digital performer manual torrent

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Expediente
Revista Roland Brasil
A número um
É com muito prazer que apresentamos o primeiro número de Música e Imagem
– a revista da Roland Brasil.
Muitos podem questionar por que a Roland decidiu lançar uma revista impressa,
em uma época cada vez mais dominada por meios de comunicação mais contemporâneos, como portais, website, blogs, Orkut, YouTube etc.
Resolvemos fazer isso porque já temos um site moderno, com recursos multimídia
interativos e ótima visitação. Mas a revista impressa tem propostas diferentes. Ela
não é pressionada pela velocidade e agilidade que um website requer. E também não
sai do ar. Pode ser “acessada” a qualquer tempo e lugar – sem energia, banda larga
ou computador -, colecionada ou, simplesmente, deixada para que outras pessoas a
leiam. Música e Imagem nasceu para ser um complemento de nosso website – como
já acontece com a maioria das publicações de grande circulação.
A revista foi feita para você, que toca um instrumento, gosta de música, quer ficar por dentro dos assuntos
relacionados a ela e, principalmente, sobre o mundo
Roland – que hoje possui no grupo diversas marcas como
Boss, Edirol, Cakewalk, Rodgers, RSS (Audio Products)
- e Roland DG (impressoras digitais de grande formato
e máquinas de usinagem tridimensional).
A revista tem no nome a palavra “imagem”, pois a
Roland acredita muito na associação da música com imagem. Somos os pioneiros na indústria de instrumentos
a apresentar soluções de integração deles com imagem
(V-Link), além de contar com a linha Edirol Video, de pro-
Presidente
Takao Shirahata
Gerente Geral
Celso Bento
Editor
Nilton Corazza
Conselho Editorial
Takao Shirahata, Celso Bento,
Samantha Albuquerque
Redação
Rafael Furugen
Colunistas
Mú Carvalho e Silvia Góes
Colaboradores
Alex Lameira, Amador Rubio,
Gino Seriacopi, Pakito,
Renan Dias, Sergio Motta,
Sergio Terranova, Leandro Justino,
Maurício Martins, Michel Brasil,
Nelson Bonfim, Pedro Lobão,
Raphael Daloia Neto
Fotografia
Mário Moreno
Conteúdo On-line
Mário Moreno e Fernanda Arrazi
dutos voltados ao uso em apresentações ao vivo.
Apesar do incrível avanço da tecnologia, como BluRay, Super Audio CD, mp3, TV Digital, Super Hi-Definition etc., não há como substituir
a música ao vivo. E a Roland aposta que haverá cada vez mais eventos ao vivo – desde
os “pocket shows” até os “supermegahipertours” de bandas e artistas famosos.
E em todos eles veremos a integração de música e imagem.
Música é vida e, para quem gosta e toca, questão de paixão. E é essa paixão que
faz que sons e imagem geradas por circuitos digitais se tornem arte.
A revista Música e Imagem terá sempre um artista na capa, para lembrarmos
que, por trás de uma boa música e um bom instrumento, existe um ser humano de
carne, osso e alma.
Convidamos Oswaldinho do Acordeon para ilustrar a capa desta edição por ser
um grande parceiro Roland, um artista de reconhecimento nacional e internacional,
e porque, pela sua trajetória pessoal e profissional, tão bem representa o talento do
Arte/Diagramação
Detonart´s Criações
Impressão/acabamento
Oceano Indústria Gráfica e Editora
Jornalista Responsável
Nilton Corazza (MTb 43.958)
Música & Imagem
Revista Roland Brasil na internet
www.musicaeimagem.com.br
Fale com a Redação
[email protected]
Visite nosso Site
www.roland.com.br
músico brasileiro.
Boa leitura!
J. Takao Shirahata – Presidente, CEO – Roland Brasil
2
Música e Imagem
Os editores não se responsabilizam
por opiniões emitidas por
colaboradores em artigos assinados.
Não é permitida a reprodução total
ou parcial das matérias publicadas.
Índice
06
30
Turnê
BOSS GT-10
Eventos com a
participação da Roland Brasil
A solução ideal para
criação de timbres
09
34
Mundo Roland
A presença das marcas da
Roland Corporation na mídia
Fantom-G
Uma nova era na história
das workstations
10
38
Roland Brasil
Saiba quem são os responsáveis
pelo Centro Técnico Roland
V-Drums TD-9
Kits para todos os tipos
de músicos e de bolsos
12
42
Perfil
A influência da V-Drums nos
trabalhos de Marcelo Brasil
14
Clássicos
BOSS DS-1:
o pedal de efeito mais vendido do mundo
16
Novos Produtos
Os lançamentos de 2008
24
Interação
V-Link: revolucionário
padrão desenvolvido pela Roland
26
Capa
Oswaldinho do Acordeon e o
instrumento digital da Roland
4
Música e Imagem
Linha Atelier
Novidades com mais recursos
Pergunte
44
ao
Especialista
As respostas para as
dúvidas mais freqüentes
48
Carreira
Os principais pontos da
formação de um profissional
49
Educação
Os cuidados necessários
durante a educação musical
50
Fronteiras
A importância da bateria na vida
profissional do jurista Luiz Flávio Gomes
Música e Imagem
5
Turnê
Inovação
Em Ação
na
USP
Assim como acontece em conceituadas escolas e conservatórios internacionais, o Departamento de Música da Universidade de São Paulo (USP)
utiliza pianos digitais Roland para apresentações e estudos. A Sala Roland,
A Roland Brasil não se preocupa apenas em comerciali-
que conta com oito modelos HP-203, por exemplo, permite que pianistas
zar instrumentos e equipamentos, mas também transmitir
pratiquem simultaneamente, sem que um interfira no desempenho dos
às pessoas conhecimento suficiente para que utilizem, em
demais. Isso é possível porque os alunos utilizam fones de ouvido plugados
sua totalidade, os recursos presentes nesses aparelhos.
diretamente nos instrumentos durante aulas e ensaios.
Para isso, uma equipe de especialistas percorre o Brasil
apresentando as possibilidades inovadoras que engenheiros
colocam à disposição de músicos e artistas do vídeo.
BOSS Guitar Day 2008
Compõem esse trabalho participações em feiras e
congressos, nas quais novas tecnologias são apresentadas, inaugurando, muitas vezes, segmentos no mercado
e linhas de produtos, reforçando a tradição de pioneirismo
da empresa.
Nessa realidade, a utilização de equipamentos Roland,
BOSS, Edirol, Rodgers e RSS por músicos, artistas e técnicos colabora para a difusão de toda a potencialidade dos
produtos dessas marcas e comprova a qualidade deles.
O gerente de produtos BOSS, Sergio Motta, jun-
AES Brasil e
Broadcast & Cable
tamente com Rafael Bittencourt, integrante do grupo
Angra, percorre diversas cidades brasileiras para a
realização do BOSS Guitar Day 2008. Na ocasião, são
A Roland Systems Group participou de três
apresentados alguns equipamentos da marca – líder
importantes eventos para o mercado de áudio e
mundial em efeitos para guitarra em pedais compac-
vídeo: a 12ª Convenção Nacional da AES Brasil,
tos e pedaleiras –, principalmente a GT -10.
o 6º Congresso de Engenharia de Áudio da AES
Brasil e a 17ª Feira Internacional de Tecnologia em
Equipamentos e Serviços para Engenharia de Tele-
Durante o workshop, Motta fala a respeito das
Workshop Fantom-G
diferenças entre pedais e pedaleiras, enquanto Bitten-
visão Radiodifusão e Telecomunicações (Broadcast
O tecladista Sergio Terranova percorre o País exibindo o
court dá dicas sobre utilização de efeitos e construção
& Cable 2008). Nessas ocasiões, a empresa exi-
workshop Fantom-G, no qual a workstation é demonstrada
de timbres. Os participantes podem testar e conhecer
biu produtos de
em toda a sua potencialidade. O músico é gerente de pro-
os equipamentos, além de tirar dúvidas com os repre-
Celebrando 90 anos do Grupo Votorantim, a Sinfônica
vídeo interagin-
dutos da Roland Brasil e integrante da equipe internacional
sentantes da empresa e músicos convidados.
Heliópolis e o Coral da Gente - mantidos pelo Instituto
do com equipa-
de especialistas que trabalha no desenvolvimento de novos
Baccarelli - apresentaram-se na Sala São Paulo. O con-
mentos de áudio,
equipamentos da marca.
certo, que contou com a regência dos maestros Roberto
apresentando so-
Durante o evento, além das principais funções e ferra-
Tibiriçá e Edilson Ventureli, foi filmado e gravado para a
luções completas
mentas do instrumento, Terranova apresenta as placas de
produção de um DVD comemorativo. Para tanto, a equipe
aos profissionais
expansão da série ARX que, trabalhando como plug-ins, per-
responsável pela sonorização do evento, Tukasom Audio
do setor.
mitem total customização dos sons. O profissional também
Gravação na
Sala São Paulo
Systems, contou com um sistema RSS Digital Snake para
Nos dois primeiros eventos, o estande da
interpreta composições de vários estilos, comprovando a
a captação digital simultânea de 31 canais de áudio, em
empresa contou com a performance “silenciosa”
versatilidade do workstation, tanto na reprodução de timbres
alta resolução, e a sincronização com vídeo. O software
de uma banda. O Edirol Motion Dive.Tokyo exibiu
orquestrais quanto de sintetizadores analógicos, passando
utilizado foi o Sonar 7.0 com backup de dados realizado
loops de imagens em tempo real, cujo resultado
por pianos acústicos e elétricos, e guitarras, entre outros.
em duas máquinas idênticas.
foi mixado às câmeras no switcher multiformato
V-440HD. Para finalizar, áudio e vídeo passaram
pelo VC-300HD a fim de realizar o registro de
um DVD.
nais da música eletrônica de 2008. Em festa promovida pela revista DJ Sound, a
destacou, principalmente, as novidades da Edirol:
empresa apresentou sua linha de produtos para DJs e VJs, com as participações
apresentou a utilização do Digital Snake interligado
a um mixer por meio de um multicabo analógico e
de um cabo de rede. O sistema possibilitou uma
comparação precisa das vantagens do equipamento desenvolvido pela empresa.
Música e Imagem
A Roland esteve presente na entrega dos prêmios para os melhores profissio-
Durante a Broadcast & Cable 2008, a RSG
o V-8, o F -1 e o VC-300 HD. Além disso, o estande
6
DJ Sound Awards
da DJ Lisa Bueno e do VJ Cadu, em quiosques espalhados pelo local e no palco
principal do evento. Além disso, vários equipamentos estavam dispostos e puderam ser manuseados pelos convidados, entre eles o Edirol Motion Dive .Tokyo,
suíte de software e hardware dedicada à produção e mixagem de imagens. O
SP-555, por sinal, foi reverenciado por um das mais emblemáticas figuras da cena eletrônica, o rapper Thaíde, em uma
apresentação no palco principal no encerramento da premiação.
Música e Imagem
7
Turnê
Mundo Roland
na
Igreja Batista
Comemorando 99 anos de fundação, a Igreja Batista da Liberdade,
Entre as solenidades do centenário da
em São Paulo, inaugurou o órgão Rodgers modelo Trillium 908 recém-
Arquidiocese de São Paulo, a Orquestra Sin-
adquirido. Após cuidadosa instalação e regulagem, sob responsabilidade
fônica do Conservatório Dramático e Musical,
da Roland Brasil e do gerente internacional de vendas da Rodgers, John
sob a regência do maestro Ricardo Mielli, foi
Green, o instrumento soou em apresentações-solo e juntamente com
responsável pela música em dois grandes
coro de 110 vo-
eventos: o concerto comemorativo realizado
zes e orquestra
no Theatro São Pedro e a missa campal cele-
de 40 músicos,
brada no Estádio Paulo Machado de Carvalho
sob a regência
(Pacaembu). Em ambos, a organista Selma
do maestro
Asprino comandou um órgão Rodgers Trillium
Donaldo Gue-
788, o mesmo utilizado durante a estadia do
des, além da
papa Bento XVI no Brasil.
participação da
comunidade.
Música Eletrônica
Realizado pela Roland Brasil e pela escola de produção Electronic
DJs, o workshop sobre equipamentos e novidades da música eletrônica independente reuniu DJs e produtores para conhecer as novas
tecnologias à disposição e discutir tendências. Com o rapper Xis como
mestre de cerimônias, o evento teve palestras e demonstrações de
equipamentos. Os modelos Roland SP404 e SP555 foram apresentados
pela DJ Lisa Bueno, e coube
a Tico Producer desvendar
os segredos do MV8800 e do
MC808 aos mais de sessenta
presentes. O inglês DJ Pogo
foi o protagonista de um set
demonstrativo do campeonato mundial D.M.C.
Brainworms
O disco-solo de Rafael Bittencourt, Braimworms, vem recheado de timbres produzidos
pela BOSS GT-10. Utilizada pelo músico nas últimas etapas da gravação, a pedaleira foi responsável por muitas das sonoridades ouvidas
no álbum. Com distribuição no Japão e
lançamento na Expomusic 2008, o trabalho
reflete a capacidade virtuosística do guitarrista aliada a seu vocal vibrante.
Bittencourt é um aficionado dos equipamentos da marca, tendo realizado diversos workshops, shows e eventos com a boa e velha GT-8.
Com a chegada do novo modelo, o músico o adotou como principal
Divulgação
Rodgers
A serviço da
Igreja Católica
E s s e i n s t ru -
gerador de efeitos de seu setup e embarcou na turnê BOSS Guitar Day,
explicando como o utiliza.
Roland
mento também foi
na televisão
Fandango
usado na tradicio-
Em 2008, a Banda Domingão - responsável pelas inter-
Renato Borghetti é um dos
nal missa realiza-
venções musicais do programa dominical mais assistido
mais prestigiados artistas brasi-
da pelos militares
do Brasil – começou a utilizar instrumentos desenvolvidos
leiros e, graças à sua raiz gaúcha,
brasileiros, deno-
pela Roland. Sob o comando de Luiz Schiavon, que usa
idolatrado como baluarte da
minada Páscoa
um sintetizador V-Synth GT, o grupo conta com uma bateria
cultura regional. Não bastasse
dos Militares. O
eletrônica V-Drums TD-20K, tocada por Anderson Batista,
isso, é um instrumentista como poucos, que domina a
evento, que con-
além de um piano de palco RD-700 e uma workstation
gaita-ponto com maestria. O CD Fandango, gravado por
tou com a presen-
Fantom-G7, nas mãos do tecladista Caixote.
ele e seu grupo em janeiro de 2007, conquistou quatro
ça de autoridades
A parceria tem como objetivo aumentar a qualidade
prêmios no Troféu Açorianos de Música deste ano (Melhor
civis e militares e
tanto dos timbres quanto da captação, facilitando o trabalho
Instrumentista, Melhor CD de Música Instrumental, CD do
representantes do
da banda no ambiente desfavorável de um programa ao
Ano e DVD do Ano).
Exército, da Mari-
vivo com auditório.
A Roland apoiou o projeto, fornecendo os equipamen-
nha, da Aeronáutica, da Polícia Militar, do Corpo
tos necessários para a concretização da produção, realizada
de Bombeiros e da Guarda Civil Metropolitana,
na fazenda do intérprete, no Rio Grande do Sul. Essa par-
entre outras corporações, foi realizado na Ca-
ceria foi coroada com o reconhecimento do instrumentista
tedral da Sé. A cerimônia - com a participação
gaúcho, que presenteou Takao Shirahata, presidente da
de banda militar e coral - teve como organista
Roland Brasil, com um dos troféus recebidos.
o paulistano Newton de Lima.
O Troféu Açorianos de Música é uma premiação da
Festival
Campos
Inverno
do Jordão
de
de
Divulgação
prefeitura de Porto Alegre aos artistas que se destacaram
na música, na literatura, na dança e no teatro, enriquecendo
e valorizando a cultura do Estado do Rio Grande do Sul.
A 39ª edição do mais importante festival de música erudita da
América Latina, realizado em julho na cidade de Campos do Jordão,
teve entre as principais apresentações um concerto da Orquestra
Hotsite V-Drums
Sinfônica Municipal de São Paulo, sob a regência de José Maria
No endereço www.v-drums.com.br, os interessados têm acesso às últimas
Florêncio. Para a execução de uma das obras, - Assim Falou Zara-
novidades da linha, como o lançamento de um novo acessório ou o download de uma
thustra, de Richard Strauss, que ganhou popularidade ao ser utilizada
música do modo play along. Os internautas também podem conhecer os detalhes
por Stanley Kubrick no filme 2001 - Uma Odisséia no Espaço -, a
dos equipamentos que compõem as séries V-Drums, além de alguns artistas que os
presença de um órgão é necessária. O escolhido para a proeza foi o modelo Trillium 788 fabricado pela Rodgers, que simula
utilizam. Há uma seção dedicada exclusivamente para vídeos, com performances de
com perfeição a sonoridade de um instrumento de tubos graças à qualidade das amostras recolhidas dos melhores órgãos
Omar Hakin e Taku Hirano, entre outros, e endereços de revendedores.
litúrgicos de todo o mundo. Maria Cecília Moita foi a responsável pela execução ao equipamento.
8
Música e Imagem
Música e Imagem
9
Roland Brasil
ÓRGÃOS RODGERS
Centro Técnico
Roland
O Centro Técnico Roland também é responsável pela instalação e configuração dos órgãos Rodgers, bem como pelo
treinamento dado aos usuários desses equipamentos. Graças
Com uma bem-montada estrutura técnica e profissional,
o CTR garante suporte em todos os aspectos referentes a um equipamento
Para a Roland, não basta produzir e comercializar os melho-
funcionamento do aparelho, tenha vivenciado de algum modo
res equipamentos existentes no mercado: é preciso assegurar
seu uso, de forma a poder entender a arquitetura do dispositivo
que o aparelho esteja em pleno funcionamento quando o
e quais as maneiras mais simples de explicar sua operação. De
usuário precisar dele. Para tanto, foi estruturado o Centro Téc-
posse desses elementos, torna-se fácil, também, assessorar
nico Roland, que conta com profissionais capacitados a propor-
os consumidores na resolução de problemas ou dúvidas indivi-
cionar todas as condições de que o proprietário necessite para
duais, surgidas sejam pela falta da leitura atenta das instruções
usufruir, ao máximo e com prazer, do equipamento que adquiriu
ou por necessidades específicas, entre outros fatores.
das marcas Roland, BOSS, Edirol, Rodgers e RSG. O CTR assu-
Todos os produtos comercializados pela Roland Brasil
me a responsabilidade de oferecer auxílio, informação e solução
adquiridos no País possuem um ano de garantia para peças
para toda espécie de problemas que possam ocorrer.
e mão-de-obra. Isso assegura que, a qualquer momento, o
FUNÇÕES
usuário pode contar com manutenção de seu aparelho. Mas
é importante, também, que ele procure uma das 28 assistên-
Entre as várias atividades do Centro Técnico Roland, uma
cias técnicas autorizadas Roland (STAs) distribuídas por todo
das primeiras a ser realizada, mesmo antes da chegada de um
o território nacional ao menor sinal de mau funcionamento de
lançamento ao Brasil, é a produção de manuais em português.
seu investimento. “Essa ação justifica-se pelo fato de que ela
A tarefa exige profissionais que dominem tanto a linguagem
possui o suporte da Roland Brasil para qualquer tipo de manu-
escrita quanto a parte técnica do equipamento, com conheci-
tenção” , afirma Francisco Edson de Souza Pereira, o Pakito,
mentos suficientes para orientar o usuário nos processos mais
gerente de suporte técnico, peças e assistência técnica. “E,
comuns de sua atuação. Isso pressupõe, portanto, que o res-
além disso, ele pode contar com a experiência dos profissionais
ponsável por essa atividade, além de saber todos os dados de
de cada STA.”
a profissionais formados diretamente na fábrica, instalada
nos Estados Unidos, organistas podem contar com serviços
diferenciados, individualizados e específicos para o melhor
aproveitamento de seu instrumento.
Mas não é somente quando surgem problemas que uma assistência
deve ser visitada. A manutenção preventiva é importante, principalmente,
para aqueles que dependem do equipamento para trabalhar. Para profissionais e amadores que usam quase que diariamente um aparelho, é
importante procurar um STA a cada seis meses, principalmente depois de
terminado o período de garantia. “Nessa visita, pode-se solicitar ao técnico
uma revisão geral em que são feitas, sobretudo, a limpeza de contatos
de borracha, a remoção de poeira acumulada nas placas de circuito e a
lubrificação de partes mecânicas, que trabalham com movimento constante”, ensina Pakito.
Outro ponto a ser destacado é a atualização do sistema operacional
de alguns modelos, que deve ser feita, preferencialmente, nas assistências técnicas, já que a Roland não se responsabiliza por ações realizadas
por terceiros nesse processo. “Por mais simples que possa ser um procedimento desse tipo, sempre existe o risco de que o produto pare de
funcionar por causa de uma instrução seguida de maneira incorreta”, diz
Pakito. “Sendo assim, recomendamos a todos os usuários que façam os
updates nos postos autorizados.”
Nos casos em que a troca de peças de um equipamento seja indispensável, as assistências técnicas autorizadas contam com o suporte do
CTR para o fornecimento desse material. Isso garante rapidez e qualidade
do reparo, já que são componentes originais, provenientes diretamente
do estoque da Roland Brasil.
Acima de tudo, no entanto, o Centro Técnico
Roland é a ponte entre o
INTERNET
consumidor e os departa-
Como acréscimo aos serviços oferecidos
mentos de engenharia da
para os usuários, a Roland Brasil disponibiliza
Roland Corporation-Japan,
o download de arquivos PDF dos manuais de
trocando informações,
instruções para aqueles que tiveram seus
experiências e sugestões,
exemplares extraviados. Para tanto, basta
de modo a oferecer, cada
acessar o site www.roland.com.br
vez mais, o melhor equipamento para o usuário.
(Nilton Corazza)
RESPONSÁVEIS PELO CTR
Diogo Firmo Pezzuti, José Osório de Souza, Francisco Edson de Souza Pereira (Pakito), Tersio de Oliveira Barreto, Emerson Sipriano da Silva e Bruno Souto Giacomini
10
Música e Imagem
ORGANIZAÇÃO
Sob a responsabilidade de Pakito, o CTR
conta com suporte ao usuário, estoque de
peças e profissionais capacitados
Música e Imagem
11
Perfil
Experiências
Oriundo de uma família de músicos, Marcelo Brasil
fala sobre a importância da V-Drums em seu trabalho
Marcelo Brasil é uma pessoa predestinada ao sucesso. Além de trabalhos-solo, costuma acompanhar artistas consagrados.
Já tocou com os grupos de Caetano Veloso, Elba Ramalho, Moraes Moreira, Daniela Mercury e Jimmy Cliff, entre outros. Com
essa ampla experiência, fica evidente que a carreira do músico já está consolidada, tanto pelos projetos que executou nos
palcos quanto nos que desempenhou em estúdios. O baterista, porém, acredita que o fator determinante para isso foi sua
família: “Eles foram fundamentais para o meu desenvolvimento”, conta.
A família Brasil pode ser considerada uma fábrica de talentos. Além de Marcelo, existem outros nove instrumentistas no clã: a
mãe, Eusalita Brasil (pianista); os irmãos Luiz Brasil (violonista e arranjador), Mou Brasil (guitarrista) e Jorge Brasil (baterista); e os
sobrinhos Thamyma Brasil, Marcio Brasil (bateristas e percussionistas), Cássio Brasil, Victor Brasil e Rafael Brasil (bateristas).
INÍCIO
Além da turnê, quais são seus projetos
O primeiro contato de Marcelo com as baquetas aconteceu quando tinha
para este ano?
apenas 6 anos, influenciado pelo irmão Jorge. Aos 11, já ganhava seu primeiro
Quero terminar algumas mixagens e maste-
cachê. Inspirado por artistas e bandas reconhecidos mundialmente, como
rizações e lançar meu CD no Brasil. Depois, pre-
Novos Baianos, Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal, entre outros, o músico
tendo encaminhar esse material para a Europa,
resolveu se empenhar. O impulso inicial foi dado em 1987, quando atuou na
já que desejo entrar no mercado fonográfico de
gravação de um disco de Cid Guerreiro.
lá. O trabalho será composto por composições
De uns tempos para cá, Marcelo decidiu realizar um antigo desejo: fazer
próprias e por regravações, sendo uma música
música instrumental. Paralelamente aos trabalhos que desempenhava com ou-
de Hermeto Pascoal e outra de John Scofield.
tros artistas, compôs suas primeiras canções. Decidiu apresentá-las ao público
em 2000. O show, intitulado Pra Não Dormir, ficou em cartaz por dois anos.
Após o espetáculo Estradas, que teve a estréia em 2003 e terminou quatro
anos depois, Marcelo adquiriu uma V-Drums TD-20K. “Com esse equipamento,
pude desenvolver uma apresentação com sonoridade mais mesclada”, conta.
Sobre a possibilidade de trocar de instrumento, o músico é enfático: “Ela supre
todas as minhas necessidades”. Atualmente, o baterista está em cartaz com o
show No Quarto utilizando o produto da Roland.
Como surgiram as primeiras composições?
A primeira, intitulada “Seria o Caso?”, foi
composta com um violão. O nome surgiu de um
costume meu de sempre questionar as coisas.
Depois, comprei um pequeno seqüênciador
com sons PCM e sampleados que um amigo
Divulgação
trouxe dos Estados Unidos e fiquei maluco com
a possibilidade de fazer arranjos exatamente
como queria. Com o auxílio desse equipamento,
compus as músicas “Ping Pong”, “Trocadilhos”,
“Andrômeda”, “Luciana”, “Estradas” e “Aí!”.
Qual a importância da V-Drums para a
realização de seus trabalhos?
A V-Drums foi fundamental tanto no complemento quanto na formatação da sonoridade das
músicas. Por mais que gravasse a bateria em ótimos estúdios, as composições nunca ficavam
boas com o seqüênciador. (Rafael Furugen)
NO ALTO DO TRIO ELÉTRICO
Marcelo Brasil em apresentação na Bahia
12
Música e Imagem
Música
e Imagem
Música
e Imagem
13
Clássico
cações
Especifi
boss
DS-1
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Música e Imagem
15
Novos Produtos
RG-1
RD-700GX
RD-300GX
O piano digital RD-700GX disponibiliza tudo que um pia-
Pattern. Como adicional, traz 78 efeitos de qualidade
nista necessita para apresentações ao vivo e gravações:
profissional, com a possibilidade de aplicar multiefeito,
sons incríveis de instrumentos acústicos e elétricos,
reverb, equalizador digital de duas bandas e Sound Con-
funções de master control e reprodução de arquivos de
trol para cada timbre.
áudio. Além disso, o equipamento conta com o meca-
Mas não é somente na sonoridade que o equipamento
nismo Progressive Hammer Action II - que oferece Ivory
satisfaz plenamente os músicos. O Progressive Hammer
Feel e Escapement - e a nova tecnologia SuperNATURAL,
Action II traz as mesmas características de um mecanis-
derivada das placas de expansão ARX.
mo de piano acústico, proporcionando toque mais pesado
O RD-700GX possui 88 teclas e polifonia de 128 vozes,
na região grave e suave na aguda. Afora isso, as teclas
mais que suficiente para qualquer tipo de aplicação. Para
foram projetadas para absorver a umidade das mãos
total realismo sonoro, o equipamento foi dotado com dois
durante a execução.
sets de legítimos pianos acústicos, com multisamplers
O RD-700GX pode ser utilizado, também, como contro-
em estéreo de cada uma das 88 notas amostradas em
lador profissional, graças às três saídas MIDI indepen-
vários níveis de dinâmica. Para aqueles que gostam de
dentes e aos diversos controles disponíveis no painel. E,
personalizar o resultado, o modelo oferece o recurso Pia-
pela entrada USB, o modelo reproduz áudio nos formatos
no Designer, com o qual é possível configurar detalhes e
wave, aiff e mp3, além de SMF com multitimbralidade
parâmetros, incluindo ruído dos martelos (Hammer Noise)
de 16 partes.
e ressonância do pedal (Damper Resonance), entre outros. Além disso,
O RG-1 é um piano de cauda
amostragem - e polifonia de 128
compacto que, graças aos re-
vozes, mais que suficiente para
cursos tecnológicos de última
qualquer performance. O equi-
geração desenvolvidos pela Roland,
pamento ainda conta com vários
supre todas as necessidades de mú-
parâmetros de customização, com
sicos acostumados aos instrumentos
o objetivo de aproximá-lo dos desejos do
acústicos. O equipamento oferece
músico e satisfazê-lo plenamente. Entre
as sensações sonora e de toque
esses ajustes, estão a possibilidade de
de um piano de concerto, obtidas
controlar o peso das teclas, assim como a
com o resultado de pesquisas realizadas com o
resposta do martelo, o temperamento e a
intuito de reproduzir o melhor mecanismo disponível em
curva utilizados na afinação, a ressonância
modelos digitais. O sistema Progressive Hammer Action II
das cordas e muitas outras funções. Isso
apresenta martelos pesados para as teclas graves que vão se
faz que o RG-1 possa assumir as qualidades que o usuário
tornando progressivamente leves à medida que são tocadas
escolher, transformando-o em um instrumento particular, feito
as notas mais agudas. O Ivory Feel reproduz a textura do
sob medida para o seu gosto.
marfim e do ébano, com cada uma das 88 teclas construída
Para mais flexibilidade, estão disponíveis 20 timbres diferen-
em camadas que absorvem o suor e a oleosidade natural das
tes, além de 340 sons internos para reprodução de arquivos
mãos, proporcionando segurança à execução. Além disso, a
Standard MIDI Files, incluindo oito kits de bateria e um de
Roland foi pioneira ao reproduzir o Escapement, um pequeno
efeitos. Uma das principais inovações do produto é a porta
“click” existente quando a tecla é levemente pressionada, o
USB utilizada para a conexão de um pen drive e execução
que cria um primeiro estágio para o toque, elemento presente
de arquivos wave e SMF. Com apenas 73 centímetros de
em qualquer piano de cauda acústico. E, em se tratando de
profundidade e 75 quilos de peso, o RG-1 oferece equalizador
pedais, o modelo oferece três deles, com as funções de damper
digital de quatro bandas, gravador digital com capacidade para
(com meio pedal), soft (com meio pedal e função assinalável),
aproximadamente 30 mil eventos, amplificador estéreo com
e sostenuto (também assinalável).
potência de 80 watts - que alimenta dois alto-falantes e dois
De nada bastaria um excelente mecanismo, no entanto, se o
tweeters - e saída para dois fones de ouvido, tudo em um
som não fosse de altíssima qualidade. O RG-1, em resposta
gabinete discreto e luxuoso, com acabamento preto acetinado
a isso, apresenta notas sampleadas uma a uma - e não por
e banqueta com regulagem de altura.
estão à disposição diversos timbres
RD-300GX
de pianos elétricos, sampleados de
O RD-300GX é a versão compacta do RD-700GX, com a maioria das funções
F-1
lendários modelos como Fender Rho-
deste, mas com um sistema mais leve, perfeito para o transporte. Mesmo
Com design orientado para gravações em campo, o F -1 oferece simplicidade, confiabilidade e qualidade em captações
des e Wurlitzer, por exemplo. Graças
com um chassi feito para condições de turnês, como estradas e aeroportos,
de áudio e vídeo, modernizando e aperfeiçoando o trabalho em produções. Entre as características mais importantes
à tecnologia SuperNATURAL, o equi-
com acabamento em metal escovado na cor preta, o instrumento é, atual-
podem ser citados o hard disk de 120GB resistente a choques, várias opções de fontes de energia, como alimentação
pamento permite a customização de
mente, um dos mais leves pianos digitais do mercado, pesando somente
via baterias de câmeras ou compartimento removível de pilhas AA, dois canais de input adicionais de áudio, controle
qualquer um deles, proporcionando
16 quilos. Com polifonia de 128 vozes, 356 patches, 14 kits de percussão e
remoto via LAN proporcionando captação multicâmera de até quatro unidades F -1 (em sync) e tamanho de arquivos
sons orgânicos que respondem ao
32 memórias, o modelo também permite customizar os sons de piano por
ilimitado. O modelo é ideal para produtores ou videomakers que necessitem acelerar seu fluxo de trabalho, capturando
toque com mais sutileza que os ou-
meio da função Piano Designer.
HDV ou DV diretamente para um disco rígido (removível), mesmo em locações. Além disso, o equipamento oferece saída
tros do mercado. Também é possível
RGB para controle e visualização de previews, capacidade de criação de redes a fim de comandar múltiplas unidades e
expandir a quantidade de opções
transferir arquivos, e software de gerenciamento e edição básica. As duas entradas analógicas de áudio são
com a inserção de até duas placas
independentes, o que permite captação de conteúdo estereofônico diretamente de um mixer ou de
SRX simultaneamente. O RD-700GX
dois microfones. O F -1 grava o áudio em wave linear do tipo PCM broadcast (BWF) em 48kHz
ainda conta com 150 variações no
e 16-bit e, para uso de microfones condensadores, vem equipado com Phantom Power.
arpegiador e 200 estilos de Rhythm
A preocupação com a segurança dos dados não foi esquecida, pois o produto possibilita
a realização de backup via USB para HDs externos ou memórias flash, assim como copiar
o conteúdo do disco rígido por rede para vários computadores simultaneamente.
16
Música e Imagem
Música e Imagem
17
Novos Produtos
DD-7
P-10
MICRO-CUBE RX
MICRO-CUBE BASS RX
O novo Digital Delay da BOSS, o DD-7, traz aos
O Visual Sampler P-10 grava e reproduz com fidelidade imagens
guitarristas e músicos em geral ainda mais recur-
e vídeos utilizando cartões de memória SD e SDHC. Com in-
sos que seu antecessor. Afora todas as funções
terface do tipo sampler e display colorido LCD, que elimina a
disponíveis nos modelos anteriores, o pedal com-
necessidade de monitores externos, o equipamento possibilita
pacto conta com inovações que fazem dele um
disparar videoclipes e figuras por meio dos 12 pads situados
marco na história dos processadores. Uma delas
Um amplificador portátil, com muito volume, efeitos BOSS
tais, equalizador de três bandas e
e levadas de bateria! O sonho de guitarristas e baixistas
afinador cromático.
finalmente chega ao mercado: a nova linha Micro-Cube RX
O Micro-Cube RX e o Micro-Cube
oferece dois modelos desenvolvidos especificamente para
no painel superior. Até 864 clipes, ou 86.400 figuras, podem
Bass RX ainda vêm equipados com
é o modo Analog, simulação do clássico DM-2 - o
esses instrumentos.
diversos ritmos de bateria com
ser atribuídos a 72 bancos, o que proporciona flexibilidade e
primeiro pedal de delay analógico da marca – que
Apesar do tamanho compacto, cada cubo possui potência
variação de andamento para que o
rapidez ao usuário, e cada projeto comporta até 9.999 arquivos.
mantém a característica sonora “quente” do ori-
sonora suficiente para surpreender os mais fanáticos aman-
músico possa praticar como se estivesse utilizando um
Efeitos visuais - como Repeat, Reverse, Strobe, Speed, Color,
ginal, mas permite tempo de delay mais longo.
tes de volumes altos. Isso é resultado do trabalho de dois
metrônomo, mas com maior interesse. Basta escolher um
Output Fade, Slide Show - e modos de reprodução Forward
Além disso, as funções Modulate - em que um
amplificadores que, em conjunto com os quatro alto-falantes
dos grooves disponíveis para melhorar a precisão rítmica e,
Loop, Alternate Loop, One Shot (2 tipos) e Gate (2 tipos),
efeito de chorus é acrescentado às repetições - e
construídos especialmente para os modelos, oferecem ex-
ao mesmo tempo, curtir uma experiência mais artística ou
permitem manipular vídeos e imagens com criatividade e
Reverse – na qual o áudio é reproduzido em sen-
celente rendimento. Essa tecnologia - criada originalmente
apenas divertir-se fazendo jams com as levadas. O equipa-
facilidade. O P-10 possui entradas e saídas de
tido invertido – proporcionam mais possibilidades
para o lendário JC-120 Jazz Chorus – também
mento conta, além da entrada principal (em que é possível
vídeo Composite e S-Video, e de áudio RCA
ao instrumentista.
constrói uma imagem estereofônica de
conectar guitarra, baixo ou microfone), com conexão AUX IN
grande imersão e produz graves pre-
(para iPods, CD players ou instrumentos em linha). Ambas
sentes e com alta qualidade, fatores
podem ser utilizadas simultaneamente, oferecendo opções
que parecem desafiar o tamanho dos
de acompanhamento para o estudo ou mesmo apresenta-
equipamentos. Aliado a tudo isso, o
ções. E, para quem quer gravar suas performances ou não
processador de efeitos incorporado é
quer incomodar os vizinhos, o equipamento oferece a saída
responsável pela produção de chorus
REC OUT/PHONES.
impressionantes e de reverbs profun-
Para confirmar a vocação de portabilidade do equipamento,
dos, além da tecnologia COSM. Esta
o Micro Cube RX funciona com fonte de alimentação ou
permite simular oito tipos diferentes
seis pilhas AA que permitem autonomia de até 13 horas de
de amplificadores, seis efeitos digi-
uso contínuo.
(estéreo), além de MIDI In, Out e Thru, e
porta USB para transferência direta de
arquivos de mídia para o computador.
O equipamento é compatível, também, com o protocolo V-Link.
do instrumentista em pedaços e os emprega para a criação de padrões. Com
possibilidade de utilização de até 50 patterns, o SL - 20 Slicer permite ajustar
as características do efeito, como o ataque e a duração das repetições, além
da mix entre o volume deste em relação ao original. O recurso Harmonic Slice
constrói seqüências rítmicas baseadas nos acordes tocados, ao passo que o Loop Phrase
admite a gravação de até 40 segundos dos resultados no próprio equipamento. Obviamente, não
poderia faltar controle de tempo - via knob, tap ou MIDI – para ajustar os grooves criados às velocidades
desejadas. O equipamento ainda conta com uma grande variedade de padrões de saída e paneamento 3D,
que faz o áudio circular pelo panorama estereofônico de acordo com o groove produzido. O aparelho traz, no
conjunto de conexões, entrada e saída estéreo, jaque para pedal de expressão e entrada MIDI.
O SL - 20 é uma ferramenta criativa tanto para composição e gravação quanto para apresentações ao vivo.
É perfeito para instrumentos (como guitarra, contrabaixo, teclado etc), vozes ou iPods e outros aparelhos de
reprodução sonora. Por conta disso, DJs e artistas de música eletrônica podem utilizar o produto como uma
um recurso rítmico de altíssima performance.
18
Música e Imagem
para outros modelos de mesma categoria. Além
da alta qualidade produzida, portanto, o pedal
permite gravar loops de até 40 segundos de
áudio em performance sound-on-sound, sobre-
TDW-20
Além de ser uma alternativa valiosa aos instrumentos acústicos,
ainda mais o poder desse equipamento, a placa de expansão
se de um gerador de grooves que “fatia” o áudio produzido pela performance
6,4 segundos em mono, tempo inimaginável
Colabora para isso, também, o modo Hold, que
é muito útil para músicos em gravações. Buscando aprimorar
O novo pedal oferece um efeito inovador que inspira a criatividade do músico. Trata-
O delay digital pode ser configurado para até
transforma-se em uma ferramenta criativa.
tanto em palco quanto para estudo, a bateria eletrônica TD-20
SL-20
O DD-7, no entanto, oferece outras vantagens.
TDW-20 intensifica a expressividade do módulo de percussão
com novos sons, efeitos de ambiência, maiores possibilidades
de edição e uma interface de customização de peças mais
rápida e flexível.
A TDW-20 oferece extensa gama dinâmica nos tambores e
fácil controle da sonoridade no chimbal, ampliando o módulo
TD-20 com outros 300 sons. Afora isso, a placa de expansão
apresenta opções de ambiência, otimizadas
para baterias e com possibilidade de ajuste
fino. Entre aprimoramentos de edição de
timbres, foram acrescentados vibrações de
esteira de caixa, parâmetros de captação para
o kick e a função Kit Resonance, que configura
o modo como o som do bumbo afeta o das
outras peças. Estão disponíveis, também,
novas posições dos microfones virtuais, assim
como o tamanho deles, tipos de paredes e
pondo camadas sonoras e repetindo indefinidamente o resultado.
Com tantos recursos à disposição, o aparelho
exige facilidade de controle. Para tanto, a equipe
de engenheiros dotou o modelo com entrada
para pedal externo. Com isso, é possível alterar
os valores de Delay Time, Feedback e Volume por
meio de um pedal de expressão ou o tap tempo
do delay via footswitch, afora o próprio DD-7.
Para oferecer ainda mais flexibilidade, entrada
e saída estéreo estão disponíveis, com duplo
roteamento e processamento, o
que permite criar efeitos incríveis e explorar novas possibilidades. Enviar os sinais
direto e com delay para
saídas independentes,
por exemplo, é um
recurso perfeito para
gravações e controle nas performances ao vivo.
outros elementos.
Música e Imagem
19
Novos Produtos
Mobile Cube
Juno Stage
Tamanho não é documento, principalmente
Desenvolvido especialmente para uso em
quando a tecnologia Roland trabalha no
R-44
palco, o novo sintetizador da Roland oferece
desenvolvimento de um equipamento por-
uma seleção de timbres essenciais, escolhida com
tátil. Com potência suficiente para a maioria
Projetado para uso profis-
cuidado para abranger os mais utilizados pelos músicos. Entre
das aplicações em que um cubo normal é
sional, o R-44 é um gra-
eles, o destaque é o piano estéreo, com multisamples de 88 notas
utilizado, o Mobile Cube é um amplificador
vador de tamanho
amostrados em quatro níveis de sensibilidade, usando a mesma tecnologia da
estéreo que aceita qualquer tipo de instru-
compacto, desen-
linha Fantom-G. Além disso, o teclado pode ser expandido e customizado, com a instalação
mento eletrônico ou fonte de áudio, incluin-
volvido para traba-
de até duas placas de ondas SRX.
do microfones, violões elétricos, guitarras,
lhar juntamente
com vídeo em
captações externas com boom, ideal para
produções publicitárias, dramatúrgicas
e cinema. O equipamento registra até quatro
canais de áudio sem compressão, com opções de
resolução em 16 ou 24 bits e taxa de amostragem de
44.1kHz, 48kHz, 88.2kHz ou 96kHz, afora a opção de
192kHz estéreo. Como mídia, a solução utiliza cartões
de memória SD ou SDHC de até 8GB de capacidade de
armazenamento, o que garante 755 minutos de gravação
drum machines, mp3 players etc. Para isso,
Para uso em apresentações, o Juno Stage oferece ferramentas difíceis de serem encontradas em outros sin-
o equipamento conta com três entradas,
tetizadores de sua categoria. Uma delas é a presença de botões dedicados para acesso instantâneo aos bancos dos
sendo uma estéreo, e potência de 5 watts
timbres mais utilizados, os favoritos. O tecladista consegue, também, acionar os patches por meio de um footswitch
distribuída em dois alto-falantes de 10cm.
duplo conectado à entrada Patch Select, permitindo que ele nunca tire as mãos do instrumento. Otimizado ao extremo
Se não bastasse, o pequeno notável carrega
para performances ao vivo, o produto possui controles acessíveis para equalização master e ajuste de reverb, além
efeitos de reverb, chorus e distorção, entre
de dois switches localizados acima do joystick de pitch bend que podem ser usados para ligar os efeitos de rotary e
outros, e possui a função Center Cancel,
o portamento, entre outros recursos.
ideal para karaokê. O Mobile Cube funciona
Com polifonia de 128 notas, multitimbralidade de 16 vozes e 76 teclas com ação de sintetizador, o equipamento traz
alimentado por pilhas, com autonomia de
um amplo display LCD, porta USB para reprodução direta de Standard MIDI Files e arquivos de áudio (mp3, wave e
até 15 horas de uso contínuo, ou fonte de
aiff), com função de cancelamento de vocais, e saída dedicada para metrônomo, extremamente útil para performances
alimentação externa.
em conjunto com um baterista.
com qualidade de CD, nos formatos wav ou BWF. Com
O Juno Stage serve tanto àqueles que o utilizam como controlador MIDI quanto aos que necessitam de um instrumento
quatro entradas combo XLR/TRS com Phantom Power,
para performances-solo com canto, graças à entrada de microfone XLR com phantom-power, vocoder e reverb.
conexão digital In/Out (RCA) e microfones estéreo
embutidos, além de quatro saídas de linha independentes e porta USB para conexão com computadores
e transferência rápida de arquivos, o aparelho oferece
flexibilidade e uma ampla gama de aplicações.
UA-25EX
A nova interface da Edirol, a UA-25EX, é resistente, compacta e recheada de recursos. Ideal para engenheiros de áudio
que trabalham com computadores e apreciam mobilidade, o equipamento proporciona resolução de até 96kHz em 24
bits. Afora isso, possui dois pré-amplificadores de microfone de qualidade profissional, com entradas combo XLR/TRS
e Phantom Power, conexão Hi-Z para uso com instrumentos musicais como guitarras, além de entrada e saída ópticas
S/PDIF e MIDI, e fonte alimentada pela porta USB de baixo ruído. Para as gravações, a UA-25EX oferece compressor
analógico com tempos de ataque e controle de threshold variáveis, desenvolvido especialmente para o registro de
vocais e instrumentos de grande faixa dinâmica. Além disso, o limiter, também analógico, previne a ocorrência de clips
durante a captação. A presença de ruídos é evitada pela blindagem contra altas freqüências decorrentes de outros aparelhos elétricos e pela nova função terra, que permite o uso do equipamento tanto
em estúdios quanto em aplicações ao vivo. Para completar os recursos da
interface, ela vem acompanhada de drivers ASIO, WDM, MME e CoreAudio,
além do pacote Cakewalk Production Plus Pack com os softwares Sonar
LE, Project 5 LE e Dimension LE.
20
Música e Imagem
V-8
O novo switcher de vídeo Edirol V-8 possui todas as
porta a utilização de efeitos de luminância e chroma key,
características de seus antecessores, mas com maior
e permite utilizar logos e textos produzidos em micros
quantidade de canais, duas entradas RGB selecionáveis,
sobre vídeos de background, ampliando a interação entre
saída de monitoração e efeitos. Mais de 500 linhas de
computação gráfica e aplicações visuais. Efeitos tradicio-
resolução asseguram alta qualidade de imagem, mes-
nais de colorize e negative estão incluídos, assim como
mo depois do processamento e da mixagem digitais.
feedback, afterimage, emboss, find edge e outros. Além
O equipamento oferece sete conexões BNC composto,
disso, também há a possibilidade de compor duas ima-
quatro S-Video e duas D-SUB 15 pinos, e preenche uma lacuna existente em um mercado
sedento por modelos de baixo custo
gens com o Picture-in-Picture, adicionando efeitos,
e customizar as transições das fontes A e B. O
aparelho pode ser controlado remotamente
e boa resposta: o V-8 conta com
pela série de produtos PR da Edirol e,
processamento interno de 4:2:2
além disso, oferece a função Audio
a 8 bits. As conexões D-SUB
Follow Vídeo, permitindo que,
15 pinos possibilitam conectar
conectado via MIDI à mesa de
dois computadores diretamente
ao switcher que, graças ao conversor
incorporado, viabiliza o uso de sinais RGB
VGA e UXGA. O equipamento também com-
áudio digital M-400 da linha
RSS, o áudio seja sincronizado
com o vídeo, fazendo a transição simultânea entre as fontes.
Música e Imagem
21
Novos Produtos
R-09HR
O R-09HR é um gravador digital portátil profissional que
538MD-27
traz recursos inéditos em produtos de sua categoria. Além
A Rodgers apresenta o modelo 538MD-27, um novo conceito em órgão clássico
de gravação em mp3 e wave de alta resolução em até 24
de dois manuais, com as proporções ideais para instalação em uma grande va-
bits/96kHz - de baixo ruído graças à tecnologia Isolated
riedade de ambientes, como igrejas, teatros, escolas de música e, até mesmo,
Adaptive Recording Circuit (I.A.R.C.) -, o equipamento da
residências. O modelo utiliza a conceituada tecnologia Rodgers, que proporciona um
Edirol oferece microfone condenser estéreo incorporado.
sampleamento de sons de órgãos de tubos autênticos, incluindo novas amostras
Por conta de necessidades específicas, no entanto, o usuário
de instrumentos alemães.
pode inserir áudio de fontes externas, sejam captadores ou
Entre os diferenciais do equipamento, destaca-se a entrada USB (USB Host Port),
aparelhos de som, pela entrada de linha disponível.
que permite a utilização de dados externos por meio de um pen drive ou hard disk,
Para reprodução do material registrado, o R-09HR apresenta
recurso exclusivo para essa categoria de instrumento musical. Afora isso, chamam a
alto-falante embutido e saída para fones de ouvido e linha,
atenção o visor gráfico LCD - que oferece ótima visualização de parâmetros e fácil interface com
permitindo que, além de uma audição preliminar, seja possível
o usuário, proporcionando acesso simples e rápido às operações -, o acabamento externo do console em madeira escurecida,
amplificar externamente o material registrado. Para aqueles que
e a pedaleira radial flat de 27 notas.
precisam editar o conteúdo sonoro e utilizá-lo em produções
O Rodgers 538 possui sonorização própria, com dois canais de 60 watts cada, oferecendo a possibilidade de instalação de amplificadores externos, o que pode enriquecer ainda mais o som ambiente.
Entre os recursos e variedade de timbres, uma das características fundamentais dos órgãos Rodgers, destacam-se 63 organ
voices, 24 orchestral voices, 32 memórias gerais e 20 para cada manual, 8 temperamentos, tutti, pedal de expressão, transpose
e efeitos de reverb digital, entre outros. A customização é também um ponto importante a ser realçado. Em órgãos de tubo
tradicionais, a realização do VOICING (regulagem e ajuste de sons) exige um consumo de tempo muito grande, além da utilização
de ferramentas especiais e, principalmente, mão-de-obra altamente qualificada. Nos modelos digitas, entretanto, o processo é
mais elaboradas, o equipamento oferece porta USB 2.0 para
rápida transferência de dados para o computador e vem acompanhado do software de edição Cakewalk Audio Creator LE. Entre
as outras facilidades que o produto disponibiliza,
estão controle remoto sem fio, capacidade de
armazenamento de até 32GB em cartões de
memória SD ou SDHC, e display OLED (Organic Light-Emitting Diode). O Edirol R-09HR
simplificado, pois possuem tecnologia própria de edição de vozes e ajuste das notas, que é feito tecla a tecla.
possibilita, de maneira fácil e descompli-
Por conta de todos esses fatores, o órgão Rodgers 538 atende a diversas necessidades, com versatilidade, inovação, discrição
cada, gravar com alta qualidade em qual-
e o padrão de qualidade, tradição e excelência que fez da marca a mais conceituada entre os músicos.
quer tipo de condições, e é ideal para
repórteres, executivos, estudantes,
músicos e produtores.
C-30
22
O C-30 reproduz fielmente a delicadeza do mais tradicional
Além disso, o C-30 é leve, o que permite que seja transpor-
instrumento de teclas: o cravo. A intenção da Roland foi
tado facilmente. O gabinete, compacto, foi concebido no
fazer que esse som se tornasse disponível para mais pes-
estilo conhecido como virginal e pode ser personalizado com
soas e permitir que a experiência de tocá-lo pudesse ser
gravuras à escolha do usuário para a tampa e vitrais laterais, o
facilmente usufruída em casa ou qualquer outro local.
que auxilia na criação da aparência mais conveniente ao local
Seja em performances-solo ou em grupos, o C-30 une
de apresentação.
Música e Imagem
o melhor de dois mundos em um
O grande destaque do modelo, no entanto, é a sonoridade.
equipamento digital com todas
Com 128 notas de polifonia, o Digital Harpsichord oferece
as características existentes no
quatro sons de cravo (French, Flemish, Fortepiano e Dynamic),
original. Com 61 teclas desen-
cada um deles com quatro variações – 8 Feet I (back), 8 Feet
volvidas especialmente
II (front), 4 Feet e Lute. Além disso, dois sons de órgãos po-
para simular a ação dos
sitivos estão disponíveis, assim como cinco diferentes modos
teclados de cravos acús-
de temperamento (Equal, Werckmeister, Kirnberger, Vallotti
ticos, o modelo reproduz
e Meantone) e duas alternativas à afinação normal (415 Hz
até mesmo o ruído pecu-
ou 392 Hz). Oito tipos de reverb, recursos de transposição e
liar da ação dos plectros
possibilidade de conexão de pedal damper complementam o
sobre as cordas, com
instrumento, dotando-o de mais flexibilidade e modernidade
possibilidade de ajuste
sem que se percam as características mais marcantes dos
de parâmetros.
cravos tradicionais.
GW-8
Disponibilizar grande
variedade de estilos de acompanhamento e timbres para a execução de
world music. Este é o objetivo principal do novo
arranjador da Roland, o GW-8. Mas não é apenas isso
que o workstation oferece. Desenvolvido no Japão com
o auxílio de Sergio Terranova, gerente de produtos da
Roland Brasil, o equipamento traz desde instrumentos
característicos da cultura brasileira, como a viola caipira
e o cavaquinho, até levadas de ritmos populares e folclóricos, como o forró e o bumba-meu-boi.
Criado especialmente para músicos de eventos, que
se apresentam geralmente sozinhos, o GW-8 traz
polifonia de 128 vozes com geração de sons derivada
da série Fantom-X, o que se traduz em qualidade e variedade de timbres. A memória interna de 256MB traz
mais de mil deles, afora 128 performances, 41 drum
kits e bancos dedicados aos instrumentos étnicos,
além dos dados de usuário com 228 performances
e 100 tones.
Também pode-se destacar a variedade de estilos
de playback interativo, conhecidos como ritmos de
auto-acompanhamento, com foco nos gêneros latinoamericanos acrescidos de outros escolhidos ao redor
do mundo, sem esquecer os mais populares de todas
as épocas e regiões, como pop, rock, dance, jazz etc. E
MT-90U
para uma performance ainda mais natural, essa seção
oferece quatro introduções, variações e finalizações,
O MT-90U reproduz arquivos MIDI, mp3 e wave diretamente
afora os fill-ins.
de pen drives ou outras fontes externas, como disk drives
Para quem pretende utilizar ainda mais recursos do
ou CDs, por meio da porta USB. Entre as facilidades que
apresenta, estão a possibilidade de alterar tanto o tempo
quanto a afinação das músicas, o controle remoto para todas as funções do
player e a entrada de microfone com
efeito de eco para uso como karaokê,
facilitado pela apresentação da letra
das canções no display. O tamanho
reduzido e o pouco peso fazem dele
o companheiro ideal para viagens,
turnês ou aulas.
equipamento, o GW-8 possui gravador digital MIDI de
16 pistas capaz de registrar, em tempo real, performances recheadas de efeitos. Além disso, o modelo
reproduz arquivos mp3, wave, aiff e SMF diretamente de um pen drive ou módulo de armazenamento
externo graças à entrada USB. A fim de enriquecer
e facilitar a performance ao vivo, o workstation traz
vários controles como o D-Beam e o knob Analog
Modify, que permitem ajustes e alterações instantâneas
dos timbres. Oferecendo acabamento que sons e ritmos produzidos pelo GW-8 merecem, estão disponíveis
três tipos de chorus, cinco de reverb e 78 efeitos.
Música e Imagem
23
Interação
V-Mixer M-400
V-Link
V-8 - Painel traseiro
O revolucionário padrão desenvolvido pela Roland oferece novos horizontes ao mercado
Integrar equipamentos de vídeo e áudio costumava ser um processo complicado. Associar dois mundos tão próximos e ao
mesmo tempo distantes no que diz respeito ao mercado - apesar de unificados na visão do público – é um desafio que poucos
ousaram enfrentar. No entanto, a Roland, grande conhecedora das necessidades dos músicos, encontrou a solução. A vasta
experiência que possui na fabricação de instrumentos, aliada ao conhecimento adquirido na produção de aparelhos da linha
Edirol para vídeo profissional, permitiu a ela desenvolver o protocolo V-Link. Esse padrão proporciona, tanto ao segmento musical quanto ao de áudio e vídeo, uma mudança de parâmetros significativa, por tornar esse processo mais simples, ilimitado,
extremamente criativo e acessível a todos. Literalmente, a empresa diz ao mercado: bem-vindo ao futuro!
MIDI OUT/THRU
MIDI IN
RECURSOS
MIDI cable
APLICAÇÕES
Graças aos fenômenos do DVD e do
Um exemplo de aplicação do protocolo V-Link é o conjunto Fantom-G - sintetizador
YouTube, o mercado já não se satisfaz
topo de linha da Roland - e Motion Dive .Tokyo (ou Edirol Motion Dive MD-P1S) -
No universo da música eletrônica, por exemplo,
apenas com o áudio. Além disso, com a
software e hardware extremamente simples e de baixo custo que trabalham com
existem muitas equipes que contam com profissionais
popularização das câmeras DV, mini DV e
loops de imagens em movimento. Estes permitem usar tanto figuras pertencentes
de vídeo especializados em efetuar a sincronia com o
a uma enorme videoteca que acompanha o produto quanto as que são carregadas
O sistema V-Link também simplifica o processo de edição
HDV - e dos projetores multimídia e data
áudio, os chamados VJs. Entretanto, com as facilida-
shows com custos extremamente aces-
pelo usuário. Além disso, o equipamento possibilita a sincronização do tempo da
de imagens. Para isso, é preciso utilizar o Edirol DV-7PR Digital
des encontradas nos dias de hoje, o próprio DJ pode
Video Workstation - produto que possui ferramentas de edição,
síveis - qualquer banda, seja de que porte
música com a velocidade do loop de vídeo, a troca dos bancos de imagens por meio
desempenhar esse papel em tempo real. No caso de
dos pads ou dos botões de sequencer do painel da workstation e a alteração no
gerador de caracteres, processamento e finalização de vídeo -
for, pode incluir performances de vídeo
uma performance com banda, a tarefa dele fica mais
brilho com o controle de infravermelho D-Beam, entre outras opções. É importan-
conectado a um VS-2000CD/2400CD. (Alex Lameira)
em suas apresentações.
simples. Basta utilizar um Motion Dive juntamente
te, portanto, para quem pretende utilizar essa
com um mixer V-4, aparelho extremamente simples e
solução, verificar na tabela de especificações
barato. Com esses equipamentos, é possível misturar
Seguem alguns comandos MIDI, como Control Change,
dos aparelhos quais possuem compatibilidade
os loops de imagens em movimento com os vídeos
Pitch Bend, After Touch e Note On/Off, para serem utiliza-
com o protocolo V-Link.
captados pela câmera, proporcionando recursos mais
dos como protocolo de audiovisual. Neste caso, o Motion
interessantes como colocar os integrantes em outros
Dive serve de parâmetro para imagem:
ambientes ou cenários virtuais e, até mesmo, fazer
Note Tx Ch
recortes por cores, tarefa que há 10 anos apenas se-
Pelos canais MIDI, o banco de imagens será selecionado
ria viável com aparelhos de dezenas ou centenas de
Valores: 1–16
A solução da Roland aposta nos
comandos em tempo real, facilitando o
acesso do público às mensagens que o
artista deseja transmitir. Com essa inovação, músicos podem “tocar” imagens
diretamente de seus instrumentos e, até
mesmo, controlar uma câmera por meio
dos produtos Edirol.
milhares de dólares.
Com o protocolo V-Link, tudo se torna
Com a Edirol, portanto, a Roland tornou-se a úni-
fácil. Uma simples conexão MIDI faz a
magia acontecer. Os instrumentistas
têm em suas mãos poderosas ferramentas de integração e podem elevar
suas performances a outro patamar de
MIDI IN
Edirol Motion Dive .To
kyo
Performance Package
por meio dos filtros de painel de teclados,
reproduzindo-os por um projetor durante
o show de uma banda.
Fantom-G
Música e Imagem
sistemas de distribuição de áudio a longas distâncias
atrelados a um sistema de projeção de uma sala ou
efeitos radicais de vídeo em tempo real
24
CC11, CC71-74, CC91-93, Channel Aftertouch
integração entre eles. A linha RSS, que conta com
vários DVDs e arquivos Power Point com áudio estão
mudança de clipes de imagens. Ou criar
O número de Control Change controla o tempo de fusão
Valores: OFF, CC1, CC5, CC7, CC10,
efetuar a sincronização, como, por exemplo, quando
ou controlador MIDI corresponder a uma
Tempo de fusão (Dissolve Time)
de áudio e vídeo profissionais, além de promover a
Reinforcement), pode ser integrada a switchers para
exemplo, cada tecla de um sintetizador
durante a transição do áudio.
ca empresa do mundo que possui produtos na área
e consoles digitais para apresentações ao vivo (Sound
comunicação audiovisual. É possível, por
crossfades e cortes “secos” que a mesa também realizará
Ctrl Tx Ch
O canal MIDI controla parâmetros de cores Cb/Cr, brilho
e chaveamento do efeito de vídeo
Controle de Color Cb
(quantidade de azul na imagem)
O número de Control Change ajusta o Cb color da imagem
teatro. Conectando um switcher V-440HD (high de-
Controle de Color Cr
finition) ou um V-8 (standard definition) a um console
(quantidade de vermelho na imagem)
digital M-400, o técnico consegue operar a mesa ape-
O número de Control Change ajusta o Cr color da imagem
nas selecionando as fontes de vídeo, inclusive fazendo
Música e Imagem
25
Capa
Retrato
No retorno ao País, utilizou toda essa informação na busca por uma estética própria, em que suas raízes fundem-se
em brancas e pretas
ao erudito e a outros gêneros. Admirador confesso de Luiz
Gonzaga e Sivuca, não hesitou em tocar Beethoven em ritmo
Reconhecido como um dos mais influentes músicos nacionais,
Oswaldinho do Acordeon adotou o V-Accordion como instrumento do coração
nordestino ou “Asa Branca” em blues. O ingresso no circuito MPB ocorreu no grupo Bendegó, pelo qual estabeleceu
contato com a vanguarda da música nacional da época: Odair
Cabeça de Poeta e Grupo Capote, Tom Zé, Moraes Moreira,
Oswaldo de Almeida e Silva, o Oswaldinho do Acordeon, nasceu em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, no dia 5 de junho
de 1954. A família era do interior da Bahia, mais precisamente da cidade de Euclides da Cunha, próxima a Canudos, de Antônio
Conselheiro. O avô, “Seu” Aureliano, mestre sanfoneiro, ensinou o ofício ao filho, mais tarde conhecido como Pedro Sertanejo.
Este embarcou, em 1946, rumo ao Sudeste em busca da fama, tentando firmar-se na carreira artística. Acordeonista, compositor,
afinador de instrumentos e radialista, inaugurou, 20 anos depois de sua chegada, o primeiro forró da capital paulista, local que
se tornou o principal ponto de encontro de nordestinos. Já em 1964 havia fundado o selo Cantagalo, um dos mais importantes
centros de lançamento de artistas regionais. Por ali passou a maioria dos sanfoneiros, trios e cantores da época, como Domin-
Baby Consuelo e Pepeu Gomes, Fagner, Djavan e Renato
Teixeira, entre outros. A lista daqueles que puderam contar
com seu toque pessoal em gravações e apresentações é
enorme e nela constam desde Alceu Valença e Gonzaguinha,
passando por Elba Ramalho, até Paul Simon, Freddy Mercury
e Al Jarreau, sem esquecer Nelson Ayres e Amilson Godoy,
entre muitos nomes.
A dedicação ao acordeão, no entanto, deixou algumas
guinhos, Genival Lacerda, Abdias, Jacinto Silva, Anastácia e Fúba de Taperoá.
Além de agitador cultural, Pedro Sertanejo gravou mais de 40 discos e compôs cerca de 700
canções, deixando sua marca na maior cidade da América Latina e na história da música
popular brasileira. Sua casa era ponto de encontro de sanfoneiros. Ali eles se reuniam
para tocar, trocar informações ou apenas “prosear”. Os mais freqüentes eram Luiz
Gonzaga, Zé Gonzaga e Sivuca. Em um ambiente tão cultural, era esperado que o
pequeno Oswaldinho demonstrasse interesse por esse universo. A primeira sanfona,
de quatro baixos, surgiu aos 7 meses de vida. E, conforme a criança crescia, o brinquedo transformava-se em paixão. Com 6 anos, começou a aprender com o pai. Aos
8, estreava em estúdios, participando da gravação da música “Menino do Pirulito”, em
um dos discos dele. Nessa época, seguiu a família rumo a São Paulo.
Bebeu da fonte até os 12, ouvindo e estudando composições
de Gonzaga, Dominguinhos, Manoel Silveira, Sivuca e outros
seqüelas. Uma hérnia de disco passou a incomodá-lo, a tal
ponto que os movimentos começaram a ficar comprometidos. Submetido a uma cirurgia, teve medo de ser necessário
abandonar a carreira. Em plena reabilitação, conheceu um
novo instrumento, trazido ao País por Takao Shirahata, presidente da Roland Brasil, especialmente para ele. O V-Accordion ganhou um fã e um patrono. Explorando a tecnologia
embarcada no equipamento sem esquecer suas principais
Música e Imagem
que o pessoal me mandava parar. Essa evolução foi gradativa.
Quem “forçou” essa barra, do instrumento sair dos palcos de
forró para os teatros, foi o Dominguinhos, quando começou a
trabalhar com Gilberto Gil e Gal Costa. Naquela época, até Luiz
Gonzaga o esqueceu um pouco, por incrível que pareça.
Você acha que esse panorama está se modificando?
Muito, porque os filhos e os netos das pessoas que
tinham preconceito aderiram ao instrumento com grande
facilidade por causa da tecnologia. Quem está acostumado,
percebe que o acordeão é um teclado de pescoço. Então,
veira, Maestro Chiquinho e Pedro Sertanejo, – Oswaldinho
O acordeão no Brasil sempre foi muito ligado à música regional. Em outros países isso é diferente?
do Acordeon, mais uma vez, funde o moderno e o antigo, o
novo e o tradicional.
Ele faz parte da cultura de todos os países que visitei. Na
França, por exemplo, até hoje usam o mesmo ritmo. Na Itália
de preconceito assim como os nordestinos - era cultuado na intimidade. Muitos tocavam, mas evitavam se
O problema surgiu com a Jovem Guarda. Antes disso,
apresentar ou lecionar. Por conta disso, durante seis
porém, segundo pessoas com mais idade que eu, houve
um encontro de acordeonistas no Maracanã e as sanfonas
e na Alemanha, também. Brasileiro é que gosta de inovar. Para
me destacar e não ser mais um conservador, gravei música
clássica em ritmo de forró. Fui o primeiro a utilizar pedal. A crítica
me massacrou. Disseram que estava perdendo a originalidade,
trocando violão e cavaquinho, instrumentos de regional, por
guitarra e contrabaixo. Nem para fazer São João eles me convi-
A grande virada aconteceu quando conheceu o
estavam muito desafinadas, com um monte de gente tocando
professor italiano Dante D’Alonzo, que lhe ensinou
em timbres diferentes. Isso prejudicou a audição de quem
música clássica e como tirar o melhor proveito de
tem ouvido apurado e o acordeão passou a ser considerado
seu instrumento nesse gênero. Aprendeu a ler e
instrumento de conservadores, de velhos. Quando surgiu
escrever partituras, conhecimento que, de certa
o órgão, foi deixado de lado. As pessoas tinham vergonha
Por que foi estudar na Europa?
forma, foi fundamental para consolidar sua carreira
porque achavam que era para valsinha, dobrado, forró. Alguns
Estudei música clássica por 18 anos e ganhei uma bolsa
artística. De volta à Europa, o mestre incumbiu
falavam que ele não estava apto a outros tipos de música,
para Milão. Minhas raízes sempre foram nordestinas, no en-
Paolo Feolla de continuar o trabalho que começara.
principalmente aqui no Brasil. Quem dava aula fazia questão
tanto precisava conhecer mais o instrumento e outros gêneros,
O talento do pupilo aflorou ainda mais e rendeu a
de não colocar na placa, de tanta perseguição. Na época do
além de aprender a escrever, até para orquestra sinfônica.
Oswaldinho uma bolsa de estudos no Conserva-
forró, a gente andava com ele dentro de uma caixa e era pre-
Enfim, saber música. Percebi que o acordeão não é regional,
ciso atravessar a rua, porque as pessoas não aceitavam. Era
mas universal.
tório Dante, da cidade de Milão, na Itália.
26
repente, pegava o acordeão, mas não podia usar o som acústico
não tem vergonha.
O acordeão viveu seu auge e, na seqüência, sofreu forte declínio. A que você credita esse fato?
anos Oswaldinho focou seus estudos no piano.
um preconceito muito grande. Tocava órgão em bailinhos e, de
influências – Dominguinhos, Sivuca, Caçulinha, Orlando Sil-
artistas. Chegando à capital, teve dificuldades em encontrar um professor. Na cidade grande, o acordeão - vítima
DOMINGUINHOS E OSWALDINHO
Amigos de longa data e muitas histórias em comum
davam. Falavam que era muito clássico. Mas insisti. Hoje, tenho
personalidade no meu trabalho e tudo que eu fizer, “tá valendo”.
Conquistei esse espaço debaixo de muita bordoada.
Música
Música e
e Imagem
Imagem
27
Capa
Temos instrumentistas muito talentosos que não são
valorizados por aqui...
E quanto aos timbres?
Era tudo que eu queria. Além disso, existe a facilidade
Festival Internacional
Roland de Acordeon
Santo de casa não faz milagre. Deveriam dar mais valor, mas os
de afinação. Quando se faz uma gravação que tem a base
músicos têm que ser bem preparados. Para um artista, não basta
pronta, sempre há uma diferença. Com o novo equipamen-
o dom. É preciso ser um sucesso como pessoa, ter bom relaciona-
to, o músico consegue ajustar a afinação à base gravada.
definida em 2 de setembro de 2008, foi vencida por Jackson
mento. Se alguém possui talento, mas for um péssimo indivíduo,
Comecei a ver as vantagens que teria no estúdio. Afora a
Jofre Rodrigues. Natural de Gravataí, o músico gaúcho recebeu um
sem respeito com seu trabalho e nem com o do próximo, a própria
leveza, estranhei um pouco o fole. A regulagem de fábrica
V-Acordion FR-7. Com essa vitória, o instrumentista conquistou o
arte se encarrega de tirá-lo do meio. Ela é que nos escolhe. Se nós
vem um pouquinho mais dura, mas é ajustável. Com isso
direito de representar o País na disputa do título de “Melhor Acor-
anulássemos totalmente o ego, a música seria outra coisa. Acredito
regulado, entendi que é um instrumento que se adapta à
deonista do Mundo” em Roma, na Itália, e de concorrer a um prêmio
que há desvalorização porque ninguém sabe se comportar. O artista
pessoa que está tocando, se a mão é fina ou grossa. No
de cinco mil euros.
precisa ter a cabeça nas estrelas e os pés no chão. É necessário,
caso do peso do dedo do intérprete, é possível configurar o
nas escolas, preparar o aluno para quando for famoso. Ele demora
a chegar lá e, depois, pode colocar tudo a perder. A vaidade sobe
acima da capacidade. Põe o sujeito lá em cima, retira a escada e
espera o tombo. As pessoas estão trabalhando com música e é
fundamental lidar com ela em todas as vertentes possíveis. Mas
sempre com dignidade, respeitabilidade e amigavelmente, aproveitando os espaços.
teclado e a baixaria.
Você precisou alterar sua maneira de tocar?
Não. Às vezes, mexo no acordeão acústico e não noto
A etapa brasileira do 2º Festival Internacional Roland de Acordeon,
O catarinense Orimar Hess Júnior, de Luiz Alves, foi o segundo
colocado. A terceira posição ficou para o paranaense Ricardo Marcelo
Luiz, de São José dos Pinhais. Também participaram da competição
Antonio Alberto Frighetto Neto, de Altinópolis, São Paulo,
e Pedro Churandi Bernardy, de Ivaporã, Paraná.
diferença. E até sinto falta dos outros recursos. É questão
de acostumar com ele, com o peso. E previne problemas de
Com o apoio da Vivo, que presenteou os finalistas com celulares, o evento contou com
postura. Quem toca o instrumento acústico tem tendência a
um show especial de Oswaldinho e Dominguinhos. Os ícones do instrumento dividiram o
palco pela primeira vez para homenagear o mestre Sivuca.
ter desvios de coluna. Os que usam o modelo Roland, sem
Como conheceu o V-Accordion?
O Takao me convidou para visitar a Roland e ver um novo instrumento. Eu estava, praticamente, vindo de uma cirurgia. Por isso,
PREMIAÇÃO
Takao Shirahata e Jackson Jofre Rodrigues,
vencedor da etapa brasileira
passar pelo outro, vão ganhar alguns anos de saúde (risos).
Primeira edição
Há preconceito em relação a esse instrumento?
a primeira pergunta que fiz foi: qual o peso? Quando cheguei lá e
Não. As pessoas é que ainda não se acostumaram com a
vi o equipamento, achei a cor interessante. Era bem diferente e
facilidade que a Roland pode dar. Quem vai trabalhar em um
aquilo chamou a atenção. Ele me deixou tocar e, logo que peguei,
estúdio de gravação e é autodidata, por exemplo, se tiver que
senti que era mais leve que o meu, por não ter cavaletes. Ouvi as
transportar o tom de uma música, dará valor ao equipamento.
variações de timbre e fiquei apaixonado. Na época, trabalhava com
O instrumento facilita a vida dele. Se ele não souber tocar
dois acordeões: um acústico e um MIDI, que usava em um pedestal.
em Mi maior ou La bemol, ele transpõe para Do maior, que
A Roland possibilitou que eu tivesse ambos em um só.
é o tom de pobre (risos). (Nilton Corazza)
A primeira edição do Festival Internacional Roland de Acordeon
ocorreu em 2007 e reuniu músicos do mundo inteiro. A final da etapa
nacional foi realizada em São Paulo e coroou Bruno Moritz Neto
como o melhor acordeonista do País. Com isso, o músico disputou
a decisão internacional na cidade de Pesaro, Itália. Ao lado de outros oito acordeonistas, o brasileiro concorreu ao prêmio de 5 mil
euros. O primeiro lugar, porém, ficou para Amélie Castel (França),
seguida de Pavlo Runov (Itália) e Uwe Steger (Alemanha).
História
O cheng, instrumento chinês constituído por recipiente
de ar, canudo de sopro e tubos de bambu, pode ter sido
o inspirador do acordeão. Para produzir som, cada tubo
possuía um encaixe para posicionar uma lingüeta ou palheta, que vibrava com a passagem do ar. Esse sistema foi
levado para Rússia, onde foi aplicado em tubos de órgãos
litúrgicos, e seguiu para a Alemanha.
Em 1822, na capital daquele país, Friedrich Buschmann
foi o primeiro a produzir um modelo básico de “sanfona”.
Pouco depois, na Áustria, Cirilo Demian construiu um
exemplar de palheta livre, teclado e fole capaz de produzir
acordes. Estava inventado e patenteado o acordeão. Com
a inclusão da escala cromática, o equipamento tornou-se
apto a produzir qualquer melodia ou harmonia, fato que
possibilitou o aperfeiçoamento dos modelos seguintes.
28
Música e Imagem
Itália
Uma das fases mais importantes para o desenvolvimento do
acordeão aconteceu na Itália. Reza a lenda que, em 1863, um viajante austríaco teria pedido abrigo a um camponês em Castelfidardo.
Encontrou repouso na casa de Antonio Soprani, pai de Paolo, e
presenteou o jovem com um instrumento. O rapaz resolveu estudar
os mecanismos e, assim, passou a aperfeiçoá-los. Após modificar as
dimensões e alterar as vozes, iniciou a fabricação dos primeiros acordeões italianos juntamente com seus irmãos Settimo e Pasquale.
Em 1976, na cidade de Stradella, Mariano Dallapè iniciou a
confecção de seus próprios modelos. Quatro anos depois, a Salas
foi fundada simultaneamente à Cooperativa Armoniche. Outras
indústrias começaram a se instalar em Vercello após uma década,
firmando a Itália como o grande centro produtor e responsável pelo
aprimoramento do acordeão.
V-Accordion
Depois do desenvolvimento no século 19, outro ciclo se iniciou graças a Ikutaro
Kakehashi. Em 1967, durante viagem a Castelfidardo, o fundador da Roland Corporation conheceu alguns fabricantes do produto. Fascinado com o instrumento,
resolveu levar dois para o Japão, onde começou a alimentar a idéia de criar um
modelo eletrônico.
Entretanto, alguns obstáculo se interpunham, como a padronização do instrumento, a sensibilidade da ação dos foles e a arquitetura existente para a troca de
registros. Junte-se a isso a necessidade de acondicionar o mecanismo em uma
estrutura leve e compacta.
O desejo de Kakehashi foi consolidado anos depois pelos engenheiros da Roland Europa, estabelecida
em San Benedetto, próxima a Castelfidardo. Graças aos resultados alcançados no desenvolvimento de novas tecnologias, a empresa lançou o V-Accordion (Virtual Accordion). Nele, recursos avançados oferecem ainda mais flexibilidade ao
equipamento: as formas de onda podem ser alteradas de acordo com o toque no teclado e a pressão de ar produzida pelo
fole, e a vibração secundária das palhetas em conformidade com a duração da nota. (Rafael Furugen)
Música
MúsicaeeImagem
Imagem
29
GT-10
A
nova
paixão
EVOLUÇÃO E SIMPLICIDADE
da BOSS ajusta vários parâmetros ao mesmo tempo, restando
Os engenheiros da BOSS sempre tiveram como objetivo
ao músico apenas movimentar o cursor na direção desejada.
principal o desenvolvimento de produtos inspiradores e musicais. E isso, realmente, pautou os modelos anteriores de
pedaleiras (GT-5, GT-3, GT-6 e GT-8). O salto com o lançamento
da GT-10, porém, é gigantesco. Pode-se dizer que, finalmente,
a contradição maior desse tipo de equipamento foi resolvida.
Com a chegada da GT-10, Rafael Bittencourt
e muitos outros músicos encontraram a
solução ideal para a criação de timbres
Com ela, o usuário pode criar timbres para praticamente todos
os estilos sem ter que recorrer uma única vez ao “inimigo número um dos guitarristas”: o manual do usuário. Também não
é necessário apelar ao Google para descobrir o que significa
“depth”, “rate”, “gain”, “threshold” e mais uma infinidade de
Não é de hoje que guitarristas de diversos estilos vêm adotando
as pedaleiras multiefeito como ferramentas práticas e confiáveis para
O “pulo do gato” se chama EZ TONE. Trata-se de um recur-
a construção de timbres das mais variadas espécies. Um exemplo
so inovador e inteligente que baseia a criação de timbres em
disto é Rafael Bittencourt, que usou o modelo BOSS GT-8 por
estilos musicais e gráficos, ajustando vários parâmetros do
mais de um ano como único gerador de efeitos nos shows
da banda Angra, sempre conectado a amplificadores valvulados. O músico também utilizou esse equipamento
em linha em diversos workshops, ensaios e para seus
estudos diários.
Grande parte dos guitarristas procura desenvolver seu som
baseados em gravações ou instrumentistas que admiram. A
maioria, no entanto, não sabe quais efeitos utilizar para construí-
Assim como ele, outros instrumentistas conse-
de suas pedaleiras o “peso” do Dream Theater, aquele timbre
guem resultados surpreendentes com suas “máqui-
“cheio” das introduções do Metallica ou, ainda, a sonoridade
nas” em estúdio e também ao vivo, criando sons
“quente” do Red Hot Chili Peppers. Isso ocorre porque eles
que atendem a praticamente todos
não sabem que “pesado” se refere a distorção e ganho, as-
os estilos. No entanto, a maioria
sim como “cheio”, geralmente, ao efeito de chorus, phaser ou
deles acaba se frustrando por
flanger, e “quente”, a overdrives e equalizadores. Alguns até
não conseguir aquele timbre
chegam a essas conclusões, mas acabam se deparando com
“matador” que procura. A ver-
os “famigerados” parâmetros de ajuste.
em um único pacote, as pedaleiras
multiefeito freqüentemente se tornam
indecifráveis para os músicos, principalmente os semiprofissionais e hobbistas. Esta é,
realmente, a grande contradição dos modelos topo de
linha do mercado: eles foram desenvolvidos para facilitar
a vida dos guitarristas, mas muitos ainda se complicam
com menus de navegação e parâmetros que afastam os
artistas do “som ideal”.
É nesse ponto que o novo recurso EZ TONE entra em ação.
Em quatro passos básicos, é possível criar qualquer timbre, sem
a necessidade de configurar um deles sequer. No primeiro, se
escolhe o tipo de captador da guitarra (single ou humbucker)
e em qual equipamento a GT-10 será conectada (amplificador,
mesa de som, fones de ouvido e sistema “cabeça-caixa”, entre
outras opções). Na segunda etapa, seleciona-se o estilo que
servirá como base (blues, rock, metal, country, jazz
etc) e as variações dele. No terceiro estágio, a
pedaleira apresenta na tela
Diversos fóruns de discussão encontrados na inter-
o recurso com o qual
net estão repletos de usuários pedindo ajuda na criação
o instrumentista altera
de timbres e no manuseio de suas pedaleiras. E alguns
as características do
acabam desistindo no meio do caminho. Essa questão, com
timbre por meio dos
certeza, foi um dos pontos de partida para o novo projeto
botões abaixo do painel.
da BOSS: a GT-10.
Música e Imagem
equipamento ao mesmo tempo.
lo. É comum ouvir músicos dizerem que não conseguem tirar
dade é que, por oferecer tudo
30
termos técnicos utilizados em estúdios profissionais.
Neste ponto, o equipamento
Levá-lo no sentido do eixo BACKING faz que a pedaleira adapte os valores para timbres de guitarra-base, ao passo que para
solos, basta encaminhá-lo para SOLO. O mesmo acontece
na horizontal, em que posicioná-lo na direção HARD tornará o
timbre pesado e em SOFT, mais suave. A quarta e última fase
apresenta a mesma tela da anterior, mas para configuração dos
demais efeitos (delay, reverb, chorus, rotary speaker, flanger
etc, dependendo da opção escolhida). Nessa etapa, o cursor se
movimenta nas direções WET-DRY (reforça ou diminui os efeitos)
e SHORT-LONG (efeitos de repetição mais longos ou curtos).
Percorridos esses quatro passos, o que, em média, não
demora mais que um minuto, basta salvar os ajustes em uma
das 200 memórias da GT-10. Resumindo, quando o guitarrista
determina o estilo e as características do timbre, o equipamento
define seus parâmetros internos automaticamente. A pedaleira
seleciona uma simulação de amplificador e faz as alterações
nele. Em seguida, escolhe os efeitos recomendados e customiza os parâmetros necessários. Tudo é feito sem que o usuário
perceba que mudanças estão sendo executadas. “E isso não
é útil somente para iniciantes”, explica Bittencourt: “É para
qualquer um, porque não é preciso partir do zero para criar um
timbre”. O exemplo mais comum é o do músico de estúdio, que
não pode perder tempo. “A GT-10 traz até um banco chamado
Studio”, ensina o integrante do Angra, “com um som limpo e
chorus bonito, um legal de solo, um de base, outro de ritmo,
wha-wha, tudo pronto”, ilustra.
As facilidades, porém, não acabam por aí. Caso o guitarrista
necessite de alterações mais precisas em seus timbres, ele
pode recorrer aos parâmetros individuais de cada efeito. Isso
também foi alvo de uma mudança radical no equipamento.
Quando o botão de determinado recurso é pressionado, em
vez de apresentar apenas os nomes, o display mostra os knobs de ajuste, imitando o painel de um pedal compacto. Basta
movimentar os botões logo abaixo
dessa tela para confirgurar
rapidamente os quatro principais parâmetros de cada
um. Se for selecionado um
chorus, por exemplo, aparecerão Depth, Rate, Pre Delay e Effect
Level. Se tratar-se de um delay, surgirão
as opções Delay Time, Feedback, Hi Cut e Effect
Level. É como se o músico estivesse manuseando
“pedaizinhos” colocados na pedalboard BCB-60.
Música
MúsicaeeImagem
Imagem
31
GT-10
“Só com a GT-10 e a guitarra, o músico já está bem!”
Se mesmo assim forem necessários alterações ainda mais
mes baixos. À medida que os níveis vão sendo aumentados,
tipo MIDI Control Messages, o que facilita o backup
precisas, em se tratando de especialistas e “heavy users”, o
as altas freqüências começam a surgir naturalmente e o ganho
e o compartilhamento de ajustes de usuário. Além
botão DISPLAY MODE entra em ação. Quando pressionado,
dessa faixa diminui. Esse comportamento é extremamente
disso, a BOSS disponibilizou para download gratuito
ele faz que a tela não apresente apenas os principais ajustes
complicado de ser reproduzido em uma pedaleira, mas a GT-
(www.bossbrasil.com.br) o programa Biblioteca de
dos efeitos selecionados, mas todos os disponíveis para cada
10 o recria com fidelidade. Para Bittencourt, a simulação mais
Timbres. Ele facilita o armazenamento dos dados
um. Nesse caso, o equipamento se torna uma “usina” de pa-
impressionante, no entanto, foi a de Marshall: “Creio que os
contidos na GT-10, possibilitando, inclusive, a troca
râmetros, que irá atender até os guitarristas mais exigentes. “A
modelos dessa marca são os que apresentam maior dificuldade,
de configurações criadas por músicos pela internet,
função EZ Tone é uma grande sacada”, diz Bittencourt, “porque
porque são muito dinâmicos”, diz. “Os amplificadores que têm
de forma rápida e confiável.
o músico, rapidamente, monta o timbre. O meu tem uma cara
um som comprimido, menos aberto, como os modernos, são
Afora as ferramentas mais óbvias - aguardadas
de anos 70 e 80, então, puxo esses sons e apenas dou uma
mais fáceis. Mas o grande diferencial da válvula é a questão
pela maioria dos usuários de GT-8, 6, 5 e 3 - a BOSS
ajeitada à minha maneira.”
da dinâmica”, ensina o músico. “Quando se toca leve, ele tem
surpreendeu aos instrumentistas incluindo o recurso
um som bonito, quente. Ao tocar forte ou dar um pouquinho de
de gravação de loops no aparelho. O Phrase Loop
ganho no volume, vem mais encorpado. O timbre do Marshall,
permite o registro de até 40 segundos de duração,
A GT-10 carrega um novo processador DSP customizado,
apesar de ser distorcido, é muito aberto e dinâmico, em que
sendo que várias camadas de áudio podem ser re-
desenvolvido especialmente para esse multiefeito. “A qualidade
se ouvem diversos harmônicos e, por isso mesmo, difícil de
gistradas e empilhadas. Essa é uma função extrema-
do áudio é superior. Os graves surgem bem consistentes e o
ser simulado”, explica.
mente útil, seja para estudar, lecionar, compor ou, até
NOVAS POSSIBILIDADES
som todo vem mais encorpado. Os agudos também contam
Nas palavras de Takahashi,
com maior definição, “amaciados”, sem parecerem digitais”,
“o novo processador tornou
atesta Bittencourt. Tudo isso, graças ao DSP que, com o
Outras solicitações bastante difundidas em fóruns
possível traduzir de forma ainda
dobro de capacidade de processamento do GT-8, fez que
sobre GT-8 e que foram atendidas pelos engenheiros
mais fiel o comportamento dos
as simulações de amplificadores ficassem ainda mais fiéis,
da BOSS são um display LCD grande e com forte
amplificadores, por meio da
naturais e orgânicas. “Quando iniciamos os primeiros testes
iluminação - ideal para locais escuros ou iluminados
evolução da tecnologia COSM”.
de desempenho, percebemos que as possibilidades seriam
demais - e um pedal de controle adicional (CTL2).
Outra grande vantagem é con-
praticamente infinitas”, diz Masao Takahashi, engenheiro-chefe
Este último é uma alternativa que amplia ainda mais
seguir produzir características
do projeto no Japão. “Com isso, decidimos refazer toda a
as possibilidades de utilização da nova pedaleira.
que o original não possui. Como
programação de simulação, ou seja, começar do zero. Foi
exemplo, pode-se citar o fato de
possível, então, incluir detalhes que aumentaram muito a
que a GT-10 tem como opção de
fidelidade dos efeitos e dos amplificadores”, completa. Trata-se
ajuste de ganho, para as simula-
da tecnologia COSM (Composite Object Sound Modeling ou
ções, valores de 0 a 120, ou seja, ela consegue um adicional
Modelação Sonora de Objeto Composto), exclusiva da BOSS,
de 20%. Essa característica é fundamental para personalizar
utilizada nas pedaleiras da marca para reproduzir amplificado-
timbres e criar sonoridades exclusivas.
grande responsável pelo salto de qualidade e pela
resposta mais musical do multiefeito em
relação aos modelos anteriores.
Um exemplo da seriedade
Sergio Motta e Masao Takahashi
RECURSOS INDISPENSÁVEIS
quanto à linha de pedaleiras multiefeito da BOSS. Isso, no
entanto, são águas passadas, pois, em janeiro de 2008, foram
lançados simultaneamente os modelos GT-10 e GT-10B. Em
termos de opções e novas tecnologias, a GT-10B carrega
todos os recursos do modelo para guitarras, mas os efeitos e
as simulações de amplificadores são voltados ao universo do
contrabaixo. O equipamento apresenta filtros e “synth-bass”
impressionantes, além de oitavadores e emulação de fretless
e guitarras com distorção, ideais para solos e sonoridades
inovadoras. Todos esses
fatores, somados ao Loop
Phrase, tornam a GT-10B
um item indispensável
para os baixistas que
buscam novas experiências musicais.
direta da minha experiência com a GT-8”, diz Bit-
Seja para instrumentistas profissionais ou para os hobbistas
tencourt. “É uma pedaleira ultraversátil. Em alguns
que amam os efeitos da BOSS, a novidade apresentada pela
casos, envio os efeitos no loop dos amplificadores.
empresa é um equipamento que atinge um nível único de quali-
Em outros, direto no input. Como ela pode ser ligada
dade, durabilidade e facilidade de uso. Seus recursos inovadores
também em linha, é uma solução bem prática em
a tornam muito mais que uma pedaleira multiefeito para guitarra.
gravações”, atesta. “Só com a GT-10 e a guitarra, o
E suas possibilidades de criação de timbres são praticamente
músico já está bem!”
infinitas. (Sergio Motta)
há muito tempo desejados nos modelos anteriores
foram incorporados ao projeto. O principal e
uma porta USB. Com ela, a pedaleira passa a
das é a emulação do
ser uma interface de áudio profissional
Fender Twin. O amplifi-
com suporte a driver ASIO, ou
cador original tem uma
seja, é possível gravar com o
EZ TONE
Timbres facilmente configurados em menos de 1 minuto e apenas quatro passos:
aparelho plugado diretamente a
computadores e softwares de gra-
médio-agudos quando
vação e edição instalados. O equi-
ele trabalha com volu-
pamento também troca informações
Música e Imagem
nunca foi desenvolvida, deixando muitos músicos indecisos
da interface com o usuário e do processador. Recursos
ções foram encara-
32
sos pela próxima geração da GT-6B. A tão esperada “GT-8B”
As inovações da GT-10 não ficam por conta apenas
mais aguardado, sem dúvida, é a existência de
que reforça os agudos e
- substituindo o modelo GT-6 - os baixistas aguardaram ansio-
“A mudança para a GT-10 foi uma conseqüência
com que as simula-
chave chamada Bright,
Após o lançamento mundial da GT-8, em janeiro de 2005
mesmo, para performances de palco inusitadas.
res, alto-falantes, microfones e efeitos de várias espécies.
Totalmente refeito para a GT-10, esse processo é o
VERSÃO PARA CONTRABAIXO
PASSO 1: escolha o tipo de captador da
guitarra (single ou humbucker) e em qual
equipamento a GT-10 será conectada
PASSO 2: selecione o estilo no qual o
timbre será baseado (blues, rock, metal,
country, jazz etc) e uma das variações do
estilo principal
PASSO 3: ao movimentar o cursor com
os quatro botões logo abaixo do display,
o guitarrista altera as características
do timbre
PASSO 4: ajuste os demais efeitos
(delay, reverb, chorus, rotary speaker,
flanger etc, dependendo da opção escolhida pelo músico)
Música
MúsicaeeImagem
Imagem
33
Fantom-G
SINGLE, LIVE, STUDIO
sequencer, teria somente 3, 5 ou 6 efeitos disponíveis, de-
O Fantom-G possui novos modos de execução. O SINGLE
pendendo do modelo do sintetizador. E esses equipamentos,
é o antigo PATCH, em que estão todos os sons disponíveis.
Anexo a ele, está a função FAVORITE, que permite memorizar
Geração
Revolucionária
até 256 timbres. Isso possibilita acesso imediato às sonoridades
preferidas do tecladista, o que faz dele um ótimo recurso para
situações ao vivo. Outra novidade é o LIVE, em que até oito
patches são combinados. O diferencial é que, nessa versão, os
elementos selecionados mantêm seus efeitos originais. Isso
ocorre por conta do novo sistema DSP (Digital Signal Processor)
O Fantom-G inaugura uma era na história
das workstations de produção musical
em sua maioria, permitiam a gravação de apenas 16 canais
MIDI. Se a produção exigisse uma guitarra com distorção, um
órgão com simulador de caixa Leslie, um compressor para a
bateria, um piano elétrico com chorus, além de um reverb e
um equalizador para todos os instrumentos, não haveria mais
efeitos disponíveis para registrar, por exemplo, um pad com
phaser, um clavinet com wah-wah ou qualquer outro que
exigisse algum processamento.
do equipamento. O modo indicado para ser usado juntamente
Como no Fantom-G cada som possui seu processa-
com o sequencer é chamado STUDIO e utiliza até 16 sons
mento próprio (PFX), esse problema não existe. Quando
o sequencer for utilizado, os efeitos são mantidos.
em partes multitimbrais independentes.
Muitos tecladistas sonhavam com um sintetizador
que tivesse timbres fantásticos e que, simultaneamente,
Em 2001, a Roland iniciou a produção de uma nova linha
um Fantom-X. Agora, além do JUNO-G, tenho em mãos um
de workstations. O Fantom FA-76 foi lançado para substituir a
Fantom-G. Estou muito contente com a qualidade dos sons”.
aclamada série XP, que dominava o mercado de estações de
E essa percepção não é só do tecladista. “A Claudinha é muito
trabalho em estúdios e performances ao vivo. Naquela época,
exigente com os timbres. E é visível a superioridade deste
era impossível imaginar um sintetizador com recursos de sam-
modelo em relação ao anterior”.
pler e gravação de áudio, conexão para mouse e computadores,
e, além disso, a possibilidade de receber placas de expansão
com novas formas de onda e interface gráfica individualizada,
como os plug-ins usados em softwares de gravação. Ao longo
dos sete anos que separam o advento do Fantom FA-76 até os
dias atuais, a tecnologia evoluiu muito, a ponto de ser motivo
de riso imaginar uma workstation utilizando disquetes para o
armazenamento de dados.
Durante esse tempo, o departamento de desenvolvimento
de sintetizadores da Roland Japão, gerenciado pelo engenheiro
Ace Yukawa, trabalhou intensamente para colocar à disposição
dos usuários toda a tecnologia disponível e produziu o Fantom-G. “Consideramos que esta é a mais completa workstation
já lançada por nós”, diz Yukawa. “Queríamos oferecer o melhor
equipamento para estúdio e performances ao vivo, com custo
acessível para músicos de todas as partes do mundo.”
No Brasil, o Fantom-G já está sendo usado por tecladistas
do porte de Luciano Pinto (Claudia Leitte), Márcio Buzelin (Jota
permitisse a troca entre um e outro sem interrupções
na sonoridade. O Fantom-G possui esse recurso, chamado Patch Remain. O músico pode tocar utilizando um
patch de guitarra com distorção e passar para um Strings
sem corte nas formas de onda ou nos
efeitos. Embora equipamentos exis-
Portanto, ao usar os 16 canais de gravação, temse 16 deles em funcionamento. Além disso,
podem ser acionados um chorus, um reverb
e um processo de masterização, mais três
multiefeitos (MFX). Não existe outro
equipamento nessa categoria que
tenha essa capacidade.
LIVE WORKSTATION
O Fantom-G vem de fábrica com mais de 1.600 sons, com
tentes no mercado se proponham
tudo que é necessário para uma produção, não importando o
a realizar essa façanha, nenhum
gênero musical. A nova workstation da Roland carrega uma
possui sons tão complexos como
coleção de timbres históricos em sua memória interna. Além
o Fantom-G e nem mantêm com
dos existentes na linha Fantom-X, a empresa sampleou diver-
perfeição todos os elementos exis-
sos clássicos de sua trajetória de sucessos, como pads do
tentes neles. Isso apenas é possível
JUNO-G e do JUPITER-8, leads das séries SH e JX, sons das
por causa dos processadores de
palco, alguns segundos podem
última geração desse equipamento
se tornar uma eternidade para o
baterias eletrônicas TR-808 e TR-909 e muitos outros. Como
o equipamento somente aceita as novas placas de expansão
ARX, a Roland também incluiu uma seleção de waves das doze
placas SRX existentes.
Um recurso importante do Fantom-G é que ele permite a
criação de sons com até oito formas de onda, cada uma com
diferentes ajustes de afinação e sensibilidade, gerando timbres
envolventes e realistas. Um naipe de metais, por exemplo, pode
ser composto por saxofones alto, tenor e barítono, trompetes,
trombones etc.
Uma das grandes vantagens
do Fantom-G é que foi desenvolvido não somente para uso em
estúdio, mas, também, para ser
utilizado ao vivo. Em situações de
da Roland e do novo sistema de
instrumentista. Por conta disso, o
de efeitos DSP. Luciano Pinto se
novo modelo da Roland oferece di-
encantou com o recurso: “Já estava
versas soluções para facilitar a vida
na hora de termos um teclado com
do músico.
timbres tão avançados sem cortes
A primeira delas é o amplo display
nas mudanças. Essa era a aspiração
de 8,5 polegadas - uma verdadeira
de todos os músicos”.
tela de notebook - dotado da tecno-
O Fantom-G também inova na
logia TFT, a mesma dos computado-
área de processamento de áudio.
res portáteis mais modernos, que
Pela primeira vez em um sinteti-
permite a visualização de todas as
O tecladista e produtor Caixote foi outro músico que ficou
zador, o DSP consegue trabalhar
informações de qualquer ângulo que
impressionado com a qualidade dos sons do Fantom-G: “Ele
TIMBRES
com até 22 efeitos simultâneos.
se olhe. “Isso foi um grande avanço,
oferece tudo de que preciso para meus arranjos, minhas
A Roland criou um novo sistema,
pois, às vezes, tocamos em situa-
A qualidade de som dos sintetizadores Roland sempre foi
gravações e, também, meu trabalho na Banda Domingão:
individualizado para cada patch, em
ções em que a iluminação é muito
inquestionável. Luciano Pinto, tecladista que acompanha Clau-
pianos acústicos e elétricos, cordas incríveis, synths e pads.
que eles recebem a nomenclatura
ruim. Com esse display, consigo
dia Leitte desde os tempos de Babado Novo, é um grande fã
Além disso, ele é muito prático, pois posso criar, rapida-
PFX. Antes dele, todas as work-
enxergar tudo. Meus pesadelos
dos timbres da empresa: “Mesmo antes de minha parceria com
mente, combinações no modo LIVE ou salvar meus sons
stations possuíam uma limitação:
no palco terminaram”, comenta
a Roland Brasil, eu usava um XP-60. Depois, passei a utilizar
no modo FAVORITE”.
se o músico fosse gravar algo no
Quest) e Caixote (Banda Domingão).
34
Luciano Pinto.
LUCIANO PINTO
Tecladista de Claudia Leitte e o Fantom-G
Música e Imagem
Música
MúsicaeeImagem
Imagem
35
Fantom-G
Outra vantagem é que os 16 pads possuem múltiplas
funções. Na linha Fantom-X, eles somente disparavam sons e
samplers. No novo instrumento, além desse recurso, é possível,
por exemplo, escolher partes de uma performance, como nos
antigos modelos JV ou XP. Um dos usos mais comuns é o músico
criar uma performance com som de baixo na mão esquerda e
deixar diversos instrumentos para a direita, selecionando-os rapidamente com apenas um toque nos pads. No Fantom-G, esses
ESTÚDIO PROFISSIONAL
A Roland Corporation tornou-se, recentemente, acio-
A linha Fantom-G está disponível em três versões:
nista majoritária da Cakewalk, uma das mais conceituadas
Fantom-G6, com 61 teclas, Fantom-G7, com 76, e Fantom-
empresas na área de softwares musicais. Graças a essa
G8, com 88. Os modelos G6 e G7 possuem teclas com a tradicional ação de
união, foi possível criar um novo método de gravação para
sintetizador Roland. O G8, por sua vez, conta com o Progressive Hammer Action II, a segunda geração
sintetizadores, pois o produto mais famoso da desenvol-
do aclamado mecanismo presente nos pianos digitais da empresa. Além disso, este equipamento traz outra novidade: o Ivory
vedora é o Sonar, líder de mercado nos Estados Unidos.
Feel, um acabamento que simula a aparência do marfim existente em pianos acústicos. O material utilizado também absorve
O sequencer do Fantom-G, portanto, permite que as
melhor o suor das mãos, algo que, certamente, será muito bem-recebido pelos músicos que tocam ao vivo.
botões possuem sensibilidade e aftertouch, e transformam-se,
produções sejam realizadas de forma semelhante às feitas
também, em um teclado numérico, em que é possível digitar
nos melhores estúdios, com a possibilidade de registrar
o número do patch desejado ou um valor durante a edição de
128 pistas MIDI e 24 de áudio. O equipamento ainda conta
um parâmetro.
com uma entrada para mouse USB, o que aproxima a
O equipamento conta ainda com quatro knobs totalmente
VERSÕES
Placas ARX – Plug-ins Roland
As placas de expansão ARX inau-
operação do sequencer à de um computador.
guram um novo conceito: são as
configuráveis, o que permite ao instrumentista controlar filtros,
Os canais de áudio funcionam como os de um estú-
ressonância, attack, decay e diversos outros. Os oito sliders
dio: basta plugar um instrumento no Fantom-G, escolher
oferecem total domínio dos volumes das partes e dos canais do
uma das 24 trilhas, pressionar REC e gravar. No painel
sequencer. E o D-Beam, exclusivo nos equipamentos Roland,
traseiro, situam-se conexões dedicadas para microfones
pode ser ajustado para modificar níveis, acionar a modulação
condensadores (Phantom Power 48V), guitarras e baixos
e, até mesmo, disparar loops e frases sampleadas. Além disso,
(alta impedância Hi-Z), e entradas de linha. Além disso,
o Fantom-G apresenta um novo sistema de Pitch Bender, com
pode-se acionar efeitos como Compressor, Center Cancel
Um dos grandes trunfos de
quatro modos de atuação, afora o tradicional. Em um deles, a
ou Limiter diretamente na captação. O áudio se transfor-
softwares, como Pro Tools, Sonar,
afinação se altera suavemente, permitindo um maior realismo
ma, então, em um arquivo wave, e todos os 78 efeitos
Logic e outros, é que os plug-ins facilitam drasticamente a cons-
em sons como guitarra ou violões. Em outra opção, é possível
do Fantom-G, entre reverbs, delays, chorus, distorções
trução e a manipulação de sons. AmpFarm e B4 por sua vez, são
tocar uma nota e manter o bend somente nela para concluir a
e equalizadores ficam disponíveis para processamento
produtos de sucesso porque, além da excelente qualidade do
frase enquanto está presa. Há também
desse sinal. É possível, portanto, adicionar um reverb em
áudio, trouxeram um conceito gráfico muito intuitivo, permitindo
o que aplica o efeito na última
uma voz ou uma distorção em uma guitarra, dispensando
que mesmo um usuário sem muita experiência consiga criar e
qualquer processador externo.
modificar timbres. As placas ARX são as primeiras a oferecerem
nota, caso o músico execute
phical User Interface – GUI), além de
polifonia independente da existente
no equipamento.
O Fantom-G possui 16 partes multitimbrais e, em
esses recursos em um sintetizador. Todo o conceito sonoro delas
teclas acionadas. Luciano
cada uma, é permitido gravar mais que um canal MIDI. O
se resume em uma expressão: SuperNATURAL. As amostras
Pinto utiliza diversos le-
músico pode, por exemplo, usar o mesmo kit de bateria
disponíveis foram sampleadas respeitando o ambiente e os as-
ads em músicas do
para registrar a parte de percussão em um canal e as
pectos naturais que influenciam a geração de som do instrumento
repertório de Claudia
peças de bateria em outro para, depois, ter uma edição
acústico. Além desses detalhes, as características de edição
individual de ambos.
deles foram mantidas.
sobre esse recur-
ARX-01 entra na tela de customização de peças. O display
de 8,5 polegadas do Fantom-G apresenta o instrumento
escolhido em um gráfico 3D, com total interação entre
os parâmetros disponíveis.
Apenas girando o dial, é possível modificar a dimensão do bumbo ou aplicar um abafador na caixa, além
de configurar o tamanho do chimbal. O instrumentista
também pode afinar a pele dos tambores e escolher o
quanto de bumbo estará vazando na captação da esteira. Tudo isso sem se preocupar com parâmetros como
attack, decay, LFO e outras tantas siglas. Após todos os
ajustes, basta selecionar Write e salvar o novo kit.
Já na ARX-02
ELECTRIC PIANO,
estão disponíveis os
mais belos pianos
elétricos da história,
como Fender Rhodes,
Wurlitzer e o clássico
som dos instrumentos FM. A interface gráfica é completamente diferente
A nova workstation da Roland ainda permite total
A placa ARX-01 DRUMS
da ARX-01, pois não há relação alguma entre uma
integração com computadores. O usuário pode impor-
traz 30 kits de bateria, com
bateria e um piano elétrico. Na ARX-02, estão disponí-
tar arquivos de áudio (wave ou aiff, 16bit/44.1kHz) para
modelos específicos para rock,
posso criar
veis comandos para edição de microfonação e tipo dos
o Fantom-G e criar sons ou utilizar loops e frases no
jazz, funk e outros ritmos.
bends dife-
captadores,assim como ângulo deles e do sistema de
sequencer. Também é possível enviar material gravado
Cada um deles possui até 24
rentes dos
martelos, modelo do instrumento (Rhodes, FM, Wurlit-
no equipamento para o micro. Caso prefira, o músico
peças de percussão agrupadas
anteriores,
zer, Dyno, Stage), do amplificador e do gabinete, além
pode exportar todos os canais registrados para mixá-los
e seus volumes podem ser
assim como
de efeitos como compressor, chorus e overdrive. Tudo é
externamente. Outra ferramenta importante é o softwa-
controlados pelos oito faders
c o m a c o r-
realizado com um visual gráfico impressionante e muito
re de edição de timbres. Ele permite a manipulação e a
que ficam à esquerda do painel do Fantom-G. Isso possibilita
des, algo
intuitivo. Basta selecionar uma dessas opções e utilizar
produção de novos sons na tela do computador. Neste
rápida configuração do volume de bumbos, caixas, chimbal aberto
que era im-
o dial para modificar os sons. A Roland lançará ainda em
modo, a workstation transforma-se em uma interface
e fechado, surdos, tons médios e agudos, pratos de condução
possível no
2008 mais duas placas ARX: uma de metais (Brass) e
MIDI, recebendo e enviando dados para o software por
e de ataque.
outra de cordas (Strings).
so: “Com esse
novo sistema,
Fantom-X”.
Música e Imagem
onda e interface gráfica própria (Gra-
um arpejo mantendo todas as
Leitte, e comenta
36
primeiras a incorporarem formas de
Mas é no momento de editar um som que a placa
mostra todo seu poder. Selecionando CUSTOMIZE, a
meio do cabo USB.
MúsicaeeImagem
Imagem
Música
37
TD-9
Flexibilidade
dinâmica
Os kits TD-9 chegam ao mercado com muita personalidade,
duas opções de modelos e preços bastante acessíveis
cução de gêneros variados. Da mesma maneira, existem sons
clamp – formado por uma esfera localizada dentro de uma
para jazz, rock que possa exigir bumbos duplos (o segundo
cúpula e fixada por um parafuso borboleta – permite que o
pode ser endereçado no pedal de chimbal), fusion, house, hip
instrumentista a coloque em posição confortável, de forma
hop, minimal (house), dentre muitas opções, como TR-808 e
rápida e segura, sem a necessidade de chaves de regulagem
TR-909. Extremamente interessante, também, é o kit acústico,
específicas ou ginásticas extremas. “Não tive dificuldade em
por simular sonoridades não processadas com efeitos como
deixá-la exatamente como em meu modelo acústico. A angu-
gate, reverb etc.
lação é precisa e em momento algum ela cedeu ou ‘entortou’”,
atesta o baterista. “Mesmo os rim-shots e a utilização do aro
Após seis anos de sucesso absoluto dos modelos TD-6 (K, KW e KX), chega ao Brasil a nova geração da série V-Tour: os kits
É possível montar conjuntos customizados dentro dos 50
TD-9. Com duas opções de conjuntos (K e KX) e preços bastante acessíveis, o lançamento supre todas as necessidades dos
disponíveis, misturando os elementos da maneira que o músico
bateristas, seja para tocarem em palcos e estúdios ou apenas para diversão. Um dos primeiros a provar a novidade foi Maurício
preferir. Se desejar, ele pode endereçar um som de Pot Drum
O mesmo pode ser feito nos extensores de pratos. O que
Leite, que, integrando o grupo Time-Out, está lançando um pack com CD, DVD, play along e vídeoaulas. “Experimentei e senti
no pad de bumbo, caxixi nos pratos, caixa eletrônica nos tons
segura o CY-5 (chimbal) é longo o suficiente para posicionar o
firmeza”, diz, “tanto que acabamos tendo a idéia de usá-lo no DVD–aula”. A V-Tour Series oferece total expressividade graças aos
e surdo (com pitchs diferentes, usando o mesmo timbre) e
pad da maneira mais confortável. “Fiquei bastante impressio-
novos sons de bateria e percussão (com tecnologia PCM) em conjunto com os pads Roland, sem que o instrumentista precise
efeitos nos demais. Depois de selecionados, o baterista con-
nado, pois todos se ajustam de forma macia e precisa, bas-
se preocupar com disparos duplos ou notas falhas. “Ficou claro para mim, o quanto ele pode ser abrangente em termos de
segue mudar afinações, ambiências (tamanho da sala, tipo de
tando um pequeno movimento nas uniões para uma perfeita
utilização”, atesta o músico. “Durante o processo de mixagem, não acreditávamos que eu não havia gravado com uma bateria
parede e posição dos microfones), efeitos, decay, pan (muito
disposição”, diz Leite. “Tocar com essa bateria é fácil demais.
acústica em uma grande sala.”
útil, caso seja alterada a estrutura do setup, com caixa do lado
Os pads com mesh-heads permitem um grau de sensibilidade
esquerdo, dois surdos, dois rides etc) e equalização, criando um
muito próximo ao das peles dos tambores acústicos. Com a
kit único que, provavelmente, ninguém fará igual. “Realmente
chave de afinação (presa no rack), o músico altera a tensão,
MÓDULO
(cross stick) são naturais e confortáveis.”
Os pads dos kits TD-9KX e TD-9K formam um casamento perfeito com o módulo TD-9, apresentando total compatibilidade.
fiz rufos e ghost-notes de forma confortável e natural. E me
simulando o tipo de afinação de
Diferentemente da série anterior, o CY-12R/C na posição de Ride dispõe do three-way system: o músico pode selecionar timbres
senti tocando os back-beats de minhas poderosas caixas de
seu kit acústico”, afirma.
diferentes para a superfície, a cúpula e a borda do prato. Os tons e o surdo, por sua vez, apresentam o recurso dual-trigger,
alumínio”, confessa.
permitindo ao baterista utilizar amostras distintas para o aro e a pele do pad. “O pequeno módulo, de apenas 850 gramas, é
Quando o músico estiver editando os sons dos pratos, é
um capítulo à parte: são 522 sons, 50 setups que podem ser editados e
possível alterar o diâmetro deles, assim como o sustain. O
50 músicas com quatro partes cada”, diz Leite. As opções são
chimbal, por exemplo, é bastante sensível quanto à variação
bem interessantes. A maioria é de bateria, com quase
de timbres e modelos: “Um casal de 12” é bem mais fácil de
60 modelos de bumbo, mais de 70 caixas, conjuntos
tocar do que um de 16”. “No caso de bumbos, caixas e tons,
de tambores classificados de acordo com a madeira
além da afinação, é possível colocar abafadores para diminuir
(Maple, Birch e Rosewood, por exemplo) ou eletrônicos,
o sustain. “Consegui ‘criar’ um timbre de bass drum muito
25 tipos de chimbal, pratos categorizados como Ride,
profundo e definido”, conta Leite. Todas essas edições são
Crash, China e Splash em diversos tamanhos e estilos,
apresentadas no display com figuras, tornando o processo
incluindo Reverse. Na seção de percussão, a diversidade é imensa: bongôs, timbales, cajon, shaker, maraca,
cowbells, pandeiros, tabla, pote drums, taiko, tímpanos e
vários outros. Os efeitos abrangem vozes, timbres orquestrais, scratchs, claps etc.
38
Música e Imagem
MAURÍCIO LEITE
Facilidade para
tocar a TD-9
mais fácil e interativo.
RACK
O rack MDS-9 é extremamente prático e fácil de montar.
Graças à resistência apresentada, o baterista sente confiança
O módulo TD-9 é muito fácil de ser operado. O display
para tocar, sem medo de mudanças inesperadas da posição
LCD é grande o suficiente para proporcionar ótima visuali-
dos pads durante a performance. Os quatro pés e os tubos ho-
zação mesmo em locais escuros. Excetuando os botões de
rizontais deixam o suporte mais flexível para diferentes ajustes
ajustes de parâmetros, todos os demais são retroiluminados.
dos clamps MDY-10U e MDH-10U, além de não atrapalharem a
Quando o músico aperta KIT, ele se acende. E, usando as
localização do pedal de chimbal FD-8, que é totalmente solto
teclas ou o dial, é possível escolher imediatamente um dos
e não utiliza máquina. “Depois de um período de adaptação,
50 disponíveis. Esses são compilados de forma satisfató-
o funcionamento é normal, inclusive com movimentos do tipo
ria, baseados em estilos musicais ou em situações que
‘foot-splash’”, afirma Leite.
proporcionam escolhas óbvias. É o caso do primeiro setup,
O músico não precisa de uma estante de caixa com o
chamado V-Tour, bastante dedicado ao uso em estúdio ou
modelo TD-9, já que o pad principal fica suspenso no próprio
palco, com timbres de caráter flexível, o que permite a exe-
rack. Para ajustes finos na disposição da peça, o sistema ballMúsica e Imagem
39
TD-9
KITS
Apesar de os dois kits usarem
O acabamento do rack é feito com pintura preta fosca, que apresenta visual agradável. O MDS-9 suporta a instalação das
caixas satélites do sistema de amplificação
PM-30 (veja quadro abaixo). O multicabo
dos pads é feito com um terminal tipo pa-
o mesmo módulo, a opção de pads
permite escolher o que é melhor
V-Tour Series
Módulo
TD-9K TD-9KX
TD-9
KD-8
Bumbo
Caixa
em termos de custos, mas com
Tons/Surdo
recursos idênticos. O grande dife-
Crash
rencial fica por conta do CY-12R/C
Ride
que possui three-way system.
Rack
PDX-8
PD-105
PD-8
PD-85
CY-8
CY-8
CY-12R/C
MDS-9
ralelo para conectar ao módulo. Esse cabo
é parecido com o de impressoras antigas,
RECURSOS
mas com configuração de pinos diferente,
A função QuickRec/QuickPlay é uma grande novidade no mundo das baterias
facilitando ainda mais a montagem. Como
quase todos os modelos V-Drums, o TD-9
possui entrada e saída MIDI para gravações em multitracks como o SONAR. É
possível, com a utilização do software, separar o que foi gravado em MIDI em tracks
individuais e captá-los em trilhas de áudio
independentes, reenviando esses dados
para o módulo. O equipamento também
conta com entrada MIX IN para uso com
players externos, opção para conexão de
mais dois pads ou triggers e saídas de fones de ouvido e de áudio L/R, com plugues
P-10. A porta USB, com compatibilidade
para pen drives de até 1GB, permite que
o intérprete salve configurações pessoais, como alterações de sons, afinação,
ajustes de mixagem etc. Ainda usando o
dispositivo de memória, ele pode importar
suas músicas preferidas no formato .wav e
tocar junto com elas, mixando os volumes
dos instrumentos internos e da reprodução
como desejar.
eletrônicas. Apertando o botão Quick Rec, um metrônomo é disparado. Para gravar,
basta começar a tocar. E é preciso apenas pressionar Quick Play para escutar.
“Que tal poder registrar a lição que seu professor passou e você esqueceu?”,
sugere Leite.
Outra importante ferramenta de estudo inserida no módulo é a Scope. Ao
ativá-la, o metrônomo começa a funcionar. Quando o músico estiver tocando,
automaticamente sua performance será analisada. Em um grid, muito fácil de
entender, o instrumentista pode desenvolver sua precisão, verificando no display
seu desempenho em tocar no tempo certo. Nessa mesma função, ele pode
aumentar ou diminuir o zoom do gráfico, aprimorando a amostragem de sua execução, permitindo que ele analise a exatidão mais a fundo. “Nenhuma máquina
substitui o professor, mas a TD-9 pode se tornar uma aliada importantíssima no
aprendizado”, acredita Leite.
O módulo vem com 50 patterns de fábrica para o aluno acompanhar. Além
disso, as músicas gravadas no equipamento foram criadas com a utilização de
instrumentos reais, como guitarra, contrabaixo etc. Se preferir, o baterista pode
alterar o andamento sem perda alguma de qualidade. “Elas são demais! Todas
cheias de personalidade, exigindo execução atenta”, diz Leite. “Aliás, estudar com
a TD-9 pode ser, realmente, um processo de pesquisa, já que o instrumentista
tem a oportunidade de experimentar coisas absurdas, como um splash de 2” ou
um ride de 27”. Ou conduzir o “double bass” em um bumbinho de 18” dentro de
uma caverna.” (Gino Seriacopi)
ACESSÓRIOS
A Roland disponibiliza o DAP-3, pacote de acessórios composto de banqueta com logotipos Roland/
V-Drums, um pedal de bumbo Roland e um par de baquetas V-Drums, já que os dois kits da série V-Tour
não vem acompanhados desses itens. Para expansão imediata dos setups, basta escolher o que é mais
necessário para aprimorar a performance entre V-Pads, V-Kicks, V-Cymbals e clamps Roland.
O amplificador que completa o kit é o PM-30, um sistema 2 x 1 (duas
caixas satélites e um woofer com opção de uso como spot), com 200
watts RMS e tecnologia DSP. Para uso em ambientes residências e
pequenos ensaios, existe a opção PM-10, com 30 watts RMS. Ambos
foram desenvolvidos exclusivamente para os kits V-Drums.
Para quem não quer incomodar parentes e vizinhos e manter sua
privacidade, os fones de ouvido RH-300 e RH-200 são perfeitos para responder às
freqüências que os bateristas precisam perceber quando tocam.
40
Música e Imagem
Música
e Imagem
Música
e Imagem
41
Destaque
AT-900
ÉPOCA DE OURO
LINHA COMPLETA
Clássico
evoluído
Com a presença de todos os
avanços tecnológicos desenvolvidos
pela Roland, os novos órgãos
da linha Atelier oferecem ainda
mais recursos
Os órgãos eletromecânicos foram
Apesar de todos os recursos existentes, a linha Atelier não é dirigi-
desenvolvidos a partir da década de 1930
da apenas a profissionais. Os chamados hobbistas também encontram
e buscavam oferecer aos músicos uma
modelos que se encaixam em suas necessidades. E isso somente é pos-
alternativa mais acessível para o som
sível porque os timbres e estilos de ritmo de todos apresentam a mesma
dos modelos de tubos, normalmente
qualidade. As diferenças estão listadas abaixo:
utilizados em igrejas e teatros. Aos
AT-900: o mais completo dos modelos. Com gabinete de altíssima
poucos, a busca por simular o timbre de
qualidade, fabricado nas instalações da Rodgers em Hillsboro, nos Esta-
instrumentos acústicos - como marimba,
dos Unidos, oferece 450 timbres e 300 estilos de ritmo com 240 watts de
oboé ou, até mesmo, vocais - por meio
potência e interface de vídeo;
da manipulação das barras harmônicas,
AT-900C: com os mesmos recursos
do AT-900, o modelo “combo”
criou a necessidade de inserir registros
prontos de alguns deles.
permite utilização de pedaleira
Com o desenvolvimento e a incor-
A alma criadora do artista não tem hora marcada
de 25 ou 20 notas, à escolha.
poração de componentes eletrônicos,
para inspirar-se. No entanto, para fazer aquele sopro
O gabinete de estilo mais
foram produzidos diversos modelos de
criativo se transformar em obra de arte, ele necessita
moderno é típico de órgão
órgãos direcionados ao uso doméstico,
de condições e ferramentas para tal. O pintor precisa de
de palco;
principalmente entre as décadas de 1940
um local com boa iluminação e um estoque de tintas e
AT- 8 0 0 : em gabinete
cores. O escultor, por sua vez, de material e instrumentos,
de madeira, apresent a
para dar forma artística ao que era comum. Seguindo esse raciocínio,
reais, captados ao redor do mundo. Por esses dados,
pedaleira de 20 notas e
a Roland desenvolveu a linha Atelier de órgãos digitais. Com esses
é fácil perceber, conseqüentemente, que todas as
os mesmos recursos de
modelos, o músico terá tudo de que necessita para criar verdadeiras
melhores características de cada produto Roland
som dos modelos AT-900 e
obras-primas.
estão presentes nos Atelier.
AT-900C;
QUALIDADE
Dentre os fatores que determinaram a modernização da linha Atelier, alguns merecem desta-
Os órgãos Roland da linha Atelier estão em constante evolução
que por estarem inseridos em todos os modelos.
e aprimoramento técnico. Desde os primeiros modelos produzidos
O mais atrativo é a presença de barras harmônicas
até os mais recentes lançamentos, todas as inovações desenvolvidas
tipo “drawbar”. Esse conceito de registração, mundial-
pela empresa foram implantadas à série, garantindo ao equipamento
mente consagrado, faz que os instrumentos possam
modernidade e atualidade. Esse compromisso fica evidente com as
produzir exatamente o timbre desejado, por meio da
novidades apresentadas.
mistura de diferentes harmônicos de uma nota (veja
Utilizando soluções originárias dos mais avançados equipamentos
página 47). Outra inovação importante é a existência
fabricados pela empresa, os órgãos Atelier oferecem uma grande
de uma porta USB, que permite armazenamento de
variedade de recursos, timbres e controles, garantindo flexibilidade,
dados e reprodução de arquivos de áudio em pen
versatilidade e um potente arsenal sonoro para qualquer estilo mu-
drives ou dispositivos externos, garantindo tanto
sical. As barras harmônicas tipo “drawbar” têm a mesma qualidade
a segurança de informações para uso posterior
das empregadas na linha VK, a mais realista na simulação de modelos
quanto a utilização de arquivos SMF (Standard MIDI
eletromecânicos. O amplo display touch-screen é igual aos emprega-
Files) e mp3.
dos na linha Fantom-G, possibilitando ao músico acesso a todos os
Para aqueles que desejam usufruir de maneira
parâmetros, tanto para performance quanto para gravação. O D-Beam
ainda mais completa o órgão eletrônico, a Roland
é originário da série E de teclados e permite ao organista alterar, em
dotou a linha Atelier com um novo formato para o
tempo real, valores de filtros e volume ou inserir efeitos por meio da
manual inferior. As teclas do tipo “waterfall”, dife-
movimentação da mão sobre um feixe de luz infravermelha. Os timbres
rentes das existentes no teclado superior, tornam a
de órgão clássico são oriundos dos produtos Rodgers, que emulam com
execução de desenhos de piano, por exemplo, muito
perfeição o som de tubos por meio da amostragem de instrumentos
mais segura.
42
Música e Imagem
AT-500: os 300 timbres
e 150 estilos de ritmos, o
painel WVGA (800x480) e o
teclado inferior de 64 notas
fazem dele um modelo completo para estúdios, igrejas, escolas e residências;
AT-300: é a solução ideal para
quem precisa de um órgão
com timbres de qualidade e
recursos de alta tecnologia.
Possui móvel em madeira,
com tampa, e potência de
30 watts x2.
AT-100: é um órgão com
120 timbres e 80 estilos de
ritmo com qualidade Roland,
a preço bem acessível. Também oferece pedaleira de 20
notas, saída USB e barras
harmônicas “drawbar”.
(Amador Rubio)
e 1970. Esses equipamentos passaram
a contar com ostinatos rítmicos, arpegiadores e padrões automáticos de acompanhamento, permitindo a um intérprete
reproduzir o som de vários instrumentos
de um grupo sem a necessidade de
outros músicos.
Essa possibilidade abriu novas frentes de trabalho, tanto em relação a eventos e festas quanto no que diz respeito
a escolas e aulas.
Após a criação dos teclados arranjadores, a procura por órgãos eletrônicos
teve grande queda. Os setores de vendas e de ensino sentiram esse golpe
e, aos poucos, os músicos migraram
para a novidade, relegando os modelos com pedaleira e dois teclados ao
segundo plano. Isso não significa, no
entanto, que esse tipo de instrumento
tenha sido sepultado. Diversas denominações evangélicas e católicas fazem
uso do equipamento para seus cultos.
E muitos artistas, ávidos por mais possibilidades em termos de timbres, ritmos
e arranjos, continuam se dedicando a
ele com afinco.
MúsicaeeImagem
Imagem
Música
43
Pergunte ao Especialista
A seção Pergunte ao Especialista é dedicada a resolver as
Envie sua pergunta para o e-mail [email protected]
dúvidas dos leitores.
Playback
Cadeia
Tenho uma banda e, para as apresentações, utilizo gravações pré-produzidas. Gostaria de disparar
um playback no Juno-G e enviar um metrônomo para o baterista enquanto toco normalmente com
os sons do sintetizador. Como posso fazer isso?
Cadeia de efeitos simples
Gerson da Matta
Talita Gronsk
Curitiba - PR
Utilizar playback em apresentações é mais comum do que pode parecer. Muitas bandas usam esse recurso como
Guitarra
Amplificador
Qual é a ordem
certa dos pedais
em uma cadeia de
efeitos?
Belo Horizonte - MG
forma de potencializar o conteúdo sonoro produzido por elas nos shows ou inserir elementos impossíveis de serem
executados ao vivo. O Juno-G pode servir muito bem como cérebro dessa operação. Para isso, basta seguir os seguintes passos:
DD-7 (Delay)
CE-5 (Chorus)
GE-7
(Equalizador)
ML - 2
(Distorção)
PW-10
(Wah)
Não há certo ou errado para a ordem de cone-
VOLUME: o pedal de volume (FV-500H – alta impedância)
xão de pedais. O que vale é o ouvido do guitarrista
entre a guitarra e os pedais influirá diretamente na resposta
e os timbres que ele deseja criar. Existe, porém,
dos efeitos de distorção e overdrive, que funcionam baseados
um padrão adotado pela maioria dos músicos
no sinal de entrada. Com o equipamento (FV-500L – baixa im-
(veja gráficos). Seguem alguns exemplos:
pedância) conectado após os pedais, o músico tem controle
WAH-WAH: pode ser colocado após a guitarra
(som mais vintage e com menos ruído) ou as
distorções (mais agressivo, porém mais sujo);
1 - Com o JUNO-G conectado ao computador,
6 - Pressione LVL&PAN e altere o Pan do canal de áudio importado
pressione USB, em seguida PC CARD [F5], e insira
totalmente para R (direita). Dessa forma, o playback será reproduzido
o arquivo de áudio (wav/aiff 16bit/44.1kHz) na pasta
somente pelo conector OUTPUT B R/4;
TMP/AUDIO_IMPORT do cartão. Desconecte
o equipamento seguindo os procedimentos do
8 - Clique em PART VIEW [F5]. Mova o cursor para escolher a parte 10
2 - Pressione AUDIO, em seguida LIST, UTILITY,
IMPORT AUDIO;
e altere para RHYTHM;
vo de áudio. Pressione IMPORT e, em seguida,
9 - Com o kit de bateria selecionado na pista a ser gravada, utilize o
COWBEL (C2#) como click;
EXECUTE [F6];
OITAVADORES, HARMONIZERS e PITCH SHIFTERS: é
10 - Pressione REC para visualizar a tela MIDI REC STANDBY (RealTime);
CHORUS: a forma clássica é posicioná-lo
aconselhável ligá-los antes de todos os outros pedais, para
Caso você não saiba em qual velocidade
depois das distorções. Mas também é usado
garantir que estes façam a leitura correta da nota tocada para
(bpm) está o áudio importado, utilize o Cálculo
em seguida do delay. Neste caso, o timbre é
depois criar as adicionais com precisão.
Automático de Andamento (pg.120 do manual
de usuário).
um pouco mais rico. No entanto, o ruído pode
aumentar e o som ficar embolado, dependendo
11 - Utilize o cursor para selecionar a opção Input Quantize. Altere o
valor de GRID e GRID RESOLUTION para 1/4. Fazendo esse ajuste, o
JUNO-G quantizará automaticamente todas as notas tocadas, mesmo que
estejam fora do tempo. Basta, então, gravar alguns compassos, copiá-los
4 - Pressione AUDIO TRACKS e, em seguida,
Pedro Lobão
e colar a quantidade equivalente à duração da música;
INSERT. Selecione o arquivo e pressione ENTER;
Guitarrista e especialista
de produtos BOSS
lugar no setup, entretanto é mais utilizado após
(percussão) ou, se preferir outra, utilize as setas direcionais. Acesse TYPE
3 - Pressione CARD [F2] e selecione o arqui-
distorção;
EQUALIZADOR: pode ficar em qualquer
exemplo);
manual (pg.168);
do volume final do timbre, sem alterar a resposta de drive e
do ajuste;
7 - Selecione PERFORMANCE PRESET 002 SEQ: TEMPLATE (por
a distorção (Booster para solos);
12 – Pressione PART MIXER. Em seguida, selecione KEY/OUT [F4].
5 - Pressione MIXER [F6] e KEY&OUT [F3].
Utilize o cursor para alterar o valor da linha OUT e da coluna equivalente a
Surgirá uma tela com dois grupos de knobs, OUT
parte em que foi gravado o click para 3. Ele será reproduzido pelo OUTPUT
e KEY. No campo de knobs OUT, altere o canal em
B L/3, o playback na saída OUTPUT B R/4 e os sons do teclado poderão
que foi inserido o áudio para OUT B;
ser tocados pelas saídas 1 e 2.
Diagrama de conexões
Guitarra
Amplificador
Cadeia de efeitos avançada
Playback
DD-7
(Delay)
FBM-1
(Simulador de
amplificador)
PH-3
(Phaser)
CE-5
(Chorus)
GE-7
(Equalizador)
OD-3
(Overdrive)
ML - 2
PS-5
(Distorção) (Pitch Shifter)
PW-10
(Wah)
FV-500H
(Volume)
Metrônomo
Sergio Terranova
Tecladista, gerente de produtos da Roland
Brasil e único brasileiro a fazer parte da
equipe de desenvolvedores da Roland Japão
Sons do teclado
44
Música e Imagem
Música e Imagem
45
Pergunte ao Especialista
Expansão
Barras
Harmônicas
Possuo uma V-Drums TD-12K. Posso expandi-la com mais pads?
Beto Caldas
ride, um PD-125 no lugar de caixa,
São Paulo – SP
e um CY-5 como um splash mais
(Professor de percussão da Universidade Livre de Música)
próximo dos tons. O PD-105, que
acompanha o produto original,
Os kits V-Drums permitem que o baterista explore ao má-
seu desempenho técnico em relação ao que estão acostuma-
ficaria como um segundo surdo,
ximo sua capacidade criativa, graças aos recursos presentes
dos quando em kits acústicos, gerando idéias que, talvez, não
uma segunda caixa, ou qualquer
nos módulos e pads, como livre escolha de instrumentos em
haviam sido pensadas anteriormente. A estrutura dos pads com
outro som (sem mencionar a
cada setup, edição de sons e de ambiências, e inclusão de
peles mesh-head e a maciez dos de borracha, em conjunto
possibilidade do dual-trigger). E o
mais V-Pads ou V-Cymbals. Nem sempre os músicos ficam
com a sensibilidade de toque e o total controle de dinâmica,
CY-12R/C, que originalmente está
satisfeitos em manter o kit original em se tratando de quanti-
são responsáveis por essa fácil adaptação, principalmente no
na posição de prato de condução,
dade de pads como, por exemplo, no caso da bateria TD-12K
primeiro contato do baterista com o instrumento. Acostuma-
pode servir como um segundo
de Beto Caldas, que é originalmente composta de bumbo,
dos com modelos acústicos, em que existe a liberdade de
crash (ao lado direito do ride ou
caixa, chimbal, dois tons, um surdo e dois pratos. Apesar de
implantar variações de timbres, incluindo pratos, efeitos ou
à esquerda do primeiro crash),
toda tecnologia existente no conjunto dos pads com o módulo
tambores, os músicos também pensam em ampliar seus kits
usando assim todos os inputs
TD-12, como o dual trigger em tons, surdo, caixa e crash - que
eletrônicos. Quando essa necessidade de agregar outras peças
possíveis do módulo (veja as fo-
possibilita endereçar dois sons distintos entre a pele e o aro do
acontece, a princípio a comparação com as possibilidades de
tos). Se o baterista ainda não ficar
pad ou a borda e a superfície do prato - e o three-way system
expansão entre baterias acústicas e eletrônicas é inevitável
satisfeito com esse kit totalmente
do CY-12R/C na posição de ride – com até três sons (superfície,
e questionável. O formato físico do conjunto dos tambores e
customizado, ele pode recorrer
cúpula e borda) - nem sempre esses recursos são suficientes
pratos acústicos, posicionados em circunstâncias que deixam
ao expansor de inputs/trigger
para que o baterista proveniente do mundo acústico aceite as
os instrumentistas em situação de conforto, faz que eles sejam
TMC-6-Roland. Quando o mesmo
inovações de forma fácil e mude imediatamente sua maneira
influenciados na maneira de tocar e, por conseqüência, inspira
está conectado via MIDI ao TD-12,
de tocar um groove ou um solo, obviamente influenciado pela
diretamente sua criatividade.
é possível utilizar mais seis pads/
posição física em que esses novos sons estão dispostos.
No mundo das baterias eletrônicas, essa condição não pode
triggers Roland, usando sons dis-
Mesmo que, no início, tudo possa parecer diferente no
ser diferente. Aqueles que não se contentam com o formato
tintos dos outros já programados.
universo eletrônico por causa do diâmetro e da estrutura dos
padrão dos kits V-Drums (no caso, o TD-12K) podem, imedia-
Excetuando-se o HD-1, todos os
pads, a geração atual dos kits V-Drums requer pouco esforço
tamente, incluir mais três pads sem a necessidade de outro
modelos TD permitem conexão
para adaptação, e ainda permite que os músicos aprimorem
equipamento adicional: um V-Cymbal CY-15R na posição de
de mais instrumentos.
Qual o significado dos números que aparecem nas barras
harmônicas da linha Atelier?
Maria Elisa Pereira
Feira de Santana - BA
As barras harmônicas - também chamadas de “H-bars” ou “Drawbars” presentes na linha de órgãos Atelier reproduzem o sistema que ficou conhecido
nos modelos Hammond. Os números representam o tamanho, em pés, dos
tubos que emitem cada altura de som. O de 8 pés, representado por 8’, faz
que as notas soem na oitava natural, ou seja, o Dó Central tem a mesma altura
do Dó Central do piano. Ao usar a barra 16’ e tocar as mesmas teclas, as notas
são ouvidas uma oitava abaixo, pois está sendo usado um tubo com o dobro
do tamanho. Da mesma forma, utilizando a barra 4’, ouve-se o som uma oitava
acima do natural, pois o tubo “acionado” teria a metade do tamanho daquele
de 8’. Conseqüentemente, habilitando as barras 2’ e 1’, as notas soarão duas
e três oitavas acima da natural, respectivamente. A beleza da registração fica
por conta da mistura que o organista faz ao usar essas diferenças de oitava.
Podem-se criar timbres muito interessantes empregando, por exemplo, 16’ e 1’,
produzindo um som que mistura as oitavas graves com as agudas. As marcadas
com números fracionados, por sua vez, representam os harmônicos. Devem ser
utilizadas com cuidado, servindo como um “tempero” para a base criada com
as barras de números inteiros. Isso porque as notas não soarão de acordo com
a tecla acionada. Ao tocar o Dó com o registro 8’, por exemplo, ouve-se o som
dele mesmo. Mas, se for trocado pelo 5 1/3’, escuta-se Sol, mesmo excutando
a tecla Dó. O 5 1/3 por não ser a metade e nem o dobro do 8’, altera o som em
uma quinta. Toca-se Dó e ouve-se Sol, enquanto com Ré escuta-se Lá, e assim
por diante. Os outros registros com frações também fazem soar notas diferentes. Ao usar a tecla correspondente ao Dó com o 2 2/3’ ouve-se Sol uma oitava
acima. Com o 1 3/5’, escuta-se Mi duas oitavas acima. E com o 1 1/3’, Sol duas
oitava acima. Com uma registração feita somente com a utilização das barras
com números fracionados, sempre se está tocando uma nota e ouvindo outra.
Por isso, esses registros devem ser usados como um bom tempero: se não
for empregado, o resultado é insosso; ao adicionar demais, estraga.
Kit original V-Drums TD-12K
46
Música e Imagem
Kit expandido com pads adicionais
Gino Seriacopi
Amador Rubio
Baterista, tocou com diversos
artistas, é especializado em áudio
e trabalhou como músico e técnico
em estúdios. Gerente de produtos
V-Drums da Roland Brasil
Organista,
gerente de produtos
da Roland Brasil
Música
MúsicaeeImagem
Imagem
47
Carreira
Educação
Aprendizado
Teoria
prática
eterno
A formação de um profissional e o sucesso em
sua carreira dependem apenas dele mesmo
A educação musical tem sido bastante discutida nos dias de hoje,
mas é preciso cuidado e conhecimento para tomar decisões
“The movement you need is on your shoulder”. Quando Paul McCartney escreveu
“Hey Jude”, ele pensava em Julian, filho de John Lennon, que andava triste porque seus
pais estavam se divorciando. Era 1968 e, 40 anos depois, estou “sampleando” essa
frase “MacCartniana”. A citação me veio à cabeça por uma simples razão: acredito que
tudo depende de nós mesmos.
Conheço muitos que dedicaram suas vidas estudando a fundo um instrumento e não
tiveram o retorno que mereciam. Mas, nisso, entram em jogo fatores que precisam ser
Mu Carvalho
analisados. Um deles é saber que vivemos no Brasil, um país um tanto quanto ingrato
Pianista, tecladista, compositor
com a sua cultura. Outra questão importante é que nem todos pensam estrategicamente
e produtor musical, fez parte da
e com um mínimo de diplomacia ao longo de seus caminhos.
banda A Cor Do Som, compôs e
Nosso panorama é pitoresco: há, às vezes, ótimos músicos sem trabalho, ao passo
atuou em trilhas para cinema, teatro
que outros, por vezes medíocres, fazem fortunas. Onde está a lógica disso? A quem
e TV. Fundou, em sociedade com Ana
se deve culpar?
Zingoni, o estúdio de gravação Boo-
Em primeiro lugar, não adianta ficar se lamentando do mercado fonográfico e com
raiva do sucesso alheio. Sendo assim, quais os caminhos que se deve buscar para
começar uma sólida carreira na área da música?
CAMINHOS
Para começar, é preciso se preparar.
Estudar, ouvir e tocar. Sempre. Toda
informação é muito bem-vinda. Eu, por
exemplo, há algum tempo, senti uma forte vontade de aprofundar meus conhecimentos de improviso. Procurei Dario
Galante, craque nessa área, e fiquei um
ano tendo aulas semanais com ele. Há
dois, estou estudando com Vittor Santos,
outro mestre e grande orquestrador, e
mergulhei fundo em harmonia funcional,
tonalismo, modalismo e orquestração.
gie Woogie Music e, atualmente,
produz temas incidentais para a
Rede Globo de Televisão
A dificuldade encontrada atualmente para determinar
O conhecimento das diferenças entre os estilos é altamente
qual o melhor caminho em educação musical decorre do
enriquecedor para o instrumentista que quer desenvolver sua
afastamento que foi criado entre a prática e a teoria. Embora
criatividade. Não é aconselhável para aquele que está inician-
esta última seja absolutamente fundamental para o exercí-
do uma carreira, porém, acreditar que haja distinções entre
cio da música como profissão, ela não é responsável pela
a música erudita e a popular. Elas existem, mas não podem
expressão que determinará a personalidade do artista. Da
ser comparadas em relação à maior ou menor dificuldade, ao
mesma forma, a prática, isoladamente, sem a informação
número de horas de estudo, à importância da composição etc.
teórica, é insuficiente para proporcionar o desenvolvimento
Um músico de jazz, acostumado com o improviso, tem consci-
do instrumentista.
ência da técnica necessária para executar seus solos. Ele está
Não existe uma ordem pré-estabelecida para escolher por
habituado a perceber a harmonia para realizar a construção de
onde se deve começar o estudo. Algumas vezes, inicia-se
seu improviso, mas sabe que apenas a percepção não será
pela teoria. Em outras, pela prática. Isso depende das circuns-
suficiente se lhe faltar técnica. Do mesmo modo, o erudito
tâncias e do perfil interior de cada indivíduo. Um resultado
conhece seu potencial, mas compreende, também, que para
satisfatório, no entanto, apenas poderá ser atingido quando
realizar improvisos o componente principal não é a técnica.
existir domínio sobre a expressão, o que, por sua vez, acon-
É bom lembrar que não existem limites físico ou mental
tece unicamente por meio do desenvolvimento da percepção.
para que esses instrumentistas realizem os dois gêneros.
E, para isso, ambas (teoria e prática) são necessárias. Desse
Quando isso não acontece, são apenas informações sublimi-
dedicava parte do seu tempo à escola
o dia na areia, ele simplesmente não
modo, podem-se evitar os dois tipos de problemas mais
nares aceitas por cada um que acabam se transformando em
de música Pro-Arte e a palestras pelo
largava sua guitarra. Acordava e ficava
comuns relacionados à percepção: não conseguir nomear o
agentes impossibilitadores.
mundo.
praticando, manhã, tarde e noite.
que se está escutando, e saber todos os nomes, mas não
distinguir o som.
Os caminhos que conduzem à especialização em um estilo
são bem definidos, fáceis de reconhecer, mas a iniciação deve
Eu, autodidata até então, fiquei feliz
Na época de minhas aulas com Ho-
quando mestre Homero me viu tocar e
mero, participava dos festivais do Colégio
Atualmente, há um número muito maior de escolas se
ser a mesma. O estudante, em princípio, precisa estar seguro
se ofereceu para me dar aulas de técnica
Rio de Janeiro, um evento delicioso.
comparado há cinco décadas, mas a oferta de lugares para
de todos os códigos que existem (parte teórica) para que de-
pianística, impondo apenas uma condi-
Claudio Nucci, Zé Renato, Claudinho
praticar a música diminuiu sensivelmente. O instrumentista
pois sinta confiança para desenvolver a percepção. Por conta
ção: teria que estudar teoria e solfejo
Infante, Lobão, Zé Luiz (flautista), eram
de hoje é muito bem-informado sobre as técnicas, pois existe
disso, é fácil entender que os músicos enfrentam duas etapas
na Pro-Arte. “O piano é ingrato”, dizia
todos alunos do CRJ, como eu. Foi com
um acesso bastante grande a esse assunto. No entanto, o
importantes em sua trajetória de aprendizado. A primeira é a
Homero. “Se você ficar dois dias sem
alguns dessa turma que formei minha
mercado para ele está cada vez mais dividido em setores:
formação básica, ou seja, o domínio dos códigos musicais. E,
praticar, ele se zanga.” Falava isso com
primeira banda. Claudio Nucci já era
quem toca samba ou jazz, pop ou seu próprio trabalho. Dessa
junto a esse conhecimento que vai sendo adquirido, o aluno
a propriedade de um grande concertista
um compositor de mão cheia e com
forma, o novo músico encontra dificuldade em aprender na
precisa, diariamente, tocar seu instrumento, pesquisar os sons,
erudito, alguém que sacrificou a vida
conhecimentos de harmonia muito
prática os diferentes temperamentos que essa arte possui.
para assimilar o que está aprendendo teoricamente.
inteira a esse instrumento. Vale, então,
profundos. Posso dizer, tranqüilamente,
Meu primeiro professor de piano foi
um conselho que serve para qualquer
que aprendi muito com ele nessa área.
Homero de Magalhães. Primo de minha
músico: dedique algumas horas por dia
Ficava interessado pelo modo como
mãe (também pianista), era um virtuose.
a seu instrumento.
pegava uma canção e aplicava outros
Nasceu em São Paulo, de pai violonista (autodidata) e mãe pianista de
formação erudita, mas envolvida com o jazz. Tornou-se profissional aos 11 anos,
Silvia Goes
Gravou as “Cirandas”, de Villa-Lobos, em
Certa vez, Pat Metheny esteve no
acordes, transportando a melodia para
Paris, trabalho que me impressionou
Rio de Janeiro e ficou em Búzios, um pa-
um ambiente diferente. Essa turma foi
tocando violão. Aos 20, teve a oportunidade de trabalhar como arranjadora e
muito quando ouvi pela primeira vez.
raíso de lindas praias na região de Cabo
uma escola pra mim.
manteve essa atividade por duas décadas. Aos poucos, substituiu o arranjo pelo
Recentemente, tive a oportunidade de
Frio. Eu soube por alguns amigos que
Portanto, sempre temos algo a
piano e seguiu carreira com a música instrumental. Desde o início dos anos 70,
apreciá-lo e, novamente, fiquei mobiliza-
freqüentaram a casa em que o músico
aprender com os outros. E é bom estar
se envolveu com a questão da intuição para tocar. Começou a investigar em
do com sua performance. Na época, ele
estava, que, enquanto todos passavam
atento a isso.
várias áreas e, sem abandonar a carreira de pianista, abraçou essa pesquisa.
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Música e Imagem
e
Música e Imagem
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Fronteiras
Equilíbrio
emocional
Fundador e presidente da Rede LFG, Luiz Flávio Gomes fala
sobre a importância da bateria em sua vida profissional
Luiz Flávio Gomes possui currículo invejável. Mestre e
doutor em Direito Penal, é fundador e presidente da Rede LFG
- que promove cursos telepresenciais com transmissão ao
vivo e para todo País -, além de ministrar aulas em faculdades
latino-americanas. Também atuou nas funções de promotor de
Justiça em São Paulo, juiz de direito e advogado, entre outras
atribuições. Com essa vasta experiência, pode-se prejulgar
que a sua vida profissional não dependa de outros fatores.
Engana-se, porém, quem acredita nesta hipótese. O jurista,
um apaixonado por exercícios físicos - principalmente corrida -,
leitura e, quem diria, bateria, explica por que essas atividades
são fundamentais para exercer bem o seu trabalho. “Além
de comporem momentos de pausas que ajudam a desviar
a atenção das tarefas do dia-a-dia, elas auxiliam nas questões que envolvem o equilíbrio emocional”, analisa. “Todos
muito da disco music que marcou época na década de 1980”,
precisam de práticas que combinem o lado material com o
explica. “Se for para falar de bandas, prefiro os Beatles”, con-
espiritual”, explica. Gomes, inclusive, deixa transparecer uma
clui. O jurista só perde a paciência com os gêneros eletrônicos
preferência por essa arte. “A música é considerada o ponto
mais modernos. “Detesto esses sons binários sem sentido”,
de encontro das civilizações, unindo todas as épocas. Ela tem
indigna-se. “Já escutou uma música que não te emociona?
sentido universal e, por isso, todos deveriam gostar.”
Isso é uma barbaridade”, sentencia.
O interesse pela bateria começou cedo. Aos 13, formou
Gomes dificilmente demonstra suas habilidades com as
uma banda em Sud Mennucci, cidade localizada no interior de
baquetas em público. “Acredito que esse seja um momento
São Paulo, onde fez apresentações freqüentes por cinco anos.
meu”, define. Para acompanhá-lo nessa atividade quase
“Meu instrumento não contava com muitos recursos, mas
solitária, o jurista resolveu escolher a V-Drums, modelo
consegui me desenvolver”, conta. Embora a carreira artística
TD-20K, desenvolvida pela Roland. “Estou muito satisfei-
parecesse consolidada, o adolescente tinha outro objetivo: ser
to com o instrumento. Realmente, é uma das melhores
juiz. Nessa época, decidiu focar suas atenções apenas nos
compras que já fiz”, afirma. Com o setup que compõem
estudos. Fez faculdade, prestou concurso e cumpriu sua meta.
essa bateria, o músico consegue se expressar com mais
Entretanto, sentia falta da prática musical. Voltou a tocar com
naturalidade, além de desempenhar sua performance com
mais de 30 anos. Confidenciou que, de uns tempos para cá,
qualidade invejável. Gomes levantou outros pontos positivos,
tem conseguido tempo para praticar. “Estou curtindo”, resume
o jurista em relação à experiência com as baquetas.
como a possibilidade de ensaiar usando fones de ouvido.
“Assim não incomodo os vizinhos”, diverte-se. Questionado
Assim como todo bom instrumentista, Gomes é aprecia-
sobre a utilização de kits complementares, ele explica: “Não
dor de diversos estilos. Isso fica evidente quando fala sobre
preciso. Ainda não esgotei 50% das possibilidades que o
o que costuma tocar. “Adoro samba e forró. Também gosto
equipamento oferece.” (Rafael Furugen)
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