Liderar Equipas no dia-a-dia
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Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Recursos pedagógicos co-financiados pelo Fundo Social Europeu e pelo Estado Português Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 1 Identificação Recurso pedagógico: • Colectânea de textos e imagens “Liderar Equipas no Dia-a-Dia”. Área profissional: • Gestão e Administração. Modalidade de formação: • Aperfeiçoamento, actualização e especialização de activos qualificados. Componente: • Científico-tecnológica Nível de formação dos formandos à entrada: • 4e5 Nível de formação dos formandos à saída: • 4e5 Conteúdos temáticos: • Estilos de liderança, o papel do líder, motivação, mobilização e orientação da equipa, desenvolvimento e avaliação das competências e do desempenho dos colaboradores. Destinatários: • Formandos e formadores Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 2 Ficha Técnica Coordenação • Coordenação Geral: Ana Cristina Neto • Coordenação Pedagógica: Ana Cristina Neto César Ribeiro de Almeida Pesquisa e Desenvolvimento • Elaboração de Conteúdos: Ana Cristina Neto César Ribeiro de Almeida Salomé Sarrico Dias • Pesquisa Bibliográfica: Ana Cristina Neto César Ribeiro de Almeida Salomé Sarrico Dias Produção • Coordenação de produção: Ana Cristina Neto César Ribeiro de Almeida João Aragão e Pina • Revisão de Texto e Paginação: Ana Salomé Silvério Júlia Brás • Imagem e Concepção Gráfica: César Ribeiro de Almeida CIDEC – Centro Interdisciplinar de Estudos Económicos Palácio Pancas Palha, Travessa Recolhimento Lázaro Leitão, 1 1149-044 Lisboa. Tel: 21 811 60 00 Fax: 21 811 60 88 www.cidec.pt [email protected] Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 3 Índice 1. Introdução ............................... Página 5 2. Objectivos ............................... Página 7 3. Textos .................................... Página 10 3.1 Texto – A Evolução da Gestão – ..................... Página 11 3.2 Texto – O Perfil Hipomaníaco e o Perfil Página 16 Alexitímico de um Gestor ............................ 3.3 Texto – Os Colaboradores Precisam de Página 20 Muito Feed-Back ....................................... 3.4 Texto – Quem Mexeu no Meu Queijo?............ Página 25 3.5 Texto – Quem Mexeu No Meu Queijo?.II........... Página 28 3.6 Texto – Emoções, Liderança e Evolução das Condiçoes da Acesso às Funções de Gestão...... Página 37 3.7 Texto – O Gestor Treinador ........................ Página 71 4. Imagens................................... Página 75 5. Guia de Exploração..................... Página 76 6. Bibliografia .............................. Página 84 Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 4 1. Introdução Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 5 A Colectânea de textos e Imagens “Liderar Equipas no Dia-a-dia” integra o kit pedagógico LIDERAR EQUIPAS NO DIA-A-DIA e destina-se aos gestores experientes ou em fase inicial de assunção de funções de gestão de equipas. O kit pedagógico LIDERAR EQUIPAS NO DIA-A-DIA visa, no seu conjunto, reforçar competências de gestão e liderança de equipas e proporcionar aos gestores um guia prático para a sua actuação no quotidiano. A Colectânea de textos e Imagens, como parte integrante do kit pedagógico, contribui para atingir os objectivos deste com um conjunto de textos e imagens que: ¾ Desenvolvem temática; determinados aspectos específicos da ¾ Analisam situações e exemplos em pormenor; ¾ Apresentam pontos de vista sobre a liderança e a gestão de equipas de forma sintética ou original; ¾ Chamam a atenção para atitudes do líder; ¾ Retratam situações relativas à liderança e à gestão de equipas. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 6 2. Objectivos Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 7 A Colectânea “Liderar Equipas no dia-a-dia”, no âmbito de um percurso pedagógico que visa desenvolver as competências de liderança e gestão de equipas, permite aos gestores: ¾ Fazer uma primeira abordagem ao tema da liderança, ganhando consciência dos diferentes desafios e perspectivas actuais, assim como da pertinência e impacte do tema relativamente ao seu desempenho profissional; ¾ Aprofundar e desenvolver conhecimentos teóricos sobre a temática da liderança e da gestão de equipas; ¾ Analisar práticas e desafios actuais da liderança de forma mais específica e detalhada. ¾ Descobrir e forcar a atenção nos diferentes aspectos da actuação do líder de uma equipa. ¾ Reflectir sobre desafios e impacte da liderança na eficácia das equipas; ¾ Pronunciar-se sobre a sua perspectiva sobre a liderança, antes de iniciar o percurso Reforçar a integração de conhecimentos, com o apoio de casos práticos; O conjunto de actividades pedagógicas que permite aos formandos desenvolverem competências de liderança com o apoio do kit pedagógico LIDERAR EQUIPAS NO DIA-A-DIA estrutura-se em cinco grandes eixos, em que se integra a exploração da Colectânea de Textos e Imagens: Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 8 PREPARAR COLECTÂNEA DE TEXTOS E IMAGENS TREINAR APLICAR APROFUNDAR COLECTÂNEA DE TEXTOS E IMAGENS APERFEIÇOAR Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 9 3. Textos Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 10 3.1. Evolução da Gestão Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 11 Texto: A Evolução da Gestão Autor : Michelle Bergadaà Título da Obra : Gestion et Pedagogie Editora: McGRAW-HILL Páginas: 13-15 Durant l’époque qui s’étend de 1900 à 1920 environ, les inventeurs et ingénieurs (Ford, Wright, Edison) occupent une place privilégiée dans l’entreprise. La gestion est considérée comme une discipline pratique, et s’il n’existe pas de textes formels sur le «management», les premiers professeurs apparaissent et des cours débutent dans quelques universités américaines. Alors que dans les entreprises on se préoccupe surtout de rationaliser le travail et l’organisation, la discipline des «ressources humaines» se conceptualise dans les universités. De 1920 à 1930, on assiste au règne des financiers et des comptables dans entreprises, le besoin majeur de ces dernières étant de consolider, de rationaliser et d’assure leur expansion. La recherche en management dans des zones spécialisées, tels la vente, le commerce de détail, le crédit, la production, etc., en est à ses premiers balbutiements. Toutes ces recherches sont issues d’une pensée purement économique (le consommateur est rationnel dans le choix de ses produits comme les acteurs de l’entreprise dans leurs actions), car la gestion est alors considérée comme une sous-discipline de l’économie. Dans les années 1930 à 1945, certains auteurs commencent à inclure, au sein de disciplines comme le marketing ou les ressources humaines, de nouveaux concepts issus de la physique, de la psychologie et, surtout, de la sociologie. Au point de vue méthodologique, la recherche en management commence à être perçue Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 12 comme un champ d’application possible des méthodes scientifiques, et un plus grand formalisme quantitatif commence à se manifester. Les enseignements de nature réellement «quantitative» débuteront une dizaine d’années plus tard. Dans l’industrie des années 1945 à 1950, les hommes de production ont repris le leadership. Ils ont amélioré leurs techniques pour les besoins de la guerre autrement plus important a été le développement des techniques de recherche opérationnelle et de la notion de stratégie qui commencent à influencer les disciplines de la gestion. On assiste à l’avènement de l’approche systémique. Dans cette approche, la gestion et l’entreprise sont vues comme les composants d’un environnement large. Les chercheurs en gestion désireux de donner à la discipline une structure formelle et de jeter les bases d’une véritable science administrative, s’orientent nettement vers l’utilisation de méthodes quantitatives, avec création de modèles d’analyse mathématique. Quelques dix ans plus tard, les premiers enseignements sont dispensés avec un objectif stratégique, une approche systémique et des outils quantitatifs. Ainsi, les premiers essais de simulation consistent à analyser les liaisons existant entre variables explicatives de l’offre et de la demande de biens (telles que la variation du chiffre de vente en fonction du prix ou du budget publicitaire). Cette voie a continué à être explorée depuis lors, car elle permet d’appréhender des variables et leur réseau de relations, et de mesurer les variations internes d’une structure représentant une réalité simplifiée. Les années de la période 1950-1960 sont celles d’une industrie n pleine expansion, et d’un consommateur désireux d’acheter tous les produits qui lui permettront d’améliorer son niveau de vie. Le temps est à l’euphorie. Les grandes compagnies ayant compris que la différenciation ne se fera plus grâce aux spécificités techniques du produit, mais à l’impact de leur force Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 13 marketing., l’industrie s’oriente vers les besoins de ses consommateurs et le marketer (le «vendeur») prend une place de leader. C’est au cours des années soixante que la gestion voit la recherche se développer et jeter réellement des académiques solides. De nombreux journaux scientifiques représentatifs des différents disciplines de la gestion font alors leur apparition aux EtatsUnis. Celles-ci sont abordées avec une logique positiviste qui, en résumé, peut être considérée comme synonyme de paradigme quantitatif. En effet, issue à l’origine des sciences naturelles l’approche utilisée relève d’une vision hypothético-déductive et objective de la réalité et les outils utilisés sont essentiellement bayesienne, mathématiques. l’analyse La programmation multidimensionnelle, les linéaire, modèles l’analyse stochastiques appliqués au choix de marques, etc., ont la faveur des chercheurs. Malheureusement, ces outils «intellectuels» se sont parfois révélés peu adaptés aux besoins réels des managers et, surtout, préparaient mal à la période qui allait suivre : tous misaient sur l’hypothèse majeure que le marché naîtrait et se développerait sous de l’incertitude. En effet, les années soixante-dix sont celles de la crise, de la dégradation de l’économie en général et la stagnation des entreprises. La planification stratégique devient la préoccupation centrale de l’industrie. Le marketing est destitué de sa position de leader au profit de la stratégie : l’environnement mouvant, la forte inflation, le coût élevé du capital, le risque concurrentiel grandissant, etc., sont des préoccupations dominant largement le concept de satisfaction du consommateur et même parfois de part de marché. Cette situation d’incertitude grandissante crée dans les entreprises le désir de rechercher une stabilité à long terme et l’on voit émerger un nouveau concept de marché dans lequel les règles de concurrence classiques sont remplacées par des procédures d’accords entre partenaires et de protections gouvernementales ou institutionnelles. Au cours de ces années, des auteurs issus des approches dites «décisionnelles» (Allisson, 1971 ; Simon, 1977) proposèrent – et là fut leur influence – d’adapter la théorie psychologique de Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 14 l’individu à organisation. Dans le réseau interorganisationnel dans lequel elle se situe, l’attitude de la firme dépend notamment du potentiel d’influence que les autres acteurs lui accordent et du rôle qu’elle-même accepte de jouer. L’aptitude de l’entreprise à gérer échanges et conflits est donc primordiale. En recherche, c’est encore le règne la quantification appliquée à l’organisation et l’enseignement de la gestion est encore fortement marqué par cette approche. Les années quatre-vingts débutent avec le succès considérable du premier livre de Michel Porter (1982), qui n’est ni un livre de pure recherche, ni un livre pure exclusivement consacré au management, mais une intégration de ces deux mondes. Le livre est une conceptualisation du rôle de la firme dans son réseau de relations environnementales. Au début des années quatrevingts, la recherche vit ce que Kuhn (1983) appelle «la prise de conscience d’une anomalie» qui précède un état de crise. Les outils et concepts du management classique ne suffisent pas à expliquer le comportement de l’individu et de l’organisation, pas plus qu’ils ne répondent efficacement au praticien dans sa recherche d’efficacité dans un environnement de plus en plus complexe et turbulent. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 15 3.2. O Perfil Hipomaníaco e o Perfil Alexitímico de um Gestor Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 16 Texto: O Perfil Hipomaniaco e o Perfil Alexitimico de um Gestor Autor : Manfred F. R. Kets de Vries Título da Obra : Combat contre l’irrationalité des managers Editora: Éditions d’Organisation Páginas: 54-56 Nos responsables charismatiques ont un grand pouvoir de séduction : dans une soirée mondaine ou au conseil d’administration, ils deviennent vite le point de mire. Ils sont de ces dirigeants qui ont le chic pour toucher les personnes qui les entourent, pour les pousser à l’excellence. Ils parviennent à transformer les autres en donnant la priorité à des questions qui dépassent la sphère des intérêts égoïstes. Non seulement ils dynamisent leurs collaborateurs, mais ils suscitent l’investissement personnel et ouvrent la voie à des efforts allant audelà des responsabilités officiellement définies. Leur présence émotionnelle – leur enthousiasme – peut être un élément clé évoquent un volcan actif qui bouillonne d’énergie. Par leur mode d’action passionnel, ils obtiennent que les autres se sentent profondément vivants, engagés, motivés. Ces dirigeants illustrent, a contrario, l’effet gravement démobilisateur d’un manque de passion. Ils montrent que la gestion émotionnelle est un puissant ressort du changement et un élément indispensable dans l’entreprise performante… du moins tant que l’ ambiance d’exaltation ainsi créée reste fondée sur la réalité. La deuxième catégorie de dirigeants nous pose des difficultés d’un tout autre ordre. Loin d’avoir un rayonnement charismatique, ils fonctionnent de façon très terre à terre dans les relations interpersonnelles. Pour ces partisans des Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 17 faits purs et simples, l’affectif est déplacé, dangereux : lui reconnaître des droits, c’est laisser la porte ouverte au chaos. Ils s’en détournent donc, convaincus qu’il faut brider ou étouffer les sentiments. Ils n’ont aucun goût pour la recherche et la réflexion sur le monde intérieur des autres, ni même du leur. Ils préfèrent concentrer toute leur attention sur les facteurs extérieurs, les choses, la logique, l’objectivité. Pas de place, dans leur conception du monde, pour la subjectivité individuelle. Les abstractions, les tâches à réaliser, les idées immuables et les objets inanimés revêtent, dans leur esprit, une importance primordiale, alors que les sentiments leur paraissent superflus. N’ayant d’yeux que pour les systèmes, ils souffrent d’un manque de liant. Leurs contacts avec les autres ont généralement un côté guindé et dépersonnalisé, signe de leur souci exclusif des normes et des règlements. Surtout, cette absence affective n’échappe pas à leurs collaborateurs, d’autant qu’elle peut avoir un effet tout aussi contagieux que la présence de fortes émotions. Le peu de chaleur dont fait preuve ce groupe de dirigeants, que l’on pourrait aussi appeler leur manque de disponibilité affective, risque à la longue d’envahir l’entreprise tout entière, où elle se traduira par un climat de démotivation et une baisse des résultats. Les humeurs occupant ces deux extrémités de l’échelle affective sont désormais bien connues des spécialistes (psychiatres, psychanalystes, psychanalystes, psychologues cliniciens) et font l’objet de nombreuses études. Si ceux qui constituent la première catégorie – les inconditionnels de l’euphorie – ont reçu le nom d’hypomaniaques (souffrant donc d’une forme douce du trouble bipolaire), ceux de l’autre groupe – nos adeptes de la dissociation – sont qualifiés d’alexithymiques. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 18 L ‘hypomanie et l’alexithymie sont des modes de comportement plus répandus qu’on ne le suppose communément, même s’ils n’ont pas encore été systématiquement identifiés dans le contexte de l’entreprise. On calcule que, dans les sociétés postindustrielles, une personne sur cent environ souffre des formes les formes les plus extrêmes du trouble bipolaire, affection touchant les hommes tout autant que les femmes 1 . Si ce pourcentage paraît relativement faible, il faut néanmoins noter que les cas graves de cette maladie ne sont en fait que la partie émergée de l’iceberg, car il en existe des variantes moins prononcées, dont l’hypomanie. D’ailleurs, c’est peut-être parce que nombre des cas de celle-ci ne sont pas diagnostiqués qu’il y a sous-estimation de la fréquence des troubles bipolaires, la prise en compte de toutes le formes de cette affection donnerait sans doute un chiffre plus important. Certains auteurs vont jusqu’à affirmer que près d’un individu sur onze passe par quelque forme des troubles bipolaires à une étape ou à une autre de sa vie 2 . On relève également une présence considérable des traits alexithymiques dans la population. Et si l’on ignore pour l’instant leur étendue réelle – il faudra attendre que soient réalisés des travaux épidémiologiques plus poussés -, certains chercheurs avancent que 1,8% des femmes et 8,2% des hommes seraient concernés 3 . Non seulement ces types de personnalité, ces modes de gestion des humeurs, sont plus courants qu’on ne le croit, mais notre société a tendance à sousévaluer leur impact. 1 Voir M. M. Weissmann, P.j. Leaf et G.L. Tischler, «Affective Disorders in Five United States Communities», Psychological Medicine, 1988, nº18. 2 Voir F. K. Goodwin et K. R. Jamison, Manic-Depressive Illness, New York, Oxford University Press, 1990. 3 Voir E. B. Blanchard, J. G. Arena et T. P. Pallmeyer, «Psychosomatic Properties of a Scale to Measure Alexithymia», Psychotherapy and Psychosomatics, 1981, nº5. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 19 3.3. Os Colaboradores Precisam de Muito Feed-back Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 20 Texto: Os Colaboradores Precisam de Muito Feed-back Autor : Catarina Horta Título da Obra : Os Funcionários Precisam de Muito, Ingenium, II Páginas: 40; 48-49 Incluído na Colectânea de Textos – Recursos Humanos - Cidec : Autor : Teresa Lopo, Vanda Clemente Título da Obra : Recursos Humanos – Colectânea de Textos Editor: CIDEC Páginas: 239-24 Todo o nosso processo de aprendizagem e de crescimento assenta largamente em interacções de feed-back . O que implica que há uma das partes que dá feed-back e outra que o recebe . Apesar disso, dar feed-back não deixa de ser um processo que nos é particularmente difícil. Principalmente quando o feedback não se restringe apenas a dizer “Parabéns , foi perfeito” ou “Não podia ter corrido melhor”. Porque é particularmente difícil de dizer e também particularmente difícil de ouvir. Por vezes, existe o mito de que a supervisão e o feed-back só existem nos níveis mais baixos, sendo impensável que um director geral seja supervisionado. E é mesmo corrente a ideia, falsa, de que este pode fazer tudo. Num jogo recente saiu uma pergunta a um dos concorrentes que lhe pedia para identificar as suas primeiras decisões se fosse nomeado, no momento, director geral da empresa. A resposta não se fez esperar: aumentar, de imediato, os vencimentos. Nada de repensar a estratégia, nem rever o posicionamento no mercado ou reavaliar vantagens e riscos. Melhorar salários tem subjacente a ideia de que um director geral pode tudo, sem dar contas a Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 21 ninguém, o que não é verdade porque a empresa poderá ter accionistas ou sócios a quem essa pessoa tem que prestar contas. Também um director geral recebe feed-back e adequa as suas acções a essa informação. Outra ideia bastante difundida é que só se dá feed-back se for chefe. Mas, mesmo as pessoas que nunca tiveram pessoas na sua supervisão directa já desempenharam muito provavelmente o papel dos coaches. Ao integrar um novo colega ou ao dar instruções a alguém numa substituição de férias, ou a passar informação sobre um novo projecto. E dar feed-back é uma das competências essenciais de qualquer coach. No papel parece fácil. Transmite-se informação, verifica-se se foi bem apreendida e dá-se feed-back. Na realidade, as coisas não se passam bem assim. A Rainmaker Thinking é uma empresa de consultoria norte-americana na área comportamental que levou a cabo um conjunto de entrevistas a colaboradores de empresas suas clientes e identificou sete queixas muito comuns, relativas à qualidade da supervisão do trabalho. O feed-back pode não ser suficiente, ser demasiado, ser quase exclusivamente negativo e praticamente nada positivo, ser baseado em factos errados ou informação mal transmitida, pode ser demasiado vago, apressado ou ainda demasiado distanciado no tempo. Parece um rol interminável de queixas e um poço de racionalizações mas não deixa de ser um conjunto de dados a considerar. A questão que se coloca é a seguinte: Porque diabo isto acontece? Muitas vezes a delegação e a absorção nas próprias tarefas da pessoa que deveria ter o papel de coach levam a um distanciamento quotidiano que só é quebrado quando algo fora da normalidade surge. E tipicamente isso implica um feed-back não muito positivo. Por outro lado nem sempre a promoção associada a funções de supervisão teve relação com competências de coaching, a recordar o lugar comum de um bom técnico se transformar num Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 22 mau chefe. Também não é menos verdade que dar feed-back é uma competência que se aprende e que se exercita. Por exemplo quando se é pai ou mãe. No contexto empresarial, em culturas em que a distância hierárquica é muito pronunciada, como é o caso da cultura organizacional latina, de acordo com os estudos transculturais de Hofstede, a iniciativa individual é desvalorizada em prol da decisão do chefe, pelo que não há tradicionalmente grandes oportunidades para exercitar esta competência de supervisão. A falta de feed-back quotidiano leva ainda a um empolamemto das situações de feed-back formal como são as avaliações de desempenho levadas a cabo semestral ou anualmente. Muitas vezes não é a possibilidade de, num determinado momento, se conhecer a avaliação que o outro faz de nós e ter a possibilidade de falar sobre esse assunto que orienta a preparação da reunião de avaliação de desempenho. É mais frequente pensamentos do tipo: “Qual será o meu aumento?” e “Será que é este ano que vou ser promovido?” guiarem o espirito do momento do que a perspectiva construtiva de ter e dar feed-back. Muitas vezes o carácter regular deste tipo de situações leva a um grande distanciamento entre a altura em que uma determinada acção ou tarefa é efectuada e o feed-back. Por outro lado, muitos gestores são mais defensivos do que proactivos nestas entrevistas de avaliação de desempenho. Não se pretende desmerecer as situações de avaliação de desempenho mas sim sublinhar que a inexistência de um feed-back frequente e adequado às pequenas diferentes situações que compõem o dia a dia pode não só ter consequências negativas nos processos correntes, como ainda contaminar o processo de avaliação de desempenho. O grande objectivo do feed-back é fazer emergir e crescer o melhor de cada pessoa e promover o seu desenvolvimento futuro. As pessoas cujo estilo de gestão implica muito coaching são capazes de construir relações de confiança Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 23 com quem trabalham, estabelecendo um relacionamento quotidiano e actuando como facilitadoras e encorajadoras. A Rainmaker Thinking propõe um modelo simples para garantir a qualidade do feed-back – o FAST (Frequent, Accurate, Specific e Timely). A frequência do feed-back deve ser resultado das necessidades da pessoa supervisionada, uma vez que há uma enorme variabilidade interpessoal quanto a essa necessidade. O desenvolvimento da competência de coaching depende da percepção da frequência própria de cada um para receber feed-back. A precisão (accuracy) não é menos importante porque cada pequeno feedback pode ter um efeito muito importante e duradouro – positivo ou negativo – na confiança do outro e no seu desempenho. Embora já estejamos longe da ideia de que só se deve dar feed-back positivo e que, por contraponto, o comportamento negativo é eliminado, não deixa de ser importante balancear críticas com sinais de estímulo e aprovação. O carácter específico (specificity) do feed-back não tem tanto a ver com a necessidade das pessoas saberem o que está bem e mal, mas com a orientação nos passos intermédios para atingir metas. Não adianta repisar e explicar todos os pormenores que falharam no cumprimento de um objectivo se não se revir o objectivo e não se identificarem os passos necessários os passos necessários para os alcançar, desta vez, com sucesso. E, finalmente, o feed-back deve suceder o acontecimento que lhe deu origem (timely), para não perder oportunidade e para serem facilmente identificadas relações de causa efeito. Ser um bom coach constitui a melhor forma de desenvolver e delegar competências nos outros e o coaching é o resultado de um processo contínuo de respostas, de feed-back, portanto. Investir na qualidade do feed-back constitui um investimento no longo prazo. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 24 3.4. Quem Mexeu no Meu Queijo? Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 25 Texto: Quem Mexeu no Meu Queijo? I Autor : Dr. Spencer Johnson Título da Obra : Quem Mexeu no Meu Queijo? Editora: Pergaminho Páginas: 32 e 33 Os ratos Fungadela e Correria, possuindo somente simples cérebros de roedores, mas bons instintos, procuravam queijo duro, para mordiscar, de que eles tanto gostavam, como os ratos tantas vezes costumam fazer. Os dois pequenos humanos, Pigarro e Gaguinho, utilizavam os seus cérebros, recheados de muitas convicções e emoções, para procurarem um tipo bem diferente de Queijo – com um “Q” maiúsculo ,o qual, segundo eles acreditavam, iria fazê-los sentirem-se felizes e terem sucesso. Embora sendo diferentes, ratos e pequenos humanos, eles partilhavam algo em comum. Todas as manhãs, cada um vestia o seu fato de treino e calçava os ténis, saíam das suas pequenas casas, e faziam uma corrida pelo Labirinto procurando o seu queijo favorito. O Labirinto era um emaranhado de corredores e câmaras, algumas contendo deliciosos queijos. Mas existiam também recantos escuros e becos sem saída que conduziam a nenhures. Era um sítio propício para alguém se perder. Contudo, para aqueles que encontravam o seu caminho, o Labirinto possuía segredos que lhes permitia desfrutarem de uma vida melhor. Os ratos, Fungadela e Correria, usavam o simples método de tentativa e erro para encontrarem o queijo. Eles percorreriam um corredor e, se este se Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 26 revelasse vazio, eles voltavam atrás e faziam o percurso por outro caminho. Eles lembravam-se dos corredores que não possuíam queijo e rapidamente pesquisavam novas áreas. O Fungadela cheirada a direcção, provável, em que estava o queijo, e o Correria fazia uma correria até lá. Eles perdiam-se, como seria de esperar, indo no sentido oposto, e esbarrando, muitas vezes, nas paredes. Mas, depois de algum tempo, encontravam o seu caminho. Tal como os ratos, os pequenos humanos, Pigarro e Gaguinho, também utilizavam as suas capacidades de raciocínio e aprendizagem das suas experiências passadas. Contudo, eles contavam com os seus cérebros complexos para desenvolverem métodos mais sofisticados de encontrar Queijo. Por vezes, faziam-no correctamente, mas de outras vezes as suas poderosas convicções e emoções humanas assumiam o comando e toldavam-lhes a forma como encaravam as coisas. Isso tornava a vida no Labirinto mais complicada e um verdadeiro desafio. Todavia, Fungadela, Correria, Pigarro e Gaguinho, tinham descoberto, cada um à sua maneira, aquilo de que estavam à procura. Cada um deles descobriu o seu tipo de queijo, num determinado momento, no final de um dos corredores na Estação Q de Queijo. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 27 3.5. Quem Mexeu no Meu Queijo? II Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 28 Texto: Quem Mexeu no Meu Queijo? II Autor : Dr. Spencer Johnson Título da Obra : Quem Mexeu no Meu Queijo? Editora: Pergaminho Páginas: 34-36; 46-52 Todas as manhãs, após esse momento, os ratos e os pequenos humanos vestidos com a suas próprias roupas desportivas dirigiam-se para a Estação Q de Queijo. Pouco depois cada um estava a estabelecer os seus próprios hábitos rotineiros diários. Fungadela e Correria continuavam a acordar cedo todos os dias e a correr pelo Labirinto, seguindo sempre o mesmo percurso. Assim que chegavam ao seu destino, os ratos tiravam os seus ténis, atavam os atacadores dos dois sapatos, um ao outro, e penduravam-nos ao redor do pescoço – dessa forma estavam ao seu alcance quando precisassem deles novamente. Depois, deliciavam-se com o seu queijo. No princípio, Pigarro e Gaguinho também corriam na direcção da Estação Q de Queijo todas as manhãs para apreciarem os sabores acepipes novos que os aguardavam. Mas após algum tempo, um hábito rotineiro diferente foi criado pelos pequenos humanos. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 29 Pigarro e Gaguinho acordavam, cada dia, mais tarde, vestiam-se mais devagar, e caminhavam devagar para a Estação Q de Queijo. Afinal de contas, eles sabiam, agora, onde se encontrava o Queijo e como chegar até lá. Não faziam ideia de onde vinha o queijo nem quem o punha ali. Aceitaram, simplesmente, que ele estava lá. Assim que Pigarro e Gaguinho chegavam à Estação Q de Queijo, todas as manhãs, eles acomodavam-se como se estivessem em casa. Penduravam os seus fatos de treino, atiravam com os ténis e calçavam os chinelos muito confortáveis, agora que tinham encontrado o Queijo. - Isto é excelente – disse o Pigarro.- Temos aqui Queijo suficiente para nós, que durará para toda a vida. - Os pequenos humanos sentiram-se felizes e bem sucedidos, e pensaram que estariam seguros . Pouco tempo depois, Pigarro e Gaguinho olhavam para o Queijo que haviam descoberto na Estação Q como o seu Queijo. Era tal a quantidade aí armazenada que por fim até fizeram a mudança das suas casas para que se encontrassem mais perto do Queijo, construindo uma vida social à volta dessa situação. Para que se sentissem em casa, Pigarro e Gaguinho decoraram as paredes com dizeres e chegaram mesmo a fazer desenhos de Queijos à sua volta, os quais os faziam sorrir. Podia ler-se: TERMOS QUEIJO TRAZ-NOS FELICIDADE Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 30 Estavam agora sofrer os efeitos de não terem Queijo. Estavam a começar a ficar frustados e enraivecidos, culpando-se mutuamente pelo que lhes estava a suceder. De vez em quando Gaguinho pensava nos sues amigos ratos, Fungadela e Correia, e interrogava-se se eles teriam encontrado já algum queijo. Ele acreditava que eles deveriam estar a passar por um mau bocado, tal como terem que percorrer o labirinto, o que geralmente envolvia uma certa instabilidade. Mas ele também sabia que algo assim seria uma situação passageira. Por vezes, Gaguinho imaginava o Fungadela e o Correria a encontrarem um Novo Queijo, e a divertirem-se com isso. Ele pensou em como seria bom para si estar também numa aventura através do Labirinto e encontrar Novo Queijo fresco. Quase que podia saboreá-lo. Quanto mais nitidamente Gaguinho Via a sua própria imagem encontrando e apreciando o Novo Queijo, tanto mais ele se imaginava afastando-se da Estação Q de Queijo. - Vamos embora! – exclamou ele, repentinamente. - Não – respondeu Pigarro rapidamente. – Gosto disto aqui. É confortável. É só o que conheço. E, para além disso, lá fora é perigoso. - Não é, não – discordou Gaguinho. – Já percorremos muitas outras partes do Labirinto, noutras alturas, e podemos voltar a fazê-lo. - Estou a ficar velho de mais para isso – disse Pigarro. – E receio não estar interessado em perder-me e fazer figura de tolo. E tu, estás? Com essa observação, o medo de Gaguinho de falhar voltou e a sua esperança de encontrar um novo Queijo foi desaparecendo. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 31 Assim, a cada dia, os pequenos humanos continuavam a fazer aquilo que costumavam fazer anteriormente. Eles iam para a Estação Q de Queijo, sem encontrarem Queijo, e regressavam a casa, carregando com eles as suas preocupações e frustrações. Tentaram negar o que estava a acontecer, e perceberam a cada dia que passava e estavam a tornar-se irritadiços. As suas casa já não eram os lugares acalentadores que outrora haviam sido. Os pequenos humanos tinham dificuldade em dormir e tinham pesadelos por não encontrarem qualquer Queijo. Mas Pigarro e Gaguinho continuavam a ir, todos os dias, até à Estação Q de Queijo, e aguardavam ali. Pigarro disse – sabes, se nós trabalhássemos mais, talvez conseguíssemos descobrir que na realidade nada mudou tanto assim. O queijo, provavelmente, estará por perto. Talvez esteja escondido por detrás da parede. No dia seguinte, Pigarro e Gaguinho regressaram levando ferramentas. Pigarro segurava um escopro enquanto Gaguinho batia com um martelo até fazerem um buraco na parede da Estação Q de Queijo. Perscrutaram o interior mas não encontraram o Queijo. Ficaram desapontados mas convencidos que poderiam solucionar o problema. Assim, começavam mais cedo, ficavam até mais tarde, e trabalhavam ainda mais arduamente. Mas, depois de algum tempo, tudo o que tinham era um grande buraco na parede. Gaguinho começou a perceber a diferença entre actividade e produtividade. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 32 - talvez – disse Pigarro – nos devêssemos sentar aqui apenas para ver o que acontece. Mais cedo ou mais tarde terão de pôr aqui o Queijo. Gaguinho queria acreditar nisso. Mas cada dia que passava ele ia para descansar e voltava relutantemente com Pigarro à Estação Q, mas o Queijo nunca mais apareceu. Nesse momento os pequenos humanos começavam a ficar fracos devido à fome e ao stresse. Gaguinho começava a cansar-se de ficar, unicamente, à espera que a sua situação melhorasse. Então, reparou que quanto mais tempo se mantivessem naquele estado de ausência de Queijo , pior eles iam ficando. Gaguinho sabia que estavam a perder vantagem. Finalmente, um dia começou e rir-se de si próprio. - Gaguinho, olha para ti, homem. Vocês continuam a fazer as mesmas coisas repetidamente e questionam-se por que a situação não melhora. Se isso não fosse assim tão ridículo, até que teria uma certa graça. Gaguinho não gostou da ideia de ter que percorrer o Labirinto novamente, porque sabia que iria perder-se e não tinha qualquer ideia de onde poderia encontrar um Pedaço de Queijo. Mas ele teve que se rir da sua tolice quando percebeu aquilo que os seus medos lhe estavam a causar. E perguntou ao Pigarro – Onde pusemos os nossos ténis? – Levou algum tempo até conseguir encontrá-los pois tinham atirado tudo fora, quando descobriram o seu Queijo na Estação Q, Pensando que jamais voltariam a precisar de coisa alguma. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 33 Quando Pigarro viu o seu amigo em fato de treino, disse – Não vais de novo percorrer o Labirinto, pois não? Porque não esperas aqui comigo até o queijo voltar a aparecer? - Como tu nunca o percebeste – disse Gaguinho -, eu também nunca quis ver a realidade, mas agora compreendo que nunca mais voltaremos a ter Queijo como anteriormente. Está na altura de procurar um Novo Queijo. Pigarro contestou – Mas, e se não houver Queijo algum lá fora? Ou, ainda mesmo que haja, e se tu não conseguires encontrá-lo? - Não sei – respondeu Gaguinho. Ele tinha colocado as mesmas questões a si próprio tantas vezes que sentiu novamente os medos que ainda o mantinham no mesmo lugar onde se encontrava. Perguntou a si próprio: Onde poderei eu mais facilmente encontrar Queijo, aqui ou no Labirinto? Então, criou uma ideia na sua mente. Ele viu-se, a si próprio, aventurando-se no Labirinto, com um sorriso nos lábios. Quando essa imagem o surpreendeu, fê-lo sentir-se bem. Viu-se perdido no Labirinto, de vez em quando, mas sentindo-se confiante porque iria eventualmente encontrar lá o Novo Queijo e todas as coisas boas que viriam com ele. Gaguinho ganhou coragem. Depois, usou a sua imaginação para pintar o quadro mais verosímil que ele conseguisse – com os detalhes mais concretos – dele próprio descobrindo e saboreando o Novo Queijo. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 34 Viu-se comendo queijo suíço todo esburacado, o brilhante queijo Cheddar alaranjado Inglês, os queijos americanos, a mozzarella italiana, o maravilhoso e suave queijo francês Camembert, e... Então ouviu o Pigarro dizer qualquer coisa e apercebeu-se de que ainda se encontrava na Estação Q de Queijo. Gaguinho disse – Por vezes, Pigarro, as coisas mudam e já não voltam a ser o mesmo0. E esta parece ser uma dessas ocasiões. È a vida! E a vida é mudança. E nós também somos. Gaguinho olhou para o seu magro companheiro e tentou falar com ele sensatamente, mas o medo de Pigarro tinha-se convertido em raiva e por isso não conseguia escutá-lo. Gaguinho não quis ser mal-educado com o seu amigo, mas teve que se rir da forma patética em que ambos se encontravam. À medida que Gaguinho se preparava para partir, começou a sentir-se mais vivo, sabendo que finalmente estava preparado para se rir de si próprio, libertar-se e mudar. Gaguinho riu-se e anunciou – está na hora do Labirinto! Pigarro não se riu e tão pouco respondeu. Gaguinho apanhou uma pequena pedra pontiaguda e escreveu um pensamento sério na parede, para que Pigarro se debruçasse sobre ele. Como era seu costume, Gaguinho também desenhou um queijo à volta da frase, esperando que isso pudesse ajudar o Pigarro a sorrir, iluminá-lo e levá-lo atrás de um Novo Queijo. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 35 Mas Pigarro não quis olhar. Aí podia ler-se: SE NÃO MUDARES APROXIMAS-TE DA EXTINÇÃO Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 36 3.6. Emoções, Liderança e Evolução das Condições de Acesso às Funções de Gestão Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 37 Texto: Emoções, Liderança e Evolução das condições de acesso às Funções de Gestão Autor : Jean-Pascal Gond & Karim Mignonac Título da Obra : Émotions, leadership et évolution des conditions d’accès aux postes de direction Editora: Les Notes du Lirhe Páginas: 2-20 L’exercice du leadership 1 au sein de l’entreprise est un thème récurrent des sciences de gestion. Si la philosophie, la littérature et les sciences politiques ont fourni des analyses pertinentes du gouvernement des hommes 2 , l’étude scientifique et systématique de ce concept dans le champs des sciences sociales ne remonte qu’au début des années 1930 (Bass, 1990 ; House & Aditya, 1997). Aujourd’hui, la thématique du leadership fait l’objet d’intérêts et d’interrogations renouvelées. Les raisons en sont multiples mais la principale tient sans doute à l’évolution même des structures des organisations et des membres qui les composent. L’entreprise est aujourd’hui protéiforme : entités, réseaux, fusions, alliances et partenariats ne constituant que quelques-unes des déclinaisons possibles. 1 Nous définirons ici le leadership, de manière générale, comme la mobilisation des ressources humaines vers l’atteinte d’objectifs organisationnels (Yukl, 1998). 2 Il suffit d’évoquer Le Prince de Machiavel pour se convaincre de la pertinence des approches philosophiques et littérairesdu leadership. Remarquons que la littérature offre souvent des analyses particulièrement raffinées et complexes des phénomènes auxquels peuvent être confrontés les leaders : un professeur tel que James March n’utilise que des extraits d’œuvre littéraires (avec un faible pour Tolstoï et Cervantès) pour enseigner le leadership à Standford (Weil, 2000). En particulier, les approches littéraires intègrent les phénomènes émotionnels qui furent longtemps négligés en sciences sociales (Elster, 1999). Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 38 Par ailleurs, elle compte en son sein de plus en plus de salariés aux valeurs et aux aspirations diverses, plus autonomes et mieux formés que leurs aînés. Le travail qu’ils effectuent est souvent plus complexe, plus abstrait et en conséquence plus difficilement évaluable. Dans ce contexte, les fonctions de leadership dans l’entreprise sont amenées à évoluer, d’autant plus que le facteur humain se situe désormais au cœur de l’avantage compétitif de la firme. Il ne s’agit plus seulement de contrôler un travail prescrit et d’en sanctionner ou récompenser la réalisation, mais de mobiliser avant-tout des hommes et des femmes vers l’atteinte d’objectifs organisationnels complexes. Ces modifications du travail conduisent les dirigeants à utiliser des outils plus « psychologiques » et à mieux prendre en compte les dimensions émotionnelles du management 3 . Les théories du leadership ont évolué parallèlement à ces tendances durant le XXème siècle et il est possible de montrer, à partir d’une mise en perspective historique, la façon dont les approches du leadership ont progressivement intégré les dimensions émotionnelles, au point de faire apparaître le leader/dirigeant d’aujourd’hui comme un véritable « manager d’émotions » (I). Mais l’organisation, à travers ses processus concrets de sélection des leaders, n’oppose-t-elle pas une forme d’inertie à ces évolutions ? Les processus de sélection des dirigeants sont-ils susceptibles de sélectionner les personnes les plus aptes à gérer les phénomènes émotionnels ? Et dans quelle mesure ces processus ne sont-ils eux mêmes sujets à être biaisés par des facteurs 3 De plus en plus de recherches questionnent l’impact des émotions, des humeurs et de l’affect en général sur la vie organisationnelle et plus particulièrement sur les processus de jugement et de traitement de l’information. Cette évolution contraste avec la focalisation jusqu’alors quasi-exclusive du management sur les dimensions cognitives. Les relations entre cognition et émotion apparaissent beaucoup plus complexes que ne laissait prévoir la dichotomie cartésienne entre les passions et la raison (Damasio, 1994 ; Goleman, 1995). Les termes « affect » et « émotions » sont souvent utilisés de manière interchangeable dans la littérature anglo-saxonne. Concernant les développements relatifs à cette communication, nous nous référerons simplement à une définition générale regroupant sous les termes affects et émotions tous les états impliquant des sensations de plaisir-déplaisir ou reliés au registre agréable-désagréable (sans distinguer les humeurs des émotions). Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 39 émotionnels ? (II).I. – L’évolution des qualités requises du leader : du combat dans l’arène émotionnelle à la gestion des émotions Une mise en perspective historique des théories du leadership (1.1) permet de dégager quelques grands axes qui structurent l’évolution des qualités requises du leader (1.2). Il apparaît ainsi que le leader contemporain doit avoir une capacité de gestion de ses collaborateurs que l’on peut rapprocher de la notion d’intelligence émotionnelle (1.3). 1.1. L’évolution historique des théories du leadership « Il y a probablement peu de domaines en gestion où il y a eu autant d’analyses, de recherches, de réflexions, et où les résultats soient à ce point complexes, difficiles à saisir, fluctuants et aussi peu l’objet de prescriptions claires et utilisables en pratique », rappelait récemment Jacques Rojot en évoquant les théories du leadership (Rojot, 1999). Dans ce contexte de foisonnement théorique, toute mise en perspective ou essai d’organisation systématique de la littérature apparaît être un exercice à la fois nécessaire et complexe. C’est pourquoi, en suivant la démarche de House et Aditya (1997) et Hunt (1999), nous ne présenterons que la succession des principaux paradigmes qui ont émergé puis dominé l’histoire du concept scientifique de leadership au XX° siècle (sans prétendre à l’exhaustivité au sein de chacun d’entre eux) 4 . Les approches désormais « classiques » du leadership regroupent trois grands paradigmes qui se sont succédés : le premier est focalisé sur les traits de personnalité du leader (1.1.1), le second est centré sur l’étude du comportement des leaders (1.1.2) et le dernier s’est constitué autour de l’identification des situations auxquelles le phénomène de leadership est 4 La typologie de la littérature que nous adoptons pour présenter les grands paradigmes des théories du leadership s’inspire de House & Aditya (1997), Dansereau & al. (1995) et Lowe & Gardner (2001). Pour des synthèses plus exhaustives et plus complètes des théories du leadership, on peut se référer à Bass (1990), House & Aditya (1997) et Yukl (1998). Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 40 contingent (1.1.3). A partir de ces différentes traditions de recherche, de multiples approches du leadership ont été développées depuis les années 1970. Elles offrent un panorama a priori éclaté du champ, mais tendent à se regrouper pour former un nouveau paradigme axé sur les dimensions charismatiques du leadership (1.1.4.). 1.1.1. Le paradigme des traits de personnalité du leader Les premières recherches sur le leadership ont cherché à identifier des caractéristiques individuelles universelles susceptibles de distinguer les leaders des autres personnes, comme par exemple l’âge, le sexe, l’apparence physique ou l’énergie. Cette approche a largement dominé le champ entre les années 1930 et 1950, et on en trouve une présentation exhaustive dans l’ouvrage de Stogdill (1948). Elle se caractérise par des fondements théoriques relativement faibles – qui renvoient au développement alors embryonnaire des théories psychologique de la personnalité – et en conséquence par des investigations empiriques ne remplissant pas des conditions de réplication et de validation satisfaisantes (House & Aditya, 1997). Un consensus a progressivement émergé autour de l’idée qu’il était impossible de tracer le portrait d’un leader universellement efficace et il a fallu attendre le développement de nouvelles méthodes issues de la psychologie pour voir ressusciter cette approche au début des années 1970 et durant les années 1980. Ce courant rénové a considérablement nuancé les ambitions de départ, en montrant que seules certaines prédispositions (telles que le self-monitoring) étaient susceptibles d’influencer le comportement d’un leader, que ce type de causalité personnalité/comportement n’était pas également valable pour tous les individus (Ben & Allen, 1974) et que ces dispositions n’avaient tendance à s’exprimer qu’en fonction de situations données (Mischel, 1973 ; Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 41 Schneider, 1983) et sur une période de temps relativement courte (House, Shane & Herold, 1996). Les développements les plus récents s’articulent autour des caractéristiques des leaders par rapport à la motivation et à la capacité d’influence sociale (McClelland, 1985). Ils mettent en avant le rôle de la flexibilité comportementale et de la sensibilité sociale des leaders (Zaccaro & al., 1991). Mais le désenchantement lié à l’impossibilité de caractériser de manière universelle un leader va d’abord conduire les chercheurs à se détourner de ce mode d’investigation durant les années 1950 : puisqu’il apparaît impossible de savoir qui est « Le » leader, l’attention sera désormais portée sur ce que font les leaders. 1.1.2. Le paradigme du comportement du leader L’approche comportementale du leadership s’est développée entre les années 1950 et 1970. Les recherches s’effectuaient soit en observant directement les comportements des leaders en laboratoire, soit en demandant à des individus de décrire les comportements d’individus en position d’autorité. Les différents types de comportements ainsi relevés étaient ensuite reliés à des critères d’efficacité variés. Trois groupes de recherche ont particulièrement contribué au développement de cette approche : celui de Robert Bales et de ses associés à Harvard (Bales, 1954), les membres du Ohio State Leadership Center (Stogdill & Coons, 1957) et enfin les membres de l’Institute for Social Research de l’université du Michigan (Kahn & Katz, 1953 ; Likert, 1961). Les deux principaux apports de cette école seront d’une part l’identification de deux grandes classes de comportements du leader avec une distinction entre les comportements orientés vers les tâches et les comportements orientés vers les personnes, et d’autre part le raffinement de l’analyse de chacune de ces classes de comportements (House et al., 1997). Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 42 Ce paradigme partage certaines caractéristiques avec les théories fondées sur les traits de personnalité : les études portent en général sur des individus situés au bas de l’échelle organisationnelle et les leaders étudiés effectuent des tâches d’observation et de supervision (à un niveau plutôt opérationnel). Elles se fondent plus rarement sur l’étude du comportement de managers situés à des niveaux hiérarchiques élevés et elles utilisent souvent des questionnaires où les individus rapportent le comportement d’un leader ex-post. Enfin, elles sont en grande partie inductives et manquent de fondements conceptuels (House & al., 1997). Tout comme l’approche par les traits de personnalité, ces théories s’attachent à caractériser un comportement de leadership universel et idéal, et tout comme le précédent paradigme, elles ne sont pas parvenues au résultat recherché : les recherches empiriques n’ont pas permis de montrer lequel des deux types de comportement était le plus efficace. Les efforts théoriques postérieurs viseront donc à expliciter l’ensemble des facteurs situationnels susceptibles d’influer sur les liens entre l’expression de traits de personnalité et/ou de comportements spécifiques et l’efficacité du leadership. 1.1.3. Le paradigme des théories de la contingence Les premiers efforts de conciliation des résultats contradictoires des recherches précédentes à travers une analyse contingente remontent à la fin des années 1960 avec les travaux de Fiedler (1967), mais c’est durant les années 1970 et 1980 que vont se développer de manière systématique des théories visant à relier l’efficacité du leadership aux variables de personnalité et de comportement et simultanément à des facteurs situationnels. Les facteurs situationnels pris en compte par les différents auteurs sont nombreux et variés. La première théorie de Fiedler se focalise sur la notion de contrôle Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 43 situationnel (variable traduisant le degré avec lequel le leader contrôle ou influence un processus au sein d’un groupe dans une situation donnée) et les motivations du leader. Hersey et Blanchard (1982) mettent en exergue la maturité des suiveurs comme facteur conditionnant l’efficacité de différents styles de leadership (théorie du cycle de vie). La théorie chemin-but (pathgoal) se centre sur la capacité des leaders à faire croire à leurs subordonnés que les résultats qu’ils apprécient positivement peuvent être atteints grâce à un effort sérieux de leur part (House, 1971 ; House & Mitchell, 1974). Enfin, parmi les théories les plus raffinées se situant dans cette perspective, on peut relever les approches décrivant l’efficacité des différents styles de leadership en fonction des caractéristiques du processus de prise de décision au sein duquel s’inscrit l’activité du leader et de ses suiveurs (théories de Vroom & Yetton, 1973 ; Vroom & Jago, 1988) ainsi que les travaux expliquant l’efficacité du leader par ses capacités cognitives et son expérience, ainsi que des facteurs tels que le stress subi par le leader et ses suiveurs (théorie des ressources cognitives de Fiedler & Garcia, 1987). 1.1.4. L’affirmation du paradigme néo-charismatique A la fin des années 1970 et au début des années 1980, la recherche sur le leadership est encore dominée par la paradigme contingent dont le mode d’investigation avait pour conséquence de fragmenter le domaine, chaque théorie se focalisant sur certaines dimensions situationnelles et peu d’efforts étant fournis pour proposer un nouveau cadre intégrateur. Le concept scientifique de leadership traverse alors une période de crise : les auteurs n’ont de cesse de souligner toutes les limites de ce construit (Hunt, 1999). C’est alors qu’un faisceau de recherches va converger vers la prise en compte du charisme du leader comme variable d’analyse centrale avec le développement de la théorie du leadership charismatique de House (1977), de la théorie du leadership transformationnel (Burns, 1978 ; Bass, 1985), puis de Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 44 la théorie de l’attribution du charisme de Conger & Kanungo (1987) et enfin d’analyses centrées sur la vision du leader (Sashkin, 1988 et Nanus, 1992). Bien que l’étude du charisme s’ancre dans des traditions d’analyses beaucoup plus anciennes – en sciences politiques et en sociologie notamment (dans la lignée des travaux de Max Weber) 5 – la prise en compte de cette dimension donnera un nouveau souffle au domaine théorique du leadership et contribuera largement à son intégration et à sa régénération entre les années 1980 et 1990 (Hunt, 1999). Les dirigeants leaders se voient désormais distingués des dirigeants gestionnaires et même opposés à ceux-ci : tandis que les seconds mettent l’accent sur le contrôle et la rationalité, les premiers transmettent une vision et ont un charisme qui leur permet de motiver avec intensité les suiveurs (Zaleznik, 1977). Parmi les dirigeants, on identifie les leaders transactionnels, qui conçoivent leur relation avec les suiveurs comme une forme d’échange contributions/rétributions ou sanctions/récompenses, qui sont opposés aux leaders transformationnels qui ont la capacité de transcender la situation en imposant une vision et de modifier en conséquence le comportement de leurs suiveurs pour en faire de véritables agents de changement. Les qualités du leader transformationnel intègrent le charisme, ainsi qu’une capacité à motiver ses suiveurs en tenant compte de leurs besoins et de leurs aspirations. Si ces approches néo-charismatiques co-existent aujourd’hui dans la littérature avec des travaux relevant des paradigmes précédents et des théories émergentes, elles deviennent largement dominantes. Ainsi, le tableau 1 montre qu’à côté des approches multi-niveaux (qui proposent d’intégrer des résultats contradictoires à partir d’une meilleure définition de la localisation organisationnelle des leaders) et des nouvelles direction de 5 On peut se référer à Conger (1988) pour une généalogie plus détaillée du concept de charisme en sciences sociales. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 45 recherche, le paradigme néocharismatique reste l’axe structurant du domaine (Hunt, 1999 ; Lowe & Gardner, 2001). Tableau 1 – Répartition par école de pensée des 188 articles publiés dans le Leadership Quarterly durant ses 10 premières années de vie (1991-2001) codage non-mutuellement exclusif (adapté de Lowe & Gardner, 2001, p. 480) 6 Ecole de pensée/ Paradigme Nº d’articles % du total Traits de personnalité du leader Comportement du leader Théories de la contigence Approches multi-niveaux Théories implicites du leadership Théories néo-charismatiques, dont : Leadership charismatique Leadership transformationnel 17 5 25 19 16 8,5% 2.5% 12% 9% 8% 68 34% 28 14% 29 14% Autres approches dominantes, dont : Romance du leadership Tactiques d’influence Autres Nouvelles directions, dont : Leadership stratégique Leadership politique Leadership auto-sacrificiel Autres 1.2. L’évolution des qualités requises du leader Quelques tendances générales caractérisent le développement historique des théories : un décentrage progressif, dans la mesure où les travaux se focalisant de moins en moins sur le leader pour mieux réaffirmer du rôle 6 Le tableau original offre une analyse plus détaillée de la représentation des théories au sein des différents paradigmes. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 46 essentiel des suiveurs dans le processus de leadership ; une évolution vers une approche plus participative du leadership ; une complexification croissante des théories et donc des recommandations qui en découlent ; et enfin un accent mis sur les compétences « idéologiques » plutôt qu’opérationnelles du leader. 1.2.1. Du leader aux suiveurs Si les premiers travaux se sont centrés de manière exclusive sur le leader en cherchant à décrire sa personnalité puis son comportement, les théories de la contingence (en particulier celle d’Hersey et Blanchard, 1982) et l’approche transformationnelle ont conduit à décentrer l’objet de la recherche vers les subordonnés et à mieux prendre en compte l’importance de l’interaction leader/suiveurs dans le processus de leadership. Dans le premier cas, l’efficacité du leader est directement liée à la maturité des suiveurs, et dans le second (approches néo-charismatiques) c’est la capacité des leaders à générer chez les suiveurs des comportements les amenant à se dépasser qui sanctionne l’efficacité. Le processus de leadership repose donc ici sur les suiveurs qui vont se trouver habilités par les leaders (à travers un processus d’empowerment) pour devenir agent de changement avec eux. La théorie LMX (Leader Member eXchange theory) propose elle aussi une vision équilibrée du rapport leader/suiveurs en appréhendant le leadership comme un phénomène par essence relationnel (Graen & Uhl-Bien, 1992). Le renversement de perspective est complet avec la théorie implicte du leadership (Lord & Maher, 1991) et la théorie de la romance du leadership (Meindl & Elhrich, 1987). La première se fixe pour but d’étudier les processus d’évaluation et de perceptions qui conduisent un ensemble de suiveurs à considérer un autre individu comme un leader, la seconde, dans une perspective constructiviste, assimile le leadership à un concept romantique qui ne s’explique qu’à travers des processus d’attribution des suiveurs. Le leader n’existe alors que grâce aux subordonnés, puisque ce sont ces derniers qui le construisent Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 47 psychologiquement et socialement. Si l’idée de Meindl – selon laquelle il suffit d’étudier les suiveurs pour comprendre le leadership – ne fait pas l’unanimité, il est aujourd’hui acquis que les suiveurs et les interactions leaders/suiveurs constituent des dimensions centrales du processus de leadership. Il s’ensuit que les qualités du leader efficace feront une large place à la capacité à gérer des relations interpersonnelles au sein d’un groupe à motiver les suiveurs. 1.2.2. Du commandement à la participation La figure du leader efficace contemporain, telle qu’elle émerge de l’histoire du concept, contraste avec les conceptions très militaires du leadership (souvent envisagé comme « commandement ») qui ressortent des théories classiques de l’organisation (chez Taylor ou Fayol). Les théories du leadership se sont développées à rebours de l’image « mécaniste » des organisations sous-jacente à ces modèles (Morgan, 1989) et elles ont contribué à intégrer les dimensions humaines et sociales à la gestion des hommes. Ainsi, ont été mis en évidence de manière successive l’importance des compétences sociales du leader et le rôle de facteurs tels que l’enthousiasme (leader charismatique), la capacité à développer un climat de confiance ainsi que des relations coopératives entre les suiveurs (théorie LMX). Au fil des théorisations successives, le leader apparaît de plus en plus comme l’individu capable d’encourager et de motiver ses troupes et de moins en moins comme un personnage autoritaire. Cette évolution suit étroitement celle des formes organisationnelles du travail : elle s’est déroulée parallèlement à l’aplatissement et à la transversalisation des formes d’organisation (développement de structures où les équipes projets jouent un rôle central). Elle est aussi liée à l’augmentation croissante du nombre de cadres et à l’amélioration de leur formation. Un tel contexte a Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 48 accru l’importance du rôle des outils psychologiques au détriment d’outils de contrôle plus classiques. 1.2.3. Du simple au complexe L’adage de Paul Valéry selon lequel « ce qui est simple est faux, ce qui est complexe est inutilisable » s’applique particulièrement bien au développement des théories du leadership : au plan descriptif, les postulats les plus simples, tels que l’existence d’un comportement de leadership ou d’un type de leader « idéal », dont la validité aurait considérablement simplifié la prescription ont tous été mis en échec. Les travaux les plus fins et les plus valides sur le phénomène permettent rarement d’établir des prescriptions simples et claires (comme en témoigne par exemple le modèle de décision très complexe de Vroom & Jago, 1988). Le principal enseignement des théories de la contingence est qu’il n’y a pas de modèles normatifs « simples » susceptibles d’expliquer ce que doit faire le leader dans différents contextes. Et si les approches néo-charismatiques peuvent sembler relever d’une régression théorique (en retournant vers la recherche d’un comportement idéal et universel du leader), les processus par lesquels elles expliquent le succès du leader (tels que l’empowerment) apparaissent relativement complexes à maîtriser. De plus, la complexité de l’exercice du leadership se retrouve toute entière dans les compétences que l’on exige du leader (plus abstraites et plus générales, impliquant une forme de flexibilité et des capacités d’adaptation importantes). Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 49 1.2.4. Des compétences opérationnelles aux compétences idéologiques Les approches néo-charismatiques mettent en avant les compétences de communication du leader – sa capacité à communiquer une vision de l’avenir à ses suiveurs et à les motiver pour les conduire à se dépasser étant essentielle. Cette transmission d’une vision aux suiveurs doit permettre de donner un sens aux actions des suiveurs et de l’organisation, elle autorise la construction d’une identité collective. Les compétences requises du leader ne sont donc plus centrées sur les dimensions opérationnelles et techniques, mais relèvent de plus en plus de la capacité à construire et maintenir une idéologie au sein d’un groupe d’individus. Cette évolution du leadership apparaît cohérente avec le courant des ressources et compétences (Prahalad & Hamel, 1989) qui accorde un rôle central à la vision stratégique du dirigeant (strategic intent) dans la réussite de l’entreprise. Ces différentes évolutions permettent de dresser un inventaire des différents rôles du leader efficace (Yukl, 1998 ; George, 2000) : - le développement d’une vision de l’organisation partagée par ses membres et orientée vers la réalisation d’objectifs ; - la diffusion auprès des autres des connaissances nécessaires à la compréhension des activités et des comportements au travail ; - la génération et le maintien de l’enthousiasme, de la confiance, de l’optimisme et de la coopération dans l’organisation ; - le développement de la flexibilité dans la prise de décision et dans le changement ; - l’établissement et le maintien d’une identité organisationnelle véhiculant du sens. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 50 1.3. Le leader contemporain en tant que manager d’émotions Ces compétences « idéales » du leader telles qu’elles ressortent de l’évolution historique des théories du leadership peuvent être rapprochées du construit psychologique d’intelligence émotionnelle (Goleman, 1998 ; George, 2000 ; Ashkanasy et al., 2000). 1.3.1. Le concept d’intelligence émotionnelle La notion d’intelligence émotionnelle (IE) – popularisée par Goleman (1995) – correspond à la capacité à percevoir, ressentir, comprendre et auto-réguler les émotions dans une perspective de développement émotionnel et intellectuel (Mayer et Salovey, 1997). Il s’agit d’un construit intégrant de multiples dimensions (tableau 2). L’intelligence émotionnelle traduit la capacité d’un individu à gérer ses propres émotions et celles des autres, et en particulier à les utiliser dans un sens qui renforce l’efficacité des processus cognitifs. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 51 Tableau 2 – Les dimensions de l’intelligence émotionnelle (George, 2000, p. 1035) Dimension de l’IE Contenu de la dimension • conscience de ses propres émotions • capacité à exprimer correctement ses émotions Évaluation et expression des émotions • conscience des émotions des autres • capacité à exprimer correctement les émotions d’autrui • empathie • utilisation des émotions pour diriger son attention et signaler où porter son Utilisation des émotions pour renforcer les processus cognitifs et les processus de décision attention • utilisation des émotions pour faciliter la prise de décision • utilisation pour d’émotions renforcer certains spécifiques processus cognitifs • utilisation de ses émotions pour promouvoir la flexibilité • connaissance des causes des émotions • connaissance des conséquences des Connaissances sur les émotions émotions • connaissance de l’évolution des émotions dans le temps Gestion des émotions Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 52 • méta-régulation des humeurs • maintient de la bonne humeur • capacité à repérer la mauvaise humeur • management des émotions des autres 1.3.2. L’intelligence émotionnelle comme compétence clef du leader Le rapprochement entre intelligence émotionnelle et leadership a été proposé par de nombreux auteurs : Dulewicz (2000) souligne l’importance de cette compétence pour les leaders dirigeants l’entreprise ; pour Goleman (1998), l’intelligence émotionnelle apparaît comme une condition sine qua non de l’efficacité du leader ; dans une perspective plus théorique, Ashkanasy et Tsen (2000) ont présenté un modèle reliant chacune des dimensions de l’IE aux dimensions du leadership transformationnel. La convergence entre les deux champs de recherche peut être illustrée en montrant la façon dont l’intelligence émotionnelle peut conditionner/faciliter le développement des compétences du leader efficace telles qu’elles ressortent de l’évolution des théories du leadership (tableau 3). Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 53 Tableau 3 – Contributions de l’intelligence émotionnelle à l’efficacité du leadership (d’après George, 2000) Fonctions du leader efficace Apports de l’intelligence émotionnelle • Amélioration du processus de traitement de l’information Développer une vision de l’organisation partagée par ses membres et orientée vers la réalisation d’objectifs • Créativité accrue grâce à un état affectif positif (bonne humeur) • Connaissance des émotions permettant au leader d’évaluer leur impact sur son propre jugement • Capacité d’influencer les émotions des suiveurs et d’encourager leur ouverture au changement • et de la connaissance des problèmes Insuffler aux autres les connaissances nécessaires à la compréhension des activités et comportements au travail Amélioration de la prise de conscience rencontrés • Création d’un climat émotionnel positif favorable à l’apprentissage • du climat émotionnel des suiveurs Engendrer et maintenir l’enthousiasme, la sérénité et l’optimisme dans Capacité d’évaluation et d’influence • l’organisation ainsi que la coopération et Capacité de distinction entre les émotions exprimées par les suiveurs la confiance mutuelle et leur « vraies » émotions • Proposition de solutions constructives susceptibles de créer et maintenir un Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 54 haut niveau de confiance mutuelle et de coopération • Qualités interpersonnelles du leader • Connaissance des permettant d’agir interfèrent avec émotions sur le celles processus qui de décision, et sur celles qui le facilitent Développer la flexibilité dans le processus • Possibilité de reconsidérer un changement en cours, de proposer des de décision et de changement solutions alternatives • Possibilité de résoudre plusieurs problèmes simultanément grâce à une perception accrue des liens existants parmi des informations divergentes • Rôle des émotions pour repérer des normes et valeurs • Le succès symbolique Établir et maintenir une identité d’un est dépendant organisationnelle véhiculant du sens en de management grande partie l’expression émotionnelle • La gestion de la culture organisationnelle est liée à la gestion des émotions L’intelligence émotionnelle se situe donc aujourd’hui au cœur du portefeuille de compétences du leader efficace. Certains auteurs la considérent même comme un moteur essentiel de la performance organisationnelle (Goleman et Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 55 al., 2001). Il reste cependant à savoir si cette intelligence peut être développée. Pour les plus optimistes, la réponse est affirmative à force de temps et d’implication (Goleman, 1998). L’aptitude à diriger correspondrait à un faisceau comportemental « éducable » (Beaucourt & Louart, 1998) et les qualités d’interprétation du réel, d’impulsion, de dynamisation et les qualités d’interaction pourraient être renforcées au même titre que les compétences cognitives. D’autres apportent une réponse plus nuancée et suggérent que seules certaines dimensions de l’intelligence émotionnelle sont susceptibles d’être développées (ex : sensibilité, influence, conscience de soi) alors que d’autres (ex : motivation, intégrité, resistance) ne le sont finalement que peu car liées à la personnalité (Dulewicz, 2000). Mais si le leader/dirigeant d’aujourd’hui apparaît dans la littérature comme un « manager d’émotions », il reste à savoir si les processus de sélection des leaders au sein de l’organisation sont propres à tenir compte concrètement de cette évolution pour sélectionner les personnes les plus aptes à gérer les phénomènes émotionnels. II. – Le rôle des émotions dans les processus de sélection des leaders L’étude du rôle des émotions dans les processus de sélection des leaders implique tout d’abord de se fixer un cadre descriptif des modes d’accès aux postes de direction de l’entreprise (2.1). Les phénomènes émotionnels pouvant biaiser ces différents processus seront ensuite envisagés (2.2), ainsi que la capacité de détection des compétences émotionnelles par chacun d’entre eux (2.3). Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 56 2.1. Les modèles classiques d’accès aux postes de direction dans l’entreprise Comme le rappelle Roussillon (1998), les modes d’accès au pouvoir au sein de l’entreprise ont fait l’objet d’une attention moindre au regard du nombre important d’études s’intéressant à l’accès des élites économiques (ex : Suleiman & Mendras, 1995) et politiques (Davis, 1998) aux plus hauts postes de responsabilité. De surcroît, lorsque cet objet d’étude est abordé, c’est l’angle sociologique et culturel qui est le plus souvent privilégié (Bauer & Bertin-Mourot, 1997) au détriment d’une approche managériale. Il n’est donc pas étonnant de constater un manque relatif de formalisation lorsqu’il s’agit de mettre en lumière les mécanismes permettant l’accès au leadership dans l’entreprise. A partir d’observations empiriques, Bournois et Roussillon (1998) proposent une typologie susceptible de combler cette lacune 7 . Ces auteurs distinguent tout d’abord un modèle des élus, d’essence nordaméricaine, reposant sur un contexte de concurrence interne permanent et consistant en une segmentation de la population. Les « élus » – ceux qui obtiennent des résultats supérieurs à ceux des autres membres de l’organisation – font alors l’objet d’un suivi individualisé, d’un parcours professionnel qualifiant complété par des mobilités géographiques. Le modèle du concours est quant à lui fréquemment rencontré dans la fonction publique française, même si le secteur privé y a parfois recours. Il s’agit d’un système fortement réglementé, ritualisé, visant à l’équité et favorisant des compétences cognitives théoriques parfois en décalage avec celles requises sur le terrain. 7 Nous simplifions la typologie des auteurs (par exemple, le modèle Div-Harmonisation n’est pas évoqué). Pour plus de précisions, nous invitons donc le lecteur à se référer au texte original (Bournois & Roussillon, 1998, 429-443). Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 57 Le modèle de l’ancienneté privilégie l’âge, l’expérience, la patience au détriment des caractéristiques personnelles et de l’esprit de compétition. Il est de moins en moins présent en occident mais reste souvent utilisé dans des pays tels que le Japon. Le modèle de la cueillette consiste pour les entreprises à rechercher uniquement au moment où elles en ont besoin, les personnes compétentes nécessaires à leur développement, aussi bien à l’intérieur qu’à l’extérieur de l’entreprise. L’accès au leadership ne repose donc pas sur une gestion prévisionnelle mais fonctionne plutôt sur des logiques de réseaux relationnels, de caractéristiques psychologiques et de gestion de l’image de soi de la part des postulants. Le modèle des baronnies met en présence un responsable qui s’entoure d’un certain nombre de cadres plus jeunes, qui l’aideront dans son ascension personnelle et dont il est censé favoriser, en retour, la carrière au fur et à mesure de sa propre progression. La loyauté et l’allégeance sont au cœur de ce modèle qui met de surcroît l’accent sur les dynamiques relationnelles et les jeux politiques, et favorise par ailleurs la reproduction de profils similaires. Le modèle du professionnel, enfin, favorise un développement progressif des compétences en interne, autour d’un secteur, d’un métier ou d’une fonction. La légitimité d’accès au leadership s’acquiert par l’établissement d’un consensus autour de la personne. Ces différents modèles de sélection présentent un ancrage socio-culturel fort et sont en grande partie contingents aux objectifs de l’entreprise et à sa culture : leur validité n’est donc pas universelle. Ils constituent néanmoins un bon cadre d’analyse dans le contexte historique français, comme le montrent Roussillon & Bournois (tableau 4). Remarquons que si certains modèles apparaissent dominant à une époque, ils ne sont pas exclusifs les uns des autres : ils peuvent coexister durant une même période historique et/ou au sein de la même organisation à un moment donné. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 58 Tableau 4 – L’accès aux fonctions de direction en France – aspect chronologique (adapté de Roussillon & Bournois, 1997, p. 345) Période Modèle Dominant Avant 1960 1960–1975 1975–1990 Depuis 1990 Période Période Période Période bureaucratique des PME technocratique multi-foci Concours Baronnies Élus Diversité Une fois fixée cette typologie des modèles d’accès au leadership, il reste à savoir dans quelle mesure chacun des modèles de sélection est perméable aux phénomènes émotionnels. Ces modèles sont-ils tous susceptibles d’être influencés par l’expression d’émotions, du côté du sélectionneur comme de celui des candidats ? 2.2. L’influence des émotions sur le processus de sélection des leaders Après avoir présenté l’influence potentielle des émotions dans les processus de sélection des leaders en montrant l’existence d’un cercle vicieux entre expressions émotionnelles négatives et position hiérarchique (2.2.1.), nous proposons une évaluation du degré de perméabilité des différents modèles de sélection à ces phénomènes émotionnels (2.2.2.). 2.2.1. L’influence potentielle des émotions sur la sélection Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 59 Les émotions interagissent avec les statuts sociaux des individus, et en particulier les émotions négatives telle que la colère, qui semblent être associées à certaines positions hiérarchiques. On attribue en général aux personnes qui ont un statut hiérarchique élevé un niveau de compétence élevé, et on s’attend à ce qu’elles expriment à leur tour de la colère (Tiedens, 2000). Ainsi, les expériences menées par Tiedens et al. (1999) montrent que les individus ont tendance à attribuer aux personnes qu’ils perçoivent en colère plus de compétences qu’à ceux qu’ils perçoivent comme étant tristes. Il ressort de ces expériences que la perception de la compétence va jouer un rôle médiateur entre l’attribution d’un statut hiérarchique à un individu et les émotions négatives qu’il exprime. On peut donc mettre en évidence une première boucle de renforcement entre les émotions (négatives), la perception des compétences et le statut hiérarchique. Les apparences peuvent compléter et/ou renforcer ce processus. Le regard d’un individu sur un autre est en effet à l’origine de réactions émotionnelles (Damasio, 1994 ; Zajonc, 1985). Ces réactions premières peuvent appartenir à différents registres de l’affect (ex : agréable / désagréable) et sont susceptibles de biaiser, voire de conditionner les relations à l’autre en fonction de l’attrait (ou séduction) de la personne observée. Plusieurs recherches montrent que ces effets peuvent être étendus à la sphère professionnelle. Il en est ainsi pour le recrutement où la « première impression » est souvent déterminante (Forsythe et al., 1985; Pingitore et al., 1994). De manière similaire, il semble 15 qu’on attribue un niveau de performance plus élevé aux salariés perçus comme attrayants qu’à ceux qui ne le sont pas (Wayne & Kacmar, 1991; Wayne & Liden, 1995). Certaines études montrent même que l’apparence physique a un effet sensible sur le niveau de salaire et la rapidité d’accès aux promotions (Berscheid, 1996). Dans le contexte professionnel, l’apparence est donc un « plus » qui semble toutefois profiter plus aux hommes qu’aux femmes à en croire certaines recherches. Heilman et al. (1979 , 1985a, 1985b) ont en effet constaté que les Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 60 femmes séduisantes sont considérées comme de moins bonnes candidates aux fonctions managerai les et, lorsqu’elles accèdent à ces positions, reçoivent de moins bonnes évaluations quant à leurs performances. L’apparence vestimentaire joue, de surcroît, un rôle important dans les processus de recrutement (ex : Forsythe, 1990) et d’attribution du prestige et du pouvoir détenu (Pratt & Rafaeli, 1997 ; Rafaeli & Pratt, 1993). Ainsi, on attribue souvent à une personne habillée de manière décontractée – jeans, Tshirts, etc – un prestige moindre qu’à une autre vêtue de manière plus formelle – costume, cravate, etc (Rollman, 1977). La conjonction de ces deux phénomènes conduit à postuler l’existence d’un cercle vicieux au service de la reproduction des schémas d’accès au leadership : les expressions émotionnelles des individus, leur pouvoir et leur position hiérarchique semblent se renforcer mutuellement selon un schéma de prophéties auto-réalisatrices (Merton, 1948 ; Snyder, 1984), et en grande partie, indépendamment des compétences effectives (cognitives / émotionnelles) des individus (figure 1). Figure 1 – le cercle vicieux des biais émotionnels dans la sélection des leaders (extrait de Tiedens, 2000, p. 73) Expression émotionnelle Pouvoir et position hiérarchique Les modèles de sélection risquent donc d’être court-circuités par ces processus qui laissent libre cours au jeu des apparences : « un DRH qui Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 61 souhaite conserver l'anonymat raconte le cas de ce cadre, identifié comme évolutif grâce à une erreur de saisie sur la base de données des ressources humaines de l'entreprise : ses études dans une petite école de commerce s'étaient transformées en diplôme de l'ESCP : ‘ Sans cette erreur, nous l'aurions éliminé d'office de la catégorie. Alors qu'il a en fait pleinement démontré ses mérites’, avoue le DRH » (L’Express, 2001). Ce type de processus est à rapprocher d’autres formes de prophéties auto-réalisatrices, telles que « l’effet Pygmalion ». Cet effet renvoie à la façon dont les attentes d’une personne contribuent de manière inconsciente à susciter chez autrui un comportement conforme à cette attente (Rosenthal & Jacobson, 1968 ; voir Eden, 1990, White et Locke, 2000 pour des applications au contexte du management et du leadership). B. Shaw (1913) en a fourni une célèbre illustration théâtrale : « La différence entre une lady et une vendeuse de fleurs n’est pas dans la manière dont elles se conduisent mais dans la manière dont elles sont traitées ». 2.2.2. La perméabilité aux émotions des modes de sélection Mais si les émotions peuvent biaiser les processus de sélection des leaders, tous les modèles ne semblent pas susceptibles d’être affectés dans les mêmes proportions. Afin de traduire la perméabilité de ces modèles aux biais émotionnels, nous formulons un ensemble de propositions en utilisant la typologie précédemment évoquée (cf. 2.1) Proposition 1 : les modèles de sélection du concours et des élus sont les moins susceptibles d’être influencés par les biais émotionnels. Le modèle des élus repose sur une instrumentalisation de la sélection qui apparaît comme une certaine garantie à l’encontre du cercle vicieux émotion/statut, dans la mesure où les procédures de sélection sont suivies Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 62 rigoureusement et où les instruments ne sont pas utilisés comme mode de rationalisation de décisions ex-post. Le modèle du concours ne sera a priori pas non plus affecté par les mécanismes auto-réalisateurs précédemment décrits, à tout le moins si la sélection n’accorde pas une place primordiale à des modalités d’examen orales. Cette hypothèse ne signifie pas que les phénomènes émotionnels sont absents de ce mode de sélection ; elle ne porte que sur les mécanismes de biais émotionnels autoréalisateurs sus-décrits. Proposition 2 : les modèles de sélection de la cueillette et des baronnies sont les plus susceptibles d’être influencés par les biais émotionnels. Ces modèles n’intègrent pas de dispositifs formels leurs permettant de se prémunir contre les biais émotionnels. Au contraire, ils reposent en grande partie sur la libre évaluation du candidat par ses supérieurs hiérarchiques grâce au développement de relations informelles. Le modèle de la cueillette peut impliquer une sélection des candidats dans l’urgence: il sera sans doute très sensible aux signaux « émotionnels » de compétence envoyés par le postulant. La sensibilité du modèle de la baronnie aux émotions sera en grande partie fonction de la personnalité du baron. Elle suivra dans une majorité des cas une logique de reproduction du style de leadership. C’est pourquoi ces deux modèles nous semblent les plus susceptibles d’être influencés par les phénomènes émotionnels auto-réalisateurs. Proposition 3 : les modèles de l’ancienneté et du professionnel se situent à un niveau médian de perméabilité aux biais émotionnels. Le modèle de l’ancienneté et le modèle professionnel n’intègrent pas de dispositifs formels leurs permettant de se prémunir contre les biais émotionnels. Néanmoins, on peut considérer que la dimension temporelle relativement longue sur laquelle repose le modèle de l’ancienneté ainsi que Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 63 les compétences a priori techniques que cherche à évaluer le modèle professionnel constituent des formes de garantie à l’encontre d’influences émotionnelles de court terme. L’ensemble de ces trois propositions est synthétisé par la figure 2. Figure 2 – Influence potentielle des émotions sur les modèles de sélection Modèles Modèles fortement faiblement influencés influencés Cueillette Baronnie Ancienneté Élus Professionnel Concours 2.3. La détection des compétences émotionnelles par les processus de sélection Le problème de la capacité des organisations à sélectionner les leaders en fonction de leurs compétences émotionnelles devient fondamental dans un contexte où l’efficacité du leader est plus fortement associée à son intelligence émotionnelle. Il est possible de questionner les capacités de détection des compétences émotionnelles des candidats par chacun des modèles de sélection, à travers une seconde série de propositions. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 64 Proposition 4 : les modèle des élus et de la baronnie sont les plus propices à la détection des compétences émotionnelles. Dans la mesure où les instruments qu’il mobilise peuvent être explicitement orientés vers la mesure et la détection des dimensions émotionnelles, le modèle des élus peut s’avérer particulièrement efficace dans la détection des capacités émotionnelles. Il repose en effet sur une gestion individualisée et différenciée permettant ainsi un repérage précis des facultés du candidat. La soumission à des évaluations permanentes et à un jeu de concurrence interne met par ailleurs à l’épreuve ses capacités de résistance au stress. La logique de personnalisation et d’évaluation permanente est également propre au modèle des baronnies, en faisant ainsi un modèle propice à la détection des compétences émotionnelles d’autant plus que la dynamique de cette approche est essentiellement relationnelle. La capacité de détection de ces compétences est toutefois largement sujette aux capacités et à la sensibilité du « baron » –contrairement au processus objectivant du modèle des élus – mais aussi à sa volonté de ne pas favoriser des personnalités susceptibles de s’opposer à lui. Proposition 5 : les modèles du concours et de la cueillette sont les moins propices à la détection des compétences émotionnelles. Le modèle du concours offre une capacité de détection quasi-nulle des compétences émotionnelles puisqu’il sur-valorise les capacités cognitives des candidats, même si l’on peut considérer qu’une réussite à un concours nécessite une certaine maîtrise des émotions du candidat (gestion du stress) et que des modalités d’examen orales peuvent pondérer les résultats des écrits en accordant une place plus importante à la personnalité. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 65 Le modèle de la cueillette met, quant à lui, essentiellement en avant les compétences émotionnelles – en l’occurrence, la capacité d’influence – de la personne (conseiller, « chasseur de tête », etc.) en charge de trouver le candidat ad hoc. Le caractère d’urgence qui caractérise ce modèle empêche une évaluation approfondie des capacités individuelles des postulants et privilégie une sélection fondée sur des signaux extérieurs (résultats obtenus et médiatisés, insertion dans des réseaux, etc.). Sans être imperméable au recrutement de profils à fortes compétences émotionnelles, le modèle de la cueillette en offre donc une capacité de détection plutôt faible. Proposition 6 : les modèles de l’ancienneté et du professionnel se situent à un niveau médian de détection des compétences émotionnelles. Sans accorder une part flagrante aux capacités émotionnelles des candidats, les modèles de l’ancienneté et du professionnel en privilégient toutefois quelques-unes de manière implicite. Ainsi la gestion de ses propres émotions ainsi que celles des autres membres de l’organisation est nécessaire dans un modèle traditionnel de l’ancienneté où la patience, la persévérance et la capacité à faire un consensus autour de soi sont quasiment les seuls éléments de distinction permettant d’accéder aux sommets de la hiérarchie. Le modèle du professionnel – même s’il met d’abord en avant les compétences techniques – exige de la part du candidat des capacités à négocier des compromis, c’est-à-dire à mettre en œuvre ses compétences relationnelles et sociales pour accéder in fine au leadership (via la création d’un consensus autour de sa personne). L’ensemble de ces trois propositions est synthétisé par la figure 3. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 66 Figure 3 – Capacités des modèles à sélectionner les compétences émotionnelles Modèles les Modèles plus efficaces les moins efficaces Élus Professionnel Baronnie Ancienneté Cueillette Concours Au terme des développements consacrés aux liens entre les phénomènes émotionnels et les processus de sélection des leaders, il est possible de synthétiser nos propositions de recherches à partir d’un graphique distinguant les modèles de sélection des leaders en fonction de leur aptitude à détecter les compétences émotionnelles et leur propension à être biaisés par les émotions (figure 4). Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 67 Figure 4 – Émotions et sélection des leaders : synthèse des propositions élevé Biais émotionnels sur la sélection Cueillette Baronnies Ancienneté Professionnel Zone de performance élevée Concours Élus faible les élevé faible Capacité à détecter compétences émotionnelles Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 68 Conclusion Le portrait du leader efficace et idéal, tel qu’il ressort des théories contemporaines que nous avons mobilisées, est celui d’un « manager d’émotions » tandis que – comme l’évoque Rojot (2000, p. 20) – « l’image du chef, investi d’une autorité innée ou conférée par son rang, s’est lentement estompée ». Notre analyse a consisté à mettre en évidence l’influence ambivalente des phénomènes émotionnels dans les processus de sélection des leaders en étudiant successivement la perméabilité de ces derniers aux biais affectifs, puis leur capacité de détection des compétences émotionnelles. Les limites de l’analyse proposée sont nombreuses et certaines d’entre elles méritent d’être soulignées. Tout d’abord, nous nous sommes concentrés sur les leaders occupant les plus hautes fonctions de l’entreprise (cadres dirigeants, dirigeants) alors qu’une approche du leadership multiniveaux aurait certainement limité la portée de nos propositions (contingences possibles en fonction des niveaux hiérarchiques). Notre analyse est par ailleurs liée à des évolutions économiques, technologiques et sociales qui n’ont pas affecté de manière uniforme tous les secteurs de l’économie. Elle concerne en ce sens des « suiveurs » possédant un niveau élevé de qualification et exerçant un travail à forte valeur ajoutée. De surcroît, la contingence culturelle de notre approche est marquée (modèle«occidental »). En mettant l’accent sur les phénomènes émotionnels, il est également possible que nos propos donnent – à tort – l’impression que les compétences cognitives ou techniques ne participent plus guère à l’efficacité du leadership : le piège d’un « attrape tout émotionnel » ne doit se substituer au piège de « l’attrape tout cognitif » (Laroche & Nioche 1994). Enfin, une hypothèse sous-jacente de notre analyse est qu’il existe des leaders plus efficaces que d’autres et que leur action a une influence – au moins indirecte – sur diverses facettes de la performance organisationnelle. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 69 Ce dernier point est pourtant loin de faire l’unanimité : la théorie de l’écologie des populations n’attribue ainsi aucun impact direct du leader sur le sort de l’organisation (Durand, 1998) ; les approches « constructivistes » accordent également une fonction minime au leader, (Meindl et al., 1985) ; enfin, certains auteurs comme James March considèrent que l’importance attribuée au leader dans l’action des organisations relève essentiellement de la mythologie manageriale (March, 2000). Ce dernier lui accorde toutefois un rôle modeste, comparable à celui d’un jardinier, impuisant face aux forces de la nature qui le dépassent, mais pouvant néanmoins semer au bon moment, arracher les mauvaises herbes régulièrement et adapter son arrosage à l’ensoleillement. On est alors bien loin de la figure actuelle du dirigeant, souvent considéré comme une « personnalité hors du commun, capable de tout faire, tout embrasser, avoir des visions, donner du sens, et affirmer une présence forte dans le quotidien… » (Thévenet, 2001). Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 70 3.7 O Gestor Treinador Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 71 Texto: O Gestor Treinador Autor : Gene Ference - Artigo na revista Motel & Hotel Management - O Gestor Treinador - 02/04/2001 Já repararam que os colaboradores têm motivações diferentes de há 15 ou 20 anos? Os estudos sobre as organizações mostram que quem está em fase inicial da carreira dá prioridade à aprendizagem. A liderança dantes era definida simplesmente como a habilidade para levar as pessoas a fazer o que você queria que eles fizessem. Hoje em dia, não é assim tão simples nem tão limitado. A liderança deve ser, de forma mais adequada, definida como a habilidade para tirar o máximo proveito dos recursos disponíveis e o desafio prioritário é, cada vez mais, a construção de uma cultura de aprendizagem para as equipas de trabalho de hoje. Se a liderança é caracterizada como a habilidade para conseguir obter resultados estabelecendo compromissos com os colaboradores e se esse compromisso depende do envolvimento, então não será através da participação que as pessoas aprendem? Ensinando os colaboradores a reduzir os custos substituindo manteiga por margarina chegamos a resultados, mas não preenchemos o objectivo de desenvolver os indivíduos e não criamos um clima de desenvolvimento. As organizações bem sucedidas em que tive a oportunidade de trabalhar criaram um clima de aprendizagem, pelas seguintes vias: • obtendo consenso sobre os objectivos, por exemplo a redução de custos com os produtos alimentares; Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 72 • perguntando aos colaboradores como fariam para chegar lá; • informando-os de que espera pelo menos três caminhos diferentes para chegar aos resultados; • deixar-lhes tempo para construírem as propostas de estratégia; • seleccionando uma estratégia específica; • acompanhando e controlando os resultados. Os quadros que põem em prática estes passos são muitas vezes aqueles que encaram o papel do gestor como de um “treinador de equipa”. Ser treinador é mais do que dizes “Vá lá, pessoal, vamos mostrar quem somos!” É definir o que queremos ser. Ser treinador é definir objectivos. Por exemplo, aumentar a ocupação média em 20% nos próximos 3 meses. Ser treinador quer dizer incentivar o desempenho e o desenvolvimento, perguntando: “Como acha que podemos aplicar estes princípios de culinária na nova ementa do “health club”? Ser treinador é dar feed-back positivo: “A ala VIP estava um brinco hoje. O que é que se pode fazer para a mantermos sempre assim?” … O erro mais comum para um gestor/treinador é a apresentação de objectivos ou prazos vagos ao colaborador. Consideremos um plano de “treino”. Muitos gestores acham que a avaliação de desempenho anual é o único momento em que actuam como “treinadores”. Transmitem ao colaborador o que está a correr bem e o que está a correr mal e quais são os objectivos para o próximo ano – e globalmente é o único momento em que dão feedback . Um verdadeiro desenvolvimento da equipa é um processo continuado. Pode ser integrado no conjunto das outras responsabilidades fazendo da avaliação de desempenho uma etapa de um plano global de treino, que inclui outras Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 73 etapas, como o feedback, a definição de objectivos e pontos de situação periódicos. Quando um colaborador está disposto a aumentar o esforço pessoal para atingir objectivos e metas, o gestor deve aumentar o seu esforço pessoal para lhe fornecer feedback, de forma construtiva e no momento certo. Quando o gestor se apercebe de um comportamento inadequado, deve referilo como uma oportunidade de melhoria. O gestor deve perguntar ao colaborador como pode passar a lidar melhor com essa situação. O gestor deve analisar a resposta e perceber se a deficiência foi devida a falta de informação sobre o desempenho esperado, se foi falta de saber fazer ou falta de motivação para a tarefa. Em todos os casos, o gestor deve dar tempo suficiente para o colaborador pensar na questão e responder. Esta técnica proporciona um forte ambiente de “treino/aprendizagem”; leva o colaborador a perceber claramente as consequências de uma decisão, mostra que o gestor está disposto a escutar e todo o processo leva a um reconhecimento da necessidade de aprender. O gestor torna a sua tarefa mais fácil e retira todo o benefício de um maior empenho e reforça a retenção dos colaboradores através da definição de um plano de treino orientado por objectivos consentâneos com as metas da organização e com as do próprio colaborador. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 74 4. Imagens Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 75 5. Guia de Exploração Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 76 O kit pedagógico “Liderar equipas no dia-a-dia” funciona como ferramenta de apoio a acções de desenvolvimento de competências de liderança de equipas, com duas metodologias de utilização possíveis: ¾ Autoformação ¾ Acções de formação em sala A Colectânea de Textos e Imagens funciona como ferramenta de apoio em ambas as metodologias, em diferentes etapas do percurso pedagógico proposto. 3.1. A COLECTÂNEA DE TEXTOS E IMAGENS NO PERCURSO PEDAGÓGICO A - PREPARAR Este eixo integra as actividades através das quais o formando focaliza a sua atenção no tema da liderança, ganha consciência dos desafios em questão, da pertinência e impacte do tema relativamente ao seu desempenho profissional. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 77 A Colectânea de Textos e Imagens permite: Na autoformação: - a pesquisa individual sobre a temática da Liderança e Gestão de Equipas. Na formação em sala: - a preparação através de actividades de exploração de textos e Imagens propostas pelo formador. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 78 B – APROFUNDAR Este eixo integra as actividades que permitem ao formando obter mais informação sobre os aspectos da liderança que considerar mais importantes para o reforço da eficácia da sua actuação, incluindo a exploração dos textos propostos na Colectânea de Textos e Imagens. 3.2. A EXPLORAÇÃO DOS TEXTOS Na autoformação: A exploração da Colectânea de Texto é orientada pelo questionário proposto em anexo. Na formação em sala: A exploração da Colectânea de Texto é orientada pelo formador em função dos objectivos pedagógicos de cada sessão ou com a orientação do questionário proposto em anexo. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 79 EXPLORAÇÃO DO TEXTO:_____________ 1 – Qual é, na sua opinião, a principal ideia apresentada no texto? 2 – Considerando o contexto da sua actuação profissional, quais são os aspectos que lhe parecem mais importantes/úteis/aplicáveis? 3 – Quais os benefícios concretos da sua aplicação prática? 4 – Que ideias concretas pode aplicar/ter em consideração desde já no seu dia-a-dia? 5 – Que obstáculos pode encontrar na sua aplicação prática? 6 – Que factores podem facilitar a sua aplicação prática? Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 80 3.2. A EXPLORAÇÃO DAS IMAGENS Na autoformação: A exploração da Colecção de Diapositivos é orientada pelos questionários propostos em anexo. Na formação em sala: A exploração da Colecção de Diapositivos é orientada pelo formador em função dos objectivos pedagógicos de cada sessão ou com a orientação dos questionários propostos em anexo. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 81 Exploração da Colecção de Diapositivos Slide 2 • • • Quais são as diferentes atitudes que encontramos neste quadro? Qual é a diferença de atitude entre os personagens que se encontram voltados de costas e aqueles que se encontram de frente? O que transmite a expressão dos personagens que se encontram no meio do quadro? Slide 3 • • Porque motivo os gansos selvagens avançam numa formação em “V”? O bando encoraja o líder através de um som específico. A seu ver, qual é a vantagem? Slide 4 • • O que é que este desenho pretende caricaturar? Qual é o risco desta atitude para a motivação da equipa? Slide 5, 6, 7 e 8 • • O que transmite esta expressão? Que impacto produz na qualidade de comunicação? Slide 9 • • O que é que estes desenhos pretendem caricaturar? Qual é o risco desta atitude para a eficácia do processo de avaliação? Slide 10 • • • O que é que estes desenhos pretendem caricaturar? Qual é a desvantagem de uma gestão directiva? O que pode um gestor fazer para dar maior autonomia a um colaborador? Slide 11 • • O que transmite esta postura e expressão? Qual o impacto deste gesto para a relação entre gestor e equipa? Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 82 Slide 12 • • Que estado de espírito é transmitido com este cumprimento? Quais as vantagens para a comunicação que se vai estabelecer? Slide 13 • • • Qual o impacto da falta de escuta na motivação da equipa? Que riscos acarreta a falta de acompanhamento e verificação? Que riscos comporta a falta de informação e diálogo? Slide 14 • • Qual a importância de desenvolver as competências da sua equipa? Quais são os benefícios do estilo formativo? Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 83 6. Bibliografia Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 84 Abercrombie, M.L.J. 1970. Aims and Techniques of Small Group Teaching. London. Society for Research in Higher Education. Bergadaa, D. 2000. Gestion et Pedagogie: une approche nouvelle illustré par la méthode des cas. Les éditions d’organization Boud, D., Feletti, G. 1991. The Challenge of Problem-based Learning. London. Kogan. Knowles, M.S. 1975. Self-directed Learning: A Guide for Learners and Teachers. New York. Association Press. Luthens, F. 1988. Organizational Behaviour, McGraw-hill Sinnot, J. 1988. Everyday Problem Solving. New York. Praeger. Wilkerson, L., & Gijselaers, W.H. (eds) . 1996. Bringing Problem-Based Learning to Higher Education: Theory and Practice. San Francisco Jossey-Bass Publishers Woods, Donald R. 1994. Problem-based Learning: How to Gain the Most from PBL. Hamiltion, Ontario, Canada: Donald R. Woods Publisher. Liderar Equipas no dia-a-dia Colectânea de Textos e Imagens Página 85