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L'ABSENCE
16m m , co u le u rs . 93 m inutes. 1976
S o c ié té d e p ro d u c tio n : A s s o c ia tio n co o p é ra tiv e de p ro d u c tio n s a ud io visu e lle s.
R é a lis a tio n et s c é n a rio : B rig itte S a u rio l a s s is té e d e Francine G agne. P ro d u c tio n : Louise R anger.
P ro d u c te u rs d é lé g u é s : B e rna rd L alo n de . G u y -J u d e C ôté. Im a g e s : D aniel F o u rn ie r a ss isté d e M ichel
Caron. M o n ta g e : Louise M icha u d . Son: R aym ond M a rc o u x a s s is té e d e Esther A u g er. M u s iq u e : Luc
C ousineau. D é co rs: C la u d e M a rcha n d . A c c e s s o ire s : G illes A ird . C o stu m e s: H ug u e tte G agné. Anne
P ritch a rd . M a q u illa g e : M ic h e lin e Foisy. C o iffu re : P ierre David S c rip te : J a n in e S enécal. P h o to g ra p h e de
p la te a u : D aniel K ieffer. R é gie: P ierre P oirie r. S e c r é ta ir e de p ro d u c tio n : N icole Fréchette. C h ef
é le c tric ie n : Yves P aquette M a c h in is te : E m m a nu e l Lépine. A s s is ta n te à la p r é -p ro d u c tio n : M a rie -A n d ré e
V inet. In te rp ré ta tio n : F ré d é riq u e C ollin . M o n iq u e M e rcure . Jean G ascon. L o u is e tte D ussault. Guy
Thauvette. Isabelle Lajeunesse. Jo celyn B érubé. P ierre C ollin. Jean Leclerc. Je anne O stiguy. Roger
Lebel, M a rie -P ie rre M o n tg ra in . M a rie -S o l S a rrazin . C athe rin e Sénart.
Une je une femme, Louise, accepte m ai le retour de son père m alade qui
vivait loin de sa fam ille depuis de longues années. Photographe p ro fe s­
sionnelle, courant d ’un bout de la ville à l ’autre sur sa moto, elle réussit
très bien dans son métier. Tout serait donc po u r le m ieux si son père ne
refaisait pas surface. Elle est en effet encore traum atisée p a r le départ
soudain qui avait bouleversé sa vie d'enfant et elle lui garde une rancune
p ro fo n d e ; elle d o it m êm e se faire violence p o u r aller le visiter à l'hôpital.
Mais après avoir accepté d'y aller, elle se dérobe à la porte m êm e de
l ’hôpital. Ce père, p o u r elle, n'est qu'un p ro fite u r qui ne se souvient de sa
fam ille que lo rs q u 'il est dans le besoin. Elle co m prend m al que sa m ère et
ses soeurs su pporten t la situation et m ontrent m ême de l ’indulgence
envers lui. L ’attitude de Louise influe sur ses propres relations de couple
et p rovoque une mise au p o in t avec François, son com pagnon de tous les
jours.
L A R R A C H E -C O E U R
35m m , co u le u rs, 90 m inutes. 1979
S o c ié té s de p ro d u c tio n : Les film s C ybèle. Les p ro d u c tio n s V id é o film s
R é a lis a tio n :
M ire ille
D ansereau.
P ro d u c tio n :
S e c r é ta ir e de p ro d u c tio n : M ire ille G agnon
R ob e rt
M énard.
P ro d u c te u r
ass o cié :
B ram
A ppel.
D ire c te u r d e la p o s t-p ro d u c tio n : M a rcel P oth ier. C o m p ta b le :
G illes Len o ir. D ire c te u r d e la p h o to g ra p h ie : Fra n çois P rotat a ss isté d e R ob e rt G u e rtin et M iche l G ira rd.
So n: Flenri B lon d e au as s is té d e N o rm a n d M essier. M o n ta g e : M arcel P o th ier a s s is té d e Diane B oucher.
S u p e rv is io n du m o n ta g e : V a rtke s C h o la kia n . D ire c tio n a rtis tiq u e : M ic h è le C o u rn o y e r D ire c te u r de
p ro d u c tio n : J e a n -M a rie L o u tre l R égie: D anièle R oh rb a ch P re m iè re a s s is ta n te ré a lis a tric e : M arie
Thé b erg e . D e u x iè m e a s s is ta n te ré a lis a tric e : S uzanne G iro ux. S c rip te : Th é rèse B é ru b é P h o to g ra p h e de
p la te a u : W arren Lipton. C h e f é le c tric ie n : Ja c q u e s F o rtie r ass isté d e C la u d e Fortie r. C h e f m a c h in is te :
Se rge G re n ie r. A c c e s s o ire s : Jean B o u rre t a ss isté d e P ierre Laberge. C o s tu m e s : Luc LeF laguais. M a;
q u illa g e : M a rie -A n g è le Protat. A s s is ta n t à la p ro d u c tio n : M a u ric e T re m b la y D e u x iè m e a s s is ta n te
m o n te u s e : Hélène C répeau M o n ta g e n é g a tif: Jim C a m p a b a d a l. M ix a g e : Jo G rim a ld i M u s iq u e : A le x ­
a n d re Luig ini. P ia n is te : P ierre Ja sm in . P etros S h o u jo u n ia n . C h a n te u r: M e s ro b B e re jikia n . P ianiste:
H éléna Kohn. M u s iq u e d e “La c a g e ': Fra n çois C ou sin ea u . Titres : Jo sette T ré p an ie r. In te rp ré ta tio n : Louise
M a rleau, Fra n çoise Faucher, M iche l M o nd ié , S am uel C ho la kia n . Ja cqu e s Léto urn e au . Dyne M ousso.
A n n e Léto urn e au , G uy G o d in , G ilb e rt C o m tois, N o rm a n d Lévesque. S edh Zare. K ira R evenko.
Un film à quatre personnages: Céline, son mari, sa mère, son enfant.
C ’est d ’a b o rd une peine d 'a m o u r entre une m ère et sa fille. Une peine
jam ais exprim ée, des ém otions refoulées depuis longtem ps, un a ffro n te ­
m ent qui éclate finalem ent lorsque l ’enfant, devenue grande, se retrouve
m ère à son tour. Ce co n flit entre Céline et sa m ère affecte sérieusem ent
sa relation avec son m ari à qui elle dem ande de jo u e r un rôle de mère. Il
s ’agira donc p o u r Céline de s ’a rracher à sa m ère p o u r vivre sa vie de co u ­
ple et assurer son rôle de m ère face à son enfant.
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LA BELLE APPARENCE
16m m , co u le u rs , 92 m inu te s, 1978
S o c ié té d e p ro d u c tio n : Les film s D enyse B enoit
R é a lis a tio n : Denyse B enoit. S c é n a rio et d ia lo g u e s : Denyse B enoit, R o b e rt V a n h e rw eg h e m , L ou ise C arré.
P re m ie r a s s is ta n t ré a lis a te u r: Jean A lla rd . S e c o n d a s s is ta n t ré a lis a te u r: R ob e rt C o rn e lie r Im a g e s :
R o b e rt V a n he rw eg h e m a ss isté d e D aniel Fitzg e rald . S c rip te : C la u d in e C yr. E le c tric ie n : C laude Brasseur.
M a c h in is te s : Yves G agnon, R o b e rt C orn e lie r. Son: Jean Rival, M ichel C h a rro n a ss istés d e Yves G agnon.
D é co rs: D an ie lle B enoit. M o n ta g e : A n d ré T h é b erg e . M o n ta g e son ore: A n d ré T h é b erg e a ss isté d e M ichel
C h a rro n . M u s iq u e : C on ve n tu m (A n d ré D uchesne, B e rn a rd C orm ie r, Ja c q u e s Lau rin , René Lussier).
P ro d u c tio n : J a c q u e s Lalib erté. In te rp ré ta tio n : A n o u k S im ard , Fra n çoise B erd, M iche l G a g n on , A n n eM a rie D ucharm e, J. Léo G agnon, L o u is e C arré , A n d ré T héberge, M m e B e rna rd , T h é rèse D esja rdin s, B e r­
n a rd L alonde, P a u lin e M onte, Paul D élim ai, D enise V ince n t, G é ra rd Lechëne.
S im one G authier a toutes les apparences d ’une fem m e “b ie n ”, belle et
libre. Elle a rencontré un p riso n n ie r qui s ’appelle François et entre les
deux s ’est établie une relation im aginaire à travers un p a rlo ir et des le t­
tres. François est libéré, le film com mence...
Ils s ’attachent l ’un à l ’autre et vite s ’installent entre eux des rapports de
dépendance. Partagée entre ses besoins de sécurité, son envie d ’éclater
et de vivre ses révoltes, Sim one prendra, grâce à cette aventure, une d is­
tance vis-à-vis de son éducation et de sa mère. Elle apprendra à se con­
naître, à se détacher des autres, à assum er sa solitude et sa liberté.
LES BORGES
16m m , co u le u rs , 60 m inu te s, 1978
S o c ié té d e p ro d u c tio n : O ffic e N atio n a l du Film
R é a lis a tio n : M a rilu M allet. Im a g e s : R oger R ochat a s s is té d e Ja c q u e s T ougas. So n: R ich a rd Besse. R égie:
Lau re n ce Paré. E c la ira g e : G é ra ld P ro ulx ass isté d e Jean T ru d ea u . M o n ta g e : F ra n çois D upuis a s s is té de
M ilic s k a J a lb e rt et D o m in iq u e Pinel. M o n ta g e so n o re: M ilic s k a J a lb e rt. M ix a g e : J e a n -P ie rre J o ute l. A d ­
m in is tra tio n : D anielle Barnett. P ro d u c tio n : Ja c q u e s G agné
Il y a 30,000 Portugais à Montréal. La fam ille de M anuel Borges est
arrivée en 1967. A travers elle, la situation des im m igrants à Montréal. Les
parents, pas tout à fait intégrés, mais déjà trop déracinés p o u r re tourner
dans le ur pays d ’origine. Le fils qui élève sa p ro p re fam ille du côté de la
m ino rité anglophone québécoise. L ’autre fils qui a m arié une Québécoise
francophone. Et enfin la jeune fille plongée com m e son père en m ilieu
ouvrier, soum ise à l ’aliénation et l ’insécurité q ui est le lo t des im m igrants.
CA PE UT PAS ÊTRE L'HIVER ON N ’A M ÊM E PAS EU D’ÉTÉ
16m m , co u le u rs , 87 m inu te s, 1980
S o c ié té d e p ro d u c tio n : La m a iso n d es q u a tre.
R é a lis a tio n e t s c é n a rio : L ou ise C a rré M u s iq u e : M arc O Farre ll Im a g e s : R ob e rt V a n he rw eg h e m ass isté
d e D aniel Fitzg e rald . E c la lra g ls te s : Ja m es G ray, D enis M é na rd M a c h in is te : C la u d e B rasseur. S c rip te :
C la u d e tte M essier. H a b ille u s e : M a rtin e Fontaine. P h o to g ra p h e d e p la te a u : Taka sh i S eida. R e la tlo n n is te :
D anielle S auvage. E ffets so n o res: M iche l C h a rro n . P rise d e son m u s ic a le : L ouis H one. B ru ita g e : Ken
Page, R og e r L a m o u re ux. M ix a g e : J e a n -P ie rre J o u te l T itre s : J e a n -M a rc B rosseau. L iais o n O N F : Gaétan
M a rte l. M o n ta g e : A n d ré Th é b erg e . M o n ta g e so n o re: A n n e W h ite s id e C h a n s o n In te rp ré té e p a r Louise
Le m ire et P ière S enécal. P a ro les: Lou ise C arré. M u s iq u e : M a rc O F arrell. P ia n o e t voix: M a rio Parent.
PREM IÈRE ÉQUIPE: A s s is ta n te r é a lis a tric e : M a ria n n e Feaver. D ire c te u r d e p ro d u c tio n : D aniel Louis.
Son: Alain C orneau assisté d e M arcel Fraser. Régie: Claire Stevens. M aquillage: Brigitte M cC aughry. A c ces­
so ires: C ha rles B e rn ie r a s s is té d e M a rie D up o n t. S e c ré ta ire : C aro le V illa n d ré A s s is ta n ts à la p ro d u c tio n :
L ouis D ouville, lo la n d e Paré. DEUXIÈM E ÉQUIPE: A s s is ta n t-ré a lis a te u r: P ierre G e n d ro n D ir e c te u r d e
p ro d u c tio n : M a rie -A n d ré e B ro u illa rd . S e c r é ta ir e et d e u x iè m e a s s is ta n te ré a lis a tric e : S uza nn e C om tois.
So n: Ja cq u e s Blain, M a rcel Fra se r ass istés d e Y von B enoit, E sther A u g er. M a q u illa g e : M ic h e lin e Foisy.
A c c e s s o ire s : P ierre F o u rn ie r A s s is ta n t à la p ro d u c tio n : Louis G ascon. In te rp ré ta tio n : C h a rlo tte B o is jo li,
Ja cq u e s G a lip e a u, C éline Lom ez, S e rg e B éla ir, M ire ille T h iba u lt, D aniel M atte, M a rie -E ve D oré, M a rtin
N eufeld, P eter N eu fe ld , A n n e -M a rie D uch a rm e , G aétane Laniel, lllia E sopos, G u illa u m e T re m b la y,
Isa b e lle D oré, L ucie M itch ell, G uy B é la n g er, H élène G ré g o ire , Louise A rb iq u e , P e p pe r, Jean R ich a rd, A n ­
n ick C ha rtie r, Réal C ôté, Félix C h a rtie r, W iln e r B oulin, J e an -B e lzil G ascon, C la u d e S a in t-G e rm a in , M a rtin
Lyons, K athleen B u tle r, M a rjo rie G odin.
Au lendem ain de la m o rt subite d ’Albert, son m ari depuis près de
quarante ans, Adèle, m ère de h u it enfants et âgée de 57 ans, se retrouve
seule, ‘flo u é e ’, et se sentant trahie.
Face à ses rancunes, elle risque d ’a b o rd de so m b re r dans la dépression
m ais s'effo rce finalem ent à entrepren dre le contrôle de son destin et à
o u v rir la p orte s u r le M onde q u i l ’entoure.
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A travers cette course à la survivance, elle découvrira l ’am itié, analysera
son passé, légitim era sa vie tout en ju stifia n t ses frustrations sans a m e r­
tume.
Enrichie de ces découvertes et fortifiée p a r l'am itié, elle osera réaliser un
rêve de longue date q ui lu i perm ettra de scru te r librem ent, loin de son en­
tourage, la p ro fo n d e u r de l ’âm e hum aine et sa p ro p re réalité.
LA C U IS IN E ROUGE
16m m , c o u le u rs , 88 m inu te s, 1979
S o c ié té s d e p ro d u c tio n : B a llo n bla n c. Les p ro d u c tio n s A na sta sie
R é a lis a tio n et s c é n a rio : Paule B a illa rg e o n , F ré d é riq u e C ollin ass is té e s d e Lise A b a s ta d o , C la ire W ojas.
D ire c tio n d e la p ro d u c tio n : M a rie -A n d ré B ro u illa rd , Ja c q u e s L a lib e rté
Im a g e s : J e a n -C h a rle s T re m b la y
a ss isté d e P ierre D uce p p e et C a m ille M aheux. M o n ta g e : B abalou H am e lin a s s is té e d e M a rie H am elin.
S y n c h ro n is a tio n : S o p h ie B isson n e tte M o n ta g e son o re: C la u d e L an g lois. Son: S e rge B e a uch e m in , J a c ­
q u e s Blain, E sther A uger. D ire c tio n a rtis tiq u e : Réal O uellette. A c c e s s o ire s : C hantai P épin a s s is té e de
M iche l Lussier. M a q u illa g e : D ale T u rg e o n , M ic h e lin e Foisy. C o s tu m e s : L ou ise J o b in , Lise B é d ard . C h e f
é le c tric ie n : N o rm a n d Viau a ss isté d e D aniel C h ré tie n . C h e fs m a c h in is te s : E m m a nu e l Lép in e, P ierre
C h a rp e n tie r ass istés d e P a trice B engle et N atha lie M o lia v k o -V is o ts k y S c rip te : M a rie La Haye.
P h o to g ra p h e d e p la te a u : C a m ille M aheux. A s s is ta n t à la p ro d u c tio n : D enis H am el M u s iq u e : Yves
L a fe rriè re . M u s ic ie n s : R ichard B eaudet, R ich a rd P e rrotte , G illes B ea ud o in , Yves L a fe rriè re . M u s ic ie n n e :
M o n iq u e Fauteux. P re n e u r d e son: G illes P e rrotte . M ix a g e : M iche l D escom bes. C u is in iè re : A lb a n ie M o rin
a s s is té e d e Ja c q u e s L e d u c P ro d u c tio n : C la u d e Des G agné, R enée Roy. S e c r é ta ir e s à la p ro d u c tio n :
L ucie d ’A m o u r, Lise Roy, C o le tte M a rtin , M a no n Lefebvre. Titres : J o sette T ré p a n ie r. In te rp ré ta tio n :
M ichè le M e rcure , Han M asson, C a th e rin e B ru ne lle, M a rie O uellet, M o n iq u e M e rc u re , V a lé rie D éjoie,
C la u d e M aher, G ille s R enaud, G uy Thauvette, R aym ond C lo u tie r, J e a n -P ie rre S a u ln ier, P ierre C urzi,
B e rtra n d C a rriè re , C la u d e L aroche, G h isla in T re m b la y.
C ’est la jo u rn é e la plus chaude de l'été. Un mariage, un b a r topless, une
cuisine, une loge de danseuses, la cour. Dans la cuisine, le travail n ’est
pas dans l ’air. La m ariée s ’étonne. Les fem m es quittent les rôles imposés.
Dans le bar, les hom m es attendent leur déjeuner. Entre les femmes, ça
éclate. C ’est la crise d ’angoisse, des visions de m utilation. Les hom m es
fatigués d'attendre pénètrent dans ta cuisine mais n ’y voient rien et
re tournen t dans le bar. Ils sont ivres, ils se parlent, ils s ’accusent. Ils déci­
dent du so rt du monde, se battent, chantent. Pendant ce temps, l ’enfant
fem elle fille de sorcière se révolte, refuse toutes ces im ages et décide de
faire sa valise. Pieds nus elle s ’en va. Elle p orte en elle, et avec elle, les
germ es de la révolution.
D’ABORD M ÉNAG ÈR ES
16m m , co ule u rs, 90 m inu te s, 1978
S o c ié té de p ro d u c tio n : Les p ro d u c tio n s les re in e s du foyer.
R é a lis a tio n : Luce G u ilb e a u lt a s s is té e d e M a rie -A n d ré e B ro u illa rd . Im a g e s : S e rge G ig u è re a s s is té de
L ouis d e E rnsted. So n: A lain C orn e a u. M o n ta g e : B ab alo u H am elin. S ta g ia ire : Paul Dion. M u s iq u e : A lain
L a m o n ta g ne , Paul Piché. M ix a g e : H enri B lon d e au . R e c h e rc h e : H élène B o u rg a u lt, S ola n g e C o llin , N oëlla
C o m e a u -R ich a rd , L uce G u ilb e a u lt. M o n ta g e n é g a tif: Paul D ion. P ro d u c tio n : G ille s L enoir. A v e c : L ucie
Roy, M e rild a Lefebvre, Y vonne B o u che r, Rita T h ib e a u lt, S u za nn e P aquin, M o n iq u e Ruel et sa fa m ille ,
Jean B ro d e u r, R aym o n d e Piché, D an ie lle N o rm a n d , N ico le G ig uè re , D anielle Tessier, M ic h è le B ro u illa rd G ravel, M ich e lin e B illa rd , C arm e n S t-L o u is , S o la n g e C ollin.
Un docum entaire sur la fem m e au foyer et au travail. La réalisatrice do n ­
ne la parole à des fem m es de m ilieux p lu tô t m odestes et film e leurs ac­
tivités journalières. Il s'en dégage un constat clair: les femmes, m êm e si
elles travaillent à l'extérieur, dem eurent prisonnières de leur rôle
tra ditio n ne l de ménagère.
LA DANS E AVEC L'AVEUGLE
16m m , co ule u rs, 75 m inu te s, 1978
S o c ié té d e p ro d u c tio n : In fo rm A c tio n
R é a lis a tio n : M o rg a n e L alib erté, A lain d ’Aix. Im a g e s : Yves B illo n, J e a n -M a rie D agoneau, J e a n -P ie rre
D esfosses, R ob e rt V a n he rw eg h e m . M o n ta g e : A lain d ’A ix, Je a n -C la u d e B u rg e r, G uy S im on e a u. Son:
M o rg a n e Lalib erté. N a rra tio n : A lin e D esja rdin s. P ro d u c tio n : J e a n -C la u d e B u rge r. M u s iq u e : S o ry K andia,
M ikis T h é o do ra kis.
Ce docum entaire est une enquête menée avec précision et honnêteté sur
un pays en voie de développem ent. Il expose sans com plaisance la te rri­
ble situation vécue p a r les Guinéens et la com plicité des pays in ­
dustrialisés. De ce fait, il nous oblige à nous in te rro g e r su r notre respon­
sabilité.
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DE MÈRE EN FILLE
16m m , n o ir et b lanc, 75 m inu te s, 1967
S o c ié té d e p ro d u c tio n : O ffice N atio n a l du Film
R é a lis a tio n et s c é n a rio : A n n e C la ire P o irie r, Im a g e s : Fra n çois S é g uillo n , Je a n -C la u d e L a b re c q u e a s ­
sistés d e Réo G ré g o ire , C la u d e Larue, D avid De V o lp i, V la d im ir V izner, M o n ta g e : M arc H ébert. T e x te et
d ia lo g u e s : M ic h è le Lalonde, M u s iq u e : P ie rre F. B rault. C o s tu m e s : Ja c q u e s de M o n tjo y e
R é g ie : Jean
S avard, M asa C ha ro u zdo va . E c la ira g e : S é ra p h in B o u cha rd , M iro s la v Duzil. N ort F ra c k t So n: C laude
P elletier. M o n ta g e son ore: S id n e y P earson. M ix a g e : Ron A lexa n d er. R og e r L a m o u re u x. P ro d u c tio n : Guy
L. C oté. In te rp ré ta tio n : Liette, C lém ent, Josée et F rancis D esja rdin s, M o n iq u e C ha b o t. H u b e rt Loiselle,
V ic to r Désy avec la c o lla b o ra tio n d e s d o c te u rs Lise F o rtie r (M o n tré a l) et V la d im ir B ro ta n e ck (P rague).
Un film su r un événem ent capital: la m aternité. L'oeuvre se divise en trois
volets. D ’a b o rd la grossesse avec les transform ations physiologiques et
psychologiques q u ’elle entraîne. Puis l ’accouchem ent, naturel ou par
césarienne. Enfin la condition m aternelle en général où la fem m e d o it se
p a rta g e r entre époux, enfant, travail et elle-m êm e; la garderie est-elle une
solution? C ’est ce que le film veut vérifier dans les garderies d ’Etat en
Tchécoslovaquie.
FAMILLE ET VA R IA TIO NS
16m m , co ule u rs, 75 m inu te s, 1977
S o c ié té d e p ro d u c tio n : O ffice N atio n a l du Film
R é a lis a tio n : M ire ille D ansereau. R e c h e rc h e s : M ire ille D ansereau, C la ire Led u c Im a g e s : M ich e l T h o m as
d ’ Hoste, R oger R ochat ass istés d e S é rap h in B o u cha rd Son: Joseph C ha m p a gn e R é gie: M a rie -A n d ré e
B ro u illa rd . E le c tric ie n s : Guy R é m illa rd , G é ra ld P roulx, M a u ric e de E rnsted M o n ta g e : Ja c q u e s D rouin.
M o n ta g e son ore: G illes Q uinta l. Effets s p é c ia u x : Yves D aoust M u s iq u e : R o b e rt Leger. Vo ix: M a rie M ichè le D esR osiers. P a ro les: P ierre Huet. M a rth e B la c k b u rn . M ire ille D ansereau. M ix a g e : Je a n -P ie rre
Joutel. A d m in is tra tio n : D an ie lle B arnett. P ro d u c tio n : A nne C la ire P oirier.
Depuis plusieurs années, la famille traditionnelle subit des transformations,
des m utations. Le m ode de vie actuel laisse peu de place aux enfants. Les
exigences qu'ils im posent p a r leur existence m êm e ne sont plus a c­
ceptées aussi aisém ent q u ’autrefois. Avons-nous encore le tem ps
d ’a im e r les enfants? Ce film nous présente quatre cas, chacun avec sa
tentative de solution au problèm e.
Un couple essaie de recréer une vie norm ale p o u r leurs deux fils, alors
que le plus vieux a été définitivem ent handicapé dans son dévelop pe­
m ent mental. Un autre couple tente l ’expérience de la vie de com m une à
la cam pagne. Deux mères, séparées de leur mari, vivent ensem ble p o u r
élever leurs enfants et faire face aux exigences de la vie urbaine. Ailleurs,
des parents d ’adolescents se p ré p a re n t à devenir des parents d ’adultes.
Dans toutes ces variations, une constante dem eure: la relation m èreenfant sem ble l ’axe p e rm anen t au to u r duquel la cellule fam iliale gravite.
FUIR
16mm, co u le u rs , 73 m inu te s, 1979
S o c ié té de p ro d u c tio n : O ffic e N atio n a l du Film
R é alisatio n : Hélène G ira rd . S c é n a rio : H élène G ira rd . C la ire W ojas Im a g e s : P ierre M ig n o t a s s is té de
R o b e rt M artel. Son: Ja cq u e s Blain a ss isté d e A lain C orneau. E c la ira g e : Kevin O 'C o n n e ll a ss isté d e Jean
T ru d ea u . A s s is ta n te à la ré a lis a tio n : C la ire W ojas. D é co rs: A n d ré Loiseau. M a q u illa g e : B rig itte M cC au g h ry. M o n ta g e : B ab alo u H am elin, H élène G ira rd. M u s iq u e : Yves L a fe rriè re M u s ic ie n s : C ha rles
Barbe a u . G ille s B e a ud o in , R ich a rd P e rrotte . Yves L a fe rriè re . M u s ic ie n s : C ha rles B a rbe a u . G ille s B eaudoin, R ich a rd P errotte. Yves L a fe rriè re . M ix a g e d e la m u siq u e: D enis H oule M o n ta g e son o re: B a b alo u
H am elin. M ix a g e : J e a n -P ie rre Jo ute l. A d m in is tra tio n : D anielle B arnett. A s s is ta n t à la p ro d u c tio n : D enis
H am el. D ir e c tr ic e d e p ro d u c tio n : M a rie -A n d ré e B ro u illa rd P ro d u c tio n : Ja c q u e s G ag n é In te rp ré ta tio n :
Ja n in e C la u sm an n , H élène M e rcie r.
Chaque jour, a u to u r de nous, des gens tentent de s ’enlever la vie, et p a r­
fois y réussissent. Le tabou qui accom pagne le suicide nous em pêche
d ’a vo ir une vision claire du phénom ène: est-ce un signe de m aladie m en­
tale... ou p lu tô t un m oyen désespéré de co m m unique r sa solitude?
Janine n ’en est pas à sa p rem ière tentative de suicide. Et à chaque fois,
c ’est le m êm e débordé m ent ém otif, la m êm e force aveugle q u i l ’y pousse.
Le désir de co u p e r court à cette solitude affligeante, de trancher le noeud
d ’angoisse q u i lu i serre la gorge... Mais chaque essai avorté la ram ène au
même cercle vicieux: p risonnière de l'im age q u ’elle se fait d ’elle, elle n ’ex­
iste que p a r le regard des autres, dans une perpétuelle dépendance qui
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l ’em pêche de vivre et de se m o n tre r telle qu'elle est.
Mais à travers cette n o irce u r po in te n t de tem ps en tem ps de périodes
fugaces de confiance et de clarté, presque inavouables, signes que tout
n ’est pas perdu. Le film FUIR nous invite à alle r au-dela du sensation­
nalism e voyeur, de la m orale étroite et du m épris avec lesquels nous re­
jetons, trop facilem ent, ces douloureux appels à l ’aide. En m ême temps, il
est une radioscopie vigilante des m écanism es de l ’autodestruction.
LE GRAND REM U E -M É N A G E
16m m , co u le u rs , 70 m inu te s, 1978
S o c ié té s d e p ro d u c tio n : Les p ro d u c tio n s de l'en vo l et le C e n tre d'essai C on ve n tu m
R é a lis a tio n : F ra n cin e A lla ire , S ylvie G ro u lx. N a rra tio n : A n d ré e D elorm e. M a d e le in e G agnon. M o n o lo g u e
d e L in d a à S te v e é c rit e t in te rp ré té p a r V a lé rie Letarte. E x tra its d e la c ré a tio n c o lle c tiv e ‘3 e t 7 le n u m é ro
m a g iq u e ': M a rie O uellet, C a th e rin e B ru ne lle, G in ette B erge ro n . Im a g e s : B ru n o C a rriè re , S e rge G ig uè re
a ss istés d e D aniel V ince le tte et René D aigle. Son: Noël A lm ey. A lain C orneau
M o n ta g e : Jean S au ln ier,
Jean G agné. M u s iq u e : C on ve n tu m a vec J e a n -P ie rre B o u cha rd . B e rn a rd C o rm ie r. A n d ré D uchesne. René
Lussier, M iche l T h e rrie n , J e a n -P ie rre T re m b la y, M athieu Léger. P ro d u c tio n : R égis P ainchaud.
In te rp ré ta tio n : C h a m p ’, ‘G o g u i’.
D énonciation féroce et hum oristique des rôles que tiennent im p la ca b le ­
m ent les hom m es et les fem m es dans notre société. Un film coup de
poing... Sous les attitudes et les propos colorés de Gogui, 9 ans, et de
Champ, 29 ans, se cachent les courroies de transm ission q u i am ènent les
hom m es et les fem m es à se con fo rm e r aux rôles que la société attend
d ’eux.
L 'H O MM E À T O U T FAIRE
35m m , co u le u rs, 99 m inu te s, 1980
S o c ié té d e p ro d u c tio n : C o rp o ra tio n Im age
R é a lis a tio n et s c é n a rio : M ic h e lin e L anctôt. P ro d u c tio n : René M a lo P ro d u c te u r d é lé g u é : Je a n -C la u d e
Lord. P ro d u c tio n associé: Ted K otcheff. M u s iq u e : Fra n çois Lanctôt. C h a n s o n : G ille s V ig n e a u lt A s s is ­
tan ts à la ré a lis a tio n : P ierre G e n d ro n , M ichè le M e rcure . S c rip te : T hérèse B é ru b é A s s is ta n te à la p r o d u c ­
tion : Francyne M o rin . S e c r é ta ir e d e p ro d u c tio n : S uzanne C om tois. C o m p ta b ilité : B é ran g è re M altais.
R é gie: J a cq u e s N o rm a n d ass isté d e Jean G a u th ie r M es s a g e r: Louis G ascon. D ire c tio n a rtis tiq u e : N o r­
m and S a rra zin ass isté d e D aniel C h a m p a g n e et C éline M a yran d . A c c e s s o ire s : P ierre F ournier. M a ­
q u illa g e : M ic k ie H am ilto n, C h a n ta le E thier C o iffu re s : C on sta n t Natale. C o s tu m e s : H enri Huet. H a b illa g e :
D o m in iq u e L’A b b é. D ire c tio n d e la p h o to g ra p h ie : A n d ré G agnon. C a d re : F ra n çois Gill a s s is té d e R ob e rt
G u e rtin et D aniel V ince le tte . C h e f m a c h in is te : J e a n -M a u ric e de Ernsted a s s is té d e D enis M é na rd . C h e f
é le c tric ie n : C laude C h a rro n ass isté d e C la u d e B rasseur. P h o to g ra p h e d e p la te a u : Je a n -P ie rre Pelicano.
Lise Labelle. M o n ta g e : A n n ic k d e B e lle fe u ille as s is té e d e D iane B oucher. S o n : M arcel Fraser a s s is té de
Vvon B enoit. M o n ta g e son o re: P ierre Lero u x a s s is té d e J e a n -P ie rre C éré g h etti et L ouis D upire. M ix a g e
m u s iq u e : Louis Hone. In te rp ré ta tio n : Jo celyn B é rub é . Paul Dion. A n d ré e P elletier. G illes R enaud. M arcel
S a b o u rin , Ja ne tte B e rtra n d , D anielle S c h n e id e r, C a m ille Bélanger, R oger T u rc o tte , G uy Thauvette,
Louise L am b e rt, M a rtin e Pratte, P au lin e Lap o inte, M a rtin Lab re cq ue , F ra n cis L a b re c q u e , M a de le in e
G u é rin , L ouis T h o m pso n , A n d ré M iron , C h ris tia n e Tessier, V é ro n iq u e V ilb e rt. D enis M énard.
A rm a n d Dorion, hom m e à tout faire, est un jo u r abandonné p a r sa fem ­
me. Le voilà donc am oureux esseulé. Chaque ouvrage q u ’il en tre pren d lui
ap po rte une nouvelle dose d ’am o u r q ui sê v a n o u it aussi vite q u ’elle est
venue. De place en place, il cro it a voir trouvé la fem m e de sa vie, mais
toujours il se retrouve seul, néanm oins maître de sa destinée, son rom an­
tism e étant un choix. Il vit toujours p rê t à recom m encer p o u r l ’am our...
J M E MARIE, J M E MARIE PAS
16m m , co u le u rs , 81 m inu te s, 1973
S o c ié té d e p ro d u c tio n : O ffice N ational du Film
R é a lis a tio n : M ire ille D ansereau. P ro d u c tio n : A n n e C la ire P o irie r. Im a g es: B enoît R ivard a ss isté de
R ob e rt K arstens. So n: C la u d e L efebvre. M o n ta g e : C la ire B oyer. M o n ta g e son o re: Yves Dion. E le c tric ie n :
Yves Paquette. A n im a tio n : Jean B é d ard , V a rtke s C h o la k ia n . A s s is ta n te à la ré a lis a tio n : H élène G ira rd.
M ix a g e : M ic h e l D esco m b e s. A d m in is tra tio n : N ico le C ham son. C h e f d e stu d io : Je a n -M a rc G a ra n d.
In te rp ré ta tio n : F rancine Larivée, L in d a G a b o ria u , Jo c e ly n e Lepage, Tanya M ackay.
Quelle place les fem m es accordent-elles à l ’am our dans le u r vie? Le
choix du mariage, com m e m ode de vie, le u r p e rm e t-il de se réaliser en
tant q u ’elles-m êm es? La m aternité peut-elle être dissociée de la relation
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avec l ’hom m e? J ’me marie, j ’me m arie pas, dilem ne auquel toute fem m e
fait face un jo u r ou l ’autre de sa vie... Pour éclairer la question — non po u r
la trancher — quatre fem m es de la génération des 28-30 ans, en quête de
leu r libération, s'e xp rim e n t en toute liberté. Toutes ont opté p o u r leur
réalisation personnelle, ont trouvé, p o u r y parvenir, des solutions in ­
édites, dans ou hors le m ariage, et ont osé les vivre, tra nsform ant de
façon radicale, souvent, des rôles que Ton croyait im m uables. Quatre
femmes. Quatre façons de vivre l ’am our. Quatre choix différents d ’un
m ode de vie et d ’un m ode d ’être. Quatre p o rtra its sans retouches dans
lesquels toute fem m e se reconnaîtra, devant lesquels tout hom m e
s ’interrogera au-delà des “trois ou quatre choses q u ’il sait d ’e lle ”.
MOURIR À TUE-TÊTE
16 m m , co ule u rs, 96 m inu te s, 1978
S o c ié té d e p ro d u c tio n : O ffice N atio n a l du Film
R é a lis a tio n : A n n e C la ire P oirie r. S c é n a rio : M a rth e B la c k b u rn . A n n e C la ire P oirie r. L ’h is to ire d e S u z a n ­
n e est tiré e d ’u n e syn opsis d e A n d ré e M a jo r. Im a g e s : M iche l B ra ult. M u s iq u e et c o n c e p tio n son ore:
M a u rice B la c k b u rn . M o n ta g e : A n d ré C orrive au . So n: J o se p h C ha m p a gn e , R oger L a m o u re u x, Ja cqu e s
D rouin. D ire c tio n a rtis tiq u e : D enis B o u che r. R é gie: Ja cq u e s N orm a n d . A s s is ta n t c a m é r a m a n : S erge
L a fo rtu ne . M ix a g e : P eter S tro b i. M o n ta g e son o re: C la u d e Langlois. D o c u m e n t visuel su r la c lito r id e c ­
to m ie fo u rn i p a r A lain de B enoist, M o u v e m e n t d e T e rre d es H om m es. A d m in is tra tio n : D an ie lle B arnett,
G in ette G u illa rd , Edith Barette. D ire c tio n d e p ro d u c tio n : L au re n ce Paré. P ro d u c tio n : J a c q u e s G agné,
A n n e C la ire P oirie r.
In te rp ré ta tio n : J u lie V ince n t, G e rm a in H oude, Paul S avoie, M o n iq u e M iller,
M ic h e lin e Lanctôt, Luce G u ilb e a u lt, C h ris tia n e R aym ond, L ou ise P ortai, M u rie lle D util, J u lie M o ran d , Léo
M u ng e r, P ie rre G ob e il, A n d ré Pagé, M ic h è le M e rcure , et la vo ix de J e a n -P ie rre M asson.
Une je une infirm ière, en re ntrant chez elle tard le soir, est agressée p a r
un hom m e qui l ’entraîne dans un cam ion et la viole après après l ’a voir in ­
sultée et battue. Sa vie en est brisée tellem ent q u ’elle sera acculée au
suicide. Dans une société où, p o u r le viol, la victim e est la coupable,
beaucoup de choses restent à dire et à changer dans cette violence faite
aux femmes. Le film déborde aussi ce pro p o s p o u r p a rle r d ’autres
violences: clitoridectom ie, viols de masse durant les guerres, etc. La
reconstitution du viol donne lieu à un processus de distanciation où Ton
voit une réalisatrice et sa m onteuse s ’in te rro g e r sur le sens et les dim e n ­
sions à d onne r à l ’événement. Tout cela fait que, d ’une m anière radicale,
on enlève tout rom antism e au viol.
LA P’TITE VIO LENCE
16m m , co ule u rs, 72 m inu te s, 1977
S o c ié té d e p ro d u c tio n : O ffice N ational du Film
R é a lis a tio n et m o n ta g e : H élène G ira rd a s s is té e d e P ierre M agny. Im a g e s : P ierre M ig n o t a s s is té d e M a rtin
Lecle rc. S o n: R ich a rd Besse. R e c h e rc h e : H élène G ira rd , R aym o n d e G azaille. E c la ira g e : G uy R ém illa rd .
M o n ta g e son ore: R oger B oire. M ix a g e : J e a n -P ie rre Jo ute l A d m in is tra tio n : D an ie lle B a rn e tt P ro d u c tio n :
A n n e C la ire P o irie r.
On a toujours forcé l ’hom m e à s'ad apter au système... et si on songeait à
ad ap te r le systèm e à l ’hom m e? C ’est sous cet angle que le film étudie le
travail, auquel il trouve trois aspects p rincipaux: gagne-pain, certes, mais
aussi cadre d ’établissem ent d ’un rôle social, et facteur d ’épanouissem ent
personnel.
LA P ’TITE VIOLENCE m et en scène une série de situations-types: deux
m édecins qui pa rle n t du “p riv ilè g e " de la profession; un chauffeur
d'autobus heureux de son sort; une serveuse de restaurant lancée avec
am ertum e dans une entreprise de dém ystification; une jeune sociologue
q ui rejette la société de com pétition où il faut se “ ve n d re ”; des fonction­
naires m unicipaux “co n d a m n é s” à l ’oisiveté à $20,000 Tan. On évoque le
m onde ouvrier a b ru ti p a r le travail à la chaîne, et la m ère au travail, à qui
la société im pose un travail double.
LES SERVANTES DU BON DIEU
16m m , co u le u rs , 90 m inu te s, 1978
S o c ié té d e p ro d u c tio n : Les p ro d u c tio n s P rism a
R é a lis a tio n e t re c h e rc h e : D iane L éto u rn e a u . Im a g e s : Je a n -C h a rle s T re m b la y a s s is té d e P ierre D uceppe.
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So n: S erge B e a uch e m in . E c la ira g e : Ja c q u e s Pâquet. S c rip te : Louise C arrie r. S ta g ia ire : D enis H am el.
M o n ta g e : Josée Beaudet. P ro d u c tio n : C la u d e G o d b o u t, M a rcia C ouëlle. A v e c la p a rtic ip a tio n d e s P etites
s o e u rs de la S a in te -F a m ille d e S h e rb ro o k e .
Un docum ent-tém oin q ui d é crit la vie quotidienne d'une com m unauté de
religieuses québécoises vivant en m arge de la société. Ces religieuses ne
sont pas des soeurs enseignantes, elles ont été form ées p o u r servir les
prêtres toute leur vie, et elles continuent a u jo u rd ’hui à s ’a cq u itte r de leur
devoir avec hum ilité, résignation et avec joie, com m e si tous les
bouleversem ents so cio-politico-cultu re/s de ces dernières années ne les
avait pas atteintes. C'est un p o rtra it touchant et réel de ces fem m es qui vi­
vent selon des traditions sociales et religieuses héritées de l ’histoire du
Québec. Ces ‘‘servantes du bon D ieu" s'érigent p e tit à p e tit en illustration
du rôle de la mère. Le plus troublant, c ’est que ce film nous présente une
im age du bonheur.
LE TEM PS DE L’AV ANT
16m m , co ule u rs, 88 m inu te s, 1975
S o c ié té d e p ro d u c tio n : O ffice N ational du Film
R é a lis a tio n : A n n e C la ire P o irie r. S c é n a rio : Louise C arré. A d a p ta tio n : M a rth e B la c k b u rn . A n n e C laire
P o irie r. Im a g e s : M ichel B ra u lt a s s is té d e S uzanne G a b o ri. M o n ta g e : Ja cqu e s G agne a s s is té d e C h ristia n
M a rcotte . M u s iq u e : M a urice B la c k b u rn . C h a n s o n s : A n g è le A rsenault. Son: Jo sep h C ha m p a g n e assisté
d e M a rie -Jo s é C h a m p a g n e et M a rie -C la u d e B e rtra n d. M ix a g e : M iche l D esco m b e s. R ichard Besse. A s ­
sis ta n te à la p ro d u c tio n : M a rth e B la c k b u rn . S c rip te : M a rie Lahaie. A s s is ta n t à la rég ie: J a c q u e s N o r­
m and. D é co rs: Vianney G a u th ie r ass isté d e C laude Paré. C o s tu m e s : G hisla in e O uellet. M a q u illa g e :
M a rie -A n g è le P rotat. E le c tric ie n : R ichard P ro no vo st. A d m in is tra tio n : F ra n çoise Berd. C h e f d e studio:
J e a n -M a rc G a ra n d. D ir e c tr ic e d e p ro d u c tio n : L au re n ce Paré. P ro d u c tric e : A n n e C la ire P oirier.
In te rp ré ta tio n : Luce G u ilb e a u lt, P aule B a illa rg e o n , P ierre G obeil. J. Léo G agnon. M a riso l S arrazin,
N icolas D ufresne, M anon J o lic o e u r, A n g è le A rse n a u lt, Jean M athieu, C athe rin e P otvin. V ivia n e Neya.
R og e r G arceau, J e a n -P ie rre Légaré, Paul G authier.
Hélène, 40 ans, épouse d ’un navigateur, se retrouve enceinte et pense à
se faire avorter. La décision n ’est pas simple. Au cours d ’une nuit avec
une am ie de 29 ans, infirm ière et célibataire, les deux fem m es se vident le
coeur et se racontent des ‘histoire de fe m m e s to u t y passe, la co ntracep­
tion, l ’avortem ent, la m aternité, la responsabilité des enfants, la solitude
des femmes, les conflits au sein du couple. Un film qui p re n d clairem ent
p a rti en faveur du d ro it des fem m es à l ’avortem ent.
TH ETFO RD AU MILIEU DE NOTRE VIE
16m m , co u le u rs , 83 m inutes, 1979
S o c ié té d e p ro d u c tio n : Les p ro d u c tio n s P rism a
R é a lis a tio n : lo la n d e R ossignol, Fern an d D ansereau. S c é n a rio : B e rtra n d B e rge ro n , F e rnand D ansereau,
G e o rg es D ionne, L u c ille D rou in, R aym ond D rou in, M a rie -P a u le D um as. C la ire Fradette. Luc G o n th ier,
Luce G re n ie r, D o m in iq u e Lévesque, L ucille Lévesque, S uzanne P é lo q u in . lo la n d e R ossignol. P ierre
S évigny, C la u d e S évigny, P aulin T o u lo u se , Paul V achon. Im a g e s : Guy D ufaux, M iche l B ra u lt ass istés de
Louis de E rnsted. Son: Jean Rival a s s is té d e M iche l C ha rro n . P re m ie r a s s is ta n t ré a lis a te u r: A lain
C h a rtra n d . S e c o n d ass istan t ré a lis a te u r: C la ire Fradette. S c rip te : Ja n in e S enécal D é c o rs et a c c e s s o ire s :
C la u d e Paré. C o s tu m e s : Louise J o bin . M a q u illa g e : S ylvie Sévigny. E le c tric ie n s : A lain Ja cqu e s. Ja cqu e s
Pâquet. M a c h in is te s : M a rc de E rnsted, M iche l C ohen. M o n ta g e : Fernand D ansereau, F rance Pilon. M u s i­
qu e : Jean C lo u tie r. M ix a g e : M iche l C h a rro n . A n im a tio n à la c ré a tio n c o lle c tiv e : lo la n d e R ossignol.
D ire c te u rs d e p ro d u c tio n : P ierre G e n d ro n , H élène Larivée. A s sis tan ts à la p ro d u c tio n : M iche l C ôté,
Je a n -B a p tis te F o u rnie r, Luc G o n th ie r, D o m in iq u e Lévesque. P ro d u c te u r d é lé g u é : C laude G o d b ou t.
P ro d u c tio n : C la u d e G o d b ou t, M a rc ia C ouëlle. In te rp ré ta tio n : L u c ille D rouin. Théo G agné, A n d ré Plante.
G eorges D ionne, D o m in iq u e Lévesque, H élène T h ivie rg e . Louise lle V achon. G ré g o ire L afo ntain e . P ierre
Sévigny, D am ien Lavoie, P aulin Tou lo u se . C a ro le B é d ard . L ucille Lévesque.
A u m ilieu de Thetford, au m ilieu de leur vie, un hom m e et une fem m e —
Jean et Louise — vivent au sein de leur couple les contradiction s d ’un
systèm e q u ’ils ont com battu toute leur vie. Jean Thivierge s ’occupe du
syndicat depuis des années. Louise, sa femme, est restée à la maison
p o u r p re n d re soin des enfants. Mais les enfants ont g ra n d i et Louise veut
se trouver du travail. Il y a aussi Midas, le jeune frère de Louise, qui est
partagé entre le désir de tout laisser tom ber et celui de s'engager à fond.
Jean affronte chaque jo u r la réalité de la mine mais p o u r Louise tout n ’est
pas si sim ple; elle crie qu'elle a été tenue à l ’écart pendant des années.
Jean en est conscient, mais com m ent co n cilie r ces aspirations nouvelles
et le s o rt des m ineurs? Ce com bat p o u r le bonheur, ce sont les citoyens
m êm es de Thetford qui en ont créé l ’histoire et les personnages. Par ce
70
film, ces acteurs naturels racontent la vérité s u r les m om ents difficiles
que traverse un couple.
UN GRAND L OG EMENT
16m m , n o ir et b lanc, 61 m inu te s. 1977
S o c ié té d e p ro d u c tio n : M a rio B olduc.
R é a lis a tio n : M a rie -G in e tte G uay, M a rio B o ld u c. Im a g es: R ichard C lich é a ss isté d e F rancine Lan d ry. Son:
M iche l G a b o ury. P h o to g ra p h e d e p la te a u : S uzanne G osselin. P ro d u c tio n : M a rio B o ld u c. In te rp ré ta tio n :
M a rio D avignon, C la ire B o u rb o n n a is , N ico le S t-P ie rre , C la u d e C ha m p a gn e , M a rie -G in e tte Guay, S erge
D om p ierre .
Il s'ag it de suivre une fam ille de Lévis au prise avec des problèm es de
logem ent. Ils travaillent tous les deux: lui, com m e em ployé su r les traver­
s ie z Québec-Lévis, et elle, com m e em ployée de bureau. Ils ont une fille
de quatre ans. Ils vivent dans un logem ent q u i se détériore de plus en
plus: un escalier est dangereux, les m urs p rennen t l ’eau. Le p ro p rié ta ire
les ignore et la Régie des loyers ne peut rien faire p o u r eux. Peu à peu, en
rencontrant d ’autres locataires, en s ’inform ant, ils pre n n e n t conscience
de le u r situation et en arrive n t à com prendre q u ’en s ’unissant, ils
p o u rro n t revendiquer avec plus de force.
LA VIE RÊVÉE
S u p e r 16m m , co u le u rs , 90 m inu te s, 1972
S o c ié té d e p ro d u c tio n : A s s o c ia tio n c o o p é ra tiv e de p ro d u c tio n s a ud io visu e lle s.
R é a lis a tio n : M ire ille D ansereau. S c é n a rio : M ire ille D ansereau, P a trick A uzépy. Im a g e s : F ra n çois Gill a s ­
sisté de R ichard R odrigue, L ouis d e Ernsted. Son: Jean Rival, C la u d e B e a u g ra n d , H ugues M ign é a ult.
M o n ta g e : D anielle G agné. M u s iq u e : E m m anuel C h a rp e n tie r. M ix a g e : Paul C oo m b e . S c rip te : B rig itte
S a u rio l. D é cors: M ichè le C ou rn o ye r. C o lla g e s : C la u d e M a rc h a n d . S é q u e n c e p h o to g ra p h iq u e : D aniel
K ieffe r. P ro d u c tio n : G uy B e rge ro n . A s s is ta n ts à la p ro d u c tio n : A n d ré B o u c h a rd . A n d ré R o b ich au d , F ra n ­
cine Larivée, M ichel P eters, Je a n -C la u d e B u rg e r, René Gueissaz. In te rp ré ta tio n : L ilian e Lem a ître A uger,
V é ro n iq u e LeF laguais, J e a n -F ra n ç o is G uité, G uy Foucault, M arc M essier.
Deux jeunes filles dans la vingtaine vivent noyées dans l'univers évanescent de l ’image, im ages de l ’am our, du mâle et d'elles-m êm es. Deux
jeune filles aisées qui sentent confusém ent que ces im ages de la fem m e
sont des carcans que la société fabrique et qui voudraient bien s'en so r­
tir... tout en continuant leur vie rêvée. J u s q u ’au jo u r où elles expérim en­
tent que l ’H om m e d o n t elles rêvent n ’est lui aussi q u ’une im age sans
réalité.
LES VOLEURS DE JOB
16m m , co u le u rs , 68 m inu te s, 1980
S o c ié té d e p ro d u c tio n : A s s o c ia tio n co o p é ra tiv e d e p ro d u c tio n s a ud io visu e lle s.
R é a lis a tio n : Tahani R ached a s s is té e d e M ichè le S aulnier. Im a g e s : A lain D ostie a ss isté d e M o n iq u e
C ro u illè re . M o n ta g e : A n n ic k D eB e lle feu ille . Son: S erge B e a uch e m in . A n d ré D ussault M u s iq u e : T i-L o u
B abin, Eglal R ached. P ro d u c tio n : B e rn a rd Lalonde.
Un film à p a rtir d ’une identité: im m igrée, im m igré. Ceux que certains
nom m ent ‘voleurs de jo b ’. Qu'en est-il vraim ent de leur vie? Deux femmes
tém oignent. De leur vie, chez eux, au pays natal, de le u r départ, du
p roblèm e de s ’id e n tifie r à leur nouveau pays, avec ses questions de
langue et ses habitudes. La question: rester ou retourner. Mais entre­
temps, travailler. Dans le vêtement, dans les restaurants, dans les s e r­
vices ménagers. Parler de tout cela, avec la peur de représailles de la part
des patrons et su rto u t des agents de l ’Im m igration qui frappent p o u r le
m oindre signe de mauvaise volonté. Donc tém oigner de dos, incognito.
P ourtant quelques patrons d ’usines, im m igrants eux aussi, expliquent
avec conviction q u ’ils engagent des im m igrantes parce q u ’elles aim ent
le ur métier. Evidem m ent, voyons. Com m e elles aim ent ce beau pays, le
Canada. N ’est-ce pas ce que le u r a bien fait com prendre M adam e le juge
à la c o u r de citoyenneté qui leur fait ju re r de servir la Reine et le Canada.
Mais une fois la cérém onie terminée, ne voit-on pas trois im m igrantes
venir faire le m énage de la salle. Voilà une fin-résum é qui rappelle la d if­
férence et que cette différence p e u t être p o in t de contact entre les im ­
m igrants et les Q uébécois qui partagent des conditions de vie et de travail
sem blables à eux.
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