Le Portugal - Jornal comunitário em Português | ABC Portuscale

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Le Portugal - Jornal comunitário em Português | ABC Portuscale
abc
PORTUGAIS - FRANÇAIS
AO
N
~
Portuscale
Não ao Acordo Ortográfico
Num.19
Ano / An I
20 de Dezembro / 20 décembre 2014
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Pearl Harbour há 73 anos
Festas Felizes
Heureuses Fêtes
Seasons Greetings
Pearl Harbor: 73 anos da vitória enganadora
da marinha japonesa
Meilleurs Vœux de Paix, de Joie et de Lumière à l’aube de 2015
La première neige a doucement commencé à recouvrir le sol d’un fin manteau et
Noël est à nos portes.
Toute cette blancheur, cette pureté, inspire le calme. Une paix propice à la
réflexion sur ce que fut l’année 2014.
Comme chacune des autres avant elle, cette année a eu son lot de petits et de
grands bonheurs ainsi que de tristesses.
Nous nous souhaitons de ne garder en mémoire et dans nos coeurs que les
moments qui ont mis un sourire sur nos visages et fait briller les yeux?
Pour plusieurs ce sera aussi le début d’une nouvelle année dans ce Québec qu’ils
ont choisi, un avenir plein de promesses mais aussi empreint de la nostalgie de
leur enfance, de leurs famille et amis. Nous leurs souhaitons particulièrement
qu’ils trouvent auprès de nous et découvrent avec nous le Québec que nous
aimons et que nous souhaitons à la hauteur de leurs rêves
DeGama – Coop de solidarité
Voir pag.7
Visitez
Le
Portugal
A 7 de Dezembro de 1941 uma força aeronaval japonesa atacou de surpresa
a frota norte-americana do Pacífico fundada no Hawai. Destruiu 360 aviões e
18 navios de guerra mas a base naval continuou operacional e nenhum portaaviões foi afundado.
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A Chuva e o Bom Tempo
Opinião
Todos não somos demais…
Em defesa da portugalidade
Há dias assim. Queremos escrever mas a vontade falta. Não os assuntos
como tal. Porque a variedade é grande. No entanto, face a todas as
engrenagens que se aplicam contra ventos e marés a procurar justificar
o injustificável, a tentar revirar a verdade na forma que melhor sirva as
suas pretensões e os seus amigos, ao ver tanta falcatrua que nos estoura
na face e sem que se veja o caminho que tomarão os seus cometentes,
deixem-me dizer-lhes que começo a ter ensejo de assobiar para o lado e
deixar correr o barco.
Só que, o bichinho da lógica, da justiça, rói muito no interior e força a
retomar a escrita para mais um desabafo, que isto de comentar episódios
rocambolescos da vida nacional, nem sempre pode ser visto através do
“água mole em pedra dura…”.
O assunto do dia é, e será certamente por um bom período de tempo, a
detenção de Sócrates.
A cidade de Évora, se não fosse já — com real justiça — Património da
Humanidade, seria agora propulsada à celebridade, pelas imprensas
estrangeiras, devido ao tristemente célebre ex-primeiro-ministro português.
O homem que nunca acreditou que alguém tivesse a coragem — ver
ousadia — de o mandar prender. Ele permitiu-se mesmo desafiar juízes e
procuradores provocando-as para testar forças.
Toda esta arrogância apoia-se nos compadrios que estabeleceu durante
os anos de poder, no controlo da imprensa falada e escrita que pôs em
prática, e em todas as outras manobras que ele próprio ou alguns dos
seus lacaios efectuaram, para fazer desse controlo uma realidade que lhe
proporcionava a manutenção no poleiro e a capacidade de dirigir o país à
sua vontade e à dos seus caprichos.
Evidentemente que essa forma de agir tinha também outros objectivos.
Silenciar adversários e quantos quisessem aprofundar as suas actuações
fraudulentas.
2
A pergunta que muita gente faz é como é possível que tenham permitido
durante tanto tempo esta situação.
Como foi possível que tanta gente enriqueceu graças ao regime e que
tanto dinheiro tenha sido retirado das verbas europeias destinado ao
desenvolvimento industrial ou agrícola, para sub-repticiamente ser
depositado em contas bancárias em paraísos fiscais.
Perguntarão se o povo teve alguma vez reacções sobre este tipo de
comportamento da parte do pm na época e, igualmente, do próprio
Presidente, que cada vez mais se afirma inapto a exercer o cargo.
Uma das funções de um presidente é exactamente de acompanhar o
funcionamento do governo e intervir sempre que os métodos utilizados
sejam contra a boa ética ou a indispensável autonomia nacional.
Ora, foi com Sócrates que Portugal começou a ser vendido a retalho e
invadido por compradores do que de bom existisse. Já disse há tempos não
compreender porque grandes empresas estrangeiras adquiriram e mantêm
o cap noutros domínios sobre empresas, quase instituições nacionais
ditas deficitárias. Será que dirigidas por estrangeiros essas companhias
passarão a ser rentáveis? E se sim, porque é que Portugal as não guarda
e faz dirigir por gente capaz? Que ainda temos.
Toda esta engrenagem tem ligações que rendem muitas luvas a muita
gente. O caso do Freeport, a nacionalização do BPN, as derrapagens das
PPP, os muitos milhões das Scuts, as rendas excessivas pagas à EDP, o
caso do aeroporto na outra banda, os 200 milhões que “desapareceram”
do projecto da auto-estrada do Douro e tantos, tantos outros, são apenas
uns exemplos.
O problema para Portugal é que o sistema está de tal modo instaurado que
existem alminhas hipnotizadas, convictas defensoras da seita, que estão
completamente anestesiadas, achando mesmo exagerada a detenção
do ex-dirigente. Penso que a decisão foi acertada, ao mesmo tempo que
espero que não seja única. Há muitos mais implicados e responsáveis por
largos desvios de dinheiro, avultadas somas que têm de ser devolvidas
ao país. Do mesmo modo, não serão apenas os governantes passados…
há que investigar e aplicar medidas idênticas a gente que se encontra no
governo actual. Isto quererá dizer de que necessitamos de outros Carlos
Alexandre e, a fim de meter ordem definitiva nesta “máfia” maçónica que se
instalou no poder, formar um governo tipo de Salvação Nacional, com gente
idónea não afiliada a nenhum partido, com o apoio das Forças Armadas, os
guardiões da Independência Nacional.
É importante e urgente este tipo de governação.
Temos de afirmar Portugal. E todos não somos demais…
Raul Mesquita
João J. Brandão Ferreira
Será sensato apostar em tudo o que é genuinamente português e que
tenha provado bem ao longo dos séculos.
As instituições de solidariedade social, onde se devem destacar as
misericórdias – a instituição nacional permanente, mais antiga ainda em
funcionamento (fundadas em 1498) – por serem um elo de entreajuda
entre todos, muito relevante. A expressão maior da solidariedade social,
porém, revela-se no espírito de defesa, pois trata-se da solidariedade
(sobrevivência) para com toda a Nação. Por isso nunca se deve
menosprezar o aparelho de segurança e as tradições militares nacionais.
Por isso, também, se deve retomar o serviço militar obrigatório, que tem
origem e tradição desde o início da nacionalidade.
Os portugueses também têm a sua Filosofia (embora não sejam dados a
grandes reflexões), a sua Música, a sua Pintura, a sua Arquitectura (cujo
expoente se encontra no “manuelino”), a sua Escultura, o seu Teatro, o
seu Cinema e uma Literatura em prosa e poesia, que foi sempre pujante.
As Ciências portuguesas também têm os seus pergaminhos e o seu lugar
na História. História que não nos coloca mal no ranking das maiores
nações a nível mundial e só nos tem deslustrado quando as divisões
internas são mal resolvidas, como acentuadamente se fez sentir desde
1820 até aos nossos dias.
Todo este passado deixou rastro e deixou lastro. Está representado em
todo o património cultural, a que se deve juntar o património territorial – a
geografia física – que vai desde o coberto vegetal à orla marítima, das
belezas naturais ao reordenamento do território.
Existe ainda, e sobretudo, um património moral e religioso, enformado pelo
cristianismo e um sentimento de pertença e de coesão que foi moldado
por uma vivência em comum de séculos, com as suas tragédias e alegrias;
vicissitudes e objectivos alcançados; derrotas e vitórias.
Foi tudo isto que fez com que nós sejamos como somos e não uma coisa
diferente. E poucos portugueses tomam consciência da sorte que têm em
estarmos neste canto do Ocidente europeu, com muito mar pelo meio
– mar que une, não divide. Só nos damos conta disso quando estamos
longe e aí sentimos a “Saudade”, que não necessita de definição, pois
todos sabemos o que é sem qualquer tipo de aprendizagem e, estou em
crer, ninguém no mundo a entende como nós.
Existe ainda uma saudade interior, confinada ao espaço lusíada, que está
ligada à memória das grandezas passadas e ao mito sebástico. Enfim,
coisas nossas…
Devemos, pois, voltar a tudo o que seja português – sem arrivismos,
xenofobismos nem chauvinismos que nunca tivemos, pois não estão na
nossa índole – (sem fechar os olhos a nada e estando atentos a tudo),
pois é imperativo reaportuguesar Portugal.
[1] In Elementos Fundamentais da Cultura Portuguesa.
[2] O professor Cavaco Silva fez-se representar nas cerimónias. Esteve
bem representado, com o senão de dever ser ele a estar presente. Pela
simples razão de que apenas existe um local para o chefe do Estado
estar, em todos os dias 1.º de Dezembro: a Praça dos Restauradores!
Oficial piloto aviador
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D. Afonso II, 3 roi de Portugal.
1ère dynastie ou dynastie de Bourgogne.
Le prince Afonso est né le 23 d’avril
1185, à Coimbra, fils de D. Sancho I et
de D. Dulce d’Aragon ou D. Dulce de
Barcelone, infante d’Aragon. Le prince
se marie, en 1208 avec D. Urraca fille
d’Afonso VIII de Castille et sœur de D.
Branca (Blanche de Castille), épouse
de Louis VIII de France. Ses premières
années de règne ont été marquées par
de violents conflits internes avec ses
sœurs et frères, ce que lui ont valu le
désaccord avec le pape. Les Cortes de
Coimbra réunies, en 1211, ont permis
que les mêmes lois soient appliquées
dans tout le pays, car auparavant
n’était pas le cas. C’est encore sous
son règne, qui ont été créé des diplômes écrits, afin de justifier les possessions
des terres, car il y avait des quantités des Seigneurs nobles ou de l’église
s’appropriait des terres sans aucun droit juridique. À partir de ces diplômes, ils
seraient obligés de montrer des preuves, et, si c’était le cas, ils recevaient un
document «Carta de Confirmação de Posse», certifiant la possession du bien.
semences. Cette méthode a provoqué la colère de l’archevêque de Braga et
aggravé les rapports entre le roi et l’église, le roi D. Afonso II est excommunié.
Le gouvernement du roi D. Afonso II a été court et compliqué, surtout avec son
combat contre les classes des privilégiés et les conflits avec l’église et de la
publication des nouvelles lois contre les abus de la noblesse et du clergé. Suite
à ces conflits, le roi est obligé de s’exiler à Guimarães, ce que lui oblige à visiter
beaucoup de villes lors de ses déplacements, puisque la vie à la cour (Coimbra),
était plutôt très mouvementée.
Les Cortes de Coimbra furent un moment décisif pour le passage d’une monarchie
féodale à une monarchie des légistes. Désormais l’activité législative du roi, sans
la moindre référence au consentement des barons, s’exerça dans la Cour du Roi.
On peut comparer la pratique suivie par le roi portugais D. Afonso II, à celle de
ses contemporains Philippe Auguste de France. Le roi portugais envoie étudier à
Boulogne une pléiade de légistes qu’il rassemble dans la cour portugaise à leur
retour. Nous pouvons considérer, cependant qui c’était le premier pas vers la
centralisation du pouvoir. Comme son père, D. Sancho I, D. Afonso II s’employa
à réduire la puissance de l’Église.
Le roi D. Afonso II conquiert d’autres
villes aux Maures au-delà du Tage;
Alcácer do Sal, Borba, Vila Viçosa,
Monforte et Moura. Il envoie des
militaires portugais pour aider les
forces d’Afonso VIII de Castille, Sancho
VII de Navarre et Pedro II d’Aragon
combattre les Maures dans la bataille
das Navas de Tolosa (1). Entre 1217 et
1219, D. Afonso II, il part de Coimbra
vers Guimarães où il restera quelque
temps. C’est à partir de Guimarães
qu’en 1219, le roi va descendre jusqu’à
Coimbra en passant par les villes de
Leomil et de Trancoso. D. Afonso II était
un grand voyager. Des nombreuses
villes des Beiras, le roi les avait visités
et séjournés, au-delà avoir conquises
des villes du sud du territoire. D. Afonso
II, encore comme infant du royaume,
a grandi avec les forces militaires de son père, D. Sancho I, dans les guerres
qui opposaient le Portugal aux musulmans, toujours dans esprit de les pousser
vers le sud et les pourchasser de l’Algarve (Gharb) et du territoire portugais.
L’extension du territoire que son grand-père, D. Afonso Henriques, et que son
père, D. Sancho I, avait initié.
C’est sous le règne de D. Afonso II,
meurt Julião Pais (Paes), chancelier
de D. Afonso Henriques, et que son
père, D. Sancho I, responsable de
la chancellerie royale durant plus
de trente années. Le roi D. Afonso II
nomme Gonçalo Mendes chancelier
du royaume. Cette nomination n’a
pas été du goût de l’archevêque de
Braga, puisque auparavant le choix
des chanceliers était en accord entre
l’église et le roi. L’archevêque proteste
auprès du roi, le fait qu’il soit obligé
de payer des impôts sur les récoltes
de ses terres. Le roi envoie de milices
de Coimbra et de Guimarães envahir
les terres de l’archevêque pour faire
détruire les récoltes, vignes et les
3
Le prince Sancho, futur D. Sancho II, à l’âge de treize ans, à la mort de son père,
prends le trône et cortes ne se réuniront qu’une seule fois sur son règne, en
1229. Les barons ont pris les rênes du pouvoir, puisque lors des cortes de 1229,
un ecclésiastique de Rome est venu assister pour tenter d’apaiser les conflits
avec le royaume portugais et tenter de mettre de l’ordre après du nouveau roi.
Leonor, infante de Portugal, fille du roi Afonso II, se marie, en 1229 avec le futur
Vardemar III, roi de la Danemark. L’infant Afonso, qui ne devrait pas hériter le
trône du Portugal, quitte le Portugal, pour la France où il se marie avec Matilde II
comtesse de Boulogne, veuve de Philippe Hurepel. Afonso devient comte de
Bologne. Afonso, comte de Bourgogne, est militaire en France au service du roi
Louis IX de France, son cousin.
D. Afonso II meurt le 25 mars 1223. Il a régné du 26 mars 1211 à 25 mars 1223.
Son tombeau se trouve au monastère d’Alcobaça à Alcobaça.
(1) Dans l’actuelle Espagne
Photos :
2014-03-01 Æ D. Afonso II
2014-03-02 Æ D. Urraca
2014-03-03 Æ Château-Pousada à Alcácer do Sal
2014-03-04 Æ Pousada D. Afonso II à Alcácer do Sal
2014-03-05 Æ Drapeau de D. Afonso II, aussi utilisé déjà sous le règne de
D. Sancho I.
Manuel do Nascimento
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Ao compasso do tempo…1
A “AVENIDA”…
Prestadia… Vítima… Cobiçada…
Brasilino Godinho
[email protected]
01. A “Avenida” entrou na gíria aveirense como designação abreviada da Avenida
Dr. Lourenço Peixinho; a qual, durante bastantes décadas, foi a principal artéria
da cidade de Aveiro.
Quando foi iniciada no dia 3 de Junho de 1918, a obra estava condicionada
não só pela falta de recursos financeiros, mas pelos escassos e rudimentares
meios operacionais existentes à época e, também, pelas insuficiências técnicas
urbanistas então prevalecentes e pelos condicionalismos locais que, de alguma
forma, delimitavam ou impediam o alcance de soluções mais qualificadas,
extensas, e abrangentes, quaisquer que elas fossem perspectivadas para o
futuro; este, encarado numa visão de evolução do desenvolvimento da urbe.
Assim, a modos, do singular procedimento tido pelo Marquês de Pombal,
arquitecto Eugénio dos Santos e engenheiro Manuel da Maia, relativamente à
construção do Passeio Público que precedeu a actual Avenida da Liberdade, em
Lisboa.
Apesar de todos os aspectos depreciativos com que actualmente se encara a
sua situação, a “Avenida” ainda conserva funcionalidade, interesse turístico e a
imagem de marca da cidade a nível nacional.
02. Pela minha parte, desde que a conheci no ano 1963 (altura em que fixei
residência em Aveiro), que lhe devoto afeição e me despertou, por vezes,
atenção particular; nomeadamente quando, nos meados da década de noventa,
escrevi uma crónica em que sugeria o prolongamento da “Avenida” para além da
estação ferroviária – sugestão que, ao tempo, se bem estive atento, só suscitou
uma reacção negativa de alguém que, não se apercebendo da implícita hipótese
de túnel, enviou carta ao director do “Diário de Aveiro” manifestando a sua
indignação e dizendo que o cronista pretendia arrastar a demolição da estação
da CP. Uns cinco ou seis anos depois era iniciada a construção do túnel. É uma
obra importante.
4
03. A meu ver, o túnel não deveria ser aproveitado para entrada e (ou) saída de um
qualquer parque de estacionamento. Antes, poderia ser uma ligação rodoviária
entre a “Avenida” e o amplo espaço além da via férrea onde se radicaria uma
natural área de expansão da cidade – a nova zona nobre da urbe aveirense que
englobaria a Praça do Município e, nela construído, o imóvel que falta – os novos
Paços do Concelho. Nada mais, nem menos, que o emblemático equipamento
público, por excelência, que muito nobilitaria Aveiro.
04. Também, naquela época, escrevi que era do maior interesse construir uma
variante da linha da CP que possibilitasse a remoção do troço que atravessa
a cidade. E neste ponto, há que registar que a linha do TGV vai contemplar tal
hipótese. E vem a talho de foice, com a maior pertinência, perguntar por que
não construir uma variante à actual linha do Norte que, no atravessamento do
território concelhio, acompanhasse em paralelo, o traçado da dita linha do TGV?
Com este posicionamento tal variante comportaria um encargo financeiro algo
acessível ao Erário e ao orçamento da CP. Causa-me uma certa perplexidade que
as entidades oficiais do concelho e as forças mais representativas da sociedade
aveirense, ainda não tenham acolhido essa possibilidade.
05. Claro que antecipo a rejeição do meu ponto de vista, uma vez que percebo que
na fase actual de envolvimento da autarquia no processo dito de requalificação
da “Avenida”, não haverá vontade para aceitar esta sugestão. Mas deixo o registo
para a posterioridade. E, face à hipotética recusa, lamento!
Em primeiro lugar, porque qualquer das duas precedentes sugestões, se aceites,
dariam azo a que não só a “Avenida” beneficiaria com o enquadramento zonal
mas, outrossim, a cidade ficaria enriquecida com uma qualificada e excelente
centralidade, desde que a sua planificação fosse de superior qualidade
urbanística e deveras funcional. Depois, porque se houver precipitação de
julgamento na apreciação da problemática em causa e não forem acautelados os
superiores interesses da cidade e dos seus residentes, surgirão desagradáveis
consequências num futuro, que - inequivocamente, se entenda - haverá sempre
que projectar no devir acumulado das gerações que nos hão-de suceder. Assim
acontecendo a rejeição do ora proposto, ter-se-ão desperdiçado oportunidades
de adopção de instrumentos e de aquisição de equipamentos, uns e outros,
susceptíveis de assegurar melhor qualidade de vida às populações e de
muitíssimo valorizar a cidade. O que é uma tremenda responsabilidade de
quantos são, na hora que passa, os detentores do Poder.
06. Vejo com a maior apreensão a ideia do parqueamento subterrâneo na “Avenida”
ou na área além da via-férrea. Existem na “Avenida” e espaços adjacentes,
vários parques silos de estacionamento e outros poderão ser instalados em
novas construções. Além de que os parques subterrâneos implicam grandes
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custos de construção e manutenção. Alguém já apurou a rentabilidade do parque
subterrâneo da Praça Marquês de Pombal? O avultado encargo financeiro da
construção já foi ressarcido? Qual a estatística da utilização que lhe é dada
pelos automobilistas?
Se é preocupação das entidades envolvidas no famigerado processo, o
“enobrecimento sério” que “conferisse modernidade” à “Avenida”, será que um
parque de estacionamento subterrâneo lhe irá “devolver dignidade”?
07. Se já anotámos que a “Avenida” continua a ser prestimosa, há que referir que,
ao correr do tempo, foi vítima de algumas agressões. Não vamos enumerá-las.
Porém, importa dar menção de que as maiores terão sido perpetradas no seu
edificado. Aliás, desastradamente e, também, por acinte, atentados decorrentes
da peregrina ideia de que todos os edifícios antigos devem manter a traça das
suas fachadas e ser inamovíveis, contrariando, até, as leis da natureza. E deste
modo, esquecendo um princípio basilar: de que uma fachada de um edifício
é a decorrência normal, geométrica, funcional e estética das soluções das
respectivas plantas. E por manifesta ignorância ou não se haver respeitado este
princípio básico, deparamos com a aberração da existência na “Avenida” e suas
adjacências, de edifícios que designamos por os postiços (por exemplo: a sede
da agência do Banif, com aquela fachada de traça da primitiva construção e sobre
ela a sobrepor-se, num plano um pouco mais recuado, uma incrível e inestética
“gaiola” que está ali “metida a martelo” ou aquele edifício incaracterístico ao qual
foi encaixado um fingido frontispício de uma banalíssima e folclórica composição
geométrica, como se tratasse de uma relíquia arquitectónica; o qual, está situado
no gaveto da “Avenida” com o pequeno troço de extensão da Rua Eng.º Oudinot
a ligar à rotunda).
Depois, a existência de edifícios degradados que se mantêm indefinidamente
devolutos e abandonados, porque sendo antigos os respectivos proprietários
estão impedidos de os substituírem por novas construções com gabaritos iguais
aos que lhes são contíguos, constitui uma agressão extremamente grave à
estética, à panorâmica, à segurança e ao ambiente urbano. Igualmente, uma
abusiva, injusta, e absurda imposição que gratuitamente lesa os legítimos direitos
dos respectivos proprietários.
08. Mas, também, encaro frontalmente algo que se pode conjecturar dos
enunciados que têm vindo a público sobre a “Avenida”.
Parece-me intrigante que - em curto prazo e postos em movimentos uniformemente
acelerados, que irromperam com inusitadas velocidades iniciais - tenham
despertado, avassaladores, tão grandes empenhos pela chamada “requalificação
da Avenida”, pela travessia do Albói e pela fantástica ponte pedonal do Rossio.
Antevê-se que tantas e dispendiosas obras de ordenamento urbano possam
representar um dispêndio de milhões de euros. Então, é concebível que perante
o actual quadro - de avultado endividamento da câmara aveirense; de ocorrência
de um tempo de profunda crise em que se recomenda contenção nas despesas,
cortes salariais e drásticas reduções nas dotações financeiras advindas do
Estado para as autarquias; e, sobretudo, com o país à beira da bancarrota - a
Câmara Municipal de Aveiro estabeleça um programa que contempla o início das
obras da “Avenida”, sob projecto concebido e elaborado à pressa, já no próximo
ano? Francamente, interrogo-me se neste território municipal não haverão
outras prioridades. Porventura, demasiado gritantes? Como é possível vaticinar
a revitalização do comércio na “Avenida” por obra e graça das referidas obras?
Onde os comerciantes vão buscar o capital para os investimentos? O Fórum, ali
postado à ilharga, não é um agradável espaço pedonal? Um pólo comercial de
enorme relevância? Por favor, digam-me, se não representar grande incómodo
e desassossego nas aquietadas, quiçá sonolentas, consciências ora solicitadas
a pronunciarem-se, em que extraordinários recantos citadino ou nacional se
vão encontrar os agentes com capacidade, sobretudo, financeira para arriscar
investimentos, precisamente numa época de tantas carências e incertezas, em
que sobreleva tudo aquilo que de nefasto e arrasador se vislumbra no imediato
e curto período contado entre dois a seis anos?
09. As aparências que sobressaem no plano cívico e no tecido social,
considerados os dados e parâmetros expostos ao público, insinuam que a
“Avenida” é, afinal, mui cobiçada como meio interventivo e forma ostensiva de os
mentores e operadores do projecto, se tentarem pela ideia de se reverem numa
obra que os projecte para a posteridade. Se houver a disforme conformação
e a desagradável confirmação, estaremos perante um quadro deplorável de
abstracção dos interesses e direitos de cidadania da grei aveirense.
Prochaine edition: PALADAR
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Rosa dos Ventos
Rose des Vents
Villages historiques
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Piódão, Linhares da Beira, Trancoso, Marialva, Paço de Castelo Rodrigo, Almeida.
découvrir les visages du gouverneur et de son épouse, sur deux maisons
de Castelo Mendo
découvrir l’histoire de Belmonte au musée interactif (Museu interativo)
faire une pause près de la fontaine Chafariz da Bica à Castelo Novo et
admirer l’architecture de la place
apprécier les différentes phases de construction de la cathédrale
d’Idanha-a-Velha
ramener de Monsanto un « adufe », instrument de musique du folklore
régional, ou une « marafona », poupée en tissu
Castelo Mendo
Édifié au sommet d’un mont, en un point de défense stratégique, sur des vestiges
datant de l’Âge de Bronze et de l’époque romaine, Castelo Mendo est un village
historique entouré de murailles reconstruites au XIIè siècle sous l’ordre de D.
Sancho I roi du Portugal.
Belmonte
Les rues de cette ville ancienne ‘le premier foral lui fut octroyer par D. Sancho I
en 1199- conduisent au sommet d’un mont où se dresse la masse granitique de
l’ancien château.
Un document datant de 1258 décrit les lignes de cette construction : un haut
donjon, des murailles et des boulevards et la résidence de ses gouverneurs.
Interrompant l’austère architecture défensive, se découpe sur le pan occident
de la muraille, une élégante fenêtre manuéline géminée qui s’achève par la
représentation de l’un des symboles de D. Manuel, la sphère militaire et, le
bouclier des Cabrais, avec la représentation des deux chèvres. Cette illustre
famille, a comme corollaire de ses héros Pedro Álvares Cabral, ‘découvreur’ du
Brésil en 1500, et né à Belmonte en 1467.
Près du château se trouve la petite église romano gothique consacrée à S.
Jacques. À l’intérieur, une Pietà sculptée sur du granit et émouvante par sa
beauté rude s’intègre parfaitement dans la simplicité de l’architecture du temple.
Une annexe à l’église abrite le panthéon des Cabrais, bien que les cendres de
Pedro Álvares Cabral se trouvent à l’Église de Graça, à Santarém.
En 1229, D. Sancho II fit agrandir le château et concéda le Droit de Marché à la
population, ordonnant qu’elle ait lieu trois fois par an. Ce fut le premier marché
qui eu lieu régulièrement dans le royaume du Portugal, D. Dinis ayant ordonné
en 1281 qu’il devienne un marché franc avec une périodicité annuelle. Il existe
encore dans le village, le Hangar du Marché à l’endroit même où il eut lieu.
Le nom de la ville vient du premier gouverneur D. Mendo Mendes nommé par
D. Dinis au XIVè siècle, dont on peut apercevoir une sculpture en pierre sur l’un
des murs de l’ancienne Prison, qui selon la tradition populaire représente Mendo,
et sur une autre maison des environs une représentation de Menda, de ce fait
appelée Maison de la Menda, épouse de Mendo.
5
Une importante communauté judaïque s’est installée à Belmonte et a
considérablement augmenté lorsqu’en 1492, les Rois Catholiques d’Espagne
ont publié un édit d’expulsion des juifs, qui fut par la suite également établi par le
roi du Portugal en 1496. Pendant cette période, plusieurs juifs venus d’Espagne
se sont installés dans les localités
qui se trouvaient près de la frontière,
telle que Belmonte. Les maisons se
trouvaient, comme c’était la règle,
hors des murailles du château, dans
le Quartier de Marrocos, où l’on voit
encore, gravés sur la pierre près des
portes, les symboles des professions
exercées par la communauté, comme
le ciseau qui identifiait le tailleurs
d’habits.
La ville entourée de murailles avec six portes médiévales la principale encadréepar
2 ‘berrões’ (sculptures zoomorphes), est constituée par de simples maisons en
pierres, habituellement de deux étages, le rez-de-chaussée étant réservé au
bétail, et l’étage supérieur à l’habitation. Les rues extrêmement étroites, facilitaient
la défense de la ville qui fut le théâtre de luttes lors des guerres auxquelles le
Portugal participa, tout particulièrement celles qui concernaient les portugais et
les espagnols.
Belmonte préserve son ambiance
médiévale de la même façon exemplaire
que les juifs préservèrent en secret les
prières, les traditions et les coutumes
jusqu’à nos jours plus tolérants, ce
qui permit l’ouverture au culte d’une
nouvelle synagogue, Bet Eliahu.
Récemment le village a été restauré, retrouvant certaines des caractéristiques
originelles, la traversée des murs qui l’entourent est un véritable voyage dans le
passé.
Sur la route qui mène à Guarda, on trouve sur la gauche la Tour de Centum Cellas,
curieuse construction dont on ne connaît pas encore avec certitude l’origine.
à suivre
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Ruas
de
Àgueda - Portugal
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Le règne de l’imprévisibilité
Nous bénéficierons d’un pétrole moins cher, mais les perturbations engendrées
par la glissade du cours du pétrole ont été nombreuses — et certaines d’entre
elles sont tout aussi imprévisibles, dit Pierre Duhamel.
par Pierre Duhamel
Il y a sept ans, un philosophe libano-américain, Nassim Nicolas Taleb, publiait un
superbe essai sur la puissance de l’imprévisibilité, intitulé Le cygne noir (Éditions
Les Belles Lettres).
La dégringolade subite et prononcée du prix du baril de pétrole, tout comme ses
nombreuses conséquences sur l’économie mondiale et canadienne et sur les
marchés boursiers, est l’un des innombrables exemples qui illustre combien il est
souvent futile d’essayer de prédire l’avenir.
D’abord, un mot sur le plus grand spécialiste mondial des sciences du hasard.
Il est lui-même un ancien trader (courtier de Bourse), rompu aux transactions
boursières de haut niveau et aux mathématiques financières. Il est aussi un
philosophe qui enseigne l’ingénierie du risque à l’Institut polytechnique de
l’Université de New York. Par son seul cheminement, on voit déjà que c’est un
drôle d’oiseau.
DeGama est une coopérative de solidarité qui a pour mission de favoriser
l’intégration des immigrants tout en valorisant l’offre de service des organismes
et entreprises qui œuvrent auprès d’eux. Pour ce faire, nous offrons une vaste
gamme d’activités touchant leur cheminement personnel, professionnel, social
et familial. Notre programmation est développée en fonction des interrogations
exprimées par des personnes nouvellement arrivées ainsi que par les expériences
de nos partenaires. Ainsi, toutes les conférences et les ateliers proposés par
DeGama sont développés suivant les besoins de notre clientèle.
Merci de tout cœur de votre soutien, grâce à vous des gens, de partout dans le
monde, qui ont choisis notre coin de planète pour vivre, découvrent le Québec
que nous aimons et que nous souhaitons à la hauteur de leurs rêves !.
La plupart des activités sont gratuites pour les membres de DeGama - 10$ pour
les non membres
Pour devenir membre (20$)
Vous pouvez faire une différence :
Son cygne noir est la métaphore qu’il emploie pour identifier des événements
hautement improbables que personne n’a su voir venir. Les Européens croyaient
en effet que les cygnes ne pouvaient être que blancs, avant qu’on en observe
des noirs lors de la découverte de l’Australie.
Aucun économiste prévisionniste ou financier n’avait envisagé que le baril du
pétrole pourrait se retrouver à 65 dollars le baril à la fin de 2014, même les plus
pessimistes d’entre eux. Ils se sont tous plantés. Et que dire des économistes
comme Jeff Rubin, qui écrivait, en 2009 (Why the world is about to get a whole lot
smaller), que la rareté du pétrole pousserait son prix à 200 dollars le baril !
Pour que le prix baisse au niveau actuel — et qui dit qu’il ne pourrait pas descendre
encore plus bas ? —, il a fallu que l’économie chinoise accentue sa décélération
et fasse moins bien que prévu, ce qui a restreint la demande.
Il a aussi fallu que les producteurs de pétrole de schiste américains fassent
mieux que prévu, ce qui accroît l’offre. Les réserves américaines sont en effet à
leur plus fort niveau depuis 1975.
Pour chaque contribution de 20$, nous vous offrons :
• un accès gratuit aux ateliers que nous organisons (une centaine par année)
jusqu’à la fin 2015
• des tarifs réduits pour assister à nos conférences jusqu’à la fin 2015
• Boutique Petits Gâteaux : un mini cupcake gratuit
• COOP KATACOMBES : une petite bière gratuite
• CMIPQ: Vaccin contre la grippe 10$ (rég. 15$)
Juste à compléter le formulaire et nous le retourner par courriel, nous vous
enverrons votre facture par la suite
Pour contribuer ou devenir membre
2 mois seulement depuis notre lancement et déjà :
- 314 participants
- 20 activités
Et plusieurs bonnes nouvelles à venir en janvier 2015...
Joignez nous sur Facebook
Il a fallu enfin que les Saoudiens inondent le marché pour casser les prix et
conserver leur part de marché, ce qui a perturbé au plus haut point les producteurs
à coûts plus élevé, comme la Russie, l’Iran et le Nigeria, mais aussi les ÉtatsUnis et le Canada. L’hebdomadaire anglais The Economist a, à ce sujet, une très
belle page couverture, cette semaine.
Nathalie Rochefort
Présidente
[email protected]
Nous bénéficierons d’un pétrole moins cher, mais les perturbations engendrées
par la glissade du cours du pétrole ont été nombreuses — et certaines d’entre
elles sont tout aussi imprévisibles.
Dominique Mené-Smiley
Relations avec les communautés
[email protected]
Il y a d’abord l’instabilité. Les milieux financiers n’aiment pas les revirements
brusques aux conséquences incertaines, et les Bourses sont en recul partout.
Ce lundi a été pitoyable à la Bourse de Toronto, qui a connu sa pire journée en 18
mois. Le recul de 2,3 % de l’indice a effacé une partie des gains de l’année. Voilà
une mauvaise nouvelle pour les investisseurs et les fonds de pension.
Il y a aussi l’inquiétude. Les devises des pays émergents sont à leur plus bas
depuis 14 ans. Pour certain d’entre eux, le recul de leur monnaie face au dollar
américain signifie une dette de 2 600 milliards libellée aux trois quarts en billets
verts plus lourde à supporter, ce qui rend les prêteurs plus nerveux.
Il y a enfin la fragilité. La Bourse de Shanghai accuse, mardi, un recul de 5,3 %,
parce qu’on se rappelle tout d’un coup que l’économie chinoise n’est pas à l’abri
d’un crash immobilier et de ses conséquences. Signe d’un ralentissement : les
importations chinoises ont baissé de 6,7 % en novembre.
La Bourse d’Athènes plonge de 11,3 %, mardi, et le coût du financement de sa
dette grimpe, parce qu’on craint les résultats des élections qui viennent d’être
annoncées. Cela nous fait d’un coup penser que l’économie de la zone euro n’est
guère florissante.
De plus, malgré les milliards qui pleuvent sur l’Italie et le Japon pour relancer leur
économie, ces deux importants pays restent dans le coma. Standard & Poor’s
vient d’abaisser d’un nouveau cran la note de l’Italie, et la récession est plus
importante que prévue au Japon.
Le Canada montre également ses zones de fragilité. Si la Bourse de Toronto
recule, c’est évidemment parce que le secteur de l’énergie est fortement secoué.
Cela est prévisible. La demande plus faible pour les matières premières en
Chine et dans d’autres pays explique aussi le tassement des titres du secteur
des ressources.
Ce qui était plus imprévisible, c’est le repli des banques. La plupart d’entre elles
ont déçu les attentes des analystes, et les experts craignent que leurs clients
empruntent moins, à cause de leur endettement et de la conjoncture morose.
Le prix du pétrole semble se stabiliser aujourd’hui, et le dollar canadien a arrêté
sa chute. La Bourse de Toronto accuse toujours un recul, mais il est bien moins
accentué que celui de lundi, et rien n’interdit un redressement de fin de séance.
Mais cela reste imprévisible.
***
À propos de Pierre Duhamel
Journaliste depuis plus de 30 ans, Pierre Duhamel observe de près et commente
l’actualité économique depuis 1986. Il a été rédacteur en chef et/ou éditeur de
plusieurs publications, dont des magazines (Commerce, Affaires Plus, Montréal
Centre-Ville) et des journaux spécialisés (Finance & Investissement, Investment
Executive). Conférencier recherché, Pierre Duhamel a aussi commenté l’actualité
économique sur les ondes du canal Argent, de LCN et de TVA. On peut le trouver
sur Facebook et Twitter : @duhamelp.
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Le temps des fêtes à Laval
Fêtes et festivals , Noël
gratuite des arbres de Noël naturels. Cette année, cette collecte a lieu le même
jour que la collecte des matières recyclables, soit du 5 au 16 janvier 2015.
Les collectes des ordures et matières
recyclables des jeudis 25 décembre
2014 et 1er janvier 2015 sont reportés
aux samedis suivants, soit les 27
décembre 2014 et 3 janvier 2015. Les
secteurs concernés par ce changement
d’horaire sont ceux dont le code postal
débute par H7T, H7V et H7W.
Le temps des fêtes arrive à grands pas et à Laval, ce n’est pas le choix d’activités
à faire qui manque!
Voici un aperçu de celles qui vous
sont proposées, de même que des
informations sur les horaires des
collectes des ordures, matières
recyclables et sapins de Noël.
Ne manquez pas, entre autres, le
Marché de Noël de Laval, St-Vincent
en lumière, l’activité d’échange Troc tes
jouets ou encore Donne-moi un jouet.
Le 31 décembre, prenez part à la fête en participant au coup d’envoi des festivités
du 50e anniversaire de la Ville! Animations, spectacles d’envergure, activités et
feux d’artifice feront de cette soirée un événement mémorable.
Collecte des sapins et arbres de Noël
Collecte des ordures
Collecte des matières recyclables
Prudence en temps de réjouissances
Les services de police et de sécurité incendie vous invitent à appliquer ces
quelques consignes de sécurité afin qu’aucun incident malheureux ne survienne
pendant la période des fêtes.
Toutes les activités du temps des fêtes
Patin, piscine ou gymnase?
Chaque année pendant le temps des
fêtes, des périodes de patinage et de
hockey libre sont offertes dans les
arénas et patinoires extérieures de
Laval. Dans les piscines intérieures,
les bains libres sont également très
populaires. Vous pouvez aussi profiter
des installations dans les centres
communautaires et sportifs.
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Aussi, l’aire de réception de matériaux
secs située au 4026 est fermée pour
la période des fêtes, soit du 22 décembre 2014 au 3 janvier 2015 inclusivement.
Horaire de patinage libre dans les arénas de Laval
Horaire des patinoires extérieures de Laval
Horaire des piscines intérieures de Laval
Coordonnées des centres sportifs et communautaires de Laval
Dans les parcs
arénas et patinoires extérieuresDès
que les conditions climatiques sont
favorables, que ce soit au Centre de la
nature, au parc de la Rivière-des-MilleÎles ou au parc des Prairies, la marche,
le ski de fond, la raquette, le patinage
ou les glissades sont à l’honneur.
Des activités spéciales sur le thème du temps des fêtes sont également
prévues.
Vous préférez rester près de la maison? Alors les quelques 217 parcs municipaux
vous offrent des installations pour profiter de l’hiver.
Centre de la nature de Laval
Parc de la Rivière-des-Mille-Îles
Parc des Prairies
Parcs municipaux, bois et boisés
Pour votre résidence, assurez-vous d’acheter un sapin de Noël récent, qui
n’est pas sec. Utilisez des lumières décoratives homologuées CSA, évitez les
surcharges et éloignez les cadeaux et les objets inflammables des appareils
de chauffage. Prenez aussi le temps de vérifier le bon fonctionnement des
avertisseurs de fumée sur chaque étage. Quant aux bougies, fixez-les et gardezles loin des enfants. N’oubliez pas de les éteindre avant d’aller dormir ou avant
de sortir de la maison
Lors de vos tournées dans les magasins, verrouillez toujours les portières de votre
véhicule et garez-vous dans des endroits non isolés et bien éclairés. Laissez vos
cadeaux et vos sacs dans le coffre arrière.
Attention à vos appareils électroniques (téléphones intelligents, ordinateurs
portables, etc.) : ils sont très populaires auprès des voleurs. Apportez-les avec
vous ou gardez-les hors de la vue.
Des contrôles routiers accrus pour
contrer l’alcool et la drogue au volant.
Durant la période des fêtes, les
policiers de Laval vous conseillent de
planifier un moyen de remplacement
(Nez rouge, transport en commun, taxi,
conducteur désigné) pour votre retour
à la maison et d’éviter de monter à
bord d’un véhicule dont le conducteur
présente des facultés affaiblies.
Du 1er décembre 2014 au 2 janvier 2015, tous les services de police québécois,
en partenariat avec la Société de l’assurance automobile du Québec, l’Association
des directeurs de police du Québec et Contrôle routier Québec, participeront à
l’opération VACCIN (Vérification accrue de la capacité de conduite - intervention
nationale) au cours de laquelle nos policiers et leurs collègues effectueront
environ 1500 contrôles routiers partout au Québec.
Vous devez vous absenter de votre domicile pour plusieurs jours? Assurez-vous
de sécuriser votre domicile et faites en sorte de simuler une présence tout au
long de votre absence afin d’éviter l’attention des cambrioleurs
Arts et culture
Côté arts et culture, Laval en a pour
tous les goûts. Que ce soit dans les
bibilothèques ou à la Maison des arts
de Laval (MDA), de nombreuses idées
de sorties vous attendent.
Spectacles jeune public, expositions,
animations ou ateliers en famille, à
vous de choisir!
Horaire des 9 bibliothèques de Laval pendant le temps des fêtes
Programmation de la Maison des arts de Laval
Horaire de la Maison des arts de Laval pendant le temps des fêtes
Collecte des ordures, matières recyclables et sapins de Noël
Chaque année, après le temps des fêtes, la Ville de Laval organise la collecte
Vérifiez que les portes et fenêtres de votre maison sont bien verrouillées.
Installez des ampoules équipées d’une minuterie qui permet d’allumer et
d’éteindre les lumières à heures fixes,
avec un décalage.
Demandez à quelqu’un de récupérer
votre courrier et de déneiger votre
entrée (les services postaux peuvent
également conserver vos lettres
jusqu’à votre retour).
Ne signalez jamais sur les médias
sociaux que vous partez en vacances.
Transférez votre ligne téléphonique
vers un numéro auquel une personne
pourra répondre.
Avisez vos voisins de votre absence.
Conservez un minimum d’objets de valeurs à l’intérieur de votre domicile et
assurez-vous de les dissimuler.
Débarrassez-vous judicieusement des boîtes de nouveaux appareils électroniques
qui pourraient donner des indices sur ce que vous possédez
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EMBAIXADA DE PORTUGAL
O Embaixador
Otava, dezembro de 2014
Mensagem de Natal e de Ano Novo
Caros amigos,
Em meu nome pessoal e dos funcionários da Embaixada de Portugal, quero desejar-lhes um feliz Natal e próspero Ano Novo, com paz, muita
saúde e sucessos pessoais, em companhia da família e dos amigos.
Estou seguro de que, em 2015, continuará a cooperação, cada vez mais forte, desta Embaixada e dos postos consulares aos portugueses e
luso-descendentes, trabalhando conjuntamente em benefício de todos e da maior relevância e unidade da nossa comunidade.
Portugal nunca esquece os seus filhos, estejam eles onde estiverem; mas os seus filhos que vivem no Canadá, também não esquecem a sua
Pátria.
Estarei sempre à vossa disposição para ouvir sugestões e contribuir para a resolução dos problemas que se levantem.
A todos muito Boas Festas.
9
CONSULADO-GERAL DE PORTUGAL
MONTREAL
Mensagem de Natal e do Ano Novo de 2015
do Cônsul-Geral de Portugal em Montreal
Nesta minha primeira mensagem de Natal e de Ano Novo enquanto Cônsul-Geral de Portugal em Montreal, é com muita honra que me dirijo aos
portugueses e lusodescendentes residentes na área de jurisdição deste posto consular, para vos desejar um Feliz Natal e um próspero Ano Novo, em meu
nome e de todos os funcionários do Consulado-Geral de Portugal em Montreal.
Nesta quadra natalícia, gostaria também de enviar uma palavra especial de solidariedade a todos aqueles que, por diversas razões, se encontram impedidos
de estarem junto dos seus familiares e amigos.
Neste momento em que devemos dar uma maior atenção àqueles que enfrentam mais dificuldades, permitam-me evidenciar a generosidade e o apoio
que é prestado por diversas Associações de cariz social da nossa Comunidade, e por inúmeros voluntários, em prol dos mais desfavorecidos, sejam estes
portugueses ou de outras nacionalidades.
Numa altura em que se nos colocam diversos desafios, permitam-me também aproveitar esta ocasião para salientar a importância de um maior envolvimento
dos jovens luso-canadianos nas atividades da nossa Comunidade, particularmente no que diz respeito às Associações.
Numa época assinalada por diversas mudanças, importa encontrar soluções apelativas à participação dos elementos mais jovens da nossa Comunidade
no movimento associativo. O papel dos jovens é essencial para a assegurar uma maior visibilidade da nossa cultura e a continuidade das nossas tradições
neste país.
Aproximando-se um novo ano, queria igualmente expressar a minha confiança e otimismo no trabalho conjunto que certamente iremos levar a cabo
em 2015. Pela nossa parte, o Consulado-Geral de Portugal em Montreal continuará ao dispor dos portugueses e dos luso-canadianos e disponível para
desenvolver projectos conjuntos, designadamente com as Associações e outras Instituições de raiz portuguesa.
Gostaria assim de reiterar, a todos os membros da Comunidade Portuguesa, os meus calorosos votos de um Feliz Natal e de um ano de 2015 cheio de saúde
e de prosperidade.
O Cônsul-Geral
José Eduardo Bleck Guedes de Sousa
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TEMPO DE POESIA - VII
Século XVI, época primeira
O Renascimento é um impulso intelectual provocado a partir do século XV, em
Itália e depois em toda a Europa, pelo retorno às ideias da Arte antiga grecolatina : período histórico que vai do século XIV, até ao fim do século VI.
O Renascimento corresponde ao princípio dos Tempos Modernos. (extracto do
petit Robert)
Foram Sá de Miranda e o humanista Dr. António Ferreira que tiveram mais
influência sobre os poetas da primeira metade do século XVI, introduzindo a
poética e o humanismo italianos em Portugal.
Escolha de Isabel Meyrelles
Tradução e Colaboração de Maria Fernanda Pinto
Poetas tais como D. Manuel de Portugal, Francisco Sá de Menezes, Jorge
Ferreira de Vasconcelos, André Falcão de Resende e sobretudo António Ferreira
e também outros poetas menos conhecidos.
António Ferreira, nasceu em 1528 em Lisboa e aí faleceu em 1569. Estudando
na Biblioteca do duque de Coimbra, bem como no seu meio de estudante em
Direito, rapidamente atingiu uma sólida cultura Humanista. António Ferreira
escreveu também a tragédia «A Castro», obra prima do Teatro português. Uma
grande parte destes poetas empregaram a língua portuguesa em forma de
contestação contra o castelhano, que era empregue na Corte.
António Ferreira
Soneto
Diogo Bernardes (1530-1595 ?)
Parecerá, senhora, em outra idade
milagre grande o que hoje todos vemos.
Quem haverá que creia tais extremos
d’amor, de fermosura, e crueldade?
– Se não fora verdade,
Foi um grande admirador de Sá de Miranda. Diogo Bernardes foi escolhido
para celebrar em verso o suposto triunfo do rei D. Sebastião em Alcácer-Quibir.
Acompanhando o rei nesta guerra foi também feito cativo. Liberto por Filipe II
de Espanha, a quem se ligou levado por laços de gratidão.
Diogo Bernardes deixou várias obras, entre as quais «Flores do Lima», que é
um dos seus melhores livros, sempre fiel à tradição lírica portuguesa.
quem podera inventar isto que lemos?
10
E se tal foi, já agora não teremos
pagar-se bom amor mal, por novidade.
A UM SEU PINTASIRGO
Cada dará juíso sobre mim.
Todos condenarão vossa aspereza
chorando minhas mágoas, quando as lerem.
soneto
Pequenino cantor grande em estima,
Mas esta glória só terei enfim,
que com alegre voz, varia armonia
que juntos nos lerão, e os que as crerem
derramas sem cansar o mais do dia
dirão: – Igual ao amor foi a dureza.
com gosto de quem te ouve, ferve, e
anima:
EPIGRAMA
teus versos naturais, tua doce rima,
Fermosura
que teu distinto a teu Credor guia,
Ao touro cornos, unhas ao lião,
me fazem alembrar dos que soia
voar à águia, ao cervo ligeireza,
Agora (o que de mim não imaginas)
e a todas as mais feras quantas são
corrido estou da minha verdade,
deu su’arma, e sua força a natureza.
vendo quanto mais alto te levantas.
Ao homem deu esforço, e boa razão:
não tem que dar à feminil fraqueza.
Mas folgo que me venças, pois m’ensinas;
Pois que lhe deu? Ah, deu-lhe fermosura,
e faz-me confessar esta verdade,
arma que ferro, e fogo inda mais dura.
ver que o mundo cantei, ver que a Deos cantas.
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Le courage et l’honneur: il était Jean
Béliveau
Philippe Cantin, La Presse
En ouvrant les yeux en ce samedi d’octobre 1953, Jean Béliveau est songeur. Il
quittera bientôt l’hôtel Queen’s, à l’angle des rues Peel et Saint-Jacques, pour se
rendre au Forum de Montréal où Frank Selke l’attend.
Ce ne sera pas leur premier entretien, bien au contraire ! La veille, Béliveau
avait longtemps discuté avec le rusé directeur général afin de conclure l’entente
qui ferait de lui un membre du Canadien de Montréal. Mais les pourparlers
n’aboutirent pas.
En quittant le bureau de Selke, Béliveau, épuisé, avait traversé le centre-ville
pour se rendre au stade DeLorimier où les Royaux, de la Ligue internationale de
baseball, disputaient une rencontre de championnat.
Le jeune joueur aurait voulu se concentrer sur le match de baseball, mais des
sentiments confus s’entrechoquaient dans son esprit. D’un côté, il souhaitait
endosser le célèbre maillot du Canadien et prouver sa valeur au plus haut niveau
de son sport. De l’autre, il n’était guère enthousiaste à l’idée d’abandonner
Québec, sa ville d’adoption, qui le traitait comme un prince.
Quatre ans plus tôt, en 1949, Béliveau avait quitté la maison familiale de
Victoriaville et amorcé une carrière junior avec les Citadelles de Québec. Frank
Byrne, coloré propriétaire de l’équipe, lui avait rappelé que le nouveau Colisée,
palace de 10 000 sièges, ouvrirait bientôt ses portes : « On a besoin d’une étoile
pour le remplir. Cette étoile-là, c’est toi ! », raconte-t-il dans son autobiographie.
Béliveau n’avait alors que 18 ans. Il affrontait déjà un défi hors de l’ordinaire,
comme ce serait si souvent le cas dans sa carrière.
Les attentes placées en lui, presque démesurées, auraient ébranlé un
jeune homme moins confiant. Mais Béliveau n’était pas seulement costaud
physiquement. Ses nerfs étaient aussi d’acier.
Dès son arrivée à Québec, Béliveau était devenu une immense vedette. Jamais
un athlète n’avait été si populaire dans la capitale. La Laiterie Laval en fit son
porte-parole et ses sorties publiques attiraient des foules considérables.
À Montréal, Frank Selke suivait sa progression d’un oeil intéressé. Il lui suffirait
d’un seul claquement de doigts, croyait-il, pour que le grand joueur de centre
prenne la route de la métropole.
Dès septembre 1950, il lui offrit un contrat. Mais Arthur Béliveau, père de Jean,
rejeta la proposition. Pas question de manquer à la promesse faite à Byrne de
s’aligner une deuxième saison avec les Citadelles. Arthur communiqua lui-même
la décision au Forum. « Vous nous avez soumis une bonne offre, dit-il. Mais Jean
demeurera à Québec. »
Au mois de décembre suivant, Selke invita Béliveau à se joindre au Canadien
pour un match contre les Rangers de New York. Le Tricolore avait subi cinq
échecs consécutifs et le directeur général souhaitait dynamiser son groupe.
Béliveau ne marqua pas, mais il composa un duo électrisant avec Maurice
Richard, lançant neuf fois au but et étant choisi première étoile de la rencontre.
Le match terminé, Selke déclara : « Jean Béliveau est clairement un joueur de la
Ligue nationale. »
Au cours des mois suivants, Selke prépara le terrain afin de s’assurer que le
jeune surdoué fasse le saut dans la LNH à l’automne 1951. Il déclara même
aux journalistes que Béliveau manquerait de loyauté envers « la jeunesse
canadienne-française » s’il refusait de la représenter dans le hockey majeur.
Mais Béliveau rejeta de nouveau la proposition du Canadien. Il signa plutôt un
contrat avec les As de Québec, de la puissante Ligue senior.
« Évidemment, Frank Selke n’était pas content, me dira-t-il, à l’aube de ses
80 ans. Il essayait de me mettre sous contrat depuis l’automne 1949. Il était
même venu à Victoriaville me rencontrer ! On dit souvent que les jeunes joueurs
d’aujourd’hui subissent beaucoup de pression. À mon époque, les médias étaient
moins nombreux. Mais ça brassait tout de même pas mal ! De la pression, il y en
avait beaucoup. »
En choisissant de demeurer à Québec, Béliveau voulait remercier ses partisans
qui, lors d’une magnifique fête après un match éliminatoire d’avril 1951, lui avaient
fait cadeau d’une voiture de luxe, une Nash modèle « Canadian Statesman de
luxe ».
« Je me considérais comme un citoyen de Québec et j’avais leurs intérêts à
coeur. Cet immense Colisée, je me rendis compte qu’il fallait le remplir pour le
payer... », expliqua-t-il, plus tard.
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Béliveau demeura deux ans avec les As. Et cela, malgré une ultime tentative
de Selke afin de l’attirer à Montréal à l’été 1951, même s’il avait déjà accepté
l’offre de la formation québécoise. La LNH et la Ligue senior, sans doute sous la
pression de Selke, conclurent un accord qui l’aurait, à toutes fins utiles, obligé à
signer un contrat avec le Canadien pour continuer sa carrière au hockey.
Mais le conseiller législatif Gérald Martineau, un des principaux adjoints du
premier ministre Maurice Duplessis, monta au créneau pour dénoncer cette
tactique. Il s’éleva avec vigueur contre la « dictature » de la LNH, une accusation
qui fit les gros titres des journaux.
Martineau, un ancien président des As qui demeurait le roi du hockey à Québec,
aimait les expressions fortes. Et rien ne lui faisait plus plaisir que d’en découdre
avec le Canadien. Il décrivit le projet envisagé comme une tentative de transformer
les jeunes joueurs en « esclaves d’une petite clique de magnats » pour qui «
l’élément humain ne comptait pas ».
Le Canadien devait se montrer prudent devant Martineau. Dans les coulisses,
on murmurait que le gouvernement de l’Union nationale n’hésiterait pas à priver
le Forum de son « permis de taverne » si Béliveau était arraché à Québec sans
son consentement. Cette autorisation de vendre de l’alcool valait de précieux
revenus à l’organisation.
La sortie de Martineau sonna le glas du projet. Il défendit encore les intérêts de
Béliveau un an plus tard, à l’automne 1952, obligeant même les propriétaires des
As, une société de pâtes et papier ayant des contrats avec le gouvernement, à
gonfler à 20 000 $ son salaire annuel. Béliveau devint ainsi le hockeyeur le mieux
payé d’Amérique !
Dans un circuit semi-professionnel, il touchait plus d’argent que de grandes
vedettes de la LNH comme Maurice Richard et Gordie Howe. Et il arrondissait
ses fins de mois avec des contrats publicitaires.
Le Rocket avala très mal la décision de Béliveau de demeurer une saison de
plus à Québec. Dans la chronique qu’il rédigeait pour l’hebdomadaire SamediDimanche, il avait fait la cour à Béliveau durant tout l’été, en disant souhaiter
sa venue à Montréal. Lorsqu’il apprit que son opération charme n’avait pas
fonctionné, il eut ce cri du coeur : « Dire que je suis surpris, c’est pour le moins
amoindrir mes sentiments. J’en suis plutôt estomaqué. [...] Nous le manquerons
sur le Canadien, mais lui aussi manquera quelque chose. Je l’en préviens
amicalement. »
Quelques semaines plus tard, Maurice Richard créa une tempête diplomatique
en dénonçant les spectateurs du Colisée, qui avaient hué son frère Henri dans
un match entre le Canadien junior et les Citadelles. Il en profita pour demander
à Béliveau de faire le saut à Montréal, où il serait « beaucoup plus heureux que
dans ce Colisée de fanatisme ».
Cet appel ne fut évidemment pas entendu et Béliveau termina la saison avec les
As. Cet entêtement si souvent exprimé à demeurer à Québec faisait mal paraître
le Canadien. Car même à Montréal, ses exploits et sa vie de jeune athlète
surdoué faisaient la manchette.
Avec ses vêtements élégants, ses manières distinguées, son sourire amical et son
indépendance d’esprit, Béliveau était déjà une authentique star. Les autographes
qu’il accordait généreusement à ses admirateurs étaient parfois revendus entre
10 et 50 cents, un petit commerce qui l’horripilait !
Sans surprise, sa vie amoureuse suscitait aussi la curiosité. Ainsi, en décembre
1952, après un autre séjour fructueux de trois matchs avec le Canadien, autorisé
en vertu des règlements alors en vigueur, Samedi-Dimanche publia sa photo à
la une.
« Jean Béliveau, qui a compté quatre buts et obtenu une assistance en trois
joutes avec le Canadien, est non seulement un athlète extraordinaire, mais aussi
un beau brummel dont toutes les femmes voudraient tomber amoureuses. Une
Montréalaise pourra-t-elle le faire succomber, pour ensuite l’amener à Montréal ?
On prétend que non, car une Québécoise aurait déjà fait tous les ravages dans
le coeur du Grand Jean. »
Décidément, la rivalité entre Québec et Montréal se jouait sur tous les plans !
Samedi-Dimanche avait cependant vu juste à propos des amours de Béliveau.
Le Petit Journal le confirma une semaine plus tard en présentant aux Montréalais
Élise Couture, celle qui deviendrait sa compagne d’une vie.
Le titre coiffant l’article est révélateur de l’époque : « Jean Béliveau fiance une
bonne cuisinière ». Au journaliste l’interrogeant, Élise avoua : « J’avais toujours
rêvé de marier un grand et bel homme. »
Le jeune couple s’était rencontré par l’entremise d’amis communs. Élise, dont
la vie serait désormais marquée au rythme des saisons du hockey, n’était pas
friande de ce sport lorsqu’elle fit la connaissance de Jean. Et sa mère, hélas,
ne tenait pas les joueurs de hockey en haute estime. Au point où, dans son
autobiographie, Béliveau écrit : « Il fallut quelques mois pour qu’elle trouve le
courage de dire à sa mère que nous sortions ensemble... »
Élise et Jean se marièrent le 27 juin 1953 à l’église Saint-Patrick, à Québec.
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Votre Santé
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Virus : pourquoi ils préfèrent nous attaquer
l’hiver...
Des hypothèses pour expliquer les épidémies hivernales
Ce n’est pas un mythe : on meurt chaque année plus souvent en hiver qu’en
été. Ce n’est d’ailleurs pas un hasard si les expressions « passer l’hiver » ou «
attraper froid » ont su traverser l’histoire et sont encore employées aujourd’hui.
En 2006, une étude a ainsi évalué à 15 000 le nombre de décès supplémentaires
survenant chaque année à cette période de l’année. Cet excédent est en partie
lié à une hausse du nombre de maladies respiratoires comme la grippe, le rhume
ou la bronchite. Quelle explication
a été avancée en premier lieu par la
communauté scientifique ? La promiscuité.
Confinement et manque
d’aération
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En 2009, en France, l’Institut de veille
sanitaire sur la physiologie du froid a
ainsi tranché pour cette hypothèse pour
expliquer les épidémies hivernales.
« La tendance à la concentration
de la population dans des espaces
confinés et peu ventilés (lorsqu’il fait
froid) augmente le risque d’infections
croisées », indique-t-il. En d’autres
termes, si on tombe malade l’hiver,
c’est parce qu’on se blottit les uns
contre les autres près de la cheminée
ou que nous fréquentons davantage
les lieux de collectivité que sont
les magasins, les restaurants, les
transports en commun, les bureaux...
Le confinement et le manque d’aération
sont certes des éléments déterminants
mais ne peuvent expliquer totalement
les épisodes épidémiques.
Plus de virus dans l’air ?
Une autre explication a été avancée : il
y aurait plus de virus dans l’air en hiver.
Cette hypothèse est particulièrement
difficile à prouver compte tenu de la
taille microscopique des virus et de
notre faible outillage en la matière. Une
équipe sud-coréenne est néanmoins
parvenue à analyser l’air qui nous
entoure et a publié ses résultats.
Ces chercheurs ont travaillé sur trois
sites différents : un quartier résidentiel
de Séoul, une forêt et un complexe
industriel. Leur expérimentation consistait à filtrer tous les éléments de
l’air inférieurs au micromètre, puis d’en
extraire l’ADN éventuel et d’en étudier
les séquences. Le résultat est bluffant
: dans un mètre cube d’air, on trouve
entre 2 et 40 millions de virus ! Ainsi, sans le savoir, nous inhalons jusqu’à 400
000 virus par minute. Pas de panique cependant, puisque l’extrême majorité
de ces virus ne nous concerne pas. Il ne faut pas oublier que les virus sont
spécifiques aux espèces qu’ils attaquent : il en existe contre les arbres, les
champignons et même… contre les bactéries ! L’enseignement majeur de cette
étude réside en fait dans les variations observées. Et celles-ci ne sont pas liées
aux sites de collectes mais aux saisons auxquelles les relevés ont été effectués.
Ainsi, le taux de virus dans l’air atteint indéniablement un pic en janvier, avant de
décliner progressivement après le printemps.
Nous avions donné une première explication à ce phénomène dans la première
partie de cet article avec la survie augmentée des virus « enveloppées » en
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période de froid. En 2008, des chercheurs avaient tenté de la démontrer avec
une expérience sur des cochons d’Inde malades et non malades. Pour ce faire,
ils ont étudié la propagation du virus en variant la température et l’humidité. Il
s’est avéré qu’une température de 5°C et un degré d’humidité de 20% étaient
idéales pour la transmission virale. D’autres chercheurs ont essayé d’apporté
des éclaircissements au phénomène. Philip Rice, de l’Hôpital Saint-Georges
de Londres, a suggéré dans une étude le rôle des UV dans la réduction des
épidémies. Selon lui, ces rayons dégraderaient naturellement les virus. Or, au
cours de l’hiver, l’ensoleillement est minimal, et donc l’exposition des virus à ces
rayons également. Cela expliquerait pourquoi ils sont présents en plus grand
nombre dans l’air…
Efficace le masque ?
Si les virus sont plus nombreux dans l’air en hiver, pourquoi ne pas porter un
masque lorsque l’on se rend dans un espace public confiné ? L’idée est séduisante
sur le papier (bien qu’inesthétique) mais s’avère en réalité décevante en pratique.
D’abord parce qu’il existe de nombreuses contrefaçons, et qu’il faut veiller à
n’acheter que des masques agréés
(FFP2 ou chirurgicaux). Ensuite, parce
qu’ils ne sont jamais efficaces à 100%,
les virus étant largement capables de
passer au travers. L’avantage est qu’ils
bloquent efficacement les «gouttelettes »
de salive projetées par la toux. Enfin,
leur durée de protection est faible : de
trois à six heures. En fait, ils devraient
être réservés en cas de pandémie
grippale.
Un système immunitaire plus
faible l’hiver ?
Les virus seraient donc plus nombreux
l’hiver… Et si, en plus, nous étions
plus vulnérables à cette époque de
l’année ? Cette théorie historique, mais
jamais complètement prouvée par la
communauté scientifique, a toujours la
côte.
Il existe de nombreux mécanismes
pour nous prémunir des virus, et
notamment ceux qui se transmettent
essentiellement par voie aérienne.
Ainsi, les cavités nasales et les sinus
sont tapissés d’un revêtement (la
muqueuse nasale) qui fabrique du
mucus. Celui-ci a pour rôle de piéger
les bactéries, virus ou autres microbes
qui emprunteraient ce chemin. Mais
cette barrière serait amoindrie l’hiver.
Lorsque nous inspirons de l’air froid,
de nombreux vaisseaux sanguins
le réchauffent en lui transmettant la
chaleur du sang. C’est à cause de
ce phénomène que nous avons le
nez rouge quand il fait froid. Mais ce
transfert de chaleur humidifierait l’air au
détriment de la paroi nasale, rendant
l’accès aux virus et bactéries plus aisée.
Il ne s’agit pas de la seule hypothèse
dans le genre : certains estiment que le
froid ralentirait le système immunitaire
ou le rendrait moins réactif. D’autres
pensent que le froid irriterait les voies
nasales et bronchiques, tandis que le
manque de lumière caractéristique de la saison hivernale aurait un rôle néfaste
sur l’immunité. A ce jour, il reste difficile de prouver la validité de ces hypothèses,
mais il y a fort à parier que les années à venir seront riches d’enseignements en
la matière…
De la vitamine C pour renforcer son organisme ?
Prendre de la vitamine C pour éviter les rhumes, une idée reçue ? Pas sûr !
Une étude a montré que des doses de 250 mg à 1 g de vitamine C par jour,
de 3 à 8 semaines juste avant et pendant l’hiver, pouvaient réduire le risque de
contracter un rhume. En revanche, elle serait inefficace pour en réduire la durée
ou la gravité.
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Mentirosos e ladrões
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PORTO CABRAL
Le soleil embouteillé
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A Rússia e uma nova ordem
internacional
Alexandre Reis Rodrigues
Há muitos analistas internacionais a tentar demonstrar que estamos perante o
dealbar de uma nova ordem mundial.
Kissinger, porém, diz que nunca houve uma ordem mundial houve apenas várias
ordens regionais. Agora, sim, talvez haja possibilidade de passar a haver uma
ordem mundial com a ajuda da globalização a fomentar interacções entre as
várias regionais. A grande dificuldade é o não existir qualquer consenso sobre
os princípios que a poderão reger.
Resta a possibilidade de os perigos que estão pela frente chegarem para
estabelecer uma agenda comum. Entre os principais, está a incapacidade de
os Estados sozinhos responderem a alguns dos novos desafios gerados pela
aceleração da globalização, pelo processo de difusão de poder abrangendo
tanto novas potências como organizações não-governamentais e pela evidente
falta de vontade das principais potências cooperarem entre si na resolução dos
conflitos que mais ameaçam a paz e instabilidade no mundo. É o caso, entre
outros, da questão da Coreia do Norte, cuja solução, em primeira instância,
está entre as “mãos” da China e dos EUA, e as do Irão e Síria que dependem
sobretudo de um entendimento entre os EUA e a Rússia, possibilidade que se
vem tornando crescentemente remota.
Não obstante vários sinais de complexos desafios com que a ordem pós-Guerra
Fria sempre teve que conviver durante os seus 25 anos de existência - período
que, de facto, parece agora estar a concluir-se - não se esperava que o “oásis”
de paz e estabilidade em que viveu a Europa viesse a ficar ameaçada por uma
grave crise de instabilidade na sua periferia e centrada na postura da potência
com quem, quer a NATO, quer a União Europeia, sempre anunciaram querer
construir uma parceria estratégica.
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Uma década depois de aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas
até o próprio conceito de “Responsabilidade de proteger” deixou de merecer o
consenso que gerou inicialmente. Pior do que isso, parece estar também em
causa o princípio da inaceitabilidade de conquista de território pela força, como
sugere o facto de as principais potências se prepararem para aceitar a anexação
da Crimeia como um facto consumado a que provavelmente se seguirá um
idêntico desfecho para as auto-intituladas Repúblicas Populares de Donetsk e
Luhansk.
Várias coisas que falharam e ajudaram a chegar a este desfecho precisam de
ser cuidadosamente reexaminadas pelos principais intervenientes.
Em primeiro lugar, pelos EUA que deixaram avolumar muitas dúvidas sobre
a credibilidade e sobre a confiança que merecem as suas políticas face à
terrivelmente malsucedida “aventura” do Iraque, ao carácter algo errático com
que foi abordada a crise síria e à forma como conduziram o alargamento da
NATO, esta última como a origem do envenenamento das relações com a
Rússia e da crise ucraniana acima referida. Kissinger não hesita em afirmar que
se o Ocidente quiser ser honesto reconhecerá que cometeu erros no caso da
Ucrânia, nomeadamente ao fazer promessas que não era seguro poder cumprir.
É verdade que Moscovo escolheu uma resposta que não é apropriada mas o
despoletar da situação não é da sua responsabilidade. Naturalmente, a perda da
posição de preeminência de que os EUA beneficiaram desde o fim da Guerra Fria
e a incapacidade dos seus principais aliados – os europeus – desempenharem
o papel global que anunciam querer ter, complica seriamente as possibilidades
de inverter esta situação.
Putin, confiante com as potencialidades da sua arma energética, pelo menos
no curto/médio prazo, dá-se ao luxo de desafiar a ordem internacional liderada
pelos EUA mas a verdade é que estes também nunca souberam encontrar
soluções que encorajassem Moscovo a adoptar qualquer outra alternativa
mais cooperativa. Veja-se o caso do escudo de defesa antimíssil na Europa
que apesar de apresentado, através da NATO, como um campo de cooperação
funcionou sempre em sentido contrário. As correcções de orientação estratégica
introduzidas pelo Presidente Obama já não chegaram a tempo de criar o clima
de confiança que sempre faltou.
Com a complacência dos europeus, os EUA deixaram a Rússia cansar-se de
ver acumular indícios que, pelo alargamento sem fim à vista da NATO, na sua
perspectiva, correspondiam a humilhação e traição. Foi sob este clima que
Moscovo acabou por não se mostrar preocupado com as possíveis reacções
da Aliança quando chegou a altura da Ucrânia. Só recentemente, já com a
crise em pelo desenvolvimento, é que o Presidente Obama veio finalmente
“enterrar” a promessa feita na Cimeira de Bucareste de que a Ucrânia um dia
seria membro da NATO, a alternativa então encontrada para a recusa franco-
alemã de formalizar logo nesse momento o convite de adesão como pretendia
a administração americana. À Europa, embora certa na recusa de apoiar essa
iniciativa americana, faltou a frontalidade para não evitar que o assunto ficasse
em aberto, tanto mais sabendo que a hipótese de algum dia ser aprovada sempre
ter sido remota.
Kissinger, na entrevista de que se faz uma referência no início deste artigo,
quando confrontado pelos entrevistadores a dizerem-lhe que não se pode dizer
aos ucranianos que não são livres de escolher o seu próprio futuro, responde
com um esclarecedor “Porque não?”, que termina a entrevista. O Ocidente terá
esquecido que a questão da adesão à NATO sempre dividiu os ucranianos e que
estes nunca conseguiram eleger um Governo que em vez de se limitar a ter em
consideração a facção que o elegeu tivesse também em conta, de forma mais
sensata, o quadro geral do País, incluindo uma aberta oposição à NATO por
cerca de 50% da sua população. Podiam ao menos ter procurado aproximar-se
da linha estratégica que tem seguido a Finlândia, que, mesmo não tendo razões
tão fortes como as da Ucrânia, tem procurado sempre ser cautelosa. Moscovo,
a longo prazo, não tem uma perspectiva de futuro confortável, dado o grave
problema demográfico em que se encontra e os inúmeros e complexos obstáculos
que não tem conseguido vencer para reestruturar a economia, tornando-a menos
dependente das exportações de gás e petróleo. O revés que, presentemente, o
sector está a sofrer, pela queda dos preços no sector energético, vai acabar por
ser muito mais grave do que o decorrente das sanções europeias e americanas.
Esta realidade vai dificultar-lhe ainda mais as tentativas que faz para contrariar
a ordem mundial unipolar que permaneceu por algum tempo no pós-Guerra Fria
e, sobretudo, impedi-la de apresentar um modelo alternativo.
Segundo Ivan Timofeev, Moscovo pretende uma ordem mundial multipolar mas
não no sentido da coexistência entre as principais potências. O que procurará
garantir será, essencialmente, impedir a possibilidade de uma potência sozinha
ter capacidade de monopolizar o acesso a todas as fontes de desenvolvimento
e crescimento económico, com base em divergências de natureza política. Ou
seja, pretende ter várias opções de acesso a essas fontes.
Seja ou não esta a interpretação correta, o Ocidente tem pela frente o problema
complexo de encontrar uma fórmula de posicionamento perante esta situação que
não venha a ser interpretado, nem como apaziguamento nem como continuação
do ignorar dos interesses russos.
Vamos a ver se existe capacidade de tirar partido dos erros cometidos, como
sugere Robert D. Kaplan quando diz: «Failure and being wrong are things that
we should hold dear, as prized possessions, and learn from constantly; they are
more valuable than money in the bank or degrees from elite schools. Not to fail,
not to be wrong, is inhuman».
ABC-portuscale. Crédits:
Auteurs identifiés; Aicep; Santé Canada; Histoire du Canada; Internet
et quelques inconnus.
Compliation, coordination et montage: Raul Mesquita.
[email protected]
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Crónica de viagem
Nova Iorque
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Vale à pena conhecer o Madison Square Garden que está construído sobre a
Penn Station, a maior estação de combóio de Nova Iorque. É palco de eventos
desportivos além de shows memoráveis, incluindo apresentações de renomados
artistas do mundo todo incluindo brasileiros.
Ainda há muito para falar da capital do mundo.
Boa viagem!
João Aparecido da Luz
Escritor e bacharel em direito - Autor do livro Diário de Viagem
E-mail: [email protected] Tel. 55 11 99731-3310
Caros leitores,
Nova Iorque é, sem dúvida, uma das cidades que todos querem conhecer. As
compras, os shows da Broadway, Central Park, Estátua da Liberdade, Empire
State, Rockfeller Center, Pier 17, Times Square, 5ª Avenida, Lojas Macys,
Brooklyn Bridge, Litle Italy, Soho, China Town, Wall Street, Museu de História
Natural, Carnegie Hall, Igreja de Saint Patrick e tantos outros lugares.
Todas estas atracções são o sonho dos visitantes. Entretanto, algumas
curiosidades passam despercebidas, como por exemplo, a visão que se tem
observando o telhado da Igreja de Saint Patrick do alto do Empire State. É
impressionante e pouquíssimas pessoas que vão à cidade de Nova Iorque
testemunham esse cenário: Uma cruz perfeita se forma quando olhamos de
cima do mais alto edifício de Manhattan.
Outro ponto curioso é o restaurante 21 na rua 49, entre a avenida Broadway e 5ª
Avenida. Ali funcionou, nos anos 20, um dos bares que, construído no subsolo,
vendiam bebidas alcoólicas aos seus frequentadores em plena Lei Seca. Quando
a polícia chegava para um blitz o vigia logo avisava os vendedores de bebidas
que numa fracção de segundo, escamoteavam as mesas e faziam com que a
bebida servida deixasse de ser alcoólica.
Uma raridade existente em Nova Iorque encontra-se no Café Deli Juice Bar que
está localizado na rua Varick 225, exactamente no final da 7ª avenida, quase
esquina com rua Houston, metro Houston. Ali existe a escultura de um leão feita
numa só peça de madeira. É a maior do mundo, pesando 8000 libras (3.630
quilos). A maior curiosidade é saber que foi esculpida em seis meses, no Brasil,
por Guto, um brasileiro de Minas Gerais. Este trabalho é uma curiosidade no
mundo, mostra a importância do Brasil e só é possível observar se você for à
cidade com o espírito de examinar atentamente a metrópole.
Por mais que se façam visitas à Big Apple, há sempre lugares novos para se
conhecer. O mesmo ocorre com Paris, Londres, Roma e tantas outras cidades.
Uma visita panorâmica, caso de excursão, por exemplo, tem a sua importância,
pois são mostrados ao turista os pontos principais e, numa próxima viagem,
viajando por conta, pode-se explorar com detalhes esses lugares.
Mas, voltando à Nova Iorque, o Central Park é ainda um local imperdível. Com
área relvada para prática de vários desportos, pista para patinagem, patinagem
no gelo e corrida, lagos artificiais, teatros, concertos, passeios de carruagem,
playground para crianças e muito verde, torna-se obrigatório passar ali pelo
menos meio dia. Anos atrás, foi um local muito perigoso, principalmente à noite.
Hoje é tranquilo.
fr: je parle portugais...et vous ?
pt: eu falo português...e você ?
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Eu estou aqui
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Beba vinho tinto! Pela sua saúde!
Alexandre Lucas Coelho, Publico
1. É num destes dias de chuva interminável em Lisboa. Venho de Santos para o
Cais do Sodré junto ao rio, passando armazéns e restaurantes fechados, aquela
desolação das traseiras das coisas quando chove, e rajadas de partir guardachuvas do chinês. Então, ao dobrar o último edifício antes da estação de barcos,
há uma família encolhida por baixo de um vão, pai, mãe, crianças, adolescentes.
Estão sentados, todos de frente para mim, tão imóveis e de frente como se
eu estivesse a tirar-lhes uma fotografia. Não parecem ter sido apanhados de
surpresa a meio de um passeio, até porque chove há dias. No instante em que
nos cruzamos penso que devem morar ali, no vão. É um instante apenas: acabo
de dobrar a esquina, a irradiação dos corpos faz-me voltar a cabeça para a
esquerda, os nossos olhares coincidem, o filme pára por segundos. Depois eu
sou aquela que continua, com o seu guarda-chuva e a sua vida, e eles são
aqueles que ficam para trás.
Confirmadas as potencialidades do resveratrol
Uma substância natural presente no vinho tinto, o resveratrol, inibe a formação de
factores inflamatórios que provocam doenças cardiovasculares. É a conclusão da
pesquisa de uma equipa do Departamento de Farmacologia da University Medical
Center, da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz (JGU) que trabalha em
colaboração com pesquisadores da Universidade Friedrich Schiller em Jena e
da Universidade de Viena. Os resultados foram publicados recentemente na
revista científica Nucleic Acids Research.
Apesar de comerem mais alimentos gordurosos, os franceses tendem a
desenvolver doenças cardíacas com menos frequência do que os alemães. Este
assim chamado paradoxo francês é atribuído ao maior consumo de vinho tinto
na França e já tem sido objecto de vários estudos no passado.
2. Na vez seguinte que caminho entre Santos e o Cais do Sodré continua a
chover, e ao dobrar a esquina do último edifício antes da estação de barcos olho
para a esquerda sem esperar a irradiação, mas o vão está deserto. É a porta
de uma garagem, reparo agora. Há um carro estacionado em frente, graffiti nos
muros em volta, ao lado um barco chamado ANAUM. Creio que já o vi numa
fotografia que uma amiga chamada Ana pôs no Facebook há tempos. Mas talvez
haja dois ANAUM, e o da fotografia dela fosse o outro. Não me lembro de o ver
no dia em que a família estava aqui. Mas que faz um barco a seco aqui? Do lado
de lá do barco, reparo, há outro vão, e um graffiti na parede branca a dizer: EU
ESTOU AQUI, com uma seta a apontar para baixo. Olho para baixo: um rodilho
de cobertores molhados. Quem está aqui de momento não está. Mas entrando
pelo vão há uma grade, e do lado de lá uma espécie de armazém cheio de
tábuas. Aproximo-me, vejo um homem, ele sorri, aproxima-se, eu digo bom dia,
ele diz, bom dia minha menina. É como se ele viesse do passado, ou eu viesse
do futuro, e nos encontrássemos numa fábula.
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3. Pode entrar, minha menina, diz o gentil-homem, abrindo a grade. Vejo então
que o que parecia uma carpintaria é mais exactamente um estaleiro, dominado
por um interminável casco de cedro. Que lugar é este, pergunto, é da federação
portuguesa de remo, diz o homem, mas antes era o mercado do peixe. Antes,
quer dizer muitos anos antes, quando veio para cá. Então não é de Lisboa,
pergunto, e ele diz que não, que é lá de cima, de Resende, mas foi para Angola
moço, ia para trabalhar na construção civil e foi dar num grande estaleiro na Ilha
de Luanda, quando deu por si era dom natural, os barcos saíam-lhe das mãos,
pouco tardou e era o mestre do lugar. Até que veio a Independência, e, diz ele,
já não dava, já não dava, como agora também não dá. Não entra em detalhes
e eu não peço. Acrescenta só, a gente antes andava à vontade, e depois já não
dava. Veio para Alcântara em 1975, continuou a fazer barcos. É coisa que não
se acaba, enquanto houver mar.
É como se ele viesse do passado, ou eu viesse do futuro, e nos encontrassemos numa fábula
4. As aparas de madeira estalam sob os pés. Não há mais ninguém no estaleiro,
Mestre Fernando trabalha sozinho e muito, apesar de reformado. Quando lhe
pergunto o nome, pergunto também se posso contar a história dele. Ele diz,
claro, minha menina, diz-me que já apareceu até na televisão, mostra-me um
placard na parede, onde pinups (mais vestidas que despidas) se misturam com
fotografias de barcos em vários estádios de evolução e um recorte de jornal que
é um perfil de página inteira de Mestre Fernando (na secção de Desporto, mas
não consigo perceber que jornal, coisa antiga, já).
5. Que o casco é de cedro sei porque Mestre Fernando me diz, e cedro do Brasil.
Coisa para 14 metros e meio de uma ponta a outra, não sei se estão a ver,
oito remadores mais um ao comando. Tabuinhas cortadas, moldadas, polidas,
soldadas, para água nenhuma entrar, trabalho para várias máquinas e um só
homem. Eu toco estes instrumentos todos, diz Mestre Fernando abarcando o
estaleiro, máquinas, tábuas, ferramentas e tudo. Isto, em reformado. Homem
de família, mulher e dois filhos, sim, mostra-me até fotografias antigas, desde
Luanda a Alcântara. Moram numa casinha que a federação deu. Mas Mestre
Fernando continua a vir fazer barcos para aqui, nas traseiras de Lisboa, aqui
para onde ninguém está a olhar.
6. Por isso é que vem para aqui quem estraga o postal da fachada. Há dias
passei e havia uma família, digo eu a Mestre Fernando. Ele espanta-se, uma
família?, não dei por nada, devia ser da chuva, quem mora ali é um rapaz de cor
com uma rapariga muito branca, e debaixo do barco também há quem durma. E
a pessoa que mora aqui mesmo à porta, a tal que escreveu EU ESTOU AQUI.
Ah, isso foi porque o pisaram, responde Mestre Fernando. Um funcionário da
câmara vinha a andar, não reparou e pisou-o. Então ele resolveu escrever na
parede o aviso. Está ali há meses, diz Mestre Fernando, tem uma barba, trazemlhe comida, aquelas pessoas que tratam dos sem-abrigo. Qualquer coisa nele é
peremptória, porque não só escreveu a declaração na parede como decidiu que
Fernando se chama Manuel. Mestre Fernando não sabe porquê, é assim.
7. Quando saio reparo nas roupas penduradas à chuva, jeans de homem magro.
É uma tristeza porque aqui chove, diz Mestre Fernando, e a cara dele diz a
mesma coisa que a voz. Não sei o que este homem fez em Angola, não sei o que
este homem fez, mas a cara dele diz a mesma coisa que a voz.
Uma série de projectos de pesquisa tem demonstrado que, na verdade, o
resveratrol, produto natural presente no vinho tinto, tem um efeito protector
contra doenças cardiovasculares. Masqual é exactamente é a razão para isso?
Parece que, pelo menos, parte do efeito protector pode ser explicado pelo fato
de que o resveratrol inibe a formação de factores inflamatórios.
Os pesquisadores vêem grande potencial terapêutico no resveratrol
particularmente em relação à prevenção da síntese de factores inflamatórios em
doenças cardiovasculares (foto / ©: Peter Pulkowski, Mainz University Medical
Center)
Os pesquisadores vêem grande potencial terapêutico no resveratrol
particularmente em relação à prevenção da síntese de factores inflamatórios em
doenças cardiovasculares (foto / ©: Peter Pulkowski, Mainz University Medical
Center)
É a conclusão a que chegou a equipa de pesquisa de Andrea Pautz e Hartmut
Kleinert, do Centro Médico da Universidade de Mainz em colaboração com
Oliver Werz da Universidade Friedrich Schiller em Jena e Verena Dirsch, da
Universidade de Viena.
«Sabemos agora mais precisamente
como o resveratrol inibe a formação
dos factores inflamatórios que
provocam doenças cardiovasculares.
Esta descoberta é importante, tendo
em conta o facto de que a investigação
mais recente tem mostrado que
as doenças cardiovasculares são
significativamente promovida por
processos inflamatórios no corpo,»
diz Pautz.
Distúrbios cardiovasculares, como
enfarte do miocárdio e acidente
vascular cerebral ocorrem frequentemente em associação com doenças
inflamatórias crónicas, como a artrite. O resveratrol tem um grande potencial
terapêutico, particularmente quando se trata para o tratamento de doenças
inflamatórias que podem causar sérios danos ao sistema cardiovascular.
Um tinto à sua saúde
Pesquisadores vêem grande potencial terapêutico no resveratrol particularmente
em relação à prevenção da síntese de factores inflamatórios em doenças
cardiovasculares (foto / ©: Peter Pulkowski, Mainz University Medical Center)
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Le projet de loi 3 adopté avec l’appui de la CAQ
Martin Ouellet, texte
Jacques Boissinot, photo, LP
Le projet de loi 3 a été adopté, jeudi à l’Assemblée nationale, consacrant du
fait même l’échec du mouvement de contestation de la réforme des régimes de
retraite des employés municipaux.
La proposition législative a été adoptée par 85 voix contre 28, l’opposition venant
du Parti québécois et de Québec solidaire.
Même s’il a voté contre le projet de loi, le PQ avait renoncé à ralentir le processus
parlementaire - épargnant au gouvernement l’odieux d’une adoption sous le
bâillon - en échange de quelques assouplissements de la part du ministre des
Affaires municipales, Pierre Moreau.
«Je suis très heureux que nous ayons
pu adopter ce projet de loi à l’Assemblée
nationale, sur division bien sûr, mais à
l’Assemblée nationale. Je pense qu’il
reflète un large consensus dans la
société», s’est réjoui le ministre, en
point de presse.
La loi prévoit le partage des coûts et des
déficits passés des régimes de retraite
entre l’employeur et les cotisants.
En vertu des amendements apportés à
la demande de l’opposition officielle, les municipalités et leurs employés pourront
s’entendre sur un partage 45 % (employés) et 55 % (employeur) du coût du
régime et des déficits passés. À défaut d’entente, la règle du partage à parts
égales 50-50 s’appliquera.
Pour renflouer les coffres, l’indexation automatique des prestations pourra être
suspendue pour une période de trois ans, mais une formule de «compensation»
pour la perte du pouvoir d’achat sera mise en place si la santé financière du
régime de retraite s’améliore au point d’engranger des surplus.
Le ministre a reconnu que l’embellie des marchés des derniers mois a peut-être
réduit l’endettement des régimes, mais il évalue toujours le déficit cumulé, sur la
base de données fragmentaires, à plus de 3 milliards $.
Ce montant est contesté par la Coalition pour la libre négociation, figure de proue
de la contestation contre le projet de loi 3.
Même si le porte-parole de la Coalition, Marc Ranger, devait avoir «raison avec
son 2,2 milliards $» de déficit, le constat resterait «troublant» pour l’avenir des
régimes de retraite, a soutenu M. Moreau.
De l’avis du ministre, la campagne syndicale contre le projet de loi 3 «n’a pas eu
d’effet» car, selon lui, les faits ont démontré au cours du débat en commission
parlementaire que la libre négociation n’a jamais permis de régler la question des
déficits passés.
«Ce n’est pas un constat sur lequel je me réjouis, je ne suis pas partie aux relations
entre les municipalités et leurs employés, mais le gouvernement intervient
strictement pour la préservation de ces fonds de pension. Et on dit: l’équation de
la libre négociation n’est pas une solution à la situation», a-t-il souligné.
Réaction de la FTQ
La Fédération des travailleurs du Québec (FTQ) a réagi à l’adoption du projet de
loi 3 en parlant «d’un jour de deuil pour le monde municipal».
«Non seulement le gouvernement libéral de Philippe Couillard est resté insensible
aux revendications des travailleurs et des retraités du secteur municipal, mais en
plus, il refuse de rendre public l’état des déficits des régimes de retraite, comme
s’il voulait cacher la vérité à la population», a dénoncé le secrétaire général de la
FTQ, Serge Cadieux, dans un communiqué.
«Ce gouvernement devrait avoir honte. C’est la première fois au Canada, par
l’adoption d’une loi scandaleuse, qu’on revient sur le service passé des régimes
de retraite. C’est odieux. Et cela doit être dénoncé haut et fort», a-t-il ajouté.
La FTQ entend poursuivre la bataille devant les tribunaux, alléguant que la loi est
inconstitutionnelle parce qu’elle nie le droit d’association et le droit de négociation
garantis par les chartes.
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Vu d’Espagne
La chute des maîtres du Portugal
Depuis l’été dernier, les mises en examen pour corruption et blanchiment d’argent
se succèdent aux plus hauts degrés de l’État portugais. Pour une partie de la
presse espagnole, c’est le signe de la décadence d’un système.
Javier Martin, El Pays
Les portes de la prison pour VIP d’Evora se sont ouvertes le 25 novembre
dernier pour laisser entrer l’ancien Premier ministre du Portugal José Sócrates,
au pouvoir entre 2005 et 2011. L’établissement a également accueilli la semaine
dernière le chef de la police des frontières du pays et, quelques mois, auparavant
Armando Vara, ancien ministre-adjoint de Sócrates.
La détention provisoire de Sócrates a été appliquée quatre mois après la libération
conditionnelle de Ricardo Salgado. Elles ont été toutes deux décrétées par le
même juge et les deux hommes sont accusés des mêmes délits : fraude fiscale et
blanchiment d’argent. L’un est le politicien qui a dirigé le pays avec une majorité
absolue de 2005 à 2009, l’autre était le ‘premier banquier’, l’administrateur de
la famille la plus influente du pays, les Espírito Santo, celui qu’on a surnommé
DDT, «Dono Disto Tudo»,»le maître de tout ça». «Tout ça» – au cas où un doute
subsisterait – étant le Portugal.
L’ère Socrates : «Une époque terrifiante»
Les symboles de ces temps heureux sont tombés en quatre mois. «Le pays
était joyeux, tout était merveilleux, il y avait du travail pour tout le monde», se
souvient l’économiste João Duque, président de l’Institut supérieur d’économie
et de gestion. Ces cinq années de luxe ont commencé avec l’obtention de la
majorité absolue par le socialiste. «Socrates était le grand promoteur et Salgado
le grand banquier. Il y avait là une réunion d’intérêts qui bénéficiait aux deux
parties», poursuit Duque.
Salgado était l’administrateur de Banco Espírito Santo (BES), la première banque
du pays, et des holdings de la famille, qui étendait son empire jusqu’en Europe,
en Afrique et en Amérique latine. Au Portugal, personne ne battait d’un cil ou ne
bougeait un paquet d’actions sans son consentement.
«Le pays a vécu une époque terrifiante», explique Jose António Saraiva, directeur
de l’hebdomadaire Sol, que Sócrates a essayé de fermer. «Sócrates avait réuni
cinq pouvoirs dans ses mains, une configuration sans précédent dans une
démocratie européenne : le Parlement, le gouvernement, les médias (endettés
auprès de la banque) la Justice (deux jours avant son arrestation, il déjeunait
encore avec le Procureur général de l’époque) et la banque. Il avait placé certains
de ses amis, comme Vara, à la tête de banques nationalisées. Il ne lui manquait
que la banque privée, la BES, alors il a resserré ses liens avec Salgado.»
Une entente parfaite entre le banquier et le politique
Le premier gouvernement de Sócrates a lancé d’importants travaux publics, qu’il
a fallu financer. «La BES et d’autres banques lui ont prêté l’argent nécessaire
parce que le rendement était bon et qu’elles avaient les garanties de l’Etat»,
explique João Duque.
L’économiste se souvient d’opérations qui n’étaient pas très logiques, comme
l’achat à un prix démesuré de la compagnie aérienne Portugália, en faillite, par
TAP, une compagnie 100% nationale. «Le principal actionnaire [de Portugália]
était Espirito Santo», précise Duque. Selon lui, il s’était produit «une entente
parfaite entre le banquier qui finance et le politique qui veut faire des travaux».
Sócrates démissionne en mars 2011 et remet les clés du pays aux fonctionnaires
de la troïka (FMI, BCE et CE) qui dirigent le sauvetage économique du pays. Il
emporte avec lui la réputation acquise dans ces années heureuses ; ceux qui
lui succèdent héritent de la facture. Comme il abhorre l’austérité, il se retire à
Paris où il se consacre à l’oisiveté [José a repris ses études à l’Institut d’études
politiques de Paris].
Suspicions de blanchiment d’argent depuis 17 ans
Le directeur du Sol se souvient de ses déjeuners avec lui. «C’était un menteur
pathologique», raconte-t-il. «Vous aviez l’impression qu’il vous ouvrait son cœur,
qu’il se confiait à vous, mais tout ce qu’il disait n’était que mensonges. On ne
savait jamais quand il mentait ou pas. Je n’ai jamais rien vu de tel.»
Sócrates flirtait avec les suspicions de blanchiment d’argent et de trafic d’influence
depuis 17 ans. Même son diplôme d’ingénieur, obtenu à presque quarante ans,
soulevait des soupçons tout à fait fondés.
Mais la contestation de la loi n’effraie pas le ministre Moreau.
Sa collaboration avec Salgado a été fondamentale dans l’émission continue de
dette publique qui a fini par emporter l’Etat et la banque dans la tourmente. «L’Etat
émettait et le BES plaçait. La formule semblait parfaite», commente Duque.
«Il y a un principe dans notre société qui est la présomption de la validité d’une
loi et deuxièmement, nous sommes confortables à l’idée que ce projet de loi
respecte toutes les dispositions pour subir avec succès le test des tribunaux»,
a-t-il dit.
Lorsque le juge a accordé la liberté conditionnelle à Salgado en juillet, Sócrates
s’est réjoui : «Les motifs de sa détention sont puérils», a-t-il déclaré dans son
émission de télévision sur la chaîne RTP. En quatre mois, le juge Alexandre a
démoli la réputation des symboles des «temps heureux» et le duo sacré Espírito
Santo-Sócrates.
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Despediu-se Machado Soares, a voz que 8 de Dezembro – Imaculada Conceição
Comemora-se a 8 de Dezembro, o dia
cantou o adeus a Coimbra
Gonçalo Frota,P
Autor de um dos mais emblemáticos temas do fado de Coimbra, a Balada do VI
Ano Médico de 1958 , que todos conhecem como “Coimbra tem mais encanto”,
Fernando Machado Soares morreu domingo,6 de Dezembro, aos 84 anos.
da Imaculada Conceição. Imaculada
Conceição de Maria significa que a
Virgem Maria foi preservada do pecado
original.
A celebração de uma padroeira é uma
expressão de respeito por aqueles que
confiam na presença de Deus nas suas
vidas. Ao longo da História de Portugal,
sobretudo em momentos difíceis,
quando o país perde a confiança em
si próprio, é vulgar observarmos esta
evocação divina, fonte de esperança,
para refazer Portugal.
A Imaculada Conceição e a história
de Portugal
Fernando Machado Soares fotografado em 2008
Como acontece, tantas e tantas vezes, Fernando Machado Soares foi um autor
ofuscado por uma das suas criações. Balada do VI Ano Médico de 1958, tema
conhecido das vozes do povo como “Coimbra tem mais encanto / na hora da
despedida”, é ainda hoje um dos grandes emblemas do fado coimbrão e talvez o
seu mais visível caso de popularidade, tendo os versos da canção viajado muito
para além dos limites geográficos da Universidade de Coimbra.
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Nos rigores da vida académica de então, o tema constituiu uma absoluta novidade,
por inaugurar um tempo em que se permitia a todos os alunos finalistas que
interpretassem colectivamente a composição encomendada a Machado Soares,
ao invés do habitual protocolo da voz solista. Com a morte de Machado Soares,
no passado domingo, desapareceu mais um nome fundamental da história do
fado de Coimbra.
As Nações sobrevivem à erosão
do tempo e permanecem vivas na
história dos povos se prosseguirem
na fecundidade que lhes vem da sua
espiritualidade e da sua cultura. A
diluição espiritual e cultural de um povo
significará inevitavelmente a perca da
sua identidade e a sua fusão num hoje
sem futuro. A História de Portugal
regista dois momentos altos na recuperação da sua independência: a
Revolução 1383-1385 e a Restauração de 1640.Na Revolução de 1383-1385
salienta-se o cerco de Lisboa, que durou cerca de cinco meses e terminou em
princípios de Setembro de 1384,acentuando-se durante o assédio, o significado
da vitória alcançada por D. Nuno Alvares Pereira em Atoleiros a 6 de Abril de
1384 e a eleição do Mestre de Aviz para Rei de Portugal, curiosamente a 6
de Abril de1385. Em 15 de agosto travou-se a Batalha de Aljubarrota, sob a
chefia de D. Nuno Alvares Pereira, símbolo da vitória e da consolidação do
processo revolucionário de 1383-1385.No movimento da restauração destacase a coroação de D. João IV como Rei de Portugal, a 15 de Dezembro de 1640,
no Terreiro do Paço em Lisboa. A Solenidade da Imaculada Conceição liga estes
dois acontecimentos decisivos na História da independência de Portugal e no
contexto das Nações Europeias. Segundo secular tradição foi o condestável D.
Nuno Alvares Pereira quem fundou a Igreja de Nossa Senhora do Castelo em Vila
Viçosa e quem ofereceu a imagem da Virgem Padroeira, adquirida na Inglaterra.
Este gesto do Condestável reconhece que a mística que levou Portugal à vitória
veio da devoção de um povo a Nossa Senhora da Conceição.
Nascido na pequena vila açoriana de São Roque do Pico, em Setembro de 1930,
Machado Soares desde cedo revelou dotes vocais, tendo desenvolvido um gosto
muito particular pela ópera. A sua chegada a Coimbra, para cursar Direito, e a
sua participação no associativismo enquanto membro do Conselho Cultural da
Associação Académica de Coimbra, haviam de possibilitar inclusivamente que
levasse até à cidade do Mondego, sempre que possível, companhias operáticas
para se apresentarem nos palcos locais. Mas seria a sua ligação ao fado a
garantir-lhe um lugar destacado na história da música portuguesa.
Com a morte de Machado Soares, desapareceu mais um nome fundamental da
história do fado de Coimbra
De certa forma, quase se poderia dizer um prolongamento natural das suas
características, uma vez que o tom mais erudito do fado coimbrão – por oposição
ao registo mais popular do lisboeta – sempre foi moldado pelas vozes de perfil
lírico que se lhe juntaram e pelas tradições musicais migrantes das regiões que
para ali enviavam os seus jovens em busca de formação superior. Dos Açores,
acredita-se, terá vindo a mais vincada influência desses lugares distantes.
Em Coimbra, actuava ainda esporadicamente, acompanhado de José Niza
e Manuel Pepe. Curiosamente, no entanto, seria já por efeito da sua vida
profissional que, ao transferir-se para Almada como juiz corregedor, acabaria
por se aproximar do fado de Lisboa, frequentando as casas de fados da capital e
acabando mesmo por aceitar o desafio da fadista Maria da Fé e do letrista José
Luís Gordo para se juntar ao elenco do Sr. Vinho. Nunca deixando de interpretar
o reportório que lhe estava mais próximo, o de Coimbra, seria acompanhado
pelos notáveis músicos Fontes Rocha (guitarra), Durval Moreirinhas (viola) e
Ricardo Rocha (guitarra).
Tendo integrado o Orfeão Académico de Coimbra e a Tuna Académica, Machado
Soares surgiria ao lado de Luiz Goes e de José Afonso enquanto um dos cantores
do fundamental Coimbra Quintet – formado ainda por António Portugal e Jorge
Godinho nas guitarras, Manuel Pepe e Levy Baptista nas violas.
Apesar de não ter deixado a sua voz plasmada no marcante disco homónimo
gravado pelo colectivo em 1957, no Teatro do Príncipe Real, em Madrid,
contribuiria de forma decisiva com a autoria de composições e arranjos (Fado do
Estudante, Toada Beirã, Cantares do Penedo e Canção Açoriana. No Coimbra
Quintet grassava já a ideia de uma balada de Coimbra que representava uma
necessária e afirmativa novidade no panorama musical da cidade, a que José
Afonso e Adriano Correia de Oliveira haveriam depois de dar seguimento com
crescente espírito desafiador.
Além da Balada do VI Ano Médico de 1958, Machado Soares comporia igualmente
temas que foi cantando vida fora como Balada do Entardecer ou Fado da Noite,
emprestando a sua voz também a criações de Sutil Roque ou Mário Maria da
Fonseca.
Após algumas deslocações ao estrangeiro (Brasil, África, Estados Unidos) com
as formações universitárias de que fez parte, Machado Soares não se desligou
completamente do meio musical coimbrão, mesmo quando exercia já as suas
funções de magistrado – passou pelas comarcas de Guimarães, Santarém e
Almada.
As suas duas vidas paralelas nem sempre foram vistas com bons olhos no meio
da magistratura, mas Machado Soares não deixou de actuar e de emocionar
com a sua voz possante marcada pelo rasgo interpretativo de Coimbra.
Tendo ascendido a juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, ainda assim
foi a música a deixar uma mais forte impressão à sua passagem. Em 2006,
recebeu o Prémio Tributo Amália Rodrigues. E depois da morte da fadista, aliás,
de quem fora amigo próximo, foi eleito vice-presidente da administração da
Fundação Amália Rodrigues.
Este domingo, aquele que criou e imortalizou a canção vulgarmente conhecida
como Balada da Despedida – a melodia reclamada pelos estudantes de Coimbra
como banda sonora do seu adeus à cidade –, despediu-se também ele, aos 84
anos. Não faltará, no entanto, quem o possa continuar a cantar.
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Maison-Musées du Portugal
Casa-Museu dos Patudos
Maison Musée des Patudos
La Maison Musée des Patudos est un édifice très
attrayant, qui reflète la tradition et l’esthétique
portugaises du début du XXè siècle. Construite à
la demande de José Relvas par le jeune architecte
Raul Lino, disciple de l’allemand A. Haupt, l’édifice
révèle, par la conjugaison de motifs architectoniques
éclectiques, le goût pour le romantisme propre à
l’époque.
Malgré la grande valeur artistique des pièces qui
décorent l’intérieur de la maison, le sentiment
qui prévaut lors de la visite nous conduit plus
vers l’ambiance de l’espace intime habité par une
personne d’une grande sensibilité, la culture et le bon goût, que réellement dans
l’exposition d’un musée.
Casa-Museu de Camilo
Visitez la maison où vécut Camilo
Castelo Branco, célèbre écrivain
portugais du 19ème siècle.
Camilo Castelo Branco est né à
Lisbonne en 1825 et a consacré toute
sa vie professionnelle à l’écriture.
Ayant travaillé pour plusieurs journaux
de l’époque, il partit vivre à Seide en
1863, dans la maison héritée par sa
compagne Ana Plácido. C’est là qu’il
écrivit la plupart de ses romans. Sa vie
fut troublée par une perte totale de la
vue et il mourut en 1890.
Dans la Maison de Camilo Castelo
Branco, transformée en musée en
Dans les diverses salles, les murs se
parent des tableaux de grands maîtres
portugais, ainsi que de peintures des
écoles flamande, allemande, italienne,
espagnole et française. Des porcelaines
de diverses époques et origines, des
cristaux et des faïences complètent le
décor d’une maison où, il semble qu’à
tout moment, le propriétaire pourrait
venir nous accueillir. Des photos,
des caricatures, des petits objets
d’art personnels renforcent cette
perception, en particulier dans la salle
de bibliothèque, reflet de l’exceptionnelle culture de José Relvas.
19
1958, le visiteur pourra admirer le mobilier d’époque, les objets personnels, les
œuvres de peinture et de sculpture et une précieuse bibliothèque comportant
des ouvrages de et sur l’écrivain. Journaliste, auteur de nouvelles et de romans,
il témoigna dans son oeuvre du climat social et politique ainsi que de l’esprit du
19ème siècle.
A noter également la collection de
Tapis de Arraiolos, considérée comme
l’une des plus grandes du Portugal,
parmi lesquels s’illustre un exemplaire
de 1761 brodé à la soie sur du lin.
Au-delà des Arraiolos, de précieuses
tapisseries d’Aubusson s’accordent
à l’esprit des nombreuses pièces de
mobilier.
Contacts
Adresse:
Rua José Relvas 2090-102 Alpiarça
Contacts:
Adresse:
Av. de S. Miguel, 758 4770-631 São Miguel de Seide
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Cátedra de Cultura Portuguesa da Universidade de Montreal
COMUNICADO
A Arte do Azulejo. Entre o Artesanato e a Cultura Erudita
(L’art de l’azulejo. Entre artisanat et culture savante)
uma instalação multimédia na
Universidade de Montreal
Carrefour des arts et des sciences, Faculdade das Artes e das Ciências
Pavillon Lionel-Groulx - 3150, rue Jean-Brillant, 2e étage (salle C-2081) - Montréal
25 de Novembro de 2014 – 6 de Fevereiro de 2015
De segunda a sexta-feira, das 9h00 até às 17h00
Entrada Livre
Informações e visitas fora do horário normal :
Pauline Pourailly
Responsable des expositions et des installations
[email protected]
(514) 343-6111 poste 32488
20
Transportes:
Metro, linha azul : estações Université-de-Montréal e Côte-des-Neiges
Autocarros : 51 e 119
***
A exposição é comissariada por Luís de Moura Sobral, Professor do Departamento de História da
Arte e de Estudos Cinematográficos da Universidade de Montreal, e Titular da Cátedra de Cultura
Portuguesa da mesma universidade, e conta com a colaboração do Museu Nacional do Azulejo,
de Lisboa.
A ideia central de L’art de l’azulejo. Entre artisanat et culture savante é a de envolvência e de
densidade visual dos grandes conjuntos azulejares do universo português, que de alguma maneira
se tratará de evocar no conceito museológico utilizado. A exposição sublinhará ainda a diversidade
temática desta modalidade de decoração monumental, assim como o seu papel na elaboração
de uma cultura visual especificamente portuguesa.
A instalação é fundamentalmente constituída de :
1, uma série de cinco cápsulas videográficas em projeção simultânea (S. Lourenço de Almancil, Museu
Nacional do Azulejo, Metropolitano de Lisboa, Palácio Fronteira, Temas do Azulejo Barroco);
2, sete painéis de azulejos antigos ilustrativos da evolução estética ao longo da História (deste o
século XVI até ao século XX);
3, obras contemporâneas dos artistas montrealenses de origem portuguesa Joseph Branco, Carlos
Calado, Joe Lima e Miguel Rebelo;
4, amostragens das técnicas de pintura de azulejos realizadas por Carlos Calado;
5, reproduções fotográficas em grande formato de três painéis do século XVIII; 6, série de cartazes
sobre a história do azulejo produzidos pelo Instituto Camões I.C.

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