O bilinguismo para as crianças, um grande trunfo para a vida.

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O bilinguismo para as crianças, um grande trunfo para a vida.
O bilinguismo para as crianças,
um grande trunfo para a vida.
Na Bretanha,
as crianças nem sempre chamam
“chat” a um gato!
Informação destinada a pais
de crianças dos 0 aos 4 anos
em Finistère
Novidade!
Esta brochura
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Resumo
Que língua escolher?
p. 5
O bilinguismo,
um verdadeiro trunfo
p. 7
O desenvolvimento
da língua
junto da criança
p. 9
Boas ideias
para se tornar bilingue
no quotidiano!
p. 17
Informações úteis
p. 23
Redacção: Conselho Geral de Finistère, Missão língua bretã – Conselho Regional da Bretanha – Divskouarn
Ficha técnica de fotografia: ©Augural – BananaStock – Iwerzhonphoto – Juice – PhotoAlto – P. Sicard-CG29
Concepção, realização: Conselho Geral de Finistère, direcção da comunicação
Traduções: BTU (UBO) – Skrid
Produções audiovisuais: Lionel Buannic Krouiñ – France 3
Impressão: Imprimerie du Commerce - Quimper
Data: Janeiro de 2012
PEFC/10-31-1283
Favorecer o bilinguismo
desde tenra idade.
Neste momento de internacionalização
das trocas e da Europa, já ninguém contesta
o benefício, para a criança, de dominar
diversas línguas.
De um ponto de vista científico, os investigadores são unânimes a pensar que a
construção de um bilinguismo equilibrado
depende estreitamente da idade em que a
língua é aprendida: o bilinguismo precoce é,
ao mesmo tempo, um trunfo para a aprendizagem de diversas línguas estrangeiras e
uma oportunidade para o desenvolvimento
pessoal da criança.
Em Finistère, a prática da língua bretã desde
tenra idade é incentivada pelo Conselho
Geral, já que estimula o desenvolvimento
da criança, concedendo-lhe capacidades
para aprender línguas e preparando-a para
o multilinguismo.
A aprendizagem da língua bretã inscreve-se
nesta dinâmica que pretende fazer do bilinguismo não apenas um trunfo no plano linguístico, mas também perpetuar esta língua
regional que pertence ao nosso património
comum. Favorecer a aprendizagem da língua bretã desde tenra idade contribui assim
para a preservação da diversidade cultural
e linguística de Finistère.
Gostaria que as famílias naturais de Finistère
investissem ainda mais na transmissão de
uma segunda língua, quer seja o bretão
ou uma língua materna estrangeira. Estas
participarão assim na promoção da nossa
língua regional, pilar da cultura bretã,
e na construção de um Finistère onde a
diversidade é um enriquecimento recíproco
e colectivo.
Pierre MAILLE
Presidente do Conselho Geral de Finistère
Através da sua política linguística,
o Conselho Regional da Bretanha
comprometeu-se com um projecto
ambicioso de apoio e promoção
da transmissão da língua bretã
durante toda a vida.
Se a formação dos adultos e o
ensino bilingue são os elementos
essenciais para que todos se possam reapropriar do bretão, há já
alguns anos que se desenvolve uma
dinâmica a favor da aprendizagem
precoce da língua. A Região pretendeu acompanhar da melhor forma
possível o desenvolvimento deste
novo sector.
Incentivar o gosto pelo bretão
aos mais pequenos permite, na
verdade, estimular o seu desenvolvimento, facilitar a aprendizagem
posterior de outras línguas, ajudálos a conhecer melhor a cultura que
os rodeia e a abrir-se aos outros.
É um trunfo precioso, tanto para
o seu bem-estar como para o seu
desenvolvimento. Este pequeno
guia ajudará os pais a aproveitar
esta oportunidade para os seus
filhos.
Jean-Yves LE DRIAN
Presidente do Conselho Regional
da Bretanha
Se são pais, se desejam familiarizar os vossos filhos com
uma outra língua além do francês, então esta brochura foi
feita para vocês!
Se é um profissional da primeira infância, então isto também
lhe diz respeito.
A brochura irá ajudá-lo a compreender por que motivo é importante para o seu filho
falar ou aprender diversas línguas nos primeiros anos da sua vida. Nestas páginas
encontrará conselhos e informações que permitirão facilitar a educação bilingue ou
plurilingue dos seus filhos.
Duas entidades ao serviço do bilinguismo
Os primeiros anos de vida de uma criança são um período ideal para adquirir as línguas,
pois os bebés e as crianças pequenas dispõem de capacidades importantes para assimilar os sons que ouvem. Pouco a pouco, essas capacidades ir-se-ão reduzindo, por isso, o
melhor é começar o mais cedo possível!
Um interesse reconhecido pelo Conselho Geral de Finistère e pelo Conselho Regional
da Bretanha está na origem desta brochura. Ambas as entidades desenvolvem o
bilinguismo precoce, especialmente na promoção das potencialidades do território.
Sabia?
A educação bilingue das crianças não preocupa apenas os pais bretões!
Mais de 50 milhões de Europeus falam uma língua regional, sem contar com
as pessoas que emigraram e que falam uma língua materna diferente das
línguas nacional e regional do local onde residem.
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Que língua escolher?
É legítimo interrogar-se sobre a escolha da língua complementar do francês. Segundo
as famílias, a escolha será natural e evidente ou o resultado de uma reflexão.
 O bretão?
Reside em Finistère, então porque não o bretão? Esta língua é falada por 110 000
pessoas no departamento, das quais 6 000 crianças e adolescentes, escolarizados no
ensino bilingue. É uma língua viva que permite criar laços. Os encontros intergeracionais também são incentivados pelo Conselho Geral e pelo Conselho Regional, visto que
estes favorecem a solidariedade de proximidade.
Uma aprendizagem eficaz será, portanto, feita naturalmente num contexto caloroso e
amigável! E quando a criança utiliza o bretão além do francês, possui a capacidade de
aprender outras línguas rapidamente graças à transposição dos seus conhecimentos
para estabelecer “pontes” e à flexibilidade intelectual da qual dá provas.
O bretão em Finistère não é uma língua estrangeira. É esse carácter autêntico que faz
dele a ferramenta ideal para fazer do seu filho uma criança bilingue equilibrada num
contexto calmo e tranquilizador. Este bilinguismo enraizado será, futuramente, a melhor abertura possível ao plurilinguismo!
 E as outras línguas?
Não devemos esquecer a diversidade de línguas faladas em Finistère como o
árabe, o turco, o wolof ou o inglês. Quando a sua língua materna não é o francês, é
normal interrogar-se sobre o interesse de falar nela ao seu filho.
A língua materna é a língua da ternura, da comunicação cúmplice em casa, da
filiação e de uma ligação preciosa com a família e a comunidade de origem. Esta é, portanto, insubstituível! E depois as línguas, nas suas diferenças, fazem parte da riqueza
e da diversidade culturais da humanidade. Por conseguinte, cabe-nos testemunhar
isso mesmo falando a nossa língua materna sem receios, com convicção, sempre
que surja oportunidade para tal e, principalmente, transmiti-la aos nossos filhos.
Quando comunica com o seu filho na sua língua materna, e mais geralmente na vida
familiar, a criança deve perceber que essa língua é importante para si e que é valorizada. Para transmitir a sua língua com sucesso, dê ao seu filho uma imagem positiva
da mesma!
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 O bretão no coração!
A maior parte dos Bretões tem consciência de que o desaparecimento da língua regional seria uma grande perda. Inúmeros
naturais de Finistère estão ligados à sua língua e à sua
cultura pois participam na construção da identidade da criança
e do futuro adulto. Essa identidade engloba não só os pais originários da Bretanha como também os Bretões por adopção, com curiosidade pela
cultura local.
Embora pareça que a transmissão familiar do bretão progride novamente, a maioria
dos pais naturais de Finistère vê-se na incapacidade de utilizar o bretão em casa. Isso
não deve ser um obstáculo para a transmissão da língua! Ao longo desta brochura
poderá ver que um pai ou uma mãe que fale ou não bretão pode apoiar-se em diversos
elementos para oferecer a língua bretã ao seu filho!
O seu bilinguismo, eles falam nisso!
As famílias testemunham o seu bilinguismo no quotidiano em Finistère.
Encontre os seus testemunhos ao longo da sua leitura!
Maxime Rohart, 16 anos,
partilha a sua vida entre Berlim e Douarnenez
Ich spreche Deutsch und Französisch !
Maxime, 16 anos, exprime-se num francês impecável ligeiramente colorido por uma pronúncia alemã. Isto porque cresceu do outro lado do Reno. Em pequeno, a sua mãe falava
alemão e o seu pai falava francês. Foi, portanto, naturalmente
e graças a um verdadeiro empenho dos seus pais que seguiu
uma escolaridade bilingue em Berlim. Aos 6 anos, já falava
fluentemente ambas as línguas e aprendeu inglês sem dificuldade. “Estou a aprender espanhol há 2 anos e noto bem que
é mais fácil para mim do que para os que falam apenas alemão” explica o adolescente. “E depois ser bilingue abriu-me para o mundo, tenho muitos amigos que vêm
de outros países.” O seu desejo para o futuro: trabalhar na área do direito e “ir aos
Estados Unidos para melhorar o meu inglês.” Um percurso que o seu pai, residente
em Douarnenez, observa com “inveja”. Ele é “um zero à esquerda em línguas!”
6
O bilinguismo,
um verdadeiro trunfo
É possível distinguir duas situações principais:
• os pais francófonos de nascença que desejam que o seu bebé ou filho pequeno adquira uma segunda língua;
• os pais em que, pelo menos, um dos membros tem como língua materna uma outra
língua que não o francês.
De modo geral, é importante favorecer o mais cedo possível o desenvolvimento
da língua junto da criança, que a sua família fale uma ou várias línguas, independentemente de quais as línguas faladas. Porquê?
• As competências linguísticas estão na base da imagem que a criança tem
de si mesma, da sua identidade e da sua pertença cultural e servem, portanto, em
todas as interacções. Poder comunicar contribui para o bem-estar da criança. Aprender diversas línguas permite à criança sentir-se envolvida e descobrir o mundo que a
rodeia de forma lúdica e natural.
• Os estudos efectuados indicam os efeitos positivos do bilinguismo no desenvolvimento linguístico e escolar da criança. O facto de tratar a informação nas duas
línguas permite-lhe adquirir uma maior flexibilidade de pensamento.
Para isso, é necessário que a criança evolua num ambiente estimulante. O bilinguismo contribui para essa abertura quando este último evolui num contexto preciso: a
língua materna é dominante no meio em que a criança vive e esta aprende uma língua
que, embora menos utilizada, é valorizada. É, por exemplo, o caso do ensino bilingue
actual na Bretanha.
 Como fazer?
Os estudos sugerem às famílias que falam mais do que uma língua que reflictam
antes do nascimento dos seus filhos sobre a forma de lhes transmitir essa
herança. Uma das possibilidades pode ser atribuir a cada um dos pais a responsabilidade de uma língua.
Uma outra possibilidade pode ser utilizar o mais possível a segunda língua, como o
bretão, em casa.
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O seu bilinguismo, eles falam nisso!
O bilinguismo espontâneo
Erell, Jean e Mona residem em Mahalon
Mona, um ano e três meses, está sentada na sua cadeira alta pronta para
comer um puré de ervilhas. “Humm, ar
piz-bihan” diz-lhe o pai, aproximando
o garfo da sua boca
Quando o bebé nasceu, Jean, músico,
cantarolava-lhe naturalmente canções
em bretão: “A utilização das duas línguas era uma evidência!”. Mas ele não se tinha
preparado verdadeiramente para os preparativos com Erell, que utiliza essa língua
no dia-a-dia no seu trabalho.
Actualmente a família, que vive em Mahalon no Cap Sizun, ilustra na perfeição o
bilinguismo pelo facto de passar de uma língua para outra sem esforço. “Quando
vamos passear os dois, eu falo com ele em bretão, mas posso passar para o francês
se alguém quiser participar na nossa conversa” explica a mãe.
A situação é idêntica para o Jean. O bretão fez-lhe sempre cócegas nos ouvidos e hoje
em dia tem aulas. “Se não consigo fazer uma frase ou exprimir uma ideia em bretão
prefiro passar para o francês, continuando o principal a ser a troca, a comunicação.”
“Queremos que as coisas permaneçam naturais. Será que deveríamos ser mais radicais?
Não queremos que a Mona sinta que isso representa um grande esforço ou
um sacrifício, apenas um prazer: em conjunto, sem complexos”.
O casal também deseja que outras pessoas conversem em
bretão com a Mona. Jean pediu ao seu pai para falar com a
sua menina no seu belo bretão bigouden, coisa que não teve
o prazer de fazer com os seus próprios filhos. E isso funciona!
O bilinguismo precoce permite, então, recriar a cadeia de
transmissão linguística, interrompida pelo tempo de uma
geração.
Sabia?
Recomenda-se que os pais que possuam um domínio relativo ou pouco
seguro do francês se dirijam aos seus filhos na sua língua materna, a língua
que dominam perfeitamente (léxico, estruturas de frases, pronúncia).
A criança terá assim todas as oportunidades de adquirir a língua nas melhores
condições. Caso a língua materna não seja o Francês, não tenha receio, a criança
aprenderá com os vizinhos e amigos, no bairro e na escola.
8
O desenvolvimento
da língua
junto da criança
Algumas crianças ouvem falar diversas línguas em casa, outras aprendem novas línguas na escola ou na
creche.
Essas línguas ouvidas servem de base
à aprendizagem de novas línguas.
Quer seja um pai francófono que
deseja que o seu filho adquira
uma segunda língua, quer tenha
uma língua materna diferente
do francês, nas páginas seguintes
irá compreender como se constrói a
aquisição da língua junto da criança.
Também lhe são dadas sugestões
para colocar a teoria em prática!
Não se esqueça que os ritmos de aprendizagem podem variar de criança para
criança.
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 Antes do nascimento
Durante o último trimestre de gravidez, o feto já ouve determinados sons, a voz da sua
mãe, obviamente, mas também a daqueles que lhe são próximos. Este regista assim o
ritmo da língua falada no meio ambiente. Alguns estudos demonstraram mesmo que a
voz da mãe tem um efeito calmante para o bebé que irá nascer!
Sugestão
Mesmo antes do nascimento do bebé, não hesite em falar com ele!
E comece a pensar nas línguas que deseja transmitir-lhe,
principalmente se falar diversas línguas.
Atenção! Não é pelo facto de ser bilingue que o seu filho
também o será! Será necessário transmitir-lhe as suas línguas.
 À nascença
O recém-nascido é atraído
muito rapidamente pelos elementos musicais da fala. Já
sabe distinguir entre uma voz
humana e outros sons. Após
10 dias, este reconhece a voz
da sua mãe e a sua língua
materna.
 Por volta dos 3 meses
O bebé dá o seu primeiro sorriso, chamado “sorriso social”, orientado para um rosto
sorridente. Este faz também o seu primeiro “som vocal”, um vocalismo que introduz
a palração, que encanta aqueles que estão próximos do bebé. Este compreende então
que uma produção vocal está associada a uma troca. Este repete-as, melhora-as e associa os seus gritinhos com movimentos de braços e de pernas.
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 Dos 3 aos 6 meses
A criança palra, imita os sons que ouve, ouve-se e comunica. Os que a rodeiam, principalmente a sua mãe, imitam por sua vez os vocalismos do bebé no quadro de uma troca
que já se assemelha a uma “conversa”.
Por volta dos 6 meses, a sua palração integra múltiplos sons e engloba os que não
existem no seu ambiente linguístico.
Sugestões
É importante que ouça o seu filho e que lhe responda
para introduzir o diálogo. Cante e fale com ele!
Pronuncie palavras sobre as pessoas e os objectos que ele vê e sobre
as suas emoções: “Oh! Estás contente? Tens medo?”
Fale-lhe regularmente nas duas línguas para o familiarizar com os sons
e com a melodia de ambos os códigos linguísticos.
Sorria e exprima-se de forma clara olhando para ele e dê-lhe
tempo para responder. Por vezes, isso pode levar algum tempo
mas a resposta surgirá sob a forma de um olhar, de um movimento
de pernas ou de um sorriso.
Ao encontrar-se com os outros pais,
partilhem as vossas experiências!
 Dos 6 aos 12 meses
A criança reage ao seu primeiro nome e compreende a diferença entre uma afirmação
“Sim, é um livro, muito bem” e a uma pergunta como “Tens fome?”.
Este período é importante para o “fabrico” da primeira palração com contornos melódicos e com os sons da língua materna. O bebé integra as especificidades das línguas com
as quais é confrontado.
11
 Por volta de um ano de idade
“Papá, mamã”. Estas são muitas vezes as primeiras palavras da criança, às quais adicionará rapidamente as entoações. Já se reconhece a, ou as línguas faladas. A criança
compreende mais palavras do que as que consegue dizer.
Quando a criança cresce num ambiente bilingue, as suas primeiras palavras pertencem
frequentemente à língua falada pela mãe.
Sugestões
Fale, cante e descreva ao seu filho tudo aquilo que ele observa.
Também irá adorar brincadeiras como “Cu-cu… não está cá!”, jogos com
as mãos, canções em rima, que permitem desenvolver a sua linguagem.
Dê-lhe livros concebidos para a sua idade, com imagens claras
e contrastadas. Deixe-o observá-los e mesmo levá-los à boca!
Discutam as imagens em conjunto.
Escolha livros que lhe agradem também a si e não hesite em lê-los
nas duas línguas, se tiver capacidade para o fazer.
 Por volta dos 18 meses
A criança começa a formar frases como “Não ó-ó” ou “Papá não ‘tá cá” com entoações
significativas, o que lhe permite diversificar o seu discurso. O vocabulário enriquece-se
graças aos gestos que faz para apontar: a criança aponta com o dedo os objectos que
as pessoas que a rodeiam vão enumerando.
Uma criança pequena que cresça num universo
bilingue apanha desde esse momento a arbitrariedade da linguagem: um objecto pode corresponder
a duas palavras. Portanto, é possível que esta demore mais tempo do que uma criança monolingue
a entrar no discurso. Durante algum tempo esta
formará frases com misturas de palavras das duas
línguas, antes de as distinguir verdadeiramente.
Isso contribui para um funcionamento mais flexível
que a criança poderá aplicar noutras situações.
12
Sugestões
Nomeie as coisas que interessam à criança e dê-lhe
explicações simples. Repita as palavras que ela diz e reformule
as frases completando-as. Leia-lhe pequenas histórias ilustradas
com regularidade e em ambas as línguas,
sempre que possa fazê-lo.
É preferível favorecer a segunda língua.
O seu filho tem oportunidades suficientes para ouvir
e se exprimir nessa língua?
 Aos 2 anos
A língua falada ganha cada vez mais importância, mas a linguagem corporal permanece como um suporte de comunicação. Entre elas, as crianças utilizam uma comunicação não-verbal, feita por gestos de troca, de ternura ou de intimidação.
As pessoas próximas da criança compreendem o que ela diz e o facto de
esta falar é mais importante do que
a forma como se exprime.
A criança compreende frases mais longas do que antes, responde às perguntas que lhe fazemos e partilha o que viu.
Esta toma consciência da influência e até
mesmo do controlo que podemos exercer
nela através da linguagem.
 Aos 3 anos
A criança consegue fazer-se compreender mais facilmente: constrói frases mais longas,
com menos erros de pronunciação ou de sintaxe e solicita menos a ajuda dos adultos
numa conversa. A criança bilingue distingue melhor as suas duas línguas e compreende
qual a língua em que deve falar consoante o seu interlocutor.
Em breve irá dominar bem ambas as línguas, embora uma delas lhe seja naturalmente
mais espontânea.
13
Sugestões
Repita e complete o que o seu filho diz.
Consoante as situações ou a sua própria vontade, este fala mais
uma língua do que outra. Pode dar a sensação de as misturar,
pois ainda não as domina completamente. Na verdade,
a criança experimenta-as pois está em curso de aprendizagem.
Já pensou em inscrever o seu filho numa creche/infantário
bilingue? Este poderá completar a aprendizagem da sua
segunda língua num contexto exterior à família.
 Aos 4 anos
Se a criança tiver sido confrontada desde
o nascimento com uma língua estruturada, daí para a frente irá dominar as
bases da língua e compreender a maioria
do que é dito. Esta comenta facilmente o
que se passa em seu redor e as suas capacidades de conversação melhoram. Também se interessa pelas letras do alfabeto,
pelas cores e pelos números, que pode
começar a aprender em ambas as línguas.
No plano linguístico, a criança já não está limitada ao presente. Também já fala no
passado ou do que irá acontecer num futuro próximo, o que se alargará à medida que
for evoluindo. A criança faz referências concretas para compreender os prazos: “Vamos
de férias daqui a três noites de ó-ó!”
Sugestões
Mostre-se interessado pelo que a criança diz e inclua
informações adicionais. Esta adora responder e fazer perguntas,
executar pequenas tarefas e também jogos em que lhe dizemos
disparates, canções em rima ou adivinhas.
Pode contar-lhe histórias mais longas: ela irá identificar
as personagens e fazer perguntas sobre elas.
Para facilitar o seu acesso ao bilinguismo, pode ler-lhe livros
ou pô-la a ouvir canções
14 em ambas as línguas.
 E depois?
Em 4 anos, a criança construiu as potencialidades essenciais que fazem dela um pequeno “adulto”, como a marcha e a língua.
E vai progredir ainda mais e adquirir principalmente um segundo nível de linguagem
feito de jogos de palavras e de humor.
Capaz de se exprimir em dois códigos linguísticos diferentes, a criança dispõe de um
trunfo complementar a que se agarrar posteriormente durante o seu percurso.
Poderá reflectir sobre uma educação bilingue para o seu filho. Em Finistère
existem escolas bilingues de francês/bretão, como as escolas Diwan.
O seu bilinguismo, eles falam nisso!
Uma família “breto-nipónica”
David, Aya e Lena Le Meur entre o Japão e Quimper
Somos uma família “breto-nipónica” e falamos com a nossa filha Lena (3 anos) em
francês, em japonês e, por vezes, também
em inglês. Após o seu nascimento em Quimper, colocámo-nos diversas questões sobre a
forma de proceder.
Foi quando regressámos ao Japão pela primeira vez com ela que nos apercebemos da
importância da dupla cultura e do bilinguismo desde tenra idade.
Brincar com as primas, falar com a tia, com a avó sem que houvesse necessidade de
um tempo de tradução, são outros tantos elementos que lhe permitem compreender as suas origens e construir a sua identidade para ser mais forte numa sociedade
em constante evolução.
Algumas pessoas dirão que a mãe da criança deve falar na sua língua e o pai na dele,
mas no final de contas o que importa é que a criança esteja à vontade tanto numa
como na outra, tal como nós trabalhamos para isso, da nossa parte.
15
O seu bilinguismo, eles falam nisso!
“Não perdemos nada
por aprender outra língua”
Annaïck, Visant e Tivizio Rouxel residem em Plogastel-Saint-Germain
no Pays Bigouden
Aos dois anos e meio, Tivizio já
consegue designar uma colher e dizer “loa” ao pai e “cuillère” à mãe.
Isto porque, desde muito pequeno,
foi embalado pela língua bretã.
Em 2004 os seus pais, Visant e
Annaïck, começaram a aprender
bretão.
Quando soube que ia ter um bebé, o casal procurou uma assistente materna
que falasse bretão. Ficaram num impasse. “Na altura decidimos que eu tiraria
licença de maternidade durante 3 anos” explica o pai. “Disse a mim mesmo que
iria falar-lhe em bretão, mas sem conhecer todas as vantagens do bilinguismo
precoce!”
Foi depois de se documentarem que os futuros pais compreenderam que a criança
aprenderia mais rapidamente outras línguas, que a aprendizagem na escola seria
facilitada e que, mais tarde, seria mais fácil para ela encontrar emprego.
Quando Tivizio nasceu, Visant e Annaïck começaram desde logo a falar-lhe em
bretão, não sem uma certa apreensão de início. “Perguntávamo-nos a nós mesmos
se seríamos capazes, mas afinal acabou por acontecer naturalmente”. Mas para o
lindo bebé louro, o bretão é mais a língua do pai, simplesmente porque passa mais
tempo com ele em casa. Este conta-lhe histórias, escreveu um livro com fotografias
tiradas em casa e legendas em bretão. Visant até inventa canções de embalar para
o adormecer!
Brevemente, o menino irá para a escola a tempo inteiro. E mesmo que venha a
frequentar a recente Skol Diwan de Plogastel-Saint-Germain, Visant tem receio que
ele esqueça ou que se afaste da sua língua materna. “Será necessário que voltemos
a estar os dois sozinhos, de tempos a tempos, para partilhar momentos unicamente
em bretão” explica o jovem pai. E porque não com uma irmã ou um irmão mais
novo? “É esse o nosso desejo e iremos proceder da mesma forma para a aprendizagem do bretão. De qualquer modo, não perdemos nada em aprender outra língua,
só tem aspectos positivos!”
16
Boas ideias para se tornar
bilingue no quotidiano!
Estas actividades lúdicas podem ser adaptadas a todas as línguas
que desejar transmitir.
 Você é um modelo! (para todas as idades)
Enquanto pai/mãe, é importante multiplicar as oportunidades de o seu filho ouvir e
praticar a segunda língua. Perca algum tempo para lhe falar nela! É importante utilizar,
com a criança, um vocabulário rico e variado, tal como com os seus outros interlocutores! Lembre-se que você e os outros adultos do seu meio são, para ela, modelos em
termos de linguagem.
Se estiver em curso de aprendizagem, do bretão por exemplo,
e se desejar que o seu filho aprenda essa língua, pode munir-se
de álbuns, CDs e DVDs para facilitar a troca. Não esconda do
seu filho que ainda não fala fluentemente bretão: diga-lhe que,
tal como ele, ambos estão a aprender! Ele compreenderá e isso
evitará que os erros da sua parte sejam interpretados como
instruções correctas e, portanto, reproduzíveis.
 Sirva-se de fotografias
como suportes de conversação (a partir dos 2 anos)
Tire fotografias durante as saídas ou ocasiões especiais. Depois poderá conversar com
a criança e perguntar-lhe o que pensa delas e o que sente ao observá-las.
Seguidamente, esta poderá expô-las na parede ou
no frigorífico. Fale com ela sobre essas fotografias e
pergunte-lhe por que motivo as escolheu. É bastante
útil escrever ao lado das fotografias para se lembrar das
suas palavras. Depois poderá guardá-las num álbum.
Nem sempre é fácil para uma criança exprimir as
suas ideias, mas as fotografias podem incentivá-la
a comunicar.
17
 Crie uma personagem que só conheça
a segunda língua (desde muito tenra idade)
Um brinquedo, um ursinho de peluche simpático que só fala bretão ou outra segunda
língua. Diga isso ao seu filho e se ele falar ou brincar com ele, as trocas serão feitas
nessa mesma língua.
Nas creches do País de Gales, por exemplo, as crianças brincam com Dewin (mágico
em gaulês). Este consegue fazer todos os tipos de truques de magia mas, por vezes,
necessita da ajuda do seu fiel amigo, um pequeno cão chamado Doti. Poderá criar uma
personagem semelhante em casa, com o objectivo de tornar a aprendizagem da língua
minoritária mais fácil e interessante para o seu filho.
 Utilize cartazes (a partir dos 2-3 anos)
Prepare um cartaz sobre um tema da actualidade e afixe-o de modo a que seja visível
para o seu filho. Escreva nele palavras-chave (adjectivos, nomes, verbos…).
As crianças adoram parar diante de cartazes para fazer perguntas ou para contar as
suas próprias histórias relacionadas com o tema apresentado. As palavras-chave irão
permitir-lhe responder às questões do seu filho. O suporte também pode incentivar os
pequenos a jogar a um jogo relacionado com o tema abordado.
18
 Faça os seus próprios postais ilustrados
Faça postais ilustrados com o seu filho e decore-os com penas, estrelas, papel crepe,
folhas e pétalas secas… O seu filho pode escrever nele a sua própria mensagem.
Vá com ele aos correios para que possa comprar um envelope e um selo. Ajude-o a
escrever o endereço do destinatário que ele tiver escolhido e depois coloque o postal
no correio!
 Colabore com os profissionais das creches/
infantários e de educação (para todas as idades)
Um trabalho entre os pais e os educadores das creches/infantários ou da escola é essencial para o bem da criança. Graças aos pais, os funcionários aprendem a conhecer
melhor a criança, enquanto os pais descobrem as actividades quotidianas dos seus filhos. Esta colaboração é igualmente importante para o desenvolvimento da linguagem.
19
 O apadrinhamento linguístico (para todas as idades)
É importante criar uma ligação entre o local onde a criança ouve falar a segunda língua
(creche, escola) e o seu lar, a sua família.
Se não fala a língua cível,
poderá encontrar uma pessoa que facilitará a criação
dessa ligação linguística.
Um avô ou uma avó, por
exemplo. Recomenda-se
escolher um locutor da língua minoritária de quem a
criança goste, que mostre
interesse pelas actividades
da criança e que tenha capacidade para lhe fornecer
vocabulário e estruturas
de frases na língua cível. Também é necessário que este esteja disponível (uma ou duas
horas por semana durante um longo período). O locutor poderá também participar nas
actividades das creches/infantários e aprender a conhecer o quotidiano do estabelecimento.
Mas não se preocupe se não encontrar ninguém no meio que o rodeia. Existem outros
métodos, como os ateliês de pais e filhos para reforçar a ligação linguística.
20
 Crie livros (a partir de 1 ano de idade)
Em algumas línguas, existe muito pouca literatura para crianças pequenas. Nesse caso, cabe-lhe a si criar um livro para
introduzir a escrita e para lerem em conjunto!
Muna-se de papéis coloridos, de lápis, de desenhos já feitos,
de números e de letras para realizar este processo criativo.
Poderá escrever uma história de que tenha gostado quando
era criança, algumas canções em rima ou adivinhas, uma
recordação de infância, uma canção ou um assunto que interesse ao seu filho.
Quando as páginas estiverem prontas, poderá cortá-las por igual e uni-las. De seguida,
deixe o seu filho escolher as ilustrações do seu livro e peça-lhe que as descreva. Escreva
o que ele lhe disser.
O tamanho e a espessura do livro não são importantes:
a criança não necessita de muitas páginas ou palavras.
Poderá realizar esta actividade com outras famílias ou
na creche. É uma forma de dar a conhecer aos outros
as ideias do seu filho, mostrando-lhe a ligação que
existe entre a escrita e a fala.
 Sirva-se do contexto favorável
da nossa região
É importante que a criança encontre no seu ambiente referências e situações em que
seja aplicado aquilo que vive e aprende. A língua bretã é, portanto, uma escolha pertinente para os naturais de Finistère. É fácil encontrar um “padrinho” que domine a
língua e o ambiente quotidiano na Bretanha faz frequentemente referência à língua
ou à cultura bretã. A sinalética dos painéis rodoviários, alguns espaços comerciais ou
clubes desportivos têm nomes bretões. Várias estações de rádio, de televisão, páginas
de Internet propõem conteúdos em bretão. É possível ouvir pessoas a falar bretão, a
ouvir música bretã… a criação na língua bretã é bastante dinâmica!
Este conjunto faz com que a presença da língua bretã seja palpável, mesmo num ambiente quase exclusivamente francófono. O que, na verdade, reforça a coerência de um
bilinguismo francês/bretão.
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 Já pensou no ensino bilingue
quando o seu filho for para a pré-primária?
Consulte a lista das escolas no seguinte endereço: http://www.ofis-bzh.org/upload/
travail_paragraphe/fichier/237fichier.xls
Para se informar e colocar todas as suas questões sobre estas escolas bilingues, quer
sejam públicas, católicas ou associativas, poderá contactar:
• Div Yezh, associação de pais de alunos para o ensino bilingue em escolas públicas:
Judith Castel, telef. 02 56 35 51 21 – http://div-yezh.org – correio electrónico:
[email protected]
• Dihun, associação de pais de alunos para o ensino bilingue em escolas católicas: Yann
Le Corre, telef. 02 97 63 43 64 ou 07 61 72 43 64 – http://www.dihun.com – correio
electrónico: [email protected]
• Diwan, uma rede de escolas associativas por imersão linguística na língua bretã:
Anna-Vari Chapalain, telef. 02 98 21 33 69 – http://www.diwanbreizh.org – correio
electrónico: [email protected]
DISPOSITIVO ELCO na Educação nacional
Ensino de língua e cultura de origem
O princípio no qual se baseiam os ensinamentos da língua e da cultura de origem
é o domínio da língua materna, pois isso é uma preparação necessária para o
êxito da aprendizagem de uma segunda língua.
O dispositivo ELCO diz respeito ao primeiro e segundo grau. São organizadas aulas em todas as escolas onde exista um pedido das famílias. Destinadas originalmente às crianças da respectiva nacionalidade, ou em que um dos pais possua ou
tenha possuído essa nacionalidade, estas aulas estão abertas doravante a todas as
crianças cujas famílias desejem a inscrição, dentro do limite de vagas disponíveis.
Para o departamento de Finistère, os ensinamentos da língua e cultura de origem são dados na língua árabe por
professores Tunisinos ou Marroquinos, em Brest, Morlaix e
Quimper. Os mesmos são dados na língua turca em Brest,
Briec, Guerlesquin, Landerneau, Pont-de-Buis, Quimper.
As informações precisas relativamente aos locais e horários das aulas
ELCO estão disponíveis junto dos inspectores da Educação nacional (Brest
Ville, Brest Nord, Landerneau, Morlaix, Quimper Nord, Quimper Ville).
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Informações úteis
Aprender bretão em Finistère
 Creches, infantários – jardins-escola e locais
de encontro de assistentes maternas
Creche P’tit Mousse
4 rue du Languedoc – BREST
02 98 03 40 55 – [email protected]
Infantário – Acolhimento Les Mini Mômes
Ti Glaz – 4 rue J.-M. Pédel – PLOUGASTEL-DAOULAS
02 98 37 57 60 – [email protected]
Multi-acolhimento Galipette
Maison de l’enfance – 7 rue Kernigez – CARHAIX
02 98 93 79 64 – [email protected]
Local de encontro de pais e assistentes
maternas de Plougastel
Ti Glaz – 4 rue J.-M. Pédel – PLOUGASTEL-DAOULAS
02 98 37 57 34
[email protected]
Multi-acolhimento creche parental
À la Rue Béole
Les Ximenias – 12 rue des Frênes – Kerandon
CONCARNEAU
02 98 50 66 20 – [email protected]
Creche municipal
Rue Saint-Germain – PLOUGERNEAU
02 98 04 58 28 – [email protected]
Dorn ha Dorn
13 rue du Vieux Bourg – GOUESNOU
02 98 37 92 86
Multi-acolhimento Petits Korrigans
Rue des Écoles – PLOUHINEC
02 98 70 89 93 – [email protected]
Infantário – Jardim-escola La main dans la main
Centre Henri Queffelec – Rue Reichstett
GOUESNOU – 02 98 07 75 31
Infantário – Jardim-escola Ti ar Bugelig
Centre social Courte Échelle
1 rue des Myosotis – PLOUZANÉ
02 98 45 42 43
[email protected]
Les Pitchouns
Maison de l’enfance – 5 rue Jeanne d’Arc
LESNEVEN
02 98 83 16 78 – [email protected]
Local de encontro de assistentes maternas
de Cap Sizun
ULAMIR – Rue Abbé Conan – POULLAN
02 98 74 27 71 – [email protected]
Associação de assistentes maternas
Nid d’Anges – Chez Mme Lamer
17 rue Guyader – LESNEVEN
02 98 21 09 51 – [email protected]
Les Petits Mousses
1 rue de Bretagne – Penhars – QUIMPER
02 98 55 25 33
[email protected]
Creche Océane
Rue Kerdiaoulic – MOËLAN-SUR-MER
02 98 96 58 92
[email protected]
Local de encontro de assistentes maternas
da COCOPAQ
Kermec – TRÉMÉVEN
02 98 35 13 57 – [email protected]
Multi-acolhimento Plabennec
25 rue de l’Aber – PLABENNEC
02 98 37 60 72
[email protected]
Local de encontro de assistentes maternas
de Trégunc-Concarneau
Mairie de Trégunc – TRÉGUNC
02 98 50 17 75
[email protected]
Creche La Bambinerie
Ti Glaz – 4 rue J.M Pédel – PLOUGASTEL-DAOULAS
02 98 37 57 36 – [email protected]
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Informações úteis
Aprende bretão em Finistère
 Álbuns, livros e CDs
Lista não exaustiva, informe-se junto da sua livraria e loja de música,
ou na página Web www.klask.com
Canções em rima e canções
Encontrará canções em rima tradicionais ou modernas, canções para os mais pequenos, canções de
embalar, álbuns ilustrados, alguns acompanhados por uma gravação em CD, livros educativos e de
desenvolvimento, fichas com imagens e jogos adaptados aos seus filhos junto das editoras seguintes:
• Éditions An Here
Diversas obras, livros em cartão, livros de imagens, álbuns,
colecções como a Spot, Nanarzh (Nounours), Arzhur, etc.
Encomendar em www.Klask.com – correio electrónico: [email protected]
• Coop Breizh, editora de livros e de música, distribuidor
www.coop-breizh.fr – correio electrónico: [email protected]
• Éditions Bannoù Heol
www.b-heol.com – correio electrónico: [email protected]
Citamos as colecções Leo ha Popi, Arzhig Du (Petit ours brun)
• Éditions Dastum
www.musiques-bretagne.com – correio electrónico: [email protected]
Colecções de canções em rima – por exemplo Doub ha doub ha doup,
rimas e canções em rima para crianças, ou Dibedibedañchoù
• Éditions Emgleo Breiz
www.emgleobreiz.com – correio electrónico: [email protected]
Citamos, entre outros: Rimadelloù hengounel (canções em rima tradicionais),
Kanaouennoù nevez evit ar vugale (canções novas para crianças)
• Éditions Keit Vimp Bev
www.keit-vimp-bev.info – correio electrónico: [email protected]
Citamos, entre outros: Rimadelloù al loened (canções em rima sobre os animais),
a colecção Toupig, Lizherenneg al lutun glas (abecedário)… e também
uma revista mensal a partir dos 3 anos: Rouzig, com assinatura.
CDs musicais
• Kalon ur vamm 2 – Y. Ribis e S. Le Hunsec – canções de embalar em bretão
• Kanit bugaligoù! – M. Jaouen – Miroir Magique
• Heitou! – M. Jaouen – Goasco Music
• Fiñval – Enfants de l’école publique de Lannion – Keit Vimp Bev
• Pok-ha-Pok – Jakez Ar Born – Brennig ar C’hurnig
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 Produtos audiovisuais e programas
emitidos na televisão e na Internet
Os produtos audiovisuais
• Breizh VODE
Encontre diversos programas em bretão para crianças (revistas, desenhos animados)
para alugar ou comprar através de descarga no novo portal VOD (video on demand)
em língua bretã. Hiperligação na página http://www.dizale.org
As emissões
• Brezhoweb
Canal de televisão exclusivamente na Internet, em que uma parte da programação
é destinada às crianças – em directo todos os dias das 18h00 às 22h30 ou em streaming
gratuitamente para ver a emissão que pretender – página Web: http://www.brezhoweb.
com/
• France 3: na sua televisão: emissão semanal Mouchig dall,
à quarta-feira à tarde, ou a visualizar na Internet: http://bretagne.france3.fr/mouchigdall/?page=accueil&lang=fr
• Tébéo: na sua televisão: canal 21 da TNT: Dibikouz, emissão para crianças.
Emissão à quarta-feira de manhã e ao fim-de-semana. www.tebeotv.fr
E também na rádio
A emissão das crianças “Deomp Dezhi” Canções, entrevistas, histórias gravadas nas escolas
ou no local, produzida e difundida por:
• Radio Kerne: em directo e em repetição:
Na FM: 90.2 (Quimper), 92.0 (Douarnenez, Crozon, Brest), 97.5 (Concarneau)
Na Internet: http://radiokerne.antourtan.org: em directo ou em podcast.
• Arvorig FM
Na FM: 91.7 (Landerneau e Brest) e 107 (frequência de conforto em Landerneau)
Na Internet: http://www.arvorigfm.com
VOCABULÁRIO
dorme, pequenino(a) = irmão e irmã = breur ha
kousk ma bihanig,
c’hoar
da goukou ma
bombom = madig
vamos = deomp dezhi
poupig
come = debr ‘ta
ursinho de peluche = nanarzh
papá e mamã =
tadig ha mammig
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Informações úteis
Aprender português em Finistère
 As associações de Finistère
Associação Lusitania Pen Ar Bed
Aulas particulares, aulas de grupo em Brest
16 rue Voltaire
Penhars – QUIMPER
Telef. 02 98 55 20 61
3/8 anos, 9/14 anos e adultos
leccionadas por Natália Nunes Bonnaud,
professora e tradutora licenciada
Telef. 06 21 86 91 50
correio electrónico: [email protected]
Associação Casa de Portugal
Associação Le Portugais au Pays de la Lune
13 rue du Tromeur
Lambézellec – BREST
Telef. 02 98 46 70 56
A partir dos 6 anos e adultos
50 rue Théodore Botrel
LANDERNEAU
Telef. 02 98 21 98 18
A partir dos 4 anos e adultos
 Comprar livros em português
Páginas Web de distribuidores:
Toca, Bebé - Livro das Abas
www.abrakadabra.eu, www.attica.fr
(a livraria das línguas),
www.librairie-portugaise.com
Editora: Livraria Civilização
Editora
Data de edição: 2011
Números
Espreita!
Primeiras Palavras
Editora: Porto Editora
Data de edição: 2011
 Desenhos animados na Internet
Zigzag em www.rtp.pt, www.canalpanda.pt, www.junior.te.pt, www.iguinho.lg.com.br,
www.cn3.cartoonetwork.com.br, www.leme.pt/criancas/, www.sitiodosmiudos.pt/sitio.asp
 Canais de televisão captados em França
RTPi: www.rtp.pt ou satélite Hotbird 8, SICi: pacote de cabo, operador Orange,
TV Globo Internacional: http://tvglobointernacional.globo.com ou satélite Hotbird 6.
VOCABULÁRIO
papa = papá
maman = mamã
bonbon = bombom,
rebuçado
fais dodo = faz óó
regarde ça = olha
para isto
26
chien = cão
chat = gato
poisson = peixe
Informações úteis
Aprender árabe em Finistère
 As associações de Finistère
ADELCA,
Associação para o desenvolvimento
da língua e cultura árabes
AMELA,
Associação de Morlaix para
o ensino da língua árabe
1 rue de l’Harteloire – BREST
Telef. 02 98 02 55 97 - 06 82 26 59 38
Rue Eugène Pottier – MORLAIX
Telef. 02 98 67 23 20
http://association-amela.jimdo.com
AAPRI,
Associação argelina para
as relações interculturais
4 B rue Gavarni – BREST – Telef. 02 98 41 44 08
[email protected]
Não se esqueça
das bibliotecas,
das associações
e das livrarias
 Os CDs e livros para o seu filho
Página Web de distribuidores:
Alef Baa Taa
Alhayawanat
www.abrakadabra.eu
Autor: A. Norbtilian
À l’ombre
de l’olivier
Editora: Didier
29 canções em rima
árabes e berberes
Alkali
(Bright baby first words)
 Canal de televisão captado em França
Baraem.TV, primeiro canal em árabe para as crianças da pré-primária e seus pais: www.
baraem.tv ou satélite Hotbird 6.
VOCABULÁRIO
papá =
mamã =
bombom =
Dorme, pequenino(a) =
come =
27
bebe =
cão =
gato =
Informações úteis
Aprender turco em Finistère
 As associações de Finistère
Associação cultural
turca de Quimper
205 route de Douarnenez – QUIMPER
Telef. 02 98 55 55 48
correio electrónico: www.actq.org
Associação Línguas do Bósforo
15 rue de Mesgall – GOUESNOU
Telef. 06 03 19 10 60
correio electrónico: [email protected]
 Os CDs e livros para o seu filho
Página Web de distribuidores:
www.abrakadabra.eu
Benim Ilk Sözlügüm
Bilmecelerle ABC
Autor: Helen Melville
Editora: Net Turistik Yayinlari
Autor: Can Göknil
Resimli Sözcükler
Renkler, Sekiller
Sözcükler
Autores: Caroline Young,
Jo Litchfield
 Canais de televisão captados em França
TRT çocuk e YumurcakTV satélite Turksat 2A e 3A.
VOCABULÁRIO
dorme, pequenino(a) = irmão e irmã = abi et abla
uyusun benim
vamos = gidelim
bebeğim
bombom = şeker
come = yemek
ursinho de peluche = ayıcık brinquedo = oyuncak olha = bak
papá e mamã =
baba et anne
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Informações úteis
Aprender alemão em Finistère
 As associações de Finistère
Casa da Alemanha
105 rue de Siam – BREST
Telef. 02 98 44 64 07
http://mda.infini.fr
correio electrónico: [email protected]
 Os CDs e livros para o seu filho
Páginas Web de distribuidores: www.abrakadabra.eu e www.amazon.fr
O “Goethe Institut” de Nancy é especializado na literatura jovem em língua alemã: www.goethe.
de/ins/fr/nan/prj/kjl/frindex.htm
Rolf Zuckowski canta para as crianças: as suas canções são muito populares na Alemanha, principalmente “Winterkinder” de 1987 e “Die Jahresuhr” de 1994.
Mein erstes buntes
Bildwörterbuch:
Im Kindergarten
Hallo, kleiner Elefant!
Amelie Benn, Carlsen Verlag
Autor: Sandra Grimm
Ilustrador: Christine Denk
Ravensburger Buchverlag
Anton ist krank
So gehe ich schlafen
Judith Drews
Beltz
Autor: Miriam Cordes
Editora: Oetinger
 Canal de televisão captado em França
KI.KA ou Kinderkanal: em www.kika.de (clique em “Fernsehen”, depois em “Ki.Ka am PC
gucken” e finalmente em “Deine Online-Mediathek”)
ou satélite Astra 1M e 1H.
VOCABULÁRIO
papá e mamã =
Papa und Mama
ursinho de peluche =
Teddybär
gato = Katze
bombom = Bonbon
dorme = Ab in’s Bett
olha para isto = Guck mal
cão = Hund
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peixe = Fisch
Informações úteis
Aprender crioulo das Antilhas
em Finistère
 As associações
Gwa Ka Tam
Eddy Dinga – 89 rue Milin Avel – LANHOUARNEAU
Telef. 06 64 74 63 65
www.gwakatam.com
correio electrónico: [email protected]
Aulas de dança, percussão e canto, manifestações culturais.
 Os CDs e livros para o seu filho
Je colorie
la ferme créole
DICO KFE
Dicionário em quatro línguas,
inclui 3 CDs
Autor: Jala
Éditions Lafontaine:
www.editions-lafontaine.com
Éditions Lafontaine:
www.editions-lafontaine.com
VOCABULÁRIO Crioulo da Martinica
irmã = sê
papá = papa
ursinho de peluche = nounouss irmão = frê
vamos comer = annou manjé
dorme, pequenino(a) =
mamã = manman
olha = gadé
bombom = bonbon pran sonmèy ich mwen
Informações úteis
Aprender wolof em Finistère
 A aprendizagem em casa
 As associações
Croisade culturelle France
J’apprends le Wolof
Telef. 06 60 87 32 74
correio electrónico: [email protected]
VOCABULÁRIO
papá = baay
mamã = yaay
aprender = jangg
Autores: Jean-Léopold
Diouf, Marina Yaguello
Editora: Karthala
bombom = taangal
comer = lèkk
frio = sèdd !
30
quente = tangg !
brinquedo =
fowoukaay
Os trabalhos
que permitiram a realização
desta brochura
Esta brochura recupera os documentos publicados anteriormente e
que servem de apoio à educação nas regiões participantes no projecto “Multilingual Early Language Transmission” (MELT). Este projecto surgiu de uma parceria entre quatro grupos linguísticos: bretão
(Bretanha, França), gaulês (País de Gales, Grã-Bretanha), frísio
(Frísia neerlandesa, Países Baixos) e sueco (Finlândia). O objectivo
deste projecto está relacionado com o desenvolvimento das competências linguísticas das crianças dos seis meses aos quatro anos.
O projecto MELT visa:
• definir as boas práticas em matéria de aquisição da língua
ou das línguas;
• melhorar as competências bilingues dos intervenientes na
primeira infância;
• fornecer às crianças uma base de aprendizagem sólida no
domínio de diversas línguas;
• fornecer aos pais informações sobre o bilinguismo;
• reforçar e promover a diversidade cultural e linguística.
Na parte consagrada ao desenvolvimento da língua junto da
criança, voltámos a frisar elementos do conteúdo da brochura
Folkhälsan “Språkgroddar”, destinada aos falantes de sueco da
Finlândia.
O MELT é um dos projectos surgidos do trabalho efectuado no
seio da rede europeia NPLD (“Network to Promote Linguistic
Diversity”) da qual são membros o Conselho Geral de Finistère e
o Conselho Regional da Bretanha.
DG da Educação e da Cultura
Política de aprendizagem
ao longo da vida
Informações e contactos
para os pais
A Associação Divskouarn
tem por objectivo a promoção e o desenvolvimento do bretão
antes da escolarização junto dos pais e dos profissionais
da primeira infância na Bretanha: na página Web www.divskouarn.fr
encontrará diversas informações, exemplos de um pouco de tudo,
testemunhos e um pouco de actualidade
sobre o bilinguismo precoce.
Nessa página encontrará também as versões desta brochura em árabe,
bretão, inglês, português e turco.
Telef.: 09 60 04 79 83 – correio electrónico: [email protected]
O Conselho Geral de Finistère
A Missão Língua bretã
Telef.: 02 98 76 20 84 – correio electrónico: [email protected]
O Conselho Regional da Bretanha
Serviço das línguas da Bretanha
Telef.: 02 99 27 10 10
www.bretagne.fr
Agradecimentos
Este documento não poderia ter sido realizado sem os conselhos esclarecidos e a ajuda preciosa
de inúmeras pessoas, entre as quais Irène Le Gouill, Pascale Planche, Clarisse Cadiou, Gregor Mazo,
Gwenn an Dreo, Natalia Nunes Bonnaud, Erwan ar C’hoadig, Ali Kivrak, Slimane Harrag,
Yaroslava Nekhay, Seynabou Badiane, Alex Riemersma, etc.
Aqui lhes deixamos os nossos sinceros agradecimentos!
Queremos também agradecer às pessoas que prestaram o seu testemunho ou que,
simpaticamente, nos deram autorização para reproduzir as suas reportagens ou as suas fotografias.