...Jésus and Mary
■. i , a m b a s s a d e u r M y t h i q u e de
la N o i s y , se r e f o r m e p l u s d e d i x a n s a p r è s sa s é p a ­
r a t i o n . L e s f r è r e R e i d v i e n n e n t d e r e s i g n e r s u r le
label
• Asian Dub Foundation . . 16
"Création",
...Les
teutons
à
plus
...Izzy
Guns
•Brian May
.................22
de
40
50
• Toto........................
54
• Eurockéennes............. 58
............. 62
...
ID
• News 4/5 • Abonnement 21* Le Cahier CD 31 •
• Flashback 41 • Pages CD Métal 42 • Shopping 3 • Backstage 66
Rockstyle n° 25
cartonnent
McKagan,
N'
McKagan,
répéter
et
ce
sans
Roses...
tous
ensemble
Axl
"White
ex-
dans
Rose
Trash
le
évi­
Wins
c r u e l 1 e m e n t ...
pour
N' R o s e ( b i s ) . . . M a t t S o r u m s e r a i t
b a t t e r i e par John Freese.
Reste à
jouer
quoi
changement
sein
de
P earl
J a m . ..
"For
The
Masses"
...
d'un
album
hommage
à
!...
derrière
ex-Soundgarden
qui
est
les
fûts,
remplace
le
titre
Depeche
Mode,
c'est
Jack
Matt
Irons
au
brocante
du
sur lequel
on r e t r o u v e d e s t i t r e s
du g r o u p e
joués
par
les
Smashing
Pumpinks, M o n s t e r Magnet, God Lives
Underwater
Deftones
et
tenez-vous
bien,
l es
!...
pop
anglaise
organise
sa
grande
p r i n t e m p s . En e f f e t C h r i s t i e ' s a m i s en v e n t e u n e
c a s s e t t e d e 8 t i t r e s e n r e g i s t r é s p a r N oël G a l l a ou
...
en
le
1988 et des
groupe
Jimmy
bandes
s'appelait
Page
lives
encore
accompagné
de
de
Blur
à l'époque
Seymour...
Tom
Morello
de
Rage
A g a i n s t T h e M a c h i n e et d e P u f f D a d d y v i e n t d ' e n ­
r e g i s t r e r u n e n o u v e l l e v e r s i o n du " K a s h m i r " d e L ed
Zeppelin
Q
de
Guns
Autre
gher
RUSRIQUES
Rammstein
Duff
de
Cameron
...La
Fear Factory
Slash,
viennent
...Always Guns
r e m p l a c é à la
savoir
Genesis,
de
L o t t o " e s t le n o m d ' u n e c o m e d i e m u s i c a l e m o n t é e
par d'An d y
Prieboy
(e x - W a l l
Of Voodoo)
dont
la
source
principale
d'inspiration
serait
la
vie
d ' A x l R o s e . Un c o m b l e p o u r q u e l q u ' u n qui s e m b l e en
manquer
• Steve H acke tt........... 46
d'origine...
exemplaires...
Stradlin,
home-studio
demment .. .
label
en E u r o p e , m a i s a u s s i o u t r e - a t l a n albu m "Sehns u ch t " s'est déjà vendu
000
N'Roses
...Always
• M adonna.................. 26
leur
déjentés
non s e u l em e n t
t i q u e où l e u r
• Faubourg de Boignard . . 18
a m é r i c a i n L o l l a p o z a n ’a u r a
M a r i l y n M a n s o n , G r e e n Day,
pour
la
B0
de
" G o d z i 11 a ". . .
...Jon
Lord,
un a l b u m
tembre .
le
solo
clavériste
intitulé
de
Deep
"Pictured
Purple
sortira
Within"
en
sep­
... S k i d R o w e t s o n n o u v e a u c h a n t e u r , S e a n M c C a be,
doit
prochainement
rentrer
en
studio
pour
1 1e n r e g i s t r e m e n t d u s u c c e s s e u r d e " S u b h u m a n R a c e " .
Une
compilation
devrait
..."P r e d a t o r " , c'est
le
nouveau
chanteur
groupe
vient
sortir
entre
temps...
le s u r n o m d e D e r r i c k
de
Sepultura,
avec
d'enregistrer
quelques
Greene,
qui
le
démos
à
UN PIED DANS LA
MARGE
ANGE
DECAMPS & FILS
Sao
Paulo ...
...Ca
mais
couvait
chose
depuis
faite
un
petit
: Faith
No
moment,
More
a
c'est
désor­
splité...
i
. . . A l o r s q u e le g r o u p e v i e n t d e s o r t i r " U n d e r t h e
Covers",
une c o m p i l a t i o n des reprises e f f ec t u é e s
p a r le c o m b o , D a v e N a v a r o a d é c i d é d e q u i t t e r l e s
R e d H o t C h i l i P e p p e r s . ..
...
"Dead
air
for
Radios"
est
le
titre
du
Kevin
On
y
r e t r o uv e deux me m b r es de Fates Warning, Joey
à la b a s s e e t M a r k Z o n d e r à la b a t t e r i e . . .
...Salman
Rust Ji
a
pris
comme
source
"The
dans
>5 d e \à n o i s e r a i e
premier
a l b u m d e C h r o m a K e y , le n o u v e a u g r o u p e d e
Moore,
1 'e x - c l a v é r i s t e
de
Dream
Theater.
t i o n U2 p o u r s o n n o u v e a u r o m a n
th H e r F e e t " ,
qui
se d é r o u l e
: M e
Ver a
FÆ bÆ aæ e
d ’i n s p i r a ­
Ground Beneale m i l i e u du
rock . . . :
... R o z z W i l l i a m s , le c h a n t e u r
groupe
mythique
de
gothique
s'est
suicidé
ment . ..
...Cozy
en
Powell,
se
q ui
de
de
pendant
fut
Christian
la
côte
dans
entre
autre
son
le
Rainbow,
Brian
May,
Black
Sabbath,
G r o u p et d e W h i t e s n a k e , s ' e s t t u é d a n s
d e v o i t u r e e n t r e L o n d r e s et B r i s t o l ,
Death,
ouest,
apparte­
batteur
de
Jeff
Beck
un a c c i d e n t
le 5 a v r i l
dernier....
. . . B r u c e S p r i n g s t e e n s o r t i r a en
un c o f f r e t d e s i x C D c o n t e n a n t
versions
de
et
une
anthologie
de
ses
textes
chansons...
...Alors
sortie
des
inédites,
novembre prochain
des d é m o s et des
du
que
CD
le
groupe
"Bay
enregistrements
est
Area
du
en
procès
Thrashers",
groupe
datant
suite
qui
de
à
la
comporte
82,
époque
où
Dave
Mustaine
sévissait
encore
au
sein
du
c o m b o , M e t a l l i c a a d é c i d é de r é é d i t e r s on a l b u m de
c o v e r , " G a r a g e D a y s R e v i s i t e d " , qui p o u r r a i t ê t r e
étoffé
...
de
Enfin
quelques
reprises
disponible,
l i v r e « Y e s in t h e i r o w n
les
fans
du g r o u p e de
livre
en
français
sur
la
En exclusivité,
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nouveau CD Collector
hors-commerce de
Christian Décamps et Fils
" Poèmes de la Noiseraie"
100 F (port compris)
supplémentaires...
traduction
du
célèbre
BULLETIN D'ADHESION
w o r d s » , la b i b l e p o u r t o u s
Jon A n derson.
Ce p r e m i e r
Yes
est
la
référence
abso­
l ue
pour
tous
les
fans.
Tous
les
musiciens
du
g r o u p e , d e s a n n é e s 6 0 à a u j o u r d ’h u i , v o u s c o n t e n t
l ’h i s t o i r e d e ce c o m b o l é g e n d a i r e . V o u s p o u v e z
commander
dès
a u j o u r d ’hui
contre
un
chèque
159 F (po rt c o m p r i s ) à : A s s o c i a t i o n Up to You,
rue du Lycée, 2 5 0 0 0 B e s a n ç o n .
le
de
7,
A découper, photocopier ou recopier et à envoyer
à l'adresse suivante, accom pagné d ’ un chèque ou m a ndat-lettre
de 1 0 0 FF à l’ordre de : “ Un Pied dans la M arge”
Maison des Associations
16, rue du 8 Mai 1 9 4 5 - 5 9 4 0 0 Cam brai - France
. . . A p r è s les s o m p t u e u s e s r é é d i t i o n s d e " S c r i p t f o r
a Jester
Tear",
"Fugazi",
"Seasons
End",
et de
Nom & Prénom
" H o l i d a y s in E d e n " d e M a r i l l i o n , c ' e s t au t o u r d e s
f a n s d e F is h de se r é j o u i r
puisque
son pr e m ie r
Adresse :
album,
d'être
"Vigil
In A W i l d e r n e s s O f M i r r o r s " ,
r éédité avec p l u s i e u r s inédits.
vient
Été 98 g
à Besançon [Palais des Sports]
1ères parties : HELLOWEEIXI
DIRTY DEEDS
Locations : FNAC, France Billet (Carrefour - Nugget's) et points habituels
Renseignements : 03 81 81 00 21
Et également :
3 Octobre : Mulhouse IGuest : Dirty Deeds)
B Octobre : Lyon [Guests : Dirty Deeds +Helloween)
13 Octobre : IMice (Guests : Dirty Deeds +Helloween]
14 Octobre : Pau IGuest : Helloween)
15 Octobre: Clermont (Guest : Helloween)
Rockstyle n° 25
BLVE
Les perles de l'huître
Avec son nouvel album “Heaven Forbid” ,
Blue Oÿster Cuit (prononcer BÔC) met
fin à un silence discographique de dix
ans. Du premier album à “ Imaginos” ,
retour sur un parcours étonnant...
par Thierry Busson
Été 98 Q
C 'est au to u t d é b u t des années 7 0 , à New
York, que Eric B loom (ch ant, g u ita re), Allen
Lanier (claviers, gu ita re), A lb e rt B ouchard
(b a tte rie ), Joe Bouchard (basse) et D onald
"B u c k D harm a” Roeser (guitare c h a n t) se
re ncontrent et m o nten t Blue O ÿster Cuit.
C ependant l’ histoire du groupe serait fa u s ­
sée si l’on o u b lia it Sandy Pearlm an, m entor
du com bo, parolier, pro d u cte u r et manager,
q u elque p a rt le sixièm e m em bre de BOC.
C 'est lui qui fit signer le groupe chez CBS
en 1 9 7 2 et qui assurera la productio n de la
p lu p a rt des albu m s dans les années qui
suivire n t.
I3LUK ( T e s t e r c u l t
s i ’c i i i r r ï h k à ï ï i ’ s
aux m usiciens de laisser échapper tou te
leur énergie. Et d ’énergie, ce live n'en
m anque pas. A l'im a ge de la reprise m o ns­
trueuse de “ Born to be w ild ” qui c lô t cette
oeuvre orgiaque. Un grand live dans l'h is ­
toire de la m usique rock to u t sim p le m e n t.
L’année suivante, Blue Oÿster C uit surprend
son p u b lic po ur la prem ière fois. L'album
“ A gen ts O f F o rtu n e ” (1 9 7 6 ) est accu eilli
assez fro id em e nt. La raison ? Après qu atre
alb u m s dé bord ant d 'é le c tric ité , le groupe
d ’ Eric B loom a décidé de m e ttre un peu
d ’eau dans son vin. Les chansons de
"Agents Of Fortune", à une ou deux excepHUE OŸSTER DOIT
AGENTS Of fORTUNE
Eric B loom et D onald Roeser se c o m p lè te n t
à m e rveille, se partag ean t le c h a n t suivan t
les m élodies et dé cochan t des parties de
g u ita re
s o m p tu e u s e s . D o n a ld
Roeser
d 'a ille u rs peut être considéré com m e un
vrai "g u ita r hero” , son jeu a llia n t ra pidité,
flu id ité et finesse.
Ne se reposant pas sur ses lauriers, Blue
Oÿster C uit se perm et d ’ajou ter un nouveau
chef d ’oeuvre à sa p o u rta n t jeune carrière.
Cette fo is-ci, il est enregistré en p u b lic. ‘On
Your Feet Or On Your K nees” p a ra it donc
en 1 9 7 5 et s'avère im pressio nna nt. Les
versions live de la p lu p a rt des grands m o r­
ceaux de BÔC se voien t étirées, pe rm e tta n t
Avec la trilo g ie p a rfa ite que fo rm e n t “ B lue
O ÿster C u it” (1 9 7 2 ) , “ Tyranny & M u ta ­
tio n ” (1 9 7 3 ) et “ S ecret T re a tie s" (1 9 7 4 ),
le p u b lic découvre un groupe novateur,
in te llig e n t fin et racé, qui dé friche de n o u ­
velles terres dans le m ilie u d ’ un hard rock
fin a le m e n t encore naissant. B lue Oÿster
C u it p ra tiq u e un heavy m é tal un iq u e ,
m élange de gu itares puissantes, de m é lo ­
dies hyper tra vaillée s, de textes ésotériques
et d ’ une p roductio n qui fa it re ssortir toutes
les finesses des com p o sitio n s. Des titre s
tels que "(T hen cam e) the last days of
m a y” , “ Career of e v il” , "S u b h u m a n ” , "The
red & th e b la c k ” ou “A s tro n o m y ” alternen t
avec m aestria envolées plus ou m oins
lyriques et puissance ty p iq u e du m étal.
3 Rockstyle n° 25
tio n s près, sont ainsi m oins directes que
sur les précédentes galettes du groupe
ne w -yorkais. P ourtant, cet albu m est dans
l'ensem ble très bon et perm et au groupe de
dé croche r son plus gros hit, "(D o n 't fear)
the re a p e r” , é crit par D onald Roeser, qui
signe d ’aille urs un solo extraordinaire sur
“ SinfuI love” . M êm e Patti S m ith pa rticip e à
l'é c ritu re de deux titre s et cha nte sur l'e x­
c e lle n t "T he revenge of Vera G e m in i". C'est
vrai qu 'o n pense de tem ps à autre à du
Eagles boosté, ce qui est fin a le m e n t un
co m p lim e n t.
Les choses se gâ tent en revanche avec la
sortie de ‘S pectres” (1 9 7 7 ). Blue Oÿster
C uit m arque le pas et m êm e si quelques
gu itares fu se n t ici et là, l’ in sp ira tio n n ’est
Il faudra attendre “ C ultosa urus E re ctu s"
(1 9 8 0 ) pour que Blue Oÿster C uit retrouve
to u te sa verve m usicale. Dès le prem ier
m orceau, le fa n ta stiq u e "B la ck blade" (coé crit avec l’écrivain d 'h é ro ïc-fa n ta sy anglais
M ichael M oorcock, com m e pour “ The great
sun je s te r" sur “ M irro rs” ), Eric B loom et
ses c o -équipiers fo n t à nouveau preuve
d 'u n e énergie dé bord ante et d'un e c ré a tiv i­
té hors norm e. Des titre s com m e "M o nsters” , le pa rodiqu e "T he M arshall pla n ” ,
“ Lips in the h ill" ou "H u n g ry boys” nous
ra ppellent les grandes heures passées. On
notera enfin que, pour la prem ière fois, la
productio n n'est pas confiée à Sandy Pearl­
man m ais à M a rtin B irch, qui v e n a it juste
pas vra im e n t au rendez-vous. Seuls deux
titre s sont vra im e n t passionnants : l’énor­
m e "G o d zilla ", qui deviendra un passage
ob ligé sur scène et “ R.U. 2 rock” qui au rait
pu sans honte fig u re r sur un des prem iers
alb u m s du groupe. D om m age que le reste
ne soit pas de cette q u a lité ...
B lue Oÿster C uit, qui entre deux en registre­
m ents stu d io ne cesse de tourner, pu blie
son deuxièm e album live, “ Some E nchanted E ve n in g " en 1 9 7 8 . Ce disque est un
peu le c o m p lé m e n t du célèbre "On Your
Feet Or On Your Knees” , m êm e s'il n’en
a tte in t ja m a is l’ inten sité . A noter q u ’une
fois de plus Blue Oÿster C uit n’ hésite pas à
place r une ou deux reprises dans son show.
de “ Vétéran of the psychic w ars" où D onald
Roeser pète les plom bs et délivre un solo...
extra-terrestre I M êm e R obbie Krieger (g u i­
ta ris te des D oors) est venu d é co ch e r
quelques riffs sur une version époustoufla n te de “ Roadhouse blues". Un albu m
plus q u ’ indispensable.
On passera en revanche assez ra pidem e nt
sur “ The R é volution By N ig h t" ( 1 9 8 4 ) et
"C lu b N in ja ” ( 1 9 8 6 ) , deux albu m s plus
que m oyens. Le C uit y retom be dans ses
travers FM et cette fois-ci encore, il n’y a
pas grand chose à sauver. Juste q u ’ une p o i­
gnée de m élodies bien ficelées, (trop ?)
propres, telles que "Take me a w ay" et
"S hoo ting sha rk" sur le prem ier et "W h ite
flags" ou “ Perfect w a te r" sur le second.
de signer le son d'un albu m qui m a rq u a it
égalem ent le grand re tour d 'u n groupe
légendaire : "H eaven & H e ll” de B lack Sabbath I D’aille urs, Sandy Pearlm an, pas ra n­
cunier, réussit à m o n te r une tournée avec
les deux groupes, le "B la ck & B lue Tour".
Le dixièm e alb u m de Blue O ÿster Cuit,
“ Fire Of U n k n o w n O rig in ” (1 9 8 1 ) m arque
la deuxièm e et dernière colla b o ra tio n avec
M a rtin B irc h . C 'e s t é g a le m e n t su r ce t
albu m m a g n ifiq u e que prend fin la cosignature d 'u n titre avec M ichael M o o r­
cock. Ce tro isièm e m orceau en com m un
est ég alem ent le m e ille u r : “ Vétéran of the
p sych ic w a rs ” est un chef d ’oeuvre de lo u r­
deur oppressante. L’album co n tie n t égale­
Cette fo is-ci, on a d ro it au “ K ick o u t the
ja m s ” du M C 5, un autre groupe am éricain
très é le ctriq u e et à “ We gotta get o u t of this
pla ce ” des A nim ais.
1 9 7 9 . C om m e chaque année Blue Oÿster
C uit nous livre un nouveau disque. Il s 'a p ­
pelle “ M irro rs " et ne relève hélas pas le
niveau de "S pectres". Encore une fois, BÔC
sem ble jo u e r la fa c ilité ce qui est un
co m b le po ur un groupe si p e rfection niste.
On gardera tou te fois en m ém oire le s ym ­
p a th iq u e "D r m u s ic " et le “ In the e" d'A llen
Lanier, que le groupe v ie n t de réenregistrer
s u r son nouvel alb u m . Un peu m aigre to u t
ça I
m ent bon nom bre d ’autres pépites, com m e
ce "B u rn in ' fo r you " au refrain e n tê ta n t, ou
l'e n v o û ta n t "Joan C raw fo rd" et son in tro au
piano digne des m e illeurs film s d'ép ouva nte de la H am m er. Bref un grand cru du C uit
(c ’est d u r à d ire !).
Après deux alb u m s aussi m a rqua nts, il
é ta it logique que Blue Oÿster C uit nous
refasse le cou p de l’albu m live. Et cette
fois-ci, c’est un m o n u m e n t ! 'E xtra te rre str ia l L iv e ” ( 1 9 8 2 ) est une n o u v e lle
débauche sonore prouvan t à qui veut bien
l'e nten dre que le groupe est loin d'être
m o rt. Les classiques s’en ch a în e n t sans
tem ps m o rt, de "C itie s on fla m e ” à "G o d­
z illa ", de "Joan C raw fo rd" à "H o t rails to
h e ll” en passant par une version titane sque
Le vrai et grand re tour s’effectue en 1 9 8 8
avec la pa rution d ’"lm a g in o s ". N ’ayons pas
peur des m ots, Blue Oÿster C uit revient sur
le devant de la scène avec un vé rita b le chef
d ’oeuvre. Ce con cept albu m à la so m p ­
tueuse po chette est pe ut-ê tre m êm e le
m e ille u r disque du groupe en to u t cas de la
m êm e veine que les tro is prem iers. Truffé
d ’arrangem ents éto nna nts, dégageant une
a m biance som bre et inqu ié ta n te , a d m ira ­
ble m e n t p ro d u it par Sandy Pearlm an et fa i­
sant preuve d'u n e in v e n tiv ité de tous les
instan ts, "Im a g in o s” est une pierre a n g u la i­
re du heavy m étal racé. Le groupe s'am use
m êm e à d é livre r une nouvelle version de
"A stro nom y” (in itia le m e n t sur "S ecret Treaties” ) supérieure à l’orig ina le . Sur le s u b li­
me "B lu e O ÿster C u it" c'est m êm e le texte
de "S u b h u m a n ” (égalem ent à l'o rig in e sur
"S ecret Treaties !) qui sert de lyrics à la
chanson. Un signe qui ne tro m p e pas : il y
a convergence entre les deux m eilleurs
albu m s d 'u n groupe qui a retrouvé sa cla s­
se folle. Puis ce fu t une absence discog ra­
ph iq ue de dix ans, seu le m ent perturbée par
la sortie de plusieurs co m p ila tio n s d o n t la
m e illeure reste “ W orksh op Of The Téles­
cop es" (1 9 9 5 ). Espérons q u ’avec la sortie
du très bon "H eaven F o rbid” (vo ir en pages
chronique s de disques), Blue O ÿster C uit
va retrouver une nouvelle jeunesse. V ive­
m e nt la su ite ! ^
Été 98 g]
D V 0 N
u,
V
la
première
d ev an t
200
après
en
dans
person ne s,
première
un
puis
p ar ti e
de
face à 5 000 p e r s o n n e s
: Dionysos.
de
deux
scène
différentes,
radi ca le s
de
s ’adapter,
complémentaires.
à l ’image
situe
d ’un
dans
I' p e u t y a v o i r d o s
m o r c r - a u x p o i l t o u t a fa;*
foiÿ
morceaux punk
t o u t a la ;t p u n k
M a ; s o n a u n esprit qui a
t e n d a n c e a n o u s faire
m e t t r e les c h o s e s u n p e u a
! e n v e r s . C o ü e r d e s c ht.) s e s
apparemment
i n c o m p a t i b l e s , c'est c a
q u o n aime bie" ■
’
Rockstyle n° 25
Deux
gro up e
deux
trois
Passer sur scène de morceaux très noisy à des
balades, c'est pas incompatible en soi ?
En ce qui nous concerne, non. Sans forcé­
m ent avoir un désir de toucher à tou t, on a
un désir avant to u t de liberté. C'est pas
parce qu'on fa it du rock q u ’on n'a pas le droit
de faire des morceaux acoustiques, de faire
des trucs hyper calmes. C'est pas la même
u tilisa tio n de l'énergie, m ais c'est aussi
intense de faire un morceau sur deux notes
avec juste un harm onica que de faire un
morceau noisy avec un couteau entre les
cordes. Pour nous c'est la m êm e chose, ie
bu t c'est d'être essentiel. C'est pour ça qu'à
notre avis on ressemble à un groupe de
blues du M ississippi : pour nous le but c'est
d'être m inim aliste le plus possible, c'est d'al­
ler vers l'essentiei et faire des trucs, pas p ri­
maires mais le plus prim itifs possible. On
aim e des gens qui, com m e John Spencer,
craignent le blues et le rongent jusqu'à l'os.
«Polar Girl» qui est acoustique, c'est aussi
punk que «Can I ?» peut être à la lim ite
lyrique ou électronique . C'est la m êm e
chose, exprim ée de façon différente selon
l'ém otion, l'humeur.
complètement
f or m i d a b l es ,
se
tout
opposé.
Quand on parle de vous, on vous compare à Beck, à
Deus, ça doit commencer à vous gonfler un peu
non ?
Non, parce que je pense que c'est un truc
qui est assez indirect. Ces gens, m êm e s'ils
nous influencent, ont écouté les mêmes
choses que nous : Deus a écouté le Velvet
U nderground ou Tom W aits ; Pavement ou
Beck ont beaucoup écouté Sonic Youth ou
N irvana et aussi des trucs un peu plus vieux
com m e Bob Dylan ou Léonard Cohen.
Attaque
Deux c o n d i t i o n s
qui
cultive
bar
semaines
Louise
shows
extrêmes
qui
minuscule
manières
le d i a m é t r a l e m e n t
Une première question qui brûle les lèvres : votre
énergie sur scène, vous la trouvez où ? A quoi vous
carburez ?
A rien du tout. On s'amuse com m e to u t le
m onde à boire un petit coup après les
concerts de tem ps à autre mais on ne prend
rien. Ce n'est pas un discours ni anti-drogue,
ni anti-alcool, mais le fait est qu'on a pour
habitude de ne rien prendre. On carbure à
l'adrénaline, à l'envie de jouer, le plaisir de
s'exprim er et la conscience du privilège qu'on
a de pouvoir exprim er ça.
m
fois
r ej oi gn e nt,
ce
qui
se
par Berth
Il y a quand même une sorte de parti pris pour la
dérision. Là où vous pourriez vous la jouer très
chiant, très élitiste, très expérimental, il y a une
volonté de ne pas forcément se prendre au sérieux...
On aim e l'idée de faire un rock autrem ent,
sans pour au tant être un laboratoire scie n ti­
fique d'expérim entation. On teste des trucs
pour la ju b ila tio n de trouver quelque chose
de nouveau, de m arrant m ais sans préten­
tions aucunes. On n'a pas envie d'avoir un
discours élitiste du style «vous ne com pre­
nez rien, on tire la gueule, allez vous faire
foutre I ».
Comment tu définis Dionysos en deux mots ? Pop,
c'est vachement réducteur.
En fait, tu peux to u t inverser. Tu peux dire
pop, tu peux dire anti-pop parce que c’est
parfois m élodie, dissonance, to u t ce que tu
veux. Tu peux dire expérim ental parce qu'il y
a des sons bizarres, des trucs un peu tordus,
mais tu peux pas dire anti-expérim ental
parce qu'il y a des m élodies, des trucs tou t
cons avec un refrain, un si m ineur et un sol.
Tu peux dire rock parce qu'il y a un son rock
noisy, fuzz à la Stoogies et com pagnie, et en
m êm e tem ps on peut pas dire an ti-rock
parce qu'on déteste les clichés rock : tout ce
qui est solo, ce qui est dém onstration tech­
nique, le côté un peu misogyne et c u ir et
tatouage du hard rock, ça m'a toujours fa it
hurler de rire. Donc il y a toujours cette d u a ­
lité. Pour définir, ça me fa it plus penser à
une sorte de court-m étrage noir et blanc
avec une grosse tache de couleur au m ilieu.
Les bruits, les sons qu'on trouve chez Dionysos, ils
sont rapportés, ou c’est à pa rtir d ’eux qu'une
I S Ü s
musique est composée ? Comment ça se passe ?
C'est quoi l'alchimie ?
Le bricolage n'est jam ais une fin en soi. Il y
a toujours à l'origine la com po folk-song qui
est guitare acoustique. Même les morceaux
les plus noisy sont com posés à la guitare
acoustique. Après, on les colore selon l'hu­
m eur et selon com m ent on les sent. Mais ça
se fa it souvent extrêm em ent rapidem ent. Les
sons sont m is après com m e on fa it des
arrangem ents au sens classique du terme,
sauf que nous, on s'amuse à détourner ça.
Même le violon, on s'amuse à en faire un
tru c hyper lyrique avec de la disto com m e
sur «Fais pas ci». Mais c’est pas systém a­
tique. Il peut y avoir des morceaux folk tout
à fa it folk, des morceaux punk to u t à fait
punk. Mais on a un esprit qui a tendance à
nous faire m ettre les choses un peu à l'en­
vers. C oller des choses a p p a re m m e n t
incom patibles, c'est ça qu'on aim e bien.
On a la sensation chez vous qu'une chanson n'est
jamais terminée. Je pense à « Wet>> qui a déjà trois
versions sur deux disques, «Arthur» deux versions.
Une chanson, elle s'arrête à quel moment ?
Elle s'arrête quand on arrêtera le groupe,
parce que chaque soir, on la réinvente.
Même si on n'est pas un groupe de free-jazz
car il y a une constance, une structure, on ne
joue jam ais les chansons de la même façon.
Quelle est la part d'improvisation chaque soir sur
chaque morceau ?
Enorme : des intonations de chant, des
sons, du plan, du rythm e, du tem po, de la
longueur de certains passages. En concert,
on com m ence par «Arthur» ; l'intro et le pas­
sage du m ilieu ne sont jam ais les mêmes.
«Wet Folk», à la fin ne fin it jam ais pareil,
«Polar Girl» idem , c’est selon la réaction des
gens Ca dépend aussi de la salle : quand tu
as une salle de proxim ité, tu peux voir la
réaction des gens, dans les yeux, ça te
donne des idées pour repartir sur un truc.
L'album, on l'a appelé «H appening Songs»,
c ’est ça, on peut jam ais reproduire deux fois.
On a le sentiment que Dionysos a la possibilité de
pouvoir partir dans tous les sens. Ce vertige ne te
lait pas un peu peur ?
On aim e se faire peur, on adore ça I
Parce qu'avec une structure beaucoup plus rigide,
des ouvertures moins évidentes, ça pourrait être
plus reposant ?
C'est sûr, m ais on n'a pas envie de se repo­
ser. Devenir routinier, sur disques ou sur
scène, ce serait une catastrophe, la fin du
groupe, on serait m ort. Sur scène, on ne joue
pas scolairem ent l'album mais on ne triche
pas non plus. C'est parfois galère mais c'est
pas grave, ça crée toujours des événements,
et c'est ça qui nous intéresse. Par exemple,
au B ikini, je ne retrouvais plus mon Jack
dans le noir, j'ai fa it «Wet» acoustique, à la
voix et à la guitare et c'était super bien. Faut
toujours profiter des accidents qui nous a rri­
vent, que ce soit sur scène ou sur disque.
On ne sait pas grand chose de vous, à part que vous
venez de Valence. Comment vous êtes-vous formés,
comment ça s'est passé ?
On s'est rencontré au lycée et on avait envie
de faire de la m usique ensemble, de faire un
groupe, sans aucune idée. On n’avait jam a is
quasim ent touché les instrum ents, aucune
expérience m usicale préalable. J'ai com m en­
cé le groupe, je venais de me prendre N irva­
na dans la gueule. Et puis voilà, répèt le
sam edi ap rè s-m id i et l'a lb um s'est fa it
com m e ça. Un an avant la sortie d ’«Happening Songs», il n'y avait pas un morceau de
l'album. \ ‘
Eté 98 [ | ]
& L h t r é f o n d s d e l a yttéltCKCvlie
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s u b l i m e r cette A p o l o g i e be
s y y m p ^ o n ic ju e e x c e p t io n n e lle . (^ ^ ) c u v je u n e s s o p r A n o , u n
et
un
c l a v i e r ! p 'o o ji- A v u m c u f
s u p p l é m e n t s * ir e
v ie n n e n t
m é l a n c o l i e ï>**ns u n s u p r ê m e b élire bc n o i r c e u r in s o n i>^\ble.
S ïd )éfrin r i v e m e n t l i o r s n o r m e s , ( ÿ ^ lc ^ ^ n b r c
^ s n ^ o u i a s s u m e s e s b é l ir e s ...
Bruno Versmisse
Elend revient avec un troisième album qui clôture
votre office des ténèbres... Il s’agit, de loin, du plus
sombre des trois. Pourquoi cela ?
C’est bien sim ple, c ’est ainsi que nous
avions conçu l'é v o lu tio n m usicale au sein
de la trilo g ie , un crescendo de violence et
une plongée au coeur des ténèbres. Notre
trilogie reprend la tra d itio n de l’O fficium
Tenebrarum en l'inve rsan t. L'Office ca th o ­
lique est un m ouvem e nt vers la lum ière et
la vie, notre office est un m ouvem ent vers
les ténèbres et la m ort. Le prem ier album
éta it placé sous le signe du désespoir, le
deuxièm e sous le signe de la révolte, le der­
nier est placé sous le signe de la m ort.
Justement, peux-tu nous en dire plus sur cet office
des ténèbres...
Dans la litu rg ie c a th o liq u e rom aine, l'Office
des Ténèbres é ta it un ensem ble de tro is
messes chantées dans la n u it (aux m atines,
c ’est-à-d ire entre m in u it et q u atre heures
du m a tin ) des tro is jours précédant Pâques.
C haque messe p o rta it le nom de «Leçons
de Ténèbres», com plété par le nom du jo u r
où elle de vait être chantée. The U m bersun
correspond aux «Leçons de ténèbres du
Vendredi Saint» (qui éta ie n t orig in e lle m e n t
chantées dans la n u it de Vendredi à Sam e­
d i). La tro isiè m e messe, qui c lô t l’office,
d o it être la plus som bre et la plus désespé­
rée, pour c om m ém o rer la m o rt du Christ.
Les cierges éta ie n t éte in ts au fu r et à m esu­
re, à l’exception d ’ un seul qui é ta it caché
derrière l’autel par l’o ffic ia n t. A la fin de
l’office, la fo u le ré pond ait à la m u sique par
des clam e urs et des cris de désespoir sym ­
bo lisant le tu m u lte apparu dans le m onde à
la m o rt du C hrist. Le dernier cierge éta it
alors m ontré.
Rockstyle n° 25
Cette m a nifestation de la lum ière à la fin de
l’Office ava it plusieurs fo n ctio n s. D 'une
part, c'est le sym bole de la résurrection
prochaine du C hrist et un signe d ’espoir, et
d ’autre part, elle est le sym bole de l’ unicité
de la lum ière : il est d it dans la litu rgie du
Sam edi Saint, à l’ Exultet, que la lum ière
d o it a c c u e illir la lum ière ; le C hrist ressus­
cité est Lucifer, et seule la lum ière peut
l’accueillir. Il fa u t que le «L ucifer m atinal»
trouve le cierge pascal allum é, «ce Lucifer
qui ne c o n n a ît pas de dé clin, et qui revenu
des enfers, a fa it b rille r sa pure lum ière sur
le genre hum ain».
C 'est to u t l’enjeu des textes de l'a lb u m , le
Lucifer-ange déchu d isp a ra ît, son nom lui
est enlevé, et le C hrist de vie nt le po rteu r de
lum ière. M ais ce qui est célébré dans l’o ffi­
ce c a th o liq u e , c ’ est le «b aptê m e» de
C hrist-lucifer, alors que nous, nous co n ti­
nuons à suivre l'ange déchu au coeur des
ténèbres (c’est-à-d ire dans «les ténèbres du
dehors», qui désigne, dans la cosm ogra­
phie chrétienne, le lieu assigné aux êtres
créés qui n’o n t plus de nom ou n’en ont
ja m a is eu). A la fin de notre office, il n'y a
que le silence, la m o rt et les ténèbres.
Vous avez changé de label. Pour quelles raisons ?
Il ne nous é ta it plus possible de tra va ille r
avec H oly records, notre ancien label. La
s itu a tio n é ta it devenu insoutenable, nous
étouffions.
Et comment s’est déroulé votre passage sur Music
for Nations, l ’un des plus gros label métal (Paradise Lost, Cradle of Filth, My Dying Bride, Anathema...) ? Est-ce la récompense de vos bons scores
de ventes ?
Je ne pense pas, parce q u ’ ils ne nous
con naissaient a b solum en t pas avant que
nous leur envoyions notre deuxièm e album .
Ils ne savaient rien de nous lo rsq u 'il nous
o n t con tacté, c’est la m usique qui leur a
plu.
Mais pourquoi avoir choisi un label métal encore
une fois, alors que votre musique tient beaucoup
plus de Richard Strauss que d'un groupe de
métal ? Les instruments que vous employez sont
les instruments de l ’orchestre, les chœurs et les
voix... et non la guitare ou la batterie.
Bonne question (rires) I Très bonne ques­
tion I Je ne sais pas, je ne sais vra im e n t
pas... De to u te façon il fa u t bien dire que
notre m u sique n'est pas m a in strea m et
dem ande un label spécialisé. M ais je pense
que c ’est su rto u t à eux q u ’ il fa u t poser la
question.
Parle-moi de l ’inattendu «Weeping Nights», quel
est sa place dans votre œuvre ?
Je préfère ne pas en parler...
Pourquoi ces deux titres, The Umbersun et Au tré­
fonds des ténèbres ?
C 'est assez sim p le , le titre en fra n ça is
de vait être le titre de l’alb u m et m a rque r
ainsi c la ire m e n t à la fo is son a p partena nce
à l’O ffice et sa p o sition dans l'O ffice . M ais
on nous a fa it co m p re n d re q u ’on é ta it prêt
à prendre des risques au niveau de la p ro ­
d u c tio n , m ais q u ’ un titre en fra n ça is a u g ­
m e n ta it ce risque de façon d é raisonn able.
Je ne suis pas sûr q u ’ ils a ie n t eu raison.
M ais bon ! nous étion s te lle m e n t con tents
d 'a v o ir eu les m oyens de co n cré tise r ce
d o n t nous rêvions de puis si longtem ps,
que nous avons accepté. D 'a u ta n t plus que
ce n 'é ta it pas un gros e ffo rt : nous tro u ­
vions tous que «The U m bersun» éta it l’apo­
gée de l'a lb u m . C’est le morceau le plus
com plexe, le plus som bre et le plus dense
que nous ayons écrit. Et puis, «Le soleil
d ’om bre», le titre est p lu tô t approprié,
non ?
Quelles ont été vos influences pour ce disque ?
E s s e n tie lle m e n t les c o m p o s ite u rs p o s t­
ro m antiq ues : Richard Strauss s u rto u t, et
aussi R ichard W agner et G ustav M a hler ;
ainsi que quelques com positeu rs co n te m ­
p o ra in s co m m e L ige ti e t P end erecki.
L’ «orchestre», p u is q u ’ il fa u t bien l’appeler
a insi, est un grand orchestre po st-ro m a n ­
tiq u e , très étoffé au niveau du nom bre de
p u pitres de cordes et pour les pu pitres de
cuivres. Il est épaulé par des sonorités syn­
th é tiq u e s et indus, des textures m é talliques
retravaillées, etc.
Mises à part ses tribulations discographiques,
Etend a connu pas mal de changements de line-up.
Peux-tu me parler de ces va-et-vient ?
En fa it, il n'y a pas eu de changem ent pour
ce qui concerne l'essentiel. Renaud et moi
som m es là de puis le d é b u t et nous c o n ti­
nuons à com poser com m e nous l'avons
to u jo u rs fa it. N ath alie B arbary est dans le
groupe depuis trois ans déjà. Q uant à
Sébastien Roland, notre progra m m e ur/ing é­
nieu r du son, c'est un faux nouveau-venu,
c ar c'est lui qui éta it ingénieur synthés sur
notre prem ier album . Nous étions restés en
c o n ta ct et il a intégré le groupe l’an dernier.
N ous avons re n c o n tré notre de u xiè m e
chanteuse, Aude Feuillerat, ju ste après les
sessions d ’en registrem en t de The U m be r­
sun. N ath alie a une voix de soprano lyrique
et A ude une voix de soprano légère, to u t
com m e Eve-Gabrielle, et nous avons to u ­
jours tenu à conserver ce m élange et ce
contraste. Nous n'avions s im p le m e n t pas
trouvé la bonne personne depuis le dé part
d'E ve-G abrielle en 1 9 9 6 . M ais c ’est m a in ­
ten ant chose faite.
Quand on écoute The Umbersun, on reste saisi par
l'ampleur symphonique toujours plus grande, qui
donne cette musique très intense et dense.
Explique-moi comment Etend arrive à une telle per­
fection sonore alors qu'il s’agit d'un travail de stu­
dio...
Nous avons m aintenant accès à une tech no­
logie et à des sons qui nous perm ettent de
parvenir à une restitution franchem ent réa­
liste des sonorités orchestrales, et puis il y a
surtout le talen t et le travail de program m a­
tion absolum ent titanesque de Sébastien.
Quand vous produirez-vous enfin sur scène ?
P robablem ent jam ais, hélas ! C'est devenu
ingérable au niveau m atériel et l'inclusion
d'un choeur aussi développé a rendu la
situation inextricable. Et ça ne va pas s'ar­
ranger, au contraire ! Alors il fau t bien s’y
résoudre... C’est en partie pour com bler
cette fru stration que j'a i créé A Poison Tree
avec Sébastien. Nous nous som mes donné
com m e obligation de pouvoir jouer notre
m usique sur scène avec le m atériel dont
nous disposons.
Avec cet album, la « furor melancholicus », dont tu
parlais dans un précédent entretien, atteint des
sommets inégalés. Penses-tu qu'Elendpuisse com­
poser une musique encore plus noire ?
Oui. Cela nous est assez naturel, mais je ne
suis pas sûr que le public soit prêt à aller
aussi loin que là où nous pourrions l’em m e­
ner. Lorsque l'on voit les réactions suscitées
dans la presse par l’album , on peut même
sérieusem ent en douter ! En Allem agne les
m agazines go thic/in dies, m étal et black
métal ont salué l'a lb um com m e «le plus
som bre jam a is enregistré» et un magazine
black métal a même déclaré que la musique
était tro p extrême et atteignait par m om ents
une violence insoutenable. Alors...
Quel est votre but véritable, en fait ?
C'est d ’arriver au point où la m o rt est pos­
sible.
C'est-à-dire ? C'est assez ambigu comme déclara­
tion !
Je veux d ’abord dire que cela n'a rien à voir
avec une quelconque volonté d'am ener l’au­
dite u r à avoir des pulsions suicidaires, ou je
ne sais quoi de ce genre. V raim ent pas !
C'est un processus qui nous concerne nous,
com positeurs et interprètes, au prem ier chef.
C'est une sorte de quête. Cela veut dire révé­
ler la m ort, am ener la possibilité de l'a c­
cu e illir et de la faire sienne. Car, avant tout,
c'est bien de ma m ort do nt il s'agit, et non
d'un processus désincarné. Enfin, savoir
re cueillir la m o rt est, à mon avis, la con di­
tion essentielle et sine-qua-non d ’une exis­
tence authentique. Si bien que l'on peut dire
que l'œ uvre de la m ort, c'est la vie. Ca n’a
rien à voir avec un processus m orbide.
Dans quel état d'esprit êtes-vous lorsque vous com­
posez ?
Les m om ents d'élaboration de cette musique
et le m om ent précis où l'idée ja illit sont sou­
vent des m om ents de profonde mélancolie,
m ais dès que l’ idée est là, c'est l’enthousias­
me. Et en pa rticulie r lorsque nous som mes
réunis et que nous com posons, l’am biance
est joyeuse, chaleureuse et am icale. Il ne
fa u t pas croire que lorsque nous com posions
«The U m be rsun » ou «Au tré fo n d s des
ténèbres» nous étions dépressifs, au co n tra i­
re ! Ce sont des m om ents de travail et de
concentration intenses qui exigent une gran­
de force et la plénitude de nos moyens.
La trilogie achevée, vers quelle inspiration allezvous vous tournez ?
J’ai déjà le thèm e, le «concept» com m e on
dit, et j ’ai com m encé à faire des recherches
et à écrire. J’ai la stru ctura tio n générale de
l’album en tête, ainsi que la dire ctio n m u si­
cale. Nous allons inclure de nouvelles sono­
rités, délaisser le grand orchestre pour l’or­
chestre de cham bre, et aller encore plus
loin dans le tra vail vocal. Mais, pour l’ ins­
ta n t, ma prio rité, c’est A Poison Tree. |(J^
INTERVIEW
jA
F
q
L
l
o
Suivez le G-uide !
Tel est en effet le titre de la n o u v e l l e b o m b e à ondes
s o n o r e s de K o r n : “ P o l l o w The L e a d e r ”. Les six t i t r e s
p r o m o que R o c k s t y l e a eu le p r i v i l è g e d ’
é c o u t e r a v an t la
s ortie o f f i c i e l l e de l ’
a l b u m (18 août et t re iz e t i t r e s en
tout) p r o m e t t e n t u n d isque d ’
une m é l o d i e et d ’
une p u i s s a n c e
c a t é g o r i q u e m e n t d é c o i f f a n t e . Le gr o u p e d e v r a i t s i g n e r selo n
toute p r o b a b i l i t é no n s e u l e m e n t leur m e i l l e u r album, m a i s
é g a l e m e n t u n des m e i l l e u r s a l b u m h e a v y de l ’
année. K o r n est
donc bel et b i e n en route p o u r la gloi re . U n e n t r e t i e n avec
J o n a t h a n Davi s ( c h a n t e u r - c r é a t e u r du g r o u p e ) s ’
imposait
donc, p o u r p a r l e r du n o u v e l a l b u m et de K o r n en g é n é r a l
Par Charles Legraverand
Rockstyle n° 25
INTERVIEW
Votre nouvel album semble de loin plus mature et
plus abouti que les précédents. Peut-on dire que
c ’est là le Korn pa rlait ?
Je pense aue nous avons beaucoup m û ri,
o u i. N ous avons pris notre te m p s pour
e n re g istre r cet a lb u m , c o n tra ire m e n t à l'a l­
bum précéde nt où nous avions tra v a illé
be aucou p m o in s d u r et plus ra p id e m e n t,
après lequel nous avons to u t de s u ite pris
la route. Ici, nous avons fa it les choses
c a lm e m e n t,
com m e
il fa lla it.
N ous
som m es co n te n ts à 1 0 0 po ur 1 0 0 de
ch a q u e cha nson enregistrée. N ous avons
tra v a illé p e n d a n t 10 m ois en to u t, alors
c'e s t un peu com m e de m e ttre au m onde
un bébé ! N ous en avons chié m ais c ’é ta it
é g a le m e n t a m u s a n t et e n ric h is s a n t.
Avez-vous décidé d'une nouvelle orientation
musicale sur ce nouvel album 1
D’ une c e rta in e façon, ou i, m ais on a to u ­
jo u rs aim é essayer de nouvelles te c h n o lo ­
gies co m m e les sam ples ou ces effets
bizarres po ur les grattes ou po ur ma voix
co m m e il y a s u r l’a lb u m , alors ce qu i est
nouveau, c ’est le ré s u lta t, pe u t-ê tre , m ais
pas te lle m e n t l’a ttitu d e .
Y a -t-il des invités sur cet album ?
Oh ou i, il y en a un m a x... Il y a Fred de
L im p B iz k it, Tree des Forside , il y a Ice
C ube a u s s i... Tous sont des potes que
nous co n n a issio n s de puis long tem p s, sauf
Ice Cube, que nous avons re ncontré par
l'in te rm é d ia ire de n o tre m a n a g e m e n t.
C e lu i-ci nous a fa it s avo ir q u 'lc e Cube
a v a it écouté des tru cs q u ’on fa is a it et q u 'il
se ra it co n te n t de faire qu e lq u e chose avec
nous. N ous avons fin a le m e n t é c rit le titre
" C hild re n Of The Korn ” ensem ble en
s tu d io et ç'a été un trè s bon m o m e n t, on
s’est bien m arré. J’ai été très c o n te n t de
me re trou ver avec lui car j'a d m ire ce q u 'il
fa it de p u is longtem ps.
Avez-vous le sentiment de faire partie d'une nou­
velle génération de métal ?
O ui, co m p lè te m e n t. Je pense que nous
som m es les leaders de notre style et que
d ’ a u tre s no us o n t c o p ié s , m a is nous
som m es à l’orig ine de notre style. Cela d it,
je n 'a p p e lle pas cela du m étal ; le m étal,
c 'e s t p lu tô t des tru cs genre H ellow een ou
Iran M aiden, tu v o is ... Nous de vrions donc
dé cid e r d 'u n nouveau nom po ur ce style
de heavy !
De quoi parlent les lyrics de l ’album ?
Ce so n t des tru c s personnels, qui me
c on cerne nt. Ma vie, ma fa m ille , ce genre
de tru c s ... Ce qui existe dans ma tê te : un
titre de l’ alb u m parle d 'in te rro g a tio n s que
je peux a vo ir après a vo ir q u itté la scène,
par exem ple : ai-je v ra im e n t besoin de ce
succès, de cette re connaissance ? Je crois
q u ’en d é fin itiv e j'a im e bien c e la ... Ou
encore, quand je regarde mon gosse, ça
me fa it c h ie r parce que je me vois com m e
j'é ta is é ta n t plus jeun e, in n o ce n t, im p e r­
m éable au stress et bu va n t to u t le tem ps,
alors q u ’a u jo u rd ’ hui c 'e st pile l'inve rse, et
je me dis q u 'il fin ira com m e m oi, com m e
nous tou s, que la vie le p o u rrira . V o ilà ...
Je parle de tru c s com m e ça, qu i co n c e r­
ne nt ma vie et m on é ta t d ’esp rit. Il y a
ég a le m e n t une chanson, " P retty ", qui
parle de ce qui est arrivé à une pe tite fille
q u and je tra v a illa is au bureau du coroner
(é q u iv a le n t du m édecin légiste, ndr), elle
s’é ta it fa it ba ise r par son père, q u i lui ava it
cassé les ja m b e s. C ette h isto ire m 'a v ra i­
m e n t tra u m a tis é et j ’ai dû suivre une th é ­
rapie pour l'exorciser. Je parle donc de
choses très d iffé re n te s sur l’alb u m et je
crois que les gens a p p ré cie n t cette d iv e rs i­
té.
La musique a fait de toi un homme certainement
riche. Es-tu heureux ?
H m ... C 'est une qu estion d iffic ile . Oui je
suis heureux. Tout a u to u r du m onde et
a u to u r de moi est p o s itif et je suis heureux
de mon succès, m ais au fond de m oi exis­
te n t to u jo u rs certaines tristesses, com m e
to u t le m onde, j ’ im ag ine . Tout ce qu i est
a u to u r de m oi me rend heureux : j ’ai un
super groupe, j ’ai une sé cu rité fin a n ciè re
a u jo u rd ’ hu i, j ’ai un gosse m e rve ille u x...
J'ai un tas de tru cs super... M ais il y a un
reste de triste sse et d'an goisses au fond de
m oi. J 'a im e la vie m ais j'e n ai une peur
in té rie u re , si tu veux. Ceci v ie n t du fa it
que j ’ai com m encé des études de m é d e ci­
ne et que j'a i tra v a illé avec un coroner,
com m e je te l’ai d it. Ceci m ’a donné à
ré flé c h ir sur la p récarité de la vie. Tous les
jours je voyais des m o rts et je co n sta ta is
de nouvelles façon de m ourir. C 'est si
sim p le p a rfo is ... Un m ec é ta it m o rt parce
q u 'il a va it glissé et s’é ta it fracassé la tête.
Je me suis d it que ça p o u va it m ’arrive r
n 'im p o rte q u and, que la vie ne te n a it à
rien. Ça m ’a renversé, ce tru c .
Qu'est devenue cette histoire à propos de la gami­
ne qui s'est fait virer de son école parce qu’elle
avait un T-shirt de Korn 1
Oh, oui, c'est v ra im e n t un tru c id io t. Il n'y
a va it rien d ’obscène sur ce T -sh irt, il y
a va it ju ste é c rit “ Korn ’’ , m ais la p rin c i­
pale du lycée l’a jugé obscène et a c o m ­
m encé à nous fa ire passer po ur un groupe
de ce genre. Nos avocats l'o n t con tactée
po ur lui dire que nous l’a tta q u io n s en ju s ­
tice . Nous nous som m es re tournés con tre
elle et con tre le d is tric t de l’école po ur vio ­
lation de d ro its civiq u e s en ce qu i nous
co n ce rn a it et en ce qu i c o n c e rn a it l'e n fa n t.
On ne peut pas vire r q u e lq u 'u n parce q u 'il
a un m o t é c rit su r son T -sh irt. En ta n t que
p rin c ip a le , elle d e v ra it être là po ur ensei­
gner des valeurs m orales correctes et pas
ce fa scism e a n ti-a m é ric a in . On est un
pays lib re ... D 'autre pa rt, des ga m in s se
ba la d e n t avec de T -sh irts de Jésus C h rist,
et il y a dans la b ib le des tru c s bien plus
obscènes que dans Korn. L'affaire n'est
donc pas fin ie et nous espérons bien que
nous o b tie n d ro n s gain de cause. J’ai été
trè s énervé par cette histo ire .
Combien de temps pourra durer Korn ? Tu n'as
pas peur d'être simplement dans un bon courant
de mode ?
N on, j'a i le se n tim e n t q u ’on va d u re r un
bon b o u t de te m p s. N ous faison s une
m u siq ue orginale et je cro is que s'il y a un
c o u ra n t de m ode, nous en som m es un peu
responsables. Je crois que Korn pe ut du re r
plus long tem p s que d 'a u tre s groupes, p
Été 98
A lo rs que la France le u r f a it les yeux doux d e p u is la so rtie de R .A.F.I,
le u r
second
a lb u m
s t u d io ,
A .D .F
v ie n t
de
tr o u v e r
un
peu
de
re co n n a issa n ce de la part de ses c o m p a trio te s q u i v ie n n e n t e n fin de
se d é c id e r à les s ig n e r su r un la b e l alo rs que p e rso n n e n'en v o u la it, i l
y a de ça six m o is. Dur co m b a t que c e lu i de se fa ire re m a rq u e r p o u r
un g ro u p e q u i n'a pas b e so in de ça p o u r avancer, s'e n g a g e r dan s des
ca m p a g n e s p a rfo is v a in e s m ais q u i le u r p e rm e t de c o n tin u e r la lu tte
p o u r l'é g a lité .
L ib é re z S a tp a l Ram !
Par Yves Balandret
Pourquoi avoir choisi de sortir un album live si rapi­
dement dans la discographie du groupe ?
C’est un peu pour contrecarrer la façon avec
laquelle le business de la musique fonctionne.
Ce live n’est sorti q u ’en France pour l’instant
car notre deuxième album studio R.A.F.I
n’est pas encore sorti en Angleterre. On
voulait un peu donner cet album à la
France qui est pour nous un pays de
prédilection. En même temps, cela
fait pas mal de tem ps que nous
avions l’intention de sortir un live,
c’est donc le bon m om ent pour
nous. On voulait enregistrer les
concerts que nous avons donné
au cours de la dernière tournée
mais cela représentait beaucoup
trop d ’argent à investir, nous
nous sommes donc repliés sur
l’en registrem en t d ’un concert
unique à l'Astoria de Londres.
Cet album a vraiment un son brut, on
sent que ce sont des prises totalement
live...
Cet album est très représentatif de ce
que l’on fait sur scène. C’était un choix de
le faire de cette manière avec les morceaux
d’une part et la manière de com m uniquer
avec le public, ce sont deux choses très
im portantes pour nous. Ce live est intéressant
dans le sens où après un an de tournée, les
morceaux se sont transformés, ils sont plus
violent et ont un peu cet aspect du punk q u ’ils
ne possédaient pas forcém ent sur l’album .
Œ 3 Rockstyle n° 25
Tout le monde est unanime pour dire que R.A.F.I
est très différent du premier album mais que ce
live est également totalement différent des deux
albums précédents...
Je pense que c’est notre façon de travailler
qui donne cet aspect différent entre les m or­
ceaux et les album s. Tu sais, on travaille
tous les jours sur les m orceaux et les
m anières de les faire son ner d iffé re m m e n t.
Je pense q u ’ un m orceau n’est ja m a is te r­
m iné.O n essaie de surpren dre le p u blic,
pas de lui do n n e r exa ctem e nt ce q u ’ il y a
sur l'a lb u m .
Comment expliquez-vous le succès que
vous rencontrez en France ?
Je pense q u ’ il existe deux ra i­
sons à cela. La prem ière est
que la m aison de disqu es
fra nçaise nous a donné une
chance. Ils o n t engagé de
l ’ a rg e n t
sur
le
g ro u p e
c o m m e n ’ im p o rte q u ’elle
m aison de disques est su p ­
posée le faire : Une bonne
im p la n ta tio n dans les c o m ­
m e rces, des passages en
radio, ils o n t passé de la pub
p o u r l ’a lb u m et p o u r les
con certs, je crois que c ’est la
raison la plus im p o rta n te . Parce
que ta n t que tu n'es pas arrivé à
ce stade, q u 'il n ’y a pas q u e lq u 'u n
qui décide de te do n n e r ta chance et
de faire rentrer le groupe dans le
m onde de la m u siq ue, il ne pe ut rien se
passer. Je pense é g alem en t que notre
m u siq ue p la ît au p u b lic fra n ça is et ça,
c'est la seconde raison. Je pense que cela
est dû au fa it que vous possédez en vous
to u t un tas d 'in flu e n ce s suite aux diffé re n ts
m o uvem e nts hu m ains que votre pays a
co n n u , je pense aux im m igré s d 'A friq u e du
N ord, aux Ita liens et m êm e aux Polonais.
C 'est ce m élange q u i est, à m on avis
im p o rta n t po ur un pays. La France l’a, pas
l'A ng le terre.
N otre m u siq ue s’est développée au m êm e
m o m e n t q u e la B rit Pop. C 'é ta it un
m u siq u e m ontée de to u te p a rt par les
m édias et le gouvernem ent. Le b u t de la
B rit' Pop é ta it de ré in s ta lle r les blancs
dans la m u siq ue po sition q u 'ils avaient
perdus de puis les années 6 0 . Nous étions
do nc con fron tés à ce problèm e , ce qu i fa it
qu e notre m u siq ue a eu du m al à se faire
un nom alors qu'en France, vous n'avez
pas co n n u ce m o u v e m e n t. Q uand tu
regardes bien, des groupes com m e Zebda
o n t eu exa ctem e nt la
m êm e expérience ici
en
France.
Ils
n 'é ta ie n t pas connus
ici et de vaient aller
jo u e r en Ita lie , en
Espagne po ur avo ir
un peu de re conna is­
sance. Il y a égale­
m ent
les
F a bulou s
T roubadour ou M assilia
Sound System qui ont été
dans le m êm e cas. C 'est un
peu le discours que l’on tie n t
en A ngleterre. Il existe én o rm é ­
m e n t d 'e th n ie s chez
nous et la B rit'P o p n’est
_________
a b s o lu m e n t pas le re fle t de
cette m osaïque de peuples et
ne le sera ja m a is da illeurs.
On com m ence to u t de m êm e à
re ssentir les m o uvem e nts du
p u b lic en vers nous d e p u is
qu elque m ois, suite à l’entrée
d ’ un titre dans les c h a rts et de
notre cam pagne m enée pour la
lib é ra tio n de S atpal Ram.
avéré q u 'il a tué l'u n de ses agresseurs. Il
fu t em prisonn é m ais le problèm e est que
les au to rité s refusent de le lib é re r car il a
tro p de ré vélations à faire sur le tra ite m e n t
q u ’ il a su b it lors de son e m p riso n n e m e n t et
le go uvern em e nt c ra in t ég alem en t q u 'il ne
révèle l'é ta t actuel de l'u n ive rs carcéral b ri­
tan n iq u e . Et bien q u ’ il a it effectué le tem ps
de prison po ur lequel il é ta it con dam n é, on
ne le laisse pas s o rtir. Les p riso n s
anglaises sont régies par une sorte de régi­
m e co lon ial que l'on a p p liq u a it dans les
ré p u b liq u e banam ères. S atpal Ram est
détenu po ur des raisons po litiq u e s. C ’est
un priso n n ie r po litiq u e .
étaient au courant de cette campagne que vous
soutenez pour libérer Satpal Ram des prisons
anglaises. Pouvez-vous nous faire un rapide por­
trait de cette affaire et de cet homme 1
L'histoire com m ence il y a douze ans où
Satpal Ram fu t agressé lors d'u n e a ttaque
raciste évide nte, il s'est défendu et il s’est
Été 98 K E
INTERVIEW
A
près
au
des
de
est
les
q u ’il
les
yeux
pleins
de
Ce s
idées,
nouveau-né
Morceaux
bacs
dans
qui
fin
Mélodies
les
laisse
et
Red
Cardell,
pas
les
posent
libre
Style.
avril
et
parcourir
rentrent
remplies
«Terra
court
au
au
groupe
contrées
pays
les
d ’i d ée s.
Gallica»
voyage
déjà
rythmes
un
les
de
deuxième
connaît
est
oreilles
su r
Leur
traditionnelles,
Ils
c ’est
morvandiaux
Faubourg
lointaines.
souvenir
ils
Rock
depuis
n ’h é s i t e
plus
de
sympathiques
écossaises,
qui
européennes
musique
mérite.
sonorités
international
bretons
non-moins
leur
dans
succès
rai',
sympathiques
tour
parler
album
le
les
leur
musical.
choisis.
Par Yves Balandret
Pouvez-vous nous faire un petit historique de
manière à bien restituer le groupe pour nos lec­
teurs ?
R a p h a ë l (chant, c o r n e m u s e ) : N ous avons donc
sorti un prem ier albu m alors que le groupe
ne co m p o rta it que cinq m em bres. C 'était
en fa it une jeune ré alisation car Gilles
(basse) ven ait de nous rejoindre. A cette
époque, nous nous som m es rendus com pte
que pendan t la période de travail sur ce
disque, notre m anière de procéder ava it
c o m p lè te m e n t changé. Je crois que c ’est à
p a rtir de ce m o m ent-là que s'est in sta llé un
Si on m'avait
parlé de
sampleurs il y a
dix ans, je me
serais
certainement
évanoui
m
Rockstyle n° 25
nouvel esp rit dans Faubourg, to u t a été
effectué dans un esp rit de groupe, chacun
y a m is de son grain de sel. Avec tou jo urs
cette volon té au sein du groupe de ne pas
s'a rrê te r sur des raisons de style. Nous
n'avons ja m a is refusé de faire un m orceau
sous prétexte q u ’ il ne c o lla it pas à celui de
Faubourg. Je crois que c'est propre au
groupe de ne pas vo u lo ir se c an tonn er à un
genre de m u siq ue. Je tro uve ça bien que
cela parte dans tous les sens, to u t en res­
ta n t très hom ogène à l'in té rie u r des titres.
C haque fois que l'on a fa it écouter l’album
les gens nous d isaient q u ’ il c o m p o rta it p lu ­
sieurs influences venant d 'A friq u e du nord,
d ’ Ecosse ou d 'Irla n d e , je tro uve ça très in té ­
re ssant co m m e d é m arch e. Il est c la ir
q u ’avec un in s tru m e n t com m e la co rn e m u ­
se qui ne fa it o scille r sur une octave et
de m i, on est un peu obligé de revenir à des
m élodies qui von t sonner dans le fond
assez tra d itio n n e lle s avec des influences
diverses.
Ce nouvel album qui porte le nom de «Terra Galli­
can a été conçu d'une manière un peu différente
par rapport au premier ?
Didier (violon, bouzouki, mandoline) : E ffective­
m ent, nous disposions du m êm e budget
que pour le p rem ier albu m m êm e si nous
avions la ferm e
inten tio n de tra va ille r
beaucoup plus sur la production. Nous
nous som m es donc repliés sur un stu d io
m oins onéreux, pendan t un m ois, ce qui
nous a perm is d'essayer én orm é m en t de
choses m ais aussi de rencontrer d ’autres
gens capables de donner une autre vision
de la m u sique de Faubourg. On a én orm é­
m ent axé notre tra vail sur les ryth m ique s.
Un exem ple, dans le prem ier alb u m , il y a
beaucoup de parties de violons alors que
sur «Terra G allica», on a beaucoup plus
orienté notre tra vail sur les ryth m ique s.
Max (batterie) : Je crois que le plus im p o rta n t
dans cet alb u m , c'est que les m élodies tra ­
d itio n n e lle s n’existent plus sous leur form e
au then tiq ue. On utilise to u jo u rs cette base
de travail alors que sur le prem ier elles
avaient un rôle beaucoup plus im p o rta n t.
Didier : On v o u la it aussi une m usique plus
e ffic a c e , p lu s a b o rd a b le p o u r to u t le
m onde, m oins typée. Je crois que cet
a lb u m co m porte des titre s qu i to u ch e ro n t
plus de gens que l’albu m précédent.
Été 98 ( E l
R a p h a ë l : Il fa u t bien dire que l’on n'a pas
fa it ça pour que se soit plus accessible au
p u blic, je crois que l'on tra v a ille déjà pour
nous, il fa u t d'abord que ça nous plaise.
Comment avez-vous vécu le passage au second
album qui reste toujours un exercice délicat pour
un groupe quelque soit sa renommée ?
Ra p h : Je crois que c’est un vé rita b le nou­
veau dé part. Le prem ier albu m m arque la
fin d ’ un période, celui-ci le dé but d'une
nouvelle. En plus, entre les deux, il y a eu
de la scène, la volon té de faire de nouveaux
m orceaux à jo u e r beaucoup. Ce qui est
intéressant, c’est que to u t s'est fa it n a tu re l­
lem ent, il nous fa lla it le faire à ce m o m entlà. La rencontre avec Fabrice et Jean-C yrille q u i ont p ro d u it plusieurs titres, nous a
ou vert un nom bre in c alculable de portes. Si
on m ’ava it parlé de sam pleurs il y a dix
ans, je me serais c e rta in e m e n t é v a ­
n o u i...(R ires) Je ne sais to u jo u rs pas ce que
c ’est tu me dira s... (Rires).
C’est tout de même le signe d ’une volonté de s’ouvrir vers les nouvelles technologies, et je trouve ça
pas mal comme démarche pour un groupe dont la
base réside sur le traditionnel ?
C 'est vrai que les idées o n t évolué dans nos
têtes. Pour ma part, ça me gênait un peu
par m o m e n t d 'o u v rir vers des con struction s
nouvelles que je ne connaissais pas fo rc é ­
m ent. Ca m 'a rra c h a it un peu les oreilles
lorsque tu sors de ce que tu connais, en
plus m oi, j ’écoute qu asim ent rien, alors...
(Rires)
Didier : Le tem ps a joué dans ce sens-là éga­
lem ent. On d ispo sait de qu aran te jours
pour cet album contre h u it pour le premier.
C’est c la ir qu 'o n avait le tem ps d ’essayer
des choses, de prendre notre tem ps.
M ax : On a va it aussi tous la volon té de faire
q u elque chose de d iffé re n t. C’est plus
proche de la W orld M usic que du tra d itio n ­
nel.
Rockstyle n° 25
«Terra Gallica» semble être l'un des titres clé de
cet album. Pensez-vous qu'il puisse jouer un rôle
d ’ambassadeur de votre musique auprès du grand
public ?
Didier: C 'est m a rra n t, parce que c'est un
titre que l'on tra v a ille de puis un an et
Tarit qu’il y aura
des accordéons,
des cornemuses
et des batteries,
je crois que l'on
na encore pas
trop de souci a
se faire.
de m i, m êm e s'il a été com posé il y a pas
m al d'années m a in te n a n t. On l’a bossé en
Espagne l’année dernière et on s'est fin a le ­
m e nt d it que c 'é ta it un bon titre . C’est un
peu la m êm e chose qui s'est passée avec
«Adieu les fille s» q u i est ég alem en t un
m orceau tra d itio n n e l que l'on a re trava illé.
R a p h : Ce sont tous les deux des m orceaux
très sim ples, tu n ’ im agines pas, m ais c'est
vrai q u 'ils so n t efficaces.
Alors la question qui me brûle les lèvres est la sui­
vante: La musique de Faubourg va-t-elle aller en
se simplifiant alin de toucher un plus large public
7
M a x : Je crois que c 'e st à la fois une v o lo n ­
té de s im p lifie r e t de fa ire des m orceaux
com m e «Terra G allica» aux côtés de titre s
com m e «Coke en S tock», be aucoup plus
c o m p liq u é s ... Q u’on ne pe ut pas danser en
boîte, ou alors sur une seule ja m b e ...
(R ires) Je pense que l’on va c o n tin u e r dans
cette dire ctio n .
Didier: Je crois que le problèm e n’est pas
là. Si on tro uve un thè m e m é lo diq ue qui
re tie n t notre a tte n tio n , peu im p o rte si c’est
du bina ire ou du te rn a ire . C’est égalem ent
com m e tu le disais une ce rta in e volon té
d 'a lle r à l’essentiel.
A l ’instant, tu parlais d ’un titre pas tellement des­
tiné au boîtes de nuit mais un morceau comme
«Faubourg de Barbes » pourrait très bien entrer un
jour dans une programmation de World Music...
R a p h : P ourquoi pas. Il est c la ir que l’on
s'est m is à tra v a ille r avec des sam pleurs
de puis q u elque m ois seu le m ent et on a
déjà ce besoin de les u tilis e r sur scène,
chose que l’on va faire d ’a ille u rs. Je crois
que l'on se se n tira it com m e nus sans cet
in s tru m e n t qui en est un à p a rt entière
a u jo u rd ’ hui.
Il faut tout de même se méfier de l ’accumulation
de matériel, ne pas se retrouver dans une spirale
infernale...
Tu sais, ta n t q u 'il y aura des accordéons,
des cornem uses et des ba tteries, je crois
que l'on n’a encore pas tro p de souci à se
faire ,
ABOHHB VOUS A
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ttO TEZ V O TR E ORDRE DE P R É F É R E N C E D ANS LE S C A S E S
Lithographie dédicacée de Madonna
Cadeau surprise
Pour la France :
OUI, je m'abonne pour un an à Rockstyle (6 numéros) à partir du numéro......... contre la somme de 145 Frs (au lieu de 162 Frs) et
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(Important ! Je recevrai chaque numéro dans un délai de quelques jours après sa sortie en kiosques)
Pour l’Etranaer fC .E .E .l :
OUI, je m’abonne pour un an à Rockstyle (6 numéros) à partir du numéro......... contre la somme de 190 Frs et je joins un chèque
international à l’ordre de « Eclipse Editions» .
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NOM & Prénom :
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R
encontrer
B r ian
May
est
un
événement
pour
tout
j o u r n a l i s t e qui se r e specte.
A v o i r en face de soi
p e n d a n t plus d ' u n e heu r e le g u i t a r i s t e de Q u e e n est un
a v a n t a g e u n i q u e et un p l a i s i r total. Or, en plus d ' ê t r e
un g u i t a r i s t e r e s p e c t é et adulé, c ' e s t a v a n t tout un h o mme
humble, t i m i d e et p a s s i o n n é . À l ' o c c a s i o n de la s o r t i e de
son d e r n i e r a l b u m solo, B r ian May n ' h é s i t e pas à b r i s e r
le s a c r o - s a i n t c é r é m o n i a l p r o p o r t i o n n e l . En p a r l a n t peu de
son d e r n i e r e f f o r t s t u d i o - p o u r t a n t m a g n i f i q u e - mai s en
p r i v i l é g i a n t ses s o u v e n i r s avec Q u e e n et ses é m o t i o n s
personnelles,
il
se
livre
comme
seuls
les
grands
personnages
de
la
musique
savent
encore
le
fa i r e .
I n t e r v i e w - v é r i t é avec un héros à d i m e n s i o n humai n e .Brian
May est un homme, tout s i m p l e m e n t . . .
Par Yves Batandret et Thierry Busson
Six longues années se sont écoulées depuis la sortie
de ton premier album studio ‘Back To The Light', le
lait de se retirer un peu du devant de la scène était
pour toi une démarche nécessaire ou juste une
question de choix ?
Je pense que ce n'est que le fru it du hasard.
Je voulais vivre les choses d'une manière d if­
férente de ce que j ’ai pu faire par le passé.
La vie a besoin d'être vécue à un certain
rythm e par m om ents. Je ne travaillais pas
spécialem ent la m usique, je crois que je
vivais, to u t sim plem ent. Mais la vie est une
chose difficile à gérer. Je suis en fa it passé
par plusieurs phases au cours de cette pério­
de. La prem ière, nous étions sur la route
avec le groupe, je me sentais totalem ent
libre. Ce fu t une grande aventure. Ce fu t une
période très s tim ulan te pour m oi, com m e
une sorte de défi à relever. A la fin de la to u r­
née, les choses ont été différentes pour moi
parce que je me replongeais dans Queen.
Rockstyle n°2 5
Nous n'étions pas te llem e nt d'accord à l'in ­
térieur du groupe sur la manière do nt on se
devait de faire cet album même s’ il était
im pératif q u ’ il sorte un jour. Deux ans plus
tard, nous nous som mes rendus com pte que
ce fu t un travail énorme. Nous passions le
plus cla ir de notre tem ps avec un producteur
pour essayer de réunir le m eilleur des frag­
m ents de voix dont nous disposions. Nous
n’en avons pas tellem ent parlé à l'époque
car nous voulions que le public considère ce
disque com m e celui d ’un vrai groupe, même
si on y pense à deux fois, ça ne pouvait pas
être le cas. Je me souviens que ces m om ents
étaient difficiles, d ifficiles car on écoutait la
voix de Freddy to u t en sachant q u ’ il n'était
plus parm i nous. Ce fu t d ifficile pour moi,
car je sortais de cette période de totale lioerté et le fa it de revenir tra vailler sur Queen me
d o nnait une im pression de fru stration. Je ne
pouvais plus faire les choses à ma façon.
Même s'il fa lla it retourner au contact des
médias pour assurer la prom otion de cet
a lb u m . J'avais co m m e l'im p re s s io n de
retourner dix ans en arrière...
Le seconde phase de cette période est que je
suis au jo urd'h ui dans le devoir de mener une
vie qui ne me perm et pas de m 'assum er en
tan t que rock-star. Ma vie do it aujourd'hui
s’orienter vers le rôle de père, de père divor­
cé, d'une personne norm ale qui est a la
recherche d'une relation durable com m e tout
le m onde et to u t ça ne m 'a pas tellem ent
aidé, sauf bien sûr la présence de mon fils,
dans les m om ents difficiles à gérer. A ce
m om ent de ma vie, je ne voulais pas faire un
album sem blable au prem ier car le prem ier
était plu tô t introspectif. Je me trouvais dans
une période où il me fa lla it rebâtir des
choses et surtout chercher son chem in.
C 'était une période p lu tô t som bre de ma vie.
Ce fu t un peu le m êm e sen tim ent lorsque
INTERVIEW
nous avons term iné l'a lb um de Queen et sa
prom o. Je me trouvais com m e inutile à la
vie. Je me sentais bloqué, sans direction à
prendre. Je me suis donc repris en main
pour que je sorte de ce trou noir pas très
agréable à vivre. Les trois années qui suivi­
rent, je fus assez im pliqué dans différent
projets com m e des m usiques de film , des
ap paritions sur les album s des mes am is, je
crois que j'essayais de répondre à des défis
que la vie me lançait. Cela to m b a it au bon
m om ent, en fait. A ce m om ent-là, j'a i retrou­
vé la com m unication et le travail en com ­
m un avec d ’autres personnes, c’éta it vra i­
m ent très bien, je ne me posais pas de ques­
tions sur ma situation sentim entale, ou des
choses com m e ça. Je pense q u ’à cette pério­
de, je m 'étais enfin m is dans la tête que je
ne ferais plus jam ais partie de Queen, que je
ne rem ontrerais jam a is sur scène avec les
autres pour reform er Queen. C’est vrai aussi
que si Queen m a rchait toujours, je n'aurais
pas fa it au tant de rencontres. C’est aussi
l'aspect po sitif des choses. Et au fond de
m oi-m êm e, je cherchais à garder toutes les
choses positives que j ’avais vécues de
m anière à contruire le prochain album .
Ensuite, Queen a refait partie de ma vie
parce que qu e lq u ’un avait décidé que nous
devions so rtir Queen Rocks, une nouvelle
co m pilatio n qui regroupait les morceaux
soit-d isa nt rock de Queen et c ’est à cette
époque que je venais d ’écrire le morceau qui
s’ in titu le ’Noone But You’ et ...J ’espère que
ce n’est pas tro p long ce que je raconte...
Non, non, c ’est intéressant...
Et c ’est vrai que le fa it de pa rticip er à plu ­
sieurs projets t ’ouvre l’esprit. J'étais dans un
pa rfait état qui s'é q u ilib ra it avec d ’un côté
ma carrière solo qui me laissait toutes les
portes ouvertes en opposition à la «m achi­
ne» Queen qui ne me laissait aucune liberté
et qui m ’am enait parfois à me poser des
questions existentielles, je ne savais même
plus qui j'é tais. Tout ce que je savais, c'est
que j ’étais le guitariste de Queen. Je me suis
donc m is à enregistrer des m orceaux qui me
ten aient à coeur com m e certains de Buddy
Holly, c ’est d'ailleurs avec ces idées-là que
j ’ai com posé ‘Slow D ow n’ . Parmi ces titres
fig u ra it donc ’Noone B ut You’ dédié à Freddy
Été 98 S I
INTERVIEW
tion. Je pense que c'est le contenu qui est
im p o rta n t dans un alb u m , il est in u tile de
so rtir quelque chose si tu n’as rien à dire.
Pour ma part, il était im p o rta n t d'attend re le
m o m e n t venu où to u s les in g ré d ie n ts
seraient réunis pour que je me lance. C'est
le résultat d'un voyage.
C'est certainement la raison pour laquelle les mor­
ceaux semblent si différents sur cet album...
Exactem ent. Je crois que ‘ Back To The
Ligh t’ é ta it plus un albu m nécessaire. Par
exem ple, celui-ci a beaucoup plus de cou­
leurs, par ra p p o rt au précéde nt. M ais
com m e je te le disais to u t à l'heure, to u t est
question de feeling. Tu ne peux pas faire un
album po sitif si ton esp rit pense le co n tra i­
re, c'est im possible.
C’est marrant car le public ne pense pas une
seconde qu’un artiste comme toi puisse avoir des
problèmes sentimentaux comme n ’importe quel
quidam de la rue...
C’est vrai que les gens pensent ça. Je crois
d 'aille urs que je devais égalem ent penser ça
lorsque j ’étais plus jeune. M ais com m e tu le
vois, le fa it d ’être célèbrem e ne t'em pêche
de perdre des proches... D'un autre côté, je
suis sûr que lorsque j ’étais plus jeune, les
artistes que j ’ad m irais, je croyais qu 'ils
vivaient une vie de rêve alors qu 'ils sont
exactem ent com m e n'im p o rte quel quidam
de la rue. En fait, je crois que lorsque tu es
artiste, que ce soit un peintre ou un m u si­
cien, tu peins ce que tu vois et ce que tu
ressens, si tu es honnête avec toi-m ê m e et
avec ton public. Tu sais, la plus grande
récom pense pour un artiste, c'est de pa rta­
ger des sentim ents avec son public. Mais
pour revenir à cet a lbu m , il me fa lla it abso­
lum e nt le te rm in e r pour que je retourne sur
la route. Cela fa it m a in tena nt six ans que je
n'ai pas tourné, et je sens q u 'il fa u t que j ’y
retourne, c’est quelque chose de vital pour
m oi.
m ais le tru c avec ce titre c’est qu 'il sonnait
très Queen. Je me suis d it q u ’ il serait cer­
taine m en t intéressant que Roger et John
jou e n t dessus. J'ai appelé Roger pour lui
dem ander s'il éta it intéressé par le titre . Je
lui ai envoyé la bande et je pense qu'il
l'a v a it laissée de côté...
Et tu sais pourquoi il ne s’y est pas intéressé immé­
diatement ?
Je pense que c ’est juste parce q u 'il a énor­
m ém ent de choses à faire. "Roger is Roger".
(Rires) Ensuite, nous en som m es arrivés à
la m o rt de la Princesse Diana, où ce fu t une
période p lu tô t bizarre, et je ne sais par quel
m iracle Roger est tom bé sur la bande et m'a
soudain appelé pour me dire que le m o r­
ceau éta it extraordinaire et q u ’ il fa lla it q u ’on
le sorte avec Queen. C'est ce que l'on a fait.
Ce fu t une décision assez d iffic ile à prendre
pour moi car je savais pe rtinem m ent que le
morceau a lla it m'échapper. Le plus d iffic ile
pour moi é ta it de le vo ir p a rtir m ais surtout
le fa it q u 'il ne figurera it pas sur mon album .
J ’avais l'im p ression d'a vo ir perdu la clé de
voûte de mon album . Il ne me restait plus
que les reprises que j ’avais enregistrées
m ais cela me paraissait tro p léger, le public
attend autre chose de m oi, que je parle de
ma vie, de mes voyages, de mes expé­
riences... Un album de reprises au rait été
beaucoup trop m aigre. Je me suis donc
tourné vers les petites créations que j ’avais
effectué es lors des c o lla b o ra tio n s avec
d'au tres artistes ou de m usiques de film , etc
m
Rockstyle n° 25
et je me suis rendu com pte que to u t ce tra ­
vail aussi diffé re n t soit il co m p o rta it une
certaine cohérence. J’avais créé to u t cela
avec mon feeling, c 'é ta it presque prêt, il me
fa lla it tra va ille r sur les m orceaux et sans
m ’en rendre com pte, j'a vais mon album
sous les yeux. Une nouvelle coïncidence fit
que... Il y te lle m e n t de coïncidences dans la
vie, c'est incroyable... Je disais donc que
q u e lq u 'u n me d e m a n d a d 'é c rire une
m usique de film . J’ai lu le script, c 'é ta it fa n ­
tastique. Le film s’in titu le 'S lidding Doors’ .
J’étais très heureux de p a rticip e r à cette
bande originale d ’au tant plus que la person­
ne qui a é crit le s crip t éta it un vieil am i et il
é ta it très con tent que je tra vaille sur la
m usique. Puis, je ne sais plus très bien ce
qui s’est passé, le film fu t financé par un
organism e ou une maison de disques, il leur
fa lla it donc faire figurer leurs artistes pour
con stitu er la B.O. Ils n’ont donc pas utilisé
mon morceau. J’étais un peu déçu m ais le
m orceau m ’appartena it. Il s'in titu le ’A nother
W orld'. Ensuite, les choses se sont présen­
tées d ’ une m anière assez sim ple. Je tenais
mon nouvel albu m . Voilà la longue histoire
de cette période, je suis désolé que ce fus
aussi long m ais je pense que j'a i répondu à
ta question. (Rires)
En plus, je ne voulais pas so rtir un album en
me précipitant. J'ai l’ im pression que le
m onde est rem pli de choses éphémères
que les gens con som m e nt et se débarras­
sent ensuite. Le m onde explose sous les
inform ation s et les moyens de c o m m u n ica ­
C'est un point intéressant dans le sens où la plupart
des artistes redoutent quelque peu de partir sur la
route pendant des années pour assurer la promo­
tion de leur album alors que pour toi, il semblerait
que tu cherches à t ’échapper mais dans l'autre
sens...
Je pense que l’on ne fa it que s'échapper
dans la vie. En fa it, je crois que je suis à la
recherche d'un certain éq uilibre entre ma
vie de m usicien de stud io et celle des
concerts, il fa u t tro uver un éq uilibre entre
to u t ça. Il est cla ir que ce ne sont pas des
m om ents faciles à vivre dans le sens où tu
dois q u itte r ta fa m ille pendant quelques
mois alors que certains o n t besoin de to i, et
mc
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M OUS
IN T E R V IE W
tu en es pa rfaitem ent conscient. M ais si je
restais tro p longtem ps chez m oi, cela serait
égalem ent très d iffic ile car j ’ai constam m ent
besoin de cet équilibre. C’est un vrai bon­
heur de me tro uver enfin ici à Paris pour par­
ler de mon album . H ier soir, nous étions en
concert acoustique et nous avons passé un
m o m e n t fo rm id a b le c a r le p u b lic é ta it
génial, le son éta it pa rfait, je me sentais très
bien et ce m atin, mes enfants me m anquent
te rriblem en t, j ’ai besoin de les voir. C’est
toujours com m e cela que ça se passe.
Après toutes les années passées au sein de Queen,
cela doit être diflicile de se remettre en question et
de continuer à se battre quand on a connu le suc­
cès. Est-ce qu'un artiste comme Brian May est tou­
jours à la recherche du succès pour sa carrière solo
?
Je pense que la réponse honnête est de dire
que je suis, bien sûr, à la recherche du suc­
cès car je pense que si le p u b lic n’achète
pas ce que je fais, c'est une perte de tem ps.
Quel est l'in té rê t pour un peintre de dessiner
s’ il ne veut le m o ntre r à personne ? Je
t'avoue q u ’ il m 'arrive parfois de me d e m an­
de r ce que je recherche vérita blem en t. Je ne
veux pas recom m encer le parcours que j'a i
eu avec Queen, car de toutes façons, cela ne
sera jam a is s im ila ire , quoique l’on fasse,
c 'é ta it une aventure extraordinaire. Lorsque
j ’y repense au jo u rd 'h u i, je me dis que c 'é ta it
égalem ent un rêve de p e tit garçon car nous
voulions devenir de plus en plus grand,
chose que nous avons réussi. C 'était un jeu.
Queen éta it une pièce de théâtre que nous
avions écrite tous les quatre m ais en ce qui
concerne ma carrière solo, c'est totalem ent
d ifférent, je suis ab solum ent seul à assurer
la to ta lité du groupe. Il est vrai que j ’aim e ­
rais me prom ener dans Paris et que to u t le
m onde me reconnaisse, c’est quelque chose
de très séducteur...
Mais c'est pourtant certain que les gens vont te
reconnaître dans la rue...
Je n’en suis pas sûr. Je me suis assis sur les
bords du périphérique hier soir avant d ’aller
jo u e r et personne ne m 'a reconnu. M a in te­
nant, si Queen éta it prévu pour jo u e r à Paris,
nous serions passé dans un stade, et les
gens me reconnaîtraient, c ’est évident mais
ça ne me dérange pas plus que ça. Par
exem ple, Roger n'a jam a is pu q u itte r sa vie
de rock-star. C'est vra im e n t un des aspects
pour lesquels nous som m es très différents,
car m oi, je ne suis pas capable de c on tin uer
à garder l’a ttitu d e qui est la sienne. Parfois,
il m 'ap p e lle en me disan t: "Hey, Brian, je
viens d ’avo ir untel au téléphone, il nous pro­
pose de joue r 5 soirs de suite au Tokyo
Dome pour telle som m e d 'a rg e n t...” Je lui
répond: “ M ais qui va cha nter ?” (Rires).
Nous som m es encore très proches de Queen
m ais à la fois très éloignés et je ne veux pas
me lancer dans le ch a n t pour Queen, c'est
te lle m e n t personnel que je ne peux im aginer
une seule seconde c ha nter avec Queen des
m orceaux sans Freddy à côté de m oi. Il
n ’existe personne capable de refaire ce que
nous avons fa it avec Freddy. J’aim e chanter,
m êm e si je ne suis pas un très bon chanteur.
Et je ne veux pas c ha nter dans Queen, c'est
hors de question. Ce q u ’a fa it Freddy avec
Queen est tellem e nt m a gnifique que person­
ne n'est capable de le refaire aussi bien. Et
lorsque l’on en parle avec John et Roger,
nous savons p e rtin e m m e n t que c'est im po s­
sible. La vie que nous avons vécue au sein
de Queen éta it une bagarre qu otidienn e. Le
ré su lta t est ce que nous avons laissé derriè­
re nous, m ais il fa u t bien com prendre que
pour en arriver là nous nous battions tous les
qu a tre chaque jours pour nos idées afin de
fa ire avancer le groupe de la m eilleure façon
q u ’ il soit. C ontrairem ent à to u t ça, au jo ur­
d ’ hui, j ’ai le choix de disposer les photos
com m e je le veux, de con truire mon image
com m e bon me sem ble, to u t pa rt de m oi, je
n'ai pas à discute r pendant des heures pour
faire ad m e ttre aux au tres que c'est la
m eilleure solution. Freddy é ta it q u elqu'un de
très naturel et on savait exactem ent lorsque
l'on d is c u ta it entre nous où il vo u la it en
venir, il éta it égalem ent d ’un grand soutien
lorsque je me trouvais à tra va ille r sur des
parties de voix ou de guitares. Il ne venait au
stud io que pour une heure m ais au cours de
cette heure, il do n n a it tellem e nt de conseils,
d'idées, il do n n a it te llem e nt que pour cela
égalem ent il me m anque au jo u rd 'h u i. J’a i­
m erais parfois q u ’ il vienne me dire ce q u ’il
pense de ce que je fais et je suis sûr q u ’il
a u ra it un regard très précieux sur mon tra ­
vail.
Quels sont tes projets à cours terme ?
En ce m o m e n t, je suis c o m p lè te m e n t
con centré sur les co n ce rts. Je tra v a ille sur
des sho w -case aco u stiq u e s de stin és à un
p u b lic ré d u it et privé. E nsuite, je vais pas­
ser un peu de tem ps avec mes en fants,
nous a llo n s p a rtir un peu en vacances
en sem ble. E nsuite, il sera te m p s de to u r­
ner avec le groupe au co m p le t, en é le c­
triq u e cette fois, e t j ’espère que l’on en
perdra pas tro p d ’argent. Je vie n d ra i jo u e r
en France en se p te m b re , à Paris à La C iga­
le e t c e rta in e m e n t à Lyon m ais il nous fa u t
ca le r un da te sans se trom per. Le b u t de
ce tte tou rn é e est de to u rn e r p o ur q u elques
dates se u le m e n t en G ra nde -B reta gne et en
Europe assez ra p id e m e n t po ur e n su ite p a r­
tir au Japon, p u is re venir en E urope, ca r à
ce tte période le c o n c e rt sera bien rôdé et
to u t ira bien.
T,
Louise <ontre-aiïtaque !
vec
la
sortie
offert
l ’un
La s t a r
de
des
“ Ray
pl u s
absolue
des
Of
Light” , Madonna
beaux
come-back
eighties
s ’é t a i t
en f u t u r e h a s - b e e n des a n n é e s 90.
Quelques
et
n ’a u r o n t
des
en
un
succès
charts.
parfaite
Madonna
Au
populaire
Avec
contraire,
compter
“ Ray Of
déclin
L i g h t ” , un nouv e l
collaboration
prouve
millénaire
en
finalement
en
faisant
elle d é m o nt r e
avec
elle.
avec
le
que
son
Portrait
ces
petit
force
d ’une
avenir
ses
à petit
années.
transformée
albums mi-figue mi-raisin
pas
eu
raison
de
la
album magnifique
n ’est
et t a l e n t
q u ’il
Orbit,
derrière
vers
diva
élaboré
William
pas
chansons
star
certainement
dernières
producteur-mentor
évoluer
avec
de
s ’e s t
elle.
le
prochain
faudra
toujours
vraiment
pas
comme
les
autres.
par Christian André
Louise Veronica Ciccone, alias Madonna,
née à Rochester M ichigan, le 16 août 1 9 5 8 .
Depuis le début des années 8 0 , cette artiste
do nt le nom a toujours été sur toutes les
lèvres - au tant en bien q u ’en mal - a vendu
plus de 1 0 0 m illions d ’album s. Elle se place
aux côtés de groupes com m e Genesis, Pink
Floyd, Queen, etc. Rien qu'en France, on
annonce pas m oins de 12 m illions d'album s
et de singles vendus depuis le début de sa
carrière. Enorme. Im pressionnant.
squattent d ’em blée les charts. Mélange de
pop, new-w ave et disco, la m usique de
Madonna est im m é diatem ent accessible. Ce
prem ier album fa it d'elle une des grandes
révélations de ce début des eighties. Rien
qu'aux E tats-Unis le disque est certifié qu a­
druple platine. La France n'est pas en reste
puis le prem ier single "H o lid a y ” se vend à
plus de 2 7 0 .0 0 0 exem plaires !
Mais c'est avec son deuxième album que
M adonna explose litté ra le m e n t. S orti en
célèbre producteur Nile Rodgers, qui fu t en
son tem ps m em bre du groupe Chic. La pro­
duction de l'a lb um s'en voit nettem ent am é­
liorée, ce qui est une très bonne chose com ­
parée à l’aspect trop synthétique du “ First
A lb u m ” .
Quelques mois plus tard, Madonna se voit
o ffrir avec Rosanna A rquette le rôle principal
du film de Susan Seidelm an, "Recherche
Susan D ésespérément” . Ce joli petit film est
très rapidem ent un succès et le titre "In to
\l
\ |)0
\
\
\
Tiï
(j||'|
Itridrwl V.ttV.n r*(un‘ StwAtrJtk
...
Mais rem ontons au début des années 80.
Après avoir été danseuse pour Patrick Hernandez (le créateur du célèbre tube disco
"B orn to be alive") M adonna, grâce à une
m aquette 4 titres, vient de signer chez Sire
Records, une division de Warner.
Le succès de son prem ier album éponyme
(1 9 8 3 ) est im m é dia t : “ Lucky s ta r” , "H oliday” , “ B urning up” ou encore “ B orderline”
Rockstyle n° 25
1 9 8 4 “ Like A V irgin” reste encore au jo ur­
d ’ hui une référence dans le dom aine de la
pop dansante et marque de son em preinte
les eighties au même titre que le "T h rille r”
de M ichael Jackson ou le “ Let's Dance” de
Bowie. Les tubes y sont nom breux : "Like a
virgin" bien sûr mais aussi "Dress you up” ou
“ M aterial g irl". Pour cet album , Sire Records
ne regarde pas à la dépense et engage le
the groove” de Madonna un tube énorm e (le
titre a d ’ailleurs été rajouté sur les éditions
postérieures de l'a lb um “ Like A V irgin” ). On
com m ence alors à penser que to u t ce que
touche la chanteuse se transform e en or et
qu 'e lle est bien partie pour mener de fro nt
une double carrière à succès. Ses prochaines
prestations ciném atographiques prouveront
cependant le contraire.
Été 98 E S
Le phénom ène M adonna co m m e n c e à
prendre une d im e n s io n in a tte n d u e . Les
jeunes fille s co p ie n t leur idole s 'h a b illa n t
de la m êm e façon que dans le film , im ita n t
son m a quillag e et sa coiffure. Tout com m e
les punks quelques années p lu tô t et Cure
dans les m ois qui su ivro n t, une m ode ves­
tim e n ta ire et un look ap para isse nt à tra ­
vers une idole m usicale.E n 1 9 8 5 tou jo urs,
M adonna se m arie avec l'a c te u r Sean
Penn, q u ’elle rencontre sur le tournage du
navet “ S hangaï S urp rise". Leur liaison pour
le m o in s tu m u ltu e u s e du rera ju s q u 'e n
1 9 8 9 , date de leur divorce. En m êm e
te m p s que l'a d m ira tio n sans borne de ses
fans, M adonna de vie nt ra pidem e nt la cible
préférée des ligues pu rita in e s am éricaines.
Sa s e n s u a lité p ro v o c a n te et l ’ id o lâ trie
q u 'e lle suscite chez les jeunes ne pou­
v a ie n t q u ’énerver les "bien pe nsants’’ et les
so i-d is a n ts garants des valeurs m orales.
A in si, elle est ra pidem e nt cataloguée par le
très sérieux cen tre "P are nt M usic R esour­
ce” dirigé par T ipper Gore (la fem m e de
l'a c tu e l v ic e -p ré s id e n t des E tats-U n is Al
Gore) com m e faisa n t p a rtie des dix ou
qu in ze indé sira bles ! John Lennon, dans
les années 7 0 , fu t lui aussi classé parm i
les "p a ra s ite s " par des m o uvem e nts p u ri­
tains et na tio nalistes. Les années passent
m ais rien ne change v ra im e n t...
En 1 9 8 6 , M adonna co n tin u e son irré sis­
tib le ascension en p u b lia n t le superbe
"True B lu e ” . Une nouvelle fois, plusieurs
titre s se hissen t au s o m m e t des c h a rts :
"True b lu e ” , "Papa d o n ’t p reach” , "Open
y o u r h e a rt” , "La isla b o n ita " et la m e r­
veille use ballade "Live to te ll", s ûrem en t
l’ une des plus belles chansons de M a d o n ­
na. L’a lb u m c a rto n n e p a rto u t da ns le
m onde et se vend à plus de 17 m illio n s
d ’exem plaires ! De s ta tu t de star, M adonna
est passée à celui de légende vivante . Ses
c lip s (to u jo u rs très soignés) passent en
heavy ro ta tio n sur tou tes les cha în es télés
du m onde e n tie r et ses con certs a ffic h e n t
s o ld -o u t pa rtou t.
érotique s de la s ta r q u i s'y dévoile sous
to u te s coutures. D’ un érotism e glacé et
som m e to u te léger, le livre s'app are nte
plus à ce que p ro d u it ré gu liè re m e n t Playboy q u 'à une vé rita b le oeuvre a rtis tiq u e et
osée. Le succès est cep enda nt au rendezvous et le livre se vend à des cen taines de
m illie rs d'exe m plaires. On ne com prend
pas tro p les raisons qui o n t poussé M a d o n ­
na de se fendre d 'u n ouvrage aussi peu
in té re s s a n t e t ra co le u r. P ro v o c a tio n ?
Besoin de rentrées fin a n ciè re s rapides et
sans e ffo rt pour son nouveau label ? Crise
ég ocentrique ? Q uelque s o it la raison “ Sex"
ne s 'in s c rit pas parm i les m e illeure s idées
de la célèbre chanteuse.
de “A lien 3 " et du grandiose “ Seven” . Elle
en chaîne alors sur une tournée m o ndiale
sponsorisée au d é p a rt par Pepsi. Seule­
m ent, le c lip de "L ike a prayer" choqua te l­
lem e nt les ligues ca th o liq u e s am éricaines
et autres m ouvem ents p u rita in s que la
célèbre m arque de boisson à bulles se re ti­
ra. C’est Pioneer, to u t c o n te n t de l'a u b a i­
ne, qu i re p rit le sponsoring.
1 9 9 0 restera com m e une année im p o rta n ­
te dans la carrière de M adonna. Elle tro u ­
ve en fin un rôle au ciném a qu i lui va u t de
bonnes critiq u e s. Dans "D ic k Tracy", a d a p ­
ta tio n d ’ une célèbre bande dessinée créée
dans les années 3 0 , elle côto ie D ustin
H offm an et Al Pacino, ainsi évid e m m e n t
que W arren Beatty, égalem ent réalisateur
du film . “ D ick Tracy" sera l'u n des plus
gros succès cin é m a to g ra p h iq u e s de l'a n ­
née 1 9 9 0 , ram assant la bagatelle de 1 4 0
m illio n s de do lla rs de recettes. La BOF sort
la m êm e année, “ l ’ m B reathless” , l’albu m
inspiré du film , m e ttra le single “ Vogue” en
tête des h it-p ara des in te rn a tio n a u x. S ur sa
lancée, M adonna dé m arre le "B lo n d A m b i­
tion Tour" qui durera près d ’ une année. Un
d o c u m e n ta ire s u lfu re u x “ In Bed w ith
M a donn a” , film é à cette occasion, sortira
l'année suivante provoqu ant un nouveau
scandale. E nfin, 1 9 9 0 v o it la so rtie de
"Im m a c u la te C o lle ctio n ” , prem ière c o m p i­
lation de M adonna co n te n a n t deux inédits
d o n t “Ju s tify m y love" et son c lip signé
M ondino. Là-encore, le c lip fa it scandale
auprès des ligues bien-pensantes.
1 9 9 2 restera en revanche com m e une
année noire dans la vie de M adonna. S ou­
cieuse de co n trô le r ju s q u ’au m o in dre d é tail
ses fu tu re s pro d u ctio n s, M adonna décide
de créer son propre label. C’est ainsi que
v o it le jo u r M averick Records, qui sera to u ­
jours d istrib u é par W arner. Elle signa A lannis M o rrissette qui re m porta le succès que
l’on sa it. C ependant, les deux prem ières
sortie s de M a verick laissèrent le p u b lic et
les c ritiq u e s po ur le m o in s perplexes.
D 'abo rd, ce fu t “ Sex", un livre de photos
En 1 9 8 7 , M adonna est à l'a ffic h e du film
"W h o ’s T h a t G irl” réalisé pa r Jam es Foley.
Le film est te lle m e n t m auvais q u ’ il s o rt en
vidéo aux S tates s eu le m ent trois m ois
après les pro je ctio n s en salle ! D écidé­
m e nt, M a donna a c c u m u le les m auvais
c ho ix c in é m a to g ra p h iq u e s . La bande son
c o n tie n t q u a tre titre s (peu co n va in ca n ts)
c ha ntés pa r la reine des c h a rts .
1 9 8 9 . M adonna re vie nt sur le de vant de la
scène m u s ic a le avec “ Like A P raye r” .
Q uatre titre s m a je urs d e v in re n t ra p id e m e n t
des tu b e s : “ Express y o u rs e lf” , "C h e ris h ” ,
“ Keep it to g e th e r" et “ Like a p ra y e r” . Le
c lip de "Express y o u rs e lf" reste à ce jo u r
l'u n des plus chers de l’ histoire . Il fu t réa­
lisé par D avid Fincher, le fu tu r ré alisateur
Rockstyle n° 25
w .
Dans la foulée, M adonna so rt "E ro tic a ” ,
nouvel albu m blafard qui s’éloigne dange­
reusem ent des belles m élodies ha bituelles.
On ne retrouve q u 'à de très rares m om ents
l'in s p ira tio n de ses précédentes ré alisa­
tio n s . 3 m illio n s d 'e x e m p la ire s se ro n t
écoulés aux E tats-U n is. On est très loin
des scores fleuves de “ True B lu e" ou "Like
A Prayer” ! Le seul bonheu r de cette année
est pe ut-ê tre sa p a rtic ip a tio n au film de
W oody A llen "O m bres et B ro u illa rd ” . Tour­
ner avec ce génie ne pe ut être q u 'u n e
re connaissance et une c o n sé cra tio n ...
i
P ourtant, M adonna se ra ttra p e en 1 9 9 4
avec la so rtie de "B e d tim e S tories” , nouvel
alb u m sur lequel p a rtic ip e B abyface et
B jôrk. Le single “ Take a b o w ” fa it un joli
parcours aux E tats-U n is où il est num éro
pe ndan t 7 sem aines. L’année suivante,
M adonna propose à son p u b lic une c o lle c­
tio n de ses plus belles ballades. L’album
“ S om e th in g To R em e m be r” pe rm et ainsi
au superbe et in tim is te single “ Oh fa th e r”
de fa ire enfin une jo lie carrière dans les
classem ents in te rn a tio n a u x.
La m êm e année, elle en tam e le tournage
de “ E vita” , le nouveau film d'A la n Parker
( “ T h e W a ll” , " B ir d y ” , “A nge l H e a rt” ).
M adonna y incarne le rôle p rin cip a l celui
d'Eva Peron aux côtés de Jon atha n Pryce
et d 'A n to n io B anderas. Le film sortira l’an­
née suivan te et la co m p o sitio n de la c h a n ­
teuse sera très rem arquée. Q uant à sa nou­
velle version du “ D o n 't c ry fo r me A rge ntina” tiré e du film , c ’est le ca rto n dans le
m onde entier. C’est d 'a ille u rs son plus gros
tu b e de puis des années.
M adonna se v o it ainsi à nouveau to u t en
ha ut des c h a rts et sa cote de po p u la rité ,
sévèrem ent entam ée de puis 4 ans, re m on­
te en flèche. Rien qu 'e n France, le single
se vend à 4 5 0 .0 0 0 exe m plaires et la
bande o rig in a le du film , un do u b le CD, est
ra p id e m e n t deux fois disque de p la tin e !
W
a
Deux ans plus ta rd , M adonna enfonce le
clou avec son nouvel a lb u m , le superbe
"R ay Of L ig h t” . La naissance de sa fille
MADONNA - Les singles
(entre parenthèses le meilleur classem ent en France)
1982 :
- Everybody
1983 :
1991 :
- Lucky star
- Holiday (24)
- Crasy for you (remix)
- Rescue me (21)
1984 :
1992 :
- Borderline
- Like a Virgin (8)
1985 :
- Material girl (47)
- Crasy for you (47)
- Into the groove (2)
- Angel
- Gambler (33)
Dress you up (18)
- This used to be my playground (7)
- Erotica (23)
- Deeper and deeper (17)
1993 :
- Bad girl (44)
- Fever
- Rain
1986 :
Lourdes a tra nsform ée la sulfureuse c h a n ­
teuse en une mère de fa m ille com blée.
Transform ée par cette nouvelle expérience,
M adonna a p p a ra ît épanouie. A l’ in sta r du
p re m ie r single "fro z e n ", les titre s de “ Ray
Of L ig h t” dé ga g e n t une s é ré n ité ju s ­
q u ’alors insoupçonnée. La présence de
W illia m
O rb it,
cé lè b re
p ro d u c te u rre m ixeur e t m agicien du son, y est c e rta i­
ne m ent pour beaucoup. Le trio m p h e est
to ta l puisque rien q u ’en France, l’albu m
“ Ray Of L ig h t" est disqu e d 'o r bien avant
sa so rtie , et ce grâce aux pré-com m andes
du p u b lic . La reine de la pop dansante a
retrouvé son trône. Et elle y est assise
encore po ur très longtem ps.
^
Rockstyle n° 25
- Hanky panky
- Justify my love (17)
-
Live to tell (6)
Papa don’t preach (3)
True blue (6)
Open your heart (24)
1987 :
-
La isla bonita (1)
Who's that girl (2)
Causing a commotion
The look of love (23)
1989 :
- Like a prayer (2)
- Express yourself
- Cherish (21)
- Dear Jessie
1994 :
- l'il remember (40)
- Secret (2)
- Take a bow (25)
1995 :
-
Bedtime story
Human nature (82)
You'll see (24)
Oh father (26)
1996 :
-1 want you
- Love don't live anymore (48)
- You must love me (41)
1997 :
- Don’t cry for me Argentina (1)
- Another suitcase in another hall
- Buenos Aires (promo)
1990 :
1998 :
- Vogue (9)
- Frozen (1)
CD R E V IE N S , EXPRESS!), F L A SK B A C K
Le tour de l’actualité discographique
des chroniques de disques
IMAGES ET SHOPPING
2 pages nouveautés vidéos et bouquins
0/5
A éviter
LE
DISQUE
-'il
TOTO
“X X
1977-1997”
(ColumDiaSony) - 5/5
Pour fêter dignement
ses vingt années de
carrière, Toto est allé
fouiller
dans
ses
archives. Et mon Dieu,
ce que le groupe amé­
ricain a retrouvé dans
son grenier vaut son
pesant d’or, à tel point
que cette compilation
d’inédits figure d’ores
et déjà parmi les
meilleures productions
de la bande à Lukather.
L’album
s’articule
autour de quasiment
tous les périodes. 13
titres durant, on a donc
le bonheur de réen­
tendre Bobby Kimball,
Joseph Williams ou le
regretté Jeff Porcaro.
Le premier morceau,
“ Going home” , aurait
du figurer sur la compi­
lation “ Past To Pré­
sent” mais fut refusé
par les grandes ins­
Très moyen
Intéressant
4/5
5/5
Très bon
Indispensable
DU MO I S
tances de chez Sony.
Pourtant, c’est un tube
en puissance, dans la
lignée d’ Un “ Can’t stop
loving you” . Le plus
étonnant, c’est que sur
ce titre de 89, on
retrouve KimbaM au
chant et Williams aux
choeurs ! “ Taie of a
man”
ensuite
est
typique de la période
du premier album et
surtout de “ Hydra” . Le
son de guitare de Steve
Lukather
ressemble
effectivement à celui
de “ St George & the
dragon” . Vient ensuite
une nouvelle perle,
cette fois-ci chantée
par le fantastique Jose­
ph W illiam s, “ Last
night” . Groove impec­
cable, section cuivres
somptueusement
arrangée. Une
mer­
veille. “ In a word” date
à peu près de la même
époque. Cet excellent
morceau est ponctué
d’un solo de Lukather
tout simplement ren­
versant. D’ailleurs, la
totalité des 13 titres
nous donne une nou­
velle fois la preuve que
Toto est constitué de
musiciens hors pair,
capables de jouer n’im­
porte quel style dans
n’importe quelle condi­
tion. La meilleure preu­
ve est ce “ Mrs John­
son” de 1977, homma­
ge évident de Lukather
à Queen (le son de sa
guitare est identique à
celui de Brian May !)
et à Pink Floyd dans
son
final
planant.
D’ailleurs, il n’y a pas
de deuxième couplet
chanté sur ce morceau.
Dans le livret, le grou­
pe vous propose de lui
envoyer par le biais
d’ Internet vos propres
paroles !!! Plus sérieu­
sement, le clou de ce
somptueux écrin de
perles rares est sans
conteste la version live
d’“Africa” enregistrée à
Johannesburg l’année
dernière. Là, on touche
à la perfection. Entou­
ré de choristes et de
percussionnistes
du
cru, Toto se déchaîne
littéralement, à l’image
d’ un Simon Philips
royal derrière ses fûts.
Un sommet. Ce “ XX”
est
finalem ent
un
cadeau d’ une valeur
inestimable...
Thierry Busson
FAUBOURG Ili BOIGNCRD
PULP
«Terra Gallica»
«This Is Hardcore»
(Boucherie Productions) - 5/5
Loin des frasques parisianistes, Fau­
bourg continue son petit bonhomme de
chemin parmi le folk-traditionnel fran­
çais. Le groupe morvandiau revient avec
un second effort encore plus paufiné,
encore plus réfléchi. Faubourg, emmené
par son leader Raphaël Thiéry, ne se
contente pas de travailler à l’intérieur de
sa région mais depuis plusieurs années
sillonne l'Europe en long et en large si
bien que le groupe rencontre autant le
succès à l’étranger que sur le territoire
français. Dommage et tant mieux quand
on pense au potentiel qui entoure ce
groupe de bons vivants. A chaque retour
de voyage, c’est un nouveau départ que
prend Faubourg tant l’influence des pays
visités est grande. “ Terra Gallica" est
devenu en quelques mois l’hymne du
Morvan et quel hymne ! Des mélodies
qui s’enfonsent au plus profond du ter­
roir et qui renaîssent par l’intermédiaire
de “Adieu les filles” , morceau d’antholo­
gie qui ne peut laisser le le passant sur
sa faim. Faubourg pourrait être un grou­
pe comme les autres sans la forte pré­
sence d’instruments traditionnels tels
que le bouzouki, la mandoline, la corne­
muse ou encore le violon maniés de
mains de maîtres par Didier Gris et
Raphaël Thiéry. Le royaume de Saulieu
est fier de ses gamins sans qui les
racines auraient déjà disparues depuis
longtemps et même si la tâche n’est
jam ais facile pour un groupe comme
celui-là, ils se battent contre les institu­
tions du disques qui prétendent détenir
la vérité. Donnons-leur la chance de col­
porter la bonne parole, donnons-leur la
possibilité de s’exprimer car ces mecs
ont des choses à dire et que ceux qui ne
croient pas en eux s’écartent de leur
chemin à jamais. Ceux-là sauront se
reconnaître. “ Terra G allica” est un
album à découvrir d'urgence !!!
Wes Balandret
E E
Rockstyle n° 25
SAGA
«Détours»
(Island/Polygram) - 5/5
(SPV/Media 7) - 5/5
Depuis ses débuts en 1 98 3, Pulp n’a
cessé d'intriguer, de fasciner, puis vers
la fin des années 8 0 se forge un toute
nouvelle vocation lorsque Jarvis Cocker
découvre l'acid house, seul mouvement
d’alors suffisament rebel pour intéresser
notre homme. Octobre 9 6, c’est la sor­
tie de “ Différent Class” , un album qui va
asseoir définitivem ent la notoriété de
Pulp. Durant deux ans, Jarvis Cocker va
tenter de sauver la peau de son groupe,
englouti par le succès. Chris Thomas,
déjà responsable de la production du
précédent album se remet aux manettes
pour ce “ This Is Harcore” . Le titre “ Fear"
qui entame les hostilités est un grand
moment de solitude, une version sur le
thème de l’inaction, sans doute un méa
culpa. S’ensuit, “ Help The Aged” , le
single imparable qui prépare le terrain à
la l'instant pop majeur “ This is hardco­
re", construit g ra d u e lle m e n t autour
d'une sim ple histoire d ’amour, une
obsédante vision du quotidien. Jarvis
Cocker, figure em blém atique, visage
d’a n g e lo t, n’est pas celui que l’on croit.
Son nom sonne com m e celui d’un
contorsionniste, mélangeant les sons,
triturant les textes nébuleux et franche­
ment plus adultes désormais. Ce disque
regorge de trouvaille sonores, qu’elles
soient acoustiques ou électriques, les
parties de guitares sont en tout point
exceptionnelles. “Glory days" en est
l’illustration parfaite, les heures de gloi­
re, elles, restent à venir. Grâce à ce
disque, Pulp rend cohérente la notion de
groupe, chacu des membres travaillant
pour la bonne cause. A l’heure des
bilans et du passage en classe supérieu­
re, il fallait que tout soit différent et l’on
est pas déçu. Pulp signe là un mélodra­
me pop avec toute l’ironie suffisante
d’un des meilleures de cette fin de
décennie.
Après le décevant “ Pleasure & The Pain”
sorti l’an dernier, Saga revient en grande
forme avec le deuxième album live de sa
carrière. On se souvient tous du magni­
fique “ In Transit” sorti en 198 2, véri­
table best of des grands morceaux du
groupe canadien. Autant le dire tout de
suite, ce double CD live enregistré lors
de la dernière tournée européenne de
Saga est quasim ent l’égal de son illustre
prédécesseur. Après une entrée en
matière instrumentale (“ In the hall of
the mountain king W illia m ” ), “ How
long", “ Careful where you step” ou
“ Wind him up” nous replongent au
début des années et par la même occa­
sion dans ce que Saga a fa it de mieux.
Bon nombre de titres sont d’ailleurs
issus d’albums comme “ Silent Knight",
“ Worlds Apart" ou “ Head Or Taies” .
C’est avec conviction et leur technique
habituelle que les musiciens du groupe
nous ressortent des "Hum ble stance” ,
“ The flyer” ou “ On the loose” . Quant à
Michael Sadler, sa voix toujours aussi
splendide illum ine quelques titres plus
récents : “ The cross” , hélas seul repré­
sentant de “ Génération 13” , un superbe
“Security of illusion” intégré dans un
form idable set acoustique ou un “ You’re
not alone” revisité. Enfin, en guise de
cerise sur le gâteau, chacun des deux
CD contient une piste CD Rom supplé­
mentaire, soit deux clips live en bonus.
Maintenant, on peut se demander quel
sera l’avenir d’un Saga qui prend un
malin plaisir à alterner les bons et les
mauvais disques. Car après ce magni­
fique double live, on est en droit d'at­
tendre un très bon album studio de ce
groupe qui a marqué le début des
années 8 0 avec son rock mélodique
intelligent; fougueux et unique. Espé­
rons que le message sera entendu...
Thierry Busson
Pascal Vernier
«Conscious Party »
U N B ELIEU AB LE TR U TH
K A T O N O iïlP
A S IA N D U B F O U N D A T IO N
«R. Burger/P. Poirier»
«Almost Here »
(Labels) - 4/5
(Hiéro Colm ar) - 4/5
(Virgin) - 4/5
Dans une débauche de sons, de
sam ples et de fréquences ultrabasses, le groupe Paki le moins
célèbre de la perfide Albion déboule
avec ce live en hommage à leur Fran­
ce, terre d'accueil. Après deux
album s à peine sortis dans leur pays,
Asian Dub Foundation et une recon­
naissance en passe de devenir véri­
table, ces jeunes gens se sont lancés
dans l’une des campagnes les plus
imposantes m édiatiquem ent en pre­
nant la défense de l'un des leurs Stapal Ram. Avec des valeurs sûres
com m e "B lack w hite", “ Naxalite” ou
encore la reprise de Nusrat Fateh Ali
Khan "Taa deem", et des musiciens
com m e le fantastique gu itariste
Chandrasonic, A.D.F sera l’un des
groupes machines à ne pas oublier.
Yves B alan d re t
Attention, petit bijou : pour diversifier
ses activités déjà riches d'organisateur
de concerts de qualité, de rencontres
artistiques particulières, Hiéro se
lance dans la production d'albums
retraçant les moments forts et inédits
de sa programmation. Pour inaugurer
cette prometteuse série, Hiéro com­
mercialise un album en forme d’objet
rare, une pièce collector pressée à 1
0 0 0 exemplaires tirée de la soirée
«carte blanche» offerte à R. Burger et
R Poirier de Kat Onoma. Tout l’intérêt
réside dans l'interprétation encore
plus intimiste, encore plus épuré des
titres qui prennent ici une dimension
toute particulière, à la fois intense et
fragile. Vendu par correspondance : 120
C’est le nom du trio anglais formé par
Andy Yorke, le petit frère de l'anima­
teur vedette de Radiohead, Thom
Yorke. Le petit est grand, car passée la
barrière vocale, c’est l’espace libre, un
champs d'action volontairement adul­
te qui apparaît. Le groupe tire son
nom d ’un film anglaisde Hal Hartley
qui dépeint si bien l’esprit minimaliste
qui règne tout au long de l'album.
L’ambiance romantique est accentuée
par les textes très personnels de Andy
Yorke. Parfois quelques violons vien­
nent tirer de la torpeur ces jeunes
gens. Le regard qu’ils portent sur leur
entourage est en relation directe avec
ces longues mélodies contemplatives.
Andy Yorke sait lui que tout ira bien ,
c’est juste une façon déconcertante de
faire apparaître l’incroyable vérité
P a s c a l Vernier
FF à Hiéro - 7, rue de la Lauch - 6 8 0 0 0
Colmar.
Berh
DEVIN TOWNSEND
PET ER GREEN
«Blues For Dhyâna»
(Culture Pre ss) - 4/5
Le titre de cet album ne préfigure en
effet aucunement le retour de l'affreux
Elton John sous un autre pseudony­
me. Non, il s'agît bien du véritable
Peter Green, ancien guitariste de Fleetwood Mac et des Bluesbreakers de
John Mayall. Quelques mois après la
sortie d'un album live avec le Splinter
Group, "Blues for Dhyâna" est une
compilation des productions de cette
légende de la guitare durant la période
19 78 à 1986, période précédée par
quelques délires m ystico-psychiatriques ayant laissé les fans sans nou­
velle de Peter Green pendant de
longues années. Il ne reste plus qu'à
souhaiter que la sortie de cette belle
com pilation soit le signe annoncia­
teur d'un retour sur le devant de la
scène d'un artiste trop rare.
Laurent Janvier
bilan Mi|
STTELLA
B E I / IN T O U / M S ïN D
GARBAGE
B R I A N n\AV
«Quelle Belle Tournée
Live»
«O céan Machine»
«Version 2.0»
«Another World»
(C M M ) - 4/5
(RC A /BM G ) - 5/5
(EM I) - 4/5
Ce mec-là est un petit génie. Avec
Strapping Young Lad, il a repoussé
'es lim ites de la violence musicale
to u t en sachant rester mélodique,
ce qui n'est pas rien ! Avec ce pre­
m ier album signé de son nom,
Devin Townsend prouve qu 'il a plus
d ’une corde à son arc. Evoluant
entre Pink Floyd, Rush et le métal,
la m usique pensée et composée par
Devin Townsend fa it preuve d ’ une
o rig in a lité in d é n ia b le à l’ heure
d'une certaine uniform istaion dans
le m ilieu du rock. Son jeu de gu ita ­
re et sa voix polym orphe sont au
service de 12 titres intelligem m ent
construits et interprétés. Si vous
aim ez l'aventure, le disque de cet
Indiana Jones vous com blera audelà de vos espérances.
Thierry B u sso n
A l’heure qu’il est, tout a été dit, lu,
vu, à propos de Version 2.0. Face à
cette imposante (mais justifiée) sur­
médiatisation, un résumé s'impose :
1) Il y eut Garbage, un 1er album car­
ton, 4 millions d'exemplaires, des
tubes en veux-tu en voilà... 2) Mais il
y a une vie après tout ça car Garbage,
c’est avant tout trois redoutables
techniciens de studio dotés d’un véri­
table sens de la composition. 3) La
recette : mélodie pop + bidouillage
studio... 4) En vrac : un an de studio
pour accoucher de la bête ; la voix de
Mme a gagné en maturité, et Mme a
redonné aux rousses ses lettres de
noblesse. 5) Le public est au rendezvous, les médias jouent le jeu. 6)
Bref, tout le monde est content...
Quelques six années se sont écou­
lées depuis la sortie de “ Back To
The Light", le prem ier effort solo de
Brian May. Si le prem ier album du
guitariste de Queen n'était q u ’un
exorcism e b rilla n t, ce "A n o th e r
W orld" est vra im ent l'oeuvre solo
d'un parfait gentlem an. Des hymnes
rock puissants côtoient des ballades
intim istes et quelques reprises bien
senties (com m e ce "One rainy w is h ”
d'H endrix, que Brian May avait déjà
enregistré avec un orchestre sym ­
phonique sur l’hom m age "In From
The S torm "). Au fin a l, "Another
W orld” est une nouvelle fois un
album d'une finesse rare et d ’une
intégrité m usicale jam ais prise en
défaut. Ce qui est la m arque d ’un
grand parm i les grands.
Thierry B u s so n
(Bouch erie Productions) - 5/5
Sttella avait impressionné avec son
dernier album studio “ The Dark Side
Of The Moule", il restait donc au
groupe de Jean-Luc Fonck à fournir
un album live. C'est maintenant une
bonne paire de choses faites. Rien ne
manque, l’hum our et les jeux de mots
loufoques mais aussi l'émotion et le
son Sttella. Jugez plutôt: “ Les tar­
tines", “ Robert et Cathy", "Je m ’en­
nuie” , "A Tahiti” , "Les éléphants” , “ La
tasse de café” et bien sûr l'hymne
sttellien “ Torre molinos". Au total,
une heure de bonheur. Sttella tourne
beaucoup et ce disque est la juste
récompense pour un public toujours
exigeant.
Fais gaffe, Jean-Luc,
"Nagasaki, ne profite jamais.
P a sca l Vernier
Été 98 ^
S Y S T E m O T A DOU/N
C O RNELIU S
SEAN LENNON
S O N IC Y O U T H
«System Of A Down»
«Fantasma»
«Into The Sun»
«A Thousand Leaves»
(Colum bia) - 4/5
(M atador R ecord s) - 4/5
(Source) - 3/5
Inconnu par le public français, Sys­
tem Of A Down déboule avec un
album excellent. Etrangem ent issu
de la m ouvance Snot et consorts,
S.O.A.D n'en reste pas pour autant
com plètem ent original. Un mélange
de rythm es venus de l'O rient mêlés
à des guitares aux accords surpre­
nants, offre à ce prem ier effort une
place de choix au m ilieu de la caco­
phonie parfois beaucoup trop pré­
sente. Pas très facile pour ces
jeunes gens de se faire une place au
beau m ilieu de l’hégém onie am éri­
caine parfois raciste m êm e si des
titres com m e “ K now ” , “ Suite-Pee"
ou encore “ D devil" leur perm ettront
dans un prochain épisode de se
fro tte r aux grosses cylin d ré e s.
Excellent !
/v e s B a la n d re t
Pour bien capter toutes les subtilités
de ce disque, il convient de l’écouter au casque. Keïgo Oyamada,
alias Cronelius, tire son nom de 'La
Planète des Singes'. Ce brave gar­
çon, com m e bon nom bre de ses
com patriotes s’intéresse à ce qui se
passe de notre côté de la planète. Il
découvre les plages californiennes à
califourchon sur une planche de
surf piquée au Beach Boys. Car to u t
le problèm e est là, Cornélius a fro t­
té la lam pe du bon génie: Brian W ilson. Cornélius est resté scotché à
l’oeuvre des Beach Boys et dévelop­
pe un thém atique sonore faite de
montages greffés au tour de ry th ­
miques efficaces. Méfiez-vous des
apparences !
P a sca l Vernier
Pour son premier essai discogra­
phique, Sean Lennon s’autorise un
étonnant et pétillant cocktail musical,
car nourrit d ’influences fort nom ­
breuses, il n’hésite pas à décorer
chaque chanson grâce à une palette
de styles éclectiques qui s’égrennent
tranquillem ent. On retient surtout au
passage "Into the sun” , plutôt salsa et
“ Home” et ses relents grunge. Comme
le veut la coutume familiale, Sean s’est
trouvé une muse, elle s’appelle Yuka et
collabore à l’écriture. Même s'il avoue
s’intéresser au trip-hop et à la techno,
la recette de la bonne mélodie reste au
goût du jour, témoin le titre "Queue’’
très Beach Boys. Nous ne referont pas
l'histoire, Sean est le fils de son père et
le garçon de sa mère. Point barre.
P a s c a l Vernier
Incontestablem ent, S.Y. a marqué
l'histoire de la musique. Au fil du
tem ps, S.Y. est apparu soit en
meneur, soit en objet de référence,
soit en précurseur ; en dehors des
modes et des courants, S.Y. s'affirme
toujours comme un groupe dont la
seule ligne de conduite se résume à
brouiller les pistes par une recherche
quasi symptomatique. Pas de remise
en question brutale, Sonic Youth sera
toujours S.Y., et pourtant S.Y. ne se
lasse pas, ne lasse pas. S.Y. n'a
jamais fait de tubes, S.Y. ne fa it que
des disques. Concernant «A Thou­
sand Leaves», mutile d ’en vanter les
mérites : S.Y. ne cherche à convaincre
personne, S.Y. n’a rien à prouver, il le
prouve à chaque album...
Berth
(Geffen) - 4/5
LO U R E E D
KORN
B R I A N UTIL50N
D EEP PU RPLE
«Perfect Night- Live»
«Follow The Leader»
«Imagination»
«Abandon»
(Reprise R ecord s) - 4/5
(Epie/Sony) - /5
(Giant/RCA) - 4/5
(EM I) - 2/5
Pour ce concert enregistré, il y a un an
déjà, Lou Reed s'est fait fabriqué tout
spécialement une guitare avec un son
sur mesure, l'ampli qui va avec , un
bande de copains, des bons, musicalament s’entend afin de reprendre bon
nombre de classiques, datant même
pour certains du Velvet. Ici, pas de
grosses cavaleries, juste une palette d’ar­
rangements nouveaux pour son huitième
album live, Lou Reed décide de se refai­
re une santé en proposant de titres
inédits extraits de son opéra rock., “Talking book” en est sans doute le meilleur
exemple. Lou Reed est désormais moins
révolté, toujours gonflé à l'égo, il s'octroie
un set sans éclat mais sans bavure tou­
jours à la limite de la provocation. Bien­
tôt trente ans que l'on attand un véritable
album live de Lou Reed, il arrive enfin,
Perfect Disc.
P a sc a l Vernier
Les débiles de Korn reviennent avec
un album excellent ta n t au niveau
des com positions qui se retrouvent
b eaucoup
plus
efficace s
to u t
com m e les m usiciens do nt les par­
ties se sont sim plifiées afin de res­
sortir plus puissantes au niveau de
l'efficacité. On entre dans le vif du
sujet avec l’excellent “ It’s on” suivi
du plus lent “ Freak on a leash” Il est
incontestable que la voix de Jona­
than Davies a énorm ém ent évolué
vers la puissance et la sécurité. Elle
réussit enfin à donner à Korn l’ iden­
tité q u 'il cherchait. Plus de gém is­
sem ents pubères, l’actu alité est une
voix raillée et efficace. "Follow The
Leader” est un album impeccable.
Efficacité, Générosité. Parfait !
)Ves Balandret
Brian W ilson, le génie des Beach
Boys sort de sa retraite pour imposer
son nouvel album que l’on attend
depuis dix ans au moins. L'homme
aligne les titres com m e “ Your im agi­
nation" ou encore "Keep an eye on
su m m e r” du niveau de sa période
faste. Une touche très psychédé­
lique pour "South Am erica” avec ses
trom pettes colorées façon tropicale
eest une véritable pièce d'orfèvre.
H orm is quelques parties d'orgue
ham m ond, Brian ne joue plus de
basse et se concentre sur les voix,
lead bien sûr, mais aussi sur les
choeurs. Il n’y a rien ici de démodé,
ça sonne com m e à la grande époque
des Beach Boys, période "Pet
Sounds” . Il est bon de retrouver la
fantastique voix de Brian W ilson,
Good Emotions...
P a sca l Vernier
Déception. Oui, une belle décep­
tio n . A u ta n t l’arrivée de Steve
Morse com m e rem plaçant de Blackmore avait porté ses fru its sur “ Purp e ndicular", au tant cet album sent
le réchauffé et le m anque d 'in s p ira ­
tion. Il sera donc d it que Deep
Purple est un groupe vra im ent irré­
gulier. Entre le très bon e t le
m édiocre, la bande à lan G illan a
toujours eu du mal à choisir. Non
pas que "Abandon" (quel titre pré­
destiné !) soit m auvais, loin de là. Il
est tout sim plem e nt en deçà de ce
que l’on est en dro it d'attendre d'un
groupe aussi légendaire que celuici. En espérant que ce ne soit pas la
fin d'une belle aventure, on ne peut
que croiser les doigts pour la suite.
Thierry B u sso n
m
Rockstyle n° 25
PR O G R ESSIVE S
M E LO D IC R O C K
m vH T, S 'ÏO Ü Ï
Le suédois de Flower Kings nous
épate une nouvelle fois avec cet
album instrumental, démonstration
brillante de rock mélodique teinté
de jazz.
AU/AKE
N IC K C A V E
«Blind»
«The B est Of»
(Thunder Production) - 4/5
(Mute/ Labels) - 4 /5
Bien connu des réseaux underground
métal, Awake nous propose ici son
premier album. Pour un coup d'essai,
c’est un coup de maître. “ Blind" est
puissant, c’est un chose mais les titres
restent accessibles à un large public
sensible aux guitares et aux voix puis­
santes. Les solos et les ambiances par­
lent d ’eux-mêmes. Il suffit de se diriger
directement vers "Call of blood" pour
que les riffs de guitares vous explosent
les tympans et il en va de même pour
le fantastique “ Behind” qui croyez moi
est un moment à voir absolument sur
scène. Car Awake est avant tout un
groupe de scène, il n’est donc pas sur­
prenant qu’ils aient ouvert les Eurockéennes de Belfort au début de l'été. A
découvrir absolum ent !
W es B alan d re t
On ne le répétera jamais assez : un Best of
n’est pas une fin en soi, ce ne doit jamais,
oh grand jamais, être un vulgaire produit de
supermarché juste bon à satisfaire l’abruti
qui a les oreilles remplies de cerumen. Sa
seule véritable raison d’être, c’est de pouvoir
permettre à l'auditeur lambda d’approcher
un artiste ou un groupe. Libre à lui ensuite
d’en rester là ou de fouiller l'œuvre de façon
plus poussée. Lecteur mon ami, s’il te plaît,
n'achète pas ce disque pour faire joli dans
ta discothèque. Si tu connais un peu le per­
sonnage et que tu souhaites investir, achète
n'importe quoi d'autre mais pas ce Best of.
Par contre, toi lecteur qui désire découvrir
un artiste dont ces quelques lignes ne suffi­
raient pas à vanter tous les mérites, fais un
chèque à ton disquaire, tu tomberas forcé­
ment sous le charme.
Berth
a d v a n ce d cd
m fiNIC S T R E E T F R E A CHERS
s,tH QHiofeu
Le guitariste de JETHRO TULL n'est
pas en reste avec cette excellente
production, habile combinaison de
rock et de lyrisme. Avec d'anciens
membres de la célèbre
formation : Gerry Conway, Doane
Perry...
% 1'H g CK3.MSO%
JA D IS
«As Daylight Fades»
«Live»
(Jadis) - 4 /5
(Epie/Sony) - 3/5
Après trois albums en studio, Jadis se
devait de réaliser une première syn­
thèse de la production de sa jeune
carrière. C'est désormais chose faite
avec cet album live illustrant la tour­
née 9 6 /9 7 .Le groupe mené par Gary
Chandler démontre une grande maî­
trise technique mise en valeur par un
enregistrement sans défaut. Alliant
puissance et force mélodique, la
musique de Jadis est dominée par la
guitare et le chant de son leader, prou­
vant entre autre chose que Gary
Chandler n'a rien d'une crêpe. Les
meilleurs moments de cet album sont
sans conteste les titres extraits de
"More than meets the eye" dont le
fabuleux et bien nommé "Holding your
breath". Du très bon rock progressif,
interprété par un excellent groupe,
que demander de plus?
Laurent Janvier
L'aventure est à nouveau sur les
rails avec "T his is My Truth, Tell Me
Yours” , le cinquièm e album des
Manie. En 1 9 8 8 , les Gallois ont pris
le train pop en route et depuis, 10
ans après, y sont toujours. Mieux, ils
voyagent m aintenant en première
classe. Ce nouvel effort, le deuxième
de la nouvelle àre post-glam et sans
Richey James, voit la bande à James
Dean (Bradley) insufflée d'une mis­
sion toute divine, basée sur une lutte
acharnée, teintée politique, foncière­
ment anti-fasciste. En dix ans, les
Manies se sont forgés un style propre,
pop, sans bavure sans jam ais qu’au­
cune concession ne vienne troubler
des com positions d’un académisme
rigoureux. Une maîtrise enviée d ’un
m ouvem ent devenu classique.
Xavier Fantoli
Retour des polonais avec un album
sorti récemment chez eux dans une
version anglaise. La limpidité de la
voix de la chanteuse et
l'omniprésence de la flûte
traversière combleront entre-autre
les nostalgiques du Renaissance
de la grande époque.
N°3 de la série des archives du
grand CRIMSON, après EPITAPH et
THE NIGHT WATCH. I l s'agit de
l'enregistrement intégral d'un
concert donné en 84 à MONTREAL.
Avec les grands classiques ;
ELEPHANT TALK, HEARTBEAT,
MATTE KUDASAI, RED et
SLEEPLESS. Difficile d'y résister.
La nouvelle voix de LANDMARQ c'est
celle de Tracy Hitchings, également
chanteuse de STRANGER ON TRAIN.
Neo prog dans la lignée de IQ avec
de belles envolées.
J EXCLUSIVE
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et. : 05 56 77 58 57 - Fax : 05 56 77 75 13
m i U N l G N H T O lL
«Live»
(Colum bia/Sony) - 5/5
T H E C R flU fL lN ’ K IN G
S N flK E B L U E S B flH D
«Stomp My Feet»
m P R U LlO K
SYm PHOHY X
«Piston Broke »
«Twilight In Olympus»
(Racket Records) - 5/5
(CNR/A rcade) - 5/5
(Su isa) - 4 /5
Midnight Oil inonde le monde de son nou­
vel effort, intitulé, à juste titre "Redneck
Wonderland” (Le pays merveilleux des
ploucs). Vous imaginez ça, un titre pareil ?!
Non, il n’y a que les “Oils” pour oser, une
fois de plus, hurler leur rage, crier aux injus­
tices, cracher leur dégoût d'une humanité
des plus crasse. Faut-il voir dans ce nouvel
album trash, hard-rcxk, techno, pop, une
récupération opportune de ce qu'y se fait
en ce moment sur les ondes ? Que nenni !
Une écoute plus poussée d’un album à
l’accessibilité moins immédiate qu'à l’ac­
coutumée nous fait découvrir, une fois
encore, un moment d ’une rare splen­
deur, riche de sensibilité, agressif, vio­
lent, mais toujours m élodique et
em preint des thèm es de prédilec­
tion du groupe.
Xavier Fantoli
Le pays des Helvètes est plus connu
pour son chocolat et ses banques que
par son blues. Et pourtant, cet album
des Crawlin1 Kingsnakes donne aux
bords du Lac Léman un sérieux air de
ressemblance avec les berges du Mis­
sissippi. Ralph Bettex et sa bande
font en effet partie de la nouvelle
vague de jeunes et brillants groupes
européens engendrée par le blues
revival du début des 90's, dans un
style renouvelé mais respectueux de
leurs maîtres parmi lesquels figure
Steve Ray Vaughn. Avec un splendide
blues
acoustique, Crawlin' King­
snakes dé m ontrent une m a îtrise
étonnante et prom etteuse. Affaire à
suivre de près!
Laurent Janvier
Histoire de faire patienter ses fans jus­
qu’à la sortie, le 21 septembre, de
son dixième opus studio (malicieuse­
ment baptisé "M arill 1 On"), la machi­
ne à rêver nous offre aujourd’hui un
double live semi-officiel de fort belle
facture. “ Piston Broke” retrace avec
brio les grands moments de bravoure
du “ This Strange Engine Tour". Le
combo revisite les grands classiques
de l'ère Hogarth avec une ferveur et
une intensité qui vous filent littérale­
m ent la chair de poule. "Estonia",
“ Brave", "The Great Escape" ou
"King” se parent ainsi, à l’épreuve
de la scène, d ’ une tension dram a­
tique to u t bonnem ent hallucinante.
Incontournable.
B ertrand Pourcheron
Enfin reconnus depuis l’excellentissime «Divine Wings of Tragedy», les
américains remettent ça avec ce «Twi­
light in Olympus» chatoyant. Bénéfi­
ciant des services d'un pyromane de la
6 cordes en état de grâce, le divin
Michael Romeo, S.X risque de ravir a
court terme le trône a nouveau
enviable, de leader de la vague heavy
progressive. Le quintette ricain s'érige
en détenteur de l’oriflamme du style en
vogue. Tel un Rainbow des 9 0 ’s , S. X
navigue, toutes voiles dehors, sur un
symphonisme houleux, plantant solos
épousto uflants et breaks renver­
sants sur chaque terre vierge abor­
dée. Un beau cadeaux de Noël
même si on est en juin !
B run o Versm isse
LIVE AT PROGFEST '9 7
T R IC K Y
IQ
JOHN FO G ER T Y
5 1N K R D U 5
«Angels With Dirty
Faces»
«Seven Stories Into 98»
«Prémonition»
«Live At Protjfest»
(M S I) - 4 /5
(Reprise/W EA) - 5/5
(Cyclops/M SI) - 1/5
(Island/Polygram ) - 4/5
Devenue un véritable objet de culte,
“ Seven S tories In to E ig h t", la
fam euse
p rem ière
dém o
d ’ IQ
publiée à l'origine en octobre 1 9 8 2 ,
goûte a u jo urd'h ui aux joies bien
méritées de la digitalisation. Les
m usiciens, conscients de la qualité
sonore Spartiate de ce galop d ’essai,
ont décidé d'en réenregistrer l'e n­
sem ble des com positions quelques
sem aines à peine avant le début du
"Subterranea Tour". La form ation
nous présente ici le fru it de ses
cogitations m usicales sous la form e
d ’un double CD. Cet album regrou­
pe des versions revisitées de titres
com m e " lt Ail Stops Here", "Fasci­
nation" ou "Intelligence Q uotient".
Un disque indispensable pour tou t
fan d ’ IQ qui se respecte !
Bertrand Pourcheron
Il y a deux façons de v ie illir : la pre­
mière, c'est de garder la pêche et
ses jam bes de vin g t ans. La deuxiè­
me, c’est de fin ir dans un fauteuil
roulant. Si Rod S tew art et Elton
John sont paraplégiques depuis un
sacré bout de tem ps, des gars
com m e Neil Young, BB King ou
John Fogerty se m b le n t ne pas
prendre une seul ride d'année en
année. Justem ent, John Fogerty...
M o nsieur
C reedence C le a rw a te r
Revival, l'un des groupes rock les
plus im portants de la grande saga
du rock, revient a u jo urd’hui avec un
album live... parfait. Il nous sert 18
titres essentiels, de "Born on the
byou” à "Proud M a ry" en passant
par "Green riv e r” ou “ Fortunate
son". Avec le son et la classe.
Superbe !
Thierry B u s so n
Enregistré lors du concert donné par
le groupe à Los Angeles, à l’occa­
sion de l’édition 9 7 du fam eux Progfest, cet album live projette un
éclairage m alheureusem ent guère
reluisant sur la m usique de Sinkadus. Loin des fastes du superbe
"Aurum N ostrum ” , les six com pos
retenues pour la circonstance pâtis­
sent d ’une interprétation totalem ent
bordélique ainsi que d'une mise en
son
m isé ra b ilis te .
Les
rares
séquences in s tru m e n ta le s , b la ­
fardes com m e un rayon de lune
célèbrent les noces barbares d ’ un
m ellotron glacial et d'une guitare
torturée. Le rock dépressif de Sinkadus a, en l’état actuel des choses,
décidém ent bien du mal à passer le
cap de la scène.
Bertrand Pourcheron
Faut-il se remettre systématiquement et
définitivement en question à chaque
album au risque de s’égarer ou peut-on
permettre à un type comme Tricky de se
laisser choir dans un monde créé de
toutes pièces par soi-même ? Maître de
ses acquis, Tricky s'accorde non pas une
pause, mais la possibilité de ne pas se
foutre en l'air. «Angels with dirty faces»
ne satisfera pas les aigris, c’est sûr, les
autres par contre plongeront dans cette
abîme avec les mêmes sensations
déconcertantes que celles éprouvées à
l’écoute des précédents opus. Tout est là
: les boucles enivrantes, la basse lourde,
la voix de Martina, les rythmes obses­
sionnels... La musique de Tricky n'est ni
figée, ni glacée, elle est suante et moite,
idéale pour accompagner les moments
de torpeur des lourdes chaleurs d’été.
Berth.
0 0
Rockstyle n° 25
C € H I N G
C r
A Cl r
t 'i m m
C A iïlE L
P IXIES
«The Threat IS Real»
«Corning Of Age»
«At The BBC»
(Ignition Rec.) - 4 /5
(C am e I Productions) - 5/5
(Labels) - 4 /5
Personne n'aurait osé de mettre un centi­
me sur ce qui fut l’un des plus grands
combos de la fin des années 8 0 avec des
albums somptueux comme “Spneading
The Disease" ou encore “Among The
Living” . Les rois du 'Mosh' ont ensuite vu
leur notoriété fondre comme neige au
soleil suite à des albums et des tournées
plus que moyennes, "Stomp 42'' leur per­
mit de fonder un peu d'espoir et c’est enfin
chose faite avec ce "Volume 8 " où les
“Crush", “Catharsis" et autres "Bom again
idiot” de Scott lan et du batteur-compositeur Charlie Benante le tout couronné par
la voix parfaite de John Bush, n'est pas
sans nous ramener dix ans en arrière, là ou
Anthrax avait encore sa place dans les
coeuis des moshers. Espérons que ce
n’est pas trop tard !
Yves B alan dre t
Six ans déjà après l'exceptionnel “ Never
Let Go", Camel se fend aujourd'hui d ’un
nouveau double live somptueux.
"Corning Of Age" nous offre un set-list
exceptionnel .Composé pour la circons­
tance de l'inamovible Colin Bass à la
basse, du débonnaire Foss Patterson
aux claviers et de l'excellent Dave Stewart derrière les fûts, la bande à Andy
Latimer consacre la première partie de
son gig aux grands classiques de son
passé glorieux. Les principales pièces de
bravoure qui, de "Mirage" à “ Nude", ont
forgé la légende du vieux chameau y
sont interprétées avec une patate éton­
nante ou une sensibilité exacerbée
sur le fabuleux "Ice” . Un grand
disque à porter au crédit d ’une fo r­
mation exceptionnelle.
Bertrand Pourcheron
On le sait, c'est clair, on ne reviendra pas
dessus, il n'y aura plus jamais d'album
des Pixies. Heureusement, il reste les
fonds de tiroir (et quels bons fonds de
tiroir !!). En attendant une hypothétique
compilation de B-sides (d’ailleurs dispo­
nible depuis belle lurette en bootleg) et
après le double live + compli’ 'Death To
The Pixies", Labels sort ces 15 titres
enregsitrés par John Peel entre 8 8 et 91.
Chapeau et bravo ! On croirait presque
un nouvel album tant certaines versions
sont judicieusement revisitées, réinven­
tées, réarrangées pour l’occasion. Deux
cerises sur le gâteau: une reprise des
Beatles (Wild honey pie) et un inédit
extrait de la B.O Hearser Head. Pixies At
The BBC ou comment être toujours
d’actualité 10 ans plus tard.
Berth
ANTHRAX
(T lflR lLU O K
i T H E P O S I T I V E L IG H T
«Taies FVom The Engine Room»
(Eagle records) - 3 /5
L'expérience est intéressante. Deux
DJ’s anglais, do nt l'un des groupes
préférés est M arillion, ont eu l’ idée
de réunir ces mondes totale m en t
opposés que sont le rock m élo­
dique, l’am bient, le drum 'n'bass et
la techno. En revisitant “ This Strange Engine", en gardant la m usique
originale, la voix sublim e de Steve
Hogarth et les structures fon dam en­
tales des morceaux, The Positive
Light a conservé l’esprit m agique du
dernier album de M arillion. Le tra i­
tem ent soit planant soit dance in fli­
gé aux morceaux vaut vra im ent le
détour, avec en prem ier lieu une
version som ptueuse de “ Estonia” .
Cela déroutera certains fans et en
éblouiera d ’autres.
Thierry B u sso n
rprrnrnrr nroomûTCD orvicrrrn
O lfER SOUL
«Stubborn Pack»
(M étal 13 ) - 3 /5
Il fa u t bien avouer que ce groupe est
surprenant. Armé jusqu'aux dents
grâce à des titres énormes tels que
l'excellent “ C olor", Over Soul nous
donne to u t de même l’impression
de ne pas com plètem ent exploiter
son potentiel. En effet, la puissance
délivrée lors des gigs n'est pas au
rendez-vous sur l’album même si la
porduction reste néanm oins large­
m ent correcte et claire, un peu trop
peut-être. Ceci dit, les morceaux
sont là et bien là et c'est à coup sûr
le prin cipa l. "Asshole", "W h o I am?"
ou encore "W id o w of a living m an”
de vie ndro nt dans quelques mois
des incontournables du m étal fra n ­
çais, et c'est ta n t mieux, tan t ce
sont ces groupes-là qui font avancer
les choses !
Yves Balandret
CREEDEHCE
C LEA R U fA TER RELM UAL
«Recollection»
R 0 1M E S T O LT
ELENB
«Hydrophonia»
«The Umbersun»
(Foxtrot/MSI) - 4/5
(M u sic For Nations/ZMedia 7) 4 /5
(M édia 7) - 4/5
C’est clair com m e de l'eau de roc.
Revival ! Les Creedence sur scène.
Quand on écoute ce brûlot, on a
l’ im pression que ces mecs ont to u ­
jours existé... Ni "has been" ni rin ­
gards, ils so n t v iv a n ts et bien
vivants. Au total, 2 2 perles enchaî­
nées sur 2 CD, le tout com posé par
un certain Fogerty, un talent qui
brille par son absence mais qui
n’oubliera pas de passer à la caisse
pour ses droits d ’auteur gagnés hon­
nêtem ent à la sueur de ses anciens
com pagnons de route. Et il a bien
raison le bougre ! M érite oblige !
M ille et une raisons de s’envoyer en
l'a ir avec ce Creedence Clearw ater
"R evisited". Un live au passé fu tu ­
riste. Nostalgiques s’abstenir.
Christian D é ca m p s
Roine Stolt est décidém ent incre­
vable. Non content de sortir, depuis
9 4 , un album par an avec les Flow er Kings, le roi à la fleur vient,
entre deux tournées avec son grou­
pe, de nous pondre une rem ar­
quable pépite solo. Jam ais à court
de v ita lité ni d 'inspira tio n, l'ami
Roine se fend sur "H ydrophonia"
d'un progressif instrum ental de haut
vol. Epaulé par le fidèle batteur
Jaim e Salazar et par l'excellent
saxophoniste U lf W allander, dont
les envolées évoquent à de m u l­
tiples reprises les fastes d'un Jan
Garbarek, le m aître guitariste nous
offre ici 7 0 m inutes d'une m usique
riche en atm osphères et en rebon­
dissem ents.
Bertrand Pourcheron
Le groupe français le plus stupéfiant
de cette décennie est de retour avec
la dernière partie de sa trilogie des
ténèbres. Elend trace sans dévier
une route som ptueuse pavée de
sym phonies dém entielles. Hasnaoui
et Tschirner sont des visionnaires
pétris de talen t et l’adjonction de
deux jeunes soprano, sans oublier le
second claviers, S. Roland, perm et
au duo fondateur, de parfaire une
oeuvre sans précédent dans les
annales de la m usique. Un trip ­
tyque sym phonique étalé sur 3 ans
et ce dernier album , oppressant,
é to u ffa n t, w ag n é rie n , un iversel.
Laissez-vous envoûter par le phéno­
mène Elend, plus rien ne sera
com m e avant.
B runo Versm isse
Été 98 S
P ER C EITU LE
YES
LYN YRB SKYNYRü
flN flTH EITlA
«lOth Aiuiiversary»
«FViends & Relatives»
«Live From Steel Town»
(Peaceville/M edia 7) - 4/5
(Eagle R ecord s) - 3 /5
(SPV/M éd ia 7) - 3 /5
«Alternative 4»
Avec le concours des m eilleurs pou­
lains de son écurie, le label spécia­
lisé en m étal atm osphérique aux
tendances doom , propose un pano­
ram a h é té ro c lite de m orceaux
con nus, revus et corrigés par
quelques cracks du genre. Anathema, en marge de son superbe nou­
vel opus, ouvre et ferm e cette com pil en m arm onnant du Pink Floyd
sur un ton oppressant et les petits
copains ne sont pas en reste: The
Blood Divine, D om inion, M y Dying
Bride, etc s’en donnent a coeur joie
(?!!).. Voici un anniversaire com m é­
moré de réjouissante manière et
surtout un disque a o ffrir avec une
délectation malsaine a vos amis.
B ru n o Versm isse
Oui ! le Yes que j ’ai croisé dernière­
m ent sur les scènes françaises est
un véritable m onum ent historique.
Et voilà qu'on nous annonce la sor­
tie d ’ un double CD, "Friends & Rela­
tives” , un parcours-santé qui nous
retrace quelques points forts de la
carrière du groupe ainsi que les
m eilleurs extraits des album s solo.
A insi, on pas de Jon Anderson dans
une version revisitée techno du
tubesque “ O w ner of a lonely heart”
au "R o u n d a b o u t" acoustique de
Steve Howe. Ce pêle-mêle quelque
peu inégal ne m anque pas de cha r­
me, surtout à l’écoute de pièces
m aîtresses extraits du “ Keys To
Ascension 2 ". Je résume : Eclec­
tique, inégal m ais indispensable !
Christian D é ca m p s
A l’heure où la techno fait rage, il
est toujours étonnant (et réconfor­
tant) de voir so rtir dans les bacs des
album s de vieilles gloires du rock
sudiste. Pourtant, des gens com m e
Lynyrd Skynyrd on t encore quelque
chose à dire. Ce double live enre­
gistré l’année dernière à Burgettstow n (E tats-U nis) en est la preuve.
En ayant débauché Ricky Medlocke
(de Blackfoot) il y a quelque tem ps,
Lynyrd a gagné un nouveau gu ita ris­
te au tem péram ent de feu. Cela
s'entend sur "Free b ird ” , “ Sweet
home A labam a'', "On the night" et
une poignée d ’autres classiques qui
sont la colonne vertébrale de ce très
bon live.
Christian André
(M u sic For N a tio n sM M e d ia 7) 4 /5
Parti d'un doom extrémiste, Anathema
émerge a son tour de la nébuleuse
métal dépressive pour livrer un volume
d'une sauvage beauté. Dire que les
anglais flashent sur le Floyd relève de
l'euphémisme. De la bande a Gilmour,
Anathema a retenu les suspensions
lourdes, souffle court et visions pessi­
mistes sur la nature humaine. Le métal
écrasant n'est plus qu’un véhicule pour
soutenir la tram e lyrique et assener
un discours mélancolique où violon
et synthés s'éternisent com m e des
fantômes nostalgiques. La tristesse
des accords m inim alistes et le chant
rageur de V. Cavanagh a la façon de
R. Waters, ici, tout rappelle «The
Wall». La reconnaissance du grand
public n'est plus loin !!.
B ru n o Versm isse
ANGE
L flN ü m flR Q
C LlFFH flN G ER
ANGE
AGENESS
«Science Of Confidence»
«Mirror Site»
«M aster Serie»
«Im ageness By A geness»
(SP V / M S i) - 3 /5
(M u sé a) - 4 /5
(Poiygram ) - 4 /5
(M u se a ) - 4 /5
Pour ce quatrièm e album , Landmarq a vu son cha nteu r Damian
W ilson q u itte r le navire pour voguer
vers d ’autres horizons. Exit W ilson,
enter Tracy H itchings. La blonde
vocaliste s’en sort plus que bien,
do nnan t au progressif in tellig ent de
Landm arq une dim ension peut-être
plus poétique. Landm arq continue
en effet sur sa lancée, proposant un
néo-progressif con stitu é de m or­
ceaux de bravoure (“ The vision p it” ,
“ L igh thou se"...) qui n’évitent pas
tou jo urs les longueurs ou de c o m ­
positions plus ramassées et plus
efficaces. Q uo iq u 'il en soit, ces
gars-là savent écrire des mélodies.
Il ne leur reste plus qu'à aller à l'es­
sentiel. La prochaine fois ?
Thierry B u sso n
Cette formation progressive hollandaise
propose déjà son troisième album et c’est
de loin, le plus abouti. Les derniers
relents de neo-progressive maintenant
bien digérés, Cliffhanger peut avancer fiè­
rement, la fièvre au bout des doigts et
des ailes aux croquenots sur les allées
d'un progressif vif et inspiré devant autant
à Genesis qu'à IQ. Légère et nostalgique,
la musique du groupe respire ce je ne sais
quoi’ de mélancolie, étirée des brumes du
nord de l'Europe. Orchestration douillette
grâce au piano solitaire et à la guitare
charmeuse, la splendide trilogie de
« M irro r Site», déclinée en trois
tableaux d'une beauté candide va
ém ouvoir plus d ’un fan de progres­
sif. Allons voir si les lutins du bois
voisin jouent encore du moog au
petit m atin.
B ru n o Versm isse
La célèbre collection "M a ster Serie"
se pare cette fois-ci de blanc et pro­
pose ce double CD com pilation de
Ange. R em astérisés n u m é riq u e ­
m ent, les 31 titres sont une belle
occasion de re-découvrir avec un
son nettoyé le rock imagé et unique
de l’Ange belfortain. De “ Carica­
tures” à “ Couleurs en colère” en
passant par “ Godevin le vila in ",
“ Saga” , “ Hym ne à la vie” ou “ Vu
d'un chien", ce sont deux décennies
de pop théâtrale, progressive enro­
bée d ’une poésie de tous les ins­
tants. Les connaisseurs apprécie­
ront, les autres auront une belle
occasion de tom ber sous le charm e
de ce groupe atypique mais essen­
tiel dans le paysage m usical fra n ­
çais.
Thierry B u sso n
Confiant quand au talent de Ageness,
Musea héberge dorénavant le groupe
norvégien dans sa prestigieuse écurie de
combos progressifs. Une certaine recon­
naissance auprès des branchés pourrait
hisser Ageness au rang des meilleurs
représentants de l'éternelle influence
qu’exercent encore Genesis et Yes sur pas
mal de ’prog-bands'. Comprenez que
pour un fan du style, retrouver ce qui fait
son bonheur dans cette musique, passe
par un aval sans concession de tout ce
qui fait le progressif (longs morceaux, cla­
viers impétueux, chant aérien, rêverie
sans garde-fou et ici, on est servi). Les
auditeurs doivent accepter un genre et
non pas vouloir le modifier, alors à ceuxlà, foutez-nous la paix, les autres, plongez
sur Ageness, ce groupe est trop bon !
Bruno Versmisse
m
Rockstyle n° 25
P R O G R E S S IV E & M E L O D IC R O C K
présentent
Attention
E E B £ T H E BLUES
(TlflCHlHE
JEflH -P flS C A L B O FF O
«Talldn’ To Your Soul »
(M uséa) - 4/5
«Vu Du Ciel»
3/5
Quel drôle de Zeb nous avons là ! Ce
curieux pseudonyme cache en fait un
guitariste français nommé Sébastien
Heintz, pratiquant un blues pure
souche, prenant parfois une teinte
jazzy "Straight ahead". De la confronta­
tion avec des musiciens américain
(dont le guitariste/chanteur Matt Woodburn), se dégagent de belles atmo­
sphères fortem ent marquées par
l'orgue hammond omniprésent, le plus
bel exemple en étant "Blues spirit". A
noter aussi le superbe et basique
"Hope" interprété à la dobro et à l'har­
monica. On peut ainsi affirmer sans
peine de se tromper, et bien qu'il ne
soit pas ici question de ketchup:
"H eintz, le (bon) goût de l'Amé­
rique !".
Laurent Janvier
Le lutin m utin de Lorraine est de
nouveau en piste avec ce sixième
album publié chez Musea. Premier
artiste signé sur ce label en 8 6 ,
Boffo en est un peu aussi le sym bo­
le. Celui de l’opiniâtreté, de la lon­
gévité et d ’une certaine réussite. Ce
CD est distribué sous une présenta­
tion des plus luxueuses, un m agni­
fique digipack s’ouvrant com m e la
rose de la ja q u e tte en qu atre
pétales, d é v o ila n t l’o b je t de la
convoitise: un disque éclatant de
beauté. Progressive, aco ustique ,
jazzy, w orld, sa m usique est un
condensé vivant de ce qui se fait de
m ieu x dans le genre. Si c ’est
com m e ça, vu du ciel, je m onterais
bien faire un to u r sous les nuages
plus souvent.
B run o Versm isse
Rock expérim ental
dans la plus pure
tra d itio n Crimson.
Tout y e st [ou
presque). Im pros
jazz, percuè tribales,
am biances psyché,
métal.
Vertigineux...
S«°LN,cK
Alsxani
Age c f Impact
gXPLOHBHS
dry « > » "
lie l ooptr
nui l ii i f il " "
Slri r ""ii'f
C H R IS ST1LLS
HEÜPE
«100 Year Thing»
«(H ed)pe»
(Atlantic/East-W est) - 3 /5
(Zomba/Virgin) - 4/5
Quelques semaines après le retour
rem arqué sur le devant de la scène
de Véronique Sanson, voici son reje­
ton de fils qui y va de son prem ier
a lb u m . A u te u r/c o m p o s ite u r/c h a n ­
teu r/guitariste, Chris S tills y dévoile
un ta le n t certain, s'épanouissant
dans des am biances m a jo rita ire ­
m e nt acoustiques. Les mélodies
suaves "Lucifer & Jane", "Last stop"
laissent néanm oins parfois la place
à des rythm es plus enlevés, à une
m usique plus électrique "Voyeur".
Bref, Chris S tills dém ontre qu'il a
été à bonne école et décroche une
m ention bien au concours d'entrée à
l'école des m usiciens à succès, sans
avo ir eu besoin d'un quelconque
piston.
Prenez une dose de H ip-Hop savam­
ment dosée par un DJ proche de l’hô­
pital psychiatrique, un batteur ten­
dance hard-core doté d'une caisse
claire à vous péter les tympans,
armez-les de basses et de deux gui­
tares accordées 1 ton en dessous de
la normale, mélangez le tout avec un
cha nteu r-hu rleur cinglé et vous
obtiendrez à coup sûr la recette de ce
qu’ils appellent eux-mêmes du punkcore. Et peu importe si à chaque mor­
ceau, on trouve un peu de tout, l'es­
sence est-là, la puissance aussi et ce
ne sont pas des morceaux qui ne peu­
vent être composés que par des per­
sonnes dérangées mentalement que
cet album est inutile, tout au contrai­
re. On est proche de la perfection du
genre. Méfiez-vous des fous, ils sont
parfois géniaux I
Yves Balandret
Laurent Janvier
't'.,
I
}'
llr
s
ic
l'eirticcl
Slieelin"
Slier! nia if
Terry Bozzio,
Billy Shehan,
La Dream T heater s
Team,
Steve Howe e t
James M urphy
Juste quelques
noms pour revteiter
le ré p e rto ire
classique du prog.
Indispensable !
id Tension
.. Liquid Tension
renoJe avec le génie du
monstrueux "Images and
World". Bref, ces 10 titres
sont indispensables !
PLANETE HARD
... La bonne humeur
qui se dégage du
moindre recoin de
cet album le
rendant d'autant
plus magistral.
HARD ROCK
DISTRIBUTION EXCLUSIVE
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SemceVfC :SH0P 33 29, rue Pierre Mérignon - 33440 ST-VINCENT-DE-PAUL
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iïlA R lL L lO N
m f lR I L L I O N
m P R ILLIO K
«Script For A Jester’s Tear
Remaster»
«Real To Reel /
Brief Encounter»
«Seasons End
Remaster»
«Holidays In Eden
Remaster»
(EM I) - 5 /5
(EM I) - 5 /5
(EM I) - 5 /5
(EM I) - 5 /5
E M I a l'h e u re u s e idée de ré é d ite r
les a lb u m s de M a rillio n issus de
son c a ta lo g u e (8 a lb u m s s tu d io ).
C haq ue d isq u e , re m a s té ris é , est
a g ré m e n té
d ’ un
se c o n d
CD
c o n s titu é d ’ in é d its ou de versions
ra res. Ne revenons pas sur les
a lb u m s o rig in a u x , R ockstyle en a
déjà lo n g u e m e n t pa rlé ces d e r­
nières années. A tta rd o n s -n o u s en
re v a n c h e su r le d e u x iè m e CD
bo nus : ici, on nous propose 3
v e rs io n s a lte r n a tiv e s ( “ M a rk e t
s q u a re h e ro e s " en d o u b le e t
“ G re n d e l") ain s i que deux face s B
de singles. R aretés : les versio ns
dém o de "C helsea m o n d a y ” ou
“ He k n o w s y o u ". In d is p e n s a b le .
Thierry B u s s o n
P our la pre m iè re fois de p u is sa
s o rtie en 1 9 8 6 , le m in i LP “ B rie f
E n c o u n te r” est d is p o n ib le en CD.
D estiné à l ’o rig in e u n iq u e m e n t
p o ur le m a rché a m é ric a in , “ B rie f
E n c o u n te r” c o n tie n t deux m o r­
ce a u x s tu d io (“ L a d y N in a ” e t
“ Freaks” ) ain s i que 3 m orceaux
live issus de c ha que a lb u m s tu d io
du groupe . A in s i, le p u b lic a m é ri­
c a in p o u v a it d é c o u v rir “ K ayle ig h ", “ S c rip t fo r a je s te r’ s te a r"
e t “ F u g a z i". C e tte é d itio n en
re vanche ne re n tre pas dans le
c ad re de la c o lle c tio n re m a s té risée d ’ E M I m ais so rt en m êm e
te m p s . U ne trè s bonne occasion
de re -d é c o u v rir ces deux disqu es
live .
Thierry B u s s o n
A vec l'a rriv é e de S teve H oga rth
en 1 9 8 9 , M a rillio n a p ris un v ira ­
ge im p o rta n t. Le d e uxièm e CD
bonus est un v é rita b le g re n ie r
c o n te n a n t m ille m e rv e ille s . En
p re m ie r lie u , on tro u v e e n fin sur
CD les ve rsio n s s tu d io de “ The
b e lle in th e sea" e t “ The re le ase",
de ux s o m p tu e u se s fa ce B q u i
n 'é ta ie n t m êm e pas présentes sur
la c o m p ila tio n “ B e st O f B o th
W o rld s ” . L'énorm e e rre u r est fin a ­
le m e n t réparée. Pour fin ir, 6 m o r­
ce a u x sous fo rm e de d é m o s
té m o ig n e n t des tra n s fo rm a tio n s
que su b isse n t les cha nsons a va n t
les ve rsio n s d é fin itiv e s sur a lb u m .
P assionn ant !
Thierry B u s s o n
M ê m e si “ H o lid a y s In E d e n ”
( 1 9 9 1 ) re ste l ’ a lb u m le p lu s
co n tro v e rs é de M a rillio n , ce tte
ve rsio n 2CD v a u t son pe sant d ’or.
Le disq u e bo nus c o m p o rte pas
m o in s de 1 4 titre s rares ou to ta ­
le m e n t in é d its , à l ’ im age de “ You
d o n ’t a n yo n e ” , m o rceau ja m a is
e n te n d u ju s q u ’ alors. On re tie n d ra
é g a le m e n t la d é lica te sse de “ A
c o lle c tio n " ou la versio n live de
“ S p lin te rin g h e a rt", c e rta in e m e n t
su p é rie u re à ce lle de l'a lb u m .
E n fin , com m e d ’ h a b itu d e , le CD
se te rm in e pa r une po ig née de
dém os trè s in té re ssa n te s, où le
titre de tra v a il a été con servé sur
ce CD bonus ( “ E ric ” ou “ The
e p ic "). A s u iv re ...
Thierry B u s s o n
P A U L Simon
P A U L S im O N
P A U L Sim O K
«Live Rhymin’»
«There Goes
Rhymin’ Simon»
«Hearts & Bones»
(W E A ) - 5 /5
Chef d ’oeuvre ! Ce live de 1 9 7 4 de
Paul Sim on est une pure m erveille.
Non seulem ent le poète (car c'en
est un) et sa guitare acoustique revi­
site quelques uns des plus beaux
classiques de l'ère Sim on & Garfunkel, m ais il le fa it avec une classe
folle et des arrangements inédits. Et
cela respire la sincérité, la pureté
m élodique et la magie scénique. En
s'accom pagnant de m usiciens péru­
viens et d ’une chrorale gospel, Paul
Sim on revisite ses classiques de la
plus belle des façons. Avec entre
autre une m ention spéciale à un
“ The boxer" qui vous file les frissons
et qui est peut-être supérieur à l'o ri­
g in a l. C’est d ire le niveau de
l’oeuvre ! Réédition de l’année.
Thierry B u sso n
(W E A ) - 4 /5
Un an avant de publier le fantas­
tique “ Live R hym in’” , Paul Simon
s o rta it
"T here
Goes
R hym in'
Sim on” , l'un de ses tous m eilleurs
album s. Après les années dorées
avec son com père A rt Garfunkel, le
petit génie new-yorkais revenait sur
le devant de la scène avec cet
album lim pide. Sur lequel on retrou­
ve une poignée de standards tels
que
"K o d a c h ro m e ” , “A m erica n
tu n e ” ou “ Loves me like a rock” .
Entièrem ent com posé - com m e à
son habitude - et produit par Paul
Simon, ce disque restera l’ une des
plus belles oeuvres de son auteur,
ju s q u 'à ce que “ G ra ce la n d ” en
1 9 8 6 vienne dé fin itive m e n t enfon­
cer le clou.
Thierry B u sso n
A S IA
«Aqua / A ria / Arena»
(W E A ) - 3 /5
(Recall/Arcade) - 3/5
Début des années : le plus célèbre
duo de la chanson (si l’on excepte
D avid et Jo n a th a n , m ais pour
d ’autres raisons !) se réunissait pour
un concert événementiel à Central
Park, New York City. Paul Sim on et
A rt Garfunkel avaient fa it revivre la
magie et la nostalgie des sixties le
te m p s
d ’ un
co n ce rt
unique.
Quelques mois plus tard, Pauteurcom positeur en chef du duo sortait
"H earts & Bones” , un album mifigue m i-raisin, ponctué cependant
de quelques m om ents de grâce à
l’ image de "H earts & bones” ou
(vous êtes prêts ?) de “ Rene and
Georgette M agritte w ith th e ir dog
after the w a r” . Et trois ans plus
tard, Sim on nous balançait "Grace­
land” ...
Thierry B u s s o n
Arcade a la bonne idée de rééditer
les album s (récents) d ’Asia en les
a g ré m e n ta n t d ’ un (p lu tô t bon)
inédit à chaque fois. C ontinuons les
rim es en "a” puisque c’est le voeu
de Geoff Downes, le leader d ’Asia :
"A q u a ” est sym p a, "A ria " est
com m e-ci com m e-ça et “Arena" est
extra... Certes nous som m es bien
loin des som m ets atteints par le
prem ier album sorti en 1 9 8 2 , mais
il fa u t adm ettre que les am ateurs de
rock m é lo diq ue à tendance FM
seront com blés. Les capacités de
songw riter de Geoff Downes ne sont
plus à prouver et les différents
chanteurs qui ont traversé l'h istoire
du groupe sont de sacrés gosiers.
Thierry B u sso n
Été 98 Q D
cadvanced cd
£Orüelty A nd The Beàst
S ïP TIC F LïS H
SLAVÏ R
«Diabolus In Musica»
(Krypton Rec./Columbia) - 5/5
La terreur des ménagères de
plus de cinquante ans est de
retour avec un album extraordi­
naire de créativité et de volonté
de se renouveler. Comme à leur
habitude, l'album entre sur trois
coups de charleston accompa­
gné d’un énorme riff de guitare
comme eux seuls savent le faire.
Bienvenue sur “ Bitter peace” .
La tendance de l’album semble
tout à fa it en relation avec une
volonté de revenir à des prin­
cipes de base où efficacité et
puissance sont les m aîtres
mots. Contrairement à certains,
on est loin des évolutions
machine mais plus dans une
optique qui les nourrissait cer­
tainem ent déjà sur "Reign In
Blood” ou "Show No Mercy” .
Une ère nouvelle dans la
musique de Slayer vient de faire
son apparition. “ Stain• of m ind”
sonne comme un vrai morceau
hard-core et c’est grâce à la voix
de Tom Araya que l’on sait enfin
que c’est du Slayer. On a l'im ­
pression
que Bostaph
n’a
jam ais tapé aussi fo rt sur ses
fûts, que Kerry King et Jeff Hanneman n’ont jam ais autant
cisaillé dans une effusion déci­
bel maîtrisée et jouissive. Et ce
n’est pas le presque single
“ Overt enemy” qui apportera la
preuve du contraire. Côté a ttitu ­
de, c'est bonnet blanc et bonnet
blanc: A fond, on ne s’arrêtera
lorsque l’on n’aura plus d ’essen­
ce. “ Diabolus In M usica” est
l’album du retour au sources,
c’est celui qu’il fa lla it faire après
les piètres reprises néo-punk du
précédent. N’en déplaise à cer­
tains, Slayer n’est pas mort.
Yves Balandret
m
Rockstyle n° 25
«Dead»
«Cruelty And The Beast»
«A Fallen Temple»
(Roadrunner) - 3/5
(M u sic For N ations/M edia 7) - 5 /5
(Holy R eco rd s) - 4/5
Voilà de quoi vous faire patienter pen­
dant la traditionnelle disette dont sont
synonymes les quelques mois à venir.
Et quoi de mieux qu’un live en guise
d'échauffem ent à cette période de festivalité estivale aigüe. Tous ces bien­
faits métalliques, vous ne les devrez à
personne d'autre qu’à Obituary. Au son
policé, aseptisé que certains donnent à
leur live, Obituary le préfrère plus cru,
plus au then tiq ue m ais néanm oins
d ’une grande qualité. C’est avec leur
habituelle m aestria que le groupe
interprète douze mélopées issues de
leur cinq opus donnant ainsi une com ­
plète vue d ’ensemble de leur oeuvre.
On y retrouve les incontournables tels
que ‘Slowly we rot’ ou ‘Cause of
death', aussi bien que des morceaux
tém oignant s’une plus grande m aturité
com m e ’Don’t care' (World Demise) ou
‘Threatening skies’ (Back From The
Dead). Obituary offre par conséquent à
ses fans de la première com m e de la
dernière heure un live com plet et de
bonne facture.
Karine G avand
Annoncés com m e des arrivistes par
le m ilieu black, la bande à Dani
souffre du m êm e mal que M etallica:
un dédain poli réservé à ceux qui
réussissent. C.O.F. a réussi grâce à
quelques tours de passe-passe à
s’extraire de la basse-cour pour cha n­
te r sur le tas de fum ier. Cette fois,
C.O.F. navigue entre le black fonds
de com m erce, le gothique glacial et
le m étal prog’ épique. Cet am algam e
est po urta nt un véritable m onum ent,
un concept-m eta l-alb um d ’ une te rri­
fiante efficacité qui inaugure l’ère de
la reconnaissance to u t public. Cradle
a réussi l’ im possible hybride qui ose
réunir l'inco nciliab le et to u t cela avec
une fa cilité et une classe déconcer­
tan tes. O rgane fé m in in et orgue
sépulcral fondus dans une orchestra­
tion sym phonique black et heavy
confèrent à ce quatrièm e album une
aura qui se pare de la beauté du
diable! A ttention, chef d ’oeuvre!!
B ru n o Versm isse
La scène hellène peut s’enorgueillir
de posséder une sacrée flopée de
foutus bons groupes de m étal a tm o ­
sp h é riq u e . Avec N ig h tfa ll et On
Thorns I Lay, Septic Flesh m et en
place un théâtre aux m ille ém otions,
un présentoir de rêves oniriques, un
trip tyq u e de violence, d ’en chante­
m e nt et de douleur. La douce Natalie
com plète les vocaux infernaux de
Spiros dans la plus grande tra ditio n
du doom g o th ic o -a tm o s p h é riq u e .
Septic Flesh est rem arquable dans
ce tte grand-m esse s y m p h o n iq u e .
Guère éloigné de l’aisance chatoyan­
te d ’un groupe progressif, on songe à
Gentle G iant et au Floyd pour cer­
tains passages, dignes de l’opéra (!),
les grecs s’e n fla m m e nt com m e le
phosphore dès q u ’il fa u t passer aux
breaks death, encore plus ahuris­
sants après de tels som m ets. Pour
son quatrièm e a lbu m , Septic Flesh
touche au génie !
B ru n o Versm isse
FEaR
T H F H 1 6 H T I ÏI A R F
RtrtlA lH S
«A Erench Hardcore Docu­
ment»
(Overcom e R ec.) - 2/5
Le hard-core français ne se porte pas si
bien et ce bien avant que la France ne
devienne championne du monde. Ca n’a
peut-être rien à voir mais c’est tout de
même important car il faut bien avouer
que notre pays n'est pas exactement pro­
pice à ce style dont nos cousins belges
restent en Europe les plus friands. Ceci
dit cette compilation de part sa qualité
de production et de compositions reste
l’unique repère pour les fans de hardcore. On y trouve le meilleur de ce qui se
fait: Le leader restant incontestablement
Kickback, Awol réussit le pari difficile
d ’apporter des ambiances différentes
face à des hurlements qui me semblaient
plus destinés au grind-core et blackmetal. Ce qui ressort d ’un produit
comme celui-là c'est que les musiciens
français essaient un fois de plus de repro­
duire en moins bien ce qui se fait de
mieux ailleurs. A part pour les deux
groupes cités plus haut, il faudra revoir
votre copie Messieurs !
Yves Balandret
FactORY
FHAR FACTORY
ROTON BUR5T
«Obsolete»
«Silence»
(Roadrunner Rec.) - 4/5
(Adipocère) - 4/5
Les FF, alias “ The C oncept Guy",
sem blent avoir tiré des enseignem em ts du surprenant Rem anufacture
- et bien leur en prenne - nous la joue
tendance back to the future. Obsole­
te m arque clairem e nt un retour aux
sources, sinon à une recette qu i a
d ’ores et déjà fa it ses preuves. Même
si Rhys Fülber, très présent sur
Rem anufacture, est à nouveau de la
partie, les sonorités de ce nouvel
albu m s’orie nten t d é fin itivem ent vers
celles de D em anufacture (peut-être
tro p aux goûts de certains...). Burton
Bell et ses petits am is se laissent
qu o iq u ’il en soit aller à quelques fa n ­
taisies. C'en est le cas sur des titres
tels que “ Tim eless'1 ou "R ésurrection”
sur lesquels ils s’adjoignent en tou t
sim p licité les servies du Vancouver
S ym phonie Orchestra. Sans réelle­
m ent innover, Fear Factory propose
donc à ses fans un album à la fois
puissant et hum ain qui ne saurait les
décevoir.
Karine Gavand
Proton B urst revient assener un d é li­
re apocalyptique aux clim a ts m a lfa i­
sants. «Silence» est l’a n ti-titre qui
subjugue plus encore après I’ écoute
effarée de ce m étal glauque et to rtu ­
ré. Quand on sait que les influences
de ce groupe sont C eltic Frost, Voivod
et m êm e le psychédélism e des 7 0 ’s,
on a du mal à im aginer ce que donne
un tel m e lting -pot passé à la m oulinette techno-hard de Proton B urst !
Le ch a n t prend des intonations g u t­
turales qui fo u te n t le frisson et les
program m ations bruitistes en rajou­
te n t dans l’ inconfort. M ais Proton
B urst possède une m anière spéci­
fique de bâ tir ces mélopées m é tal­
liques qui l’entraîne sur la voie d'un
gothique XXIè siècle, entre base spa­
tiale e t cathédrale en ruine. Encore
un groupe qui sort de l’ordinaire et ce
n’est rien de l’écrire.
B ru n o Versm isse
Paul Du N oyer reprend l'h is to ire là où
l'a v a it laissée Steve Turner avec son in té ­
grale des Beatles, parue il y a deux ans aux
m êm es éd ition s. L'objet s’ intéresse donc
aux chansons de la carrière post-B eatles
de Lennon. L’ idée est séduisante car, h o r­
m is les clich é s classiques de l’ histoire , on
ne s a it fin a le m e n t que peu de choses sur
l'u n ive rs cré a tif de celui qu i fu t le m e n to r
des Beatles. Du m ilita n tis m e aux cré ations
plus idéa listes com m e “ Im a gine’’ , l’a u te u r
n 'o u b lie rien et d é fin i p a rfa ite m e n t tous les
revers de m é daille d'u n e carrière en de nt
de scie. Des messages hu m aniste s à l'is o ­
lem e nt volo n ta ire qui dura cinq ans, tous
les aspects de la c u ltu re lennon sont illu s ­
trés par des photos rares. Cet ouvrage se
ve u t précis et de vie n t do nc indispen sable à
tous les in co n d itio n n e ls de Lennon.
Pascal Vernier
R É I / 0 L U T 1 0 K LES B E A T L E S
Ja cq u es Volcouve / Pierre M erle
(Editions Fayard)
S U R LA R O U T E D E JA N 15
JO P IW
]ean n e-M arie Vacher
(Seuil)
R O B E R T U/YATT
«Faux M ouvem ents»
p ar M ichael King
Editions Cam ion Blanc
E nfin voici la tra d u c tio n française du livre
de M icha el K ing consacré à la carrière de
R obert W ya tt. Ce livre est une vérita ble
bible p o ur tous ceux qui ont vibré ou
v ib re n t encore à la m u sique de Soft M a c h i­
ne, M a tc h in g M ole ou la carrière solo de ce
génie q u 'e st Robert W ya tt. Le bouquin de
M icha el K ing est d ’a u ta n t plus référentiel
q u 'il est ava nt to u t basé sur les té m o i­
gnages de tous ceux qui o n t un jo u r côtoyé
l’a u te u r de “ Rock B o tto m ” : m usiciens,
a m is, fa m ille , journalistes, organisateurs de
spectacles, sans ou b lie r évide m m en t l’a r­
tis te en personne qui apporte un regard s in ­
cère e t profond sur le ch e m in e m e n t de sa
carrière. Les anecdotes sont donc forcé­
m e nt nom breuses et pour la p lu p a rt c ro u s ­
tilla n te s . L'auteur a eu la bonne idée de
ra conte r chron o lo g iq u e m e n t l'odyssée éto n­
nante de ce créateur hors du com m un.
L’épopée S oft M achine est ici décrite sous
to u te s les coutures, des concerts psychédé­
liques du dé but à la reconnaissance in te r­
n a tio nale. Des noms reviennent sans cesse
: P ink Floyd, J im i H endrix, les Beatles,
a m is ou collègues de l'époque, partenaires
de festivals. Le to u t avec une de scription
m in u tie u se et souvent iconoclaste et drôle
du Londres effervescent de la fin des
années 6 0 . Des débuts à 1 9 9 7 (la version
fra nçaise a été com plétée), c’est to u t un
pan de la m u sique rock qui défile au gré
des pages de cet ouvrage m a je u r qui n’o u ­
b lie pas de fo u rn ir une im posante discogra­
p hie in te rn a tio n a le des artistes concernés
en annexe. Bref, "Faux M o uvem e nts” est un
ouvrage de référence po ur les fans de W yatt
et un exce llent moyen de d é couvrir Soft
M a ch in e & Co pour les autres.
Thierry Busson
P artir à la recherche de la p a tria rch e pe r­
due, n'est certes pas une m ince affaire et
cet énorm e pavé de près de 5 0 0 pages
n’est sans do ute pas des plus ad apté pour
la lecture sur la plage. En revanche, il
s ’ avère p a rfa ite m e n t in d is p e n s a b le et
quasi in c o n to u rn a b le pour tous ceux et
celles qui n 'o n t pas o u blié la grande prê­
tresse du rock. C apable de c h a n te r le blues
com m e peu d 'a rtis te s blancs, Janis Joplin
possédait sur scène un cha rism e p a rtic u ­
liè rem e nt pu issa nt, v io le n t et sexuel. L'au­
teur, ég alem ent jo u rn a lis te , va bien audelà de la s im p le biog raph ie . A tra vers cet
ouvrage, tra n s c rit les tém oignages de ceux
et celles qui o n t côtoyé pro fe ssio n n e lle ­
m e nt ou non, Janis J op lin. C 'est aussi le
re fle t de to u te une société a m éricaine eu
m ilie u des années soixante. De sa cou rte
carrière, Janis J op lin va cep enda nt extraire
qu atre alb u m s à la ré p u ta tio n sulfureuse,
au m êm e titre que cette d iscog raph ie , l'o u ­
vrage de Jeanne-M arie Vachez va faire
référence en la m atière.
Pascal Vernier
Pour célébrer à leur m anière les événe­
m ents de M ais 6 8 , les auteurs dressent un
pa rallè le avec la carrière des B eatles qui
prend alors un nouveau to u rn a n t. Jacques
Volcouve et son com père en connaissent
un rayon sur le sujet et te n te n t, cette foisci, une analyse sur le c o m p o rte m e n t des
artiste s, les prises de p o sition face à l'a c ­
tu a lité p o litiq u e de l'é poq ue, du m oins,
c'est ce que l'on p o u rra it croire. “ R évolu­
tio n ” est un ju ste un a lib i dans l’ histo ire ,
une bonne raison de d é co rtiq u e r chaque
chanson des beatles, et ce, dès la période
H am b ourg, donc bien avant tous ces évé­
nem ents prin ta n ie rs. P erform ance s u p p lé ­
m e ntaire : La revue de paquetage de tou te
la d iscog raph ie ( 4 5 t et 3 3 t) encore d is p o ­
n ible à ce jo u r grâce aux m u ltip le s co n ve n ­
tio n s de disques, ces carrefo urs sans v is i­
b ilité po ur é litiste s fo rtu n é s. Jacques V ol­
couve est ava nt to u t un c o lle ctio n n e u r car
on dé couvre au fil des pages une belle
v itrin e d ’objets classés indé nich ables m ais
aussi la d iscoth èqu e idéale du fan absolu.
C’est un super ouvrage, très tech n iq u e , qui
reprend au passage les notes p rise n t en
s tu d io
par
M a rk
L e w iso h n .
B ourré
d'im a g e s inéd ite s, ce livre est fa it par des
passionnés et de stin é aux fans les plus
ave rtis, pour les au tres, c ’est la découver­
te par la grande porte de l’univers Beatles.
Pascal Vernier
L* L K T É G R A L E L E N K O N
Paul Du Noyer
(Hors C ollection)
Été 98 E S
VOUS N’AVEZ PAS IES A N CIEN S N U M ER O S ?
Q U E L L E H O R R E U R «!
il cuhi ci ii nui : m u ut lunum ciuiiitiii
C o u v e rtu re T h ié fa in e
(In tervie w ) / T ru st / Steve
H o g a rth / C a lv in R u s s e ll /
S tra n g le rs / S e p u ltu ra / B lu r /
D ream T h e a te r / etc...
N °19
N °18
C o u v e rtu re Yes (Inter­
view ) / U gly kid Joe / W ish in g
Tree / An g ra / S u p é rio r / Vanden
P la s / G rip Inc. / A n ath e m a /
M ag n a C a rta / R é féren d u m 96
C o u v e rtu re P in k F lo y d
(Interview R ick W right) / P o ln a re ff / B e a tle s / Iron M a id e n /
P e n d ra g o n / U ria li H eep / K ing
N °17
N°16 C o u v e rtu re B lu r / IQ /
S te llla / G ala ad / Pe ter H am m ilt / P o rc u p in e Tree / 1
M o th e r E arth / S o u n d g a rd e n /
P a ra d is e Lo st / D o s s ie r M étal
C rim so n / L e m u r V o ice
, . la m àcm ne a rever
iîussdi:
' l i;
.
s: nts... u
aiI5e •
- LU zziEz/vis ■cte/iH-ï •
. -'ü «o^5y>i -
- i v z 'jt in;
fco.iL' FESSfllJl
E T A U S S I... N°6
ll°24 Couverture Van Halen / Yes
/ M anow ar / Satriani / M oonspell
/Ram m stein / Soulfly / Gotthard /
Arena / Referendum
Couverture Genesis / Failh
No M ore / Roacliford / VandenPIas
/ Me Cartney / Paradise Lost /
Paul Weller / Kat Onoma
Couverture U2 / Depeche
M ode / Fish / M e Cartney / Ritchie
Blackm oret / Bruce Dickinson /
Steve L u k ath e r/ Roger Hodgson /
M agellan
N°22
N°21
C o u v e rtu re M a rillio n
(In terview )
/
A n g ra
/
Ch. D é ca m p s et F ils / Q u een srych e / P a u l P e rso n n e / C h a rlÉ lie / R og er H o d g so n / P a trick
R o n d a t/ e tc ...
N°20
C o u v e rtu re P e te r G a b rie l + d o ssie r/ S te v ie R a y V au g h an / W h ite sn a k e / F ish / S te p h a n E ich e r/ Jim m y B a rn e s/ R a m o n e s/ L e s In fid è le s - N°8 : C o u v e rtu re M ik e O ld fie ld /
P a g e & P la n t/ B e a tle s/ Q u e e n srÿ ch e / Nits/ P e te r H a m m ill/ C ra m p s / B lu r /10 / B la c k C ro w e s / A lm ig h ty/ E ric S e rra -N °1 0 : C o u v e rtu re S p rin g s te e n + d o s s ie r / Ange/ C a b re l/ K in g C rim s o n
(p a rt 2 ) / C a lv in R u s s e ll/ Q u e e n s rÿ c h e / M o to rh e a d / In fid è le s / A re n a - ll°13 : C o u vertu re Ange et Thie fain e au Zénith / O zzy O s b o u r n e / B e a t le s / Q u e e n / N it s + K e n t / John W etlon / S tra ng le rs
/ Big C o u n try / Su p ertra m p
Numéros épuisés : 1
2
3
4
7
9
14
23
BON DE COMMANDE D’ANCIENS NUMEROS
A Retourner à : ROCKSTYLE - 4, Chemin de Palente - 2 5 0 0 0 BESANCON
Je commande le ou les numéros suivants : (Entourez le ou les numéros correspondants)
10
6
17
»
10
10
1»
12
20
13
21
15
22
PR IX : N um éro 6 = 19 . l'exem plaire ; N um éros 8 , 1 0 , 1 1 , 1 2 = 22 F l'exem plaire
N um éros 1 3 , 15 16 1 7 ,1 9 = ^5 F N um éros n°20, n°21, ,°22, n°24 = 2 7 F .
, ,
Frais de Port : 1 n°= 13 F / 2 n° = 17 F / 3 n° = 23 F / 4 n° et + = 27 F. Pour l'étranger, ajouter 26 frs par com m an de
TOTAL DE MA COMMANDE :
Nom/Prénom : _________________________________________________________________________
Adresse :
______ ______ ____________________________________________________________________
Code Postal : __________________ V ille : ___________________________________________________________ Pays:
Payable par chèque à l’ordre de
m
Rockstyle n° 25
«
ECLIPSE EDITIONS». Délai d'envoi : 2 à 3 semaines
24
BON DE COM M ANDE
Chèque à retourner à «Eclipse Edtions» - 4, chemin de Palente - 25000 Besançon - Tél : 03 81 53 84 51
ARTISTE /G R O U P E
TITRE
QUANTITÉ
Nom & Prénom
Adresse
Code postal
TOTAL A PAYER
PRIX
G
d ’or,
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Tokyo
u it a r i st e
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discrète,
albums
en
T a p e s ” , boeuf
Colbeck,
déterminée,
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Hackett
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carrière
Julian
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fait
le
en
deux
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Ge n e s i s
depuis
d e nts
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une
scie.
Avec
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dont
un
nostalgique
avec
John
courtoi s ,
au
premier
posee,
1 âge
vingt
ans,
revient
• A
de
mais
tout
ré c e n t
Wetton
plan.
et
A
sa
sincère
et
point.
Par Bertrand Pourcberon
Commençons par ton album "Genesis Revisited”,
pourquoi avoir fait cet album ? Cette reprise réar­
rangée de titres de ton ancien groupe témoigne-telle d ’une nostalgie des années 70 et de ce que tu y
as fait ?
Pas exactem ent, je voulais faire ces titres,
qui sont très connus, en les am enant à un
degré de qu a lité supérieure aux originaux.
Je m ’explique: Je voulais q u 'ils sonnent
com m e s'ils avaient été écrits récem m ent,
parce que
je trouve que si la m usique
d ’alors éta it passionnante, la production,
elle, n’é ta it pas s p é c ia le m e n t gé niale .
A u jourd’ hui, la production est géniale, et la
m usique m oins passionnante ! Alors je me
suis d it q u ’ il serait intéressant d ’entendre
“ W atcher of the skies” avec un son de b a t­
terie m oderne par exemple. Il fa u t dire aussi
que beaucoup de gens me dem andaient
quand j'a lla is me lancer dans ce projet.
C’est une réponse à la dem ande des fans
qui vou la ien t savoir si j ’allais m ’im p liq u e r à
nouveau, d'une façon ou d'une autre, dans
ce type de m usique, voire dans Genesis à
l’avenir.
Et si on parle de Genesis, pas de projet de ce côtélà ?
Je les retrouve la sem aine prochaine, tous
les anciens du groupe.
Oui, il y a de vieux titres live, enregistrés au
cours de l'h isto ire du groupe. On va vo ir ce
que l'on peut faire avec, com m ent les rafraî­
chir. Ca p o u rra it s o rtir b ie n tô t. C’é ta it
sympa de faire revivre cette m usique.
Venons-en à "The Tokyo Tapes". Comment as-tu
choisis les gens qui jouent sur ce live ? Wetton, Col­
beck... ce sont tes amis ?
Oui, et d'au tre part, il y a très peu de gens
Rockstyle n° 25
au m onde qui auraient pu me convaincre de
rejouer ce type de m usique. Il y fa u t une
certaine personnalité. Je sais q u i’ il existe
des m usiciens plus jeunes qui jo u e n t du
progressif, m ais, à mon avis, pour que cela
soit convaincant, il fa u t exprim er sa propre
iden tité m usicale là-dedans, c’est ce que
nous avons voulu faire sur "Genesis Revisi­
te d " et son p ro lo n g e m e n t “ The Tokyo
Tapes".
Cet éclectisme se retrouve dans tous tes albums.
Est-ce que cela peut expliquer que un relatif échec
sur le plan commercial ?
Je ne sais pas, en to u t cas, en ce m om ent,
je sens une certaine reconnaissance au tour
de mon travail. Tout a rtiste a des hauts et
des bas, m ais a u jo u rd ’ hui, du fait, no tam ­
m e nt des nouvelles technologies com m e
Internet, il y a, je suis heureux de le dire, un
grand intérêt pour ce que je fais m a intenant.
Pourquoi Tokyo ?
Les japonais m ’ont fa it une offre, fin a n ciè re ­
m ent parlant, que je ne pouvais pas décem ­
m ent refuser. Ils ont rendu possible le dé pla­
cem ent de tous ces m usiciens exception­
nels, pour un spectacle q u ’ ils voulaient
aussi proche de l’album que possible. Nous
avons rajouté quelques titres de King Crim son, W etton , m oi-m êm e, de tous les gens
présents en fa it. Mes com pagnons de travail
ont choisi ces titres, car ce sont les plus
connus.
Toujours récemment, tu as travaillé pour EMI Classic sur ‘Midsummer Night's Dream", avec un
orchestre. C’est une démarche plutôt inhabituelle...
Cela vie n t de l’ influence de gens com m e
Yehudi M enuhin. C’est un m ilieu où je suis
considéré com m e un jeune com positeu r
contem porain. Dans le rock, je suis un vieux
rocker progressif des années 7 0 ! Je suis
p lu tô t jeune com paré à Beethoven ! (Rires)
Revenons à ta carrière solo. Elle commence en
1975 avec “ Voyage Of The Acolyte”. Quel souvenir
en conserves-tu ?
Ceux d'une expérience extraordinaire: Avoir
un stud io pour moi to u t seul, c’é ta it m e r­
veilleux. A l’époque, j'é ta is très heureux de
fin ir un album qui soit totalem ent le mien.
M a intenant, j ’ai l’ im pression que c ’est l’al­
bum de qu e lq u ’ un d'autre. Il s'est passé te l­
lem ent de choses depuis.
Deux ans après, tu quittes Genesis...
Oui, Genesis et moi allions dans deux direc
tions différentes et j'a i senti q u 'il fa lla it
essayer de jouer avec d'au tre m usiciens,
aussi divers que possibles, explorer d ’autres
styles de c o m p o sitio n s, de g u ita re, de
m usique...
Bonne comparaison !
Je veux dire, par ra p p o rt à q u e lq u ’un qui a
4 0 0 ans ! (Rires)
As-tu d’autres projets de ce genre ?
O ui, c e rta in e m e n t. Dans ce type de
m usique, tu peux exp rim er ta s p iritu a lité , ta
fa cu lté de com passion, ton o p tim ism e ... Je
pense que le rock’ n’ roll, à un certain degré,
est une form e de m usique qui est enchaînée
au ryth m e , alors que la m usique classique
peut flo tte r au dessus du ryth m e, défier la
pesanteur. J’aim e cette nature éthérée, qui
sem ble ve n ir d 'u n e n d ro it céleste. Cela
m 'ém eut profondém ent.
Quelles sont tes influences dans ce domaine ?
Il y en a beaucoup, Bach, W illia m s, Ravel,
R achm aninov, W illia m B yrds, H aendel,
Fauré, pour parler des français, Debussy,
Satie, V illa Lobos, du B résil...
Été 98 E E
pas la dé fin ir, la dé crire. La m u siq ue est
com m e une m é taph ore de l’âm e, on ne
peut pas plus en parler, q u ’on ne peut tra ­
du ire une langue dans une autre.
De tous les morceaux que tu as écrits, quels sont
tes préférés ?
... P eut-être “ Please d o n ’t to u c h ” , "The
Virgin and the g ip s y "... L'intég ralité de
"M id s u m m e r N ig h t's D rea m ” d o n t j'a vo u e
être très fie r et "G enesis R e visite d "... Peutêtre qu elques titre s de
“ S pectral M orning s” .
"Shadow of the hierophant” dans "Voyage of the
Acolyte" est très apprécié des fans...
Cet alb u m est si loin m a in te n a n t... C’est
a m u sa n t parce que ce m orceau é ta it o rig i­
ne lle m e n t prévu avec du ch a n t, ce qu i, à
m on avis m anque dans la version finale.
Deux de tes récents albums reviennent sur ta car­
rière au sein de Genesis. Quelle était ta place au
juste dans le groupe? Comment composiez-vous ?
La p lu p a rt du tem ps, on a p p o rta it une pa r­
tie et on réagissait aussi à celles des
au tres, de faço n trè s é m o tio n n e lle . A
l’époque, j ’appren ais à com poser. Tel que
je m ’en souviens, il s'a g issa it plus de faire
re ssortir le m e ille u r du tra v a il des autres,
j ’étais une sorte de c im e n t, d'asse m bleu r
de m orceaux des uns et des autres, m e t­
ta n t en va le u r le m e illeur. J’aim e à penser
que je réagissais de faço n très e n th o u sia s­
te au tra va il des au tres, ça me s tim u la it
pour mon jeu de gu ita re.
Beaucoup pensent que ton travail en solo est le
seul à refléter l ’ambition du Genesis original...
Eh bien pe ut-ê tre, je pense que les c h a n ­
sons des uns et des autres so n t très bien
produite s, très intéressan tes... Q uant à toi,
c'est d iffic ile de savo ir à présent ce qui
v e n a it de Genesis et ce q u i é ta it vra im e n t
personnel, je ne sais pas. Je n ’ai que de
vagues souvenirs à ce sujet. Ce qui ca ra c­
térise un groupe,
c ’est cha cun, et l'e n ­
sem ble des in d iv id u s donne le son du
groupe. Ce n'est pas très intéressan t de
savo ir qui in flu e n ç a it da vanta ge, on ne le
saura ja m a is. Q u'e st-ce que les Beatles
a u ra ie n t été sans l'u n d'eu x ? M êm e Ringo
S tarr a va it son rôle qu i é ta it essentiel !!
L’ in gé nie ur du son aussi, Ken S cott, sans
pa rler de Georges M a rtin . C’est fa c ile de
ré d u ire
le
g ro u p e
au
ta n d e m
“ Le n n o n /M cC a rtn e y” , m ais ça ne se passe
pas com m e ça dans un groupe. Ce n'est
pas fo rcé m e n t celui qu i é c rit qu i est essen­
tie l. L’essentiel est d ’être une sorte de
"m è re ” , les gens so n t là les uns p o ur les
autres et sont prêts à to u t s u p p o rte r pour
q ue “ l ’e n fa n t” v iv e ... Je me sou vie ns
d 'a v o ir tra v a ille r d u r po ur tro u v e r des sons
de g u ita re intéressants, po ur u tilis e r ma
g u ita re un peu co m m e un synthé. Sur
"F eelin g E ngland” il y a des textures de
g u ita res très d ifférente s.
Et la musique classique "actuelle”...
Son problèm e, à mon avis, c'est le m anque
de
d y n a m is m e
de
l'e x p é rim e n ta tio n .
L’abandon de l'h a rm o n ie , la m u sique a to ­
nale peut ap p o rte r qu elque chose, m ais je
préfère la dé m arch e des russes, qui ont su
c o m b in e r ha rm on ie et dissonance. Prokofie ff est allé très loin dans ce dom aine. Per­
s on nelle m en t, j ’adore le travail d'orchestre,
m ais j ’ai aussi besoin que des ém otions se
dégagent. Ecouter de la m usique purem ent
ab straite, com m e la m usique atonale, et
d iffic ile , ça m anque de con traste entre le
m élo diq ue et le no n-m élodique.
E E
Rockstyle 11° 25
Les musiciens progressifs ont beaucoup pioché
dans ce répertoire, comme les "Tableaux d'une
exposition" de E.L.P...
O ui, c ’est là la source du progressif:
M u siq u e cla ssiq u e , ja z z ... P erso nnelle­
m ent, je pense que c 'é ta it une très bonne
chose pour le rock.
Quelle est ta définition de ce terme "progressif” ?
A mon avis, c ’est une m u siq ue qui a un
pied dans le passé, un dans le présent et
... les m a in s dans l’ave nir ! (R ires) C’est
une m u siq ue qui tra nscen de le tem ps. La
m u siq ue est d ’abord de l’ E sprit, on ne peut
Ton solo favori avec Genesis ? Celui de "Eirth of
fifth"?
Je ne sais pas, c ’est la plus connu parce
que le plus long, m ais il y en a d ’autres
que j'a im e au tant.
Le projet "GTR”, quels souvenir en as-tu ? J'ai lu
qu’il y avait un projet d ’album Live...
L’alb u m est sorti I Q ua nt à mes souvenirs,
c ’é ta it p a ssio nnan t de tra v a ille r avec Steve
H ow e (Yes), qui est un grand gu ita riste .
J’aim e beaucoup ce q u 'il a fa it avec Yes et
ce q u 'il fa it m a in te n a n t aussi d 'a ille u rs .
C 'é ta it un privilège d 'ê tre su r la m êm e
scène que lui, de jo u e r avec lui. Nous
avons fa it quelques tournées aux US sur­
to u t, où l’ in té rê t é ta it plus grand po ur le
groupe. L'album est sorti sur un label am é­
ric a in m ais l’e n v iro n n e m e n t du groupe
n’é ta it pas très favorable. A cette époque,
au m ilie u des années 8 0 , les m aisons de
disques fa is a ie n t é n orm é m en t pression sur
les a rtiste s p o ur in flu e n c e r leur m usique,
en exigeant des m orceaux c o u rts , des
singles, des titre s sym pas pour les radios.
On n 'é ta it pas vra im e n t libres. Il nous est
arrivé de créer des choses intéressantes qui
n’o n t pu être retenues. A u jo u rd ’hui les
labels et les m e n ta lité s so n t plus dive rs...
C'est la raison pour laquelle tu as fondé ton label ?
E xactem ent. J'en avais assez d 'a u d itio n n e r
p o u r le b u sin e s s . Pus je fa is de la
m u siq ue, plus je sais ce que je veux, et je
n’aim e pas q u 'o n me dise ce que je dois
fa ire I D 'a ille u rs , je suis c o n te n t que "The
Tokyo Tapes" m arche aussi bien, puisque
c 'e st la prem ière pro d u c tio n de "C am in o
R ecords” I
Tu as influencé beaucoup de groupes prog' comme
IQ ou Arena. Les connais-tu ?
Je ne con nais pas bien leur tra v a il. Je ne
sais pas tro p qu i j ’ai influ e n cé , je fais des
dé couvertes tous les jo u rs à ce sujet. Il y a
des gens qu i vie n n e n t me v o ir pour me dire
à quel p o in t je les ai influen cé et je tom be
des nues ! M êm e B rian M ay m ’a d it ça ! Je
n'en revenais pas! Il m ’a d it en p a rtic u lie r
a vo ir été in flu e n c é par mon solo dans “ The
m u sica l box” , les gu ita res en h a rm on ie s genre que B rian a développé au po in t
q u ’on pense to u jo u rs à lui quand on en
pa rle... C’est bien sûr un jo ie pour un a rtis ­
te de rencontrer les gens q u ’ il a influencé.
Tu as des projets avec Brian May ?
N ous avons fa it deux ou tro is choses
ensem ble par le passé qui n'on t guère re te­
nu l'a tte n tio n . Il existe encore quelques
m orceaux laissé de côté qui po u rra ie n t sor­
tir. le problèm e, là encore, c'est que je tra ­
v a illa is avec lui au m ilie u des années 8 0
où les singles éta ie n t l'obsession am biante .
Nous, ce qui nous intéressait, c ’é ta it de
jo u e r de la g u ita re en sem ble... Les pres­
sions extérieures nous gê naient beaucoup.
C’est un peu p o ur cela que j ’ai arrêté ce
genre de co lla b o ra tio n , on en attend te lle ­
m ent, il y a tro p de pression...
Tu as également joué sur l ’album à venir de U.K ?
J’ai joué beaucoup. Ils o n t to u t enregistré,
m ais je ne sais pas ce q u 'ils a u ro n t retenu.
J ’ai essayé de leur m o n tre r ce que je po u­
vais faire . Eddie (N dr: Jobson) v o u la it que
je jo u e des choses très précises, très
écrites, pour cela, il po u va it u tilis e r des
sam ples, je lui ai d it et lui ai exp liqué que
s’ il v o u la it de la pe rsonn alité , il fa lla it q u ’ il
me laisse la lui montrer. Bref, je ne sais
pas, j'a i fa it qu elques tru c intéressants
m ais il y a be aucoup de g u ita riste s qui ont
tra v a illé sur cet albu m depuis qu a tre ans,
au fin a l, je ne sais pas qui jouera dessus.
J'ai aim é jo u e r sur l’albu m de John W etton,
“A rkan gel” . John m 'a laissé la lib e rté de
faire ce que je vou la is, en me suggérant
que des élém ents de m élodie. C’est ce que
j'a im e faire. Les gens cro ie n t que j ’aim e
jo u e r des choses très posées, alors que je
préfère in tro d u ire de la d yn a m ite dans les
m orceaux, les fa ire explose, ensuite, aux
gens de savoir s 'ils a im e n t l’explosion ou
s’ ils ve u le n t q u elque chose de plus ca lm e !
(Rires)
Tes projets ?
Je vais me con centrer sur un alb u m rock et
un alb u m plus classique po ur un orchestre
et g u ita re nylon. Je suis très m o tivé pour
encore a m éliorer ce que je fais dans ce
dom aine. Je me sens de plus en plus à l'a i­
se dans l’écritu re pour la g u ita re nylon. On
é crit beaucoup de con certo s pour piano,
m ais les grands concertos pour g u ita re
nylon restent à écrire.
Lequel de ces deux albums sortira le premier ?
Cela ne dépend pas de m oi. Je dois fin ir
ces deux alb u m s et je verrai lequel sortir, je
tra va ille beaucoup en ce m o m e n t po ur p ro ­
m o uvoir les “ Tokyo Tapes". C’est un peu
co m m e être P réside nt des E ta ts -U n is ,
beaucoup de tem ps passé dans les trib u ­
naux et les a d m in is tra tio n s et peu d ’action
! (R ires) M ais je pense que ça se fera bie n ­
tô t. “ The Tokyo Tapes" con naissent un su c­
cès s tu p é fia n t, m êm e s'il est nostalgique.
Les gens a im e n t ce genre de m u sique et ce
prin cipe de “ c o m p ila tio n " q u i mêle les
m e illeurs m orceaux de d iffé re n ts groupes à
un époque donnée. C 'est nostalgique m ais
in té re s s a n t. Ça p e rm e t à c e rta in s de
d é couvrir ce p a trim o in e m u sica l, irj
Été 98 E E ]
»\y i
l -4
GENESIS
:
vec
la
sortie
du
coffret
"Archive
1 9 6 7 - 7 5 ",
e n t i è r e m e n t c o n s a c r é à la p é r i o d e P e t e r G a b r i e l , les
f a n s du " v i e u x " G e n e s i s on t de quoi
se r é j o u i r et
f r é t i l l e r . M a i s p e n d a n t ce t e m p s , T o n y B a n k s , lui, p e n s e
d é j à à 1 'av eni r . . .
A
par Frédéric Delâge
1. "Archive 1967-75" Virgin 5/5
On l'a tte n d a it de puis des lustres, on espé­
ra it sa sortie de puis des m ois et, ne voyant
to u jo u rs rien venir, on en é ta it presque
ré d u it à lui a ffu b le r une pa noplie d 'im p ro ­
bable A rlésienne. Et puis, tel un a n a c h ro ­
nique cadeau de Noël en plein m ondial
estival, il est en fin arrivé dans les bacs. Et
là, im po ssible d'être déçu. Les archives
"G abrielesques" de Genesis sont en effet à
la h a u te u r de la légende de la Genèse
an tiq u e : a u tre m e n t d it au "firm a m e n t",
com m e d ira it C hristian D écam ps, de ce
bon vieux rock progressif des années 7 0
qui est à celui d 'a u jo u rd 'h u i ce que M ichel
P olnareff est à Pascal O bispo, "Chapeau
M elon et B ottes de Cuir" à "D errick", Louis
de Funès à C hristian Clavier, Pierre Des-
proges à R aphaël M e zrahi, Jane B irkin à
O phélie W inter, Che Guevara à Tony Blair,
John Lennon à Sean Lennon ou Genesis à,
disons, Arena.
C urieusem ent, Genesis est d'a ille u rs reve­
nu sous les feux de la b o u illo n n a n te a c tu a ­
lité dès la fin de sa dernière tournée eu ro­
péenne, la prem ière avec Ray W ilson.
D'abord in d ire cte m e n t, avec la pa rution en
m ai de l'a tta c h a n t "Sketches For M y Sweehe art The D runk", l'a lb um po sthum e de ce
surdoué de Jeff B uckley (disque d o n t on ne
vous con seillera ja m a is assez de fa ire l'a c­
q u is itio n ), sur lequel fig u re une éto nna nte
reprise -q uasi pu nk- de "Back in N.Y.C". Et
puis très d ire cte m e n t, le 2 2 ju in dernier,
avec la sortie , en fin , de ce fam eux c o ffre t
de puis long tem p s annoncé et sans cesse
repoussé, co u vra n t en qu a tre disques tou te
la période avec Peter G abriel, des pre­
m ières m a quettes enregistrées à la lo in ta i­
ne et bo utonneuse époque de C h arterh ouse jusqu 'à l'apothéose de la tournée "The
Lam b Lies D ow n On B roa dw ay". Très
s o b re m e n t b a p tis é "A rc h iv e 1 9 6 7 -7 5 " ,
l'o b je t v a u t en fa it a u ta n t pour son contenu
que par son c o n te n a n t, ce d e rn ie r p ro p o ­
sant un superbe liv re t de 8 0 pages a b o n ­
d a m m e n t illu stré m ais s u rto u t rehaussé de
tém oigna ges signés Tony Banks, Jonathan
K ing (p ro d u c te u r du p re m ie r a lb u m ), Tony
S tra tto n -S m ith (un texte é crit en 1 9 8 2 par
le patron du label C harism a décédé en
• J *
m
. A
«f
ï
^
Rockstyle n° 25
AUGE REPASSE
1 9 8 7 ), R ichard M ac Phail (ex-com pagnon
de C harterhouse), C hris W elch (le prem ier
jo u rn a lis te anglais à a vo ir d it du bien de
Genesis, ce dès 1 9 6 8 !) ou encore David
S topps, ancien responsable de la salle
"chérie" du Genesis des seventies, le Friars
d'A ylesbury (et dans laqu elle, com m e il le
révèle ici, Peter Gabriel a v a it de m andé au
p u b lic , le so ir du 2 sep tem b re 1 9 7 2 , de
m a n ife s te r
son
e n th o u s ia s m e
en
co n sp u a n t le groupe au lieu de l'applaudir,
ce qu i a v a it in é v ita b le m e n t e n tra în é
qu elques surprises et incom préh ension s
chez les re ta rd a ta ire s ...).
Sur le plan m u sica l, le p la t de résistance
v ie n t n a tu re lle m e n t des deux prem iers
disques, avec cette version live (quasi)
intégrale de "The Lam b Lies D ow n On
B roadw ay", enregistrée le 2 4 ja n v ie r 1 9 7 5
au S hrine A u d ito riu m de Los Angeles. La
p rin c ip a le lacune des co n c e rts de l'époque,
à savo ir une prestation vocale pa rfois
a p p ro xim a tiv e (la voix de G abriel é ta it par
exem ple "étouffé e” lorsq u'il c h a n ta it dans
son im p re ss io n n a n t costu m e de "S lipperm an"), est ici e n tiè re m e n t gom m ée par le
tra va il ré cem m e nt effectué en s tu d io par le
Gab, insa tia b le p e rfe c tio n n is te , qui a donc
re tra va illé avec ses anciens com pagnons
po u r livre r la m e ille u re version possible de
"The L a m b ..." live. Les puristes pin a ille u rs
po u rro n t to u jo u rs m augréer que ce tra fic o ­
tage "p o st-m o rte m " p o llue la dim e nsio n
"h is to riq u e ” et l'a u th e n tic ité de ce live et
qu 'il est m êm e possible de dé celer sur c e r­
ta in s titre s , en te n d a n t un peu l'o reille , les
ra jo u ts vocaux (G abriel a a u jo u rd 'h u i la
voix beaucoup plus grave et éraillée que
lors de ses 2 5 ans). P eut-être. M ais sans
ce tra va il en s tu d io , cette version n 'au rait
pas m ieux valu que les dizaines de pirates
qu i c irc u le n t depuis plus de v in g t ans sur
le m a rché pa rallè le . A lors que là, près d'un
q u a r t de s iè c le a p rè s sa n a is s a n c e ,
l'agneau de B roa dw ay nous fic h e une n o u ­
velle claque. D élicieuse claqu e. A u-delà de
la voix p a rfa ite de G abriel (p lu s "soûl" que
ja m a is , m ais oui, s u r une m e rveilleu se
"C ha m be r o f 3 2 doors"), la g u ita re d'H acke tt se fa it sou vent plus tra n c h a n te et la
b a tte rie de C ollins plus p e rcuta nte que sur
le disqu e o rig in e l. Du cou p, ce tte version
1 9 7 5 revue et corrigée 1 9 9 8 de l'éternel
"The Lam b Lies D ow n On B roadw ay" a
l'é norm e m é rite de dépoussiérer le m ythe
et dépasse do nc de loin le stade de sim ple
cu rio s ité po ur fans. Au p o in t qu 'e lle risque
p e u t-ê tre de s'im pose r, avec le re cul,
co m m e LA référence. A noter encore que
Gabriel et ses ex-com plices o n t du e n tiè re ­
m e n t re tra v a ille r le d e rn ie r m orceau, "It",
m a le n co n tre u s e m e n t coupé sur la bande
retrouvée, et c'est une des plus belles réus­
sites des deux disques (en revanche, une
n o u ve lle ve rsio n de "C arpet C raw lers",
jugée peu c o n c lu a n te , devra a tte n d re la
p a ru tio n d'un p rochain c o ffre t pour être
e n te n d u e ...).
Le tro isiè m e CD présente q u a n t à lui des
g rands "classiques" enregistrés po ur la p lu ­
p a rt au R ainbo w en l'an de grâce 1 9 7 3 .
r ix o r d e d > an
D ont un "Supper's ready" de bravoure avec,
pour la prem ière fois sur un alb u m o fficie l,
la p e tite h is to ire contée en préam b ule par
G abriel (h is to ire dotée ici d'une pe tite o ri­
g in a lité venue d'un C ollins très d is tra it ce
s o ir-là ...). Pour le reste, "A rchive 1 9 6 7 75 ", p re m ie r vo lu m e d'une série q u i p o u r­
ra it a c co ucher plus tard d'un ou de deux
au tres co ffre ts (de "A Trick Of The Tail" à
a u jo u rd 'h u i) n'a pas o m is de d é te rre r
q u elques raretés, des plus indispensables
(les singles "H ap py the M an" ou "T w ilig h t
A lehouse", pa r exem ple) aux plus im p ro ­
bables (des
bandes dém os de 1 9 6 7 et
1 9 6 8 , naïfs m ais to u ch a n ts tém oignages
des 17 ans de nos bébés Genèse, d o n t c e r­
taine s retrouvées dans le g renier d'A n th o n y
P h illip s I). Sans o u b lie r aussi les m e illeurs
titre s du to u t pre m ie r a lb u m , enfin d é b a r­
rassés des glu a n ts arrang em e nts de violon
im posés à l'époque au je u n e groupe par
Jon atha n King, ce qu i nous pe rm et de
re décou vrir sous un jo u r m e ille u r des m o r­
ceaux com m e "In the w ilde rne ss" ou "One
day".
On aura do nc co m p ris qu '"A rchive 1 9 6 7 7 5 " est une b é nédiction pour to u t fan du
G enesis des early 7 0 ’s ou po ur ceux qui
seraient ju sq u 'ici bê tem e nt passés à côté.
En a tte n d a n t la fin de l'été et la sortie
(enfin !) d'un livre en fra n ça is sur ce vaste
s u je t n o m m é G en esis, c e tte "b o îte à
m u sique", singu lière m a ch in e à re m onter
le tem ps, est en to u t cas p ro v id e n tie lle ..
h'i
Été 98
INTERVIEW
2. Interview express! Tony Banks
Au terme de la t o ur né e "Cal 1 ing Ail
Stations", qui aura su d é m o n t r e r si
besoin était l ' é t e r n e l l e v i t a l i t é de
Genesis et
les belles
p r o m e s s e s de
Ray Wilson,
un petit
entreti en
s 'i mposai t
avec l'un
des deux
g a r d i e n s du
temple, en
1'occurrence
Tony Banks.
Un Banks
plutôt
rassuré par
la t o u r n u r e
des
événements
et déjà
i m p a t i e n t de r e t r o u v e r sa Genèse
chérie. Si p o s s i b l e avant le proc ha in
m i l l é n a i r e . ..
^ R o c k s t y le n° 25
INTERVIEW
Au niveau des ventes d'albums et de l ’audience
des concerts, on est resté comme prévu très en
deçà des records de l'époque Phil Collins. Es-tu
déçu ?
-E coute, évid e m m e n t, on veut tou jo urs
da vantage en term e de succès. M ais g lo ­
ba le m e n t, je suis s a tis fa it. A vant la sortie
de "C alling A il Stations", je n'étais sûr de
rien. On a u ra it pu se p la n te r c o m p lè te ­
m e n t, je l'avais envisagé. Or, ce n'est pas le
cas, loin de là. Bien sûr, les radios, s u rto u t
en A nglete rre et aux E tats-U n is, ne nous
o n t pas soutenus, c'est un fa it. M ais le plus
im p o rta n t, cela reste la présence tous les
soirs de ce p u b lic très en th o u sia ste . Il y a
to u jo u rs des gens qui sont v ra im e n t d e rriè ­
re le groupe, qu i le s o u tie n n e n t sin cè re ­
m e n t, parce q u 'ils a im e n t le d e rn ie r alb u m .
Ils ne v ie n n e n t pas nous v o ir seu le m ent
parce que nous avons fa it des tru cs in té ­
ressants dans le passé. C'est ça qui me fa it
le plus plaisir."
La tournée américaine a quand même du être
annulée. N'y a -t-il pas eu erreur sur le choix des
singles ? "Congo", "Shipwrecked" ou "Not about
us" sont de bons morceaux mais j'a i le sentiment
qu'un "Calling ail stations" en single aurait peutêtre pu s'imposer comme le “Marna" des années
90...
"On a pas m al d iscuté s u r le c ho ix des
singles. “C allin g ail sta tio n s" est un exce l­
le n t m orceau m ais il est ap p a ru tro p c o m ­
plexe et m a n q u a n t tro p d'un vrai refrain
pour s o rtir en s im p le . C 'était pe ut-ê tre une
erreur, je ne sais pas. M a in te n a n t, m êm e
avec les autres titre s , certaines radios sont
restées in d iffé re n te s . Tu sais, un titre
com m e "Congo" a un ryth m e tro p lourd
p o ur ce rta in e s sta tio n s. En G ra nde -B re­
tagne, "R adio One" ou d'autres s ta tio n s ont
une p o litiq u e de pro g ra m m a tio n qu i exclut
tous les groupes de notre gé néra tion. J'au­
rais aim é que ça m arche plus en A n g le te r­
re, j'a u ra is aim é ne pas de voir a n n u le r la
tournée aux E tats-U n is m ais sans le so u ­
tien des radios, c 'é ta it im po ssible. En fa it,
on a u ra it très bien pu re m p lir les salles
dans les grandes villes typ e N ew -York, en
revanche pour les petites ville s, c 'é ta it tro p
ju s te et on a u ra it au fin a l perdu tro p d 'a r­
gent. M ais dès la prochaine tournée, nous
ré ajusterons notre progra m m e et Genesis
reviendra jo u e r aux E tats-U n is."
Ray Wilson a -t-il été bien accueilli par les fans
européens ?
-"Je crois que oui. La p lu p a rt du tem ps, les
ré actions é ta ie n t chaleureuses. Ray a v ra i­
m e n t une voix idéale pour c o lle r à la
m u siq ue du groupe et il lui a p p a rtie n t
désorm ais de s 'im p liq u e r da vantage dans
l'é critu re lors des p rochains alb u m s. E vi­
d e m m e n t, c'est sans do ute plus d iffic ile
pour lui d'être c o m p lè te m e n t accepté par
to u t le p u b lic de Genesis que cela a pu
l'être en son te m p s po ur P hil lorsq u'il a
re m placé Peter. P hil a va it à l'époque un
énorm e avantage: il fa is a it déjà p a rtie du
groupe. Cela d it, au vu de cette prem ière
tournée et de ce que je con nais du b o n ­
hom m e, je ne me fais aucun souci pour
Ray..."
11Calling Ali Stations" éta it-il le dernier disque de
Genesis pour le vingtième siècle ?
"-P eut-être pas. M ike a un nouveau projet
avec les M e chanics m ais après ça, j'ai bien
envie de faire un nouvel alb u m de Genesis
assez vite, pe ut-ê tre dès 1 9 9 9 si possible.
Je n'ai sans do ute ja m a is a u ta n t apprécié
q u 'a u jo u rd 'h u i de d o n n e r des co n ce rts
m ais cela n'a ja m a is été ma prio rité . A la
lim ite , je pourra is m 'en passer. A lors que
ré c ritu re et l'e nre g istre m e n t d'un disque
restent mon grand plaisir, ma passion.
Donc, en m arge de mes a lb u m s solo, il me
tarde déjà de re tra v a ille r sur un nouveau
Genesis. D 'autant que si nous ne m o b ili­
sons plus a u ta n t les foules que dans les
années 8 0 , ce n'est pas seu le m ent du au
cha ngem ent de chanteur. A près to u t, le
d e rnier albu m de P hil n'a pas non plus
cassé la baraque en term e de ventes. En
fa it, le vrai problèm e, c'est qu 'il s'est é co u ­
lé un laps de tem ps beaucoup tro p long
entre "We C an't Dance" et ''C alling A il S ta ­
tions". Et nous ne ferons plus la m êm e
erreur."
Bref, cette fois, on n'attend ra plus six ans
le nouveau disqu e de notre trio préféré. Et
c'est ta n t m ieux. A llez, roulez Genèse... [rj;^
C
e jeune homme de vingt ans a vendu 30
millions
d ’albums.Un
tube
interplanétaire du nom de ‘A frica’ et
c ’est l’explosion en 1982. Depuis, se sont suivis
albums et tournées plus ou moins réussis, le
propulsent
au pinacle du rock-FM américain.
Jamais hors mode, jam ais à cours d’idée, Toto est
aujourd’hui un grand garçon qui n’hésite pas à
revendiquer son statut de groupe superstar dont
les m em bres restent les m usiciens les plus
abordables du circuit. C ’est David Paich qui est
pour une fois le porte parole de ce jeune homme
qui ne compte d’ailleurs pas s ’arrêter là.
Des m o rceau x co m m e 'G o in g H o m e ’ ou
'Taie Of A M a n ’ que l’on a v a it laissé de
côté au m o m e n t du ch o ix p o ur l'a lb u m .
En fa it, no us ne v o u lio n s pas no us
re m e ttre à tra v a ille r les m orceaux po ur en
fa ire qu e lq u e cnose de plus a ctu e l. L'idée
é ta it de re s s o rtir ces m o rceau x de nos
v ie ille s a rm o ire s et de le u r d o n n e r une
no u ve lle vie.
Il me semble que vous êtes en ce moment sur la
composition du prochain album studio...
O ui, e t c ’est d ’a ille u rs p o u r cela que nous
avion s l'in te n tio n de m e ttre sur ce best-of,
les m o rceau x q u i so n t re p ré se n ta tifs de la
m u siq u e de Toto à cha que s o rtie d 'a lb u m .
Ce best-of qui marque la lin d'un période est en
fait une collection d ’inédits ?
E xactem ent. Le groupe a v a it l ’ in te n tio n de
s o rtir un a lb u m m ais nous ne s avion s pas
e xa cte m e n t sous q u e lle fo rm e . Aux E tatsU nis, dès q u ’ un groupe possède tro is
a lb u m s , ils b a la n c e n t un b e s t-o f avec
deux in é d its . De notre côté , nous v o u lio n s
qu e lq u e chose de plus c o h é re n t, une
m a nière de rendre ho m m ag e aux m u s i­
ciens qu i o n t p a rtic ip é à la vie de Toto et
fa it que le groupe en s o it là a u jo u rd 'h u i.
m
Rockstyle n° 25
C'est tout de même incroyable qu’un morceau
comme 'Going Home’ n'ait pas figuré sur l'album
à l'époque, il fa it ic i figure de tube potentiel,
encore aujourd'hui...
C 'est vra i, je suis d ’accord avec toi m ais
le p ro b lè m e est que nous avions com posé
ce titre p o u r le 'G re a te st H its ’ . Nous
l’avons do nc présenté au p ré s id e n t de
CBS qu i ne l'a pas du to u t a p précié,
d ’après lu i, ce titre ne d o n n a it pas la v é ri­
ta b le im age de Toto. On é ta it un peu déçu
de ce tte ré action. E nsuite, nous avons
e n registré ‘ M o dem Eyes’ d o n t ils n’o n t pas
v ou lu non plus. Et la seule chose q u ’ ils
nous o n t tro uvé, c ’est J e a n -M ic h e l Byron.
Ils p e n sa ie n t que ce m ec a lla it nous
a p p o rte r un côté un peu ‘ ro o ts ’ com m e
Peter G ab rie l. M ais s 'ils a v a ie n t acce pté
les deux titre s , ce m ec n’a u ra it ja m a is fa it
p a rtie du groupe . C ’est la m a iso n de
d isqu es qu i nous l ’a im posé.
Ils pensaient
que
Jean-M ichel
Byron allait
nous apporter
un coté
“Roots”
comme Peter
Gabriel. Mais
s ’ils avaient
accep té les
deux titres, ce
m ec n’aurait
jam ais fait
partie de Toto
Vous allez donc sortir ‘Going Home' en single ?
O ui. n .,,-etre avec deux au tres m orceaux,
. ne s a it pas encore. M ais c 'e s t vra i que
ce m orceau p o u rra it trè s bien fa ire pa rtie
des nouveaux m orceaux de Toto, avec la
voix de Luke en plus, bien sûr.
On trouve également des extraits live inédits...
O ui, on v o u la it que la bo ucle s o it bouclée.
N ous som m es ég a le m e n t un groupe de
scène, car nous avons jo u é dans le m onde
e n tie r et je crois que si le groupe est a rri­
vé à une te lle n o to rié té a u jo u rd ’ hui c ’est
e sse n tie lle m e n t grâce au fa it que nous
avons jo u é p a rto u t. On ne p o u v a it donc
pas laisser de côté to u t l’a sp e ct live du
groupe. Tu as c e rta in e m e n t écouté cette
version de ‘A fric a ’ en registrée po ur la pre­
m ière fois en A friq u e du Sud. N ous nous
som m es retrouvés s u r scène avec des
ch a n te u rs et c ha nteu ses de Gospel ainsi
que des pe rcu s s io n n is te s qu i nous a c c o m ­
pa g n a ie n t. Il nous a do nc fa llu c ha nger les
arra n g e m e n ts de m a nière à ce que cette
version so it un vrai titre bonus.
Ce fut une véritable surprise de pouvoir enfin dis­
pose d'une version live d"A frica 'd e dix minutes...
Il a fa llu que nous nous b a ttio n s pour
im p o se r A frica sur ce b e s t-o f c a r ils ne
pe n sa ie n t pas que c 'é ta it un bon cho ix,
qu e tro p de versions e x is ta ie n t déjà et que
le p u b lic ne se ra it pas intéressé pas une
no uvelle . J ’adore c e tte version avec la
ch o ra le et ces a rra n g e m e n ts qu i d o n n e n t
une co u le u r fa b u le u s e . J 'a v a is d e m and é à
ce que l'o n co m m e n c e ce d is q u e avec les
c h a n ts Gospel s u iv is de la versio n de 'A fri­
c a ’ , m ais bon j ’ai p e rd u ... (R ires)
Je pensais vraiment que vous n ’alliez pas oublier
de mettre un morceau comme ’Good Bye Girl’ qui
fu t pour moi l'un de morceaux les plus efficaces
sur scène...
Je pense que tu po u rra s le tro u v e r sur
‘V olum e II’ ...
Il est donc prévu un ‘ Volume II' ?
O ui, nous ne savons pas en core quand
m ais il y a de fo rte s ch a n ce s p o ur q u ’ il
sorte un jour. On va déjà se co n c e n tre r sur
le pro c h a in a lb u m . P eut-être que 'V olu m e
II' s o rtira p o ur m a rq u e r no tre en tré e dans
le nouveau m illé n a ire . N ous avons l’ in te n ­
tio n de fa ire qu e lq u e chose de spé cia l.
Quelle impression cela te fait de faire aujourd’hui
partie des géants du rock au côté de Queen, Led
Zeppelin, ça doit être intéressant parfois de se
retourner et de faire le constat de vingt ans de
carrière ?
C 'est v ra i. Se re tro u v e r à la h a u te u r de
groupe c o m m e Q ueen, Van H alen ou
m êm e Jou rney q u i eux aussi o n t vendu
des m illio n s d 'a lb u m s , c ’est v ra im e n t
fa b u le u x. Toto a vendu 3 0 m illio n d 'a l­
bum s et je c ro is que nous som m es très
c ha nceux d ’être encore là à vivre de notre
m u siq u e et de notre passion. L'Europe
nous a to u jo u rs réservé un a ccu e il c h a le u ­
reux et la France fu t une vra ie terre d ’a s i­
le po ur no us...
Comment expliques-tu cela ?
Je ne sais pas. Il est vra i qu e su r deux
tou rné es m o n d ia le s nous avons jo u é p a r­
to u t en France, dans des v ille s m oyennes
ce qu i fa it que be aucou p de gens nous o n t
vu et o n t en su ite acheté les a lb u m s. C 'est
très im p o rta n t pour nous de nous s e n tir
proche de notre p u b lic .
De quelle manière penses-tu que la musique de
Toto puisse évoluer ?
On en parle sou vent Luke et m oi. Il est
c la ir que CBS ve u t encore un a lb u m s tu ­
d io q u 'ils a u ro n t. Je pense que cet albu m
sera à l'im a g e de ce q u 'a u ra it dû être Toto
sans la d is p a ritio n de Jeff. Je ne dis pas
ça po ur c ritiq u e r S im on m a is s im p le m e n t
po ur s o u lig n e r le fa it que Tam bu é ta it to u t
s im p le m e n t un alb u m de tra n s itio n . Je
suis c e rta in que les choses n 'a u ra ie n t pas
le m êm e visage si Je ff a v a it c o n tin u é avec
nous. Je cro is que le p ro ch a in a lb u m sera
très o rie n té vers ce que nous avions l'in ­
te n tio n de fa ire a va n t la m o rt de Jeff, c 'e st
à dire avec be aucou p de voix, de ro c k 'n ’
ro iI, l'e x p é rim e n ta tio n de nouveaux sons,
de no uvelle s te ch n o lo g ie s, ça va être c o m ­
p lè te m e n t e x tra va g a n t...
Mais vous ne changerez pas la recette qui fonc­
tionne depuis 20 ans ?
Non, il est po ssib le que q u e lq u 'u n vienn e
c h a n te r en gu est m ais c 'e st to u t. En ce
qui con cerne la p ro d u c tio n , nous vo u lo ns
ê tre assez proche des p ro d u c tio n s des
a lb u m s com m e 'IV ' ou ‘ K in gdo m Of D ési­
ré', car c ’est ça le vrai son Toto. Je cro is
que ce sera notre 'R u b b e r S oûl',
Été 98 Q B
Eurockeennes
lOème Edition
3-4-5 juillet 98
Pour
l’
éd ition
98
des
les
Eurockeennes
de
o rg an i s a t e u r s
Belfort,
ont
mis
les
petits plats dans les grands,
L S
forcement
10
festival,
ça
site
de
ans
se
de
fête.
Le
Malsaucy,
to ujours aussi agreable
est
le
th eâtre
de
jours de c on certs
au
to ta l,
temps
avec
forts,
3
, 38
des
d’
autres
p er ti n e n t s et certains
un
ton
mais
cas
en
dans
de
Eurock*
dessous,
tous
les
figure,
les
98 resteront
u n grand cru, avec en guise
de
cerise
1 *ep ou s t o u f l a n t e
feux
sur
ce
sur
prestation
qui
de meure
de
le
le
g ât e a u ,
Iggy
Pop.
plus
Pleins
i mp or ta nt
f es tival e ur op ée n de l ’
ete.
Par Pascal Vernier - Phots : Yves Petit
ACTUALITE
de Belfort
Vendredi 3 juillet
Dès l'o uverture des portes, la fréquentation
du festival est im portante et ce, malgré le
foot à la té lé et malgré la pluie qui fa it son
apparition dès la fin du con cert du groupe
a u dincourtois Awake, chargé de mission et
issu des tre m p lin s rock régionaux. L’objectif
est clair: B alance r une bonne dose de métal
au pied du p u blic qui n’est pas venu pour
rigoler. Il a tte n d du spectacle de qualité et il
ne sera pas déçu. L'après-m idi s'égrenne
tra n q u ille m e n t malgré les pluies qui auront
tô t fa it de transform er le site en bourbier. Il
faudra attendre le début de soirée pour que
le festival décolle vraim ent.
Sean Lennon
Prestation m ystique de l’enfant chéri de
John et Yoko. Sur scène, Sean se ballade
avec sa copine Yuka qui joue aussi du cla­
vier. Le groupe assure un set frais et décon­
tracté sur une grande scène qui semble
démesurée, la pluie ne cessant pas pour
a utant de tomber.
Dolly
C'est le groupe fétiche du m om ent. Manu et
ses potes alignent tubes sur tubes co n fir­
m ant l’aisance face à un public nombreux
amassé sous le chapiteau. Plus tard, Dolly
sera reçu par C atherine Trautm ann, un des
rares officiels décide à chausser les bottes
pour affronter les élém ents.
R am m stein
Il faut attendre le début de soirée pour voir
débarquer la division blindée et les choses
sérieuses peuvent enfin com mencer. R am m ­
stein est un super groupe de scène, capable
de rivaliser avec les plus grands. Pyrotech­
nique, costum es et am biance techno-m etal,
tous les élém ents nécessaires au réchauffe­
m ent de l’atm osphère.
Texas
Pour sûr, elle est belle Charlène, mais bon,
Texas, to u t de m ême, c’est un grand groupe,
une des stars de ce festival. P ourtant la
fougue n’est pas là. On assiste à une presta­
tion sans éclat, le m ot d'ordre c’est jouer
juste et on rentre à la m aison. Une chose est
certaine: C'est bien joué m algré un son tout
petit.
Prodigy
La déferlante tech no-pun k est annoncée aux
alentours de m in u it trente. A l'heure dite, la
folie est au rendez-vous. Après trois m or­
ceaux, la puissance de feu de Prodigy plo n ­
ge to u t le site dans l'obscurité. Plus de son,
plus d'im age. On avait po urta nt été prévenu.
Prodigy reviendra pourtant trois qu art d 'h e u ­
re plus tard pour clôturer une prem ière jo u r­
née bien frileuse.
ACTUALITE
Samedi 4 juillet
La pluie fa it place au grand soleil qui épon­
ge le terrain détrem pé par les orages de la
veille. Cette deuxièm e journée est la plus
Eurapéenne du week-end. Même si Faudel,
lui est plu tô t raï, NTM et Passi sont au ren­
dez-vous d ’un public venu très nombreux.
Tabula Ras entam e dès 14h la program m a­
tion de ce sam edi, déjà beaucoup de monde
se presse devant la scène Territoire de
M usique pour apprécier la prestation des
bisontins tout heureux de se retrouver là.
NTM
V iolent, très violent, le duo tentera à plu­
sieurs reprises de soulever le public tout
entier acquis à sa cause. Il est vrai que NTM
dem eure la figure em blém atiqu e du rap
hardcore français. A ne pas laisser à la por­
tée de toutes les oreilles.
Ks' Choice
S'il y a trois scènes aux Eurock', c’est parce
que la notoriété des groupes varie. Enfin
c'est ce que l’on cro it car K's Choice échap­
pe la règle, c'est l'exem ple typique du grou­
pe qui n’a rien à faire sur une scène décou­
verte ta n t la prestation est im peccable et la
prestance scénique im parable.
lean Louis A ubert
Il se devait d ’être présent pour se partager le
gâteau de ce dixièm e anniversaire. Ce soir-là
encore, la lune est bien ronde et A ubert pro­
m et de pa rtir à N ew -york Avec Toi, dès q u ’il
aura raccroché son téléphone.
H eather Nova
M êm e si to u t cela ressemble à Alanis, Cheryl ou Suzanne, la petite sirène des Ber­
mudes assure un set sans bavure. Entre
chansons acoustiques et titres plus élec­
triques, elle n’en finira pas de parader au
bord du lac, a ffirm ant que l'eau est bien
l’élém ent q u ’elle préfère.
Asian D ub Foundation
La déferlante D ub du com bo anglais est en
to u t po in t le concert le plus réussi de la jo u r­
née. M ais le m eilleur reste à venir.
Pigalle
François, le patron de Boucherie Productions est un
habitué des Eurockéennes. Que ce soit avec les
Garçons Bouchers ou désormais avec Pigalle, le
spectacle de qualité est garanti. Multi-instrumentiste de choix, Pigalle propose un concert culotté et fort
en gueule.
Rockstyle n° 25
Iggy Pop
Iggy Pop enfonce très loin le clou du spec­
tacle, assu rant un sho w e xtrêm e m ent p e r­
c u ta n t. Fidèle à sa ré p u ta tio n , l’ iguane se
con torsion ne, to rtille son corps et tritu re
les m ots. D errière, le com bo d ’en fants te r­
ribles qu i l'a cco m p a g n e n'en fin it pas de
ro ck’ n’ roller. Pas é to n n a n t do nc que la
ch a în e A rte a it cho isi de re tra n sm e ttre la
pe rform ance de l’ex-leader des Stooges.
k
q
h
e
q
m
Dimanche 5 juillet
C’est d im a n c h e et c h a c u n ém erge tou t
d o u ce m e n t. Les fe s tiv a lie rs se re m e tte n t à
peine des frasques de la v e ille et c'est
d e vant un p u b lic bien tim id e que Jerem y
en tam e son con cert, le seul groupe parm i
les lauréats issus des tre m p lin s à v é rita ­
ble m e n t tire r son ép in g le du jeu.
C ornershop
Une des ra re s occasions de se reposer les
oreilles avec le com bo a n g lo -p a k is ta n a is
to u jo u rs aux fro ntière s du m y s tiq u e et du
p s y c h é d é liq u e a lte rn a n t tra d itio n s et c o m ­
p o sition s o rig in a le s . C o rn e rs h o p livre au
passage une éto nna nt re p ris e des Beatles
"N o rw e g ia n W o o d ” .
■ X iH /S
Pulp
Le groupe d e l'a n g e lo t J a rv is Cocker, fie r
de son to u t ré c e n t a lb u m "T h is Is H ard core" de fo rt b o nne fa c tu re , se d e v a it de
négocier la scèn e to u t aussi é lé g a m m e n t.
On ne fu t p a s déçu. Un c o n c e rt p a rfa it
m ené ta m b o u r b a tta n t, c la s s a n t d é fin itiv e ­
m e n t Pulp p a rm i les p re m ie rs du tab le au.
The D ivine C om edy
D ésigné d ’o ffice po ur re m placer au pied
levé M a rilyn M anson, les anglais ne se
co n te n te n t pas d ’assurer l'in té rim . Au delà
de toutes espérances, The D ivine C om edy
réalise une superbe prestation avec un son
p a rfa it.
Louise A ttaq ue
A l'h e u re à laqu elle M arc Em a rp e n ta it la
scèn e te r rito ire de m u s iq u e ,
Louise
A tta q u e , le cho uchou de ces dam es de
tous po ils en tam e un set bien nounou, v is i­
ble m e n t flip p é de jo u e r devant un tel p a r­
terre. Louise A tta q u e en règle, m ais il fa u t
a ttendre P ortishead qui sur le coup de
l h 3 0 du m a tin sonne le glas de cette
d ixièm e é d itio n .
T e rm in é ? N on I Le cie l s ’ e m b ra s e s o u ­
d a in , les b o u g ie s se s o u ffle n t s u r le lac
e t les fu n a m b u le s d é a m b u le n t ra c c o m ­
p a g n a n t les fe s tiv a lie rs ve rs la s o rtie . Au
to ta l, se s o n t p lu s de 7 0 0 0 0 s p e c ta ­
te u rs q u i o n t fo u lé le s ite de M a lsa u cy,
m ig ra n t d ’ une scè n e à l ’a u tre avec l'e s ­
p o ir de ne rie n m a n q u e r du s p e c ta c le
q u i c e tte a n n é e e st à la h a u te u r des
a m b itio n s d e s o r g a n is a te u rs , s ’ a t t a ­
c h a n t à p ro g ra m m e r à l ’ in té r ie u r du
c a m p in g un fe s tiv a l O ff é g a le m e n t trè s
fré q u e n té . Au fil de l ’ea u, la l l è m e é d i­
tio n sera sans d o u te e n co re m e ille u re .
R e n d e z-vo u s en ju ille t 9 9 ! j '
FEaR
FacfORY
LE D É L U 6 E M É C A N O - R Y T H M I Q U E
eu
de
temps
après
le
controversé
“ R e m a n u f a c t u r e ” , Fe a r
F a c t o r y r e v i e n t a v e c un “ O b s o l e t e ” s u r p u i s s a n t qui d e v r a i t
s a n s a u c u n e h é s i t a t i o n r a v i r les f a n s du g r o u p e . R o c k s t y l e a
r e n c o n t r é B u r t o n C. Bell ( c h a n t ) et C h r i s t i a n O l d e W o l b e r s ( b a s s e )
et a e s t i m é q u e la r é u s s i t e du g r o u p e d e p u i s ses d é b u t s m é r i t a i t
bien
un e p e t i t e é p r e u v e ,
au c o u r s
de l a q u e l l e
votre magazine
p r é f é r é p o u r les s i è c l e s des s i è c l e s ( a m e n ) a j o u é les a v o c a t s du
d i a b l e . Loin de se d é m o n t e r , les d e u x m u s i c i e n s ont g e n t i m e n t et
i n t e l 1 i g e m e n t ( m ai s s i . . . ) r é p o n d u au x o f f e n s e s qui l e u r é t a i e n t
envoyées.
L ’e x e r c i c e
s ’e s t
terminé
par
quelques
questions
i n s o l i t e s qui v o u s f e r o n t d é c o u v r i r un a u t r e a s p e c t de ces j o y e u x
cogneurs.
Par Charles Legraverand
P
(A van t que la prem ière qu estion ne soit
posée, B u rto n rote dans le m ic ro du
m agnéto).
Burton : C'est juste pour tester !
Excellente introduction. Euh... A propos du concept
déprimant de "Obsolete" et de Fear Factory en géné­
ral... Le considérez-vous comme une prévision ou
comme quelque chose d ’actuel ?
C : Eh bien... Un peu des deux, en fait.
B : Oui, un peu des deux. Le concept des
album s de Fear Factory, et du dernier en par­
ticulier, c'est un peu com m e une histoire de
s c ie n c e -fic tio n , si tu veux. A lors donc,
com m e la plupart des écrivains de sciencefiction, nous em pruntons à un quotidien bien
réel des faits qui servent notre vision d'un
fu tu r relativem ent proche. C’est une idée du
fu tu r tel qu'il pourrait effectivem ent être ;
c'est donc un mélange des deux. Ce que nous
décrivons a déjà com m encé un peu, et nous
poussons plus loin la réalité, nous spéculons.
Ce n'est ni plus ni moins de l'anticipation.
Tu as presque répondu à la deuxième question, mais
je te la soumets quand même .- vous sentez-vous
plus proches du rôle d ’écrivain ou du rôle de philo­
sophe ?
B : Bien que je me sente plus près, pour ma
part, d ’un écrivain, il y a encore une fois un
peu des deux. L’écrivain et le philosophe sont
sans cesse à la recherche de quelque chose,
tous les deux, soit de connaissance, soit de
sentim ents... Il me sem ble q u ’écrire est une
m anière de philosopher et je me fais ma
propre philosophie en m 'y livrant, mais par
dessus tou t j'aim e créer, j ’aime écrire et aller
au-delà du sim ple réel, et pour cela je suis
incontestablem ent plus proche de l’écrivain.
Je pourrais bien être écrivain.
Et quelles sont tes inspirations, en ce qui concerne
l'écriture ?
B : Oh, il y en a beaucoup... Edgar A. Poe,
parmi les auteurs classiques. J’aime ses nou­
velles, ses poèmes. Franz Kafka... J'aim e
aussi beaucoup P hilip K. D ick... Comme
auteurs plus récents j'apprécie particulière­
m ent K.W. Jeter et A rthur C. Clarke. Mais
mon préféré est certainem ent George Orwell,
dont la période d'écriture se situe entre les
années 3 0 et 4 0 et parle de choses qui sont
foutrem ent proches de notre réalité aujour­
d 'hu i. Ce gars-là a réussi à anticiper sur son
époque d ’une façon remarquable. J’adore la
vision qu 'il a eu du futur.
Votre concept est tout de même particulièrement
angoissant. Vous sentez-vous si peu en sécurité que
ça dans vos vies 1
B : H m m ... Non, je ne me sens pas trop
angoissé ni trop menacé. On ne sais jam ais
com m ent les choses vont tourner, mais j'e s­
saie toujours au m oins de garder le contrôle
de la direction que peut prendre ma vie et de
ne pas me laisser diriger entièrem ent pas les
élém ents extérieurs. C’est vrai q u ’il y a des
trucs face auxquels on ne peut pas être to ta ­
lem ent serein... Mais angoissant n'est pas le
m ot exact. Je dirais plutôt inquiétant. Voilà...
^
Rockstyle n° 25
Je suis inquiet vis-à-vis gens qui peuplent le
monde, inquiet vis-à-vis du gouvernement,
inquiet vis-à-vis de l'environnem ent et d ’un
tas d ’autre trucs. C’est un sentim ent com m un
de prédire que le m onde tourne à la catas­
trophe, mais ce n’est pas pour ça que c’est
faux.
La musique est laite pour communiquer des senti­
ments, êtes-vous d'accord ?
B & C : Oui.
Dans ce cas, quels sentiments pensez-vous apporter
à vos fans avec le type de musique qui est le vôtre ?
B (Com me si de rien n’était) : Agression,
inquiétude... Tristesse, morosité.
C : Un tas de sentim ents. Chaque chanson
est une ém otion différente.
B : On leur apporte égalem ent de l'insp ira­
tion, je pense.
Comment expliquez-vous qu 'ils soient attirés par ces
sentiments négatifs ?
B : Il est évident que si tu ressens de la tris ­
tesse au sujet de la m o rt de quelqu'un, par
exemple, il n'y a rien de plaisant en cela et ce
n'est pas un état que tu vas rechercher, à
moins d ’être cinglé. La musique co m m u ­
nique des sentim ents, mais peut-être vaud rait-il mieux dire impression, ou exemple de
sentim ents, ou sentim ents artificiels... Disons
que nos fans ne sont pas tristes ou agressifs
quand il viennent voir le groupe sur scène,
mais ils com prennent pourquoi nous d é li­
vrons ce type de sentim ents, et c’est la com ­
préhension qui leur fait plaisir, pas la tristes­
se en elle-m êm e ou l'agressivité en ellem êm e... Je crois que si tu com prends, alors
tu peux aimer. Si tu ne com prends pas ce
qu'il se passe, tu ne vas pas t ’y intéresser.
l ’ai fait écouter un jour à Tommy Emmanuel, un
joueur de jazz, un titre de Sepultura. Pour lui, ce
style de musique n ’est rien d'autre que du bruit.
Comment réagissez-vous au fait que certains musi­
ciens pourraient vous considérer vous aussi comme
des “ faiseurs de bruit " ?
C : Ce sont deux mondes com plètem ent d if­
férents, tu sais, et je crois que c'est d é fin iti­
INTERVIEW
vem ent une inexplicable question de goûts.
Je ne crois pas que l’on puisse convaincre
quelqu'un d ’aim er quelque chose q u ’il ne
peux pas aimer. Regarde : il y a des mecs
qui pensent que les Spice Girls est le m eilleur
groupe de la Terre, m eilleur qu'Elvis, même,
alors que penseraient-ils de nous ! Il y a des
choses qui n’appartiennent pas au même
monde et q u ’on ne peux pas concilier !
m aladroits et nous nous sommes améliorés
jusqu 'a ujourd 'hui, et “ Obsolete” est vraim ent
un album que nous attendions depuis long­
tem ps. Je pense que l'évolution se fera natu­
rellem ent par la suite, com m e elle s'est faite
depuis le début, en douceur. Sans même que
nous nous en apercevions !
B : Tu as vu juste en parlant de m aturité, je
vois ce que tu veux dire... Euh... Nous avons
appris jusqu'à aujourd'hui à nous concentrer,
à écrire une bonne chanson dotée de bons
arrangements et d ’une bonne structure. C’est
le résultat - même involontaire - de beaucoup
de pratique et d ’investissement. Je ne peux
pas im aginer que Fear Facory s’arrête là où il
en est aujourd'hui, car nous avons plus d'un
tour dans notre sac, com m e les fans ont pu
s'en rendre com pte avec “ Remanufacture
Nous savons surprendre et aller dans les
directions qui nous plaisent, quelle que soit
leur couleur.
C : Je crois que notre future évolution repo­
sera sur l'exploitation intensive de to u t ce
q u ’on a appris jusqu'à présent et qui fa it
notre m aturité de m usiciens (car pour le
reste, il y a du boulot : Burton s'amuse à
balancer des gâteaux apéritifs par la fenêtre
de la pièce, qui done sur une cour intérieure :
le bruit est rigolo, ndr !)
Les mecs qui aiment ies Spice Girls ne peuvent pas
être musiciens, de toute façon...
B : Oui, sûrem ent. Pour répondre à ta ques­
tion, je pense que si ce guitariste do nt tu
parles, au lieu d'écouter un morceau de
Sepultura, s 'é ta it assis avec Max (Cavalera,
l'ex-chanteur-guitariste-com positeur-cheveux
rouges de Sepultura) pour causer avec lui et
m êm e jouer avec lui, alors il aurait découvert
un mec ou vert qui sait jouer un tas de trucs
à l'acoustique. Je suis sûr que ce jazz player
d o it avoir une formation m usicale où il a
appris la structure de la musique et la
m usique te lle q u ’elle doit être jouée, etc., ce
qu i ne correspond pas à Sepultura.
C : Je suis sûr que tous les groupes très
heavy com m e nous, ou Sepultura, ou Soulfly
(le nouveau groupe du suscité Max), ou
M achine H ead savent apprécier à sa juste
valeur la m u sique de guitaristes tel que celui
d o n t tu nous parles. Je veux dire que si tu
avais fa it écouter un de ses disques à Max, il
t'a u ra it certainem ent dit " c ’est fantastique ”
Il me sem ble que les mecs qui jouent une
m usique très heavy sont beaucoup plus
ouverts que to u s ces m usiciens très entraînés
e t très bien form és. Il font très bien ce q u ’il
fo n t mais n'en sortent pas. Max écoute un tas
de trucs différents, de la musique brésilienne,
de la m usique classique. Sa collection de
disque est incroyable.
B : Max aim e André Segovia, par exemple.
C’est une légende de la guitare classique,
com m e tu dois le savoir. Il a fait des mélodies
m erveilleuses qui sont de pures poèmes, et
ses doigts sur le manche deviennent l'in s tru ­
m ent lui-m êm e. Si la com préhension de la
m usique de chacun ne marche pas dans les
deux sens, ta n t pis... Ce n’est pas nous qui
som m es perdants !
Que répondriez-vous i ceux qui pensent que vous
n ’êtes qu'un produit du succès de Pantera ?
C : Pas grand chose, sinon que Pantera a
certainem ent ouvert la voix pour ce type de
m usique qui se trouve être le nôtre. Tout
com m e M etallica l’a fa it avant eux, ou
Slayer... Il est exact que sans ces groupes-là,
on n'en serait pas où nous en sommes
au jourd'hui. Il y a toujours un prédécesseur à
tout. Sans Iran Maiden , il n’y aurait pas eu
de M etallica non plus. On peut rem onter loin.
Sans Chuck Berry, pas de Fear Facory ! Mais
je vois bien ce que tu insinues. Ce n'est pas
un crim e que d'être inspiré par un autre grou­
pe et de lui em prunter des élém ents. Tous les
grands groupes, et même les autres, ont fait
com m e ça, parce qu 'il n'y a pas moyen de
faire autrem ent. Il s'agit juste de faire atten­
tion à ce qu'on em prunte et à la manière dont
on l'utilise.
Votre musique semble aujourd'hui parfaitement
mature. Y a-t-il une évolution pour Fear Factory ?
C : On voit notre évolution com m e quelque
chose de très naturel. Les prem iers album s
de Fear Factory contenaient pas mal de trucs
Allez-vous faire un “ Re-Obsolete ” ?
B & C : Ha, ha, ha, Re-Obsolete !
C : Tu aim erais q u ’on en fasse un ?
Moi ?N on !
C : C'est bien. Nous non plus. On a eu des
échos très divers avec “ R emanufacture ” ,
certains ont adoré, d'autres n'ont pas du tout
aimé, mais ce n'est pas la principale raison
pour laquelle nous ne feront pas de Re-Obso­
lete, com m e tu dis : c'est que nous avons
fa it ce que nous avions à faire avec les remix
et que le concept d' “ Obsolete ” ne s’y
prête pas du tout. Nous devons faire autre
chose avec cet album .
B : Il y a un tas de moyens pour étendre le
concept d '“ Obsolete ” , On peut réaliser une
bande dessinée, une vidéo, un film ... Oui, un
film est quelque chose que j'aim erais bien
faire. Peut-être pas les mecs de Fear Factory
à l'écran, mas plutô t un film de science-fic­
tion desservi par la musique de Fear Factory.
Nous sommes à ce propos en contact avec le
m ec... Quel est son nom déjà ? M ark ou M ar­
tin quelque chose... Le mec qui a écrit
D ém olition Man, avec Stalone et Wesley
Snipes. C’est le voisin de Dino I Merde, je me
rappelle pas son nom.
C'est un projet qui a l’air sérieux...
C : Non, non, c’est juste une hypothèse, on
aim erait bien que ça se réalise, mais c’est
pas du to u t fait, attention, hein ! On y pense
beaucoup en to u t cas.
Encore deux questions avant de se quitter. Pourriezvous jouer dans un film porno ?
B & C : Non I
B : Dino pourrait (1).
Oui, je suis au courant.
C : Ha, ha, ha !
B : Non, je ne pourrais pas. J’ai eu l’occa­
sion, il y a longtemps. J’étais désespéré à
l’époque et un ami m 'a d it qu'on pourrait
faire un film de cul pour se marrer et ram as­
ser du blé. J'ai d it non. Je n’étais pas déses­
péré à ce point !
Pourriez-vous arrêter de jouer de la musique ?
C : Non. Je ne me vois pas arrêter.
B : (d’un ton défiant) Moi je pourrais. J’arrê­
terais si Dino, Christian et Raymond arrê­
taient, car Fear Factory est LE groupe que j ’ai
toujours voulu faire... Je pourrais être écri­
vain. r— ,
(1) Le film dans le qu e l D ino a jo u é e t d on t B urto n e t Chris­
tian fo n t allusion n'est disponible qu'aux States e t s'a pp e l­
le
"
Taies F rom The Road (Crew S luts)
Dino n'y fa it
q u ’une courte apparition, dans laquelle i l s'occupe jo y e u ­
sement, m ais n ’est pas déshabillé...
Été 98 S ]
COURRIER
Nous avons
Avignon, le 2 3 /0 4 /9 8
Chers Rockstyle, Thierry Busson et consorts,
C'est avec une franche irritation que je constate depuis quelque tem ps la recrudescence d'une évidente propagande gauchiste dans bon nom bre
de magazines musicaux, dont Rockstyle n'a pas échappé,
Je trouve cela regrettable dans le sens où ce genre de magazine, destiné à un large public, jeune de surcroit, se do it de respecter un tan t soit
peu de neutralité en m atière politique. Je me rapelle en effet, dans un de vos anciens numéros, avoir lu avec lassitude que Orange et Toulon
étaient à caser dans la rubrique "M alheur de l'année", concernant le référendum 1 9 9 5 . Je n'oublie pas non plus un certain Édito d'un goût
douteux où il était fa it allusion de croix gammées, de dignitaires SS et je ne sais plus quelles autres fadaises à propos d'une soi-disante cu l­
ture soit-disant menacée. Et, ô surprise, dans votre dernier numéro, c'est la psychose qui recom m ence avec le soutien de Hard-R ock Mag dans
son procès contre l'AGRIF, pour incitation à la haine religieuse (avec Eros Necropsique), com m e si le dram e algérien ne suffisait pas, et pour
insulte à l'intégrité de la République Française (avec Oneyed Jack). Outre cela, le référendum 1 9 9 7 est parsemé de quelques "perles" du genre
de "l'affaire du Sous-M arin à Vitrolles" pour M. Y Balandret, alors que la drogue fa it d'efroyables ravages dans la jeunesse française, sans com p­
ter la propagation du SIDA avec des seringues souillées qui passent de bras à bras dans l'euphorie générale de jeunes paumés cam és à m ort
par l'ecstasy.
Cela est donc à mon avis com plètem ent irresponsable. Ce n'est pas en d istilla n t par-ci par-là quelques phrases faciles à l'em porte-pièce qui
ne veulent rien dire que vous atteindrez une certaine objectivité, essayez un peu de penser par vous-m êm e plu tô t que de céder à la dém ago­
gie am biante de l'hystérie anti-Front National.
Autre point sur lequel je voulais attire r votre attention : c'est le ryth m e de parution de Rockstyle. Un m ois de retard I C'est de pire en pire. Je
m 'attendais au m oins à une petite ligne d'excuse ou d'explication au début ou à la fin de votre Édito... que nenni ! Je craignais fo rt que vous
m îtes la clef sous le paillasson et c'est avec une divine surprise, voire un m iracle, que j'ai vu votre magazine au kiosque le 8 de ce mois.
Un de mes am is me soutenait (en plaisantant) que votre retard était en fa it dû à la cam pagne électorale pendant laquelle toute l'équipe de
Rockstyle était bien tro p occupée par le tractage et le collage d'affiches pour le PC, en com pagnie de quelques sinistres nervis. Force est de
croire qu'il avait peut-être raison... Cependant, je ne vous en tiens pas véritablem ent rigueur car, m oi-m êm e, j'ai été fo rtem e nt occupé en m ili­
tan t pour le Front National.
(...)
Ne vous occupez pas donc pas de politique et consacrez vous plutô t à votre m usique et à Rockstyle, ce sera plus intellig ent et plus utile à
votre lectorat qui ne partage pas forcém ent vos points de vue dogm atiques pour esprits fades et préconçus, et aussi plus honnête pour vos
abonnés.
Et ne dites plus que le parti de Jean-M arie Le Pen est an ti-culture l, c'est absolum ent faux. Pour ma part, je suis un grand am ateur de m usiques
progressives sous toutes ses form es. Je suis d'ailleurs en train de m onter sur la région Vaucluse - Bouches-du-R hône - Gard une association
de m usique à tendance progressive qui s'appelle "Taies of N ation alist Océan", et qui a pour vocation d'organiser dans ma région des petits
concerts sym pas et pas chers pour cet été, avec plusieurs dizaines de groupes locaux d'am ateurs (étudiants et lycéens pour la plup art), le tout
patronné par le FNJ. Je tiens à vous signaler en passant que la m airie d'Orange a lancé récem m ent une opération de ce genre m ais dans un
au tr registre : la scène gothique, mais au niveau m unicipal uniquem ent. Cela change d'autres m u nicipalités en France qui file n t des m illiers
de francs à des associations débiles et racistes qui fo n t dans la "m usique" décadente com m e le Rap ou autres et qui constitue un frein cer­
tain à l'intégration des banlieues, de par les paroles même de ces “groupes", insultantes, haineuses et appelant au m eurtres pour certains. Je
suis allé voir, en Octobre dernier, M arillion à Nice, et Fish en Novem bre à M arseille, et je peux vous jurer que ni Steve H ogarth, ni Fish, n'ont
insulté la France, ni appelé au m eurtre de policiers ou autres. Vous aurez peut-être du mal à le croire mais c'est vrai. J'ai d'ailleurs eu la cha n­
ce, avec quelques autres privilégiés, d'avoir pu rencontrer les m em bres de M arillion (horm is Steve H ogarth) dans les coulisses, après le plus
fabuleux concert qu'il ne m 'aura jam a is été donné de voir, pour une séance de dédicaces sym pathique et de discussion pour les anglophones
confirm és. Je vous envoie d'ailleurs la photocopie de mon bille t dédicacé par Mark Kelly, Pete Trewavas, lan Mosley et Steve Rothery, pour
prouver mes dires. M alheureusem ent, je n'avais pas d'appareil photo (je vous en aurais bien volontiers envoyé une ou deux).
M aintenant, allez voir un concert de NTM ou IAM et vous verrez, ou plu tô t entendrez ce que je veux dire. Et inutile d'essayer de les voir en
coulisses après le concert sans pass. De la part de groupes qui ne respectent même pas leur public, vous aurez du mal.
Quant à Fish, il n'hésite pas à descendre sur scène en plein concert pour dancer (sic) une sorte de gigue écossaise avec des fans médusésCette fois, j'avais un appareil photo et cela m'a perm is de le "fusiller" à bout portant. Je n'en revenais pas. Vous trouverez égalem ent ci-jo in t
la photocopie de la photo en question.
Arrêtez donc de fabuler sur le Front N ational en le tra ita n t de nazi, raciste ou autres conneries de cet acabit. Le Front N ational ne peut pas
être nazi car le socialism e, qu'il s'agisse du socialism e larvé de M. Jospin ou du national-socialism e (ou nazisme, sa form e contractée) d'Adolf
Hitler, a toujours été à l'opposé des conceptions et des idées de patriotism e et d'iden tité nationale et culturelle de la France, que défend le
Front N ational. De plus, être nazi signifie obligatoirem ent être pro-allem and. C'est stupide I
En ce qui concerne P inégalité des races", il ne faut pas tou t confondre au risque de dire n'im porte quoi. Cette inégalité, qui n'est d'ailleurs la
faute de personne, sinon du processus naturel de l'évolution de l'hom m e par rapport à son m ilieu (biotope), n'a jam ais voulu dire infério rité !
Cette inégalité se situe uniquem ent sur un plan anthropologique, ethnique et culturel. Ceci est une réalité historique. Toutes les races sont
égales puisque nous avons tous le même patrim oine génétique, regroupés au sein de l'espèce hum aine. Certaines races ont évolué différem ent
avec les m illénaires et c'est norm al, c'est ce qui fa it la richesse de l'espèce hum aine, cela ne sert à rien de le nier, au risque de faire du “révi­
sionnism e pré-historique". Il n'est donc nu llem e nt question de "sous-races" et autres âneries proférées par nos détracteurs en m anque d'argu­
m ents valables. L'intelligence propre à chaque individu n'a rien à voir avec cette inégalité, tou t com m e les capacités physiques. Je le répète,
il n'est pas question de supériorité de telle race sur telle autre race, c'est totalem ent absurde. Le dram e de l'esclavage prouve bien cette inéga­
lité. Si les négriers français et anglais du XVIIle et XIXe siècles allaient “se ravitailler" sur les côtes sénégalaises plu tô t qu'en Espagne, en Ita-
Rockstyle n° 25
COURRIER
reçu ÇA ! ! ! !
lie ou en Russie, par exem ple, c'est bien parce que la race noire avait suivi une évolution différente par rapport au con tin ent eurasien qui a
toujours connu d'immenses flux migratoires au contraire du con tin ent africain qui s'est replié sur lui-m êm e, coincé entre l'Océan atlan tiq ue à
l'Ouest, l'Océan A ntartique (sic) au Sud, l'Océan Indien à l'Est et le désert du Sahara, infranchissable, au Nord, to u t cela ayant retardé son
évolution na ture lle par rapport au reste du monde. C'est uniquem ent sur ce point que se situe cette inégalité des races.
Enfin, en, ce qui concerne le fam eux "détail de l'histoire" qui a fa it coulé ta n t d'encre, il su ffit de lire la dé fin ition du m ot "détail" dans n'im ­
porte quel dictionnaire, à savoir : "la partie d'un tout". Consultez m a intenant un livre d'H istoire générale, de la préhistoire jusqu'à nos jours, et
vous verrez le nombre de lignes tra ita n t des cham bres à gaz : deux, peut-être trois, pas plus. En ce sens, les cham bres à gaz sont bien un
détail de l'histoire. Cependant, je vous accorde que ce genre de déclaration peut prêter à confusion, mais il est parfois utile de faire tom ber
des taboos (sic), quels qu'ils soient, c'est beaucoup plus sain. Il est inutile de vous préciser que je condam ne ferm em ent l'holocauste ju if que
je ne rem ets nullem ent en question (6 m illions de victim es). H itler représente assurém ent ce qui peut se faire de plus horrible en m atière de
socialism e. Cependant, qu'est-ce que le génocide ju if par rapport au génocide am érindien, qu'il s'agisse de l'Am érique du Nord ou de l'Am é­
rique du S ud. Ce n'est pas com parable et pourtant on n'en fa it pas tou t un plat. Le mieux c'est de laisser faire le tem ps. Je suis sûr que dans
cinquante an s on portera un autre regard sur cette parenthèse douloureuse qu'est la Shoah, à la fois ob je ctif et plus digne.
Quant aux allusions vichystes du Front N ational, elles ne tiennent pas non plus. Le père de Jean-M arie Le Pen était foncièrem ent germ ano­
phobe co m m e la m ajorité des français de l'époque (1 4 -1 8 ne rem ontait qu'à 2 0 ans), et n'appréciait guère Pétain en 1 9 4 0 , après Montoire.
il est m ort en 1942 au large des côtes du M orbihan à bord de son bateau de pêche, fauché par une m ine flo tta n t allem ande. Son fils, âgé
d'une qu in zain e d'année (sic) deient alors pupille de la nation et a fa it ce qu'il a pu dans la résistance locale (m aquis de S aint-M arcel), trop
jeune ettrop discret pour être qu alifié de résistant pour ceux que ça arrange. Rien à voir donc avec Papon ou Bousquet, le grand ami de Fran­
çois M itte ra n d , lui-m êm e décoré de la Francisque des m ains m êm e de Pétain au début de l'O ccupation. Cela laisse rêveur... J allais oublier
Georges M archais, porté volontaire STO en Allem agne. Comm e acte de résistance, on fait mieux ! avant de lancer des diatribes débiles, que
le personnel de Rockstyle se penche un peu sur le passé de leurs grand-parents. C ertains pourraient avoir des surprises...
Quant au soi-d isan t Waffen-SS Schonhubber, am i de Jean-M arie Le Pen, ce n'était pas un nazi m ais un officier de l’armée allem ande. Toute
l'arm ée a llem an de n’était pas forcém ent nazie, loin de là. De plus, il s’agit d'un élu. Vous pensez bien que s'il avait été nazi et hitlérien, il
a u ra it été ju g é à la Libération ou aurait pris la fuite à l'étranger. Est-ce que tous les fonctionnaires de Vichy étaient des kollabos ? Certes non.
A ce que je sache, le père de François Léotard n'a pas été fusillé à la Libération, et c'est tout à fa it norm al.
Par ailleurs, je vous envoie égalem ent le C om ité de soutien du Front N ational, où, com m e vous le verrez, les anciens résistants et déportés
sont nom breux. Et il ne s'agit que d ’une petite partie des résistants ou victim es de la barbarie nazie qui ont adhéré au Front N ational et qui
en sont fiers, to u t com me le Front N ational est fier de com pter dans ses rangs d ’aussi m éritantes personnes.
Enfin, vous n ’êtes pas sans ignorer la présence au sein du Conseil Régional de PACA de Sid Ahm ad Yahiaoui et de l’a n tillais Stéphane Durbec ; ainsi q u e Fariü Sm ahi, élu régional d'Ile-de-France. Étonnant pour un parti soi-disant raciste, non ? D’ailleurs, M. Farid Smahi a récem ­
m e n t porté p la in te pour injures contre Jacques Chirac qui, lors de sa dernière mascarade télévisée, a traité les élus du Front N ational de
“ racistes et xénophobes” . Q uant à Stéphane Durbec, il a porté plainte l’an dernier contre Ras le Front, do nt des m ilita n ts l'avaient tra ité de
"sale négro” ; procès gagné par ailleurs. Où sont donc les racistes ? On va fin ir par se le dem ander !
J'en ai m a in te n a n t fini. J'espère que cette lettre (je n’ai pas pu faire moins long, désolé) aura perm is de clarifier vos idées concernant le Front
N ational, m ê m e de façon infim e. J'espère aussi qu'elle aura été lue par toute l’équipe de Rockstyle, car c’est à elle que cette lettre s'adresse.
Je vous sou haite une bonne et éternelle con tin uation et faites nous toujours rêver tous les deux m ois... pardon, tous les trois mois. Grand salut
à toute la rédaction !!
Nicolas Bénichou, étudiant et jeune militant frontiste (84)
PS : J'ai parié avec un ami (l'enjeu étant le Keys to Ascension 2 de Yes) que vous n’aurez pas les couilles de publier ma lettre dans votre pro­
ch a in num éro d ’été. J'espère m algré to u t perdre mon pari m ais j ’en doute.
Réponse :
M onsieur Bénichou,
C om m e vous pouvez le constater, nous avons eu les couilles de pu blier cette "le ttre ” . En prem ier lieu, com m e nous ne som m es pas un m aga­
zine po litique , nous ne nous étendrons donc pas sur vos allégations fum euses sur certaines personnalités de notre paysage politique français.
Q uant aux fa its concernant la deuxièm e guerre m ondiale, je pense que c’est aux historiens de s'en occuper et certains propos de votre leader
(ce term e sonne mieux en anglais q u ’en allem and, non ?) o n t intéressé la Justice ces dernières années. En revanche, Rockstyle n'est pas un
magazine po litisé. Son but est de parler de la m usique, sous toutes ses formes. Les journalistes qui p a rticip ent à la vie de cette rédaction ont
tous leur o p in io n mais elles restent strictem ent personnelles. Nous n’en faisons pas écho dans ces pages. En revanche, quand nous consta­
tons qu'un groupe est condam né, m êm e si nous ne partageons pas l’esprit de certains de ses textes, nous nous perm ettons de réagir. Car on
parle de m u sique avant tout dans cette affaire. Idem quand un de nos confrères de la presse m usicale com para ît devant un tribu nal pour avoir
p u blié sur un CD une chanson qui va à l'encontre des pensés de votre parties et de ses satellites. Avouez que vous n’aim ez pas que les gens
n’exp rim ent pas les mêmes idées que vous. Est-ce là de la tolérance ? Sont-ce là les fondem ents de la dém ocratie ? Nous ne croyons pas.
Vous pouvez penser tout ce que vous voulez de nous, puisque vous nous attaquez précisém ent dans votre courrier. Que l’on distribue des tracts
po ur le Parti C om m uniste, que l’on soit gauchistes ou que l’on fasse preuve de démagogie, on s'en m oque... De toute façon, mieux vaut être
to u t ce que vous voulez plu tô t q u ’ intégriste, révisionniste ou faciste. Dernière chose : peut-être aim ez-vous le football ? Dans ce cas, nous sup­
posons que vous avez dû ap p la u d ir à la victoire historique de l'équipe de France. Nous constatons q u ’étrangem ent certains partis politiques
se sont curie usem e nt tûs du rant ce m ois où la France gagnait. Alors que tout le m onde saluait cette équipe m u lticolore et m ulti-raciale, les
deux buts de Z idane (d'origine Kabyle) en finale, certains dirigeants qui n’hésitent jam ais à se prononcer sur to u t et n’ im porte quoi n'ont pas
vra im e n t donné l'im pression d'être fiers d ’être français. Paradoxal, non ? Et pourtant, voilà le vrai visage de la France !
Thierry Busson - Rédacteur en chef
Yves Balandret - Rédacteur en chef adjoint
Été 98
ECLAT
LIU"E IN JflPflN
Tokyo - E g g Man
23/05/98
Tolcyo - Silver Eléphant
24/05/98
En ce beau m ois de m ai 9 8 , E clat é ta it
in v ité à Tokyo pour do n n e r deux co n c e rts
exce ptionn els. Seul groupe fra n ç a is s é le c ­
tio n n é et la b e llisé par le m in is tè re des
affaires étrangères dans le cadre de l'a n ­
née de la France au Japon, le co m b o m a r­
s e illa is n'a pas h é s ité l'o m b re d 'u n e
seconde à répondre présent.
A peine m is au c o u ra n t de ce t incro yable
pro je t, je décide séance te n a n te de m ’env o le r vers l’e m p ire du soleil levant.
D am ned, c 'e st que l’évé nem e nt est de
ta ille ! N 'o u b lio n s pas, en e ffet, q u 'il s'a g it
là de la prem ière fois q u 'u n groupe de
prog' fra n ça is se lance dans une te lle
a venture.
A près plus de douze heures de vol, nous
a rrivo n s à Tokyo, ab a so u rd is par le je t lag
et le g ig a n tism e de ce tte m é galopo le hors
du co m m un.
Une bonne n u it de repos passée à fa ire la
te u f avec des geishas (non je d é c o n n e ...)
et nous voilà déjà d e va n t i ’ Egg M an, ha ut
lieu du rock progre ssif nip p o n E cla t et
G érard sont les têtes d 'a ffic h e du fe stiva l
organisé pa r S hingo U eno, le m a nage r de
la p lu p a rt des g roupe s s y m p h o n iq u e s
ja p o n a is. Dans une salle bourrée ju s q u 'à
la gueule, E clat fa it d ’entrée de je u p a rle r
la poudre et d é b rid e to ta le m e n t un p u b lic
p o u rta n t ré puté p o u r son c a lm e . Nos
joyeux bougres ne re ch ig n e n t pas à la
besogne et seul le m a n q u e de te m p s m e t­
tra fin à une longue série de «encore»
(te rm e ja p o n a is de rig u e u r p o u r ra p p e le r
les m u siciens).
Le lend e m a in , au S ilve r E lé p h a n t et seuls
com m e des grands, nos m a ssa lio te s fa v o ­
ris m e tte n t litté ra le m e n t le feu en se fe n ­
d a n t d ’ un c o n ce rt m é m o ra b le et ravageur.
Les ra ppels n'en fin is s e n t plus et le p u b lic
scande ju s q u 'a u b o u t de la n u it des
«Ekoula» fré n é tiq u e s ( j’ai bien d it «E koula»).
En d é fin itiv e , E clat nous a, une no uvelle
fois, prouvé par sa p re sta tio n scén iq ue
hors du co m m u n son im m e n se ta le n t et
son s ta tu t de m e ille u r groupe p ro g ’ fra n ­
çais actu e l.
B e rtra n d P o u rc h e ro n
ROCKSTYLE Magazine - 4 Chemin de Palente - 2 5 0 0 0 Besançon - France - Tél : 0 3 .8 1 .5 3 .8 4 .5 1 / Fax : 0 3 .8 1 .8 0 .9 0 .7 4 - Directeur de publication et
Rédacteur en chef : Thierry Busson - Rédacteur en chef adjoint : Yves Balandret - Rédaction : Christian André, Berth, Christian Décamps, Frédéric Delage, Xaviei
Fantoli, Nicolas Gautherot, Laurent Janvier, Nathalie Joly, Charles Legraverand, Eric M artelat, Bertrand Pourcheron, Daniel Reyes, Chris Savourey, Pascal Vernier,
Bruno Versmisse. Correspondantes aux Etats-Unis : Gaëlle Morand, Karine Gavand - Photographes : Virginie Touvrey - Yves Petit - Maquette : SCS Besançon :
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Produit par Chris Tsangarides (Judas Priest, Yngwie Malmsteen...)
M IS E A F E U L E 4 S E P T E M B R E 98
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