OCR - Biblioteca Digital de Botânica
Transcription
OCR - Biblioteca Digital de Botânica
BOLETIM DA SOCIEDADE BROTERIANA VOL. XIV (2. SÉRIE) a 194o INSTITUTO BOTÂNICO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA BOLETIM DA SOCIEDADE BROTERIANA ( F U N D A D O E M 1 8 8 0 P E L O DR. J Ú L I O H E N R I Q U E S ) A V O L X I V — 2 . SÉRIE REDACTORES: PROF. DR. A. FERNANDES PROF. AUX. A. TABORDA DE MORAIS 1940 C omposição e impressão da oficina de José de Oliveira J ú n i o r - A l c o b a ç a À D. ANTÓNIO MEMÓRIA XAVIER DE PEREIRA COUTINHO 1851 -1939 DEDICA A REDACÇÃO D. ANTÓNIO XAVIER PEREIRA COUTINHO D E, e n t r e a s p r i m e i r a s pessoas q u e e m l880 i n i c i a r a m a Sociedade B r o t e r i a n a foi PEREIRA COUTINHO u m a d a q u e l a s q u e m a i s i n t e n s a m e n t e c o n t r i b u i u p a r a ela e aquela q u e d u r a n t e m a i s t e m p o p a r a o seu B o l e t i m concorr e u com t r a b a l h o s . N a l i s t a das p l a n t a s q u e esta Sociedade d i s t r i b u i u e m l880 a s iniciais P . C . aparecem j á e n o p r i m e i r o n ú m e r o do B o l e t i m , o g r a n d e P r o f e s s o r que foi JÚLIO HENRIQUES, lhe fazia já referência. L o g o no s e g u n d o B o l e t i m , em 1883 e no i m e d i a t o , aparece um seu t r a b a l h o « A p o n t a m e n t o s p a r a o estudo da flora t r a n s m o n t a n a » o n d e estão citadas 735 espécies d a q u e l a z o n a . De então em d i a n t e a colaboração t o r n a - s e q u á s i c o n s t a n t e ; sucedem-se com a d m i r á v e l frequência t r a b a l h o s sôbre a flora p o r t u g u e s a : em 1888 Quercus; em 9o J u n c á c e a s ; em 92 as f a m í lias das T h a l a m i f l o r a s , na acepção de WILLHOMM e LANGE, com excepção das que já t i n h a m sido revistas p o r MÀRIZ e p o r DAVEAU; em 93 M a l v á c e a s ; em 95 t e r m i n a as T h a l a m i f l o r a s ; em 96 publica o estudo das Liliáceas e em 98 a revisão d a s famílias de M o n o c o t i l e d ó n e a s com excepção das d u a s p o r êle já e s t u d a d a s e d a s q u a t r o que JÚLIO HENRIQUES, DAVEAU e ASCENÇÃO GUIMARÃES t i n h a m t r a b a l h a d o ; em 99 revê as R o s á c e a s em colaboração com o CONDE DE FICALHO e estuda t a m b é m as S a l i c á c e a s ; em 1900 p u b l i c a u m t r a b a l h o s ô b r e R u b i á c e a s ; e m 1901 s ô b r e C a m p a n u l á ceas; em 1904 B o r a g i n á c e a s ; em 1906 Escrofulariáceas; em l9o7 L a b i a d a s . A l é m desses t r a b a l h o s o u t r o s d e n ã o m e n o r VII D. VIII António Xavier Pereira Coutinho e n v e r g a d u r a f o r a m p u b l i c a d o s n o B o l e t i m d a Sociedade B r o t e r i a n a . O r e m a t e de t o d o s êsses estudos de b o t â n i c a s i s t e m á t i c a e dos de o u t r o s b o t â n i c o s p o r t u g u e s e s começou a fazer-se em l9o5 q u a n d o PEREIRA COUTINHO s u s p e n d e u p o r dois a n o s a regência da C a d e i r a , p a r a a e n t r e g a r ao s u b s t i t u t o que a c a b a r a de fazer concurso e ser n o m e a d o ; no p e r í o d o q u e decorre de l9o5 a 1912 PEREIRA COUTINHO dedicou-se a d a r corpo à « F l o r a de P o r t u g a l ( p l a n t a s vasculares)» cuja l . edição veio a público em l9l3, m a s aquele lúcido espírito e i n c a n s á v e l t r a b a l h a d o r n ã o se c o n t e n t o u p a r a o fazer em c o m p u l s a r t o d a s as o b r a s a n t i g a s e m o d e r n a s q u e d i z i a m respeito à flora do n o s s o p a í s ; um a um e x a m i n o u , observou, e s t u d o u o s e x e m p l a r e s existentes n o s b e r b á r i o s de C o i m b r a , de L i s b o a e no seu p r ó p r i o . P u b l i cada a F l o r a c o n t i n u o u a e s t u d a r o m a t e r i a l que diversos colectores Ibe v ê m t r a z e n d o e deu a l u m e de l9l4 a 1930 as « N o t a s da F l o r a de P o r t u g a l » I a VII M a i s t a r d e , em 1935, r e u n i u essas N o t a s , p o r sugestão dos professores LUIZ CARRISSO e AURÉLIO QUINTANILHA e do n a t u r a l i s t a MENDONÇA, no « S u p l e m e n t o da F l o r a de P o r t u g a l » q u e a Sociedade Broteriana publicou. a Simultaneamente, a-pesar-de tanto trabalho, ainda enc o n t r o u PEREIRA COUTINHO t e m p o p a r a c o l a b o r a r na « A g r i cultura Contemporânea», no « P o r t u g a l Agrícola», na « G a z e t a dos L a v r a d o r e s » , n o « J o r n a l Oficial d e A g r i c u l tura», na «Gazeta das Aldeias», no «Dicionário U n i v e r s a l da V i d a P r á t i c a » , no « A g r i c u l t o r do N o r t e de P o r t u g a l » e o u t r o s m a i s ; p a r a p u b l i c a r livros de i n s t r u ç ã o p r i m á r i a e s e c u n d á r i a cujo valor didático p o d e r á t a l v e z vir a ser i g u a l a d o m a s decerto n ã o e x c e d i d o ; p a r a rever a s colecções, existentes na F a c u l d a d e de C i ê n c i a s de L i s b o a , de p l a n t a s c a b o v e r d e a n a s , de L í q u e n e s , de H e p á t i c a s e de M u s g o s , p a r a a i n d a iniciar estudos micológicos q u e c o n t i n u o u após a sua aposentação. O a g r ó n o m o que em 1875, recém-saído do I n s t i t u t o G e r a l de A g r o n o m i a , s e n t i r a a necessidade de se dedicar a o e s t u d o d a flora d a região t r a n s m o n t a n a p a r a o n d e fora e n v i a d o , q u e em 1880 i n g r e s s a r a no I n s t i t u t o como chefe de serviço, que em 1883, a p ó s b r i l h a n t e concurso, fora D. António Xavier Pereira Coutinho IX n o m e a d o l e n t e catedrático d ê s s e I n s t i t u t o n a C a d e i r a d e S i l v i c u l t u r a e E c o n o m i a F l o r e s t a l , t r a n s i t a n d o em 1886 p a r a a C a d e i r a de Q u í m i c a A g r í c o l a , foi escolhido pelo CONDE DE FICALHO p a r a seu sucessor no cargo de n a t u r a lista da Secção B o t â n i c a do M u s e u N a c i o n a l de L i s b o a , concorreu à vaga de professor s u b s t i t u t o da IX C a d e i r a da E s c o l a P o l i t é c n i c a em l 8 9 l e só e n t ã o p a s s o u , no I n s t i t u t o de A g r o n o m i a , da C a d e i r a de Q u í m i c a p a r a a de B o t â n i c a , C a d e i r a s q u e com e x t r a o r d i n á r i o b r i l h o e proficiência regeu até ser a t i n g i d o pelo limite de idade. Q u e m o u v i u a s s u a s lições t e m d e reconhecer q u e poucos professores p o s s u e m t ã o perfeita arte de t r a n s m i t i r conhecimentos, auxiliada ainda por agradável timbre de voz, p o r fidalga e d i s t i n t a figura sem deixar de ser simples, p o r u m a a u s t e r i d a d e de carácter que o t o r n a v a respeitado p o r todos e p o r u m a m o d é s t i a que tocava as raízes do excesso. E s s a m o d é s t i a r e s s a l t a v a em t o d o s os seus t r a b a l h o s , foi reconhecida p o r todos os que com êle c o n v i v e r a m e era t ã o g r a n d e q u e o levava a n ã o querer fazer a 2.ª edição da F l o r a , e m b o r a os professores da F a c u l d a d e de Ciências de C o i m b r a e o seu sucessor em L i s b o a l h e m o s t r a s s e m a necessidade que h a v i a p a r a os a l u n o s p o r t u gueses dessa publicação, d i z e n d o q u e a s u a i d a d e , as s u a s forças, a falta de confiança em si, e r a m m o t i v o s que o l e v a v a m a n ã o r e a l i z a r esse desejo. C o n t u d o a 2. edição da F l o r a de P o r t u g a l , que pouco t e m p o depois da s u a m o r t e s a i u a público, foi tôda, até o p r ó p r i o v o c a b u l á r i o , l i n h a a l i n h a , p a l a v r a a p a l a v r a , revista p o r êle com rapidez q u e m a r a v i l h a v a , com a t e n ç ã o que c a u s a v a a s s o m b r o , com t ã o g r a n d e desejo de a c e r t a r que aos 87 a n o s , após q u á s i 65 de i n i n t e r r u p t o t r a b a l h o , e s t u d a v a as alterações feitas em m o n o g r a f i a s m o d e r n a s p a r a a s aceitar g r a n d e n ú m e r o d e vezes, p a r a m a n t e r a s u a o p i n i ã o a p e n a s q u a n d o t i n h a a convicção de que ela devia ser s u s t e n t a d a . a PEREIRA COUTINHO t e m l u g a r de destaque e n t r e os p o r t u gueses q u e se d e d i c a r a m ao estudo da B o t â n i c a , e n u m e r o s o s são, desde GARCIA DE ORTA e do PADRE LOUREIRO até nossos dias. A Sociedade B r o t e r i a n a que em 1928 p e r d e u JÚLIO D. X António Xavier Pereira Coutinho s e u f u n d a d o r , q u e e m 1937 p e r d e u e m J u n h o e e m J u l h o G O N Ç A L O S A M P A I O , este n a t u r a lista p o r í n d o l e d o t a d o de e x t r a o r d i n á r i o poder de o b s e r v a ç ã o , t r a b a l h a d o r i n f a t i g á v e l , aquele o m a i s a p a i x o n a d o dos professores d e N a t u r a i s que vêem n o estudo científico das n o s s a s C o l ó n i a s coroa de glória p a r a o I m p é r i o P o r t u guês, p e r d e u em 27 de M a r ç o de 1939 q u e m , e m b o r a já n ã o p u d ê s s e t r a b a l h a r com o afinco com que t r a b a l h a r a , a i n d a lhe p r e s t a v a na q u a l i d a d e de sócio o reflexo do seu m u i t o v a l o r como b o t â n i c o . HENRIQUES, LUIZ CARRISSO R. TELLES PALHINHA PUBLICAÇÕES DO Prof. A. X. P E R E I R A C O U T I N H O ( 1 ) * — A a g u a r d e n t e das b a l s a s de v i n h o . * — A a l f a r r o b a , seu v a l o r como s u b s t a n c i a n u t r i t i v a e alcoolisavel. * — A n a i s agrícolas do d i s t r i t o de B r a g a n ç a . * — A q u e s t ã o da a l t e r a ç ã o d a s carnes de porco n a s salgadeiras. * — A associação em a g r i c u l t u r a . * — D e t e r m i n a ç ã o da m a n t e i g a do leite pelo processo de Soxblet. * — C o l a b o r a ç ã o na p a r t e de a g r i c u l t u r a no « D i c i o n á r i o Universal de Vida Prática». * — N o v o processo de reconhecer a falsificação do azeite com óleo de a l g o d ã o . * — O vidoeiro. * — Parasitas fanerogamicos. * — P r o d u t o s agrícolas da Africa p o r t u g u e s a . * — U r n a s e r v i l h a s africanas. * — E l e m e n t o s de b o t â n i c a . ( P r i m e i r a e s e g u n d a p a r t e do curso dos L y c e u s ) . 1 vol. de 298 pág., P a r i s -Lisboa. *· — R u d i m e n t o s de a g r i c u l t u r a . ( L e i t u r a s p a r a as E s c o las P r i m á r i a s ) . 1 vol. de l 4 6 pág., P a r i s - L i s b o a . * — E s t u d o s de sericicultura. Gazeta dos Lavradores. *— E s t u d o s sôbre a f i l o x e r a : I — O ôvo de i n v e r n o no país do D o u r o . I I — F i l o x e r a hibernante no D o u r o . I I I — A filoxera n a s v i n h a s do D o u r o . Idem. * — O a n o agrícola de 1876-77 no distrito de B r a g a n ç a . Jornal Oficial de Agricultura. (l) Lista organizada pela Redacção do «Boletim». A s s í n a l a m - s e com asterisco os trabalhos de que não foi possível obter indicações completas de p u blicação. XI XII D. António Xavier Pereira Coutinho * — C o m i s s õ e s de e s t u d o e t r a t a m e n t o das v i n h a s do D o u r o . Idem. * — C u l t u r a da b e t e r r a b a na Q u i n t a d i s t r i t a l de B r a g a n ç a . Idem. * — C u l t u r a do t a b a c o no D o u r o . Idem. * — E s t u d o s sericicolas. Idem. * — A i n d u s t r i a dos l a t i c í n i o s em P o r t u g a l . Idem. l874 — C o m o h a - d e ser e s t u d a d o o clima agrícola ? — O e s t u d o do clima agrícola é o e s t u d o do clima local. These apresentada ao Instituto Geral de Agricult u r a . 1 vol. de 140 p á g . , L i s b o a . 1877 — A Q u i n t a d i s t r i t a l de B r a g a n ç a no a n o agrícola de 1875 a 1876. R e l a t ó r i o a p r e s e n t a d o ao I l l . e Ex. Sr. A d r i a n o José de C a r v a l h o e M e l l o . 1 folh. de 56 p á g . , Pôrto. 1888-1890 — C h r o n i c a s agrícolas. Agricultor do Norte de Portugal. 1882 — A S i l v i c u l t u r a no d i s t r i t o de B r a g a n ç a . T h e s e apresentada ao Conselho Escolar do Instituto Geral de A g r i c u l t u r a no concurso p a r a o p r o v i m e n t o da cadeira de S i l v i c u l t u r a e E c o n o m i a florestal. 1 folh. de 59 pág., L i s b o a . 1883 — A p o n t a m e n t o s p a r a o e s t u d o da flora t r a n s m o n t a n a . Bol. Soc. Broteriana, II ( l . sér.), p. 129-163. 1884 — E m e n d a s e a d d i t a m e n t o s à l i s t a de p l a n t a s t r a n s m o n t a n a s , p u b l i c a d a no 2." B o l e t i m a n n u a l (l883). dem I I I (1.ª sér.), p. 48-49. — E s t u d o s A g r o n ó m i c o s . — Os fenos e s p o n t â n e o s e as p a l h a s de trigo em P o r t u g a l . 1 vol. de 120 pág., Lisboa. — Os v i n h o s na E x p o s i ç ã o A g r í c o l a de L i s b o a . Revista da Exposição Agrícola de Lisboa, N . ° 6, p. m o m o a 171-177, Lisboa. — R e l a t ó r i o do j u r i do g r u p o Vinhos e outros produtos fermentados, na E x p o s i ç ã o A g r í c o l a de L i s b o a em 1884. — O D i s t r i t o de B r a g a n ç a na E x p o s i ç ã o A g r í c o l a de L i s b o a . Revista da Exposição Agrícola de Lisboa, N . ° 8, p. 292-295, L i s b o a . D. António Xavier Pereira Coutinho XIII 1886 — Os dois S o b r e i r o s P o r t u g u e z e s . A Agricultura Contemporanea, I, p. 7. — A p r o p o s i t o d ' u n s trigos africanos. Idem, I, p. 20-21. — A A z i n h e i r a da b o l o t a doce. Idem, I, p. 32-33. — As s e m e n t e s d'alfarroba. Idem, I, p. 39-42. — E n s a i o s de c u l t u r a florestal com o p i n h e i r o d ' A l e p o . Idem, 1, p. 81-83. — A q u e s t ã o d o s cereais ( I ) . Idem, I, p. 88-92. l886-l887 — C u r s o de silvicultura. T o m o I — B o t â n i c a F l o restal. L i s b o a , 1886. T o m o II — E s b o ç o de u m a flora l e n h o s a p o r t u g u e s a . L i s b o a , 1887. 2 vol. com 346 pág., L i s b o a . 1887 — A fertilização da t e r r a : os e s t r u m e s e os a d u b o s . A Agricultura Contemporánea, I, p. 208-209. — O i n q u é r i t o agrícola. Idem, I, p. 233-236. — C u l t u r a s s a c c h a r i n a s . Idem, I, p. 271-275. — A i n d a a q u e s t ã o d a s carnes n a s s a l g a d e i r a s . Idem, I I , p. 4-5. — P r o d u t o s textis da Africa p o r t u g u e s a . Idem, I I , p. 7-9. — A a p r e s e n t a ç ã o dos v i n h o s no m e r c a d o . Idem, I I , p. 18-20. — Chronica agrícola. Idem, I I , p. 25-28. — A composição chimica do solo e a vegetação do c a s t a n h e i r o . Idem, I I , p. 43-45. — Os phenomenos meteorológicos e a v e n d a dos p r o ductos a g r í c o l a s . Idem, I I , p. 53-56. — O p i n h e i r o dos p i n h õ e s m o l l a r e s . Idem, I I , p. 57-58. — F r u c t a s e h o r t a l i ç a s . Idem, I I , p. 64-67. — O t r a t a m e n t o d a s v a s i l h a s do v i n h o . Idem, I I , p. 77-79. — Um n o v o salgueiro p o r t u g u e z . Idem, I I , p. 83-84. — Os e s m a g a d o r e s de u v a . Idem, I I , p. 88-92. — A exploração das l e n h a s n o s p i n h a e s d a s p r o x i m i dades de L i s b o a . Idem, I I , p. 102-106. — O F r e i x o . Idem, I I , p. 1 1 5 - l l 7 . — A c u l t u r a florestal em P o r t u g a l . Idem, I I , p. 129-132. — O c a r v a l h o c o m m u m de fructos p e d u n c u l a d o s e o c a r v a l h o c o m m u m de fructos sesseis. Idem, I I , p. 142-144. XIV D. 1887 — V i n h o s António com Xavier saibo a Pereira Coutinho madeira e a bolor. Idem, I I , p. 149-152. — A c e r c a do e n s i n o agrícola. Idem, I I . p. 165-168, 187- -189, 224-226, 297-300. 1888 — O e s b a n d e i r a m e n t o do m i l h o . Idem, I I , p. l7l-l75. — A g r i c u l t u r a a f r i c a n a . Idem, I I , p. 198-200. — I n f l u e n c i a do sexo d a s a r v o r e s sobre as m a d e i r a s . Idem, I I , p. 210-211. — A r u i v a dos t i n t u r e i r o s e a p h y l l o x e r a . Idem, I I , p. 213-215. — A i n d a acerca do sexo das a r v o r e s e da s u a i n f l u e n cia sobre as m a d e i r a s . Idem, I I , p. 222. — A r b o r i s a ç ã o das e s t r a d a s , dos cursos d ' a g u a e d a s m a r g e n s dos c a m p o s . Idem, I I , p. 248-251. — As u l t i m a s descobertas. Idem, I I , p. 257-261. — O s S o b r e i r o s p o r t u g u e s e s . Idem, I I , p . 283-287. — A p i c u l t u r a . Idem, I I I , p. 34-36. — As u l t i m a s descobertas. — A S a c c h a r i n a . Idem, p. 44-88. — A n o s s a c u l t u r a de cereaes e a i m p o r t a ç ã o . Idem, III, p. 69-71. — A n o s s a p r o d u ç ã o vinícola. Idem, III, p. 89-91. — A n á l i s e bibliográfica: S o u t h o s e M o n t a d o s , p o r C a r l o s A . de S o u s a P i m e n t e l , l882. Idem, I I I , p . 131-132. — E s t u d o c h i m i c o da oliveira. Idem, III, p. 139-140. — Os Quercus de P o r t u g a l . Bol. Soc. Broteriana, VI (l.ª sér.), p. 47-116. — A e s t r u m a ç ã o em P o r t u g a l e a i n d u s t r i a dos a d u bos artificiaes. O Agricultor Portuguez, X I , p. 69-73. — A d o e n ç a das A m e i x i e i r a s . Idem, X I , p. 99-100. — A E x p o s i ç ã o A g r í c o l a de L i s b o a . Idem, X I , p. 109-113. — A exportação e a i m p o r t a ç ã o do gado b o v i n o . Idem, X I , p. 141-145. — A n á l i s e bibliográfica: N i n h o s e O v o s , p o r E d u a r d o S e q u e i r a , Pôrto. Idem, X I , p. 168. — Proprietarios agricolas e R e n d e i r o s . Idem, X I , p. 173-177. D. António Xavier Pereira Coutinho XV 1888 — Os dejectos h u m a n o s e os l í q u i d o s d'esgoto. Idem, X I , p. 209-213. — Acerca da c u l t u r a do t r i g o . Idem, X I , p. 241-246. — Os p r a d o s n a t u r a e s , as florestas e as t e r r a s de l a v o u r a . Idem, X I , p. 273-277. — Relações e n t r e a d e n s i d a d e e o a p r o v e i t a m e n t o da m a d e i r a . Idem, X I , p. 3o5-3o9. — A conservação dos v i n h o s de p a s t o . Idem, X I , p. 341-345. — A falsificação das substancias alimentares. Idem, X I , p. 373-378. — C h r o n i c a s A g r í c o l a s . Idem, X I , p. 53-57, 89-92, 125- -129, l57-l6l, 189-192, 225-228, 257-261, 289-293, 321-325, 393-397. 1889 — C h r o n i c a s A g r í c o l a s . Idem, X I I , p. 21-25, 53-57, 85- -89, 117-119, 149-153, 181-184, 213-217, 245-249, 277-281, 3o9-3i3, 341-344. — G u i a do v i n i c u l t o r . 1 vol. de 3o8 p á g . , Pôrto. — P r o p r i e d a d e s p h y s i c a s do solo. O Agricultor Portuguez, X I I , p. 5-9. — Do v a l o r i n t r í n s e c o e do v a l o r c o m m e r c i a l dos a d u - b o s . Idem, X I I , p. 37-4l. — A i n d u s t r i a dos L a c t i c í n i o s . Idem, X I I , p. 69-73. — A i n d a o v a l o r e o preço dos a d u b o s . Idem, X I I , P- 101-104. — A n á l i s e bibliográfica: V i d e i r a s A m e r i c a n a s , pelo V i s c o n d e de V i l a r i n h o de S. R o m ã o . Idem, X I I , p. 112-113. — C o n s u l t a s : A c u l t u r a da b e t e r r a b a . Idem, X I I , p. 127-129. — F o r r a g e n s verdes e forragens seccas. Idem, X I I , p. 133-137. — O p o d e r a b s o r v e n t e dos solos. (Indicações c u l t u raes). Idem, X I I , p. 165-169. — A e n s i l a g e m da h e r v a . Idem, X I I , p. 197-199. — As variedades culturaes das plantas cultivadas. Idem, X I I , p. 201-202. — I n d i c a ç õ e s gleucometricas. Idem, XII, p. 229-233. D. XVI António Xavier Pereira 1889 — A n u t r i ç ã o a z o t a d a das Coutinho p l a n t a s c u l t i v a d a s . Idem, X I I , p. 261-265. — L a v o u r a s . Idem, X I I , p. 293-296. — O Quercus lusitanica. Idem, X I I , p. 325-329. — A d u b o s phosphatados. Idem, X I I , p. 357-361. — A P o l i c i a r u r a l . A Agricultara Contemporânea, I I I , p. 187-189. — O c a r r a s q u e i r o ou carrasco. Idem, I I I , p. 2l5-2l6. — A sericicultura em T r a z - o s - M o n t e s . Idem, I I I , p. 224-226, 259-260. — Um v i n h o a n o r m a l . Idem. I I I , p. 245-246. — A s p l a n t a s m a r i n h a s como a d u b o . Idem, I I I , p . 268-270. 1889-1890 — E x p e r i ê n c i a s A g r í c o l a s . Portugal Agrícola, I, p. 106-108. 1890 — As J u n c a c e a s de P o r t u g a l . Bol. Soc. Broteriana, V I I I ( l . ser.), p . 72-127. — A e s t r u m a ç ã o verde pelas L e g u m i n o s a s . A Revista a dos Campos. I V , p. 12-15. — A p e r c e n t a g e m de g o r d u r a n a s n o s s a s p a l h a s de t r i g o . Idem, I V , p. 43-46. — A colheita vinícola de 1889. Idem, I V , p. 74-77. — A b o t â n i c a e a a g r o n o m i a . Idem, I V , p. 84-86. — O p a p e l do t a n n i n o n o s v i n h o s . Idem, I V , p. 107-110. — A côr dos v i n h o s . Idem, I V , p. 134-137. — O Salix atro-cinerea B r o t . Idem, I V , p. l7l-l74. 1891 — N o t a às J u n c a c e a s de P o r t u g a l . Bol. Soc. Broteriana, IX ( l . sér.), p. 255. 1891-1892 — A oliveira de fructo t e m p o r ã o . Portugal Agría cola, I I I , p. 4oi-4o2. 1892 — C o n t r i b u i ç õ e s p a r a o estudo da F l o r a P o r t u g u e z a . (Frankeniaceae, Violarieae, Droseraceae, C a p p a r i deae, P a p a v e r a c e a e , F u m a r i a c e a e , P o l y g a l a c e a e , R e sedaceae, Berberidaceae e N y m p h a e a c e a e ) . Bol. Soc. Broteriana, X ( l . sér.), p . 20-90. 1892-1893 — A oliveira de fructos v e r n a e s . Portugal Agrícola, I V , p. 207-208. 1893 — As M a l v a c e a s de P o r t u g a l . Bol. Soc. Broteriana, XI a a ( l . sér.), p. 101-131. D. António Xavier Pereira Coutinho XVII 1893-1894— A m u l t i p l i c a ç ã o da l a r a n j e i r a p o r m e r g u l h i a . Portugal Agrícola, V, p. 141-143. 1894-1895— A n á l i s e bibliográfica: E s t u d o do fabrico e c o n servação dos v i n h o s , por J o ã o d a M o t a P r e g o , L i s b o a 1894. Idem, V I , p. 202. — A n á l i s e bibliográfica: A a l i m e n t a ç ã o a z o t a d a das p l a n t a s . — A d u b o s a z o t a d o s , p o r C. J. de L i m a A l v e s . A Agricultura Contemporânea, V, p. 120- -122. — A doença m a n n i t i c a dos v i n h o s e o agridoce. Idem, V, p. 4o5-4o9. 1895 — C o n t r i b u i ç õ e s p a r a o e s t u d o da F l o r a P o r t u g u e z a . (Empetraceae, Rutaceae, Zygophylleae, Acerineae, Fraxineae, Hypericineae, Tamariscineae e Elatineae). Bol. Soc. Broteriana, X I I ( l . sér.), p. 3-44. — T r a t a d o e l e m e n t a r da c u l t u r a da v i n h a . ( C e p a s e u r o p e a s e a m e r i c a n a s , g r a n g e i o s , d o e n ç a s da v i deira). 1 vol. de 567 p á g . , L i s b o a . l895?—Curso e l e m e n t a r de b o t â n i c a para u s o dos L y c e u s , s e g u n d o os p r o g r a m m a s a p r o v a d o s pelo decreto de 14 de S e t e m b r o de 1895 — Classes I - V I I . 5 vol., Lisboa. 1895?—Doenças dos v i n h o s . R e l a t ó r i o a p r e s e n t a d o a o C o n gresso V i t í c o l a de L i s b o a , 1895. 1896 — C o n t r i b u i ç õ e s p a r a o e s t u d o da F l o r a P o r t u g u e z a . As Liliaceas de P o r t u g a l . Bol. Soc. Broteriana, X I I I ( l . sér.), p . 71-129. 1898 — C o n t r i b u i ç õ e s p a r a o estudo das M o n o c o t y l e d o n e a s p o r t u g u e z a s . Idem, XV ( l . sér.), p. 6-74. — A mosca da l a r a n j a e do pecego. A Agricultura Contemporânea, I X , p. 270-274. 1899 — S u b s í d i o s p a r a o estudo das Salicaceas de P o r t u g a l . Bol. Soc. Broteriana, X V I (l. sér.), p. 5-34. — As R o s á c e a s de P o r t u g a l . ( E m colaboração com o CONDE DE FICALHO). Idem, X V I ( l . série),p. 88-143. 1900 — As R u b i a c e a s de P o r t u g a l . Idem, X V I I ( l . sér.), p . 7-41. 1901 — As C a m p a n u l a c e a s de P o r t u g a l . Idem, X V I I I ( l . a a a a a a a sér.), p. 22-44. D. XVIII António Xavier Pereira Coutinho 1901 — N o t a acerca de d u a s espécies do género Allium n o v a s p a r a a flora p o r t u g u e z a . Idem, X V I I I ( l . sér.), P- 45-46. 1903 — T r a t a d o e l e m e n t a r da c u l t u r a da v i n h a . ( C e p a s e u r o p e a s e cepas a m e r i c a n a s , g r a n g e i o s , d o e n ç a s da videira). 2. edição. 1 vol. de 562 p á g . , L i s b o a . 1905 — As B o r a g i n a c e a s de P o r t u g a l . Bol. Soc. Broteriana, a a a X X I ( l . sér.), p. 106-165. — N o t a acerca do Ornithoèalum uniíolium, G a w l . e do Ornithogalum subcucullatum, R o u y et de C o i n c y . Idem, X X I ( l . sér.), p . l8l. — C o l a b o r a ç ã o e m : N o t a s à c e n t ú r i a X V I I I . Idem, a a X X I ( i . sér.), p. 175-178. 1906 — As F s c r o p h u l a r i a c e a s de P o r t u g a l . Idem, X X I I ( l . a sér.), p. 114-213. a 1907 — As L a b i a d a s de P o r t u g a l . Idem, X X I I I ( l . sér.), p. 5l-l75. 1908-1909 — N o t a acerca de a l g u m a s p l a n t a s n o v a s , r a r a s ou críticas da flora p o r t u g u e z a . Idem, X X I V ( l . a sér.), p. 136-149 1909 — Musa ventricosa, W e l w . au J a r d i n Botanicíue de Lisbonne. 1910 — N o t a acerca de a l g u m a s p l a n t a s n o v a s ou criticas da flora p o r t u g u e z a . Bol. Soc. Broteriana, X X V a ( l . sér.), p. 188-190. 1913 — A F l o r a de P o r t u g a l ( p l a n t a s vasculares) d i s p o s t a em chaves d i e b o t o m i c a s . 1 vol. de 766 pág., P a r i s -Lisboa-Rio de Janeiro. 1914 — H e r b a r i i G o r g o n e i t l n i v e r s i t a t í s O l i s i p o n e n s i s C a t a l o g u s . Arquivos da Universidade de Lisboa, I, p. 265-334. 1914-1930 — N o t a s da F l o r a de P o r t u g a l . I - V I I . 7. folh. com 97 pág., P a r i s - L i s b o a - R i o de J a n e i r o . 1915 — C a t a l o g i b e r b a r i i G o r g o n e i U n i v e r s i t a t i s O l i s i p o n e n s i s S u p p l e m e n t u m . Arquivos da Universidade de Lisboa, I I , p. 27-58. 1916 — P l a n t a s p o r t u g u e s a s dos H e r b á r i o s de B r o t e r o e de V a l o r a d o existentes n a U n i v e r s i d a d e d e L i s b o a . Idem, I I I , p. 333-379. D. António Xavier Pereira Coutinho XIX 1916 — L i c h e n u m l u s i t a n o r u m b e r b a r i i U n i v e r s i t a t i s O l i s i p o n e n s i s C a t a l o g u s . 1 vol. de 122 p á g . , L i s b o a . 1917 — C a t a l o g i l i c h e n u m l u s i t a n o r u m b e r b a r i i U n i v e r s i t a t i s O l i s i p o n e n s i s S u p p l e m e n t u m p r i m u m . 1 folh. de 4o p á g . , L i s b o a . — Musci Lusitanici Herbarii Universitatis Olisipon e n s i s . 1 vol. de 143 p á g . , L i s b o a . — Hepaticae lusitanicae Herbarii Universitatis O l i s i p o n e n s i s . 2 folh. com 44 pág., L i s b o a . 1918 — U n e n o u v e l l e variété de R i c i n . Buli. Soc. Port. Sc. Nat., III. — O S r . D r . J ú l i o A. H e n r i q u e s e a s u a influência no estudo da B o t â n i c a em P o r t u g a l . O Instituto, L X V , p. 225-242. 1919 — E u b a s i d i o m y c e t e s l u s i t a n i c i H e r b a r i i U n i v e r s i t a t i s O l i s i p o n e n s i s . 1 folh. de 195 p á g . , L i s b o a . 1920 — Breves considerações estatísticas acerca da flora p o r t u g u e s a . B o l . S o c . Broteriana, X X V I I I ( l . sér.), a p. 95-121. — R u d i m e n t o s de b o t â n i c a e de a g r i c u l t u r a p a r a os a l u n o s d o E n s i n o P r i m á r i o G e r a l (segundo o p r o g r a m a oficial de 7 de N o v e m b r o de l9l9). 1 vol. de 174 p á g . , P a r i s - L i s b o a . — R u d i m e n t o s de b o t â n i c a e de A g r i c u l t u r a p a r a o E n s i n o P r i m á r i o G e r a l (segundo o p r o g r a m a oficial de 7 de N o v e m b r o de l9l9). — Fascículo dos P r o f e s s o r e s . 1 folh. de 23 p á g . , P a r i s - L i s b o a . 1921 — E u b a s i d i o m y c e t u m l u s i t a n o r u m H e r b a r i i U n i v e r s i t a t i s O l i s i p o n e n s i s S u p p l e m e n t u m . 1 folh. de 11 pág., L i s b o a . 1922 — F l o r a e mycologicae i n s u l a e St. T b o m a e ( s i n u g u i neensi) c o n t r i b u t i o . 1 folh. de 28 pág., C o i m b r a . 1925 — F l o r a e Mycologicae St. T b o m a e (sinu g u i n e e n s i ) c o n t r i b u t i o . Anais do Instituto Superior de Agronomia, I I , p . 1-26. — N ó t u l a acerca das espécies do género Fedia e n c o n t r a d a s em P o r t u g a l . Journ. Sc. Mat. Fis. e Naturais, Série 3, N . ° l9, L i s b o a . XX D. António Xavier Pereira Coutinho l928 — N o t a s a a l g u m a s p l a n t a s t r a n s m o n t a n a s . Bol. Soc. Broteriana, V (2. sér.), p. 227-233. 1929-1930 — D r . J ú l i o A u g u s t o H e n r i q u e s . Idem, VI (2. sér.), p. 1-5. 1931 — B a s i d i o m i c e t a s n o v o s p a r a a flora de P o r t u g a l . Idem, V I I (2. sér.), p. 329-350. — A p r o p ó s i t o de u m a s t a n g e r i n a s . Revista Agronóa a a mica, X I X , p. 14-18. 1934 — B a s i d i o m i c e t a s n o v o s p a r a a flora de P o r t u g a l . Bol. Soc. Broteriana, IX (2. sér.), p. 199-214. 1935 — S u p l e m e n t o da F l o r a de P o r t u g a l . Idem, X (2. sér.), a a p. 43-194. a 1936 — F s b o ç o de u m a F l o r a L e n k o s a P o r t u g u e s a — 2. edição. Public, da Direc. Geral dos Serviços Florestais e Arvícolas, I I I , T o m o I, A l c o b a ç a . 1938 — D o u t o r J ú l i o H e n r i q u e s . Rev. Faculdade de Ciências da Univ. de Coimbra, V I I ( l ) . 1938-1939 — D r . L u i z W i t t n i c h C a r r i s s o . Bol. Soc. Broteriana, X I I I , p . V I I - X . 1939 — F l o r a de P o r t u g a l ( p l a n t a s vasculares). 2. edição, 1 vol. de 938 pág., L i s b o a . a QUELQUES REMARQUES SUR LA. DISTRIBUTION DE LA VEGETATION DANS L'ARCHIPEL DES AÇÔRES par A. GONÇALVES DA C U N H A ET L. GONÇALVES SOBRINHO (Institut Rocha Cabral et Institut Botanique dela Faculte des Sciences de Lisbonne) P E N D A N T l'été de 1938 n o u s s o m m e s allés à l ' A r chipel des A ç ô r e s , a y a n t p a r c o u r u les îles de F a i a l , P i c o , S. J o r g e , T e r c e i r a et S. M i g u e l . La difficulté de t r a n s p o r t e n t r e les îles n o u s a r e n d u i m p o s s i b l e la visite a u x a u t r e s îles d a n s le t e m p s consacré à n o t r e v o y a g e , deux mois seulement. Il est encore t r o p t ô t p o u r faire l ' é t u d e écologique des îles a ç o r ê e n n e s , m ê m e y c o m p t a n t les d o n n é s o b t e n u s p e n d a n t le p r e m i e r v o y a g e de 1937 (l), la v é g é t a t i o n n ' é t a n t p a s s u f f i s a m m e n t c o n n u e à t o u t e s les époques de l ' a n n é e . M a i s n o u s p o u v o n s déjà, d'après les o b s e r v a t i o n s faites à la c a m p a g n e et l'étude des e x e m p l a i r e s cueillis, i n c l u r e d a n s cette n o t e q u e l q u e s r e m a r q u e s s u r l a d i s t r i b u t i o n d e l a végétation. Les îles a ç o r ê e n n e s , on le sait, s o n t d ' o r i g i n e v o l c a n i que, les f u m a r o l e s q u ' o n y n o m m e futnas, les c h a m p s de lave, les picos, les cratères et les caldeiras y a b o n d a n t p a r t o u t . C e t t e c o n s t i t u t i o n du sol, a u s s i b i e n que les caractér i s t i q u e s c l i m a t i q u e s , o n t d o n n é à la v é g é t a t i o n a ç o r é e n n e un aspect t o u t à fait p a r t i c u l i e r . N o u s a v o n s déjà décrit n o t r e v o y a g e et cité des espèces t r o u v é e s d a n s les îles (2) et n o u s a v o n s a u s s i p u b l i é u n e (1) Ce voyage a été réalisé par le Prof. D r . TELLES P A L H I N H A , directeur de l'Institut Botanique de Lisbonne et l'auxiliaire de naturaliste L. G O N Ç A L V E S SOBRINHO. (2) nicos no 1 7 7 , i938. GONÇALVES Arquipélago DA dos C U N H A , A . et G O N Ç A L V E S Açores. Rev. da Fac. S O B R I N H O , L. E s t u d o s b o t â - de Ciências de Lisboa, I (3), 2 A. Gonçalves da Cunha et L. Gonçalves Sobrinho petite n o t e s u r l e d é v e l o p p e m e n t d ' u n e xéro-série d a n s les mistérios açoréens ( l ) . O n p e u t dire q u e d a n s les îles des A ç ô r e s l a v é g é t a t i o n s e d i s t r i b u e d ' u n e façon régulière. D a n s les e n d r o i t s q u i p r é s e n t e n t les m ê m e s c o n d i t i o n s , les espèces végétales q u ' o n t r o u v e s o n p a r t o u t p r e s q u e les m ê m e s . D o n c n o u s p o u v o n s d i s t r i b u e r ces espèces p a r p l u s i e u r s g r o u p e s . I. VÉGÉTATION DU BORD DE LA MER Les côtes des îles a ç o r ê e n n e s s o n t formées soit p a r des roches accorées, parfois i n t e r r o m p u e s p a r des é b o u l e m e n t s q u i c o n s t i t u e n t ce q u ' o n y appelle fajàs, soit p a r des plages de c a i l l o u x ; les plages de sable y s o n t p e u n o m b r e u s e s et s u r t o u t d e petites d i m e n s i o n s , l a plage d e P r a i a d a V i t o r i a de l'île T e r c e i r a é t a n t la p l u s i m p o r t a n t e et la seule de sable b l a n c . D a n s les côtes accorées on t r o u v e s u r t o u t Tetragonia expansa, Solidago sempervirens, p l u s i e u r s espèces de Plantage- et m o i n s f r é q u e m m e n t hîesembryanthemum crystallinum, Statice Limonium. Heliotropium europœum, Heliotropixxm curassavicum, Lotus hispidus et Solidago Azorica. Les espèces les p l u s fréquentes d a n s les côtes r o c h e u s e s et d a n s les plages de cailloux s o n t Cakile americana, Spergularia Azorica, Polygonum aviculare, Polygonum maritimum, Salsola Kali, Euphotbia Azorica, Euphorbia Peplis, Atriplex hastata v a r . salina, Crithmum maritîmum, plusieurs espèces de Piantago, Heliotropium europœum, Hyoscyamus alhus, Cymbalaria muralis et m o i n s fréquemment Campanula Vidalii, Gnaphatium luteo-alhum, Agrostis verticillata, Aira caryophyllea, Festuca glauca, Poa rigida, Polypogon maritimum. D a n s la plage de sable de P r a i a da Vitoria on peut trouver u n e association où d o m i n e n t Salsola Kali, Polygonum maritimum et Euphorbia Peplis. D ' a u t r e s espèces s'y t r o u v e n t , d o n t les p l u s communes s o n t Lotus creticus, Piantago sp., Xanthium (l) GONÇALVES DA CUNHA, A. et GONÇALVES SOBRINHO, xéro-série, Buli. de la Soc. Portug. des Sc. Nat., X I I I , 25, 1 9 3 8 . L. Un eas d e Distribution de la végétation dans V Archipel des Açôres 3 Strumarium, Cynodon Dactylon, Panicum sanéttinale et Lolium multiilotum. D a n s d ' a u t r e s plages Ipomœa carnosa, Euphorbia Peplis, Polyéonum maritimum, Juncus capitatus et Panicum sanguinale s o n t espèces très c o m m u n e s . P a r m i s les P t e r i d o p K y t e s n o u s a v o n s t r o u v é très fréq u e m m e n t Asplenium marinum, s u r t o u t d a n s les côtes accorées et r o c h e u s e s . O u p e u t v o i r p a r cette description q u e l a v é g é t a t i o n du b o r d de la m e r est e s s e n t i e l l e m e n t constituée p a r des espèces herbacées, p a r m i lesquelles o n t r o u v e f r é q u e m m e n t des espèces a d a p t é e s de q u e l q u e m a n i è r e à des c o n d i t i o n s de x é r o p h y t i s m e . 2. RUDERETUM Les villages des îles a ç o r é e n n e s , à l'exception de q u e l q u e s - u n s de l'île de S. M i g u e l , s o n t p r e s q u e t o u s b â t i s au b o r d de la m e r . La v é g é t a t i o n du ruderetum s u b i t Côte N. de l'île de S. M i g u e l à P o n t a F o r m o s a . La côte est basse et découpée, présentant une végétation caractéristique. Près du bord de la mer les forêts, représentées ici par le P i n , commencent bientôt à faire s o n apparition. 4 A. Gonçalves da Cunha et L. Gonçalves Sobrinho l'influence de cette l o c a l i s a t i o n et on y t r o u v e soit des espèces c o s m o p o l i t e s , soit des espèces p l u s ou m o i n s x é r o phytes. Les espèces d o m i n a n t e s s o n t Chelidonium majus, diverses espèces de Chenopodium et d'Amarantus, Boussingaultia baselloides, Erodium malachoides, Sida rhombiiolia, Euphorbia Peplis, Rubus rusticanus, Anagallis arvensis, Hyoscyamus alhus, Conyza crispa, Avena hirsuta, Holcus rigidus, Hordeam murinum, Lagurus ovatus et Setaria glauca. O u t r e ces espèces on t r o u v e m o i n s f r é q u e m m e n t Lepidium Draba, Portulaca oleracea, Alternanthera achyrantha parfois en a s s o c i a t i o n avec Senehiera Coronopus et Senehiera pinnatiiida, Œnothera rosea, Malva silvestris, Daucus Carota, Datura Stramonium, Cymbalaria Elatine, Verbascum blattarioides, Campanula Erinus et Trachelium cœruleum, cette d e r n i è r e espèce m o i n s f r é q u e m m e n t . 3. FORÊTS Les forêts des îles a ç o r é e n n e s p r é s e n t e n t u n aspect a b s o l u m e n t caractéristique d ' u n c l i m a x q u i est le r é s u l t a t des c o n d i t i o n s c l i m a t i q u e s et des c o n d i t i o n s é d a p h i q u e s . Les p r i n c i p a u x éléments d u climat s o n t les v e n t s alises et contre-alisés, chargés d ' h u m i d i t é , l'état h y g r o m é t r i q u e de l ' a t m o s p h è r e et la p r e s s i o n . D a n s les îles a ç o r é e n n e s l ' h u m i d i t é a t m o s p h é r i q u e a t t e i n t des v a l e u r s i m p o r t a n t e s et, en ce q u ' i l s'agit de la p r e s s i o n , on sait qu'elles c o n s t i t u e n t u n centre d e p r e s s i o n s extrêmes i m p o r t a n t . Les forêts é t a n t le d e r n i e r degré de l ' é v o l u t i o n de la v é g é t a t i o n , les espèces q u i les c o n s t i t u e n t r e s t e n t l i m i t é e s à q u e l q u e s espèces a d a p t é e s à ces c o n d i t i o n s p r e s q u e e x t r ê m e s . M a i s a u s s i les c o n d i t i o n s é d a p h i q u e s s o n t très i m p o r tantes pour le développement de la végétation. Presque t o u s les sols des îles a ç o r é e n n e s s o n t r é s u l t a n t s de la d é s a g r é g a t i o n des basaltes. L à o n t r o u v e e x c l u s i v e m e n t des espèces calcifugues et cosmopolites. Les forêts se t r o u v e n t s u r t o u t d a n s les r é g i o n s de petite a l t i t u d e , parfois m ê m e a v o i s i n a n t l e b o r d d e l a m e r . O n p e u t a u s s i t r o u v e r parfois des e x t e n s i o n s p l u s o u Distribution de la végétation dans l'Archipel des Açôres 5 m o i n s g r a n d e s couvertes p a r des espèces arborescentes o u a r b u s t i v e s d a n s des r é g i o n s les p l u s élevées ; m a i s a l o r s ces espèces se d é v e l o p p e n t s u r t o u t d a n s le cours de ribeiras ou d a n s les p e n t e s de caldeiras, q u i p r é s e n t e n t u n e exposit i o n e t u n e b u m i d i t é assez g r a n d e s . D a n s ces r é g i o n s d e p l u s g r a n d e a l t i t u d e , o n n e t r o u v e q u e des e x e m p l a i r e s d e Persea Azorica, Rhamnus latiiolia et Vaccinium cylindraceum et s u r t o u t de Juniperus breviiolia. C e p e n d a n t il s'agit d e r é g i o n s l i m i t é e s e n surface q u i n ' o n t n u l l e m e n t l ' i m p o r tance des forêts des r é g i o n s de petite a l t i t u d e . Les b u i s s o n s d ' E r i c a Azorica s o n t l à très a b o n d a n t s . Les a r b r e s q u ' o n t r o u v e d a n s les forêts s o n t Persea Azorica, Pittosporum undulatum, Rhamnus latiiolia et Vaccinium cylindraceum et m o i n s f r é q u e m e n t hfyrica Faya. Parfois ou trouve aussi d'autres arbres d'importation r é cente, c o m m e Eucalyptus sp., Castanea sativa, Pinus Pinea et Cryptomeria japónica. P a r m i les espèces a r b u s t i v e s n o u s p o u v o n s citer Erica Azorica et Myrsine africana v a r . r e r u s a et m o i n s f r é q u e m m e n t Daphne Laureola et Juniperus breviiolia. Erica Azorica et Juniperus breviiolia a c q u i è r e n t parfois des d i m e n s i o n s g i g a n t e s q u e s . La v é g é t a t i o n r a m p a n t e des forêts est constituée p a r de n o m b r e u s e s espèces d o n t les p l u s fréquentes s o n t Hypericum bceticum, Hypericum ioîiosum, Hypericum humiiusum, Agrimonia Eupatoria, Rubus rusticanus, Potentilla erecta, Daucus Carota, Caîluna vulgaris, Anagallis arvensis, Lysimachia Azorica, Brunelîa vulgaris, p l u s i e u r s espèces de Mentha, Satureja Caîamintha, Rubia peregrina, Conyza crispa, p l u s i e u r s espèces à'Agrostis et de Holcus et Setaria glauca. M o i n s f r é q u e m m e n t on t r o u v e a u s s i Cardamine caldeirarum, Oxalis corniculata, Euphorbia Azorica, Hederá Hélix, Vinca diiiormis, Origanum virens, Lonicera Periclymenum et Hedychium Gardnerianum. D e s F o u g è r e s s o n t a u s s i caractéristiques de cette v é g é t a t i o n , c o m m e Pteridium aq[ailinum, q u i p r é s e n t parfois des d i m e n s i o n s g i g a n t e s q u e s , 2 à 3 m è t r e s , Pteris crética, Asplenium Ruta-muraria, Culcita macrocarpa et Elaphoglossum sq[xxamosum, ce d e r n i e r s u r t o u t s u r les t r o n c s des a r b r e s et les p i e r r e s en a s s o c i a t i o n avec des M o u s s e s et des L i c h e n s . 6 A. Gonçalves da Cunha et L. Gonçalves Sobrinho 4. PATURES Les z o n e s i n t é r i e u r e s des îles a ç o r é e n n e s s o n t p r e s q u e t o u t e s constituées p a r d e larges c h a m p s q u i n o u r r i s s e n t u n e g r a n d e q u a n t i t é de vaches, lesquelles c o n s t i t u e n t u n e des p l u s g r a n d e s richêsses des îles. Ces p â t u r e s s ' é t e n d e n t parfois s u r de larges p l a i n e s , c o m m ' i l arrive en q u e l q u e s r é g i o n s de l'île T e r c e i r a , parfois s u r des p e n t e s de picos et de caldeiras, c o m m ' i l a r r i v e d a n s les îles de F a i a l , de P i c o et de S. J o r g e . Les espèces les p l u s i m p o r t a n t e s des p â t u r e s s o n t des G r a m i n é e s p a r m i lesquelles n o u s p o u v o n s citer Aira caryphillea, diverses espèces à! Agrostis, Anthoxanthum odoratum, Arrhenatherum elatius, Briza minor, Bromus rigens, Cynosurus cristatus, Lagurus ovatus, Lolium aristatum, Scleropoa rígida, Setaria glauca et Triodia decumbens. O u t r e ces espèces s o n t a u s s i fréquentes Ranunculus repens, Cerastium Azoricum, Cerastiutn glomeratum, Polycarpon tetraphyllum, Potentilla erecta, Brunella vulgaris, p l u s i e u r s Ile de S. Jorge, Terreiro das Beatas. Sur un sol couvert par une végétation rampante se dressent de jolis et vieux exemplaires de Juniperus brevifolia. Distribution de la végétation dans l'Archipel des Açôres 1 espèces de Mentha, Stachys arvensis, Galium Mollugo, Anthémis nobilis, Bellis Azorica, plusieurs espèces de Jancus, s p e c i a l l e m e n t Juncas capitatus, Luzula multiflora, Lazula purpureosplendens, Kyllinga monocephala et Selaéinella Kraussiana. S u r ces c h a m p s d e v é g é t a t i o n r a m p a n t e o n p e u t a u s s i t r o u v e r des coussinets constitués soit p a r des espèces s u t - a r b u s t i v e s , c o m m e Calluna vulgaris, Daboecia poliiolia et Thymus cœspititius, soit par Polytrichum vulgare ou Sphagnum nitidulum. D e s b u i s s o n s d'Erica Azorica s o n t a u s s i fréquents d a n s les p â t u r e s , s u r t o u t d a n s les r é g i o n s de p l u s g r a n d e a l t i t u d e . La flore de F o u g è r e s est r e p r é s e n tée p r e s q u e e x c l u s i v e m e n t p a r Aspidium spinulosum et Pteridium aquilinum. 5. PICOS ET GROTAS Les picos s o n t des élévations p l u s ou m o i n s a r r o n d i e s , très s o u v e n t occupées p a r des p â t u r e s et m o n t r a n t des Ile de S. Jorge, P i c o da Serra, pente N. Le pico est tapissé par des pâtures; on voit des rigoles ou grotas qui descendent du pico et qui s o n t envahies par une végétation exubérante. Au premier plan, disseminés par les pâtures, des vestiges de buissons d'Erica Azorica. 8 A. Gonçalves da Cunha et L. Gonçalves Sobrinho s i l l o n s ou des rigoles q u e l ' e a u de la p l u i e a creusés d a n s la p e n t e . Ce s o n t ces sillons p r o f o n d s de q u e l q u e s m è t r e s q u ' o n y apelle grotas ou grotoes, s e l o n l e u r s d i m e n s i o n s . Les p e n t e s des picos p r é s e n t e n t l a v é g é t a t i o n caractér i s t i q u e des p a t û r e s q u e n o u s a v o n s citée p l u s h a t . D a n s les r i v a g e s des grotas il y a u n e v é g é t a t i o n l u x u r i a n t e où les fleurs d e t o u t e s c o u l e u r s m e t t e n t u n e n o t e d e gaieté. Cette abondance de végétation, qui constraste si nettement avec la p a u v r e t é d'espèces des patûres, est d u e s a n s d o u t e à l ' a m b i e n t f o r t e m e n t humide q u i s'y t r o u v e . La v é g é t a t a t i o n des grotas est c o n s t i t u é e p a r des a r b r e s , des a r b r i s s a u x , des espèces herbacées, des F o u g è r e s , M o u s s e s et Lichens. L e s espèces q u ' o n t r o u v e p a r t o u t d a n s les grotas s o n t Ile de S. Miguel, Sete Cidades. D a n s une ancienne cratère les eaux se s o n t acuinulées, formant deux lacunes, Lagoa Verde et Lagoa Azul. À' droite et à gauche des magnifiques forêts. La pente interne de cette immense caldeira est tapissée par végétation herbacée et subarbustive exubérante. On peut voir au Gardnerianum premier p l a n Hedychium qui l'a presque t o u t e envahie. Distribution de la végétation dans l'Archipel des Açôres 9 Persea Azorica, Ranunculus megaphyllus, Ranunculus repens, Cardamine caldeirarum, Epilobium obscurum, Hypericum foliosum, Potentilla erecta, Rubus rusticanus,Lotus corniculatus, Rhamnus latiiolia, Hedera Helix, Ammi Seubertianum, Chaerophyllum Azoricum, Hydrocotyle vulgare, Sanícula Azorica, Calluna vulgaris, Erica Azorica, Vaccinium cylindraceum, Lysimachia Azorica, Euphrasia grandiflora, Sibthorpia europœa, diverses espèces de Mentha, Scutellaria minor, Rubia peregrina v a r . Azorica, Picris filii, parfois Picris rigens, Tolpis nobilis, diverses espèces de Carex et d' Agrostis et Setaria glauca. Les P t e r i d o p k y tes s o n t r e p r é s e n t é s p a r Selaginella Kraussiana, Asplenium Hemionitis, Asplenium spinulosum, Blechnum Spicant, Culcita macrocarpa, Osmunda regalis, Pteridium aquilinum, Pteris arguta, et Scolopendrium vulgare. La v é g é t a t i o n de M o u s s e s et de L i c k e n s est a u s s i très a b o n d a n t e . D e s e x e m p l a i r e s de F o u g è r e s , de M o u s s e s et de L i c k e n s Ile de S. Miguel, Lagoa das F u r n a s . Les rivages, dont la pente est tiès prononcée, sont presque complètement couverts par une végétat i o n exubérante. A u fond, l e s m o n t s qu'atteignent l a Tronqueira d o N o r d e s t e . D a n s la vallée, le peuplade de F u r n a s . 10 A. Gonçalves da Cunha et L. Gonçalves Sobrinho é p i p h y t e s s o n t très n o m b r e u x s u r les t r o n c s des v i e u x e x e m p l a i r e s de Juniperus brevifolia. 6. LASOAS L e s p e t i t s lacs des îles a ç o r é e n n e s , ou lagoas, p r é s e n t e n t u n e v é g é t a t i o n très p a u v r e , p r e s q u e e x c l u s i v e m e n t c o n s t i t u é e p a r Potamogetón sp., Chara sp. et Niteîla s p . O u t r e les lacs de File de S. M i g u e l — d a s Sete C i d a d e s , do E-scuro, das F u r n a s , do F o g o , do C o n g r o , etc. — q u i p r é s e n t e n t d e g r a n d e s d i m e n s i o n s , d a n s les a u t r e s îles i l n ' y a p a s de lacs d ' i m p o r t a n c e . C e p e n d a n t n o u s p o u v o n s citer les p e t i t s lacs du P i c o da E s p e r a n ç a à l'île de S. J o r g e et ceux d u P i c o dos F e r r e i r o s , d e l a P r a i a d a V i t o r i a , d u G i n j a l et du N e g r o à l'Ile T e r c e i r a , a u s s i b i e n que de petites m a r e s au fond de q u e l q u e s caldeiras, c o m m e celles de F a i a l , de G r a c i o s a et de S a n t a B á r b a r a à T e r c e i r a . A u x b o r d s de ces petits lacs, p r e s q u e t o u s situés à de g r a n d e s a l t i t u d e s , il y a u n e v é g é t a t i o n caractéristique où d o m i n e n t les C y p é r a c é e s et les Joncées. L e s espèces les p l u s fréquentes s o n t Polygonum sp., Peplis Portula, Littorella lacustris, Mentha sp., Galium palustre, Juncus sp., Carex sp., Cyperus diiiormis, Cyperus esculentus, Scirpus cernuus, Scirpus iluitans, Scirpus mucronatus et Scirpus sp. 7. RIBEIRAS Le r é g i m e f l u v i a l des A ç ô r e s p r é s e n t e les caractères des r é g i m e s t o r r e n t i e l s . P e n d a n t l ' b i v e r les p r é c i p i t a t i o n s a t m o s p h é r i q u e s s o n t a b o n d a n t e s , m a i s p e n d a n t l'été ces p r é c i p i t a t i o n s s o n t très r é d u i t e s , b i e n q u e l'état h y g r o m é t r i q u e de l ' a t m o s p h è r e soit assez élevé. L e s rivières n ' a y a n t d ' a u t r e s sources q u e les p r é c i p i t a t i o n s a t m o s p h é r i q u e s l e u r débit p r é s e n t e des v a r i a t i o n s très fortes. Ce s o n t ces rivières q u i p r é s e n t e n t les caractères d u r é g i m e t o r r e n t i e l q u ' o n n o m m e ribeiras. Distribution de la végétation dans l'Archipel des Açores 11 D a n s le cours de ces ribeiras on t r o u v e très f r é q u e m m e n t des saltos, petites c h u t e s ou cascades d u e s à l'action erosive des e a u x s u r u n sol c o n s t i t u é p a r des blocs b a s a l tiques de d i m e n s i o n s v a r i a b l e s . P e n d a n t l'été la p r e s q u e t o t a l i t é de ces rivières m o n t r e s o n lit à sec. U n e v é g é t a t i o n e x u b é r a n t e s'y développe m a i n t e n a n t des c o n d i t i o n s d ' h u m i d i t é a b o n d a n t e e t d o n n a n t a u x rivières des aspects t o u t à fait p a r t i c u l i e r s , p a r fois s e m b l a l e s à ceux des grotas. En fait, les c o n d i t i o n de v é g é t a t i o n d a n s les ribeiras et les grotas s o n t assez s e m blales soit p a r l a c o n s t i t u t i o n d u sol, les d e u x f o r m a t i o n s a y a n t s o n o r i g i n e d a n s l ' a c t i o n érosive des e a u x c o u r a n t e s , soit p a r le degré d ' h u m i d i t é q u i est t o u j o u r s élevé. Les espèces les p l u s fréquentes d a n s les rivières s o n t Juniperus breviiolia, Persea Azorica, Cardamine caldeirarum, Pittosporum undulatum, Polygonum aviculare, Hypericum bceticum, Hypericutn ioliosum, Hypericam humiiusum, Agrimonia Eupatoria, Rubus rusticanus, Hedera Hélix, Daucus Carota, Sanicula Azorica, Lactttca Watsoniana, Picris filii, Tolpis nobilis, Hedychium Gardnerianum, Juncus s p . P a r m i les F o u g è r e s on t r o u v e Asplenium spinulosum, Blechnum Spicant, Culcita macrocarpa, Elaphoglossum squamosum et Hymetiophyllum tunhridgense, ces d e u x espèces s u r les t r o n c s des a r b r e s , Pteridium aquilinum, Scolopendrium vulgare et Woodwardia radicans. Selaginella Kraussiana est a u s s i u n e espèce très c o m m u n e . Les espèces de M o u s s e s et de L i c h e n s s o n t a u s s i très a b o n d a n t e s d a n s les ribeiras. O u t r e ces espèces on t r o u v e m o i n s f r é q u e m m e n t Ranunculus megaphyllus, Euphorbia Stygiana, Rubus Hochstetterorum, Ammi Seubertianum, Vaccinium cylindraceum, Cymbalaria muralis, Verbena oHicinalis et Mentha piperita. S u r les v i e u x e x e m p l a i r e s de Juniperus breviiolia de la R i b e i r a dos C e d r o s à S. J o r g e , a u s s i b i e n que s u r ceux de la C a l d e i r a do F a i a l et de la C a l d e i r a d ' A g u a l v a , à Terceira, on peut trouver Arceuthobium Oxicedry, u n e L o r a n t h a c é e s e m i - p a r a s i t e , d o n t l ' a p p a r i t i o n p a r a i t être e n r a p p o r t avec l'âge des e x e m p l a i r e s de Juniperus et un h a u t degré d ' h u m i d i t é . 12 A. Gonçalves da Cunha 8. et L. Gonçalves Sobrinho CALDEIRAS A u x A ç ô r e s o n n o m m e caldeiras d ' a n c i e n n e s cratères de v o l c a i n s éteints q u e la v é g é t a t i o n a e n v a h i e s . D ' a b o r d c o n s t i t u é e s p a r des laves, les caldeiras ne c o n s t i t u e n t n u l l e m e n t des c h a m p s favorables a u d é v e l o p p e m e n t d e l a v é g é t a t i o n . L e s p r e m i e r s k a b i t a n t s des ces champs s o n t les L i c k e n s — Stereocavlon, Roccella, Parmelia, Cladonia, etc. — et p l u s t a r d les M o u s s e s , le Rachomitrium lanuginosum é t a n t u n des p l u s f r é q u e n t s . C e n ' e s t q u e b e a u c o u p p l u s t a r d que les espèces k e r Ile de F a i a l , Ribeira da Conceição. Le lit présente de gros cailloux basaltiques. L e s rivages s o n t couverts par une végétation abondante. N o t e r les cnutes successives qu'on n o m e saltos. P e n d a n t l'été le lit de la ribeira est à sec. Distribution de la végétation dans l'Archipel des Açôres 13 bacées f o n t l e u r a p p a r i t i o n , a p r è s l'action érosive très l e n t e de ces d e r n i è r e s espèces de L i c h e n s et de M o u s s e s et celle de l ' a t m o s p h è r e . La caldeira de P i c o n ' e s t q u ' à la p h a s e de L i c h e n et de M o u s s e . C e p e n d a n t d a n s d ' a u t r e s caldeiras, c o m m e celles de F a i a l , de S a n t a B á r b a r a à T e r c e i r a et de Sete C i d a d e s à S. M i g u e l , la v é g é t a t i o n s'est développée avec u n e richesse e x t r a o r d i n a i r e . L e v o y a g e u r q u i m o n t e l a p e n t e e x t e r n e du cône v o l c a n i q u e des caldeiras, p r e s q u e t o u j o u r s tapissée p a r des p a t û r e s q u i m o n t r e n t l e u r aspect sec et j a u n â t r e , est f o r t e m e n t s u r p r i s à s o n a r r i v é au b o r d de la caldeira. La v é g é t a t i o n est e x u b é r a n t e , d ' u n b e a u î l e d e P i c o , Caldeira. O n peut noter a u premier plan l a lave c o u verte par un strate licnénique. A' la partie m o y e n n e la lave basaltique s'étend en torrents, espèce de lave cordée. Au fond le P i q u i n h o , petit cône volcanique d'environ 80 m., dont la pente est constituée par des cailloux de dimensions variables, parfois par de la bagacina. 14 A. Gonçalves da Cunha et L. Gonçalves Sobrinho v e r t s u r l e q u e l se d é t a c h e n t les inflorescences de t o u t e s c o u l e u r s des p l a n t e s herbacées. La cause de ce d é v e l o p p e m e n t e x t r a o r d i n a i r e de la v é g é t a t i o n des caldeiras est s u r t o u t l ' e x t r ê m e h u m i d i t é a t m o s p h é r i q u e . M ê m e d a n s d e b e a u x j o u r s d'été, l e b r o u i l l a r d c o m m e n c e à se f o r m e r et à s ' a p p r o c h e r des b o r d s , descend j u s q u ' a u f o n d e t b i e n t ô t finit p a r e n v a h i r t o u t e l a caldeira. La v é g é t a t i o n est d o n c s o u m i s e à un degré très haut d'humidité. Les espèces les p l u s fréquentes d a n s les caldeiras s o n t Juniperus brevifolia, Persea Azorica, Pittosporum undulatum, Ranunculus megaphyllus, Hypericum foliosum, FraIle de F a i a l , Caldeira. N o t e r les pentes qui s'elevent brusquement à 4 0 0 m. environ et qui s o n t couvertes paraîne végétation exubérante où se détachent Juniperus brevifolia et Erica Azorica. Au fond de la caldeira on peut voir une mare à droite et un petit cône volcanique à gauche. En outre il y a une végétation rampante qui constitue de pâtures. Distribution de la végétation dans l'Archipel des Açôres 15 gatia vesca, Potentilla erecta, Rubus rustlcanus, R.hamnus latiiolia, Hedera Hélix, Calluna vulgaris, Erica Azorica, Vaccinium cylindraceum, p l u s i e u r s espèces de Plantage-, surtout Plantago lanceolata, Brunella vulgaris, p l u s i e u r s espèces de Mentha, Anthémis nobilis, Gnaphalium luléo-album, Hypochaeris sp., Picris tilii, Tolpis nobilis, Hedychium Gardnerianum, Carex sp., Holcus rigidus, Panicum crus=galli, Selaginella Kraussiana, Aspidium spinulosum, Blechnum Spicant, Culcita macrocarpa, Elaphoglossum sq[uamosum et Hymenophyîlum tunhridgense s u r les troncs des a r b r e s , Pteris cretica, Trichomanes speciosum et Woodwardia radicans. Les M o u s s e s et les L i c h e n s y s o n t très a b o n d a n t s , soit d a n s le sol, soit d a n s le t r o n c des a r b r e s . M o i n s f r é q u e m m e n t o n t r o u v e a u s s i d ' a u t r e s espèces telles q u e Rumex aq[uaticus, Lythrum sp., Myrica Fayp, Lycopus europseus, Veronica Dabneyi, Veronica oificinalis, Scutellaria minor, Lobelia urens, Lactuca Watsoniana, Picris rigens, Senecio malvselolius, Kyllinga monocephala, Lycopodium cernuum et Lycopodium Selago. 9. RÉSUMÉ O n p e u t conclure d e n o s o b s e r v a t i o n s q u e l a végétat i o n a ç o r é e n n e , b i e n q u e riebe d'exemplaires, est p a u v r e d'espèces. S o u m i s e s à des c o n d i t i o n s c l i m a t i q u e s assez semblables, a y a n t p a r t o u t p r e s q u e l a m ê m e c o n s t i t u t i o n géologique, les îles a ç o r é e n n e s ne p e u v e n t m o n t r e r que de petites v a r i a t i o n s . N o u s a v o n s vu q u ' i l y a des espèces x é r o p h y t e s d a n s le b o r d de la m e r , espèces q u i s o n t a b s o l u m e n t caractérist i q u e s des r é g i o n s r o e b e u s e s ou des plages, et des espèces adaptées à des c o n d i t i o n s d ' b u m i d i t é extrême d a n s les caldeiras, les rïbeiras et les grotas. 11 y a a u s s i q u e l q u e s espèces caractéristiques des r é g i o n s de petite a l t i t u d e et q u e l q u e s - a u t r e s q u ' o n n e t r o u v e q u ' e n des r é g i o n s d e p l u s g r a n d e a l t i t u d e . M a i s l e n o m b r e d'espèces q u ' o n t r o u v e d a n s ces c o n d i t i o n s extrêmes est r e l a t i v e m e n t petit, la p l u p a r t des espèces s e t r o u v a n t u n p e u p a r t o u t . 16 A. Gonçalves da Cunha et L. Gonçalves Sobrinho La flore de F o u g è r e s , de M o u s s e s et de L i c h e n s est r i c h e d'espèces et d ' e x e m p l a i r e s . F n é t u d i a n t l a v é g é t a t i o n des A ç ô r e s o n p e u t vérifier que les espèces e u r o p é e n n e s c o n s t i t u e n t l a p l u s g r a n d e p a r t i e d e l a v é g é t a t i o n . L a v é g é t a t i o n c o n t i n e n t a l e s'y t r o u v e r e p r é s e n t é e p a r u n b o n n o m b r e d'espèces. L a p l u s g r a n d e p a r t i e de l ' a u t r e v é g é t a t i o n , est encore c o n s t i t u é e p a r des e n d e m i s m e s a ç o r é e n s . I l n e reste q u ' u n p e t i t n o m b r e d'espèces a p p a r t e n a n t a u x flores africaine e t a m é r i c a i n e , d o n t u n g r a n d n o m b r e a p p a r t i e n t à l a flore des Canaries. Malgré leur situation géographique, on voit que la flore africaine n ' a p a s e n v a h i les îles a ç o r é e n n e s , les facteurs d u c l i m a t e t l a c o n s t i t u t i o n géologique é t a n t c e r t a i n e m e n t les éléments q u i o n t empêché cette i n v a s i o n . M a i s ces m ê m e s éléments o n t p e r m i s l ' i n v a s i o n d e q u e l q u e s espèces de la flore c a n a r i e n s e , c e p e n d a n t en n o m b r e très p e t i t en r e l a t i o n à ce que l ' o n p o u v a i t s o u p ç o n n e r . L ' i n v a s i o n des espèces de la flore a m é r i c a i n e , si petite m a l g r é t o u t , p e u t être expliquée p a r le commerce i n t e n s e de ces îles avec l ' A m é r i q u e , s u r t o u t avec les É t a t s U n i s d e l ' A m é r i q u e d u N o r d , le c o u r a n t e é m i g r a t o i r e vers ce p a y s é t a n t très important. Lisbonne, Septembre d e 1 9 3 9 . ETUDE GENETIQUE DES PHENOMENES DE NANISME CHEZ LES HYMENOMYCETES par A. QUINTANILHA (Paris) et SIMONNE BALLE (Bruxelles) SOMMAIRE Variabilité de la croissance des m y c é l i u m s monospermes 17 C r o i s s a n c e e t morphologie des m y c é l i u m s n o r m a u x . Croissance e t morphologie des mycéliums nains . . . . . . . . PAG. . . 18 . 20 N a i n s p h é n o t y p i q u e s e t nains génotypiques 22 a ) — N a i n s phénotypiques 22 b) — N a i n s génotypiques . c) — Les cas de disjonction irrégulière Influence du m i l i e u sur les p h é n o m è n e s de nanisme chez Coprinus iimetarius 1. 2. 28 A c t i o n d e l a température 28 Influence d e l a tension osmotique d u m i l i e u d e culture . . . a) Influence de la réduction de la tension osmotique sur la crois- b) Influence de l'augmentation de la t e n s i o n osmotique sur la sance des mycéliums 29 29 croissance des m y c é l i u m s . c) 24 26 A c t i o n d e sucres d e poids moléculaires différents 30 . . . . 34 D i s c u s s i o n des résultats 40 Résumé 45 Index bibliographique 46 E x p l i c a t i o n des planches 47 VARIABILITE DE LA CROISSANCE DES MYCELIUMS MONOSPERMES L O R S Q U ' O N ensemence, e n m i l i e u favorable, des spores d ' u n e m ê m e fructification de Coprinus fimetarius F r i e s , on observe s o u v e n t que la v i g u e u r des m y c é l i u m s o b t e n u s varie d a n s d e très larges l i m i t e s . E n s e m e n cées s i m u l t a n é m e n t et d a n s des c o n d i t i o n s i d e n t i q u e s , certaines spores d o n n e n t n a i s s a n c e à des m y c é l i u m s v i g o u r e u x , a b o n d a m m e n t ramifiés, t a n d i s q u e d ' a u t r e s n e p r o d u i sent q u ' u n filament, parfois t r è s court, p e u o u p a s ramifié 17 3 18 A. Quintanilha et S. Balle du t o u t et qu'il est e x t r ê m e m e n t difficile d ' a r r i v e r à r e p i q u e r . N o u s a v o n s , e n conséquence, classé ces m y c é l i u m s e n d e u x catégories: les m y c é l i u m s n o r m a u x e t les m y c é l i u m s n a i n s , c h a c u n e d'elles (et t o u t p a r t i c u l i è r e m e n t la seconde) p o u v a n t p r é s e n t e r des f l u c t u a t i o n s de d é v e l o p p e m e n t assez étendues. C e s o b s e r v a t i o n s a y a n t été faites u n p e u a u b a s a r d a u cours d'études réalisées d a n s d ' a u t r e s b u t s , n o u s a v o n s v o u l u d é t e r m i n e r l'origine — phénotypique ou g é n o t y p i q u e — de ces c u r i e u x p h é n o m è n e s de n a n i s m e . CROISSANCE ET MORPHOLOGIE DES MYCELIUMS NORMAUX D é p o s é e s d a n s u n e g o u t t e de décoction de c r o t t i n de cheval a d d i t i o n é de décoction d'orge les spores de Coprinus fimetarius g e r m e n t , très r é g u l i è r e m e n t , à la t e m p é r a t u r e de 18°, au b o u t de neuf h e u r e s , d o n n a n t n a i s s a n c e à un filament principal qui bientôt produit de nombreuses ram i f i c a t i o n s secondaires de m ê m e d i a m è t r e et n a i s s a n t t o u j o u r s à angle d r o i t avec l u i ; s u r ces f i l a m e n t s secondaires a p p a r a i s s e n t r a p i d e m e n t des r a m i f i c a t i o n s t e r t i a i r e s , t o u j o u r s de m ê m e d i a m è t r e , t o u j o u r s dressées à a n g l e d r o i t s u r les précédentes, p u i s , a i n s i de s u i t e , de r a m i f i c a t i o n s d'ordre de p l u s en p l u s élevée; après d e u x ou t r o i s j o u r s le m y c é l i u m est a i n s i d e v e n u u n inextricable e n c h e v ê t r e m e n t d e f i l a m e n t s t o u s s e m b l a b l e s , p a r c o u r a n t e n t o u s sens l a g o u t t e de décoction à la p é r i p h é r i e de laquelle é m e r g e n t , r a y o n n a n t e s , les u l t i m e s r a m i f i c a t i o n s ( q . F i g . 1 : m y c é l i u m s plus o u m o i n s développés d ' u n j o u r ; P l . I : m y c é l i u m n o r m a l âgé de cinq j o u r s ) . Si l ' o n repique, en t u b e s i n c l i n é s de décoction gélosée, de tels m y c é l i u m s , on les voit couvrir, en 5-6 j o u r s , la surface entière d u m i l i e u d e c u l t u r e d u f l o c o n n e m e n t b l a n c de l e u r s f i l a m e n t s aériens ( P l . I I I , c et d ). R e p i q u é s s u r décoction gélosée e n b o u t e i l l e s d e R o u x , ils croissent, r a d i a l e m e n t , de 3 à 5 m m . p a r j o u r , à u n e t e m p é r a t u r e de l8°-25°. Etude génétique des phénomènes de nanisme chez les Hyménomycètes F i g . 1. — Croissance de m y c é l i u m s n o r m a u x , a et b: M y c é l i u m s d'un jour; a: M y c é l i u m exubérant; b: M y c é - l i u m peu développé ( X 6 6 ) , c et d: Aspects de filaments n o r m a u x , principaux et s e c o n - daires (X333). A. 20 CROISSANCE ET Quintanilha MORPHOLOGIE et S. DES Balle MYCELIUMS NAINS P l u s i e u r s t y p e s d e n a i n s d e v r o n t être e n v i s a g é s ; ceux d o n t le d é v e l o p p e m e n t est le p l u s i n f i m e s o n t représentés u n i q u e m e n t p a r u n petit m a m e l o n à peine a u s s i g r a n d que la spore elle-même et q u i ne croît p a s d a v a n t a g e ; d a u t r e s , u n p e u p l u s développés, s o n t constitués p a r u n f i l a m e n t p o u v a n t a t t e i n d r e l/lO m m . , q u i ne se ramifie p a s et m e u r t e n m o i n s d e n u i t j o u r s ; c e r t a i n s e n g e n d r e n t u n e vésicule d e v o l u m e b e a u c o u p p l u s g r a n d que l a spore, très v a c u o lisée, de c o n t o u r s p l u s ou m o i n s r é g u l i e r s et q u i p e u t ou n o n d o n n e r n a i s s a n c e à des r a m i f i c a t i o n s ; d ' a u t r e s encore n e d o n n e n t lieu q u ' à u n t o u t petit m y c é l i u m , s o u v e n t i n v i sible à l'oeil n u , q u i se r é s o u t en i n n o m b r a b l e s oïdies, arrêtant là leur croissance; quelques-uns d'entre eux résistent au repiquage et peuvent même ensuite reprendre un aspect et un r y t b m e de croissance à peine différent de ceux des m y c é l i u m s n o r m a u x - D ' a u t r e s enfin f o r m e n t des m y c é l i u m s vésiculeux et ramifiés q u e n o u s a l l o n s décrire avec p l u s de détail. I l s furent o b t e n u s d a n s la descendance d ' u n m y c é l i u m secondaire ( a i bi + ab) p r o d u i t d ' u n e c o n f r o n t a t i o n c o m p a t i b l e effectuée en v u e de l'étude du p h é n o m è n e de Buller. Ce s o n t les t é t r a d e s de b a s i d i o s p o r e s o b t e n u e s s u r les c a r p o p h o r e s du m y c é l i u m ( a i bi + ab) q u i , ensemencées, p r o d u i s i r e n t , c h a c u n e , d ' u n e m a n i è r e a b s o l u m e n t régulière, d e u x m y c é l i u m s n o r m a u x e t d e u x m y c é liums nains. La g e r m i n a t i o n de ces n a i n s s'effectue d ' u n e façon i d e n t i q u e à celle des m y c é l i u m s n o r m a u x : il sort de la spore u n f i l a m e n t p r i n c i p a l c y l i n d r i q u e , d e d i a m è t r e très a p p r o x i m a t i v e m e n t égal à celui des f i l a m e n t s n o r m a u x , mais à croissance b e a u c o u p p l u s l e n t e , se r a m i f i a n t b e a u coup m o i n s o u m ê m e p a s d u tout, e t qui b i e n t ô t c h a n g e t o u t à fait d'aspect. T o u t d'abord, c'est s o n e x t r é m i t é , p r i m i t i v e m e n t m i n c e et effilée, q u i s'enfle en m a s s u e ; p u i s , en divers p o i n t s de son parcours, distants ou rapprochés, plus ou moins n o m b r e u x , on le voit se dilater et former des vésicules d ' u n d i a m è t r e q u i p e u t a t t e i n d r e p l u s i e u r s fois la l o n g u e u r de Etude génétique des phénomènes de nanisme chez les Hyménomycètes F i é . 2 . — Croissance de m y c é l i u m s nains ( X 3 3 3 ) . a - e : A s p e c t s quotidiens d'un mycélium' n a i n du f-h: 1 E R A s p e c t quotidien d'un autre m y c é l i u m n a i n du 1 E R au au 5 3 è m e jour. è m e jour. 22 A. Quintanilha et S. Balle la s p o r e ; en m ê m e t e m p s se f o r m e n t les cloisons t r a n s v e r sales; et b i e n t ô t a i n s i le f i l a m e n t régulier p r i m i t i f s'est t r a n s f o r m é e n u n e c h a î n e d'articles h é t é r o g è n e s , les u n s é t r o i t e m e n t allongés, les a u t r e s ovoïdes o u s u b s p h é r i q u e s et t r è s vacuolisés. P r e s q u e t o u s é m e t t e n t des b o u r g e o n s ( u n o u p l u s i e u r s p a r a r t i c l e ) qui à l e u r t o u r prolifèrent, et l'on voit, après quelques j o u r s , la s p o r e p e r d u e au m i l i e u d ' u n e arborescence de r a m e a u x courts et d i v a r i q u é s développés en t o u s s e n s ; le d i a m è t r e de ces m y c é l i u m s n a i n s ne dépasse j a m a i s , d a n s la g o u t t e de c u l t u r e , 1/2 m m . J a m a i s on n ' o b s e r v e r a de f o r m a t i o n d'oïdies (Cf. Fig. 2: croissance d e deux m y c é l i u m s n a i n s , d u p r e m i e r a u t r o i sième, et du p r e m i e r au c i n q u i è m e j o u r ; Fig. 3: aspect quotidien d'un mycélium n a i n du troisième au cinquième j o u r ; aspect d ' u n n a i n d e b u i t j o u r s ) . R e p i q u é s sur décoction gélosée, ces m y c é l i u m s s u c c o m b e n t presque t o u j o u r s ; ceux q u i r é s i s t e n t d o n n e n t l i e u à de petites colonies a r r o n d i e s , convexes et b l a n c h â t r e s , semblables à des colonies b a c t é r i e n n e s et d o n t le d i a m è t r e ne dépasse g é n é r a l e m e n t p a s 1-2 m m . ( q . P l . I I I , a et b ). NAINS PHENOTYPIQUES ET NAINS GENOTYPIQUES D e u x cas différents de n a n i s m e d o i v e n t être considérés du p o i n t de v u e g é n é t i q u e : les n a i n s p h é n o t y p i q u e s et les nains génotypiques. a) — Nains phénotypiques: Des nains purement phénotypiques furent obtenus et étudiés g é n é t i q u e m e n t p a r un de n o u s ( UUINTANILHA, 35, pag. 22-25) en 1935. D a n s un m y c é l i u m (ab) le gène (a) e n g e n d r a p a r m u t a t i o n (A'). P a r croisement avec le test (aB) un m y c é l i u m secondaire (A' b + aB) a été o b t e n u et fructifia a b o n d a m m e n t . La c o n f r o n t a t i o n de 27 c u l t u r e s m o n o s p e r m e s avec les tests a p e r m i s de c o n s t a t e r u n e disjonction régulière des d e u x p a i r e s de facteurs ( A ' a, Bb). D ' u n a u t r e c a r p o p h o r e , cinq tétrades f u r e n t étudiées et d o n n è r e n t n a i s s a n c e , en c u l t u r e s m o n o s p e r m e s , à trois A. 24 Quintanilha et S. Balle m y c é l i u m s n o r m a u x et à dix-sept m y c é l i u m s n a i n s , d o n t 12 n e r é s i s t è r e n t p a s a u r e p i q u a g e . Les S m y c é l i u m s n a i n s s a u v é s se d é v e l o p p a i e n t très l e n t e m e n t , ne p r o d u i s a i e n t j a m a i s d ' h y p h e s a é r i e n n e s e t n e d o n n a i e n t que d e t o u t e s petites t a c h e s t e r n e s s u r la gélose. C o n f r o n t é s avec les tests, ces m y c é l i u m s n a i n s o n t t o u j o u r s d o n n é des r é a c t i o n s n o r m a l e s et il a été a i n s i possible de vérifier, en c h a q u e cas, à q u e l g r o u p e «sexuel» ils a p p a r t e n a i e n t . N o u s a v o n s p u c o n s t a t e r que les n a i n s é t a i e n t é g a l e m e n t r é p a r t i s p a r les q u a t r e g r o u p e s (A'b, A'B, ab, aB) et que le n a n i s m e n ' é t a i t p a s associé à a u c u n des q u a t r e facteurs de stérilité. L e s m y c é l i u m s o b t e n u s , p a r croisement de ces n a i n s , soit avec les tests, soit avec des m y c é l i u m s c o m p a t i b l e s n o r m a u x d e l a m ê m e fructification, n e m a n i f e s t a i e n t a u c u n e a n o m a l i e ; ils a v a i e n t l'aspect et le r y t h m e de croissance caractéristique des m y c é l i u m s secondaires, f r u c tifiaient n o r m a l e m e n t et, d a n s la descendance des c a r p o p h o r e s , les q u a t r e facteurs (A', a, B, b) m e n d é l i s a i e n t r é g u l i è r e m e n t ; t a n d i s que, d a n s c h a q u e t é t r a d e , les q u a t r e spores d o n n a i e n t r é g u l i è r e m e n t n a i s s a n c e à des m y c é l i u m s vigoureux. J a m a i s o n n e p u t o b t e n i r des m y c é l i u m s secondaires en c r o i s a n t e n t r e eux de tels n a i n s de f o r m u l e s c o m p a tibles. M a i s p u i s q u e t o u j o u r s les c o n f r o n t a t i o n s d e n a i n s avec des n o r m a u x d o n n è r e n t lieu à des m y c é l i u m s n o r m a u x , d a n s l a descendance desquels a u c u n e d i s j o n c t i o n n e p u t être observée, il faut bien a d m e t t r e que les causes de n a n i s m e s o n t , d a n s ce cas, u n i q u e m e n t d'ordre phénotypique. b) — Nains génotypiqiies : C e u x - c i f u r e n t découverts, c o m m e n o u s l ' a v o n s d i t p l u s h a u t , à l'occasion d ' u n e c o n f r o n t a t i o n réalisée en v u e de l'étude du p h é n o m è n e de Buller. Un m y c é l i u m p r i m a i r e de Coprinus iimetarius, de c o n s t i t u t i o n ( a i bi) a v a i t été diploïdisé p a r u n m y c é l i u m secondaire de c o n s t i t u t i o n (ab + Ai Bi); il r e ç u t du Etude génétique des phénomènes de nanisme chez les Hyménomycètes 25 m y c é l i u m secondaire un n o y a u ( ab ) et d o n n a e n s u i t e n a i s s a n c e à un n o u v e a u m y c é l i u m secondaire de c o n s t i t u t i o n ai 61 + ab) q u i fructifia n o r m a l e m e n t et d o n t p l u s de d e u x cents t é t r a d e s d ' u n e seule fructification f u r e n t a n a l y s é e s . U n g r a n d n o m b r e d e spores n e g e r m è r e n t p a s ; m a i s les cent et u n e t é t r a d e s complètes p r o d u i s i r e n t , s a n s exception, c h a c u n e , d e u x m y c é l i u m s n a i n s e t d e u x m y c é l i u m s n o r m a u x . D a n s les t é t r a d e s i n c o m p l è t e s ( p l u s d e cent) on n'observa jamais plus de deux n o r m a u x ou de d e u x n a i n s , et les spores q u i ne g e r m è r e n t p a s étaient a u s s i b i e n celles q u i a u r a i e n t dû d o n n e r n a i s s a n c e à des m y c é l i u m s n o r m a u x q u e celles q u i a u r a i e n t d û p r o d u i r e des m y c é l i u m s n a i n s . Le p o u v o i r g e r m i n a t i f et les délais de g e r m i n a t i o n étaient les m ê m e s p o u r les d e u x t y p e s de spores. La descendance de ces d e u x catégories de m y c é l i u m s confirme que, d a n s ce cas-ci, le n a n i s m e était d ' u n e n a t u r e p u r e m e n t g é n o t y p i q u e : en effet, croisés ensemble, les m y c é l i u m s n o r m a u x n e p r o d u i s a i e n t j a m a i s que des n o r m a u x ; t a n d i s que de la c o n f r o n t a t i o n dé n a i n s avec des n o r m a u x c o m p l é m e n t a i r e s , n a i s s a i e n t des fructifications d o n t les t é t r a d e s offraient u n e ségrégation t o u j o u r s r é g u lière e n d e u x n a i n s p l u s d e u x n o r m a u x . L e c r o i s e m e n t d e m y c é l i u m s n a i n s c o m p a t i b l e s n ' a j a m a i s réussi. N o u s s o m m e s d o n c b i e n ici en présence d ' u n cas de n a n i s m e h é r é d i t a i r e ; la d i s j o n c t i o n régulière de c h a q u e tétrade, e n d e u x n a i n s e t d e u x n o r m a u x , n e p e u t être expliquée que p a r l'existence d ' u n e p a i r e de facteurs m e n déliens (Nn), d o n t l ' u n (N), r e s p o n s a b l e de la croissance n o r m a l e et l ' a u t r e (n), un a l l é l o m o r p h e s u b l é t a l , r e s p o n s a b l e de cette i n c a p a c i t é de d é v e l o p p e m e n t q u i se m a nifeste p a r les p h é n o m è n e s de n a n i s m e . D a n s la d i c a r y o p h a s e (N) est c o m p l è t e m e n t d o m i n a n t s u r (n) et les m y c é l i u m s secondaires h é t é r o z y g o t e s (Nn), a u s s i b i e n que les c a r p o p h o r e s qu'ils e n g e n d r e n t , o n t u n aspect et un r y t h m e de croissance q u e r i e n ne p e r m e t de d i s t i n g u e r de ceux des h o m o z y g o t e s d o m i n a n t s (NN). D a n s les c o n f r o n t a t i o n s d e n a i n s c o m p l é m e n t a i r e s ( a i b 1 nX abn) n o u s n ' a v o n s j a m a i s o b t e n u ni la f o r m a 4 26 A. Quintaailha et S. Balle t i o n d'anses, ni de fructifications; et le r y t k m e de croissance des n a i n s n ' e s t p a s modifié par la c o n f r o n t a t i o n . Les h o m o z y g o t e s récessifs ( n n ) n e s o n t d o n c viables. D ' a u t r e p a r t il n ' a p a s été possible de mettre en évidence u n e a s s o c i a t i o n des facteurs de n a n i s m e avec les facteurs de stérilité. Les n a i n s s o n t é g a l e m e n t d i s t r i b u é s d a n s les q u a t r e g r o u p e s «sexuels» (ai bi, ab, ai b, abi). Les t r o i s paires de facteurs (2Vn, ai a, 61 b) d o i v e n t être localisés s u r trois p a i r e s différents de c h r o m o s o m e s . D ' a i l l e u r s n o s o b s e r v a t i o n s n o u s o n t p e r s u a d é d e l'existence d ' u n e série a l l é l o m o r p h e m u l t i p l e (N, n, ru, etc.) de gènes s u b l é t a u x , c h a c u n r e s p o n s a b l e d ' u n type spécial de n a n i s m e ( q . pag. 20). N o u s n ' a v o n s j a m a i s p u c o n s t a t e r l'existence de gènes q u i e m p ê c h e n t la g e r m i n a t i o n de la s p o r e ; m a i s les différents types de n a n i s m e a p p a r a i s s e n t d a n s l a descendance d e croisements différents. M a l h e u r e u s e m e n t il a été t o u j o u r s i m p o s s i b l e d ' o b t e n i r des m y c é l i u m s secondaires p a r croisement d e n a i n s , soit d u m ê m e t y p e , soit de types différents. c) — Les cas de disjonction irrégulière : Les d e u x cas q u e n o u s v e n o n s d'exposer s o n t les p l u s simples. D a n s le premier le nanisme n'est pas héréditaire; il doit être a t t r i b u é à des causes extérieures a u x gènes, d o n t n o u s n ' a v o n s pu r é u s s i r à m e t t r e en évidence la n a t u r e . D a n s le d e u x i è m e cas, le n a n i s m e est h é r é d i t a i r e et u n e paire d e facteurs m e n d é l i e n s e n est r e s p o n s a b l e . D a n s d ' a u t r e s cas, d o n t l ' a n a l y s e g é n é t i q u e est p l u s difficile, il s'agit, très p r o b a b l e m e n t aussi, d ' u n n a n i s m e h é r é d i t a i r e , se m a n i f e s t a n t r é g u l i è r e m e n t à c h a q u e g é n é r a t i o n des crois e m e n t s d e n a i n s avec des n o r m a u x . M a i s l a disjonction est ici i r r é g u l i è r e ; à côté de n o m b r e u s e s t é t r a d e s à d e u x n o r m a u x plus deux nains, grand nombre d'autres présentent trois n a i n s et un normal, ou un n a i n et trois n o r m a u x , très rarement, quatre plus ou moins nains ou quatre presque n o r m a u x . D ' a u t r e p a r t , o n t r o u v e s o u v e n t , des formes de t r a n s i t i o n e n t r e les n a i n s et les n o r m a u x . L ' a n a l y s e g é n é t i q u e de ce troisième t y p e de n a n i s m e , à Etude éénétique des phénomènes de nanisme chez les Hyménomycètes 27 disjonction irrégulière, n ' e s t pas encore fini. N o u s s o m m e s p e r s u a d é s q u ' i l s'agit d ' u n cas de n a n i s m e héréditaire, t r è s p r o b a b l e m e n t c o n d i t i o n n é a u s s i p a r u n e seule p a i r e d e facteurs m e n d é l i e n s . L ' i r r é g u l a r i t é de disjonction et les formes de t r a n s i t i o n observées s e r a i e n t p r o b a b l e m e n t des p h é n o m è n e s de m ê m e n a t u r e de ceux q u i o n t été m i s en évidence, d a n s la g é n é t i q u e de la Drosophila, s >us les n o m s de r é d u c t i o n de la p r o b a b i l i t é de m a n i f e s t a t i o n ( « p e n e t r a n z » ) et du degré d'expression ( «expressivitât» ) des gènes ( q . TIMOFEEFF-RESSÜVSKY, 35). On c o n n a î t en effet, des gènes q u i , m ê m e à l'état h o m o z y g o t e , ne se m a n i f e s t e n t pas p h é n o t y p i q u e m e n t d a n s t o u s les i n d i v i d u s qui les possèdent, ou alors q u i se m a n i f e s t e n t avec des i n t e n s i t é s très v a r i a b l e s . Le facteur vti (venae transversae incompletae) est un gène récessif, qui chez Drosophila funebris d é t e r m i n e le m a n q u e des n e r v u r e s t r a n s v e r s a l e s de l'aile. Et bien, d a n s des p o p u l a t i o n s h o m o z y g o t e s récessives (vti, vti) t o u s les i n d i v i d u s possèdent, en double, et t o u s t r a n s m e t t e n t , le facteur (vti). M a i s le p o u r c e n t a g e d ' i n d i v i d u s qui le manifeste p h é n o t y p i q u e m e n t p e u t varier d a n s d e très larges limites, n o n s e u l e m e n t d'après les c o n d i t i o n s de milieu extérieur, m a i s a u s s i de m i l i e u i n t é r i e u r , c'est à dire, d'après la constell a t i o n des a u t r e s gènes p r é s e n t s d a n s l e n o y a u . L a p r o b a bilité de m a n i f e s t a t i o n ( « p e n e t r a n z » ) est d o n c s o u s la dépendance du m i l i e u i n t é r i e u r et extérieur. D ' a u t r e p a r t le degré d'expressivité («expressivitât») du p h é n o m è n e peut a u s s i varier, p o u r le m ê m e gène (vti), à l'état h o m o z y g o t e , d a n s de très larges limites. D a n s u n e p o p u l a t i o n h o m o z y g o t e récessive (vti, vti) on r e n c o n t r e , à côté de m o u c h e s d o n t les ailes s o n t c o m p l è t e m e n t d é p o u r vues de n e r v u r e s t r a n s v e r s a l e s , t o u s les états i n t e r m é diaires, j u s q u ' à des i n d i v i d u s à ailes t o u t à fait n o r m a l e s Ici encore le degré d'expression du gène est sous la d é p e n dance du m i l i e u i n t é r i e u r et extérieur. U n e fois que n o u s a v o n s d é m o n t r é q u ' i l y a d a n s la m ê m e espèce, des cas de n a n i s m e p h é n o t y p i q u e à côté d ' a u t r e s cas de n a n i s m e g é n o t y p i q u e , il est n a t u r e l de penser que la coïncidence des d e u x p h é n o m è n e s d a n s la 28 A. Quintanilha et S. Balle m ê m e s o u c h e p o u r r a i t e x p l i q u e r l'existence de t é t r a d e s avec p l u s d e d e u x n a i n s . D a n s ces t é t r a d e s , d e u x des n a i n s s e r a i e n t g é n o t y p i q u e m e n t n a i n s , le troisième ou les d e u x autres, pkénotypiquement nains mais génotypiquement n o r m a u x . T a n d i s q u e d a n s les t é t r a d e s o ù l e n o m b r e d e n a i n s serait i n f é r i e u r à d e u x on a u r a i t des m y c é ' i u m s p o r t e u r s d u gène ( n ) e t d'aspect p l u s o u m o i n s n o r m a l , soit p a r d i m i n u t i o n de la p r o b a b i l i t é de m a n i f e s t a t i o n , soit p a r r é d u c t i o n d u degré d'expression d u gène. M a i s , c o m m e n o u s a v o n s dit p l u s b a u t , l'étude g é n é t i q u e de ces cas de n a n i s m e à d i s j o n c t i o n irrégulière n ' e s t pas fini et l'explication que n o u s v e n o n s de d o n n e r n'est, p o u r l e m o m e n t , q u ' u n e b y p o t k è s e d e t r a v a i l que d ' u l t é rieures reckerckes c o n f i r m e r o n t o u i n f i r m e r o n t . INFLUENCE DE 1.0 DU MILIEU NANISME ACTION DE LA SUR CHEZ LES COPRINUS PHENOMENES FIMETARIUS TEMPERATURE Les v a r i a t i o n s de la t e m p é r a t u r e ne s e m b l e n t guère influencer d i f f é r e m m e n t le d é v e l o p p e m e n t ou la m o r p k o l o g i e des m y c é l i u m s n a i n s e t n o r m a u x . L a soucke q u e n o u s a v o n s utilisé p o u r cette d é t e r m i n a t i o n est celle q u i p r o d u i t r é g u l i è r e m e n t d e u x m y c é l i u m s nains par tétrade. N o u s faisons des cultures m o n o s p e r m e s e n g o u t t e p e n d a n t e , les q u a t r e spores de c k a q u e t é t r a d e d a n s la m ê m e boîte de P é t r i , et n o u s o b s e r v o n s au microscope le dével o p p e m e n t de c k a q u e c u l t u r e t o u t e s les 24 k e u r e s . A la t e m p é r a t u r e o p t i m a l de 2 5 t o u t e s , ou p r e s q u e t o u t e s les spores, g e r m e n t (99,3 % de g e r m i n a t i o n s ) d a n s les 9 k e u r e s q u i s u i v e n t l ' e n s e m e n c e n t . V i n g t - q u a t r e k e u r e s après l ' e n s e m e n c e m e n t on r e c o n n a î t déjà t r è s b i e n quels m y c é l i u m s se d é v e l o p p e r o n t n o r m a l e m e n t et quels s o n t ceux q u i r e s t e r o n t n a i n s . A 18°, b i e n que la g e r m i n a t i o n s'effectue à p e u près d a n s les m ê m e s délais, la différenciation entre n a i n s et n o r m a u x n e devient a p p a r e n t e que l e d e u x i è m e j o u r ; l a 0 Etude génétique des phénomènes de nanisme chez les Hyménomycètes 29 croissance des n o r m a u x s u r t o u t est u n p e u r a l e n t i e , m a i s t o u t se passe, d a n s les g r a n d e s lignes, c o m m e à 25°. A 32° les s p o r e s p o r t e u s e s du facteur n a i n p r o d u i s e n t un f i l a m e n t a t t e i g n a n t cinq à dix fois l e u r l o n g u e u r , et d o n t la croissance s'arrête là, à m o i n s q u ' o n ne les t r a n s p o r t e d a n s les v i n g t - q u a t r e h e u r e s , à la t e m p é r a t u r e o p t i m a l e de 25°, a u q u e l cas ils p o u r s u i v e n t l e u r développem e n t d e l a m a n i è r e h a b i t u e l l e . Les m y c é l i u m s n o r m a u x , eux, ne p a r a i s s e n t p a s souffrir de cette t e m p é r a t u r e . 2." INFLUENCE DU MILIEU DE DE LA TENSION OSMOTIQUE CULTURE La tension osmotique du milieu de culture habituell e m e n t utilisé p o u r l ' e n s e m e n c e m e n t des spores varie entre 0,9 et 1,2 a t m . ( m e s u r é e p a r la m é t h o d e cryoscopique). P o u r t e n t e r d e n o u s r e n d r e compte s i elle a v a i t u n e a c t i o n s u r les p h é n o m è n e s d e n a n i s m e , n o u s l ' a v o n s a u g m e n t é e et d i m i n u é e de la m a n i è r e s u i v a n t e . a) Influence de la réduction de la tension sur la croissance des mycéliums. osmotique E n d i l u a n t u n v o l u m e d e l a décoction p r i m i t i v e avec 1, 5, 7, 9 et 15 v o l u m e s d'eau distillée n o u s a v o n s o b t e n u u n e série de s o l u t i o n s de t e n s i o n o s m o t i q u e de p l u s en p l u s faible, r é d u i t e à 0,06 a t m . p o u r la p l u s forte d i l u t i o n . T o u t e s les tétrades ensemencées se c o m p o r t è r e n t de la m ê m e m a n i è r e que si elles a v a i e n t été ensemencées d a n s la s o l u t i o n h a b i t u e l l e , avec cette u n i q u e différence, que le p o u r c e n t a g e des g e r m i n a t i o n s fut de p l u s en p l u s faible au fur et à m e s u r e que décroissait la t e n s i o n o s m o t i q u e : t a n dis que 99,3 % des spores g e r m e n t d a n s la décoction h a b i t u e l l e , 62,5 °/ s e u l e m e n t des spores g e r m e n t d a n s la décoct i o n la p l u s diluée ( t e n s i o n o s m o t i q u e de 0,06 a t m . ) et t o u t e s g e r m e n t avec un très sensible r e t a r d ( q . F i g . 4 et 6). M a i s le p o u v o i r g e r m i n a t i f des n a i n s reste, d a n s t o u t e s les d i l u t i o n s essayées, s e m b l a b l e à celui des n o r m a u x . D a n s l'eau distillée les spores n e g e r m e n t p a s . 0 Fig. 4 . — P o u r c e n t a g e de spores a y a n t germé (en ordonnées) en f o n c t i o n de la tension osmotique, mesurée en atmosphères, du m i l i e u de culture (en abcisses) pour les m i l i e u x dilués. b) Influence de osmotiq[ue sur Taugmentation la croissance de la tension des mycéliums. N o s p r e m i e r s essais, p r a t i q u é s e n élevant l a t e n s i o n o s m o t i q u e d u m i l i e u d e c u l t u r e p a r c o n c e n t r a t i o n d e celuici ( e v a p o r a t i o n progressive au b a i n - M a r i e , r é d u i s a n t le v o l u m e p r i m i t i f de décoction à 1/2, 1/3, 1/4, 1/8 de sa valeur, ce q u i c o r r e s p o n d a i t à u n e a u g m e n t a t i o n j u s q u ' à 5 atm. environ de la tension osmotique) ne donnèrent aucun r é s u l t a t ; les g e r m i n a t i o n s s'effectuèrent r é g u l i è r e m e n t de m ê m e que la croissance des d e u x catégories de m y c é l i u m s . L'idée de concentrer le m i l i e u d ' u n e a u t r e m a n i è r e fut plus beureuse. Etude génétique des phénomènes de nanisme chez les Hyménomycètes 31. P a r t a n t d e l a décoction h a b i t u e l l e m e n t utilisée, n o u s en p r é p a r â m e s u n e série de t u b e s d ' u n e c o n t e n a n c e de 20 cm. chacun et d a n s lesquels n o u s a j o u t â m e s respectiv e m e n t 1, 2, 3, 4, S, 6, 7, 8, 9, 10 gr. de saccharose, ce q u i 3 Fig. 5. — Pourcentage de spores a y a n t germé (en ordonnées) en f o n c t i o n de la tension osmotique du milieu de culture ( e n abcisses) pour les milieux concentrés. d o n n a i t lieu à des liquides d o n t la t e n s i o n v a r i a i t e n t r e 4 et 42 a t m o s p h è r e s e n v i r o n (l). (l) osmotique Ici les pressions osmotiques n'ont pas été mesurées par n o u s m ê m e s , mais calculées d'après les données trouvées dans les «Tables internationales» de Marie. A v e c ces données n o u s avons construit la courbe de variation de la pression o s m o t i q u e en fonction de la concentration en sucre, ce qui donne à peu près une liéne droite. P a r interpolation n o u s avons obtenu les pressions correspondantes a u x concentrations utilisées, auxquelles n o u s avons ajouté, en chaque cas, la valeur de la pression osmotique de notre décoction normale. Le deéré de précision ainsi obtenu était largement suffisant pour le but que n o u s poursuivions. T o u t e s précautions ont été prises pour éviter des variations considérables de pression osmotique du milieu de culture pendant la durée des expériences, soit par 32 A. Quintanilha et S. Balle A u x c o n c e n t r a t i o n s les p l u s faibles (5 à l5 % de sucre, press. o s m . 4 à 12 a t m . ) la g e r m i n a t i o n se fait d a n s les délais h a b i t u e l s et de la façon p r é c é d e m m e n t décrite; a p r è s 3 ou 4 j o u r s , t a n d i s que les m y c é l i u m s n o r m a u x p o u r s u i v e n t l e u r d é v e l o p p e m e n t et f o r m e n t d ' a b o n d a n t e s oïdies, Fig. 6. — Pourcentages de spores a y a n t germé (en ordonnées) et délais de germination ( e n abcisses), mesurés en jours, pour des m i l i e u x de différentes t e n s i o n s o s m o t i q u e s . les n a i n s s ' a r r ê t e n t de croître, se vacuolisent de p l u s en p l u s et m e u r e n t . A u x c o n c e n t r a t i o n s s u p é r i e u r e s (20%, 40%, 4 5 % d e s u c r e ; 16, 33, 38 a t m . ) , un r e t a r d de p l u s en p l u s sensible s'observe d a n s la g e r m i n a t i o n de t o u t e s les spores ( t a n t celles des n o r m a u x que celles des n a i n s ) ; l o r s q u ' e n f i n celles-ci d o n n e n t n a i s s a n c e à un f i l a m e n t , celui-ci g r a n d i t g é n é r a l e m e n t avec u n e très g r a n d e l e n t e u r , de telle s o r t e que, p e n d a n t u n o u p l u s i e u r s j o u r s quelquefois, i l est i m p o s s i b l e de se r e n d r e c o m p t e si c'est un m y c é l i u m absortion d'humidité atmosphérique, soit par évaporation. Les cultures se faisaient en goutte pendante, dans des cellules de V A N T I E G H E M ; l'anneau en verre était soudé, d'une part à la lame et, d'autre part, à la lamelle, et l'on introduisait, au commencement de l'expérience, dans la cellule de V A N TIEGHEM, un peu de s o l u tion sucrée exactement de même pression o s m o t i q u e de celle employée dans la goutte comme milieu de culture. Etude génétique des phénomènes de nanisme chez les Hyménomycètes 33 n o r m a l o u u n n a i n q u i v a s e développer. L a croissance des n a i n s s e p o u r s u i t après cela, p e n d a n t quelques j o u r s encore, t r è s l e n t e m e n t , m a i s n e dépasse guère l e stade q u ' a t t e i n t n o r m a l e m e n t u n n a i n , cultivé e n décoction n o n sucrée, au b o u t de d e u x ou t r o i s j o u r s ; les vacuoles de ses cellules d e v i e n n e n t de p l u s en p l u s g r a n d e s et n o m b r e u s e s et le m y c é l i u m se d é s o r g a n i s e ( q . Fig. 7). L e d é v e l o p p e m e n t des m y c é l i u m s n o r m a u x est p l u s i n t é r e s s a n t ; ceux-ci c o m m e n c e n t p a r croître et se r a m i f i e r de la m a n i è r e h a b i t u e l l e ; très rares s o n t ceux q u i p o u r s u i v e n t l e u r d é v e l o p p e m e n t d e cette m a n i è r e p e n d a n t p l u s d ' u n e h u i t a i n e de j o u r s , p o u r se vacuoliser b i e n t ô t et m o u r i r q u e l q u e s j o u r s a p r è s ; l a p l u p a r t c h a n g e n t d'aspect au b o u t de p e u de j o u r s (4 à 14, selon la c o n c e n t r a t i o n du milieu e t a u s s i selon u n q u o t i e n i n d i v i d u e l ) ; o n voit les e x t r é m i t é s de l e u r s f i l a m e n t s ( p r i n c i p a u x et secondaires) s'enfler en m a s s u e s p u i s en vésicules de p l u s en p l u s g r a n des, ou se découper en cellules courtes q u i se m e t t e n t à b o u r g e o n n e r ( q . Fig. 8, 9 et 10); des cellules i n t e r m é d i a i r e s 5 A. 34 Quintanilha et S. Balle se g o n f l e n t e n s u i t e à l e u r t o u r et b o u r g e o n n e n t p l u s ou m o i n s a c t i v e m e n t ; et l ' o n assiste p e u à peu, si le p h é n o m è n e de v é s i c u l a t i o n n ' a p a s c o m m e n c é t r o p tôt, à la t r a n s formation d'un mycélium primitivement normal en un m y c é l i u m d'aspect t o u t à fait s e m b l a b l e à celui q u ' o n t les m y c é l i u m s n a i n s , l o r s q u e ces d e r n i e r s o n t été cultivés en décoction n o n sucrée. S i a u c o n t r a i r e l a f o r m a t i o n des vésicules est précoce, on voit g r a n d i r un m y c é l i u m n a i n à la place d ' u n n o r m a l ( l ) . L o r s q u ' i l y a t r a n s f o r m a t i o n d ' u n n o r m a l en n a i n , celui-ci perd sa faculté de f o r m e r des oïdies. L e m o d e d e c u l t u r e p a r t é t r a d e s ( p r é s e n t a n t n o r m a l e m e n t l a d i s j o n c t i o n e n d e u x spores n o r m a l e s e t d e u x spores n a i n e s ) p e r m e t t o u j o u r s d e r e c o n n a î t r e quels s o n t les m y c é l i u m s q u i d e v i e n d r a i e n t n o r m a u x e t ceux q u i d e v i e n d r a i e n t des n a i n s , sauf é v i d e m m e n t les cas, e x t r ê m e m e n t r a r e s , o ù p l u s d ' u n e spore s u r q u a t r e n e g e r m e n t p a s . D a n s les s o l u t i o n s les p l u s sucrées (9 et 10 gr.), les g e r m i n a t i o n s s o n t e x t r ê m e m e n t r e t a r d é e s ou i m p o s s i b l e s à o b t e n i r ( q . F i g . 5 et 6). D é c o c t i o n + 9 gr. sucre (38 a t m . ) : 1 spore s u r 25 g e r m e a p r è s 11 s p o r e s » « g e r m e n t » 2 » » » » » 3 j o u r s ( 4 °/ ) 6 » (44%) 15 » ( 8 °/n) 0 D é c o c t i o n + 10 gr. sucre (42 a t m . ) : S u r 3 3 spores a u c u n e g e r m i n a t i o n a p r è s l 5 j o u r s . I l semble b i e n q u ' à de s e m b l a b l e s p r e s s i o n s o s m o t i q u e s la germ i n a t i o n n e soit p l u s possible. c ) Action de sucres de poids moléculaires différents. Si l'on s u b s t i t u e le saccharose p a r le m a l t o s e les r é s u l t a t s o b t e n u s s o n t s e n s i b l e m e n t les m ê m e s p o u r les m ê m e s c o n c e n t r a t i o n s d u m i l i e u sucré. (l) D a n s certains cas (décoction plus 4 gr. de sucre, 16 atm.) on a pu observer u n e très jolie série d'intermédiaires entre des m y c é l i u m s normaux restés m o r p h o l o g i q u e m e n t tels, et d'autres m y c é l i u m s n o r m a u x , cultivés s i m u l t a n é m e n t et dans des c o n d i t i o n s identiques, devenus s o u s n o s y e u x morphologiquement nains. 36 A. Quintanilha et S. Balle A v e c le glucose on o b t i e n t encore des r é s u l t a t s i d e n t i ques — r e t a r d de la g e r m i n a t i o n , r a l e n t i s s e m e n t de la croissance et t r a n s f o r m a t i o n progressive des n o r m a u x en n a i n s . S e u l e m e n t le glucose agit, pour les mêmes concentrations, b e a u c o u p p l u s e n e r g i q u e m e n t q u e le s a c c h a r o s e et le m a l t o s e . A i n s i , t a n d i s que les d e u x dissaccharides n ' a g i s s e n t q u ' à p a r t i r d ' u n e c o n c e n t r a t i o n de 20 % » le glucose p r o d u i t déjà des m o d i f i c a t i o n s a u s s i c o n s i d é r a b l e s d a n s u n e c o n c e n t r a t i o n de 10 % . D ' a u t r e p a r t , p o u r e m p ê cher la g e r m i n a t i o n des spores, il f a u t aller j u s q u ' à des s o l u t i o n s à 50 % de saccharose ou de m a l t o s e , t a n d i s q u ' u n e s o l u t i o n de glucose à 25 o p r o d u i t déjà les m ê m e s r é s u l t a t s ( q. F i g . 8 et 9 avec P l . II ). L ' a c t i o n des t r o i s sucres essayés est d o n c la m ê m e ; s e u l e m e n t le glucose agit à des c o n c e n t r a t i o n s de m o i t i é m o i n s fortes q u e les d e u x a u t r e s . Si au l i e u de c o n f r o n t e r les c o n c e n t r a t i o n s en p o i d s de sucre, on c o m p a r e les p r e s s i o n s o s m o t i q u e s des m i l i e u x de c u l t u r e , a l o r s les r é s u l t a t s o b t e n u s s o n t s e n s i b l e m e n t les m ê m e s p o u r la m ê m e p r e s s i o n o s m o t i q u e , q u e l q u e soit le sucre e m p l o y é . D e s pressions osmotiques jusqu'à 12 atmosphères sont facilement s u p p o r t é e s , s a n s m o d i f i c a t i o n appréciable des délais de g e r m i n a t i o n ou de la m o r p h o l o g i e de c h a q u e t y p e de m y c é l i u m s . A p a r t i r de 12 a t m o s p h è r e s , les g e r m i n a t i o n s s o n t d e p l u s e n p l u s retardées j u s q u ' à u n e l i m i t e s u p é r i e u r e de 30 à 38 a t m . , où q u e l q u e s spores g e r m e n t encore m a i s avec d ' é n o r m e s r e t a r d s ; à ces p r e s s i o n s il y a des s p o r e s q u i n e g e r m e n t q u ' a u b o u t d e l S j o u r s t a n d i s q u ' a u d e s s o u s de 12 a t m . le délai n o r m a l est de 9 h e u r e s . D e m ê m e p o u r l a m o r p h o l o g i e des m y c é l i u m s . J u s q u ' à 12 a t m o s p h è r e s les n a i n s r e s t e n t n a i n s et les n o r m a u x se d é v e l o p p e n t n o r m a l e m e n t . A u - d e s s u s de 12 a t m . les n a i n s ne sont pas considérablement modifiés; leur r y t h m e de croissance devient de p l u s en p l u s petit au fur et à m e s u r e q u e l a p r e s s i o n o s m o t i q u e a u g m e n t e . M a i s les n o r m a u x a c q u i è r e n t , p e t i t à petit, n o n s e u l e m e n t l e r y t h m e d e croissance, m a i s a u s s i la m o r p h o l o g i e , des n a i n s . A tel p o i n t q u e seule la m é t h o d e de c u l t u r e p a r t é t r a d e s et 0 / Fig» 9. ~ M y c é l i u m n o r m a l de,9 jours cultivé en décoction 3 sucrée + 3 0 c m . d e déc> 2 8 a t m . ) . ( X 6 6 ) . (7 èt. de saccnarose 38 A. Quintanilha et S. Balle l ' o b s e r v a t i o n j o u r n a l i è r e des q u a t r e m y c é l i u m s d e c h a q u e t é t r a d e p e r m e t d e s a v o i r quels s o n t les m y c é l i u m s g é n o t y p i q u e m e n t n o r m a u x et ceux q u i p o r t e n t le facteur s u b l é tal ( n ) . Au delà de 38 à 4o a t m . les g e r m i n a t i o n s d e v i e n n e n t impossibles. N o u s a v o n s essayé d ' o b t e n i r des m i l i e u x d e c u l t u r e où l ' a u g m e n t a t i o n de la p r e s s i o n o s m o t i q u e soit réalisée n o n a u d é p e n s d e l a c o n c e n t r a t i o n e n sucre m a i s a u dépens de la c o n c e n t r a t i o n en sels m i n é r a u x , p o u r vérifier si c'est r é e l l e m e n t la p r e s s i o n o s m o t i q u e q u i doit être c o n sidérée c o m m e r e s p o n s a b l e des m o d i f i c a t i o n s o b t e n u e s . U n e s o l u t i o n de b a s e a été p r é p a r é e d ' a p r è s la f o r m u l e : Eau Sulfate d'ammoniaque . Sulfate d e magnésie . . . P h o s p h a t e de p o t a s s e . . A c i d e tartariçfue à 10 % . 1.000 gr. 20 5 10 5 » » » cm. 3 M a l g r é q u e les P é n i c i l l i u m s p o u s s e n t a d m i r a b l e m e n t d a n s ce m i l i e u , à différentes d i l u t i o n s , les spores de n o t r e C o p r i n o n t t o u j o u r s réfusé d'y germer, soit d a n s l e m i l i e u concentré, soit dilué, soit a d d i t i o n é de glucose à différentes c o n c e n t r a t i o n s , soit a d d i t i o n é de décoction de c r o t t i n . M a i s u n e fois que l'expérience m o n t r e q u e les sucres agissent n o n p a s e n p r o p o r t i o n d e l e u r s c o n c e n t r a t i o n s m a i s en p r o p o r t i o n des p r e s s i o n s o s m o t i q u e s o b t e n u e s d a n s les m i l i e u x de culture, il est b i e n n a t u r e l d ' a t t r i b u e r à la p r e s sion o s m o t i q u e l a d i m i n u t i o n d u p o u r c e n t a g e d e g e r m i n a t i o n s , le r e t a r d d a n s les g e r m i n a t i o n s et, f i n a l e m e n t , l a t r a n s f o r m a t i o n progressive d u p h é n o t y p e des m y c é l i u m s n o r m a u x d a n s celui des m y c é l i u m s n a i n s . C'est s u r t o u t ce d e r n i e r p h é n o m è n e q u i a a t t i r é le p l u s p a r t i c u l i è r e m e n t n o t r e a t t e n t i o n . Au fur et à m e s u r e que la pression o s m o t i q u e d u m i l i e u d e c u l t u r e a u g m e n t e les m y c é liums, génétiquement n o r m a u x , prennent un r y t h m e de croissance et un aspect m o r p h o l o g i q u e de p l u s en p l u s p r o c h e s de ceux des m y c é l i u m s n a i n s ; l e u r s cellules d e v i e n n e n t de p l u s en p l u s vésiculeuses et v o l u m i n e u s e s , a r r o n - Etude génétique des phénomènes de nanisme chez les Hyménomycètes 39 40 A, Quintanilha et S. Balle dies, pleines de g r a n d s vacuoles, se m u l t i p l i a n t p a r b o u r g e o n n e m e n t ; à tel p o i n t q u e , si T o n n ' a v a i t p a s s u i v i t le développement de la tétrade, ni l'examen macroscopique, n i l ' o b s e r v a t i o n m i c r o s c o p i q u e , n e p e r m e t t r a i e n t d'affirmer, e n face d ' u n m y c é l i u m a i n s i t r a n s f o r m é , q u ' i l s'agissait e n réalité d ' u n m y c é l i u m p o r t e u r du facteur (2v") de croissance n o r m a l e . DISCUSSION DES RESULTATS S o m m e s - n o u s ici e n présence d ' u n p h é n o m è n e d e s i m p l e convergence, s a n s a u c u n r a p p o r t de cause à effet? C'est b i e n p o s s i b l e . M a i s i l n ' e s t p a s i m p o s s i b l e n o n p l u s q u e , d a n s les d e u x cas, n e s o i e n t les m ê m e s causes q u i p r o d u i s e n t les m ê m e s effets. N o u s a v o n s v u déjà q u e les spores p o r t e u s e s d u gène ( 2V) o n t la faculté de g e r m e r et de p o u s s e r n o r m a l e m e n t d a n s des m i l i e u x d e c u l t u r e d o n t l a p r e s s i o n o s m o t i q u e v a r i e e n t r e des l i m i t e s e x t r ê m e m e n t éloignées (0,06 j u s q u ' à 12 a t m . ) . Si au delà de cette l i m i t e s u p é r i e u r e les g e r m i nations deviennent de plus en plus rares, de plus en plus t a r d i v e s ; s i les m y c é l i u m s p o u s s e n t d e m o i n s e n m o i n s vite e t s i l e u r s cellules p r e n n e n t d e p l u s e n p l u s u n aspect v é s i c u l e u x , vacuolisé, p a t h o l o g i q u e , et finissent p a r d é p é r i r ; si, f i n a l e m e n t , les m ê m e s r é s u l t a t s o n t été o b t e n u s avec des sucres différents, n o n p a s e n p r o p o r t i o n d e l e u r s c o n c e n t r a t i o n s , m a i s e n p r o p o r t i o n des p r e s s i o n s o s m o t i q u e s o b t e n u e s , il est b i e n n a t u r e l d ' a t t r i b u e r ces r é s u l t a t s à l'augmentation de la pression osmotique. D o n c , a u delà d ' u n e c e r t a i n e l i m i t e s u p é r i e u r e d e p r e s sion o s m o t i q u e d u m i l i e u extérieur, l ' o r g a n i s m e p e r d r a i t , p e t i t à petit, la faculté de se m e t t r e en é q u i l i b r e avec s o n m i l i e u de c u l t u r e et m a n i f e s t e r a i t des t r o u b l e s p h y s i o l o giques q u i a m è n e r a i e n t j u s q u ' à l ' a r r ê t d e l a croissance, l a d é f o r m a t i o n et la v a c u o l i s a t i o n cellulaires et la m o r t du m y c é l i u m . O n p e u t s u p p o s e r m a i n t e n a n t q u e , s i les n a i n s se c o n d u i s e n t , déjà d a n s des m i l i e u x de faible p r e s s i o n o s m o t i q u e , c o m m e les n o r m a u x d a n s des m i l i e u x d e très Etude génétique des phénomènes de nanisme chez les Hyménomycètcs 41 forte p r e s s i o n , c'est parce qu'ils o n t p e r d u , en c o n s é q u e n c e de la m u t a t i o n de (N) en ( n ) , la faculté de se m e t t r e en équilibre avec des m i l i e u x m ê m e s de très faible p r e s s i o n o s m o t i q u e . L e s p l u s faibles p r e s s i o n s o s m o t i q u e s essayées (0,06 a t m . ) s e r a i e n t encore t r o p fortes p o u r les spores m u t a n t e s ( n ) . E t a u delà d ' u n e certaine l i m i t e i n f é r i e u r e d e p r e s s i o n o s m o t i q u e , q u i ne d o i t p a s être l o i n de 0,06 a t m . , les s p o r e s n e g e r m e n t p l u s , soit parce q u e l a p r e s s i o n est d e v e n u e t r o p faible, soit parce que l a g e r m i n a t i o n exige l a présence d e certaines s u b s t a n c e s d a n s u n e c o n c e n t r a t i o n donnée. S'il a v a i t été possible d e r a m e n e r les n a i n s a u p h é n o t y p e n o r m a l , p a r a b a i s s e m e n t progressif d e l a p r e s s i o n osmotique du milieu de culture, notre bypotbèse serait e x p é r i m e n t a l e m e n t d é m o n t r é e . M a i s s i l'expérience n e r é u s s i t p a s , on n ' a p a s le d r o i t de conclure, de ce fait, que l ' b y p o t h è s e soit fausse. Il se p e u t que la m u t a t i o n de ( N) e n ( n ) a m è n e c o m m e conséquence, p o u r les m y c é l i u m s d é p o u r v u s de ( 2V), l'impossibilité de se m e t t r e en équilibre avec u n m i l i e u q u e l c o n q u e , p o u r p l u s petite que soit s a p r e s s i o n o s m o t i q u e ; ou a l o r s , que la pression o s m o t i q u e à laquelle les n a i n s p o u r r a i e n t devenir p h é n o t y p i q u e m e n t n o r m a u x soit i n f é r i e u r e à la pression nécessaire à la germ i n a t i o n des spores. E v i d e m m e n t n o t r e explication n'est q u ' u n e b y p o t b è s e de t r a v a i l . E l l e n ' a en sa faveur que d e u x o b s e r v a t i o n s : d ' u n e p a r t , l a t r a n s f o r m a t i o n d u p h é n o t y p e des n o r m a u x d a n s celui des n a i n s , p a r a u g m e n t a t i o n d e l a p r e s s i o n o s m o t i q u e , et, d ' a u t r e p a r t , l'action de sucres de p o i d s m o l é c u l a i r e s différents, n o n p a s en p r o p o r t i o n de l e u r s c o n c e n t r a t i o n s , m a i s de l e u r s p r e s s i o n s o s m o t i q u e s . S i d ' u l t é r i e u r e s o b s e r v a t i o n s v e n a i e n t confirmer n o t r e b y p o t b è s e n o u s s e r i o n s en présence d ' u n cas p a r t i c u l i è r e m e n t f a v o r a b l e à des études de phénogénétique: U n e p a i r e de gènes, p e u t - ê t r e u n e série a l l é l o m o r p h e de facteurs de s u b l é t a î i t é , d o n t la d i s j o n c t i o n est très régulière et très facile à m e t t r e en évidence; la possibilité d'étudier la m a n i f e s t a t i o n d u gène déjà d a n s l a p r e m i è r e g é n é r a t i o n h a ploïde, et, a p r è s croisement, d a n s la p r e m i è r e g é n é r a t i o n 42 A. Quintanilha et S. Balle diploïde, à l'état h é t é r o z y g o t e ( N n ) ; l a possibilité d e modifier le phénotype p a r des m o d i f i c a t i o n s du m i l i e u e x t é r i e u r ; et, f i n a l e m e n t , des r a p p o r t s e n t r e le gène et le caractère q u i n o u s s e m b l e n t b e a u c o u p m o i n s c o m p l i q u é s q u e t o u s ceux d o n t o n s'est servi j u s q u ' à p r é s e n t p o u r des études p a r e i l l e s . D e s cas a n a l o g u e s d e d i m o r p h i s m e o n t été s o u v e n t cités d a n s l a l i t t é r a t u r e m y c o l o g i q u e , m a i s r a r e m e n t ils o n t été étudiés du p o i n t de vue g é n é t i q u e . V A N D E N D R I E S (36) a r e n c o n t r é chez Leucoporus arcxzlaritts (Batsch) Q u e l , d e u x t y p e s de m y c é l i u m s h a p l o ï d e s . U n e f o r m e étalée, à croissance rapide et aspect n o r m a l , et u n e f o r m e compacte, d o n t les colonies o n t l'aspect m i c r o s copique de colonies b a c t é r i e n n e s , se d é v e l o p p e n t très l e n t e m e n t (8 m m . de d i a m è t r e au b o u t de 18 j o u r s ) et s o n t constituées p a r u n m y c é l i u m t r a p u , compact, f o r m é d ' h y p h e s à p e i n e cloisonnées, é n o r m é m e n t ramifiées en fourche. Les d e u x f o r m e s s e m a i n t i e n n e n t e n c u l t u r e , c h a q u ' u n e avec s o n t y p e b i e n caractéristique, et p r o d u i s e n t , l ' u n e et l ' a u t r e , des c a r p o p h o r e s h a p l o ï d e s ; les spores de ces carp o p h o r e s r e p r o d u i s e n t , en g e r m a n t , le type" de m y c é l i u m q u i les a v a i e n t e n g e n d r é s . L'espèce est h é t é r o t h a l l e t é t r a p o l a i r e et d a n s c h a q u e g r o u p e «sexuel» on r e n c o n t r e a u s s i bien la forme étalée q u e la forme c o m p a c t e . V A N D E N D R I E S a o b t e n u des m y c é l i u m s s e c o n d a i r e s d a n s t o u t e s les c o m b i n a i s o n s possibles des d e u x f o r m e s , p a r confrontation de mycéliums compatibles. M a l h e u r e u s e m e n t seules les c o m b i n a i s o n s étalée X étalée (E X E) p r o d u i s e n t des c a r p o p h o r e s , d o n t les spores n e d o n n e n t q u e des m y c é l i u m s étalés. Les m y c é l i u m s s e c o n d a i r e s (C X C) p r o d u i s e n t encore des sclérotes q u i o n t refusé de se dével o p p e r u l t é r i e u r e m e n t . L e s m y c é l i u m s (E X C) ne p r o d u i s e n t m ê m e p a s des sclérotes. I l est b i e n p r o b a b l e que n o u s s o y o n s ici e n présence d ' u n cas de n a n i s m e h é r é d i t a i r e , dû, l u i a u s s i , à la m u t a t i o n d ' u n gène n o r m a l ( N ) , r e s p o n s a b l e d u t y p e éraie', d a n s u n a l l é l o m o r p h e ( n ) r e s p o n s a b l e d u t y p e compacte, q u o i q u e Etude génétique des phénomènes de nanisme chez les Hyménomycètes 43 Yexperimentum crucis de l ' a n a l y s e de c r o i s e m e n t s n ' a i t p a s réussi. L'auteur ne donne pas de renseignements sur le type m o r p h o l o g i q u e et le r y t h m e de croissance des t r o i s catégories de m y c é l i u m s secondaires, o b t e n u s p a r c r o i s e m e n t des d e u x f o r m e s (E et C) d a n s t o u t e s les c o m b i n a i s o n s p o s sibles q X £, EXC et C X C ) . Un a u t r e cas, m o i n s i n t é r e s s a n t , est celui de Nancoria pediales F r . étudié a u s s i p a r V A N D E N D R I E S (37). L'espèce est h é t é r o t h a l l e b i p o l a i r e et les m y c é l i u m s h a p l o ï d e s p r é s e n t e n t a u s s i u n d i m o r p h i s m e . M a i s l a différence d u r y t h m e de croissance entre la forme n o r m a l e , étalée, et la f o r m e t r a p u e , est ici b e a u c o u p m o i n s accentuée (à p e u près d a n s l a p r o p o r t i o n d e 4 : l ) . D a n s les d e u x g r o u p e s «sexuels» o n t r o u v e a u s s i b i e n des m y c é l i u m s étalés q u e des m y c é l i u m s trapus; les u n s et les a u t r e s conservent, en c u l t u r e , l e u r s caractères. En t o u t cas, c o m m e l'espèce refuse de fructifier, soit en culture m o n o s p e r m e , soit en culture p o l y s p e r m e , il n o u s p a r a i t p r é m a t u r é de conclure, avec l ' a u t e u r , que «les facteurs r e s p o n s a b l e s des d e u x m o d a l i t é s de croissance s o n t i n d é p e n d a n t s des gènes sexuels». Il p o u v a i t très bien s'agir ici d ' u n p h é n o m è n e d e n a n i s m e p u r e m e n t p h é n o t y p i q u e , tel q u e n o u s l'avons t r o u v é chez n o t r e C o p r i n . B e a u c o u p p l u s i n t é r e s s a n t , à n o t r e p o i n t de v u e , est le cas de Saccharomycodes Ludwiéii H a n s e n , qui vient d'être étudié p a r W I N G E et I A U S T S E N (39). Ici l ' a n a l y s e g é n é tique a p e r m i de m e t t r e en évidence d e u x p a i r e s i n d é p e n d a n t e s de gènes, u n e paire r e s p o n s a b l e de la forme des cellules, l ' a u t r e r e s p o n s a b l e du r y t h m e de croissance. Le gène (L) p r o d u i t des cellules très allongées, ( 1 ) des cellules courtes, ovoïdes; (N) p r o d u i t des colonies à croissance n o r m a l e , t a n d i s que (n) est un gène létal q u i p r o d u i t l'arrêt de la croissance t o u t de suite après la g e r m i n a t i o n , à l'état de d e u x ou trois cellules. T o u t e s les t é t r a d e s a n a l y s é e s avaient, ou bien la c o n s t i t u t i o n (NI, tiL, nL, NI) ou b i e n (NL, ni, ni, NL). J a m a i s W I N G E n ' a t r o u v é des tétrades tétracrates (NL, ni, 44 A. Quintanilha et S. Balle NI, nL) (l). A c h a q u e e x t r é m i t é de l'asque il y a u n e p a i r e de spores de c o n s t i t u t i o n génétique c o m p l é m e n t a i r e (NL et ni, ou NI et nL ) et de «sexe» différent (A et a) (2). A u m o m e n t d e l a g e r m i n a t i o n les d e u x spores d e c h a q u e p a i r e f u s i o n n e n t e n s e m b l e et o r i g i n e n t a i n s i des cellules d i c a r y o t i q u e s , p o i n t de d é p a r t des m y c é l i u m s diploïdes d u c h a m p i g n o n . O r , c o m m e c h a q u e s p o r e était c o m p l é m e n t a i r e de sa p a r t e n a i r e p a r r a p p o r t à t r o i s p a i r e s d e gènes, les d e u x m y c é l i u m s d i c a r y o t i q u e s o b t e n u s a u r o n t toujours la même constitution génétique et seront tous les d e u x h é t é r o z y g o t e s v i s - à - v i s des facteurs considérés (Nn, Ll, Aa). I l s a u r o n t le m ê m e t y p e de cellules l o n g u e s (L d o m i n a n t s u r 1) et le m ê m e r y t h m e n o r m a l de croissance (N d o m i n a n t s u r n). L'« espèce» Saccharomycodes Ludwiéii n'est, en réalité, q u ' u n h y b r i d e de d e u x lignées g é n é t i q u e m e n t b i e n différentes, m a i s u n h y b r i d e fixé grâce à un e n s e m b l e de coïncidences q u i e m p ê c h e n t la d i s j o n c t i o n . E n t r e le cas é t u d i é p a r W I N G E et le n ô t r e il y a de g r a n d e s a n a l o g i e s . D a n s t o u s les d e u x il y a un a r r ê t de croissance p r o d u i t p a r des t r o u b l e s p h y s i o l o g i q u e s à la s u i t e de la m u t a t i o n d ' u n gène n o r m a l , d o m i n a n t (N), d a n s un gène récessif (n), létal ou s u b l é t a l (3). M a i s d a n s le Saccharomycodes d e u x paires de facteurs i n d é p e n d a n t s s o n t r e s p o n s a b l e s , l ' u n e du r y t h m e de croissance (N,n), l ' a u t r e de la f o r m e des cellules (L,l); et la première (N,n) est é t r o i t e m e n t accouplée avec les facteurs d ' i n c o m p a t i b i lité (A,a); t a n d i s que d a n s n o t r e C o p r i n u n e seule p a i r e de gènes (N,n) est s i m u l t a n é m e n t r e s p o n s a b l e du r y t h m e de croissance et de la forme des cellules, et p a r a î t être localisée s u r u n e p a i r e de c h r o m o s o m e s différente de celles (1) D ' o ù il aurait fallu conclure nécessairement à l'impossibilité d'une post-réduction. (2) Il s'agit d'une espèce compatibilité (A, a) hétéro thalle bipolaire, avec des facteurs de étroitement accouplés a u x facteurs responsables du r y t h m e de croissance (2*7, n ). W I N G E n'a pas observé de crossing-over entre ( A , a) et ( N , n). (3) E v i d e m m e n t , ce n'est que par commodité d'expression que l'on parle ici de mutations de gènes. D a n s des organismes si imparfaitement étudiés, du point de vue génétique, il est impossible d'affirmer, pour le m o m e n t , qu'il ne s'agit pas, en réalité, de m u t a t i o n s c h r o m o s o m i q u e s (déficiences, inversions, translocations). Etude génétique des phénomènes de nanisme chez les Hyménomycètes 45 q u i p o r t e n t les d e u x p a i r e s de facteurs de stérilité (A, a, B, b). Ces cas de n a n i s m e , en r a p p o r t avec des gènes de létalité ou de sublétalité d o i v e n t être très r é p a n d u s chez les c h a m p i g n o n s . Si j u s q u ' à p r é s e n t , on ne les a p a s m i s en évidence, c'est q u e la génétique des c h a m p i g n o n s est u n e science t o u t e j e u n e et que, p o u r le m o m e n t , ceux q u i s'en s o n t occupés o n t dirigé l e u r a t t e n t i o n de préférence vers le p r o b l è m e de la d é t e r m i n a t i o n et de l'hérédité du « sexe ». N o u s a v o n s été les p r e m i e r s ( Q U I N T A N I L H A et B A L L E , 38) à d o n n e r la d é m o n s t r a t i o n e x p é r i m e n t a l e de l'existence d ' u n n a n i s m e g é n o t y p i q u e chez les c h a m p i g n o n s . Les r e c h e r c h e s p o s t é r i e u r e s de W I N G E (39) et les o b s e r v a t i o n s de V A N D E N D R I E S (36 et 37) r e p r é s e n t e n t u n e c o n f i r m a t i o n très i m p o r t a n t e de n o s t r a v a u x et de n o s i n t e r p r é t a t i o n s . RESUME C h e z Coprinus fimetarîus Fr, d e u x cas de n a n i s m e o n t p u être m i s e n évidence; u n cas d e n a n i s m e p h é n o t y p i q u e , n o n h é r é d i t a i r e , et un cas de n a n i s m e g é n o t y p i q u e . U n e p a i r e de gènes (N,n) est r e s p o n s a b l e des d e u x types de croissance, n o r m a l et n a i n . (N) est d o m i n a n t s u r ( n ) , de sorte q u e les m y c é l i u m s secondaires hétérozygotes (Nn) et les fructifications qu'ils e n g e n d r e n t se c o n f o n d e n t avec les m y c é l i u m s et les fructifications h o m o z y g o t e s (N,N). Les m y c é l i u m s secondaires h o m o z y g o t e s , récessifs (nn), ne s o n t p a s viables. L a p a i r e d e facteurs ( N n ) s e t r a n s m e t i n d é p e n d a m m e n t des facteurs de stérilité (A, a, B, b). D a n s certaines souches i l n ' y a que d u n a n i s m e p h é n o t y p i q u e ; d a n s d ' a u t r e s i l n ' y a que d u n a n i s m e g é n o t y p i q u e , à d i s j o n c t i o n régulière. D a n s d ' a u t r e s s o u c h e s encore des i r r é g u l a r i t é s de d i s j o n c t i o n font penser à u n e s u p e r p o s i t i o n des d e u x p h é n o m è n e s , accompagnée peut-être d ' u n e r é d u c t i o n de la p r o b a b i l i t é de m a n i f e s t a t i o n et du degré d'expression des facteurs de n a n i s m e . Les écarts de t e m p é r a t u r e essayés ( l 8 ° à 3 2 ° ) s o n t s a n s a c t i o n s u r le p h é n o t y p e des d e u x catégories de m y c é liums. 46 A. Quintanilha et S. Balle D e larges v a r i a t i o n s d e l a p r e s s i o n o s m o t i q u e d u m i l i e u de c u l t u r e (0,06 à 12 a t m . ) s o n t facilement s u p p o r tables a u s s i b i e n p a r les n a i n s q u e p a r les n o r m a u x , s a n s influence différentielle s u r le t y p e et le r y t b m e de croissance des d e u x catégories de m y c é l i u m s ( N et n ) . À u -dessus de 12 a t m . les n a i n s r e s t e n t n a i n s , m a i s les n o r m a u x acquièrent, au fur et à m e s u r e que la pression o s m o t i q u e a u g m e n t e , le t y p e m o r p h o l o g i q u e et le r y t b m e de croissance des n a i n s . D e s sucres de poids moléculaires différents agissent en fonction de la p r e s s i o n o s m o t i q u e de l e u r s s o l u t i o n s et n o n p a s en fonction de leurs c o n c e n t r a t i o n s . INDEX BIBLIOGRAPHIQUE QUINTANILHA, A., 1 9 3 5 . «Cytologie e t génétique d e l a sexualité chez l e s H y m é nomycètes.» Bol. Soc. Brot., ÎO ( 2 . série), 289-386. QUINTANILHA, A. et BALLE, S., 1938. «Etude génétique des phénomènes de n a n i s m e A chez les H y m é n o m y c è t e s . » C. R. de la Soc. de bioh, 1 2 9 . 1 9 1 . , « Influence du m i l i e u sur les p h é n o m è n e s de n a n i s m e chez Coprinus fimetarius Fries.» Ibid., 129, 1 9 4 . TIMOFFEEFF-RESSOVSKY, N. W., 1935. «Verknûpfung v o n G e n und A u s s e n m e r k mal.» Wissensch. Erbbioloêie, Woche zu Frankiurt A. M., September 1934, Bd. I, 92-115. VANDENDRIES, R., 1 9 3 6 . «Les tendances sexuelles chez les P o l y p o r é s . I I , L e u c o porus arcularius (Batsch) Quel. » Rev. de Mycol., 1 , 181-190. 1 9 3 7 . « Les tendances sexuelles de Narcoria pediales Fries.» Ibid., 2, 4 5 - 5 7 . WINGE, 6. and LAUSTSEN, O., 1 9 3 9 . « Saccharomycodes Ludwigii H a n s e n , a balanced hétérozygote. » C. R. des Trav. du Lab. Carlsberg, Sér. physiol., 22, 352-370. EXPLICATION DES P L A N C H E S PLANCHE I Coprinus agé fimetarius Fries. : de 5 jours, Secteur d'un mycélium n o r m a l dessiné sur la g o u t t e de culture (X50). PLANCHE Coprinvs fimetarius Fries.: II Mycélium n o r m a l de 3 3 jours cultivé e n décoction normale ( 2 0 c m . ) a d d i t i o n née de 2 gr. de glucose (l4 atm. ; X 3 0 8 ) . 5o PLANCHE Coprinus timetarius Fries. : Les III quatre mycéliums d'une tétrade, a et b n a i n s , c et d n o r m a u x , t o u s du même âge, repiqués sur gelose. 52 SUR LA POSITION SYSTÉMATIQUE ET L'ORIGINE DE NARCISSUS BROUSSONETII LAG. par ABÍLIO F E R N A N D E S Professeur à l'Institut Botanique de l'Université de Coimbra Boursier de 1' «Instituto para a Alta Cultura» INTRODUCTION NARCISSUS Broussonetii, espèce récoltée p o u r la p r e m i è r e fois p a r B R O U S S O N E T à M o g a d o r , a été décrite p a r L A G A S C A en l 8 l 6 . P l u s t a r d , en 1830, W I I X D E N O W l u i d o n n e le n o m de N. oblitteratus. D a n s sa m o n o g r a p h i e , H A W O R T H ( l 8 3 l ) r a n g e cette espèce, s o u s le n o m de Hermione oblitterata, d a n s s o n g e n r e Hermione, q u i c o m p r e n a i t a u s s i , en d e h o r s de N. dubius, N. serotinus et N. elegans, les i n n o m b r a b l e s f o r m e s de N. tazetta. E n 1847, R O E M E R c o n sidère cette espèce c o m m e a p p a r t e n a n t au genre Chloraster et la m e n t i o n n e s o u s le n o m de Ch. oblitteratus. Q u e l q u e s a n n é e s p l u s t a r d , G A Y (l858) isole N . Broussonetii d a n s u n n o u v e a u g e n r e — Aurélia — c o m p r e n n e n t s e u l e m e n t cette espèce. L e t r a v a i l de B A K E R , p u b l i é d ' a b o r d d a n s le Gardener's Chronicle (l897), r é i m p r i m é d a n s le livre de B U R B I D G E — The N a r c i s s u s its history and culture (l875) — et r e p r o duit, avec q u e l q u e s a d d i t i o n s et m o d i f i c a t i o n s , d a n s l ' o u vrage classique Handbook of the Amaryllideae, m a r q u e u n e étape t o u t à fait r e m a r q u a b l e d a n s l ' h i s t o i r e de la s y s t é m a t i q u e d u g e n r e . D a n s ce t r a v a i l , B A K E R r é d u i t à u n seul les 16 genres de H A W O R T H et les 6 de H E R B E R T et d a n s ce g r o u p e il ne d i s t i n g u e q u e 16 espèces. En ce q u i concerne N. Broussonetii, il le considère c o m m e c o n s t i t u a n t , à l u i seul, la section Aurélia. En m ê m e t e m p s , il le croit assez distinct de t o u t e s les a u t r e s espèces: « it is exceedingly well-marked from all the other P a r v i c o r o n a t a e by its nearly 53 54 Abílio Fernandes obsolete crown, subcampanulate flower, and developed filaments; in fact, it is a plant so distinct in habit and characters, that M. G A Y proposed that it should have a genus to itself, and certainly if any species here included should be separated generically, this is the one that has most claim». O b s e r v a n t les caractères p a r t i c u l i e r s q u i d i s t i n g u e n t cette espèce, B U R B I D G E (l875) é m e t l'idée q u e N. Broussonetii «may be the result of a cross between N a r c i s s u s and some other Amaryllidaceous plant belonging to a different genus». E n f i n , B O W L E S (l934), t o u t en c o n s t a t a n t q u e N. Broussonetii est assez d i s t i n c t des a u t r e s espèces du g e n r e , r e m a r q u e q u e , p a r s o n aspect g é n é r a l , i l s e r a p p r o c h e c o n s i d é r a b l e m e n t des formes de N. tazetta à fleur b l a n c h e . P o u r cette r a i s o n , il r a n g e cette espèce p a r m i les f o r m e s de la série Alhae du g r o u p e Tazetta. O n v o i t donc, d'après cet exposé, q u e l a p o s i t i o n s y s t é m a t i q u e d e l'espèce q u i n o u s occupe est d i s c u t a b l e : s e l o n q u e l q u e s a u t e u r s , elle d e v r a être isolée d a n s u n g e n r e ; p o u r d ' a u t r e s , elle d e v r a être considérée c o m m e a p p a r t e n a n t à u n e section d i s t i n c t e ; H A W O R T H et B O W L E S , p a r contre, l a r a n g e n t d a n s le g r o u p e d o n t fait p a r t i e N. tazetta. D a n s des t r a v a u x a n t é r i e u r s ( F E R N A N D E S , 1934, 1937 a, 1939), n o u s a v o n s c o n s t a t é q u e très s o u v e n t les d o n n é e s caryologiques c o n c e r n a n t l e n o m b r e e t l a m o r p h o logie des c h r o m o s o m e s s o m a t i q u e s p o u r r a i e n t être u t i l i sées avec succès p o u r éclaircir q u e l q u e s q u e s t i o n s t a x o n o m i q u e s . L a c o n n a i s s a n c e des caractères c a r y o l o g i q u e s d e N. Broussonetii p o u r r a i t - e l l e n o u s a i d e r à r é s o u d r e les p r o b l è m e s de sa p o s i t i o n s y s t é m a t i q u e et de s o n o r i g i n e ? Le p r é s e n t t r a v a i l a été fait d a n s le b u t de r é p o n d r e à cette question. MATÉRIEL ET TECHNIQUE N. Broussonetii est u n e espèce d o n t la récolte n ' e s t p a s facile et, p o u r cette r a i s o n , n o u s a v o n s é p r o u v é q u e l q u e s difficultés à n o a s p r o c u r e r d u m a t é r i e l . N o u s a v o n s r é u s s i grâce à l'extrSme obligeance de M . le D r . F O N T - Q U E R , P r o fesseur à l ' U n i v e r s i t é de B a r c e l o n e , q u i a b i e n v o u l u n o u s Sur la position systématique et Toriéine de N a r c i s s u s Broussonetii Lag. 55 e n v o y e r des b u l h e s récoltés a u M a r o c « I n fissuris r u p i u r a a d S i d i - I f n i » . P l u s t a r d , n o u s a v o n s a u s s i o b t e n u des g r a i n e s g u i n o u s o n t été envoyées p a r l e Service d'échange d u M u s e u m N a t i o n a l d ' H i s t o i r e N a t u r e l l e d e P a r i s (l). Les b u l h e s e t les g r a i n e s n o u s o n t f o u r n i des m é r i s t è m e s r a d i c u l a i r e s , m a t é r i e l s u r lequel o n t p o r t é n o s observ a t i o n s . C e s m é r i s t è m e s o n t été fixés, p e n d a n t 24 h e u r e s , a u x l i q u i d e s d e N a v a c h i n e e t d e L a C o u r 2BE, d o n t l a c o m p o s i t i o n est b i e n c o n n u e . L e s coupes t r a n s v e r s a l e s , d ' u n e épaisseur de 18-20^, o n t été colorées e x c l u s i v e m e n t p a r l ' e m p l o i du violet de g e n t i a n e , selon l a t e c h n i q u e décrite p a r L A C O U R (l93l, 1937). OBSERVATION 5 Les p l a q u e s é q u a t o r i a l e s , soit d a n s le m a t é r i e l o r i g i n a i r e d e S i d i - I f n i , soit d a n s celui p r o v e n a n t d e l a g e r m i n a t i o n des g r a i n e s f o u r n i e s p a r l e M u s e u m N a t i o n a l d'Histoire Naturelle de Paris, n o u s ont montré 22 chrom o s o m e s (fig. l a , 2a, b, 4a-d). L ' é t u d e détaillée de ces c h r o m o s o m e s n o u s a révélé l'existence des t y p e s s u i v a n t s (fig. la, 2a, b et 4a-d): 1. — U n e p a i r e Lp a y a n t la b r a n c h e p assez courte. S u r q u e l q u e s figures (fig. l'a, 2b, 4b, c), n o u s a v o n s c o n s t a t é q u e la b r a n c h e L est p o u r v u e d ' u n e const r i c t i o n a c i n é t i q u e , située à u n e distance de la c o n s t r i c t i o n cinétique comprise e n t r e l/3 et l/4 de l a l o n g u e u r d e cette m ê m e b r a n c h e ; 2 . — D e u x p a i r e s c é p h a l o b r a c h i a l ë s L., p o u r v u e s d e c o n s t r i c t i o n acinétique, localisée à u n e distance de la c o n s t r i c t i o n p r i m a i r e un p e u i n f é r i e u r e à l/3 de l a l o n g u e u r d e l a b r a n c h e . C e s constrictions, a i n s i q u e celles de la p a i r e précédente, a p p a r a i s s e n t avec u n e certaine i r r é g u l a r i t é d a n s l e m a t é r i e l fixé au N a v a c h i n e (fig. l a , 2a, b). D a n s le m a t é r i e l (l) N o u s remercions vivement M. le Prof. FONT-QUER et la Direction du M u s e u m de Paris qui, en ce travail. n o u s f a i s a n t parvenir du matériel, o n t rendu possible Abîlio Fernandes fixé a u L a C o u r 2 B E , elles s e m o n t r e n t p l u s fréq u e m m e n t et s o n t b i e n p l u s accentuées (fig. 4a-d); 3 . — U n e p a i r e p r e s q u e i s o b r a c h i a l e L l . Les d e u x b r a n ches de ce c h r o m o s o m e , é t a n t t r o p l o n g u e s , se t r o u v e n t r a r e m e n t d a n s l e m ê m e p l a n et, p o u r cette r a i s o n , l ' é t u d e de la m o r p h o l o g i e de cette Fig.1. — a , P l a q u e équatoriale dans une cellule du méristème radiculaire ; N a v a c h i n e ; X ap. 2750. b, Un des premiers stades de la télophase m o n t r a n t deux n u c l é o l e s ; N a v a c h i n e ; X ap. 1 9 0 0 . p a i r e est très difficile à réaliser. A y a n t r é u s s i à trouver quelques chromosomes dans u n e position f a v o r a b l e (fig. la, 2a, b, 3a-c, 4c, d), n o u s a v o n s c o n s t a t é q u e c h a c u n e des b r a n c h e s p o s s é d a i t u n e c o n s t r i c t i o n a c i n é t i q u e , localisée à l a m ê m e h a u t e u r e t a u n e distance d e l a c o n s t r i c t i o n c i n é t i q u e a p p r o x i m a t i v e m e n t égale à la d i s t a n c e c o m p r i s e e n t r e l/3 e t 1 / 4 d e l a l o n g u e u r d e l a b r a n c h e l a p l u s l o n g u e . C e c h r o m o s o m e offre a i n s i u n e certaine a n a l o g i e avec le c h r o m o s o m e le p l u s l o n g — le c h r o m o s o m e À — t r o u v é d a n s la g a r n i t u r e des espèces N. scaberulus, N. calcicola, N. rupicola et N . Watieri d u g r o u p e Jonquilla (voir F E R N A N D E S , 1939); 4.— U n e p a i r e 1.; Sur la position systématique et l'origine de Narcissus B r o u s s o n e t i i Lag. 57 5 . - U n e p a i r e d e c h r o m o s o m e s satellitifères P . ' . D a n s l a m a j o r i t é des p l a q u e s , n o u s n ' a v o n s p u voir a u c u n satellite ( f i g . 2a, b, 4b) ; d a n s quelques figures, n o u s en a v o n s observé un seul (fig. 1 a); Fig. 2. — a et b, P l a q u e s équatoriales dans des cellules du méristème radiculaire ; N a v a c h i n e ; X ap. 2 3 0 0 . assez r a r e m e n t , a v o n s - n o u s p u les observer t o u s les d e u x (fig. 4 a, c, d). Le n o m b r e m a x i m u m de Fig. 3. — a et b, C h r o m o s o m e s LI métaphasiques. c, Le même à l'anaphase. Navachine. X 2 7 0 0 . satellites est c e r t a i n e m e n t de deux, celui-ci é t a n t l e n o m b r e m a x i m u m d e nucléoles que n o u s a y o n s r e n c o n t r é a u x p r e m i e r s stades d e l a t é l o p h a s e (fig. l é ) ; 6. — U n e p a i r e P . ; 7.— D e u x c h r o m o s o m e s i s o b r a c h i a u x pp ; 8 58 Abílio Fernandes 8. — S i x c h r o m o s o m e s p. ne se d i s t i n g u a n t de ceux du type P. que par leur moindre longueur. E n é t u d i a n t les f o r m e s d e N . tazetta a p p a r t e n a n t à l a série Tazettinae Alhae, n o u s a v o n s c o n s t a t é ( F E R N A N D E S , Fig. 4. — a-d, P l a q u e s équatoriales dans des cellules du méristème radiculaire ; La C o u r 2 B E ; X ap. 2750. 1937 6) q u e t o u t e s ces formes p o s s é d a i e n t 22 c h r o m o s o m e s s o m a t i q u e s , d o n t l a m o r p h o l o g i e p o u r r a i t être r é s u m é e p a r la f o r m u l e s u i v a n t e (fig. 5 a) : 2n = 22 = 2 L p + 4 L . -h 2 1m + 2 1. + 2 P . ' + + 2 P . ' + 6 p . -f- 2pp Sur la position systématique et l'origine de N a r c i s s u s Broussonetii Lag. 59 D'après la description que n o u s venons de donner, la f o r m u l e c h r o m o s o m i q u e de N. Broussonetii p e u t être écrite de la façon s u i v a n t e (fig. 5 b) : 2 n = 22 = 2 L p + 4 L. + 2 L l + 2 1. + 2 P . ' + 2 P . + + 6 p. + 2 pp L a c o m p a r a i s o n des d e u x f o r m u l e s m o n t r e que les Fig. 5. — S c h é m a m o n t r a n t les idiogrammes de N. Panizzianus ( a ) — une des formes de la série Tazettinae Alhae — et de N. Broussonetii ( b ). g a r n i t u r e s de ces d e u x espèces s o n t v o i s i n e s , p u i s q u ' e l l e s n e diffèrent q u e d a n s l a m o r p h o l o g i e d e d e u x p a i r e s c h r o m o s o m i q u e s : l) à la p a i r e 1m q u i se t r o u v e chez N. tazetta correspond u n e p a i r e Ll chez N. Broussonetii; à u n e p a i r e satellitifère P . ' de N. tazetta c o r r e s p o n d chez N. Broussonetii u n e p a i r e du m ê m e t y p e , m a i s d é p o u r v u e de satellite. 60 Abílio RÉPARTITION N". JAHANDIEZ Fernandes GÉOGRAPHIQUE Broussonetii est p a r t i c u l i e r au M a r o c . D ' a p r è s et M A I R E (Catalogue des Plantes du Maroc, t. 1, p. 140, l93l et t. 3, p. 8 7 l , 1934), il se d i s t r i b u e a i n s i (fig. 6): Fig. 6. — A i r e géographique de N. Broussonetii Lag. (Le m o - dèle de cette carte a été emprunté à JAHANDIEZ et MAIRE, 1. c, p. X I , l 9 3 l ) . M a r o c occidental s e p t e n t r i o n a l (de L a r a c h e à C a s a blanca) ; Sur la position systématique et l'origine de N a r c i s s u s Broussonetii Lag. 61 M a r o c central, p a r t i e s e p t e n t r i o n a l e ; M a r o c occidental m é r i d i o n a l (de C a s a b l a n c a a u C a p Cantin) ; S e c t e u r m a c a r o n é s i e n m a r o c a i n (littoral et collines l i t t o r a l e s du C a p C a n t i n à I f n i ) ; Plaines du Sous; Grand Atlas; Anti Atlas. DISCUSSION Les caractères g u i , d'après G A Y (l858), B U R B I D G E (l875), B A K E R (l875) et B O W X E S (l934), r e n d e n t N. Broussonetii assez distinct des a u t r e s espèces du genre s o n t les s u i v a n t s : l) C o u r o n n e r u d i m e n t a i r e ; 2) T u b e du p é r i g o n e c y l i n d r i g u e d a n s sa p a r t i e i n f é r i e u r e et élargi en e n t o n n o i r à la p a r t i e s u p é r i e u r e ; 3) A n t b è r e s des é t a m i n e s du d e u x i è m e étage très s a i l l a n t e s p a r s u i t e du d é v e l o p p e m e n t des filets. E n f a i s a n t l'étude c o m p a r a t i v e d e l a m o r p h o l o g i e externe, on c o n s t a t e g u ' i l y a u n e g r a n d e r e s s e m b l a n c e entre N. Broussonetii et les formes à fleur b l a n c h e — 7 a zettinae Alhae — de N. tazetta. C e t t e r e s s e m b l a n c e a p p a r a î t d a n s les caractères s u i v a n t s : l ) F o r m e e t taille des b u l h e s ; 2) H a u t e u r , l a r g e u r , c o u l e u r et forme des feuilles ; 3) C o n f o r m a t i o n d e l a h a m p e florale g u i est n e t t e m e n t ancipitée chez les d e u x g r o u p e s ; 4) N o m b r e des fleurs de l ' o m b e l l e ; 5) N a t u r e du p a r f u m ; 6) C a r a c t è r e s de la s p a t h e ; 7) L o n g u e u r du t u b e du p é r i g o n e ; 8) C o u l e u r des fleurs. C e s a n a l o g i e s s o n t si f r a p p a n t e s gue p r e s g u e t o u s les a u t e u r s ( B A R R , 1929; B O W L E S , 1934) écrivent gue N. Broussonetii r e s s e m b l e à N. tazetta d a n s s o n aspect général. B A K E R (1888) l u i - m ê m e dit g u ' i l possède l'habit de N . italicus ( u n e des formes de N. tazetta). É t a n t d o n n é e s ces a n a l o g i e s , n o u s c r o y o n s gue l'ensemble des caractères g u i r e n d N. Broussonetii distinct ne justifie a u c u n e m e n t la p r é t e n t i o n d'isoler cette espèce d a n s u n genre a u t o n o m e , c o m m e G A Y (1858) l ' a p r o p o s é . Le faible d é v e l o p p e m e n t de la c o u r o n n e et les caractè- 62 Abílio Fernandes les du t u b e du p é r i g o n e ( l ) d i s t i n g u e n t N. Broussonetii de N. tazetta et, p o u r cette r a i s o n , n o u s c r o y o n s r a i s o n n a ble de placer cette espèce d a n s u n e section d i s t i n c t e — Aurélia,— é t r o i t e m e n t a p p a r e n t é e à la section Hermione à l a q u e l l e N. tazetta a p p a r t i e n t . La c o m p a r a i s o n des caractères cytologiques de N. Broussonetii avec ceux des f o r m e s Alhae de N. tazetta m o n t r e : l ) Q u e les d e u x g r o u p e s s o n t a n a l o g u e s a u p o i n t de vue de leur réaction aux fixateurs (Navachine et La C o u r 2 B E ) ; 2) Q u e les i d i o g r a m m e s , b i e n q u e très s e m b l a b l e s , s o n t distincts, p u i s q u ' i l s diffèrent d a n s les caractères de d e u x p a i r e s c h r o m o s o m i q u e s : Ll et P. chez N. Broussonetii et 1m et P . ' chez N. tazetta. E t a n t d o n n é q u e les i d i o g r a m m e s s o n t distincts, les caractères caryologiques s'acc o r d e n t avec l'idée d'isoler N. Broussonetii d a n s u n e section distincte, m a i s é t r o i t e m e n t a p p a r e n t é e à celle où s o n t r a n gées les formes de N. tazetta, c'est-à-dire la section Hermione. On v o i t d o n c q u ' i l y a ici un p a r a l l é l i s m e assez é t r o i t entre les i n d i c a t i o n s f o u r n i e s p a r les caractères de la m o r p h o l o g i e externe et celles q u e d o n n e la caryologie, ce q u i m o n t r e que les caractères c a r y o l o g i q u e s p o u r r o n t être utilisés, e n c o n n e x i o n avec d ' a u t r e s p r o v e n a n t d ' a u t r e s sources d ' i n f o r m a t i o n , p o u r l'éclaircissement des q u e s t i o n s systématiques. (l) N o u s n e f a i s o n s pas ici a l l u s i o n a u développement des filets des anthères du deuxième étage (voir ci-dessus), parce qu'il nous semble que ce caractère n'a pas d'importance pour la raison suivante : — Au cours de précédentes études (FERNANDES, 1935), espè.es (N. N. reflexus, n o u s a v o n s mis en évidence triandrus, etc.) présentent une le fait que quelques hétérostylie trimorphe. Il se pourrait donc que N. Broussonetii fût aussi une espèce bétérostylée et il est possible que l'exemplaire qui a servi de base à la description de BAKER et à l'élaboration de la planche de BURBIDGE — description et figure sur lesquelles les jugements de beaucoup d'auteurs o n t été uniquement basés — ait été un exemplaire brévistylé. L'existence de l'hétérostylie chez N. Broussonetii est assez probable, puisque le dessin de la section de la fleur de la planche de BURBIDGE montre nettement un style inclus dans le tube et se terminant au-dessous de l'étage i n f é rieur des anthères, tandis que GAY (l858), dont les études ont été faites sur d'autre matériel, en donnant la description de s o n genre Aurélia, d i t : « S t y l u s longe exsertus». S'il s'agit donc d'une q u e s t i o n d'hétérostylie, il y aura d'autres formes — les formes longistylées — dans étage seront m o i n s saillantes. lesquelles les anthères du deuxième S u r la position systématique et l'origine de N a r c ï s s u s B r o u s s o n e t i i Lag. 63 N o u s e s t i m o n s donc, avec B A K E R (1888), q u e N. Broussonetii d e v r a être r a n g é d a n s la section Aurélia, définie ainsi: couronne faiblement développée; tube du périgone élargi e n e n t o n n o i r d a n s l a p a r t i e s u p é r i e u r e . * * * L'idée de B U R B I D . S E (l875), d'après laquelle N. Broussonetii p o u r r a i t a v o i r été e n g e n d r é p a r u n e h y b r i d a t i o n entre u n e espèce de Nareissus et u n e  m a r y l l i d a c é e a p p a r t e n a n t à u n a u t r e genre, semble n ' a v o i r a u c u n e base q u i p u i s s e la justifier. Q u e l l e a u r a été d o n c l'origine de cette espèce? D ' a p r è s les caractères de la m é i o s e de N. Panizzianus, — u n e des f o r m e s de la série Tazettinae Alhae de N. tazetta — n o u s a v o n s été a m e n é s ( E E ^ N A N D E S , 19376), p o u r e x p l i quer l'origine de ces formes à 2n = 22, à suggérer l ' h y p o thèse s u i v a n t e : — U n e espèce à n —7 a d o n n é n a i s s a n c e à u n e f o r m e t r i p l o ï d e . La g a r n i t u r e de cette forme a s u b i des a l t é r a t i o n s s t r u c t u r e l l e s diverses ( t r a n s l o c a t i o n s , i n v e r s i o n s , f r a g m e n t a t i o n s , pertes, etc.) q u i o n t a m e n é la f o r m a t i o n de n o u v e a u x t y p e s c h r o m o s o m i q u e s . P a r s u i t e d e ces r e m a n i e m e n t s de la c h r o m a t i n e , la forme t r i p l o ï d e est d e v e n u e capable de former des gamètes à 11 c h r o m o s o m e s a y a n t la m a t i è r e c h r o m o s o m i q u e distribuée de telle façon que ces gamètes, en se f u s i o n n a n t , o n t e n g e n d r é des p l a n t e s p o s s é d a n t u n e c o n s t i t u t i o n assez v o i s i n e de celle de la forme triploïde et chez lesquelles les 22 c h r o m o s o m e s o n t pu s'accoupler d e u x à deux, la p l u p a r t des fois, p e n d a n t les divisions réductrices. É t a n t d o n n é que les r é a r r a n g e m e n t s c h r o m o s o m i q u e s c o n d u i s a n t à des formes viables p e u v e n t être divers, n o u s c r o y o n s que cette h y p o t h è s e p e u t s ' a p p l i quer a u s s i à N. Broussonetii et que cette espèce est, c o m m e N. Panizzianus, un d e s c e n d a n t de la f o r m e t r i p l o ï d e . D a n s u n t r a v a i l a n t é r i e u r ( F E R N A N D E S , 1939), n o u s avons été a m e n é s à conclure q u e les espèces du g r o u p e Jonq[uilla o n t été p r o b a b l e m e n t engendrées à p a r t i r d ' u n e forme a n c e s t r a l e p o s s é d a n t u n e g a r n i t u r e semblable à celle qui se t r o u v e à p r é s e n t chez N. scaberulus, N. calcicola, N. rupicola et N. Watieri. La c o m p a r a i s o n de l ' i d i o g r a m m e 64 Abílio Fernandes de N. Broassonetii avec celui que n o u s c o n s i d é r o n s c o m m e p r i m i t i f d a n s le g r o u p e Jonquilla m o n t r e q u e le c h r o m o s o m e L l d a p r e m i e r i d i o g r a m m e est assez s e m b l a b l e a u c h r o m o s o m e A d u d e u x i è m e (voir F E R N A N D E S , 1939). C e fait suggère q u e N. Broussonetii, a i n s i q u e les espèces de la section Hermione, b i e n q u e p a r un processus assez différent, o n t p e u t - ê t r e été engendrées à p a r t i r de la m ê m e souche q u i a d o n n é n a i s s a n c e a u x espèces du g r o u p e Jonq/uilla. S'il en est ainsi, il serait à r e m a r q u e r q u e p e n d a n t les processus au m o y e n desquels la g a r n i t u r e de N. tazetta — t o u t au m o i n s celle des formes à 2n = 22 — a p r i s n a i s sance, t o u s les c h r o m o s o m e s o n t s u b i des a l t é r a t i o n s s t r u c turelles si p r o f o n d e s q u ' i l est i m p o s s i b l e d'y r e c o n n a î t r e a u c u n c h r o m o s o m e de la g a r n i t u r e de la f o r m e a n c e s t r a l e . D a n s la g a r n i t u r e de /Y. Broussonetii, p a r contre, d e u x c h r o m o s o m e s o n t persisté s a n s s u b i r que de légères a l t é r a t i o n s p a r r a p p o r t a u t y p e primitif. E t a n t d o n n é que l e c h r o m o s o m e L l d e l a g a r n i t u t e de N. Broussonetii p r é s e n t e u n e a n a l o g i e p l u s accentuée avec le c h r o m o s o m e A de la g a r n i t u r e p r i m i t i v e du g r o u p e Jonquilla q u e le c h r o m o s o m e 1m de N. tazetta et q u e ce d e r n i e r t y p e c h r o m o s o m i q u e p o u r r a i t être facilement dérivé d u p r e m i e r (l), n o u s p o u r r i o n s p e n s e r q u e l a f o r m e t r i p l o ï d e a t o u t d ' a b o r d d o n n é n a i s s a n c e à N. Broussonetii et que celui-ci a e n g e n d r é e n s u i t e N. tazetta. M a i s c o m m e , en d e h o r s des formes à 2 n = 2 2 , il y a a u s s i chez N. tazetta des formes à 2n = 20, n o u s ne c r o y o n s cette h y p o t h è s e p r o b a b l e . I l n o u s semble p l u s vraisemblable que la forme triploïde n'ait pas engendré u n u n i q u e t y p e d e g a m è t e viable, m a i s u n n o m b r e s u p é r i e u r . Ces gamètes viables p o u r r a i e n t a v o i r soit 10 soit 11 c h r o m o s o m e s et différer a u s s i les u n s des a u t r e s au p o i n t de v u e de la m o r p h o l o g i e de l e u r s c h r o m o s o m e s (l) On comprendrait aisément cette dérivation en supposant qu'une inversion est apparue dans la région médiane de la branche I, ; par la f o r m a t i o n de chiasmatH dans l'inversion, il serait résulté, fragment long dépourvu de centromère et du type Im. qui après la serait division perdu et un réductrice, un chromosome Sur la position systématique et l'origine de N a r c i s s u s B r o u s s o n e t i i Lag. 65 ( p o u r q u ' i l en soit a i n s i , il suffit d ' a d m e t t r e q u e q u e l q u e s ckromosom.es n ' o n t p a s s u b i d ' a l t é r a t i o n s e t q u ' u n m ê m e chromosome p o u r r a être altéré de façons différentes). La fusion de ces g a m è t e s a u r a i t e n g e n d r é i n d é p e n d a m m e n t : a) D e s formes de N. tazetta à 2n = 2 0 ; b) D e s f o r m e s de N. tazetta à 2n = 21 ( l ) ; c) D e s formes de N. tazetta h 2n = 22; d) N. Broussonetii. RÉSUMÉ ET CONCLUSIONS 1. N. Broussonetii possède u n e m i q u e définie p a r l a f o r m u l e : garniture chromoso- 2n = 22 = 2 L p + 4 L . + 2 L l + 2 1. + 2 P . ' + 2 P . + + 6 p. + 2 pp La c o m p a r a i s o n de l ' i d i o g r a m m e de cette espèce avec celui des f o r m e s de 2sl. tazetta a p p a r t e n a n t à la série Alhae, représentée par la formule 2n = 22 = 2 L p + 4 L. + 2 1m + 2 1. + 2 P . ' + 2 P . ' f + 6 p. + 2 pp m o n t r e q u e les d e u x elles n e diffèrent q u e sont, respectivement, netii et des t y p e s 1m g a r n i t u r e s s o n t assez p r o c h e s , p u i s q u ' par deux paires chromosomiques qui des t y p e s Ll et P. chez N. Broussoet P . ' chez N. tazetta. 2. Les d o n n é e s caryologiques et celles f o u r n i e s p a r l'étude d e l a m o r p h o l o g i e e x t e r n e n e j u s t i f i e n t p a s l a s é p a ration de N.Broussonetii en un genre autonome. 3 . D ' a p r è s n o u s , les m ê m e s d o n n é e s j u s t i f i e n t l a s é p a r a t i o n de N. Broussonetii en u n e section distincte — Aurélia, — é t r o i t e m e n t a p p a r e n t é e à la section Hermione. 4. Il est v r a i s e m b l a b l e q u e N. Broussonetii soit un des d e s c e n d a n t s de la f o r m e t r i p l o ï d e q u i a d o n n é a u s s i n a i s s a n c e , a u m o y e n d u m é c a n i s m e q u e n o u s a v o n s décrit (l) T o u t e s les formes à 2n = 21 n'auront certainement pas eu cette origine. D e s formes avec le m ê m e nombre c h r o m o s o m i q u e auront pu aussi être subséquemment engendrées par l'hybridation entre et des formes déjà établies à 2n = 20 2n = 22. 9 66 Abílio dans u n travail antérieur de N. tazetta. Fernandes (FERNANDES, 1937&), a u x f o r m e s 5. Il y a u n e c e r t a i n e p r o b a b i l i t é p o u r que N. Broussonetii et les espèces de la section Hermione a i e n t été engendrées à p a r t i r de la m ê m e s o u c h e q u i a d o n n é n a i s s a n c e a u x espèces du g r o u p e Jonq[uilla. BIBLIOGRAPHIE BAKER, J. G., 1875. Review of the genus N a r c i s s u s in BURBIDGE, N a r c i s s u s ; its history 1888. Handbook F. W. The and culture. L o n d o n . of the Amaryllideae. London. BARR, P. R., 1 9 2 9 . Species and w i l d forms of N a r c i s s i , p. 340-358, in CALVERT, A. F. Daffodil growing for pleasure and profit. London. BOWLES, E. A . , 1934. A Handbook of N a r c i s s u s . L o n d o n . BURBIDGE, F. W., 1875. The N a r c i s s u s : its history and culture. L o n d o n . FERNANDES, A., 1934. N o u v e l l e s études caryologiques sur le genre Narcissus. Bol Soc. Broteriana, 1935. 9 (2. a série), 3-198. R e m a r q u e sur l'hétérostylie de Narcissus triandrus L. Brot. Bol. Soc. Broteriana, ÎO (2. a 1937a. S u r l'origine du Narcissus dubius G o u a n . Bol. (2. A et N. reflexus série), 278-288. Soc. Broteriana, X2, série), 9 3 - 1 1 8 . 1 9 3 7 6 . Le problème de Narcissus tazetta L. I — Les formes à 22 c h r o m o s o mes s o m a t i q u e s . Bol. Soc. Broteriana, a 1 2 (2. série), 159-219. 1 9 3 9 . S u r la caryo-systématique du groupe Jonquilla Bol. Soc. Broteriana, lS du genre Narcissus. a (2. série), 487-544. GAY, J., 1 8 5 8 . Recherches sur l a famille des A m a r y l l i d a c é e s . A n n . Sc. Nat., I O ( 4 ème série), 7 5 - 1 0 9 . HAWORTH, 1831 (citation de GAY, J., 1858). Monogr., p. 13, n.° 54. JAHANDIEZ, E. et MAIRE, R., 1931 et 1934. Catalogue des plantes du Maroc. Alger. LA COUR, L., Roy. l93l. Improvements i n every d a y technique i n plant c y t o l o g y . / . Micr. Soc, Si, 119-126. 1937. Improvements i n plant cytological technique. Bot. Rev., S, 241-258. LAGASCA, I8l6 (citation de GAY, J., 1 8 5 8 ) . Gen. et sp. nov., p. 13, n . ° 1 7 5 . ROEMER, 1847 (citation de GAY, J., 1858). Amaryll., p. 2 1 4 , n.° 3. WILLDENOW, 1 8 3 0 (citation de GAY, J., 1858) in SCHULT., S y s t . veg., 7, 2, p. 98l. (Instituto Botânico da Universidade de Coimbra) SOBRE À CARIOLOGIA DE NARCISSUS ODORUS L. E N. GRACILIS SAB. por ALICE DE LEMOS PEREIRA Bolseira do Instituto para a Alta Cultura INTRODUÇÃO N ARCISSUS odorus L. é considerado por alguns a u t o r e s ( B U R B I D G E , 1875; B A K E R , 1875, 1888; C O U T I N H O , l9l3) como u m a espécie n a t u r a l . O u t r o s a u t o r e s ( H E R B E R T , 1837; F I O R I e P A O L E T T I , 1896; R O U Y , 1912), p o r é m , a p o i a d o s sobre os dados da m o r f o l o g i a externa, c o n s i d e r a m - n o como h í b r i d o e n t r e N. jonquilla e N. pseudonarcissus. P U G S L E Y (l939) n ã o c o n s i d e r a i m p r o v á v e l esta o p i n i ã o , m a s a d m i t e t a m b é m q u e um dos p a i s p o d e r i a ter sido N. juncifolius em l u g a r de N. jontfuilla. N A G A O fez o estudo cariológico de N. odorus e verificou q u e p o s s u í a 1 4 c r o m o s o m a s somáticos. A o m e s m o r e s u l t a d o chegou F E R N A N D E S em 1934. P e l o facto de t e r e m e n c o n t r a d o 14 c r o m o s o m a s , estes dois a u t o r e s fazem n o t a r que os r e s u l t a d o s obtidos c o n c o r d a m com a o p i n i ã o dos t a x o n o m i s t a s q u e c o n s i d e r a m N. odorus como h í b r i d o entre N. jonq\uilla e ISf. pseudonarcissus, p o r q u a n t o a m b a s estas espécies — os s u p o s t o s p r o g e n i t o r e s — p o s s u e m 7 como n ú m e r o básico. A-pesar-de terem emitido aquela opinião, n e m N A G A O (l933) n e m F E R N A N D E S (l934) fizeram u m estudo p o r m e n o r i z a d o da g u a r n i ç ã o c r o m o s ó m i c a de N. odorus, n e m n e n h u m deles s e o c u p o u d o estudo d a m e i o s e . O r a , t o r n a n d o - s e necessário, p a r a esclarecer esta q u e s t ã o , fazer u m estudo c o m p a r a t i v o da g u a r n i ç ã o c r o m o s ó m i c a de N. odo67 68 Alice de Lemos Pereira rus com a das d u a s espécies c o n s i d e r a d a s como possíveis p r o g e n i t o r e s e efectuar, a l é m disso, o e s t u d o da m e i o s e , r e s o l v e m o s , p o r i n d i c a ç ã o do Prof. F E R N A N D E S , proceder a estas investigações n a e s p e r a n ç a d e q u e elas l a n ç a r i a m l u z sobre o p r o b l e m a da o r i g e m desta f o r m a . N. éracilis S a b . , q u e n u n c a foi e n c o n t r a d o no estado e s p o n t â n e o , é c o n s i d e r a d o p o r B U R B I D G E (l875) como s e n d o m u i t o p r ó x i m o de N. poeticus. O m e s m o a u t o r a c e n t u a q u e a q u e l a espécie p o d e r i a ter r e s u l t a d o d o c r u z a m e n t o entre N. poeticus ou N. biflorus e u m a f o r m a de flores g r a n d e s de N. tazetta. E n t r e t a n t o , como as f ô l h a s de N. gracilis s ã o m u i t o diferentes das de N. biílorus e das de N. tazetta e l e m b r a m , pelo c o n t r á r i o , as de N. odorus ou a s d e N . jonq[uilla, este a u t o r t a m b é m n ã o c o n s i d e r a i m p r o v á v e l q u e N. gracilis seja um híbrido entre q u a l q u e r destes e N. poeticus ou N. biflorus. B A K E R (l875) c o n s i d e r a - o como s e n d o p r o v a v e l m e n t e um híbrido e n t r e ri. jonq[uilla e N. tazetta, ou e n t r e esta espécie e N. juncifolius. B O W T E S (l934), f i n a l m e n t e , p e n s a q u e 2 \ \ éracilis r e s u l t o u p o s s i v e l m e n t e de um c r u z a m e n t o entre N. jonquilla e N. biflorus, ou e n t r e N. jonq[uilla e N. poeticus. P e l a exposição q u e a c a b a m o s d e fazer, vê-se q u e r e i n a i n c e r t e z a sobre a origem desta espécie. C o m o objectivo de esclarecer o p r o b l e m a , p r o c e d e m o s , t a m b é m p o r s u g e s t ã o do Prof. F E R N A N D E S , a o e s t u d o d a g u a r n i ç ã o c r o m o s ó m i c a de N. éracilis, a - f i m - d e , p o r ela, t e n t a r m o s identificar as espécies q u e t e r i a m t o m a d o p a r t e n o c r u z a m e n t o q u e o o r i g i n o u . P a r a a t i n g i r este objectivo, t o r n a v a - s e n e c e s s á r i o c o m p a r a r a g u a r n i ç ã o de N. éracilis com a de tôdas as espécies q u e t ê m sido a p o n t a d a s como possíveis p r o g e n i t o res, o q u e necessitaria, e v i d e n t e m e n t e , o e s t u d o do i d i o g r a m a de tôdas essas espécies. A c o n t e c e n d o , p o r é m , q u e , graças p r i n c i p a l m e n t e a o s t r a b a l h o s de F E R N A N D E S (l934, 1937), é conhecido o i d i o g r a m a de tôdas elas com excepção do de N. poeticus, l i m i t á m o - n o s a fazer o e s t u d o desta ú l t i m a espécie. C o m o é b e m c o n h e c i d o pelos t r a b a l h o s de N A V A C H I N E (l934), a g u a r n i ç ã o c r o m o s ó m i c a de certas espécies p o d e , Sobre a cariologia de N a r c i s s a s odorus L. e N. gracilis Sab. 69 nos híbridos, sofrer alterações pela acção do genómio de outras. Desta maneira, poderia acontecer que a guarnição de u m a das espécies que entra na constituição de N. gracilis tivesse sofrido alterações que não permitissem a sua identificação. Seria, pois, mais seguro, a-fim-de estabelecer com maior precisão a origem híbrida da mencionada espécie, fazer também o estudo da meiose. Infelizmente, tais investigações não puderam ser efectuadas, em virtude de não dispormos de u m a quantidade suficiente de material. m o N ã o queremos deixar de agradecer ao F x . Senhor Prof. Dr. A . F E R N A N D E S o interesse que sempre manifestou pelos nossos trabalhos, o seu cuidado para que nada nos faltasse, a sua constante boa vontade para resolver as nossas dificuldades e ainda o seu valioso auxílio moral encorajando-nos e incitando-nos sempre a prosseguir sem desânimo. MATERIAL E TÉCNICA As plantas utilizadas nas presentes observações foram as seguintes : ' l) 2) 3) 4) •5) 6) 7) 8) 9) 10) N. jonQuilla L. var. Henriq[uesi Samp. — Torrão, Alentejo Jonquille simple odorante—Cayeux-Le Clerc 8õ Cie., Paris N. pseudonarcissus L. — Seine et Oise, França N. pseudonarcissus L. — Jardim Botânico de Kiel N. pseudonarcissus L. — J a r d i m B o t â n i c o de Coimbra N. odorus L. — Jardim Botânico de Coimbra N. poeticus L. — Jardim Botânico de Kiel N. poeticus L. — Jardim Botânico de Anvers Narcisse des poetes simple hàtií — Vilmorin-Andrieux et Cie., Paris Narcisse simple des poètes — Cayeux-Le Clerc et Cie., Paris 70 Alice 11) 12) de Lemos Pereira Narcisse double des poetes — C a y e u x - L e C l e r c et Cie., P a r i s N. gracilis S a b . — J a r d i m B o t â n i c o da T l n i v e r s i sidade de L j u b l j a n a . E,ste m a t e r i a l , c u l t i v a d o e m vasos n o J a r d i m B o t â n i c o de Coimbra, forneceu-nos meristemas radiculares que u t i l i z á m o s p a r a o e s t u d o dos c r o m o s o m a s s o m á t i c o s . A s p r e p a r a ç õ e s f o r a m o b t i d a s pelo e m p r e g o das técnicas s e g u i n t e s : 1) F i x a ç ã o no l í q u i d o de N a v a c h i n e (modificação de B r u u n ) e coloração p e l a b e m a t o x i l i n a férrica, ou pelo v i o l e t a de g e n c i a n a . 2) F i x a ç ã o no l í q u i d o de La C o u r 2BF e coloração pelo v i o l e t a de g e n c i a n a . P a r a d e t e r m i n a r o n ú m e r o d e n u c l é o l o s n a s telofases precoces, fizemos p r e p a r a ç õ e s s e g u n d o as técnicas r e l a t a d a s p o r B H A D U R I (l938) e S E M M E N S e B H A D U R I (l939). C o m o f i x a dores, e m p r e g á m o s os l í q u i d o s de Lewitslcy (cromo-f o r m o l ) e Navachine. P a r a fazer o e s t u d o da n a t u r e z a dos satélites, p r o c e d e m o s à dissociação dos vértices, n ã o fixados ou fixados em C a r n o y (3 p a r t e s de álcool a b s o l u t o : 1 p a r t e de ácido acético glacial), em ácido acético a 45%, depois de um cosim e n t o prévio em c a r m i m - a c é t i c o . C o m o fim de as t o r n a r p e r m a n e n t e s , estas p r e p a r a ç õ e s f o r a m t r a t a d a s s e g u n d o a técnica descrita p o r H E I T Z (l935). P a r a fazer o e s t u d o da n a t u r e z a do f i l a m e n t o s a t e l í fero, s e r v í m o - n o s d e m e r i s t e m a s r a d i c u l a r e s q u e f o r a m fixados em l í q u i d o s d e s p r o v i d o s de ácido crómico — C a r n o y (65 m i n u t o s ) , H e l l y (75 m i n u t o s ) , R e g a u d (21 b o r a s ) , B o u i n (45 m i n u t o s ) , B o u i n - H o l l a n d e (35 m i n u t o s ) e D u b o s c q - B r a s i l (35 m i n u t o s ) — e em l í q u i d o s c o n t e n d o aquele ácido — La C o u r 2BF (35 m i n u t o s ) , N a v a c h i n e (45 m i n u t o s ) , c r o m o - f o r m o l de L e w i t s k y (30 m i n u t o s ) e F l e m m i n g - B e n d a (3o m i n u t o s ) . A coloração foi feita p e l a f u c s i n a d i a m a n t e s e g u n d o o « N u k l e a l - Q e t s c h m e t b o d e » de H E I T Z (1936). Sobre a cariologia de N a r c i s s u s odorus L. e N. áracilis Sab. 71 P a r a a investigação das divisões de redução empregámos os seguintes tipos de preparações: 1) Preparações obtidas pela dissociação de anteras n u m a gota de carmim-acético ; 2) Preparações obtidas como no caso anterior, mas tendo as anteras sorrido previa fixação em Carnoy. A l g u m a s das preparações destes dois tipos foram tornadas permanentes segundo a técnica descrita por L A C O U R (1937): — D epois da lamela ter aderido suficientemente, mergulhou-se a preparação n u m a mistura em partes iguais de álcool absoluto, xilol e ácido acético, até que a lamela se destacou. Passou-se em seguida a lâmina e a lamela, duas vez,es consecutivas, por u m a mistura em partes iguais de álcool absoluto e xilol durante 10 minutos e montou-se em bálsamo; 3) Preparações de anteras fixadas em La Cour 2BE e coradas pelo violeta de genciana. OBSERVAÇÕES 1. Narcissus jonquilla L. N A G A O (l929), estudando indivíduos cultivados de flores dobradas, encontrou 14 cromosomas nos vértices vegetativos da raiz e o mesmo resultado obtiveram S A T Ô (l938) e F E R N A N D E S ( l 9 3 9 a , 6 ) . Este último autor, que estudou a forma espontânea N. jong^tilla L. var. HenriQuesi Samp. e as formas bortícolas «Jonquille simple odorante» e «Jonquille double odorante», fez um estudo pormenorizado da morfologia dos cromosomas, tendo encontrado em tôdas aquelas formas os mesmos 7 tipos, que designou pelas letras A a G. Estudámos a forma bortícola conhecída pelo nome de «Jonquille simple odorante» e encontrámos, como N A G A O , " S A T Ô e F E R N A N D E S , l 4 cromosomas nas metafases somáticas (fig. 1 a). Os cromosomas são quási todos muito compridos 72 Alice Lemos Pereira e, p o r isso, é b a s t a n t e difícil fazer o estudo da s u a m o r f o logia. A - p e s a r - d a s dificuldades e n c o n t r a d a s , c o n s e g u i m o s identificar os 7 t i p o s m e n c i o n a d o s p o r F E R N A N D E S ( l 9 3 9 a , p á g . 1 8 - 2 4 e 1939 b, p á g . 4 9 0 - 4 9 l ) . N a s telofases precoces (fig. 1 6), verificámos o a p a r e c i - Fig. 1. — N. jonquilla L. («Jonquille simple odorante»), a, Placa equatorial n u m a célula do meristema radicular. Os 7 pares de c r o m o s o m a s estão indicados pelas letras A a G. N a v a c k i n e ; n e m a t o x i l i n a férrica. X 3 . 0 0 0 . b, T e l o f a s e n u m a célula do meristema radicular m o s trando 2 nucléolos na metade inferior; na metade superior a p e n a s um era evidente. Cromo-formol-Bhaduri X 1 . 8 0 0 . m e n t o de dois nucléolos, o q u é está de acôrdo com a exist ê n c i a de dois c r o m o s o m a s n u c l e o l a r e s q u e são os c r o m o s o m a s satelíferos ( H E I T Z , l 9 3 l ; F E R N A N D E S , 1936). 2. ISarcissus pseudonarcissus L. E s t a espécie foi e s t u d a d a p o r D E M O L ( l 9 2 2 ) , N A G A O (1929, 1 9 3 0 6 e 1933), F E R N A N D E S (l934) e S A T Ô (l938). O S dois p r i m e i r o s a u t o r e s e n c o n t r a r a m f o r m a s diplóides (l4 cromosomas), triplóides, tetraplóides e ainda outras apresentando números irregulares. Sobre a cario-logia de N a r c i s s u s odorus L. e N. gracilis Sab. 73 A c e r c a d a m o r f o l o g i a dos c r o m o s o m a s , D E M O L d i z t e r e n c o n t r a d o , n a s f o r m a s diplóídes, 10 c o m p r i d o s e 4 c u r t o s . N A G A O n ã o a p r e s e n t a u m a descrição dos c r o m o s o m a s , m a s as duas placas equatoriais figuradas m o s t r a m igualmente 10 c r o m o s o m a s c o m p r i d o s e 4 c u r t o s . F E R N A N D E S , u t i l i z a n d o u r n a f o r m a de flor s i m p l e s c u l t i - Fig. 2. — N. pseadonarcissus L. a, P l a c a equatorial n u m a célula do meristema radicular; os 7 pares de c r o m o s o m a s estão indicados pelos respectivos s í m b o l o s . Navachine; T e l o f a s e n u m a célula do violeta de genciana. X 3 . 0 0 0 . 6, meristema radicular; cromo-formoI-Bria- duri. X 1 . 8 0 0 . v a d a n o J a r d i m B o t â n i c o d e C o i m b r a , verificou q u e o s indivíduos estudados apresentavam 11 cromosomas comp r i d o s e 3 c u r t o s , n ú m e r o s diferentes d o s e n c o n t r a d o s p o r D E M O L e N A G A O . A f ó r m u l a ç r o m o s ó m i c a estabelecida p a r a êsses exemplares foi: 2n = 4 L p + 2 L m + 2 i + 2 lp + 1 l m ( A ) + 1 P p ' + 2 P p O facto de a p a r e c e r um c r o m o s o m a lm ( A ) em l u g a r de u m do t i p o P p ' l e v o u F E R N A N D E S a a d m i t i r d u a s h i p ó t e s e s , a-fim-de explicar a c o n s t i t u i ç ã o ç r o m o s ó m i c a dos i n d i v í duos m e n c i o n a d o s (ver F E R N A N D E S , 1934, p á g . 67-73). C o m o F E R N A N D E S (l934), S A T Ô (l938) e n c o n t r o u 11 cromosomas longos e 3 curtos, m a s , nos indivíduos que observou, e x i s t i a m os dois c r o m o s o m a s s a t e l í f e r o s ; os 10 74 Alice de Lemos Pereira cromosomas ímpares eram um do tipo Im e outro do tipo P p . D e s t a espécie, e s t u d á m o s u m a f o r m a h o r t í c o l a d e flor d o b r a d a n a q u a l o b s e r v á m o s 1 4 crojriosomas, n ú m e r o i g u a l ao e n c o n t r a d o p o r D E M O L , N A G A O , F E R N A N D E S e S A I O . C o m o os dois p r i m e i r o s a u t o r e s , n o t á m o s a existência de 10 c r o m o s o m a s c o m p r i d o s e 4 c u r t o s . O e x a m e c u i d a d o s o de v á r i a s m e t a f a s e s (fig. 2 a) l e v o u - n o s a c o n c l u i r q u e os t i p o s existentes e r a m os estabelecidos p o r F E R N A N D E S (l934), com a diferença de q u e n ã o a p a r e c i a o c r o m o s o m a q u e este a u t o r d e s i g n o u p o r  e q u e é, sem d ú v i d a , um c r o m o s o m a m o d i f i c a d o . E m seu l u g a r , e n c o n t r a - s e o c r o m o s o m a h o m ó logo d a q u e l e q u e F E R N A N D E S d e s i g n o u pelo s í m b o l o P p ' , isto é, o h o m ó l o g o do c r o m o s o m a p o r t a d o r de satélite. A f ó r m u l a c r o m o s ó m i c a dos e x e m p l a r e s e s t u d a d o s é p o i s : 2n = 4 L p -f 2 Lm -f 2 11 + 2 lp + 2 P p ' + 2 P p N o s p r i m e i r o s estádios d a telofase e n c o n t r á m o s dois n u c l é o l o s (fig. 2o), o q u e c o n c o r d a com a existência de dois c r o m o s o m a s satelíferos. A f ó r m u l a a c i m a i n d i c a d a deve ser a que t r a d u z a g u a r n i ç ã o c r o m o s ó m i c a n o r m a l de N. pseudonarcissus; as e n c o n t r a d a s p o r F E R N A N D E S (l934) e S A T Ô (l938) c o r r e s p o n dem a i n d i v í d u o s cujo i d i o g r a m a foi m o d i f i c a d o , p r o v a v e l m e n t e devido à acção de t r a n s l o c a ç õ e s . 3. a) Cromosomas ISarcissus odorus L. somáticos. C o m o j á d i s s e m o s , N A G A O (l933) e F E R N A N D E S (l934) f i z e r a m o e s t u d o de N. odorus e v e r i f i c a r a m q u e p o s s u í a 1 4 c r o m o s o m a s n a s células dos m e r i s t e m a s r a d i c u l a r e s . A s presentes observações c o n f i r m a m o n ú m e r o e n c o n t r a d o pelos a u t o r e s referidos. O estudo de N. jonquilla e N. pseudonarcissus m o s t r o u q u e as g u a r n i ç õ e s destas espécies p o s s u e m certos c r o m o s o m a s m u i t o s e m e l h a n t e s e, p o r t a n t o , difíceis de d i s t i n g u i r q u a n d o s e e n c o n t r a m r e u n i d o s ; n o e n t a n t o , possuem. Sobre a cariologia de N a r c i s s u s odorus L. e N. gracilis Sab. 75 o u t r o s q u e são característicos e q u e fàcilmente se i d e n t i ficarão n o h í b r i d o . A s s i m , N . jonquilla p o s s u i u m c r o m o s o m a q u á s i i s o b r a q u i a l ( A , fig. 1a), n ã o h a v e n d o n e n h u m s e m e l h a n t e na g u a r n i ç ã o de N. pseudonarcissus. A g u a r n i ç ã o desta espécie p o s s u e u m c r o m o s o m a P p ' , d i s t i n t o d o c r o m o s o m a satelífero de N. jonçquilla q u e é do t i p o lp' a Fig. 3. — N. odorus L. a, Placa equatorial n u m a célula do meristema radicular m o s t r a n d o 14 c r o m o s o m a s . Os c r o m o s o m a s À, B e C pertencem à guarnição jonquilla; os Pp e P p ' pertencem à guarnição pseudonarcissus. A proveniência dos restantes n ã o pôde ser estabelecida. N a v a c h i n e ; v i o l e t a de genciana. X 3 . 0 0 0 . b, Telofase n u m a célula do meristema radicular mostrando um nucléolo em cada um dos n ú c l e o s filhos. Cromo-formol; Feulgen-verde de l u z . X 1 . 8 0 0 . c, N ú c l e o de uma célula do meristema radicular mostrando dois nucléolos; explicação no texto. C r o m o - f o r m o l ; Feulgen-verde de luz. X 3.000. E s t u d a n d o a g u a r n i ç ã o de N. odorus n ã o c o n s e g u i m o s identificar com r i g o r t o d o s o s c r o m o s o m a s . A s figuras n ã o eram suficientemente nítidas, porque os cromosomas, sendo quási todos m u i t o compridos, apresentavam-se enrolados, o que n ã o p e r m i t i a a v a l i a r , de u m a m a n e i r a precisa, o c o m p r i m e n t o r e l a t i v o dos r a m o s . T o d a v i a , o a p a r e c i m e n t o em N. odorus dos c r o m o s o m a s característicos A e P p ' , a l é m dos o u t r o s identificados, c o n f i r m a a h i p ó t e s e q u e o c o n s i dera r e s u l t a n t e do c r u z a m e n t o entre N. pseudonarcissus e N. jonquilla. O e s t u d o m i n u c i o s o de a l g u m a s d e z e n a s de metafases 76 Alice de Lemos Pereira m o s t r o u - n o s i n v a r i a v e l m e n t e o a p a r e c i m e n t o de um só c r o m o s o m a satelífero (fig. 3 a ) : o da g u a r n i ç ã o pseudonarcissus. O facto de existir a p e n a s um c r o m o s o m a p r o v i d o d e satélite, e m vez d e u m d e cada u m a d a s espécies q u e teriam entrado no cruzamento, levou-nos a concluir que e s t á v a m o s e m p r e s e n ç a d e u m caso d e a n f i p l a s t i a diferen- Fig. 4. — N. odoras L. a, b e c, N ú c l e o s de células m a i s de grãos de pólen apresentando, respectivamente, um nucléolo tendo à superfície um satélite, um nucléolo com dois satélites e dois nucléolos com um satélite cada u m . La C o u r 2 B E ; X violeta de genciana. 2.500. ciai ( N A V A C H I N E , 1934), isto é, q u e o satélite t i n h a d e s a p a r e cido no c r o m o s o m a de N jonquilla. O e x a m e de i n ú m e r o s estádios precoces de telofases r e v e l o u - n o s a existência de um só n u c l é o l o (fig. 3 b), facto i n t e i r a m e n t e de acôrdo com o a p a r e c i m e n t o d e u m ú n i c o c r o m o s o m a satelífero. A -pesar-disso, encontrámos um núcleo em repouso provido de dois n u c l é o l o s (fig. 3 c ) : o ú n i c o e n t r e os m i l h a r e s examinados. O a p a r e c i m e n t o deste n ú c l e o m o s t r a q u e p o d e r ã o existir, e m b o r a e x c e p c i o n a l m e n t e , f i g u r a s em q u e os dois c r o m o s o m a s n u c l e o l a r e s se a p r e s e n t e m p r o v i d o s de s a t é l i tes, e foi s e m d ú v i d a u m a f i g u r a deste t i p o q u e F E R N A N D E S (1934) u t i l i z o u p a r a i l u s t r a r a g u a r n i ç ã o desta espécie. N a s células mais dos g r ã o s d e p ó l e n e n c o n t r á m o s , com frequência, n ú c l e o s e m r e p o u s o q u e a p r e s e n t a v a m u m n u c l é o l o t e n d o à superfície um satélite (fig. 4 a ) ; e n c o n t r á m o s t a m b é m , e m b o r a m e n o s vezes, n ú c l e o s com u m n u - S ô o r e a cariologia de N a r c i s s u s odorus L. e N. gracilis Sab. 11 cléolo a p r e s e n t a d o dois satélites (fig. 4b); e a i n d a n ú c l e o s com dois n u c l é o l o s t e n d o um satélite cada um (fig. 4 c). E m certos e s t á d i o s d a profase o b s e r v á m o s t a m b é m , p o s t o q u e com m e n o s frequência d o q u e n o s n ú c l e o s e m r e p o u s o , células p o s s u i n d o dois n u c l é o l o s (fig. 5a); em a l g u n s casos a um deles estava l i g a d o um u n i v a l e n t e (fig. 5 b). Fig. 5. — N. odorus L. a, E s t á d i o da profase ( d i p l ó t e n o ? ) mostrando d o i s nucléolos. C a r n o y ; carmim-acético. X 1.800, b, Diacinese c o m dois nucléolos, a um dos quais está ligado um univalente. C a r n o y ; carmim-acético. X 2.500. c, Diacinese apresentando um só nucléolo. La C o u r 2 B E ; violeta de genciana. X 1.800. (l939), e s t u d a n d o N. jonquillóides W i l l h . , chegou à c o n c l u s ã o de q u e esta espécie era um híbrido p r o v e n i e n t e do c r u z a m e n t o de um g a m e t o diplóide de N. jonquilla com um g a m e t o haplóide de N. gaditanus. N o t o u q u e b a v i a u m a i n f l u ê n c i a d o g e n ó m i o éaditanus sobre o jonquilla no q u e r e s p e i t a a o s c r o m o s o m a s n u c l e o lares, p o i s q u e , a m a i o r p a r t e das vezes, só o c r o m o s o m a satelífero de N. éaditanus a p a r e c i a p r o v i d o de s a t é l i t e ; os satélites da g u a r n i ç ã o jonquilla t i n h a m desaparecido. P e l o exame d e telofases, verificou que n a m a i o r p a r t e das células aparecia a p e n a s u m n u c l é o l o ; a l g u n s n ú c l e o s , p o r é m , p o s s u í a m dois, um g r a n d e e o u t r o p e q u e n o , e o u t r o s , a i n d a , a p r e s e n t a v a m um n u c l é o l o g r a n d e e dois p e q u e n o s . O estudo dos p r i m e i r o s estádios d a profase d a m e i o s e c o n f i r m o u a s observações feitas n o s m e r i s t e m a s r a d i c u l a r e s , pois m o s t r o u q u e b a v i a : a ) células com u m s ó n u c l é o l o a o q u a l estava l i g a d o u m u n i v a l e n t e ; b ) células p o s s u i n d o u m FERNANDES 78 Alice de Lemos Pereira nucléolo grande e outro pequeno aos quais estavam ligados, r e s p e c t i v a m e n t e , u m u n i v a l e n t e e u m b i v a l e n t e ; c ) células com u m s ó n u c l é o l o a o q u a l s e l i g a v a m , s i m u l t a n e a m e n t e , um univalente e um bivalente. A t e n d e n d o a o s factos observados, F E R N A N D E S chegou à conclusão de q u e na m a i o r p a r t e das células só a r e g i ã o n u c l è o l o g é n i c a de N. ¿aditanus f u n c i o n a v a e l a b o r a n d o um nucléolo bastante volumoso e que, menos frequentemente, u m a só ou as d u a s regiões n u c l è o l o g é n i c a s de N. jonquilla funcionavam também produzindo, respectivamente, um ou dois n u c l é o l o s p e q u e n o s . E s t e a u t o r a d m i t e q u e t o d o s estes factos se p o d e r ã o explicar s u p o n d o que a região n u c l è o l o génica da g u a r n i ç ã o éaditanus é m u i t o m a i s activa ( M c C L I N T O C K , 1934) q u e as d u a s o u t r a s d a g u a r n i ç ã o jonquilla, n ã o s e n d o , p o r é m , a d o m i n â n c i a completa. Os r e s u l t a d o s obtidos em N. odorus significam q u e , n a m a i o r p a r t e dos n ú c l e o s , a p e n a s f u n c i o n a a região n u c l è o l o g é n i c a de N. pseudonarcissus, e d a í o a p a r e c i m e n t o de um só n u c l é o l o em q u á s i t o d o s os n ú c l e o s . P o r vezes, a região n u c l è o l o g é n i c a de N. jonquilla f u n c i o n a t a m b é m o q u e o c a s i o n a o a p a r e c i m e n t o de n ú c l e o s com dois n u c l é o l o s . A - f i m - d e explicar este c o m p o r t a m e n t o , o P r o f . F E R NANDES s u g e r i u - n o s d u a s h i p ó t e s e s das q u a i s a s e g u n d a parece m a i s p r o v á v e l : 1) D e h a r m o n i a com as observações de M c C L I N T O C K (l934), é p r o v á v e l q u e a actividade da r e g i ã o n u c l è o l o g é n i c a esteja na d e p e n d ê n c i a de genes. O gene ou genes de N. pseudonarcissus d o m i n a r i a m n o r m a l m e n t e os do g e n ó m i o jonquilla e daí o a p a r e c i m e n t o de u m a g r a n d e m a i o r i a d e n ú c l e o s com u m ú n i c o n u c l é o l o , e l a b o r a d o pelo c r o m o s o m a satelífero de N. pseudonarcissus. Em certas células, p o r é m , o gene ou genes de N. jonquilla sofreriam m u t a ç ã o q u e conferiria à região nuclèologénica desta g u a r n i ç ã o u m a actividade c o m p a r á v e l à de N. pseudonarcissus. P o r esse facto, os n ú c l e o s destas células e l a b o r a r i a m dois nucléolos. 2) A posição dos c r o m o s o m a s n u c l e o l a r e s n a s telofases é m u i t o variável. E m certos n ú c l e o s ê s s e s c r o m o s o m a s p o d e r ã o ficar r e l a t i v a m e n t e p r ó x i m o s , e n q u a n t o q u e n o u - S ô t r e a cariologia de N a r c i s s u s odorus L.e N. gracilis Sab. 79 tros poderão ficar bastante afastados. No primeiro caso, sendo a região nuclèologénica de N. pseudonarcissus mais activa e estando a de N. jonquilla na zona de influência da primeira, a região nuclèologénica de N. jonquilla seria impedida de condensar a substância nucleolar e originar-se-ia um só nucléolo. No segundo caso, a região nucleolar de N. jonquilla poderia ficar n u m a zona em que a influência da de N. pseudonarcissus se não se fizesse sentir ou se fizesse sentir pouco e, por este facto, tornar-se também susceptível de condensar material nucleolar, o que ocasionaria o aparecimento de dois nucléolos. E interessante notar que os cromosomas nucleolares de N. jonquilla se comportam de um modo análogo em N. jonquilloides e N. odorus, pois que, em ambos os casos, as suas regiões nuclèologénicas são dominadas pelas das outras espécies. Como já dissemos, observámos, em células mais dos grãos de pólen, núcleos em repouso que apresentavam satélites à superfície dos nucléolos; a figura 4 mostra alguns destes núcleos corados pelo violeta de genciana. Em preparações de anteras e de meristemas tratados pelo carmim-acético, encontrámos também núcleos em repouso mostrando satélites que se apresentavam como corpúsculos intensamente corados à superfície dos n u cléolos. Os satélites de 2^. odoras são, como em algumas outras espécies de Narcissus ( F E R N A N D E S , 1936), beterocromáticos, pois que se apresentam maciços, intensamente corados e não sofrem as transformações telofásicas. P a r a estudar a natureza do filamento satelífero utilizámos vértices vegetativos que fixámos em líquidos com e sem ácido crómico. N o s dois casos o filamento dos satélites aparecia corado, como o próprio cromosoma, depois da aplicação do «Nukleal-Quetschmetbode» de H E I T Z (l936). O filamento satelífero é, portanto, de natureza cromática, visto que dá a reacção característica da existência de ácido timonucleico, facto que foi posto em evidência por F E R N A N D E S (l937). Esta reacção é independente da existência ou ausência de ácido crómico no fixador, porquanto a mesma 80 Alice de Lemos Pereira coloração foi o b t i d a e m p r e g a n d o os dois t i p o s de f i x a d o r e s . O f i l a m e n t o é p o i s u m a p a r t e do c r o m o n e m a ( M E N S I N K A I , 1939) q u e s e p o d e a p r e s e n t a r m a i s o u m e n o s d i s t e n d i d a . b) Meiose. 1 — Diacinese. — No m a t e r i a l fixado e n c o n t r á m o s p o u - Fig. 6. — N. odorus L. a, b e c, Metafases I mostrando 14 u n i v a - lentes. Em a os u n i v a l e n t e s encontram-se distribuídos irregularmente; em b apresentam-se todos próximo do p l a n o equatorial; em c a l g u n s d i s p õ e m - s e naquele plano e outros fora dele. C a r n o y ; carmim-acético. X 1.800. cas diacineses e tôdas as f i g u r a s deste estádio n o s m o s t r a r a m 14 u n i v a l e n t e s (fig. 5 b, c). 2 — Metafase I. — A m a i o r p a r t e d a s células em m e t a - Fig. 7. — N. odorus L. a e b. M e t a f a s e s m o s t r a n d o In e 12 i . c, Metafase com 2 II e 10 . C a r n o y ; carmim-acético. X 1.800. I Sobre a cariologia de N a r c i s s u s odoras L. e N. gracilis Sab. 81 fase p o s s u í a m 14 u n i v a l e n t e s (fig. 6 a ) ; e n c o n t r á m o s , p o r é m , a l g u m a s com 12 u n i v a l e n t e s e um b i v a l e n t e (fig, 7a, b) e o u t r a s q u e a p r e s e n t a v a m 10 u n i v a l e n t e s e 2 b i v a l e n t e (fig. 7c). A d i s t r i b u i ç ã o dos u n i v a l e n t e s era i r r e g u l a r : p o r vezes, todos se d i s p u n h a m no p l a n o e q u a t o r i a l (fig. 6b), m a s , mais frequentemente, alguns estavam naquele plano e o u t r o s fora dele (fig. 6 c ) . O s bivalentes a p r e s e n t a v a m - s e sempre no plano equatorial. O estudo de 200 placas d e u - n o s , no que r e s p e i t a ao n ú m e r o e frequência dos b i v a l e n t e s , os r e s u l t a d o s expressos n o q u a d r o I : Quadro Conformações metafásicas I segundo os resultados obtidos pela análise de 200 metafases I. P o r este q u a d r o se vê q u e a frequência de n ú c l e o s com um b i v a l e n t e é p e q u e n a (20 %) e q u e o n ú m e r o de n ú c l e o s com 2 b i v a l e n t e s é m u i t o p e q u e n o ( l , 5 % ) . O s b i v a l e n t e s q u e a p a r e c e m n a s metafases n ã o são Fig. 8. — N . odoras L. T i p o s de bivalentes encontrados em m e - tafases I. C a r n o y ; carmim-acético. X 1.800. 11 82 Alice de Lemos Pereira s e m p r e os m e s m o s . A t e n d e n d o ao t a m a n h o e a o s caracteres morfológicos, verificámos q u e e x i s t i a m 7 t i p o s , q u e se e n c o n t r a m d e s e n h a d o s s e p a r a d a m e n t e n a f i g u r a 8 a-fim-de m e l h o r se p o d e r e m c o m p a r a r . A existência de 7 t i p o s de b i v a l e n t e s m o s t r a q u e os 7 c r o m o s o m a s da g u a r n i ç ã o jonquilla são susceptíveis de e m p a r e l h a r com os 7 e l e m e n t o s da g u a r n i ç ã o pseudonatcissus. E s t e facto m o s t r a q u e cada um dos c r o m o s o m a s de u m a das espécies c o n s i d e r a d a s é h o m ó l o g o e m t ô d a a e x t e n s ã o , o u pelo m e n o s n u m a certa região, com u m d a o u t r a espécie. E s t u d a n d o o n ú m e r o e a d i s t r i b u i ç ã o dos q u i a s m a t a n o s b i v a l e n t e s em 200 metafases o b t i v e m o s os r e s u l t a d o s expostos n o q u a d r o I I : Quadro II C o m o se vê, os b i v a l e n t e s q u e p o d e m f o r m a r - s e em N.odorus p o s s u e m u m a t e r m i n a l i z a ç ã o b a s t a n t e elevada, F i g . 9. — N. odorus L. a, A n a f a s e m o s t r a n d o os univalentes divididos e a migração, em dois grupos a p r o x i m a d a m e n t e iguais, tivos cromatideos para os poios. b e c, T e l o f a s e s I a n o m a l i a s . C a r n o y ; carmim-acético. X 1 . 8 0 0 . dos respecmostrando Sobre a cariologia de N a r c i s s u s odorus L. e N. gracilis Sab. 83 p o i s q u e o n ú m e r o q u e e x p r i m e o coeficiente de t e r m i n a lização é m u i t o p r ó x i m o do m á x i m o . 3 — Anafase e telofase. — E s t u d a n d o a a n a f a s e e n c o n t r á m o s a l g u m a s células em q u e t o d o s os 14 u n i v a l e n t e s se Fig. 1 0 . — N. odoras L. a e b, Telofases mostrado pontes, c, T e l o f a s e com duas pontes. C a r n o y ; carmim acético. X 1 . 8 0 0 . t i n h a m d i v i d i d o (fig. 9 a). D e u m m o d o geral, o s c r o m a t í deos d i s t r i b u i a m - s e i r r e g u l a r m e n t e e p o u c o s f o r a m os Fig. 1 1 . — N . odorus L. a, 6 e c, «Tétradas» a n ó m a l a s . C a r n o y ; carmim acético. X 1 . 8 0 0 . casos em q u e e n c o n t r á m o s 14 de cada l a d o do p l a n o equatorial. C o m o era de esperar, a a n a f a s e e a telofase a p r e s e n t a r a m as a n o m a l i a s características dos h í b r i d o s (fig. 9 b, c). A l é m disso, o b s e r v á m o s a i n d a a l g u m a s p o n t e s (fig. 10 a-c), 84 Alice de Lemos Pereira que n ã o p u d e m o s i n t e r p r e t a r , m a s que, d e a c ô r d o com os r e s u l t a d o s de R I C H A R D S O N (l936), D A R L I N G T O N (l937), etc., devem ter r e s u l t a d o d a existência d e i n v e r s õ e s n o s c r o m o s o m a s q u e e m p a r e l h a r a m . A existência de p o n t e s m o s t r a que certos c r o m o s o m a s das g u a r n i ç õ e s de N. pseudonarcissxxs e N. jonquilla diferem no a r r a n j o l i n e a r dos genes. 4 — 77 Divisão.—Esta d i v i s ã o , c o m o se p r e v i a , e r a m u i t o a n o r m a l , d a d a s a s i r r e g u l a r i d a d e s o b s e r v a d a s n a divisão I . A s «tetradas» e r a m a n ó m a l a s como s e v ê pelas f i g u r a s 11 a, b, c, o n d e r e p r e s e n t a m o s a l g u m a s das m u i t a s c o n f o r mações observadas. 4. IWarcissus poeticus L. N A G A O (l929) e s t u d o u a v a r i e d a d e poetarum d e s t a espécie e verificou q u e era t r i p l ó i d e (21 c r o m o s o m a s s o m á t i c o s ) . SATÔ (l938) e n c o n t r o u t a m b é m i n d i v í d u o s de N.poeticus que p o s s u í a m 21 c r o m o s o m a s , dos q u a i s 18 e r a m c o m p r i d o s e 3 c u r t o s , p r o v i d o s de s a t é l i t e ; um dos satélites, p o r é m , era extremamente pequeno. F a z e n d o o e s t u d o da f o r m a h o r t í c o l a de flores d o b r a das « N a r c i s s e d o u b l e des poetes», e n c o n t r á m o s 14 c r o m o s o m a s n a s células dos m e r i s t e m a s r a d i c u l a r e s , o q u e m o s t r a q u e esta v a r i e d a d e é u m a f o r m a d i p l ó i d e (fig. 12 a). O estudo d a morfologia dos c r o m o s o m a s p e r m i t i u - n o s estabelecer os 7 t i p o s s e g u i n t e s : A — C r o m o s o m a c o m p r i d o h e t e r o b r a q u i a l , em q u e o r a m o c u r t o é m a i o r que m e t a d e d o r a m o c o m p r i d o ; B — C r o m o s o m a s e m e l h a n t e ao a n t e r i o r , m a s com o r a m o comprido um pouco mais curto; C — C r o m o s o m a m o r f o l o g i c a m e n t e s e m e l h a n t e ao a n terior, m a s t e n d o o r a m o curto m e n o r ; Sobre a cariologia de N a r c i s s u s odorus L. e N. gracilis Sab. 85 D - Cromosoma longo heterobraquial, com o ramo comprido maior que o de todos os outros e o ramo curto com um comprimento um pouco maior que V3 do ramo comprido; Fia- 12. — « N a r c i s s e double des poetes», a, Metafase n u m a célula do meristema radicular. Os 7 pares de c r o m o s o m a s são designados pelas letras A a G. N a v a c h i n e ; violeta de genciana. X 3.000, b, N ú c l e o de urna célula do meristema radicular mostrando dois n u c l é o l o s . N a v a c h i n e ; violeta de genciana. X 1.800. E—Cromosoma heterobraquial; o ramo comprido é menor que o correspondente dos tipos precedentes, e o ramo curto maior que metade do ramo comprido; F—Cromosoma morfológicamente semelhante ao tipo D, do qual se distingue por ambos os seus ramos serem mais curtos; G—Cromosoma semelhante ao do tipo precedente, mas bastante mais curto e provido de satélite na extremidade do ramo curto. 86 Alice de Lemos Pereira O n ú m e r o m á x i m o de n u c l é o l o s — dois (fig. 12 b) — e s t á de acôrdo com a existência de dois c r o m o s o m a s satelíferos. E s t u d á m o s t a m b é m as formas cultivadas «Narcisse s i m p l e des poètes» e « N a r c i s s e des poètes s i m p l e hâtif» e verificámos q u e e r a m t a m b é m f o r m a s diplóides. F i g . 13. — N. poeticus L. a, P l a c a equatorial n u m a célula do m e r i s tema radicular mostrando 21 c r o m o s o m a s , que correspondem precisamente à triplicação da guarnição h a p l ó i d e . La Cour 2 B E ; v i o l e t a de genciana.X3.000. b, N ú c l e o de u m a célula do meristema radicular apresentando 3 n u c l é o l o s . La C o u r 2 B E ; violeta de genciana. X 1.800. A o b s e r v a ç ã o de e x e m p l a r e s p r o v e n i e n t e s do J a r d i m B o t â n i c o d e K i e l m o s t r o u - n o s que e r a m f o r m a s t r i p l ó i d e s , cuja g u a r n i ç ã o c o r r e s p o n d i a p r e c i s a m e n t e à triplicação da g u a r n i ç ã o haplóide (fig. l 3 a , b). 5. Narcissus gracilis Sab. P e l o exame de n u m e r o s a s figuras, verificámos que N. gracilis p o s s u e 14 c r o m o s o m a s s o m á t i c o s dos q u a i s só um é p r o v i d o de satélite (fig. l 4 a ) . O n ú m e r o p r i m á r i o de nucléolos concorda com a existência de um só c r o m o s o m a satelífero. N. gracilis m o s t r a , p o r t a n t o , como N. odorus, u m caso de a n f i p l a s t i a diferencial ( N A V A C H I N E , 1934). Sobre a cariologia de N a r c i s s u s odorus L. e N. gracilis Sab. 87 O e s t u d o de N. jonquilla e N. poeticus m o s t r o u - n o s que os i d i o g r a m a s destas d u a s espécies são m u i t o s e m e l h a n t e s : os c r o m o s o m a s da p r i m e i r a espécie (fig. l a ) corr e s p o n d e m , com p e q u e n a s diferenças, aos designados pelas m e s m a s letras n a s e g u n d a (fig. 1 2 a ) . F i g . 14. — N. gracilis S a b . a, Metafase n u m a célula do meristema radicular m o s t r a n d o l4 c r o m o s o m a s dos quais um provido de s a t é lite. C r o m o - f o r m o l de L e w i t s k y ; violeta de genciana. lofase m o s t r a n d o X 3.000. b, T e - um só nucléolo em cada um dos núcleos filhos. N a v a c h i n e ; F e u l g e n verde-luz. X 1.800. A g u a r n i ç ã o de N. gracilis é m u i t o s e m e l h a n t e à de q u a l q u e r das d u a s espécies m e n c i o n a d a s . E s t e facto c o n corda com a hipótese q u e o considera r e s u l t a n t e do seu c r u z a m e n t o . D a d a a g r a n d e semelhança e n t r e as três g u a r nições, f o i - n o s i m p o s s í v e l identificar, n o h í b r i d o , q u a i s o s c r o m o s o m a s p r o v e n i e n t e s d e cada u m dos progenitores, com excepção do c r o m o s o m a satelífero que pertence à g u a r n i ç ã o de N. poeticus. 88 Alice de Lemos Pereira DISCUSSÃO C o m o já dissemos, N.odorus é considerado p o r a l g u n s a u t o r e s ( B U R B I D G E , 1875; B A K E R , 1875, 1878; C O U T I N H O , l9l3) como u m a espécie n a t u r a l e p o r o u t r o s ( H E R B E R T , 1837; F I O R I e P A O L E T T I , 1896; R O U Y , 1912) como u m h í b r i d o e n t r e N.jong[uilla e N.pseudonarcissus. As observações cariológicas de N A G A O e F E R N A N D E S , m o s t r a n d o q u e N.odoras p o s s u e 14 c r o m o s o m a s somáticos, n ã o se o p õ e m à o p i n i ã o do s e g u n d o g r u p o de a u t o r e s , visto que N.jon^uilla e N.pseudonarcissus p o s s u e m 7 como n ú m e r o básico. C o m o N A G A O (1933) e F E R N A N D E S (l934), e n c o n t r á m o s t a m b é m l4 c r o m o s o m a s somáticos. F a z e n d o o estudo c o m p a r a t i v o da sua g u a r n i ç ã o com as dos s u p o s t o s p r o g e n i tores, foi-nos possível identificar, n a p r i m e i r a , a l g u n s c r o m o s o m a s característicos da g u a r n i ç ã o de N.jonç{uilla ( A , B e C) e a l g u n s típicos de N.pseudonarcissus ( P p e P p ' ) . A - p e s a r - d e n ã o ter sido possível identificar t o d o s os o u t r o s c r o m o s o m a s (o que n ã o é de a d m i r a r devido ao facto de eles serem m o r f o l o g i c a m e n t e s e m e l h a n t e s em a m b o s os p r o g e n i t o r e s p r o v á v e i s ) , o facto de t e r m o s identificado c r o m o s o m a s q u e pertencem i n d u b i t a v e l m e n t e a N.jonquilla e a N.pseudonarcissus m o s t r a q u e a o p i n i ã o de H E R B E R T , F I O R . e P A O L E T T I e R O U Y é deveras provável. O e s t u d o d a meiose, m o s t r a n d o que o c o m p o r t a m e n t o dos c r o m o s o m a s é i r r e g u l a r , s e m e l h a n t e àquele que se observa n o s h í b r i d o s e n t r e espécies, vem t r a n s f o r m a r essa hipótese n u m a certeza. FERNANDES (l937) estabeleceu p a r a N.junciíolius a f ó r m u l a c r o m o s ó m i c a s e g u i n t e : 2n = l4 = 6 I/p + 2 lm + 2 mP + 2 PP + 2 P p ' . O r a , como em N.odorus n ã o aparecem os c r o m o s o m a s característicos da g u a r n i ç ã o dessa espécie, a s u ' e s t ã o de P U G S L E Y (l939) s e g u n d o a q u a l N.odorus p o d e ria ter resultado do c r u z a m e n t o N.pseudonarcissus X X N.junciíolius é c o m p l e t a m e n t e i n f i r m a d a pelos d a d o s cariológicos. ZV. éracílis S a b . é considerado um h í b r i d o , m a s n ã o se conhecem a i n d a com precisão as espécies de cujo c r u z a m e n t o êíe teria p r o v i n d o , como é m o s t r a d o pelo seguinte q u a d r o que r e s u m e as opiniões e m i t i d a s pelos t a x o n o m i s t a s : Sobre a cariologia de N a r c i s s u s odorus L. e N. gracilis Sab. 89 1) N. poeticus ( l 4 ) X T V . tazetta 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) (30,22) BURBIDGE N.bifloras (l7) X N.tazetta (20,32) N.odorus (l4) X N.poeticus (l4) N.odorus (l4) X N.biflorus (l7) N.jonquilla (l4) X TV poeticus (l4) B U R B I D G E , B O W L E S N.jonquilla (14) X N.biflorus (l7) N.jonquilla (14) X N.tazetta (20,22) BAKER N.tazetta (20,22) X N.juncifolius (l4) D e v i d o p r i n c i p a l m e n t e aos t r a b a l h o s de F E R N A N D E S (l93l, 1934, 1937 &, 1939 a, 6), s ã o conKecidos os i d i o g r a m a s das especies q u e o s a u t o r e s c o n s i d e r a m e n v o l v i d a s n o c r u z a m e n t o , com excepção de N. poeticus. T e n d o feito o e s t u d o desta ú l t i m a espécie e t e n d o verificado que 2V". gracilis p o s sue 14 c r o m o s o m a s s o m á t i c o s , p o d e r e m o s , com a ajuda dos n o s s o s d a d o s e dos de F E R N A N D E S , discutir as opiniões expostas no quadro anterior: l) N. gracilis n ã o p o d e r i a ter sido o r i g i n a d o pelo c r u z a m e n t o N. poeticus X N. tazetta, pois que os n ú m e r o s básicos q u e se e n c o n t r a m na ú l t i m a especie são 10 e 11. A f o r m a r e s u l t a n t e do c r u z a m e n t o deveria a p r e s e n t a r 17 ou 18 c r o m o s o m a s , o q u e n ã o está de acôrdo com os f a c t o s ; Z) N. biilorus é um h í b r i d o p r o v i d o de 17 c r o m o s o m a s e c o m p l e t a m e n t e estéril ( N A G A O , 1933). N ã o p o d e r i a , pois, ser um dos p r o g e n i t o r e s de N. gracilis; 3) N. odorus é t a m b é m , como é suficientemente dem o n s t r a d o n e s t e t r a b a l h o , u m h í b r i d o c o m p l e t a m e n t e estéril. P o r éste m o t i v o , a - p e s a r - d e a m b o s o s s u p o s t o s p r o g e n i t o r e s a p r e s e n t a r e m 14 c r o m o s o m a s , este c r u z a m e n t o n ã o p o d e r i a ter o r i g i n a d o N. gracilis; 4) N. gracilis n ã o p o d e r i a ter sido o r i g i n a d o p o r este c r u z a m e n t o , p o i s q u e a m b a s as espécies s ã o h í b r i d o s estéreis; 5) N. gracilis p o d e r i a ter sido o r i g i n a d o p o r este c r u z a m e n t o , pois q u e a m b o s o s s u p o s t o s p r o g e n i t o r e s são espécies n a t u r a i s férteis e a m b a s a p r e s e n t a m 7 como n ú mero básico; 6) E s t e c r u z a m e n t o deve ser excluído, p o r q u a n t o N.bifloras é, c o m o dissemos, um h í b r i d o estéril; 7) N e s t e c r u z a m e n t o a m b o s os s u p o s t o s p r o g e n i t o r e s 12 90 Alice de Lemos Pereira são espécies n a t u r a i s férteis; o p r o d u t o r e s u l t a n t e deveria, p o r é m , a p r e s e n t a r l7 ou 18 c r o m o s o m a s , o q u e m o s t r a que n ã o p o d e r i a ter p r o d u z i d o N. gracilis. E m face d o exposto, v e m o s que, dos c r u z a m e n t o s a p o n t a d o s pelos t a x o n o m i s t a s , N. gracilis só poderia ter sido o r i g i n a d o pela h i b r i d a ç ã o de ?V. jonquil1a com N. poeticus. O e s t u d o da morfologia dos c r o m o s o m a s vem a p o i a r esta h i p ó t e s e . A s s i m : — S e i s dos c r o m o s o m a s das g u a r n i ç õ e s h a p l ó i d e s de N. jonquilla e 2V*. poeticus são morfologicam e n t e b a s t a n t e s e m e l h a n t e s . E m N . gracilis e n c o n t r a m - s e 12 c r o m o s o m a s que se c o n f u n d e m com os c o r r e s p o n d e n t e s das guarnições de N.jonquilla ou N.poeticus. Os cromos o m a s satelíferos de N.jonq\uilla e N.poeticus são m o r fologicamente diferentes e foi possível, a - p e s a r - d e o c r o m o s o m a da g u a r n i ç ã o jonquilla se a p r e s e n t a r desprovido de satélite, verificar que êsses dois c r o m o s o m a s a p a r e c i a m em N.gracilis. A m o r f o l o g i a dos c r o m o s o m a s parece, pois, levar à conclusão de q u e N.gracilis foi o r i g i n a d o pelo c r u z a m e n t o de d u a s f o r m a s diplóides p e r t e n c e n t e s às espécies N.jonquilla e N.poeticus. O s caracteres d a m o r f o l o g i a e x t e r n a h a r m o n i z a m - s e p e r f e i t a m e n t e com esta ideia, pelas s e g u i n t e s r a z õ e s : 1) As folhas de N.gracilis, e m b o r a um p o u c o m a i s largas, a s s e m e l h a m - s e b a s t a n t e na f o r m a e côr às de N. jonquilla; 2) O p e d ú n c u l o floral, a p r e s e n t a n d o d u a s m a r g e n s pouco a c e n t u a d a s , é i n t e r m e d i á r i o entre os escapos dos s u p o s t o s p r o g e n i t o r e s : cilíndrico em jonquilla; c o m p r i m i d o e p r o v i d o de d u a s m a r g e n s salientes em N.poeticus; 3) N.jonquilla ticus 1-2; N.gracilis, p r o d u z em geral 2-6 flores; N.poep r o d u z i n d o 1-3, é i n t e r m e d i á r i o ; 4) A flor de N.gracilis é, no seu aspecto geral, m u i t o parecida com a de ?V. poeticus ( B U R B I D G E , B O W L E S , etc.); os s e g m e n t o s , p o r é m , a p r e s e n t a m u m a côr i n t e r m e d i á r i a entre o a m a r e l o i n t e n s o de jonquilla e o b r a n c o p u r o de poeticus. Sobre a carioloéia de N a r c i s s u s odorus L. e N. gracilis Sab. 91 RESUMO E CONCLUSÕES 1·—¿V. jonçíuilla L. p o s s u e u m a g u a r n i ç ã o c r o m o s ó mica diplóide t r a d u z i d a na f ó r m u l a : 2n = l4 = 2 Ll + 4 L m + 2 L p -h 2 11 + 2 Ip + 2 lp'. 2. — N. pseudonarcissus L. p o s s u e u m a g u a r n i ç ã o c r o m o s ó m i c a diplóide r e p r e s e n t a d a pela f ó r m u l a 2n = l4 = 4 L p + 2 L m + 2 11 + 2 lp + 2 P p ' + 2 P p . 3. — N. odorus L. possue 14 c r o m o s o m a s somáticos entre os q u a i s se p o d e m d i s t i n g u i r dois — A e P p ' — p r o v e n i e n t e s , r e s p e c t i v a m e n t e , das g u a r n i ç õ e s jonçfuilla e pseudonarcissus. A região nuclèologénica do c r o m o s o m a n u l e o l a r de N. pseudonarcissus é m a i s activa que a do c r o m o s o m a de N. jonquilla. P o r vezes, p o r é m , esta ú l t i m a pode t a m b é m f u n c i o n a r o r i g i n a n d o - s e núcleos com dois n u c l é o los. A existencia destes núcleos explica o a p a r e c i m e n t o de metafases, como a r e p r e s e n t a d a p o r F E R N A N D E S (l934), com dois c r o m o s o m a s satelíferos. 4. — Os satélites de N. odorus são de n a t u r e z a b e t e rocromática, visto q u e n ã o sofrem as transformações telofásicas e na interfase se a p r e s e n t a m compactos e i n t e n s a m e n t e corados, localizados à superfície dos n u c l é o l o s . 5. — O f i l a m e n t o satelífero é de n a t u r e z a cromática, pois que se cora como a c r o m a t i n a depois da aplicação da reacção n u c l e a r ( « N u k l e a l - Q u e t s c h m e t h o d e » de H E I T Z ) . E s t a reacção é i n d e p e n d e n t e da presença ou ausencia de ácido crómico n o fixador. 6. — O estudo da divisão beterotípica de 2V". odorus mostrou-nos o seguinte: a) b) Só e n c o n t r á m o s diacineses com 14 u n i v a lentes; N a metafase aparecem q u á s i sempre 1 4 u n i v a l e n t e s ; 20 % dos casos m o s t r a r a m um b i v a l e n t e e 1,5 °/ a p r e s e n t a r a m d o i s ; A t e r m i n a l i z a ç ã o dos bivalentes na metafase 0 c) 92 Alice d) e) f) g) de Lemos Pereira é elevada (coeficiente de t e r m i n a l i z a ç ã o = 0,918); O a p a r e c i m e n t o de p o n t e s é m u i t o f r e q u e n t e ; A a n a f a s e e telofase I m o s t r a r a m um c o m p o r t a m e n t o a n o r m a l , característico dos h í b r i d o s inter-específ icos; A s i r r e g u l a r i d a d e s d a divisão I I são t a m b é m m u i t o f r e q u e n t e s e as «tetradas» a n ó m a l a s ; O s grãos d e p ó l e n e r a m t o d o s i m p e r f e i t o s . 7. — Os caracteres morfológicos dos c r o m o s o m a s s o m á ticos e o e s t u d o da meiose de N.od orus m o s t r a m q u e esta espécie deve ser considerada r e s u l t a n t e do c r u z a m e n t o e n t r e N.jonquillá e N.pseudonarcissus. 8. — N.poeticus L. p o s s u e u m a g u a r n i ç ã o c r o m o s ó mica diplóide c o m p o s t a de 14 c r o m o s o m a s , q u e c o r r e s p o n d e m , com p e q u e n a s diferenças, aos da g u a r n i ç ã o de N.jonquillá. 9. — N.gracilis S a b . p o s s u e 14 c r o m o s o m a s s o m á t i c o s . A s u a g u a r n i ç ã o é m u i t o s e m e l h a n t e às de N.jonquillá e N.poeticus, apresentando, entretanto, um só cromosoma satelífero, p r o v e n i e n t e da g u a r n i ç ã o poeticus. A região nuclèologénica do c r o m o s o m a n u c l e o l a r desta espécie é m a i s activa do que a do de N.jonquillá. O e s t u d o da m o r f o l o g i a dos c r o m o s o m a s s o m á t i c o s , a p o i a d o pela o p i n i ã o de a l g u n s t a x o n o m i s t a s , l e v o u - n o s a concluir q u e N.gracilis deve ter r e s u l t a d o do c r u z a m e n t o entre N.jonquillá e N.poeticus. O e x a m e da m o r f o l o g i a e x t e r n a d a s t r ê s espécies citadas está de acôrdo com esta ideia, pois q u e m o s t r a q u e N . g r a c i l i s t e m caracteres i n t e r m e d i á r i o s e n t r e os a p r e s e n t a d o s p o r N. jonquillá e N. poeticus. RÉSUMÉ ET CONCLUSIONS 1· — N.jonquillá L. possède u n e g a r n i t u r e c h r o m o s o m i q u e q u i p e u t être e x p r i m é e p a r la f o r m u l e : 2n = 14 = 2 L1 + 4 L m + 2 L p + 2 11 + 2 Ip 4- 2 lp'. Sobre a cariologia de N a r c i s s u s odorus L. e N. gracilis Sab. 93 2. — N. pseudonarcissus L. possède l4 c h r o m o s o m e s somaliciu.es, d o n t la m o r p h o l o g i e p e u t être représentée p a r la f o r m u l e : 2n = l4 = 4 Lp + 2 Lm + 2 1 1 + 2 lp + 2 Pp' + 2 Pp. odorus L. possède a u s s i 14 c h r o m o s o m e s s o m a tiques. P a r m i ces criromosomes, il a été possible d ' i d e n t i fier d e u x — A et P p ' — a p p a r t e n a n t , respectivement, a u x g a r n i t u r e s jonquilla et pseudonarcissus. L a région n u c l é o l o g é n i q u e d u c h r o m o s o m e nucléolaire de N. pseudonarcissus est p l u s active que celle du m ê m e c h r o m o s o m e de N. jonquilla. P a r f o i s , c e p e n d a n t , cette d e r n i è r e région p e u t aussi f o n c t i o n n e r et des n o y a u x à d e u x nucléoles s o n t engendrés. L'existence de ces n o y a u x explique l ' a p p a r i t i o n de m é t a p h a s e s , c o m m e celle r e p r é s e n tée p a r F E R N A N D E S (l934), p o u r v u e s de d e u x c h r o m o s o m e s satellitifères. D e u x h y p o t h è s e s s o n t suggérées p o u r d o n n e r c o m p t e de l ' a p p a r i t i o n des n o y a u x à d e u x nucléoles. 4. — L e s satellites de N. odorus s o n t de n a t u r e h é t é r o c h r o m a t i q u e , p u i s q u ' i l s n e s u b i s s e n t p a s les t r a n s f o r m a t i o n s t é l o p h a s i q u e s et, à l ' i n t e r p h a s e , ils se p r é s e n t e n t , à la surface du nucléole, c o m m e des corpuscules compacts et i n t e n s é m e n t colorés. 5. — Le f i l a m e n t satellitifère est de n a t u r e c h r o m a tique, p u i s q u ' i l se colore c o m m e la c h r o m a t i n e après l ' a p p l i c a t i o n de la réaction n u c l é a l e ( « N u k l e a l - Q u e t s c h m e t h o d e » de H E I T Z ) . Cette r é a c t i o n est i n d é p e n d a n t e de l a présence ou de l'absence d'acide c h r o m i q u e d a n s le fixateur. 6. — L ' é t u d e des divisions réductrices n o u s a m o n t r é les particularités suivantes: a) b) L a p l u p a r t des diacinèses m o n t r e n t 1 4 u n i valents ; C o m m e les diacinèses, les m é t a p h a s e s m o n t r e n t p l u s s o u v e n t 14 u n i v a l e n t s ; 20 °/ des cas n o u s o n t m o n t r é 1 b i v a l e n t et 12 u n i v a l e n t s et 1,5 °/o d e u x b i v a l e n t s e 10 u n i v a l e n t s ; 0 94 Alice c) d) e) f) g) de Lemos Pereira La t e r m i n a l i s a t i o n des b i v a l e n t s est très élevée (coefficient de t e r m i n a l i s a t i o n = 0,9l8); A l ' a n a p h a s e , des p o n t s se t r o u v e n t avec u n e certaine fréquence; Les a n a p h a s e s et t é l o p h a s e s de la division hétérotypique montrent un comportement assez irrégulier, c o m m e c'est l ' b a b i t u d e chez les b y b r i d e s interspécifiques; La seconde d i v i s i o n est a u s s i t r è s i r r é g u l i è r e et les «tétrades» s o n t i r r é g u l i è r e s ; Les g r a i n s de p o l l e n s o n t t o u s m a l c o n f o r m é s . 7. — La m o r p h o l o g i e des c h r o m o s o m e s s o m a t i q u e s a i n s i que les caracteres de la méiose de N. odorus m o n t r e n t que cette espèce est un h y b r i d e de N. jonquilla et N. pseudonarcissus. 8. — La g a r n i t u r e c h r o m o s o m i q u e diploïde de N. poeticus est constituée p a r l4 c h r o m o s o m e s q u i s o n t , avec de légères différences, assez semblables à ceux de la g a r n i t u r e de N. jonquilla. 9. — N. gracilis S a b . possède l4 c h r o m o s o m e s s o m a tiques. Sa g a r n i t u r e ressemble c o n s i d é r a b l e m e n t ceux de N. jonquilla et N. poeticus. N. gracilis présente un seul c h r o m o s o m e satellitifère p r o v e n a n t de la g a r n i t u r e poeticus. La région n u c l é o l o g é n i q u e de ce c h r o m o s o m e est donc p l u s active que celle du c h r o m o s o m e de la g a r n i t u r e de N. jonquilla. L étude de la m o r p h o l o g i e des c h r o m o s o m e s s o m a t i ques n o u s a a m e n é à conclure q u e N. gracilis doit être le r é s u l t a t d ' u n croisement de N. jonquilla et N.poeticus. Les caractères de la m o r p h o l o g i e e x t e r n e des t r o i s espèces s'accordent avec ce p o i n t de v u e , p u i s q u e N. gracilis présente des caractères i n t e r m é d i a i r e s e n t r e ceux de N. jonquilla et N. poeticus. 95 Sobre a cariologia de N a r c i s s u s odorus L. e N. gracilis Sab. BIBLIOGRAFÍA B A K E R q. G . ) , 1888 — Handbook of the Amaryllideae. L o n d o n . B H A D U R I (p. N . ) , 1 9 3 8 — R o o t - t i p smear Technique and the Differential staining of the N u c l e o l u s . Journ. of the Royal Microscopical Society, 5 8 , Serie I I I , 120-134. B O W L E S ( E . A . ) , 1934 — A Handbook of N a r c i s s u s . Londres. B U R B I D G E ( F . W . ) and B A K E R q. G . ) , 1875 — The N a r c i s s u s : Its history and culture. Londres. C O U T I N H O ( A . X . P . ) , 1 9 1 3 — A Flora de Portugal. Lisboa. D A R L I N G T O N (c. Londres. D . ) , 1937 — Recent advances in cytology. J. and A . Churchill, l 9 3 l —F^studos n o s cromosomas das Liliáceas e Amarilidáceas. Bol. Soc. Broteriana. 7, ( 3 . ser.), 1 - 1 3 3 . 1934 — N o u v e l l e s études caryologiques sur le genre Narcissus. Bol. Soc. Broteriana, 9 ( 3 . * ser.), 3-198. F E R N A N D E S (A.), a 1 9 3 6 — Les satellites c h e z les N a r c i s s e s . II. Les satellites pendant la m i tose. Bol. Soc. Broteriana, 11 (3.* ser.), 87-142. 1937a — Les satellites chez les N a r c i s s e s . I I I . La nature du filament. Bol. Soc. Broteriana, 1 3 ( 3 . s e r . ) , 139-158. 19376 — S u r l'origine du Narcissus dubius G o u a n . Bol. Soc. Broteriana, 13 a a ( 3 . ser.), 93-118. 1939 a — Sur l'origine du Narcissus jonquilloides W i l l h . Scientia Genética, 1 , 16-61. 19396— Sur la caryo-systémafique du groupe Jonquilla du genre Narcissus L. Bol. Soc. Broteriana, 13 (2. ser.), 447-544. F I O R I ( A . ) e P A O L E T T I ( G . ) , 1896 — Flora analítica de Italia, I, P a d u a . H E I T 2 ( E . ) , 1 9 3 1 — D i e U r s a c h e der gesetzmasigen Zahl, Lage, Form und G r ó s s e pflanzlicher N u k l e o l e n . Planta, 1 2 , 775-844. a 1936 — Die Nukleal-Quetschmethode. Ber. d. Deut. Bot. Gesel., S3, 870-877. HERBERT, 1887 — Amaryllidaceae. L A C O U R (L.), 1937 — Improvements in plant cytological technique. Bot. Review, 5 , 241-258. M c C L I N T O C K ( B . ) , 1934 — T h e relation of a particular chromosomal element to the development of the Anat., 3 1 , 294-328. nucleoli in Zea Mays. Zeits. f. Zelforsch. u. mihr. M E N S I N K A I ( S . w . ) , 1 9 3 9 — T h e conception of the satellite and the nucleolous, and the behaviour of these bodies in cell division. Anna7s of Botany, N. S., 3, 763-794. M O L ( w . E . D E ) , I922 — T h e disappearance o f the dip'oid and triploid m a g n i c o ronati narcissi from the larger cultures and the appearance in their place of tetraploid forms. Proc. of Koninklijke Akad. van Wetenschappen te Amsterdan, 25, 1-5. N A G A O (s.), 1929 — K a r y o l o g i c a l studies of the Narcissus plant. — I. Somatic 96 Alice de Lemos Pereira c h r o m o s o m e n u m b e r s of s o m e garden varieties and s o m e m e i o t i c p h a s e s of a triploid variety. Mem. Coll. Sci. Kyoto Imp. 1933 — Number Mem. Coll. Sci. and behavior Kyoto Imp. of Univ., Univ., 4, 1 7 5 - 1 7 9 . chromosomes in the genus Narcissus. 8, 8 1 - 2 0 0 . N A V A C H I N E ( M . ) , 1 9 3 4 — C h r o m o s o m e alterations caused b y h y b r i d i z a t i o n and their beating u p o n certain general genetic problems. Cytologia, S, 1 6 9 - 2 0 3 . P U G S L E Y ( H . W . ) , 1 9 3 9 — N o t e s on N a r c i s s i . Journ. oí Botany, 77, 3 3 3 - 3 3 7 . R I C H A R D S O N ( M . M . ) , 1 9 3 6 — Structural h y b r i d i t y in Lilium Martagón alhum X X Hansonii, J. Genetics, 32, 411-450. R O U Y ( G . ) , 1 9 1 2 — Flore de France, 1 3 , P a r i s . SAT6 ( D . ) , 1 9 3 8 — K a r y o t y p e a l t e r a t i o n and P h y l o g e n y . I V . K a r y o t y p e s in Amaryllidaceae with special reference to t h e S A T - c h r o m o s o m e . Cytologia, 9» 203-242. S E M M E N S ( C S.) and B H A D U R I (p. N . ) , 1 9 3 9 — A technic for differential s t a i n i n g o f n u c l e o l i and c h r o m o s o m e s . Stain Technology, 1 4 , 1 - 5 . NOVAS ÁREAS DA FITOGEOGRAFIA PORTUGUESA por A. TABORDA DE MORAIS A S n o t a s q u e se seguem, s ã o , q u e r observações p o r m i m r e a l i z a d a s n o s ú l t i m o s a n o s com p r e o c u p a ç õ e s f i t o geográficas, f r a g m e n t o s d u m a c o n s t r u ç ã o m a i s a m p l a q u e sobre o c o n h e c i m e n t o geobotânico do P a í s se p r e t e n d e elaborar, acompanhadas de u m a ou outra herborização e s t r a n h a à p r e o c u p a ç ã o d o m i n a n t e , quer o r e s u l t a d o do e s t u do t a x o n ó m i c o e a r r u m a ç ã o dos m a t e r i a i s a c u m u l a d o s no Instituto Botânico durante os quinze ou vinte anos mais chegados, o r i g i n á r i o s , p a r t i c u l a r m e n t e , das excursões p r o m o v i d a s pelo n u n c a esquecido director D r . L U I S C A R R I S S O , e sobre a t a x o n o m í a dos q u a i s , com seu d e s c o n h e c i m e n t o , s e e l a b o r o u j á m a i s d e u m estudo o n d e i n t e r e s s a r i a c o n h e cê-los. E evidente p o i s a necessidade da divulgação dêsses dados, que a g o r a p u b l i c a m o s , com a devida citação dos especímenes q u e o s f u n d a m e n t a m , b e m como a l g u m a s f o t o g r a fias d o c u m e n t á r i a s d a fitogeografia. U m a p e q u e n a verificação a q u e a s u a l e i t u r a n o s c o n d u z : a região de T r á s - o s - M o n t e s está l o n g e a i n d a de se c o n s i d e r a r c o n h e c i d a sob o p o n t o de v i s t a florístico e é, c e r t a m e n t e , a á r e a do P a i s m e n o s e x p l o r a d a fitocorològicamente. U r g e o seu e s t u d o . C o m o p a r a idêntico trabalho anterior nosso continuam o s a r e f e r e n c í a r - n o s p e l a « F l o r a de P o r t u g a l » de P E R E I R A C O U T I N H O , 2. edição, 1939, m e n c i o n a n d o a p e n a s , g e r a l m e n t e , a q u i l o cuja á r e a se estende a u m a n o v a região com o valor d u m a Província e n ã o o que indica unicamente novas estações d e n t r o de regiões já conhecidas. a 97 13 98 1. A. Taborda de Morais C h e i l a n t h e s H i s p â n i c a Mett. Trás-os-Montes e Alto Douro: n a s fendas das roerias do Penedo D u r ã o , em Freixo de F s p a d a Cinta, a 700 m . de a l t i t u d e , T A B O R D A D E M O R A I S , 3-X-1938, n.° 3898! 2. Pinus Pinaster A i t . U m a coisa é s e g u r a m e n t e certa r e l a t i v a m e n t e à d i s tribuição do pinheiro bravo no nosso país: o a u m e n t o progressivo e a c t u a l da s u a á r e a . P o r si, ou como c o n s e q u ê n c i a da acção do b o m e m , o certo é que êle se estende p a r a o i n t e r i o r do P a í s . O r a entre as d u a s a l t e r n a t i v a s se t e m colocado o p r o b l e m a da existência desta espécie em P o r t u g a l : quer como a u t ó c t o n e e e s p o n t â n e a , q u e r como introduzida e subespontânea. I n d i c a ç ã o certa d a s u a existência n e s t e p o n t o d a T e r r a d u r a n t e os ú l t i m o s t e m p o s geológicos n ã o existe. F ó s s i l e n c o n t r o u - s e em P o r t u g a l , do Q u a r t e n á r i o , o Pinus silvestris em M a r r a z e s e o f r a g m e n t o d u m a f ô l h a q u e a p e n a s se p o d e a t r i b u i r a um Pinus sem indicação de espécie (l). C o m o a r g u m e n t o s sólidos d e que, m e s m o a o l o n g o d o l i t o r a l no N o r t e e C e n t r o do P a í s , êle n ã o o c u p a v a m u i t a s , se n ã o a m a i o r p a r t e , das áreas que boje ocupa, a p r e s e n t o dois factos verificados. P r i m e i r o : fora das dune.s do l i t o r a l n ã o se faz a c t u a l m e n t e p e r c u r s o de relativa extensão a t r a vés de p i n h e i r a i s sem q u e s u r j a m s i n a i s evidentes da existência, a n t e r i o r m e n t e e em l u g a r e s que eles boje o c u p a m , de c a r v a l h o s , q u e r o Quercus Robur, q u e r o Quercus lusitanica ou Quercus Suber, conforme a região. A existência destas espécies revela-se p o r u m a o u o u t r a á r v o r e , e , m a i s g e r a l m e n t e , p e l a p r e s e n ç a de p ô l a s radicais de m a i o r ou m e n o r d e s e n v o l v i m e n t o . S e concedemos que estas p ô l a s são o i n d i c a d o r infalível da existência da á r v o r e d e r r u b a d a , e como a s u a ocorrência se faz f r e q u e n t e m e n t e , b a v e m o s n e c e s s a r i a m e n t e de concluir pelo p r e d o m í n i o exclusivo da espécie n u m p a s s a d o m a i s o u m e n o s l o n g í n q u o , p o i s que o p i n h a l , beliófilo, n ã o p o d i a concorrer e conviver com o car(l) É certo que também noutros pontos do globo os fósseis do Pinus Pinaster são raros, e apenas do Quaternário, tudo parecendo indicar que se trata de espécie recentemente diferenciada. Novas áreas da fitogeografia portuguesa 99 v a l h a l u m b r o s o . F o i n a t u r a l m e n t e o i n c ê n d i o e, certam e n t e , o u t r a s actividades d o b o m e m q u e d e s t r u í r a m , o s Qvterceta; e foi a i n d a o b o m e m que, sem d ú v i d a a j u d a d o pelo p r ó p r i o p o d e r i n v a s o r da espécie, fêz o c u p a r o l u g a r vago pelo p i n h a l . D e s t a f o r m a , p a u l a t i n a m e n t e , s e r e a l i z o u a s u b s t i t u i ç ã o g r a d u a l do c a r v a l h o pelo p i n h e i r o , e a s s i m foi q u e o solo p o r t u g u ê s , p r i n c i p a l m e n t e t e r r a de Quercus, clímax de f o l h o s a s em verdes claros e f o l h a g e m caduca, com s o b b o s q u e de ervagens, n u n s casos, n o u t r o s de f o l h a p e r m a n e n t e , esclerófila, e verde escuro, se v i u coberto de coníferas, com s o b b o s q u e estéril. O q u e t e m o s estado a expor aplica-se ao l i t o r a l do n o r t e e centro, p a r a d e n t r o d a faixa d e d u n a s m a r í t i m a s , n u m a p r o f u n d i d a d e que a t i n g e , pelo m e n o s , m e t a d e d a largura do país. P a r a as d u n a s o caso parece s e r . o u t r o . Aí s e r i a o Pinus Pinea o o c u p a n t e p r i m i t i v o e o Pinus Pinaster o i n t r o d u z i d o . V e j a - s e o que a d i a n t e escrevemos a p r o p ó s i t o d a q u e l a espécie. D o que fica dito p o d e m o s p o i s concluir desde já q u e , m u i t o n a t u r a l m e n t e , o p i n h e i r o b r a v o fez a s u a e n t r a d a e m P o r t u g a l n o p e r í o d o h i s t ó r i c o pela m ã o d o h o m e m ( l ) e que a s u a l a r g a d i s t r i b u i ç ã o a c t u a l o foi à custa, p o r um l a d o , do c a r v a l h o e pelo o u t r o do p i n h e i r o m a n s o . A p r o f u n d a p e n e t r a ç ã o c o n t i n e n t a l , essa p e r t e n c e já aos ú l t i m o s dois ou três séculos, e é dos n o s s o s dias, p e r í o d o em q u e a t i n g i u , no e x t r e m o o r i e n t a l , a f r o n t e i r a e s p a n h o l a de Leste. D e T r á s - o s - M o n t e s a s s i n a l o três p o n t o s precisos o n d e êle t e m hoje d i s t r i b u i ç ã o m a i s o u m e n o s a m p l a : o s c o n t r a fortes ao s u l da S e r r a de B o r n e s e n t r e as povoações de C o l m e a i s e V i l a r e s da V i l a r i ç a , o Cabeço da M u a no e x t r e m o n o r d e s t e da S e r r a do R o b o r e d o e os a r r e d o r e s de F r e i x o de E s p a d a C i n t a , p o n t o s s u c e s s i v a m e n t e e cada vez m a i s o r i e n t a i s , o ú l t i m o em contacto já com o D o u r o i n t e r n a c i o n a l . E m t o d o s três o s p i n h e i r a i s s e e n c o n t r a m a c i m a de, a p r o x i m a d a m e n t e , 300 m e t r o s de a l t i t u d e e (l) Tem-se indicado para essa data o princípio do século X I V ( q . Ârala P i n t o , O P i n h a l do R e i I, pp. 1 1 6 - 1 2 1 ) . 100 A. Taborda de Morais p r i n c i p a l m e n t e entre os 500 e os 1.000 m e t r o s . Na S e r r a de M o n t e s i n k o , e x t r e m o n o r t e da P r o v í n c i a , a c i m a dos 800 m e t r o s de a l t i t u d e , estão koje m e s m o os Serviços F l o r e s t a i s a p r o p a g á - l o . P a r a a M u a v a m o s t r a n s c r e v e i o que c o n s t a d o « R e l a t ó r i o acerca d a A r b o r i s a ç ã o G e r a l d o P e i z » , 1868, p . 245 : « N a serra de Roboredo ou de Moncorvo, no m o n t e da M ú a , a o l a d o d e Felgar, e n a freguesia d e L a r i n h a , k a p i n k a e s . . . F n t r e estes merece m u i especial m e n ç ã o o p i n k a l do m o n t e da M ú a , p e r t e n c e n t e á j u n t a de p a r o c k i a de F e l g a r , e que, s e g u n d o n o s i n f o r m a r a m , t e m cerca de 8 k i l o m e t r o s de p e r í m e t r o . E s t e p i n k a l , a l é m de ser m u i b a s t o , encerra m i l h a r e s d e a r v o r e s d e m u i g r a n d e s d i m e n sões ; o que, junto ao rápido crescimento das m e s m a s , d e m o n s t r a a m u i t a a p t i d ã o do solo ( p r i n c i p a l m e n t e c o n s t i t u í d o pelas r o c k a s s i l u r i a n a s ) p a r a p r o d u z i r esta essência florestal». P a r a a determinação da data da sua ckegsda tão longe como F r e i x o e o R o b o r e d o t e n t a r e m o s a l g u m a s a p r o x i mações. N o R o b o r e d o , v i m o s p e l a t r a n s c r i ç ã o acima, a i n d a a n t e s de 1868 ali existia um g r a n d e p i n h a l de l o n g a i d a d e , pois as árvores e r a m e n t ã o «de m u i g r a n d e s dimensões», p i n h a l já visto a n t e s de 1799 p o r H O F F M A N S E G G q u e ali passou também e t e s t e m c n h a : «Depuis Torre de Moncorvo j u s q u ' à Carriçaes, m a u v a i s e a u b e r g e , il y a d e u x lieues. L e c h e m i m s'élève p a r u n e p e n t e douce, e t passe s u r u n p l a t e a u . N o u s a p p e r ç û m e s u n e m o n t a g n e couverte d e p i n s m a r i t i m e s , ckose r a r e et fort agréable d a n s ces c o n t r é e s . . . Q u e l q u e s m o n t a g n e s , c o m m e p a r exemple celle q u i est couverte d e p i n s m a r i t i m e s , e t d o n t n o n s a v o n s p a r l é p l u s b a u t , r e n f e r m e n t l a m i n e de fer le p l u s p u r ; . . . » L I N K , V o y a g e en P o r t u g a l , I I I , l808, p. 27-28. Q u e s e t r a t a sem d ú v i d a d o M o n t e d a M u a verifica-se q u e r pela descrição do p e r c u r s o , q u e r p e l a referência às m i n a s d e ferro. I n f o r m a ç õ e s a c t u a i s d a localidade a j u n t a m q u e e n t ã o o p i n h a l , cerradíssímo, se e s t e n d i a n ã o só pelo Cabeço, como chegava à p o v o a ç ã o do F e l g a r . P o s t e r i o r m e n t e , os naturais, por um lado, o consumo de lenha no caminho Novas áreas da fitogeografia portuguesa 101 de ferro d u r a n t e o p e r í o d o de I9l4-l9l8 p o r o u t r o , e os i n c ê n d i o s q u e a p r ó p r i a p a s s a g e m do c o m b o i o l h e t e m provocado, finalmente, reduziram-no m u i t o . D o e x p o s t o p o d e m o s concluir, com certeza, pela s u a existência h á , pelo m e n o s , 200 a n o s ; p o r o u t r o l a d o u m curioso v i a j a n t e — o b a r ã o de E O Z M I T A L que a t r a v e s s o u o R o b o r e d o v i a j a n d o de F r e i x o p a r a M o n c o r v o em 146S e que n o s d e i x o u , a p a r d e m u i t a f a n t a s i a , n o t í c i a s b e m c u r i o s a s d a vegetação, a p o n t a n d o o s a r v o r e d o s que l h e c a í r a m debaixo dos o l h o s , chegando a caracterize r com r e l a t i v a precisão as espécies de Quercus q u e o b s e r v o u e são p r o v a v e l m e n t e os Q. pyrenaica. (= Q. Toza), Q. lusitanica e Q. Ilex ( l ) , n ã o refere o p i n h e i r o . O t o p o n í m i c o da região, p o r fim, n ã o r e v e l a t a m b é m i n f l u ê n c i a desta espécie, m a s d o C a r v a l h o , C a s t a n h e i r o , etc. ( Q u i n t a d o C a r v a l h a l , C a r valhoso, Roboredo, Souto da Velha, etc). Fm Freixo a s u a i n t r o d u ç ã o é, sem d ú v i d a , a i n d a m a i s recente — talvez e n t r e 1840 a 185o. O t e s t e m u n h o de vivos a s s i m o a s s e g u ra, a falta de m e n ç ã o em R O Z M Í T A X O confirma, e a l g u m a s d e t e r m i n a ç õ e s de i d a d e que eu p r ó p r i o fiz em 1930 j u n t o à vila, n o Cabeço d e P i r o c ã o , t a m b é m n o s n ã o r e v e l a r a m á r v o r e s de m a i s de §0 a n o s . E desta f o r m a se verifica o seu a v a n ç o a c t u a l p a r a n a s c e n t e , co no i g u a l m e n t e se pode verificar p o r q u á s i t o d o o concelho d o M i r a n d a d o D o u r o , M o g a d o u r o , V i mioso, etc, onde os pequenos pinheirais de poucas dezenas de a n o s , a u m e n t a m em cada dia p o r t a l f ^ r m a q u e a fisiom t a fitogeográfica da região se modifica a p r e s s a d a m e n t e em nossos dias. T r á s - o s - M o n t e s , p o r é m a p r e s e n t a , sob o p o n t o de v i s t a climático, d u a s z o n a s a l t i t u d i n a i s : a do Quercus Ilex i n f e r i o r m e n t e , a do Quercus pyrenaica m a i s a c i m a e, em p a r t e , sobreposta. O Pinus Pinaster é c o n s i d e r a d o espécie a t l â n tica, h i g r ó f i l a ; eu n ã o o observei a i n d a em T r á s - o s - M o n t e s (l) « H á três espécies de Carvalhos nestes sítios : u m a com f o l h a s s e m e - l h a n t e s ao Cardo (Q. lusitanica?); certa lanugem (Q. Ilex ?). com a diferença de outra com as folhas brancas cobertas de A terceira espécie é a que se dá nas nossas regiões só terem as f o l h a s u m a s f e n d a s i n h a s e filamentos ( Q. pyrenaica ?) ». CAMILO, C o i s a s leves e pesadas. à orla A. 102 Taborda de Morais a a l t i t u d e s de, p o r e x e m p l o , m e n o s de 300 m e t r o s , e à a l t i tude aproximada de l.lSo metros, na Serra da Estrêla, já n ã o s e r e p r o d u z e s p o n t á n e a m e n t e (l). N ã o s e r e p r o d u z i r á , p o r isso, n a S e r r a d e M o n t e s i n h o o n d e a c t u a l m e n t e o i n t r o d u z e m . E d a q u i p o d e r e m o s e n t ã o concluir q u e o d o m i n i o possível d a existência s u b e s p o n t â n e a d o p i n h e i r o b r a v o em P o r t u g a l ao n o r t e do T e j o , pelo m e n o s , v a i do m a r a T r á s - o s - M o n t e s , t e n d o como l i m i t e a l t i t u d i n a l , s u p e r i o r m e n t e , a c u r v a de a p r o x i m a d a m e n t e 1.100 m e t r o s , e i n f e r i o r m e n t e o p l a n o i n c l i n a d o , que, do l i t o r a l se l e v a n t a , pela l o n g i t u d e de I 20' a este da M e l r i ç a , a 300 m e t r o s sobre o n í v e l do m a r . E certo que se descobriu r e c e n t e m e n t e na espécie a coexistencia de g r u p o s infraespecíficos — s u b e s pécies atlántica Duff. e Hamiltonii ( T e n . ) V i l l a r , caracter i z a d a s pelo n ú m e r o d e c a n a i s resiníferos n a base d a folha, dois n a p r i m e i r a e m a i s d e dois n a s e g u n d a , a o s q u a i s p o d e r ã o c o r r e s p o n d e r necessidades ecológicas diferentes, p o r ai se explicando a r a z ã o da a m p l i t u d e ecológica o b s e r v a d a na espécie. E p r o b l e m a n o v o a e s t u d a r e de elevado i n t e resse florestal. o O n ú m e r o de observações p o r m i m r e a l i z a d a s n ã o o considero a i n d a suficiente p a r a que a p r e s e n t e como facto i n c o n c u s s o esta d i s t r i b u i ç ã o a l t i t u d i n a l ; m a s como a i n t u i ção da s u a existência me a s s a l t o u e as p r i m e i r a s o b s e r v a ções a c o n f i r m a m , aí fica exposta p a r a q u e n ã o só as m i n h a s observações f u t u r a s , m a s q u a i s q u e r o u t r a s , a p o s s a m d e f i n i t i v a m e n t e estabelecer ou i n v a l i d a r , p o i s o i n t e r e s s e desta d e l i m i t a ç ã o exacta é evidente, como seria t a m b é m , sem d ú v i d a , u t i l í s s i m o o c o n h e c i m e n t o das c o n s t a n t e s do seu d e s e n v o l v i m e n t o em função da c o n t i n e n t a l i d a d e , q u e r em relação à cubicação da p r o d u ç ã o l e n h o s a , quer em r e l a ção à q u a n t i d a d e , e talvez q u a l i d a d e , da g e m a p r o d u z i d a . C o m o conclusão desta n o t a d i r e m o s q u e o Pinus Pinaster n ã o e n t r o u n a c o n s t i t u i ç ã o d o c l í m a x d a flora p o r t u g u e s a , e m b o r a g r a n d e p a r t e d o P a í s l h e seja c l i m á t i c a m e n t e favorável, p o i s só l h e serão a d v e r s a s , i n f e r i o r (l) D e v o esta observação ao Sr. E n g e n h e i r o N u n e s que no M o n t e de S. Lourenço junto Silvicultor João R o s a d o a Manteigas me a s s i n a l o u o facto. Novas áreas da fitogeografia portuguesa 103 m e n t e , as z o n a s c o r r e s p o n d e n t e s ao d o m í n i o do Quercus Ilex: o i n t e r i o r do p a í s n a s a l t i t u d e s de m e n o s de 300-500 m e t r o s , e, s u p e r i o r m e n t e , as elevadas a l t i t u d e s de m i l e t a l m e t r o s . F até, acrescente-se, n e m os p r ó p r i o s solos g e r a l m e n t e c o n s i d e r a d o s calcáreos e c o r r e s p o n d e n t e s , p a r t i c u l a r m e n t e , ao J u r á s s i c o m é d i o e J u r á s s i c o s u p e r i o r , o excluem. D o s m u i t o s e x e m p l o s que e m a b o n o p o d e r i a citar, m e n ciono d o i s : os c u m e s de, a p r o x i m a d a m e n t e SOO m. de a l t i t u d e , sobre o J u r á s s i c o m é d i o , ao n o r t e da S e r r a de Sicó j u n t o a D e g r a c i a s , e os t e r r e n o s do m e s m o a n d a r geológico ao s u l de C a n t a n h e d e , à v o l t a de P o r t u n h o s , todos cobertos de Pinus Pinaster. F s t e p o n t o será p o r é m objecto de t r a b a l h o m a i s extenso em p r e p a r a ç ã o . B A R R O S G O M E S , o n o s s o m e l h o r observador d a fitogeografia p o r t u g u e s a , escreveu em « C a r t a dos arvoredos», p. 2, f a l a n d o do Pinus Pinaster: « . . . e a s u a r a r i d a d e r e l a t i v a é a c c u s a d a pelo m e s m o a n t i g o n o m e do concelho de Pinhel, u m a das p r o v a s m a i s seguras da existência de p i n h a e s em P o r t u g a l de a n t i g a data, e um dos indícios que c o n v é m n o t a r de a l g u m a s i n g u l a r i d a d e do seu a p p a r e c i m e n t o t ã o l o n g e da costa, em p l e n a região de carvalhaes...». C o m p r e e n d e - s e que o caso p o s s a referir-se, p a r a a. origem do n o m e , ao Pinus Pinea, a u t ó c t o n e , a espécie p r e cisamente capaz de s u p o r t a r a m a i o r secura do P a i s , e aquela, c e r t a m e n t e , p a r a a q u a l os costumes de A l faiates, c o m D . S A N C H O i, c o m i n a v a m : « Q v i p i n o t a i a r e i n f o r q u e n l o ; Q u i p i n o descortezar a u t p i n p o l o t a i a r e pectet I I I I m o r a b i t i n o s m é d i o s ad q u i lo falar et et m é d i o s a l castello. . . » . 3. P i n u s P i n e a L. C H O D A T o g r a n d e b o t â n i c o suísso, falecido em 1934, v i s i t o u P o r t u g a l p o r d u a s vezes e em cada u m a delas escreveu um p e q u e n o estudo sobre o fitogeografia do P a í s , c o n s t i t u i n d o os dois os ú n i c o s t r a b a l h o s que p o s s u í m o s sobre o a s s u n t o com preocupações s i m u l t a n e a m e n t e de d i s t r i b u i ç ã o a c t u a l e evolução através dos t e m p o s . No ú l t i m o — V o y a g e d'études g é o b o t a n i q u e s a u P o r t u g a l i n L e G l o b e , t . L U (l9l3) p . l3-l4, escrevendo d a m e s m a espécie 104 A. Taborda de Morais q u e a q u i n o s o c u p a clisse: «Il est d ' a u t a n t p l u s i n t é r e s s a n t de r e t r o u v e r le p i n p i g n o n d a n s le centre de la p é n i n s u l e i b é r i q u e . A i n s s u r les p e n t e s des m o n t a g n e s des d e u x Castilles, o ù n o u s a v o n s p u les observer. O n p e u t , dès l o r s , se d e m a n d e r si le Pinus pinea L. est un a r b r e c o n t i n e n t a l , o u s'il f a u t l e considérer c o m m e a p p a r t e n a n t a u l i t t o r a l ? Dans le midi de la France, c'est bien un arbre des anciennes dunes, de même en Camargue, à St.-Tropez, et à Hyères. D a n s l ' E s p a g n e c o n t i n e n t a l e o n p e u t l e s u i v r e , i l est v r a i , d ' u n e m a n i è r e d i s c o n t i n u e e t t o u j o u r s s u r les t e r r a i n s s a b l o n n e u x , d e l a p i n è d e d e H u e l v a , p a r les t e r r a s s e s d e l a S i e r r a d e A r a c e n a , p a r les S i e r r a s c e n t r a l e s , j u s q u ' à l a M a n c h a i n f é r i e u r e . Q u o i q u ' i l e n soit, s o n p o r t , s o n feuillage c o n d e n s é , en f o n t un arbre adapté au littoral battu par les vents. La f o r m e en b o u l e de sa c o u r o n n e est b i e n celle d ' u n arbre xérophyte de rivage. C'est la f o r m e que p r e n n e n t les p l a n t e s l i g n e u s e s du l i t t o r a l , Juniperus phoenicea L., Pistacia lentiscus L. C'est le seul des p i n s d ' E u r o p e q u i ait p r i s ce faciès. T o u t ceci me p o r t e à croire q u ' i l a bien son origine dans les dunes littorales.» E s t a a d m i r á v e l i n t u i ç ã o d o e m i n e n t e b o t â n i c o parece e n c o n t r a r em P o r t u g a l n o v o s factos c o m p r o v a t i v o s , a a j u n t a r aos que êle p r ó p r i o m e n c i o n a d a F r a n ç a . C o m efeito e m diversos p o n t o s d a n o s s a costa, a o n o r t e do T e j o , em p l e n a s d u n a s , são v á r i o s os a c h a d o s de restos de Pinus Pinea em condições t a i s que p a r e c e m i n d i c a r ter sido êle o p r i m i t i v o p o v o a d o r a u t ó c t o n o dos locais, n u m a época e m q u e , o u a s d u n a s e r a m m u i t o m a i s r e d u z i d a s , o u n ã o existiam, a í o n d e hoje a t i n g e m m u i t o s m e t r o s d e altura. E s s e s a c h a d o s v ã o até à s d u n a s d o n o r t e d e Q u i a i o s b a s t a n t e a q u é m , no P a í s , do q u e hoje se s u p õ e ser, p a r a o sul, o d o m í n i o geográfico da espécie. C o m efeito é n o s t r a b a l h o s a q u e o r e p o v o a m e n t o flor e s t a l dos a r e a i s da costa d e u l u g a r — a b e r t u r a de e s t r a das, valas, d r e n a g e m etc., q u e os a c h a d o s de restos de t r o n c o s de Pinus Pinea teem s u r g i d o com m a i o r frequência. N ã o m e foi p o r é m a i n d a possível observar n e n h u m dêsses restos in loco o q u e seria f u n d a m e n t a l p a r a se t e n t a r Novas áreas da fitogeografia portuguesa 105 d a t a r g e o l ó g i c a m e n t e a s u a existencia in vivo v i s t o q u e as i n f o r m a ç õ e s colhidas referem a s u a localização n u m s a i b r o c o n s i s t e n t e s o t o p o s t o à d u n a , a a l g u n s m e t r o s de p r o f u n d i d a d e ; devo p o r é m à a m a b i l i d a d e do d i s t i n t o r e g e n t e agrícola Sr. M A N U E L R E I , da Figueira da Foz, que h á m u i t o dirige os serviços de p o v o a m e n t o das d u n a s ao n o r t e d a q u e l a cidade, a c o m u n i c a ç ã o de v á r i o s a c h a d o s e a observ a ç ã o , e m s u a casa, d a base d u m t r o n c o n a a l t u r a d o colo d a r a i z t r i f u r c a d a . P a r t i c u l a r m e n t e q u e r o a p o n t a r como especialmente interessante, pela sua grande proximidade do m a r , o e n c o n t r o dêsse t r o n c o a 100 m e t r o s ao s u l da a c t u a l p o v o a ç ã o de P a l h e i r o s da T o c h a e n o r t e da s e r r a da B o a V i a g e m , a talvez d u a s ou três centenas de m e t r o s do m a r . I g u a l m e n t e pelo t e s t e m u n h o d o S r . F n g . ° S i l v i c u l t o r Á R A L A P I N T O t a m b é m n a s l i n h i t e s do P i n h a l de L e i r i a é o Pinus Pinea q u e se m a n i f e s t a (O P i n h a l do R e i , I, p. 114). D o exposto h a v e m o s d e concluir que n u m p e r í o d o o u n o u t r o , a n t e r i o r m e n t e à p r ó p r i a existência das d u n a s , o u n o decorrer d a s u a f o r m a ç ã o , o l u g a r delas, p e l o m e n o s p a r a o s u l de A v e i r o , foi coberto de a r v o r e d o de Pinus Pinea em p o v o a m e n t o s m u i t o p r o v a v e l m e n t e p u r o s , p o i s n ã o s e t e e m e n c o n t r a d o restos s e n ã o d a q u e l a espécie. Q u e r e dizer, o a c t u a l d o m í n i o do Pinus Pinea ao s u l do T e j o é f r a g m e n t o a p e n a s de m a i s a m p l a extensão p a r a o n o r t e , o q u e c o n f i r m a a i n t u i ç ã o de C H O D A T de q u e o Pinus Pinea t e r i a o seu centro de origem no l i t o r a l p s a m o - x e r ó f i l o . P o r dedução poderemos agora adiantar algumas h i p ó teses a q u e os factos n a r r a d o s p r e s t a m a p o i o m a i o r ou menor. A p r i m e i r a é q u e t e r i a sido o d e s a p a r e c i m e n t o dêsse a r v o r e d o l i t o r a l q u e c o n d i c i o n o u a p o s s i b i l i d a d e da f o r m a ção d a s d u n a s . F i a s t e r ã o p o i s a i d a d e do facto. O a p a r e c i m e n t o d u m t r o n c o e m c o n v e n i e n t e estado d e c o n s e r v a ção e b e m l o c a l i z a d o p e r m i t i r á a t e n t a t i v a de i n v e s t i g a r esta d a t a pelo estabelecimento da correlação e n t r e os ciclos de crescimento e os ciclos climáticos. N ã o é p r o b l e m a que à priori se a f i r m e r e s o l ú v e l ; m a s o seu estudo será de t e n t a r . A s e g u n d a é q u e excluído o Pinus Pinaster dos p o v o a 14 106 A. Taborda de Morais m e n t o s p r i m i t i v o s das a r e i a s , excluído como parece estar das z o n a s m a i s i n t e r i o r e s , segundo v i m o s , o facto d a r i a m a i o r força, a i n d a , à s u a origem exótica n o P a í s , p a r a o n d e t e r i a v i n d o , a o q u e parece, d o G o l f o d a G a s c o n h a . (A. TABORDA DE MORAIS f o t . e m 1938) Fig. 1 — Juniperus Oxycedrus L., em Freixo de Espada Cinta. Exemplar muito notável pelas suas dimensões: 14 m. de altura total e 3 m. de perímetro do tronco à altura do peito, ainda que sem o hábito característico da espécie. 4. J u n i p e r u s O x y c e d r u s L. Trás-os-Montes e Alto Douro: M i r a n d a do D o u r o , V i l a C h ã , M A R I Z , J u n h o 1888! A t e n o r , 7 D e z e m b r o , Novas áreas da fitogeografia portuguesa 107 1936, s/c! E n t r e M o g a d o u r o e o S à b o r , B A R R O S G O M E S , J u l h o d e 1887! M o g a d o u r o , M e i r i n h o s , Q u i n t a d e S . P e d r o , D r . S A N T O S J Ú N I O R , 5-1-1939! F r e i x o de E s p a d a C i n t a , C a p i t ã o G U E R R A , O u t u b r o , 1938 ! M o n c o r v o , Larinho, M A R I Z , M a i o , 1887! M o n c o r v o , e n t r e a v i l a e a p o n t e do S a b o r , D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 2-VI-1932, n.° 2.097! N a e s t r a d a de V i l a F l o r a M o n c o r v o , T A B O R D A D E M O R A I S , 4-X-1938, n.° 3.896! (Dr. Fig. 2 — R e s t o s d u m arboretum J. de DOS SANTOS Juniperus JÚNIOR fot. em 1939) Oxycedrus L. junto a M e i r i n h o s ( M o g a d o u r o ) . Os exemplares 1-8 são de Juniperus; os de 9-10 Quercus Suber L. V a l e do T u a , p r ó x i m o de P a r a d e l a , 26-VI-1940, n.° 4.170; na descida de P e r e d o p a r a o S a b o r , j u n t o à e s t r a d a , 28-VI-1940, n.° 4.259; na descida de M o g a d o u r o p a r a o S a b o r , p o r 630 m., 30-VI-1940, n.° 4.322; V a l e d a V i l a r i ç a , Q u i n t a d a T e r r i n c h a , l-VII-1940, n . 4.333, 4.334, 4.335, T A B O R D A D E M O R A I S e F . S O U S A ! o s 108 A. a Taborda de Morais N a 2. edição d a s u a « F l o r a d e P o r t u g a l » , e m « A d e n d a » final, P E R E I R A C O U T I N H O , a p ó s e x a m e do espécimen de h e r b á r i o q u e llie enviei e da fotografia do p r ó p r i o i n d i v í d u o q u e o forneceu e foi p u b l i c a d a no « I n d e x S e m i n u m » deste I n s t i t u t o referente a 1938, a q u i r e p r o d u z i d a na fig. 1, deu a existência do Juniperus Oxycedrus L. em F r e i x o de Espada Cinta. De facto p o d e m o s a f i r m a r estender-se a á r e a de d i s t r i b u i ç ã o da espécie a g r a n d e p a r t e da P r o v í n c i a . P o r lá a e n c o n t r o u B A R R O S G O M E S q u e dela fêz, m e s m o , a v a r i e dade a r b ó r e a e l á a e s t u d o u t a m b é m S A M P A I O . O q u e é m e n o s s a b i d o é a s u a existência, a i n d a boje, fig. 2, na z o n a a l t i t u d i n a l i n f e r i o r de q u á s i t o d o o T r á s - o s - M o n t e s , a q u e l a z o n a q u e é, s i m u l t a n e a m e n t e , o d o m í n i o dos Quercus Ilex e Quercus Suber, p o i s se a s s o c i a m c o n s t a n t e m e n t e estes dois Quercus e a q u e l e Juniperus e m tôda ela, em a l t i t u d e s a b a i x o de, g e r a l m e n t e , 800 m e t r o s , s e n d o , parece, p a r t i c u l a r m e n t e rico o vale do Sabor. São m u i t o s os exemplos que podemos mencionar de locais o n d e a i n d a boje se e n c o n t r a o Juniperus com a b u n dância, q u e r s ò z i n h o p e l a d e s t r u i ç ã o , c e r t a m e n t e , das espécies associadas, q u e r na consociação das espécies fiéis d o m i n a n t e s . A p o n t a m o s : o V a l e d a V i l a r í ç a n o declive g r a n í t i c o e p e n h a s c o s o que corre, p o r leste, ao l o n g o da e s t r a d a e n t r e a p o n t e do Sabor, do l a d o de M o n c o r v o , e a p o v o a ç ã o da J u n q u e i r a ; o vale p r o f u n d o e e n c a i x a d o , com g r a n i t o e x i s t o , q u e p o r a l t u r a s de S. M a m e d e de R i b a T u a , d o o u t r o l a d o d o r i o T u a , corre p a r a o n o r t e e m direcção à p o v o a ç ã o de P a r a d e l a ; o p e r c u r s o , p o r e s t r a d a , de V a l p a ç o s a R i o T o r t o ; os cabeços e l a d e i r a s x i s t o s a s que l a d e i a m a e s t r a d a de M o g a d o u r o à p o n t e de R e m o n des, n o Sabor, e d a q u i , p e l a n o v a e s t r a d a de R e m o n d e s a B r a g a n ç a , até à p o v o a ç ã o de L a g o a ; o p e r c u r s o em c a m i n h o de ferro, de M o n c o r v o à estação do F e l g a r na l i n h a de P o c i n h o a M i r a n d a , e t c , etc. E que no p a s s a d o teve m a i s l a r g o d o m í n i o t a m b é m é s e m d ú v i d a certo. De pontos onde hoje se tornou mais ou menos raro como F r e i x o de E s p a d a C i n t a escreveu J O à O D E B A R R O S e m « G e o g r a f i a de e n t r e D o u r o e M i n h o e T r á s - o s - M o n t e s » , Novas áreas da fitogeografia portuguesa 109 1548, p. 120: «Há m u i t o s z i m b r o s e a r o e i r a s e a m e n d o e i r a s pelos m o n t e s » ( l ) , o que t u d o leva a crer que foi u m a das d o m i n a n t e s n o c l í m a x d a região i n f e r i o r d a Provincia. Q u a n t o ao Juniperus macrocarpa S i b t b . et S m . n ã o p o d e o p r o b l e m a ser esclarecido desde já, m a s o q u e foi possível a v e r i g u a r - s e e se revela i m e d i a t a m e n t e é o q u e vamos relatar. O p o v o da P r o v i n c i a d i s t i n g u e com n i t i d e z entre « z i m b r o m o l a r » ou « z i m b r o fêmea» e « z i m b r o b r a v o » . A p o n t a r a m - m e p a r a o z i m b r o m o l a r o s caracteres d i s t i n tivos cuja r e a l i d a d e p u d e observar, excepto p a r a o t a m a n h o e cor das g á l h u l a s a i n d a em crescimento e n ã o m a d u r a s na d a t a da observação, e que são os s e g u i n t e s : ramos pendentes; folhas de cor verde m a i s escura, m e n o s a c u m i n a das e p i c o s a s ; g á l h u l a s m a i o r e s , globosas, de côr v e r m e l h a m a i s escura n a m a t u r a ç ã o e m a i s c a r n u d a s . Em contraposição o «zimbro bravo» apresentaria: ramos levantados; f o l h a s de côr verde m a i s clara, l o n g a m e n t e a c u m i n a d a s e m u i t o m a i s picosas p e l a existência d e u m m u c r ã o t e r m i n a l rijo e a c e r a d o ; gálhulas menores, subpiriformes, quási sempre pelo d e s e n v o l v i m e n t o d u m largo m a m i l o b a s i lar, côr de tijolo claro na m a t u r a ç ã o e m a i s coriáceas. I Foi o «zimbro molar» que levou Pereira C o u t i n h o à indicação exclusiva ali do Juniperus macrocarpa S b i t h . et Sm.? F o i o « z i m b r o b r a v o » q u e l e v o u os o u t r o s a u t o r e s à i n d i c a ç ã o do Juniperus Oxycedrus L. ? Há em T r á s - o s - M o n t e s o Juniperus macrocarpa S i b t h . et S m . ? Ou a q u e l e « z i m b r o m o l a r » n ã o é m a i s do que (l) GUERRA. Forneceu-me esta nota o meu presado amigo Capitão ALFREDO 110 A. Taborda de Morais u m a v a r i e d a d e do Junipetus Oxycedrus L. ? (Cf. D a l l i m o r e a n d J a c k s o n , H a n d b o o k of C o n i f e r a e , l93l, p. 2Sl). N ã o posso r e s p o n d e r desde já a estas p r e g u n t a s ; e n t r e t a n t o , e d a d a a p r o f u n d a s e m e l h a n ç a e n t r e a flora e o clima de T r á s - o s - M o n t e s na z o n a c o n s i d e r a d a e os do A l e n t e j o , o q u e me n ã o parece r a z o á v e l é p o s t u l a r , com S A M P A I O (Bol. Soc. Brot., I , 1922), a localização geográfica t r a n s m o n t a n a como carácter d i s t i n t i v o do Juniperus Oxycedrus. E n t r e t a n t o a q u i t o d o s os especímenes v ã o sob a m e s m a designação de Juniperus Oxycedrus L., p o r q u e de facto me parece caber-lhe m e l h o r esta designação d a d a a má expressão dos caracteres a p o n t a d o s p a r a a definição de o u t r a espécie. T a m b é m o porte arbóreo impressionou B A R R O S G O M E S . C r e i o p o r é m q u e êle é a n t e s u m a c o n s e q u ê n c i a do r e g í m e n de desbaste a q u e s u b m e t e m a p l a n t a : a a b l a ç ã o r e p e t i d a e c o n t i n u a d a dos r a m o s inferiores até à f o r m a ç ã o d u m t r o n c o e à p r o v o c a ç ã o d u m crescimento excepcional em a l t u r a . E esta p r á t i c a está t ã o g e n e r a l i z a d a q u e n ã o se e n c o n t r a p l a n t a v e l h a i n t a c t a e r a r a s se p o d e m o b s e r v a r com o seu h á b i t o n a t u r a l q u e é, como me foi d a d o v e r i ficar na V i l a r í ç a , o da ramificação desde a base, com form a ç ã o d u m a copa l o n g a m e n t e ovóide. 5. Stipa Lagascae R o e m . et S c h u l t . , S y s t . II (l8l7) 333. Exsiccata: B O U R G E A U , P I . d ' E s p a g n e , 1854, n.° 2.l8l [ B a i n h a e limbo das f o l h a s glabros, glumas de + 35 m m . de comprimento ; glumela inferior com 12 mm. de comprimento e arista subglabra de + 2 4 cm. ] ! KNEUCKER, n.° 4, pro G r a m i n e a e exsiccatae, I. L i e f e r u n g 1900, Stipa gigantea L a g . v a r . Lagascae H a c k . [ B a i n h a e limbo das f o l h a s glabros, glumas de + 25 m m . de c o m p r i m e n t o ; glumela inferior c o m 12 mm. de c o m p r i m e n t o e arista m u i t o v i l o s a de + 11 cm. ] ! F l o r a S i c u l a E x s i c c a t a , n.° 278, pro Stipa gigantea Lag.. [ B a i n h a e li m b o das f o l h a s glabros ; g l u m a s de + 7o TÔDARO, mm. de comprimento ; glumela inferior com 11 m m . de comprimento e arista glabra de + 25 cm. ] ! Novas áreas da fitogeografia portuguesa 111 (3. v a r . p u b e s c e n s (Lag.) T a b . M o r . , n. c o m b . Stipa Lagascae R o e m . et Sclrult., s. str., 1. c. Stipa pubescens Lagascae G e n e r a et S p . N o v . (1816) 3. Stipa gigantea L a g . f. pubescens H a c k e l in « O e t e r r . bot. 2 » (l877) n.° 4. Stipa clausa T r a b u t in B a t t a n d i e r et T r a b u t , F l . A l g é r i e (1895). Stipa Lagascae R o e m . et S c h u l t . s u b s p . clausa T r a b . , P . C O U T I N H O , F l o r a de P o r t u g a l , 2. edição, (1939), 80. Exsiccata: H . M . W I I X K O M M I I , b e r b . h i s p a n . , G r a n a d a , S i l l a dei M o r o , leg. D r . F U N K , J u n i o a 1848, pro Stipa gigantea L a g . [ Baính a, lígula e limbo das folhas pubescentes ; glumas com + 40 mm.; glumela interior com 17 mm. de comprimento e arista pubescente de +. 23 cm. ] ! Trás-os-Montes e Alto Douro:Miranda do D o u r o , D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 21-VII-1932, n.° 2.4l6 [ Bainha, lígula e limbo das folhas pubescentes ; glumas de + 40 mm. j glumela inferior com 17 mm. de compri- ] ! Vale da Vilaríça, Q u i n t a d a T e r r i n c h a , T A B O R D A D E M O R A I S e F . S O U S A , l-VII-940, n.° 4.334! T o d o s os e x e m p l a r e s m e n c i o n a d o s , q/uer os de exsiccata n a s colecções clássicas, quer os n o s s o s , p o s s u e m m o r f o l o g i a geral i d ê n t i c a , p a r t i c u l a r m e n t e no que se refere às l í g u l a s , s e m p r e t r u n c a d a s , às g l u m a s , l o n g a m e n t e a c u m i n a d a s , à g l u m e l a inferior com o dorso p u b e s c e n t e às l i n h a s i n f e r i o r m e n t e , até m e i o , e s p a r s a m e n t e vilosa, com pêlos aplicados, no ápice e a r i s t a t e r m i n a l ; diferem entre si q u a n t i t a t i v a m e n t e tal como se verifica n a s breves descrições, de cada u m . A p e n a s fora c o i b i d a em P o r t u g a l j u n t o de A l m e i da e C a s t e l o B o m n a s m a r g e n s do C o a , e o Sr. P . M i r a n d a L o p e s m e n c i o n o u - a e m B o l . S o c . Brot. V I I I mento e arista pubescente de + 23 cm. e ( 1 9 3 2 - 3 3 ) p. 180. D e v e m c o n s i d e r a r - s e como seu b á b i t a t os vales p r o fundos, secos e q u e n t e s , t a l como são o do D o u r o e o da Vilaríça em Trás-os-Montes. 112 A. Taborda de Morais 6. Âvenastrnm bromoides ( G o u a n ) B a t t . et T r a b , s u b s p . australe ( P a r i . ) T a b . M o r . v a r . (ilifolium ( R o u y ) T a b . M o r . s u b v a r . ibericum (St.-Y.) T a b . Mor. Avena bromoides G o u a n s u b v a r . ibérica S a i n t - Y v e s i n C a n d o l l e a , I V (l929-3l) 48l. Algarve: i n collis a r i d i s p r o p e F a r o , M E N D O N Ç A , J u l h o 1932 ! 7. A v e n a s t r u m bromoides ( G o u a n ) B a t t . et T r a b , s u b s p . G o u a n i i (St.-Y.) T a b . M o r . s u b v a r . genuiíium ( T r a b . ) T a b . M o r . Avena bromoides Gouan subvar. genuína (Trab.) S a i n t - Y v e s i n C a n d o l l e a , I V (l9l9-3l) 474. Beira Baixa: M a l p i c a , J u n h o , 1882, A . R . D A C U N H A , i n H e r b . U n i v . L i s b o a s u b Avena sulcata G a y ! 8. A v e n a s t r u m bromoides ( G o u a n ) B a t t . et T r a b , s u b s p . G o u a n i i (St.-Y.) T a b . M o r . s u b v a r . genuinum (Trab.) T a b . M o r . f o r m a birsutum ( T r a b . ) Tab. Mor. Avena bromoides G o u a n f o r m a hirsuta T r a b . , S a i n t - Y v e s ín C a n d o l l e a , IV (l929-3l) 476. Avena bromoides G o u a n , p. C O U T I N H O , F l . P o r t u g a l , 2. ed. (1939) 95. Trás-os-Montes e Alto Douro: M i r a n d a do D o u r o , m a r g e n s do D o u r o , J u n h o , l9l5, D r . P A L H I N H A e F. M E N D E S in Herb. Univ. Lisboa! D a s três m e n ç õ e s do Avenastrum bromoides as p r i m e i r a s referem-se de facto a n o v a s f o r m a s , e tôdas três m o s t r a m <jue a á r e a da espécie v a i de T r á s - o s - M o n t e s ao Algarve. a 9. A v e n a s t r u m sul t a tum ( G a y ) T a b . M o r . v a r . a l h i nerve (Boiss.) T a b . M o r . Avena pratensis L. s. latiss. s u b s p . sulcata ( G a y ) S t . - Y . v a r . alhinervis (Boiss.) H u s n . , S A I N T - Y V E S i n C a n d o l l e a , IV (1929-31) 464. Avena alhinervis Boiss., p. C O U T I N H O , F l . P o r t u g a l 2." ed. (1939) 95. Novas áreas da fitogeografia portuguesa 113 Trás-os-Montes e Alto Douro: C k a v e s , M a i r o s ; c o l i n a s secas, D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 3-VI-1932, n.° 1.932! 10. Cyperas flavescens L. Minho: S e r r a da P e n e d a , m a r g e n s do r i o L i m a , j u n t o à presa do L i n d o s o , M E N D O N Ç A , 9-VIII-1926, n . 1.08l! 1.086! o s 1 1 . Suirpus setacens L. Trás-os-Montes e Alto Douro: p r o x i m i d a d e s de B r a g a n ç a , D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 3-VI-1932, F l . l u s i t . e x s i c , n.° 2.336! 12. RKyncnospora glauca V a h l Beira Litoral: M o n t e m o r - o ~ V e l h o , na m a t a de F o j a , F . S O U S A , 19-VI-1936! Já foi dito (Bol. Soc. Brot. V I I I , 1932-33, p. 153) q u e a á r e a desta espécie, v a i do M i n l i o ao A l e n t e j o ; este e x e m p l a r preencKe o espaço i n t e r m é d i o a o s das estações conhecidas. 13. Carex stellulata L. Trás-os-Montes e Alto Douro: M o n t a l e g r e , M O I X E R , J u l h o 1891, F l . lusit. exsic. n.° 2.539! E n t r e P o r t e l o e M o n t e s i n k o , D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 24-VI-1932, n.° 2.659! Beira Litoral: a r r e d o r e s de A g u e d a , M E N D O N Ç A , 31-V-1929, n.° 1.622. E s t a espécie t e m sido m e n c i o n a d a a p e n a s das serras do M i n k o e B e i r a ; o seu a p a r e c i m e n t o à a l t i t u d e de A g u e da, 25 m. a c i m a do n í v e l do m a r , m o s t r a que ela é capaz de viver, pelo m e n o s como adventícia, a t ã o b a i x a a l t i t u d e , e a m e n ç ã o de M o n t a l e g r e de q u e t a m b é m vive n a s serras transmontanas. 1. Carex e x t e n s a G o o d . Baixo Alentejo: entre as estações de M o u r i s c a e A l j e z u r , vale d o S a d o , n o s p a u e s d e i n v e r n o , M E N D O N Ç A , 6-VI-1926, n.° 359! 15 114 A. Taborda de Morais Algarve: S a g r e s , P o n t a do T e l h e i r o , D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 8-V-1924! A estação m a i s ao s u l , n o s especímenes de C o i m b r a , é a T r a f a r i a ; p o r isso m e n c i o n a m o s o espécimen do vale do Sado. 15. Carex Duríaeí S t e u d . Beira Litoral: a r r e d o r e s de A g u e d a , n a s p a s t a g e n s b ú m i d a s , M E N D O N Ç A , 31-V-1929, n.° 1.625! E s t e espécimen c o n f i r m a a á r e a i n d i c a d a p o r R o t h m a l e r e P i n t o da S i l v a em À g r o n . L u s i t . I (l939) p. 25l. 16. C a r e x helotles L i n k Trás-os-Montes e Alto Douro: e n t r e P o r t e l o e M o n t e s i n h o a 1.000 m. de a l t i t u d e , a p r o x i m a d a m e n t e , D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 24-VI-1932, n.° 2.702! 17. AspKodelus ramosas L . v a r . ínscescens S a m p a i o (1922) in Bol. Soc. Brot., 2 . série, I, 126. Asphodelus cerasiíerus G a y v a r . íuscescens Sampaio a (1913). Asphodelus alhus P. C o u t i n h o (l9l4) n o n M i l l e r , G a r d . Dict., ed. V I I I , n.° 3 (l768). Beira Litoral: M o n t e m o r - o - V e l h o , na m a t a de F o j a , F . S O U S A , 19-VI-1936. Citada apenas das m o n t a n k a s de T r á s - o s - M o n t e s , B e i r a e A l t o A l e n t e j o , o seu a p a r e c i m e n t o à a l t i t u d e de F o j a c o n s t i t u e , c e r t a m e n t e , o s i n a l de u m a colonização a c i d e n t a l pelo t r a n s p o r t e d e g é r m e n s n a s á g u a s d o M o n dego, t a l como é conhecido p a r a este local e o u t r o s j u n t o a C o i m b r a , p o r exemplo V i l a F r a n c a , o n d e s e t o r n o u freq u e n t e a existência de colónias desta n a t u r e z a , colónias que b e m merecem, diga-se, u m estudo ecológico. 18. A l l í u m nigrum L. Beira Litoral: C o i m b r a , p r ó x i m o da E s t a ç ã o V e l h a , F . S O U S A , V-1924! Novas áreas da fitogeografia portuguesa 115 19. B e t u l a nubescens E h r h . E n t r e V i n h a i s e a S e r r a da C o r o a , j u n t o à p o v o a ção de S a l g u e i r o s , T A B O R D A D E M O R A I S , 3-X-1938, n.° 3.882! A existência desta espécie t e m sido i n d i c a d a a p e n a s nas Serras de Montesinho, A l t o M i n h o , M a r ã o e Estrêla. O r a ela ocorre d e facto n ã o s ó ali, m a s n o s p o n t o s i n t e r m é d i o s como os vales j u n t o à e s t r a d a de V i n h a i s à S e r r a d a C o r o a e S e r r a das A l t u r a s , s e g u n d o e u p r ó p r i o p u d e verificar e o u t r o s t e e m m e n c i o n a d o ( V e r g í l i o T a b o r d a , A l t o T r á s - o s - M o n t e s , 1935, p. 95). M e l h o r se deverá p o i s i n d i car: a l t a s s e r r a s do e x t r e m o N o r t e do P a í s e Estrêla, a c i m a de 900-1.000 m. de a l t i t u d e . Re gisto os n o m e s v u l g a r e s de Abedul e Vido, a m b o s usados no Alto Trás-os-Montes. 20. Quercns pyrenaica W i l l d . (= Q. Toza Bosc) B A R R O S G O M E S o c u p o u - s e deste c a r v a l h o n o s a d m i r á v e i s t r a b a l h o s de a u t o c o r o l o g i a que escreveu, a f i r m a n d o em « N o t i c e s u r les arbres forestiers du P o r t u g a l » , 1878, p. 5, que o seu d o m í n i o está p o r 500 m. de a l t i t u d e , q u e n ã o se e n c o n t r a a b a i x o de 200 m. n e m a t i n g e os altos cumes das n o s s a s m a i s elevadas serras, n ã o u l t r a p a s s a n d o i g u a l m e n t e u m l i m i t e p a r a o s u l que, n o l i t o r a l , estabeleceu e m L e i r i a . A s u a a u s ê n c i a na faixa da b e i r a m a r , desde o P i n h a l de L e i r i a às m a r g e n s do M i n h o , foi p o r B A R R O S G O M E S i n t e r p r e t a d a como a fuga à h u m i d a d e («plaines f r a i c h e s » ) . B A R R O S G O M E S n ã o conhecia a p r o v í n c i a de T r á s - o s - M o n t e s à d a t a das s u a s « O b s e r v a t i o n s forestières d u r a n t u n e exc u r s i o n à t r a v e r s la B e i r a , faite en a o ú t 1876» em q u e l a r g a m e n t e d i s c u t i u a d i s t r i b u i ç ã o desta espécie no P a í s , o u d a s u a j á citada « N o t i c e s u r les arbres forestiers d u P o r t u g a l » , o u a i n d a d a « C a r t a dos A r v o r e d o s » , 1878, g u i a n d o - s e , p a r a a s s u a s considerações, pelo « R a p p o r t s u r T a r b o r i s a t i o n générale du p a y s » e d e d u z i n d o , a d m i r a v e l m e n t e a l i á s , pelo q u e l h e foi d a d o observar n a s B e i r a s . P o d e m o s p o r é m n ó s hoje, com u m c o n h e c i m e n t o r a z o á v e l d a q u e l a p r o v í n c i a , precisar, p o r isso, e corrigir a l g u m a coisa do q u e corre i m p r e s s o . 116 A. Taborda de Morais E m primeiro lugar e ainda que B A R R O S G O M E S aponte a p r o x i m i d a d e dos 2.000 m . n a E s t r ê l a como l i m i t e a l t i t u d i n a l s u p e r i o r ( « N o t i c e etc.», p . 5), n o u t r o p o n t o : « O b s e r v a t i o n s forestières etc.», p. 227, o t e n d o a p e n a s i n d i c a d o de C e i a a L o r i g a e A l v o c o , com a l t i t u d e s m u i t o m e n o s elev a d a s , e q u e R I V O L I em « U m a excursão à S e r r a d a E s t r e l l a » , l880, lhe confira esse l i m i t e a 1.200 m., o certo é q u e o v e r d a d e i r o se e n c o n t r a p o r 1.550 m. na Estrêla e n ã o existe, p o r isso, n a s serras t r a n s m o n t a n a s , pelo m e n o s n a s de N o g u e i r a (l.3l8m.), B o r n e s (1.201 m.) e R o b o r e d o (909m.). O l i m i t e da Estrêla verifica-se na base dos C â n t a r o s , ao cimo do vale do Z ê z e r e , a m e i o da p a s s a g e m do C o v ã o da M e t a d e p a r a o C o v ã o C i m e i r o , o n d e em 1939, p u d e observar alguns exemplares já evidentemente definhados. O r a sabe-se d a F r a n ç a — M A T H I E U , « F l o r e forestière», 1860, p. 248 — que « A r b r e des p l a i n e s , des collines ou des m o n t a g n e s p e u élevées il se r e n c o n t r e à t o u t e s les e x p o s i t i o n s , mais sans quitter la région littorale de l'ouest qu'il ne p e u t f r a n c h i r en r a i s o n des froids r i g o u r e u x de certains b i v e r s du centre, de Test et du n o r d de la F r a n c e . D a n s les L a n d e s m ê m e , u n dixième des c h ê n e s t a u z i n s y p é r i t p e n d a n t l ' b i v e r de 1829-1830, s o u s u n e t e m p é r a t u r e de — l5 °». P o r o u t r o l a d o , se no l i t o r a l v e m a 200 m., e m e n o s , em T r á s - o s - M o n t e s , p o r 4l ° 43' de l a t i t u d e e 2 25' de l o n g i t u d e a este da M e l r i ç a , o seu l i m i t e a l t i t u d i n a l i n f e r i o r com d o m í n i o está em 700 m. e n ã o se e n c o n t r a , em a b s o l u t o , a m u i t o m e n o s . A m e l h o r d o c u m e n t a ç ã o do facto está na g r a n d e descida de C a r r a z e d a p a r a o r i b e i r o a f l u e n t e do F e r v e n ç a , a que c o r r e s p o n d e m a p r o x i m a d a m e n t e as c o o r d e n a d a s i n d i c a d a s , entre a q u e l a p o v o a ç ã o e S. P e d r o dos S a r r a c e n o s , a 10 ou 12 k m . ao s u l de B r a g a n ç a , o n d e , após cabeços i n t e i r a e e x c l u s i v a m e n t e cobertos de Quercus pyrenaica surge, p o r aquele l i m i t e , o seu d e s a p a r e c i m e n t o e a s u b s t i t u i ç ã o pelos Quercus Ilex e Quercus Suber. M a s também em Terras de M i r a n d a e Terras de M o g a d o u r o o confronto das a l t i t u d e s de localidades em cujos t e r m o s êle existe, com as d a q u e l a s em q u e falta c o n d u z a i d ê n t i c a verificação; e a i n d a em F r e i x o de E s p a d a C i n t a , M o n c o r v o , etc. o m e s m o f e n ó m e n o se revela. De facto é o Novas áreas da fitogeografia portuguesa 117 esta espécie q u e n a q u e l a P r o v í n c i a caracteriza a z o n a clim á t i c a fria de a l t i t u d e j u n t a m e n t e com as U r z e s q u e ali teem, s e n s i v e l m e n t e , o m e s m o l i m i t e inferior. E a i n d a hoje bela a vegetação d a q u e l e c a r v a l h o e m b o r a q u á s i s e m p r e r e d u z i d a a p ô l a s , c o b r i n d o d e n s a m e n t e q u á s i tôda a e n o r me S e r r a da N o g u e i r a , p a r t e das de M o n t e s i n h o e do R o b o r e d o , a f o r m o s a Q u i n t a de N o g u e i r a j u n t o a M o g a d o u r o , e u m a ou o u t r a área m a i s r e d u z i d a a q u i e ali. R e a l m e n t e , como q u e r i a C O R R E I A ( C O R R E I A D A S E R R A ? ) — cit a ç ã o de R I V O L I , 1. c , p . 248 — a q u i parece ser a s u a p á t r i a , pois sabe-se q u e a e x p a n s ã o geográfica é r e d u z i d a n ã o u l t r a p a s s a n d o , a l é m d a P e n í n s u l a , a F r a n ç a ocidental o n d e m o r r e com o frio, e r a r o s p o n t o s do N o r t e de Africa. D o exposto t e m o s a s s i m que ela s e l i m i t a n a s a l t i t u des, s u p e r i o r m e n t e p o r q u e t e m e o frio, e i n f e r i o r m e n t e p o r q u e t e m e o calor e a secura, n ã o a h u m i d a d e , visto que s u p o r t a n a E s t r ê l a elevadíssima p l u v i o s i d a d e e e m F r a n ç a « les sols silicieux, p u r s et m é l a n g é s d'argile, secs ou humides, s o n t le d o m a i n e de ce c h ê n e » ( M A T H I E U , 1. c , p . 248). O s seus l i m i t e s m e r i d i o n a i s n o P a í s estão, pois, n ã o n a orografia ( B A R R O S G O M E S ) , m a s n o clima.  c r e s c e n t e - s e , p a r a fecho, que o m a p a V p u b l i c a d o em D A L G A D O , « T h e climate of P o r t u g a l » , l9l4, está c o m p l e t a m e n t e e r r a d o na d i s t r i b u i ç ã o que a t r i b u e a este Quercus, b e m como na q u e confere ao Quercus Robur. 21. Quercus R o W r L . Trás-os-Montes e Alto Douro: E n t r e C h a v e s e V a l p a ç o s , na s e r r a do B r u n h e i r o , 4-X-1938, n.° 3.869; S e r r a das A l t u r a s , j u n t o à p o v o a ç ã o do M o r g a d e , 3-X-1938, n.° 3.867 ; j u n t o a V i l a R e a l , a o ocidente, 2-VII-1940, n.° 4.335, T A B O R D A D E M O R A I S ! N ã o é e x c l u s i v a m e n t e l i t o r a l esta espécie, de facto; m a s t a m b é m n ã o ocorre e m t ô d a a l a r g u r a d o P a í s . A s s i n a l o como p o n t o s o r i e n t a i s extremos a S e r r a de B r u n h e i r o ( C h a v e s ) ! V a l p a ç o s ! T r a n c o s o ! M a n t e i g a s ! quere dizer, s e n s i v e l m e n t e o m e r i d i a n o de I 5o' a este da M e l r i ç a ; como l i m i t e o r i e n t a l de d o m í n i o o local da p o v o a ç ã o de M o r gade n a S e r r a d a s A l t u r a s ! R é g u a ( B A R R O S G O M E S ) e S. o 118 A. Taborda de Morais T i a g o ! p r ó x i m o a Seia, ou seja t a m b é m o m e r i d i a n o de 24' a este da m e s m a o r i g e m . T e r í a m o s desta f o r m a o n o r t e do P a í s d i v i d i d o em três sectores de l o n g i t u d e ; o do l i t o r a l , p e r t e n c e ao c l í m a x da espécie, n o s sítios o n d e o solo ou a a l t i t u d e a n ã o excluem, boje, em m u i t o , s u b s t i t u í d a pelo p i n h e i r o b r a v o ; o do i n t e r i o r o n d e é t o t a l a s u a (À. TABORDA DE MORAIS fot. em 1938) Fíg. 3 — D o i s exemplares de Quercus Robur L. actualmente existentes em Santo A n t ó n i o da N e v e , serra da Lousã, a 1.164 m. de altitude. A eles se referiu já RIVOLI em « U m a excursão à Serra da Estrella» (trad.) 1880, falando de « m u i t o s exemplares». a u s ê n c i a , e o i n t e r m é d i o , u m a z o n a de t r a n s i ç ã o ou de ecotonia e m que, e m b o r a a p a r e c e n d o , n ã o d o m i n a . O l i m i t e desta região s e t e n t r i o n a l estará n o V o u g a . P a r a o s u l o sector de d o m í n i o , q u e se v a i a d e l g a ç a n d o em bico, terá a ocidente o u t r o sector de ecotonia s e m e l h a n t e ao do o r i e n t e , o q u a l vem, a q u i , até n ã o l o n g e do m a r . Novas áreas da fitogeografia portuguesa 119 A á r e a t o t a l de d i s t r i b u i ç ã o , i n t e r r o m p i d a e m b o r a pelo vale do T e j o , t e r i a pois como vértice ao s u l a S e r r a de P o r talegre e seria l i m i t a d a a sudoeste p e l a l i n h a q u e dali, p a s s a n d o pelo s u l d a s e r r a d e A i r e s e dirige a o m a r , isto a p a r t e u m a o u o u t r a estação i s o l a d a m a i s m e r i d i o n a l . A l é m disso a espécie t a m b é m se deixa ficar a q u é m de u m certo l i m i t e a l t i t u d i n a l . E ela susceptível de viver a 1.164 m . ; d o c u m e n t a - o o facto dos e x e m p l a r e s existentes e m S a n t o A n t ó n i o d a N e v e n o vértice da S e r r a da L o u s ã , fig. 3. M a s d a d a a f u n ç ã o q u e a b i s t ó r i a a s s i n a l a ao local a s u a p r e s e n ç a ali é, m u i t o p r o v a v e l m e n t e , c o n s e q u ê n c i a da m ã o do b o m e m e n ã o sei se com possibilidades, após, de reprodução n a t u r a l . No entanto e m M o r g a d e , n a S e r r a das A l t u r a s , verifiquei a s u a exist ê n c i a e s p o n t â n e a a 900 m. e no C a r a m u l o , p o r v o l t a de 700 m., j u n t o à p o v o a ç ã o de A r c a , existe o m a i s belo Quercetum Roburis que t e n h o v i s i t a d o ; entre os 900-1.000 m . creio q u e deve estar o seu l i m i t e n a t u r a l em a l t i t u d e . O D r . J ú l i o H e n r i q u e s escreveu: «o Q. peduticulata (= Q. Robur) v a i até p o u c o a c i m a de 1.000 m.» (Bol. Soc. B r o t . 1885, I I I , p . l6l). D e v e i g u a l m e n t e p o s s u i r u m l i m i t e i n f e r i o r d e a l t i t u d e , t a n t o m a i s elevado q u a n t o m a i s d e n t r o d o P a í s se considere, t a l como foi dito p a r a o p i n h e i r o b r a v o e c a r v a l h o n e g r a l e a d i a n t e se i n d i c a p a r a os Ulex nanus, U. europaeus e o u t r o s . N ã o t e n h o p o r é m observações bastante nítidas para apontar um número. 22. Q a e r c n s S a b e r L. O S o b r e i r o ocorre em t o d o o P a í s e m b o r a com d o m í nio ou abundância actuais, apenas, mais ou menos, nas regiões d e d o m í n i o d a A z i n h e i r a : S u l d o T e j o , B e i r a B a i x a e todos os p o n t o s de T r á s - o s - M o n t e s a b a i x o de 800 m. a p r o x i m a d a m e n t e . A s s i n a l o como d o c u m e n t o i n teressante o Sobreiro da V a l i n h a no A l t o M i n h o ( A n u á r i o da S o c i e d a d e B r o t e r i a n a , 1939, p p . 30-3l). Possue n o entanto u m limite altitudinal superior. N a S e r r a de B o r n e s , fig. 4, no p e n d o r m e r i d i o n a l , excepcion a l m e n t e e n s o l a d o e a b r i g a d o , a t i n g e 95o m., a p a r e n t e m e n t e sem p e r d a d e vigor. L m T e r r a s d e M i r a n d a p o r é m , 120 A. Taborda de Morais p l a n á l t i c a s , d e s a b r i g a d a s , cortadas, n a m e t a d e s e t e n t r i o n a l , de frios agrestes, e m b o r a só à elevação de m e n o s de 900 m., o S o b r e i r o falta n o s t e r m o s das povoações m a i s s e t e n t r i o nais de Âvelanoso, Vale de Frades, Serapicos, Cicouro, Constantim, S. M a r t i n h o , Especiosa, Póvoa, Ifanes, P a radela, M a l h a d a s , A l d e i a N o v a , P e n a B r a n c a , V a l e d e Á g u i a , P a l a n c a r , o n d e , a l é m disso, o resto da flora revela a f i n i d a d e s climáticas com a l t i t u d e s m a i s elevadas, só a p a recendo p a r a o sul, a b a i x o de 800 m. de a l t i t u d e , n o s das restantes. E s t e l i m i t e a l t i t u d i n a l está em M a r r o c o s n o s 2.200 m. Q A H A N D I E Z et M A I R E , C a t a l o g u e des P l a n t e s d u M a r o c , I I , 1932, p . 165). D e v o a s s i n a l a r t a m b é m , desde já, a convicção a q u e observações v á r i a s m e l e v a r a m d u m m a i s extenso d o m í n i o do Qxzercus Suber no p a s s a d o , como e n t r a n d o no c l í m a x de o u t r a s regiões do P a í s d o n d e boje q u á s i d e s a p a r e c e u . Q u e r o p a r t i c u l a r m e n t e r e f e r i r - m e a g o r a à faixa l i t o r a l entre os p a r a l e l o s de O v a r a P e n i c h e , l i m i t a d a pelas d u n a s a ocidente e pelas serras j u r á s s i c a s a o r i e n t e , geologicam e n t e c o n s t i t u í d a p o r t e r r e n o s do P l i o c é n i c o , argilas e saibros m a i s ou m e n o s consistentes, o n d e os vestígios do S o b r e i r o a t r a v é s dos p i n h e i r a i s são f r e q u e n t e s e com caracteres tais q u e p a r e c e m i n d i c a r u m seu p a s s a d o d o mínio. A l g u n s exemplos. J u n t o ao C a m p o de A v i a ç ã o de C o i m b r a , 7 k m . a sudoeste da cidade, no Miocénico, p u d e observar a i n d a este a n o , n a á r e a c o r r e s p o n d e n t e a o campo fortificado q u e ali foi descoberto s e m e l h a n t e ao da C a v a de V i r i a t o em V i s e u , e a n t e r i o r , s e g u n d o a o p i n i ã o a u t o r i z a d a do D r . V E R G l n o C O R R E I A , à f o r m a ç ã o d a n a c i o n a l i d a d e , b e m como n a s u a i m e d i a t a v i z i n h a n ç a , a q u i l o q u e o p o v o da r e g i ã o conhece p o r « M a t a V e l h a » e que é, n e m m a i s do q u e u m a m a n c h a de sobreiral com talvez 1.000 m. de p e r í m e t r o onde o p i n h e i r o , que e x c l u s i v a m e n t e d o m i n a à v o l t a em tôda a e x t e n s ã o , p o u c o p e n e t r o u . Aí se e n c o n t r a m m e s m o , n o sobbosque, a l g u m a s das características d a vegetação t e r c i á r i a : Novas Arbutus Quercus Genista Cistus Cistus áreas Unedo íruticosa triacanthos salvifolius hirsutus da fitogeografia portuguesa 121 Erica arbórea Myrtus communis Calluna vulgaris Viburnum Tinus Pteridium aquilinum com t ô d a s a s a p a r ê n c i a s d e u m c l í m a x m a i s o u m e n o s alterado. C o m o se explica a p e r s i s t ê n c i a daquele r e s t o de sobreiral e a s u a i m p e n e t r a b i l i d a d e ao P i n h e i r e s t r e i t a m e n t e cercado p o r êle em tôda a periferia ? A faLa de p e r m e a b i l i d a d e à p e n e t r a ç ã o do Pinus Pinaster p e n s o q u e só e n c o n t r a a s u a explicação na i n c a p a c i d a d e do P i n h e i r o p a r a vencer, em concorrência, o S o b r e i r o q u a n d o este t e m p a r a se desenvolver as condições p a r t i c u l a r e s do Quercetum i n a l t e r a d o , isto é, u m a certa m a n t a a r b u s t i v a essencial a o s p r i m e i r o s t e m p o s d a ecesis d a q u e l a espécie; q u a n t o à p r e s e n ç a a c t u a l de t a l associação i n d e m n e d a destruição pelo h o m e m , h á - d e talvez e n c o n t r a r - s e - l h e a c a u s a n u m certo respeito l e n d á r i o pela « C i d a d e d a M a t a » o u « C i d a d e A n t i g a » , n o m e s pelos q u a i s são conhecidas as fortificações a que me referi e sobre as q u a i s o Quercetum subsiste. P e n a é q u e as necessidades do C a m p o de A v i a ç ã o lhe p r o v o q u e m o d e s a p a r e c i m e n t o , p o i s a s u a conservação devia cair no d o m í n i o da « P r o t e c ç ã o à N a t u r e z a » se entre n ó s ela ex'stisse como u r g e q u e se estabeleça. A « M a t a do S o b r a l » no Cabeço de Sacões j u n t o à L o u s ã , a i n d a que fora d a faixa a c i m a i n d i c a d a m a s e m t e r r e n o p e d o l ò g i c a m e n t e idêntico (argilas p r o f u n d a s d o Q u a t e r n á r i o ) , a c t u a l m e n t e sob a alçada dos Serviços F l o r e s t a i s , é o u t r o e x e m p l o eloquente dêsse p a s s a d o d o m í n i o do S o b r e i r o e o m a i s n o t á v e l f r a g m e n t o de a n t i g a vegetação no centro do P a í s , de entre o que conheço. A l é m d e s tes o u t r o s exemplos, i n ú m e r o s , m e n o s i l u c i d á t i v o s em si, é certo, m a s m a i s valiosos pela d i s p e r s ã o : n a m a t a d e Foja, no p e r c u r s o , p o r estrada, de C o i m b r a a L e i r i a , da estação de T e l h a d a à do L o u r i ç a l , d u m lado e d o u t r o do 16 A. 122 Taborda de Morais c a m i n h o d e ferro n a l i n h a d e O e s t e , e m M o n t e R e a l (l), etc. A t e n t e - s e - s e nestes d a d o s estatísticos q u e a E x p o s i ç ã o de L e i r i a deste a n o p u b l i c a e se referem às á r e a s do d i s trito ocupadas p o r : A z i n h e i r a s 500 H e . Sobreiros 2.800 H e . C a r v a l h o s 3.500 H e . P i n h e i r o s 131.000 H e . E são v a r i a d o s o s passos e m que n a h i s t o r i a d a A d m i n i s t r a ç ã o P ú b l i c a se e n c o n t r a m referencias q u e r à u t i l i z a ção d o S o b r e i r o n a c o n s t r u ç ã o das caravelas d u r a n t e o s p r i m e i r o s séculos d a s descobertas, q u e r à a n t i g a e x p o r t a ç ã o de cortiça em p o r t o s q u e s e r v i a m o hinterland d e s i g n a d o , como, p o r exemplo, o da foz do r i o L i z . Q u e r e - m e parecer q u e até a p r ó p r i a i n f l u ê n c i a da á r v o r e n a n o s s a A r t e (sirva como d o c u m e n t a ç ã o o corpo manuelino do Convento de Cristo em Tomar) tem valor n e s t e p o n t o , pois n ã o será s e m significado n a l e n d a , n o etnos, n a e c o n o m i a o u n a h i s t ó r i a , t ô d a essa floração s u r p r e e n d e n t e de m o t i v o s vegetais do m a n u e l i n o : os sobreiros, como as alcachofras, como a h e r a , etc. 23. Q u e r c o s Ilex L . s u b s p . rotundif olia (Lam.) S c h w . , in herb. A n t e c i p a n d o - m e a t r a b a l h o m a i s extenso em p r e p a r a ção direi desde já q u e este Quercus n ã o t e m , no P a í s , limites q u e r e m l a t i t u d e q u e r e m l o n g i t u d e , m a s s i m a p e n a s e m a l t i t u d e . N ã o v a i , s u p e r i o r m e n t e , a c i m a d a zoria dos 1.100 m. de a l t i t u d e ; i n d i c o a p e n a s , entre m u i t o s obser(l) R e f e r i m o - n o s à região, que não ao povoado antigo, o qual, construído sobre uma colina dolomitica do J 1 , mostra, na sua visinhança, a vegetação característica da era geológica respectiva : Quercus lusitanica Phillyrea Quercus cocciíera Phillyrea Viburnum Tinus Arbutus angustifolia latiíolia Unedo etc. e um ou outro Sobreiro nas argilas do Terciário, que com o Jurássico se m i s t u r a ram. Precisamente o contraste se me afigura c o m o mais u m a prova da dis- tribuição selectiva em função do s o l o , que não do clima, tal como adiante se i n dica: Quercus o Quercus lusitanica Suber nas argilas litorais do Quaternário nos e pendores saibros do das serras Terciário, calcáreas o Pinus do Jurássico, Pinea nas areias Novas áreas da fitogeografia portuguesa 123 v a d o s , dois p o n t o s precisos, b a s t a n t e s d i s t a n t e s u m d o o u t r o , a a s s i n a l a r o f a c t o : a S e r r a de B o r n e s na p a r t e v i r a d a ao sul, e as cristas x i s t o s a s que c o n t i n u a m p a r a o ocidente o pico de S. P e d r o do A ç o r , e n t r e este p o n t o e a e s t r a d a q u e d e M o n t e F r i o sobe p a r a a C a s t a n h e i r a u l t r a p a s s a n d o a s c u m e a d a s d a serra, fig. 5 . F m B o r n e s e n c o n tram-se ainda árvores; em S. Pedro do Açor pôlas apenas; m a s um e o u t r o p o n t o d o c u m e n t a m a p o s s i b i l i d a d e da existência d a espécie àquelas a l t i t u d e s . P o r o u t r o l a d o excursões n a s serras d e m e d i a n a a l t i t u d e n ã o l o n g e d o l i t o r a l como C a n d e e i r o s , A i r e , Sicó, e t c , o n d e a s p ô l a s desta espécie n o r m a l m e n t e ocorrem n a s c u m e a d a s f a l t a n d o n o s p e n dores, p a r e c e m i n d i c a r a existência de um n í v e l inferior, pelo m e n o s a o n o r t e d o T e j o . T o r n a - s e p o r é m b e m n í t i d o o decrescimento a l t i t u d i n a l com a l a t i t u d e : em S. P e d r o do A ç o r 1.100 m., no M a r ã o , o n d e t a m b é m o observei em J u n h o p a s s a d o , Í.OSO m . , em B o r n e s , 1.000 m., em T e r r a s de M i r a n d a , ao n o r t e , q u á s i 800 m. F sabido é q u e no s u l da F s p a n h a a t i n g e 1.300 m. em associação e a i n d a 1.500 m . esporàdica.mente ( C E B A I X O S y vicioso, E s t ú d i o sobre la vegetación y la flora florestal de la p r o v í n c i a de M á l a g a , 1933, p p . 101-102), a l c a n ç a n d o n o N o r t e de A f r i c a a t é 2.700 m . q A H A N D I E Z et M A I R E , C a t a l o g u e des P l a n t e s du M a r o c , I I , 1932, p. 165). C e r t o seria pois que baveria de ultrapassar no sul do nosso P a í s , os 1.100 m., se aí b o u v e s s e essa a l t i t u d e , e p a r e c e - m e que, em t o d o o caso, excede s e m p r e em a l t i t u d e o S o b r e i r o , como d e m a i s este se lhe a v a n t a j a n a s b a i x a s a l t i t u d e s , p a r a a m b o s d e v e n d o ser o frio o q u e os detém p a r a o n o r t e e p a r a o a l t o . N u m p o n t o p o r é m leva a A z i n h e i r a v a n t a g e m a o S o b r e i r o : a i n d i f e r e n ç a d a q u e l a à q u a l i d a d e do solo, e n q u a n t o q u e o S o b r e i r o r e p u d i a os calcáreos. N ã o j u l g a m o s certo, n ó s que s o m o s d e T r á s - o s - M o n tes, q u e aí n o s c r i á m o s e a t e m o s e s t u d a d o b o t a n i c a m e n t e , a a t r i b u i ç ã o d u m Quercetiim lusitanicae p a r a o clímax do vale d o D o u r o a l é m d a R é g u a com p r o l o n g a m e n t o n o s vales adjacentes. O que d o m i n o u , de q u e existem a b u n d a n t e s vestígios p o r tôda a á r e a c o n s i d e r a d a , q u e r em árvores quer em p ô l a s r a d i c a i s , foi o Quercus Ilex, o « C a r r a s c o » de Fig. 4 — A Serra de Bornes vista do sudoeste. A s s i n a l a - s e o limite altitudinal do Quercas Suber L. por 95o m., o do Quercus Ilex L. p o r 1 0 0 0 m (A. TABORDA DE MORAIS . e o do C a s t a n h e i r o abaixo de qualquer daqueles. O marco geodésico no ponto m a i s alto indica 1.201 m. de altitude. Ao fundo ào vale coberto de arvoredo, à direita da fotografia, s i t u a - s e a povoação da Burga. fot. em 1938) 126 A. Taborda de Morais T r á s - o s - M o n t e s , q u e a i n d a b o j e se q u e i m a p o r tôda a Terra Quente. É certo q u e t a m b é m existe e existiu o Quercus lusitanica; m a s são t ã o d i m i n u t o s os vestígios da s u a p r e s e n ç a que n a d a n o s p o d e levar a crer q u e foi ela a espécie d o m i n a n t e d o clímax. S ó u m a v i s ã o i d e a l d o p r o b l e m a , com efeito, a s s i m o p o d e conceber. A p o n t a m o s alguns ( A . TABORDA D E MORAIS f o t . Fíg. 5 — P ô l a s de Quercus Ilex junto da Serra e m 1939) de S. Pedro do A ç o r , a 1.100 m. de altitude. exemplos com precisão. N a r e g i ã o m i r a n d e z a , a m e t a d e s e t e n t r i o n a l do concelho, q u e m e l h o r conheço, o Quercus lusitanica, aí d e n o m i n a d o « P e d a m a r r o » , c o n t a - s e b o j e p o r a l g u n s , p o u c o s , e x e m p l a r e s ; o Quercus Ilex f o r m a a z i n h a i s dos q u a i s e r a m m e u s conhecidos a n t e s de l927 um ao n o r t e d a p o v o a ç ã o d e I f a n e s , o u t r o s m a i o r e s n o R i b e i r o dos P o n toes j u n t o a P a r a d e l a , no vale a r d e n t e e n t r e as m i n a s de m á r m o r e de S. A d r i ã o e S. P e d r o da Silva, entre D u a s Igrejas e S e n d i m , e t c ; á r v o r e s i s o l a d a s ou em p e q u e n o s to Novas áreas da fitogeografia portuguesa 127 g r u p o s , v á r i a s , p r i n c i p a l m e n t e n o vale d o D o u r o ; p ô l a s p o r tôda a p a r t e . Em F r e i x o de E s p a d a C i n t a , os Cumuli, t e s t e m u n h a s do a z i n h a l , são m u i t o s , fig. 6, as p ô l a s t a m b é m a b u n d a n t e s ; os e x e m p l a r e s de Quercus lusitanica, á r v o r e s ou pôlas, raros. Na Vilariça, na Q u i n t a do Carrascal, a e s t r a d a a t r a v e s s a a i n d a h o j e u m a z i n h a l , e d a espécie escreveu u m a g r ó n o m o d a região — M A R I O M I I X E R , A S C u l t u r a s de V i l l a r i ç a , 1907, p. 133: «A essência m a i s e s p a l h a da n e s t a veiga parece ser o carrasco (Quercus cocciíera L.) que por tôda a parte se encontra formando moitas. T a m b é m se e n c o n t r a m o u t r o s c a r v a l h o s como o sobreiro (Quercus suber L.) e a a z i n h e i r a ( Q u e r c u s Ilex L.) de q u e ha e x e m p l a r e s enormes.» Rectificado o erro de c h a m a r Q. cocciíera, q u e n ã o existe em T r á s - o s - M o n t e s , às p ô l a s do Q. Ilex l e v a d o p e l a coincidência do n o m e v u l g a r , o r e s t o está certo. De Quercus lusitanica n ã o vi ali exemplares. A s a í d a de B r a g a n ç a p a r a P o r t e l o e ao l o n g o da e s t r a d a até à f r o n t e i r a o b s e r v a m - s e m u i t a s a z i n h e i r a s e n ã o vi e x e m p l a r e s de Q. lusitanica do sítio. A v o l t a de M i r a n d e l a a m e s m a coisa, e t c , etc. E m dois p o n t o s a p e n a s d o T r á s - o s - M o n t e s e A l t o D o u r o vi até hoje o Quercus lusitanica em r e l a t i v a a b u n d â n c i a , m a s j a m a i s f o r m a n d o p o v o a m e n t o s : n a descida d a e s t r a d a d e P e r e d o até p r ó x i m o d a p a s s a g e m d o r i o S a b o r e na de T a b o a ç o ao D o u r o ao l o n g o do r i o T á v o r a . E em a m b o s se o b s e r v a até o f e n ó m e n o do d e s a p a r e c i m e n t o desta espécie a b a i x o d u m a certa cota — 300 m. de a l t i t u d e — , b e m como, em c o n t r a p r o v a , o seu a p a r e c i m e n t o a a l t i t u d e i d ê n tica n a c o n t r a - e n c o s t a d o vale d o D o u r o , n a s u b i d a d o P i n h ã o a Alijó. P o r isso m e parece que devemos a s s e n t a r n i s t o : e m b o r a e x i s t i n d o p o r tôda a z o n a a l t i t u d i n a l inferior de T r á s - o s - M o n t e s o Quercus lusitanica n ã o constítue ou c o n s t i t u i u q u a l q u e r d o m i n a n t e d o clímax r e g i o n a l que p e r t e n c e u sem d ú v i d a aos Quercus Ilex e Quercus Suber. T e s t e m u n h o s fidedignos do p a s s a d o a c o m p a n h a m o m e u actual. De BARROS GOMES: 128 A. Taborda de Moiars «L'existence actuelle des y e u s e s . . . d a n s les é t r o i t e s vallées e t t e r r a i n s t r a n s m o n t a i n s m o i n s é l e v é s . . . e t q u e r i e n ne fait s o u p ç o n n e r c o m m e m o d e r n e ; car, s'il le fallait, t o u t e l ' h i s t o i r e p o l i t i q u e du p a y s v i e n d r a i t à l ' a p p u i de son ancienneté.» ( N o t i c e s u r les a r b r e s forestiers du P o r t u g a l , 1878, p. 20 e C a r t a dos A r v o r e d o s , 1878, p. 4) ; « F n d e s c e n d a n t de G u a r d a à F o z c ô a , on est frappé a u x e n v i r o n s de M a r i a l v a et de B a r r e i r a , . . . de l e u r (Q. toza) r e m p l a c e m e n t p a r d ' a u t r e s taillis o u b r o u s s a i l l e s chétives d'yeuses s u r les t e r r a i n s s c h i s t e u x ; fait q u i se p r o d u i t s a n s i n t e r r u p t i o n j u s q u ' à F o z c ô a . S u r ce p a r c o u r s , il est évident que le d é f r i c h e m e n t est p a r v e n u à extirper l'yeuse, c o m m e a r b r e d o m i n a n t . . . » . ( O b s e r v a t i o n s forestières d u r a n t u n e excursion à t r a v e r s la Beira faite en a o û t l876, p. 226) ; « D e S- J o ã o da P e s q u e i r a à P e z o da R e g o a t o u t le h a u t D o u r o viticole et s c h i s t e u x . . . à peine offre-t-il a u x r e g a r d s des vestiges d'anciens bois d'yeuses, s o u s la f o r m e de b r o u s s a i l l e s ou de rares b o u q u e t s d'arbres ou p l u t ô t de simples taillis o u cepées, q u ' o n p e u t facilement r e m a r q u e r éparses au m i l i e u de c h a m p s de v i g n e s . . . ( I d e m , p. 226). «Les espaces déboisées des a r r o n d i s s e m e n t s de M e d a , Fozcôa, P e s q u e i r a , T a b o a ç o , e t A r m a m a r o n t t o u s b r o u s sailles de cette e s p a c e . . . D ' a p r è s ces o b s e r v a t i o n s , le D o u r o viticole n ' a u r a i t p a s eu d ' a u t r e s bojs que ceux de chênes yeuses avec lesquels on r e n c o n t r e r a r e m e n t , p a r ci p a r là, quelque chêne-liège o u quelque chêne p o r t u g a i s . . . ( I d e m , p . 232); « . . . d é j à à C h a v e s , à V i n h a e s et B r a g a n ç e et p l u s encore à V i m i o s o et M i r a n d a , ou l'on a t t e i n t le D o u r o , on r e t r o u v e . . . l'yeuse e t l e chêne p o r t u g a i s . . . » ( N o t i c e s u r les arbres forestiers du P o r t u g a l , p. 10) ; «O a z i n h o é a a r v o r e e s p o n t â n e a d a s estreitas b a i x a s schistosas do paiz t r a n s m o n t a n o e como tal do paiz v i n h a teiro d o D o u r o , onde n o s concelhos d e M o n c o r v o , M o g a d o u r o e M a c e d o de C a v a l l e i r o s se e n c o n t r a associado ao carvalho p o r t u g u e z ou a u m a espécie m u i t o peculiar, o z i m b r o a r b ó r e o , que é o Juniperus oxycedrus L. v. arbórea» ( C a r t a dos A r v o r e d o s , p. 4). Novas áreas da fitogeografia portuguesa 129 B R A U N - B L A N Q U E T , L a C h è n n a i e d'Yeuse méditerranéenne, 1936, fíg. 23, r e p r e s e n t a com exactidão, em m a p a , o Quercion ilicis no vale o r i e n t a l do D o u r o até à R é g u a . De C a s t e l o R o d r i g o r e z a m os C o s t u m e s de 1209 : « T o d o o m e que s a c u d i r a r c i n a o u a l c o r n o q u e com u a r a peyte I morabitino». ( A . TABORDA D E MORAIS f o t . e m 1938) Fig. 6 — Cumulus de Quercus Ilex L. em Freixo de E s p a d a Cinta. O r a pois q u e o a s s u n t o t e m sido exposto com t a l n i t i d e z a n i n g u é m é legítimo f o r m u l á - l o d o u t r a f o r m a sem d e monstração. 24. Quercus Ilex L. s u b s p . rotusidifolia ( L a m . ) S c h w . f o r m a edulis S c h w . (=Q. BaJlota Desf.). Trás-os-Montes e Alto Douro: ao n o r t e de M i r a n d a do D o u r o , no Ribeiro de Pontões, junto à p o v o a ç ã o d e P a r a d e l a , n o p r o f u n d o vale d o D o u r o , T A B O R D A D E M O R A I S , S e t e m b r o de 1928! 17 130 A. Taborda de Morais Minho: S e r r a A m a r e l a , vale do r i o C a b r i l a 800 m . de a l t i t u d e , M E N D O N Ç A , 6-VIII-926. Já a p o n t e i a existência desta f o r m a em T r á s - o s - M o n tes no vale do D o u r o entre a cidade de M i r a n d a e P a r a dela (Boletim da Sociedade B r o t e r i a n a X I , 1936, p. 162) definida q u e r pela d o ç u r a dos frutos, q u e r p e l a m o r f o l o g i a da fôlha. A g o r a , como m a i s s i n g u l a r , o e x e m p l a r do M i n h o , visto e classificado p o r S C H W A R Z , m o s t r a q u e t a m b é m aí ela ocorre. 25. Q u e r t u s lusítanica Lam. R e f e r i a t r á s as observações que me l e v a m a crer n u m l i m i t e a l t i t u d i n a l inferior desta espécie no P a i s , a p a r t i r d u m a certa d i s t â n c i a d a costa, pois n o l i t o r a l desce a o n í v e l do m a r . E s t a verificação, c o n j u g a d a com a da s u a s u a a u s ê n c i a n a s p a r t e s m a i s á r i d a s d o A l e n t e j o , leva a s u p o r que a s u a existência a n d e l i g a d a à necessidade d u m mínimo de humidade. H a v e r á ela t a m b é m u m l i m i t e a l t i t u d i n a l s u p e r i o r o que seria s i n a l do seu t e m o r ao frio ? E certo q u e eu n ã o a vi n u n c a n a s p a r t e s m a i s elevadas das n o s s a s serras q u e tenho estudado: Montesinho, Coroa, Alturas, Padrela, Bornes e Roboredo em Trás-os-Montes, Leomil, M o n t e m u r o , A r a d a , C a r a m u l o e Estrêla n a s Beiras, n e m de B A R R O S G O M F S tenho indicação que me revele a s u a existência às g r a n d e s a l t i t u d e s . A r a r i d a d e com q u e ocorre porém n ã o me permitiu ainda determinar claramente o n í v e l de d e s a p a r e c i m e n t o em a l t i t u d e . O seu solar está, sem d ú v i d a , d e n t r o da B e i r a L i t o r a l e da E s t r e m a d u r a , n a s s e r r a s calcáreas do D o g g e r e M a l m e em certos p o n t o s do L i a s , em t o d o s os q u a i s ela d o m i n a exclusivamente, a r r e d a d a a concorrência das espécies c o n genéricas, calcífugas u m a s : Quercus Robur, Q. pyrenaica, Q. Suber, xerófila o u t r a — o Q. Ilex. A i n d a hoje se p o d e m a d m i r a r f o r m o s í s s i m o s c a r v a l h a i s desta espécie na parte média apenas da m a n c h a do L i a s que se d e s d o b r a de C o i m b r a a A n c i ã o : V i l a Seca n a e s t r a d a t r a n s v e r s a l q u e p a r t e de C o n d e i x a , no p e r c u r s o p o r e s t r a d a de P e n e l a a a T o m a r e t c , no D o g g e r e M a l m das S e r r a s de Sicó Novas áreas da fitogeografia portuguesa 131 ( D e g r a d a s e, excelente sobre tôdas as o u t r a s , A n c i ã o ) , das do M a c i ç o de Pôrto de M ó s ( n o s p e r c u r s o s de L e i r i a p o r A l q u e i d ã o e de R i o M a i o r p o r M e n d i g a a Pôrto de M ó s , e m A l v a d o s , e m M i r a d e A i r e , M i n d e , e t c , etc.) e n a d a A r r á b i d a (daqueles q u e observei). A c e n t u e m o s p o r é m , q u e e m b o r a em regiões com r o c h a s calcáreas, o solo destes carv a l h a i s n ã o d á reacção dos c a r b o n a t o s o u a m o s t r a m u i t o débil, s e n d o esse solo g e r a l m e n t e a r g i l o s o , v e r m e l h o , o q u e à s i m p l e s v i s t a o distingue^ dos qiíe se a p r e s e n t a m c a r r e g a d o s de c a r b o n a t o de cálcio, da côr a c i n z e n t a d a . D e v e ser m e s m o esta a r a z ã o p o r q u e ela existe a p e n a s em a s s i n a l a d o s p o n t o s do L i a s — aqueles que não dão a reíerida reacção dos carbonatos, e falta n o s r e s t a n t e s — os q u e p r o d u z e m v i v a efervescência ao contacto dos ácidos. A l g u m a s vezes s e t e m t a m b é m d i s t r i b u í d o p o r i n d i v i d u a l i d a d e s t a x o n ó m i c a s diferentes a s f o r m a s d e T r á s - o s -Montes e as da E s t r e m a d u r a . N ã o encontro razão bastante p a r a isso. P o s s u o l a r g a d o c u m e n t a ç ã o em b e r b á r i o e a n o s de observação no c a m p o de a m b a s as regiões e n ã o me parece q u e p o s s a m d i s t i n g u i r - s e morfológica e especificamente os o s e x e m p l a r e s d e u m a dos d a o u t r a região. H á i n d u b i t a v e l m e n t e n a espécie u m a m u l t i d ã o d e microespécies difíceis s e n ã o i m p o s s í v e i s de d i s t i n g u i r ; n e m a estas m e s m o , p o r é m , p u d e a i n d a e n c o n t r a r d i s t r i b u i ç ã o selectiva t a l como é feita, p o r e x e m p l o , n o s p r ó p r i o s t r a b a l h o s de P E R E I RA COUTINHO («Flora de Portugal» e «Esboço de uma Flora Lenhosa Portuguesa» 2. ed.) E s t e f u n d o u - s e , p a r t i c u l a r m e n t e , n o s caracteres da m o r f o l o g i a da f o l h a — c o n t o r n o do l i m b o e t a m a n h o do pecíolo — e a m b o s eles são i m e n s a m e n t e v a r i á v e i s n o m e s m o i n d i v i d u o como l a r g a m e n t e t e n h o p o d i d o observar. O h á b i t o , q u e i g u a l m e n t e se p r e t e n d e ser diferente n o s i n d i v í d u o s d e T r á s - o s - M o n t e s e n o s d a E s t r e m a d u r a e B e i r a l i t o r a l , ramificação p s e u d o - m o n o p o d i a l nos primeiros, e simpodial, estremamente tortuosa, nos s e g u n d o s , n ã o t e m t a m b é m valor, p o r q u e o p r i m e i r o r e s u l t a d a acção d o h o m e m a m p u t a n d o p e r t i n a z e c o n t i n u a d a m e n t e o s r a m o s l a t e r a i s p a r a satisfazer necessidades d a e c o n o m i a p a r t i c u l a r d a r e g i ã o . O q u e aí se faz com este c a r v a l h o p r a t i c a - s e i g u a l m e n t e com o F r e i x o , o O l m o etc. ; as 132 A. Taborda de Morais p a r a a a l i m e n t a ç ã o de gados em folhas e r a m o s t e n r o s , e até com o Z i m b r o , p a r a o u t r o s fins, c o n f o r m e e x p u s e m o s a n t e r i o r m e n t e . T o d o s a p r e s e n t a m p o r isso, a r t i f i c i a l m e n t e , u m eixo m a i s o u m e n o s elevado sem copa c o r r e s p o n d e n t e . I n t e r r o g u e i l a v r a d o r e s que me c o n f i r m a r a m o q u e aí fica exposto. T a m b é m n ã o tem v a l o r a distinção a r b u s t i v a , p o r q u a n t o todos os c a r v a l h o s p o d e m a p r e s e n t a r - s e sob essa f o r m a que n ã o é m a i s do que a t o u c a de a r r e b e n t a ç ã o c o n s t i t u í d a p o r p ô l a s radicais o u c a u l i n a r e s d a á r v o r e a b a t i d a . R e s u m i n d o o que anteriormente expusemos apresent a m o s a s s i m em b r e v í s s i m a e e s q u e m á t i c a síntese o q u e se n o s a f i g u r a ter sido a vegetação c l í m a x do a l o n g a d o sector circular M e s ò - C e n o z ó i c o de entre V o u g a e T e j o : o Quercus llex n a s c u m l a d a s do J u r á s s i c o ; o Quer cus lusitanica n o s p e n d o r e s das m e s m a s serras, cabeços ou o u t e i r o s e a i n d a n o s do C r e t á c i c o ; o Quercus Suber n a s a r g i l a s e grés siliciosos do T e r c i á r i o ou do T r i á s i c o ; o Pinus Pinea n a s areias d o Q u a r t e n á r i o o u d o P l i o c é n i c o . 26. Arenaria aggregata (L.) L o i s e l . Beira Litoral: L a g o a dos L i n h o s , J u n c a l G o r d o , D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 25-IV-1929, n.° 2.574! A s s i n a l a d a n a s m o n t a n h a s d a B e i r a verifica-se q u e vem até a o l i t o r a l d a b e i r a m a r . 27. Rannnculus liroteri F r e y n Trás-os-Montes e Alto Douro: C h a v e s , F a i õ e s , n u m p e q u e n o a f l o r a m e n t o de á g u a , D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 4-VI-1932, n.° 1.955! 28. Paeonia mícrocarpa B o i s s i e r et R e u t e r , P u g i l l . p l . n o v . (1852) 3. Paeonia humilis R e t z ? ; S A M P A I O i n Bol. Soc. B r o t . X I I , 2. sér. (1931) 138. Beira Alta: S e r r a da F s t r ê l a in nemoribus prope «Poço do I n f e r n o » à. a l t i t u d e de 1.100 m., D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 4-VI-1930! a Novas áreas da fitogeografia portuguesa 133 29. Hesperís lacíniata A U . s u b s p . specíabilís ( J o r d . ) R o u y et Fouc. Maciço d e P ô r t o d e M ó s , M i r a d e A i r e , n a s « V e n t a s d o D i a b o » , F . S O U S A , 22-íV-l93l! F r a esta espécie conhecida a p e n a s d o cume d a S e r r a dos C a n d e e i r o s ; n ã o s e afasta m u i t o esta estação d a q u e l a , m a s em t o d o o caso verifica-se q u e a s u a d i s p e r s ã o se h á - d e , p r o v a v e l m e n t e , fazer p o r t o d o aquele Maciço J u r á s sico. 30. A l y s s u m psilocarpum B o i s s . ; B o l . S o c . B r o t . X I (1936) 163. Beira Alta: S a b u g a l , R u v i n a , à m a r g e m dos c a m i n h o s e l u g a r e s secos, A . F . V A Z , 20-111-1929! A a l t i t u d e da n o v a estação é s e n s i v e l m e n t e a m e s m a das i n d i c a d a s e m T r á s - o s - M o n t e s , ú n i c a p r o v í n c i a d o n d e era c o n h e c i d a : à v o l t a de 800 m . ; será esta pois a z o n a a l t i t u d i n a l do seu habitat. Floresce de M a r ç o a A b r i l . 31. Rorippa pyrenaica (L.) S p a c h Beira Alta: M e d a , L o n g r o i v a , D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 3-VI-1932, n.° 2.118! C i t a i a a p e n a s como t r a n s d u r i e n s e verifica-se t a m b é m à q u e m D o u r o a s u a ocorrência. 32. Sednm anglicum H u d s . v a r . pyrenaicum L a n g e Beira Litoral: S r . da C a n d o s a , j u n t o ao C e i r a , T A B O R D A D E M O R A I S , 3l-V-l94o, n.° 3.998! a 33. S e d a m f e r e v i f o l i u m D C . Minho: G e r e z , J u n h o 1890, J u l h o 1892, M O L L E R ! J u l h o , l9l8, G U I L H E R M E F E L G U E I R A S ! S e r r a A m a r e l a , 28-VII-1926, M E N D O N Ç A , n.° 755! 34. T í l l a e a V a i l l a n t i i W i l l d . Trás-os-Montes e Alto Douro: G e n í s i o , p r ó x i m o d a e s t r a d a entre M i r a n d a e V i m i o s o , n o s l a g o a chos dêssecados, D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 1 9 - V I -1932, n.e 2.436! A. 134 Taborda de Morais e F o i m e n c i o n a d a pelo S r . P . M i r a n d a L o p e s ( B o l . Soc. Brot., V I I I , 1932-33, p. 183). 35. S o r b u s a r i a (L.) C r a n t z S e r r a da Estrêla, V a l e de Z e b r a s , a 1.200 m. de a l t i t u d e , D r . C A R R I S S O e M E N D O N C A , 4-VI-1930! ( A . TABORDA D E MORAIS f o t . e m 1ÍJ38) Fig. 7 — Ulex europaeus L. ao norte de V i n h a i s junto à povoação de Salgueiros, por 1.000 m. de altitude, em bordadura dos campos de c u l tura e do pinhal. No último plano os contrafortes da serra da C o r o a . Registam-se toeira os n o m e s vulgares de Valoeira e Bo- 36. Genisia polyanthos R o e m . v a r . B o u g o e i ( S p a c h ) Trás-os-Montes e Alto Douro: j u n t o à e s t r a d a entre V i m i o s o e O u t e i r o , D r . C A R R I S S O e M E N D O N Ç A , 19-VI-1932, n.° 2.4331 Novas áreas da fitogeografia portuguesa 135 37. U l e x Trás-os-Montes e Alto Douro: S a l g u e i r o s , ao n o r t e de V i n k a i s , fig. 7; L a m p a ç a s , ria estrada entre V i n k a i s e C k a v e s , S e r r a de Q u i n t e l a , a sudoeste de C k a v e s , e n t r e S á e V i l a r a n d e l o , T A B O R D A D E M O R A I S , 3 e 4-X-1938, n . 3.884! 3.887! 3.894! O u teiro e V i m i o s o , entre P a l h e i r o s e M u r ç a , T A B O R D A D E M O R A I S e F . S O U S À , 29-VI-1940 n . 4.281! 4.282! 4.334 a! o s o s ( A . TABORDA D E MORAIS f o t . e m 1938) Fíg. 8 — Ulex nanus Forster junto à estrada de V i n h a i s a Chaves, não longe da povoação de Lampaças. 38. U l e x nanus F o r s t e r Trás~os-Montes e Alto Douro: V i n k a i s , S e r r a da C o r o a , e m p e q u e n a m a n c k a ; L a m p a ç a s , e m formações d e n s a s e extensas, fig. 8, T A B O R D A D E M O R A I S , 3-X-1938, n . 3.886! 3.888! C o r t i n k a s , ao n o r t e de AlíjÓ, T A B O R D A D E M O R A I S e F . S O U S A , 25-VI-940, n.° 4.126! o s 136 A. Taborda de Morais O l i m i t e o r i e n t a l no P a í s p a r a éste Ulex era u r n a l i n k a que p a s s a n d o p o r C k a v e s v i n k a à C o v i l h ã , C a s t e l o B r a n c o e P o r t a l e g r e a p r o x i m a n d o - s e , daí p a r a b a i x o , da costa p a r a d e l i m i t a r por fim u m a z o n a m a r g i n a l n o A l g a r ve. A espécie a n t e r i o r n e m tão longe ia, s e n d o a p e n a s i n d i c a d a ao n o r t e do T e j o , entre o l i t o r a l e u m a l i n k a q u e no M i n k o passava por Cabeceiras de Basto, mais abaixo p o r Viseu, se d i l a t a v a depois até à Estrêla, p a r a , s e g u i n d o o Z ê z e r e p r i m e i r o e depois o Tejo, m o r r e r n a foz deste rio ( S A M P A I O , R e v i s ã o das U l i c í n e a s , 1923). Verifica-se a g o r a que p e n e t r a m a s d u a s b a s t a n t e m a i s a l é m , até u m a l i n k a que de V i n h a i s ! se dirige, pelo s u l de R e b ó r d e l o ! , à serra de B r u n k e í r o ! V i l a r a n d e l o ! (entre C k a v e s e V a l p a s sos), entre M u r ç a e P a l h e i r o s (500 m . ) ! o p l a n a l t o de C a r r a z e d a d e  n c i ã i s , u m p o u c o m a i s o r i e n t a l d o que a a n t e r i o r , m a s t a m b é m a m a i o r a l t i t u d e : s u p e r i o r a 700 m . ! A l i j ó ! e vem p a s s a r entre T r a n c o s o e V i l a F r a n c a das N a v e s ! c o n t i n u a n d o p a r a o sul pelo oriente de M a n t e i gas !, com u m a estação isolada em F i g u e i r a de C a s t e l o R o d r i g o ! P o s s i v e l m e n t e as d u a s espécies t e e m ' i g u a i s a p t ê n cias climáticas n a sua p e n e t r a ç ã o c o n t i n e n t a l , a c o m p a n h a n d o - s e m u t u a m e n t e , pelo m e n o s a o n o r t e d o T e j o . E certo que p a r a o Ulex europaeus a s u a existência ao n o r t e de V i n h a i s , na p o v o a ç ã o de S a l g u e i r o s , é recente de 30 a n o s , i n t r o d u z i d a pela m ã o do b o m e m o c o r r e n d o p o r t a n t o como s u b e s p o n t â n e a , s e g u n d o me foi, com precisão, i n d i c a d o n a p r ó p r i a aldeia. Deste m o d o e s t a n d o a verificar-se o seu a v a n ç o a c t u a l p a r a o r i e n t e , n a d a n o s diz q u e ela t e n h a a t i n g i d o i n u l t r a p a s s á v e l limite climático de c o n t i n e n t a l i d a d e , e n ã o seja susceptível de viver, em condições naturais, mais além. D e facto n a p a r t e m a i s s e t e n t r i o n a l d a P r o v í n c i a : e m O u t e i r o (700 m. de a l t . ) ! V i m i o s o (700 m. de a l t . ) ! entre C a ç a r e l h o s e as m i n a s de m á r m o r e de S . A d r i ã o (7So m. de alt.)! e n c o n t r a - s e e s p o r a d i c a m e n t e o Ulex europaeus, na t e n t a t i v a a p a r e n t e , e c o n f i r m a d a p a r a a ú l t i m a localidade, de introdução intencional. No entanto nas proximidades d e V i m i o s o p u d e verificar a s u a r e p r o d u ç ã o n a t u r a l n a existência de p e q u e n a s p l a n t a s à v o l t a de v e l h o s e x e m p l a r e s , to Novas áreas da fitogeografia portuguesa 137 e a l g u n s l a v r a d o r e s me certificaram da g e n e r a l i z a ç ã o do seu a p a r e c i m e n t o ali. P o r a g o r a a s m i n t a s verificações são, n ã o s ó p o s i t i v a s de presença, m a s , com r a z o á v e l experiência, posso assever a r t a m b é m que n ã o vive e x t e n s a m e n t e , quer u m a q u e r o u t r a espécie, a oriente da l i n h a i n d i c a d a : o m e r i d i a n o de I 10' a este da M e l r i ç a . A estação i s o l a d a de F i g u e i r a de C a s t e l o R o d r i g o , e m b o r a a i n d a n a q u e l e m e r i d i a n o , explica-se p r o v a v e l m e n t e , p o r um m i c r o c l i m a que a s e r r a da M a r o f a deve c o n d i c i o n a r . P o r o u t r o l a d o q u e m faz o p e r c u r s o de V i n h a i s a Chaves verifica que o Ulex nanus, que r e g u l a r m e n t e até ali aparece p o r volta dos 600 m e t r o s , desaparece em R e b ó r d e l o , ao t r a n s p o r m o s , descendo, o vale p r o f u n d o e seco do R a b a çal, p a r a r e a p a r e c e r logo depois em L a m p a ç a s a 600 m e t r o s . I g u a l m e n t e de Chaves a V a l p a ç o s o Ulex nanus aparece no cimo da s e r r a p o r v o l t a dos 700 m e t r o s p a r a desaparecer depois de V i l a r a n d e l o q u a n d o se começa a descer dos 600 m e t r o s de a l t i t u d e . I s t o é, sofrerá o Ulex nanus u m a l i m i t a ç ã o a l t i t u d i n a l inferior que, p o r a q u e l a região, b á - d e estar entre os 500-600 m e t r o s , m a s que n o l i t o r a l v e m até ao nível do m a r . F e n ó m e n o idêntico ao do P i n h e i r o b r a v o , e de t a l f o r m a que do c o n f r o n t o e n t r e a d i s t r i b u i ç ã o das d u a s espécies r e s s a l t a n í t i d a a m a i o r exigência de b u m i d a d e p a r a o Ulex, que n e m vai t ã o l o n g e n a p e n e t r a ç ã o c o n t i n e n t a l , n e m desce t ã o f u n d o aos q u e n tes vales da P r o v í n c i a . E é a ocorrência deste f e n ó m e n o em espécies de g r a n d e fidelidade ecológica às condições a t l â n t i c a s (Pinus Pinaster, Quercus Robur e Ulex nanus), como a existência do f e n ó m e n o i n v e r s o — a f a s t a m e n t o do l i t o r a l , p e n e t r a ç ã o n o s vales, fuga d a s a l t i t u d e s , em espécies de i d ê n t i c a fidelidade às condições m e d i t e r r â n i c a s , opostas à q u e l a s (Quercus Ilex, Quercus Súber etc.) que n o s p e r m i t e m estabelecer com p r e cisão a existência, n a s p r o v í n c i a s do i n t e r i o r , de dois a n d a r e s de condições climáticas o p o s t a s : um m é d i o ou s u p e r i o r que p r o l o n g a p a r a o i n t e r i o r as condições a t l â n t i c a s , o u t r o infer i o r que a p r o x i m a do A t l â n t i c o as condições m e d i t e r r â n i c a s de secura e calor, b e m como p r o c u r a r - l h e s os l i m i t e s . o 18 A. 138 Taborda de Morais 39. B a n i a m incrassatam (Boiss.) B a t t . et T r a b . Beira Litoral: C o i m b r a , A l t o de S . C l a r a , t a F. souáa, 27-VI-1939, n.° 3.85o! 40. L a v a n c l u l a S t o e c h a s L . Trás-os-Montes e Alto Douro: Moncorvo, Maçores, M a i o 1887, M A R I Z ! Minho: P o n t e do L i m a , M a i o , S A M P A I O ! Douro Litoral: Pôrto, S. P e d r o da C o v a , J u n h o l88l, J O H N S T O N ! V i v e r e a l m e n t e esta espécie do n o r t e ao s u l do P a í s , como os espécimens a c i m a o d o c u m e n t a m , s e n d o e m b o r a certíssimo que a s u a ocorrência em T r á s - o s - M o n t e s e A l t o D o u r o , a l é m d o C o r g o , pelo m e n o s , é b a s t a n t e o u m u i t o r a r a , s e n d o a Lavandula pedunculata Cav., <Jue exclusivam e n t e c o n s t í t u e a s extensas formações que n a q u e l a p r o v í n c i a ocorrem. R e g i s t a m - s e o s n o m e s vulgares, t r a n s m o n t a n o s , d e arçã e arçanha aplicados i n d i s t i n t a m e n t e às d u a s espécies: L. Stoechas e L. pedunculata. 41. G l o l m l a r i a v u l g a r i s L . s u b s p . L í n a i a e i ( R o u y ) Wettst. Ribatejo: T o r r e s N o v a s , p r ó x i m o das n a s c e n t e s do r i o A l m o n d a , F . S O U S A , 14-IV-1936! Al. Tanacetnm microphyllum D C . Trás-os-Montes e Alto Douro: S e r r a da S r . da A s s u n ç ã o , entre M i r a n d e l a e V i l a - F l o r , n o r e s t o l h o , T A B O R D A D E M O R A I S , 4-X-938, n.° 3.895! a CORRECÇÃO A páginas 116 e 117 leia-se para as longitudes a este da O vamente, I 25' Melriça, respecti- e 5o\ NOTA — N ã o foi possível incluir neste artigo nem tôdas as novidades e s t u dadas procedentes das antigas herborisações, n e m , sobretudo, as da excursão <jue em J u n h o passado realizei em Trás-os-Montes; constituirão, por isso, matéria dum outro artigo. Instituto Botânico Dr. Júlio Henriçfues, Setembro de 1940. BETULA CELTIBERICA ROTHM. ET VASC. EIN BEITRAG ZUR SYSTEMATIK DER WESTEUROPÄISCHEN BIRKEN. von W. R O T H M A L E R U N D J. DE C A R V A L H O E V A S C O N C E L L O S (ESTACÃO AGRONÓMICA NACIONAL) E N N m a n die s p a n i s c h e n u n d p o r t u g i e s i s c h e n F l o r e n w e r k e der letzten J a h r z e h n t e z u r H a n d n i m m t , fällt es einem i m m e r als u n w a h r s c h e i n l i c h auf, d a s s — l a u t diesen W e r k e n — in S p a n i e n n u r B. verrucosa, u n d in P o r t u g a l n u r B. pubescens h e i m i s c h sein soll. Fs läge h i e r als o eine p f l a n z e n g e o g r a p h i s c h u n v e r s t ä n d l i c h e D i s k r e p a n z vor. G e h t m a n der Sache w e i t e r n a c h , s o findet m a n i n d e n m o d e r n e n e u r o p ä i s c h e n F l o r e n für B. pubescens die W e s t a l p e n als S ü d w e s t g r e n z e angegeben, ein B e s t i m m u n g s versuch an westiberischem Material muss aber trotz allem i m m e r zu B. pubescens s. 1. f ü h r e n . D i e s e Z w i e s p ä l t i g k e i t e n f o r d e r n u n h e d i n g t z u einer K l a r s t e l l u n g des Falles h e r a u s , w a s aber z u n ä c h s t bei den S c h w i e r i g k e i t e n , die die e u r o päische Betulasystematik ü b e r h a u p t b i e t e t , unmöglich schien. I m F o l g e n d e n soll n u n der V e r s u c h g e m a c h t w e r d e n , die iberischen F o r m e n s o g r ü n d l i c h w i e m ö g l i c h z u s t u d i e r e n u n d z u a n a l y s i e r e n , u m auf diese W e i s e z u einiger Klarheit kommen zu können. In dieser Zeit erster S t u d i e n b e g a n n der K r i e g u n d b r a c h t e eine erhebliche E r s c h w e r u n g in der M a t e r i a l — u n d L i t e r a t u r b e s c h a f f u n g m i t sich. W e n n t r o t z d e m der V e r s u c h g e m a c h t w u r d e , die A r b e i t z u e i n e m gewissen A b s c h l u s s z u b r i n g e n , s o w a r e n dafür b e s o n d e r s z w e i G e s i c h t s p u n k t e massgebend. E r s t e n s e i n m a l m u s s t e dem p r a k t i s c k e n F o r s t w i r t i n den beiden L ä n d e r n P o r t u g a l u n d 139 140 W. Rothmaler und /. de Carvalho e Vasconcellos S p a n i e n eine E r h l ä r u n g für d e n o b e n e r w ä h n t e n Z w i e s p a l t i n der S y s t e m a t i k s o w i c h t i g e r B ä u m e gegeben w e r d e n . Z u m anderen ergaben sieh zahlreiche neue Gesichtspunkte z u r K r i t i k der b i s h e r i g e n B i r k e n s y s t e m a t i k ü b e r h a u p t u n d z u r M e t h o d i k für eine n o t w e n d i g e N e u b e a r b e i t u n g der G a t t u n g Betula, die es r a t s a m e r s c h e i n e n lassen, m ö g l i c h s t b a l d auf diese d r i n g e n d e n F r a g e n a u f m e r h s a m z u m a c h e n . M ö g l i c h w a r die A r b e i t ü b e r h a u p t n u r — s e l b s t i n diesen b e s c h e i d e n e n G r e n z e n — d a n k der vielerlei Hilfe, die u n s allerseits g e w ä h r t w u r d e . S o g e b ü h r t b e s o n d e r e r D a n k d e n H e r r e n Prof. G . S A M U E L S S O N i n S t o c k h o l m u n d N . H Y L A N D E R i n U p p s a l a für die U e b e r l a s s u n g s c h w e d i s c h e n M a t e r i a l s u n d für Beschaffung fehlender L i t e r a t u r . A u s serdem w u r d e n w i r in P o r t u g a l tatkräftig unterstützt d u r c h Beschaffung v o n frischem M a t e r i a l u n d H o l z p r o b e n d u r c h die H e r r e n T R I G O D ' A B R E U e A R L I N D O C A B R A L . S c h l i e s slich leisteten u n s die p o r t u g i e s i s c h e n s t a a t l i c h e n F o r s t v e r w a l t u n g e n ( D i r e c ç ã o dos Serviços F l o r e s t a i s ) , b e s o n d e r s die H e r r e n F o r s t w i r t e D i r e k t o r J O S É M . M E N D I A , X A V I E R D E BASTO in Coimbra und A. F E R R E I R A M A C H A D O in Pôrto s o w o h l d u r c h Beschaffung v o n M a t e r i a l als a u c h d u r c h B e s o r g u n g von P h o t o g r a p h i e n wertvolle Hilfe, wofür hier besonderer D a n k a u s g e s p r o c h e n sei. E b e n s o d a n k e n w i r den H e r r e n A R L I N D O C A B R A L , die u n s ebenfalls P h o t o s z u r V e r f ü g u n g stellten. E n d l i c h k a b e n w i r d e n H e r r e n D i r e k t o r e n u n d M i t a r b e i t e r n der S a m m l u n g e n des I n s t i t u t o B o t â n i c o d e C o i m b r a , I n s t i t u t o B o t â n i c o d e L i s b o a , des I n s t . S u p e r i o r d e A g r o n o m i a i n L i s s a b o n , des I n s t i t u t o B o t á n i c o i n B a r celona u n d des J a r d í n B o t á n i c o i n M a d r i d u n s e r e n b e s o n deren D a n k für die M ö g l i c h k e i t , d a s M a t e r i a l a n O r t u n d Stelle d u r c h z u a r b e i t e n , a b z u s t a t t e n . B e s o n d e r s aber m ü s s e n w i r n o c h auf die stete Hilfe, die u n s seitens des D i r e k t o r s u n d der K o l l e g e n i n der E s t a ç ã o A g r o n ó m i c a N a c i o n a l i n L i s s a b o n , w o diese A r b e i t a u s g e f ü h r t w e r d e n k o n n t e , zuteil w u r d e , h i n w e i s e n . E. A. N . , B e l é m — Februar 1940. Betula Die Systematik celtibérica der Rothm. er Vase. europäischen 141 Betula-Arten. Schon. L I N N E deutete durch, die z a h l r e i c h e n V a r i e t ä t e n , die er seiner Betula alba u n t e r o r d n e t e , a n , dass der F o r m e n r e i c h t u m der G a t t u n g der S y s t e m a t i k einige S c h w i e r i g k e i t e n bereitet. G l e i c h z e i t i g zeigte L i n n e aber a u c h d u r c h eine R e i h e schwedischer V o l k s n a m e n , d i e e r diesen V a r i e t ä t e n beifügte, dass ö k o n o m i s c h oder p k y s i o g n o m i s c h w i c h t i g e , verschiedene T y p e n i n seiner A r t e n t k a l t e n w a r e n . E s h a b e n n u n i m m e r wieder m o d e r n e Bearbeiter versucht, die Z u s a m m e n h ä n g e i n dieser schwierigen G r u p p e a u f z u d e c h e n . W i r k ö n n e n hier n i c h t alle A r b e i t e n e r w ä h n e n , w i r v e r w e i s e n auf die speziellen M o n o g r a p h i e n , i n denen ausführlich darüber abgehandelt wird. N a m e n , wie ROTH, EHRHART, WINKLER, BECHSTE1N, SCHNEIDER, SARGENT SPACH, HENZE, REGEL, FERNALD, u n d ASCHERSON — GRAEBNER Sind b e s o n d e r s z u n e n n e n . Sie h a b e n alle versucht, z u einer klaren Auffassung z u k o m m e n , ohne d a s s m a n bisher v o n einer g e l u n g e n e n D a r s t e l l u n g h ä t t e reden k ö n n e n . V i e r A r b e i t e n a u s n e u e r e r Z e i t b r i n g e n jedoch n e u e G e s i c h t s p u n k t e oder alte besser h e r a u s g e a r b e i t e t , es sind d a s die A r b e i t e n v o n M O R G E N T H A L E R , G U N N A R S S O N , H E L M S -JÖRGENSEN u n d W I N K L E R - A N T O N . B e i i h n e n n e h m e n die B a s t a r d e breitesten R a u m ein, jedoch reichen diese l o k a l e n E r g e b n i s s e n i c h t a u s , u m ein allgemeines S y s t e m der e u r o p ä i s c h e n B i r k e n a r t e n möglich z u m a c h e n . E s ist vielleicht gut, sich a u c h erst e i n m a l u m z u s e hen, w a s sich bei der B e a r b e i t u n g a n d e r e r windblütiger B a u m g a t t u n g ä h n l i c h e n C h a r a k t e r s ergeben h a t . W i r haben hier n e u e r e , vor allem p f l a n z e n g e o g r a p k i s c h o r i e n tierte A r b e i t e n ü b e r Abies, Fagus u n d Quercus, die u n s w i c h t i g e A u f s c h l ü s s e geben k ö n n e n . W i r s e h e n bei diesen drei G a t t u n g e n ebenso w i e bei Betula die grosse B e d e u t u n g der B a s t a r d b i l d u n g u n d der h y b r i d o g e n e n A r t b i l d u n g . W i r s e h e n aber a u c h h i e r die a u s s e r o r d e n t l i c h e n S c h w i e r i g k e i t e n der T e i l b e a r b e i t u n g o h n e B e r ü c k s i c h t i g u n g der Gesamtareale. A u c h bei Betula m ü s s e n w i r m i t einer M e r k m a l s a n a lvse der F o r m e n u n d m i t dem S t u d i u m a n d e n A r e a l g r e n z e n 142 W. Rothmaler und j. de Carvalho e Vasconcellos u n d i n G e b i e t e n , die v o n einer A r t allein besiedelt w e r d e n , d;ie a r t b e s t i m m e n d e n Markmalsgruppen herausschälen, w e n n w i r die m i t t e l e u r o p ä i s c h e n u n d s k a n d i n a v i s c h e n F o r m e n k l a r s t e l l e n wollen. W i c h t i g e H i l f e k a n n u n s dabei a u c h n o c h die K a r y o l o g i e i m G e g e n s a t z z u d e n k a r y o l o gisch s c h r e i n f ö r m i g e n E i c h e n leisten, w i e u n s die A r b e i t e n v o n H E L M S - J Ö R G E N S E N u n d b e s o n d e r s die v o n W O O D W O R T H zeigen. W e n n w i r s o z . B . die s ü d e u r o p ä i s c h e n G r u p p e n n a c h der A r t der W I N K L E R - A N T O N S C H E N C k a r a k t e r a n a l y s e n g e k e n n z e i c h n e t h a b e n , d a n n w e r d e n w i r sicher a u c h i n der L a g e sein, die m i t t e l - u n d n o r d e u r o p ä i s c h e n F o r m e n z u e r h e n n e n . W i r d ü r f e n aber d a n n n i c h t , w i e M O R G E N T H A L E R , m i t unzureichendem und mangelhaftem Material beginnen. D i e G U N N A R S S S O N S C H E A r b e i t ist a u c h z u l o k a l angelegt, als dass sie z u einer K l ä r u n g der e u r o p ä i s c h e n F o r m e n k ä t t e k o m m e n k ö n n e n . G e r a d e i n S k a n d i n a v i e n dürfte d a z u die A r b e i t der r e i c h e n B a s t a r d v o r h o m m e n w e g e n , s e h r schwierig sein, i n S ü d e u r o p a dagegen, u n d w o h l a u c h i m w e s t l i c h e n E u r o p a , d ü r f t e n solche S c h w i e r i g k e i t e n k a u m existieren. Jedenfalls schliessen sich z. B. die drei A r t e n der iberischen H a l b i n s e l i n i h r e n A r e a l e n völlig a u s , w i e w i r s e h e n w e r d e n . Dieses gegenseitige A u s s c h l i e s s e n i n g e o g r a p h i s c h e r oder ökologischer H i n s i c h t zeigen die A r t e n w o h l a u c h n o c h grösstenteils i n M i t t e l e u r o p a . Z u r F r a g e der B a s t a r d k ä u f i g k e i t ist e s i n t e r e s s a n t , z u b e m e r h e n , dass n a c h S C H W A R Z die B a s t a r d e v o n Quercus petraea u n d Robur in S k a n d i n a v i e n an der A r e a l g r e n z e beider S t a m m a r t e n sehr viel k ä u f i g e r als diese sind, w ä h r e n d schon i n M i t t e l e u r o p a diese B a s t a r d e n u r als seltene F i n z e l b ä u m e v o r k o m m e n . Es ist das auf die im N o r d e n bei k ü r z e r e r V e g e t a t i o n s p e r i o d e z u s a m m e n f a l l e n d e n B l ü t e z e i t e n beider A r t e n z u r ü c k z u f ü h r e n ; ä h n l i c h e Fälle w ä r e n ja a u c h bei Betula d e n k b a r . Einige A u f k l ä r u n g ü b e r A r t r e i n h e i t w i r d u n s a u c h die K a r y o l o g i e geben k ö n n e n , d a w i r den Einfluss v o n B. pendula w e n i g s t e n s i m m e r a u s der C h r o m o s o m e n z a h l e r m i t t e l n k ö n n e n . D a b e i ist e s a u c h g a r n i c h t a u s g e s c h l o s sen, dass bei B. carpathica oder a n d e r e n A r t e n der Pubes- Betula celtibeiica Rothm. et Vase. 143 centes n o c h a n d e r e C h r o m o s o m e n z a h l e n als die bei d e n b i s h e r u n t e r s u c h t e n z w e i oder drei F o r m e n e r m i t t e l t e n gefunden w e r d e n . D i e A r b e i t e n v o n W O O D W O R T H zeigen u n s z a h l r e i c h e F ä l l e v o n P o l y p l o i d i e bei a m e r i k a n i s c h e n u n d o s t a s i a t i s c h e n A r t e n ; solche P o l y p l o i d e k ö n n e n w i r bei den e u r o p ä i s c h e n F o r m e n a u c h n o c h e r w a r t e n . M a n w i r d auf d e m v o n G U N N A R S S O N v o r g e z e i c h n e t e n u n d von W I N K X E R - A N T O N ausgebauten Wege weiterzugeben h a b e n , w o b e i m a n sich der v a r i a t i o n s s t a t i s t i s c h e n M e t h o d e , w i e sie M O R G E N T H A L E R v o r g e s c h w e b t h a t , b e d i e n e n k a n n . S i c h e r w i r d m a n die Pubescentes i n z a h l r e i c h e g u t e A r t e n aufteilen k ö n n e n , ja es ist n i c h t a u s g e s c h l o s s e n , dass u n t e r GUNNARSSONSCHEN B a s t a r d k o m b i n a t i o n e n wie B. concinnaX pubescens X verrucosa n o c h selbständige G r u p p e n e n t h a l t e n s i n d . W i r s i n d n i c h t i n der Lage h i e r w e i t e r e S t e l l u n g z u G U N N A R S S O N S A r t eit z u n e h m e n , es w i l l a b e r scheinen, als ob er vielleicht die S e l t e n h e i t der r e i n e n A r t e n ein w e n i g überschätzt hat. Bei einer N e u b e a r b e i t u n g wäre a u c h die n o m e n k l a t o r i sehe K l a r s t e l l u n g der e i n z e l n e n F o r m e n d r i n g e n d n o t w e n dig. A u f d e n N a m e n B . a l b a L . m u s s als n o m e n a m b i g u u m u n d d u b i u m w o h l völlig verzichtet w e r d e n . U n h e d i n g t aber m ü s s e n so wertvolle S y n o n y m e w i e B. pendula, odorata u n d carpathica e r h a l t e n w e r d e n , N a m e n , die sich auf G r u n d der meist n o c h existierenden T y p e n w o h l w e r d e n d e u t e n lassen u n d die v o n G U N N A R S S O N m e i s t d u r c h n e u e ersetzt w o r d e n s i n d . F s b e s t e h t k e i n Zweifel, dass n a c h einer g r ü n d l i c h e n B e a r b e i t u n g der G a t t u n g , die m i t allen M i t t e l n m o d e r n e r T a x o n o m i e d u r c h g e f ü h r t w i r d , später eine B e s t i m m u n g der F o r m e n a u c h n a c h H e r b a r m a t e r i a l leicht möglich sein w i r d ; e s m u s s n u r erst e i n m a l die nötige G r u n d l a g e geschaffen w e r d e n , w i r m ü s s e n n ä m l i c h die für die r e i n e n A r t e n c h a r a k t e r i s t i s c h e n M e r k m a l e erst e i n m a l e r m i t t e l n . V e r s u c h e n w i r h i e r e i n m a l k u r z die s y s t e m a t i s c h wichtigen Charaktere aufzuzählen. Die A n a l y s e n sind an e i n z e l n e n I n d i v i d u e n a u s z u f ü h r e n ; i n u n s e r e m F a l l e auf der H a l b i n s e l fällt das b e i n a h e z u s a m m e n m i t einer P o p u l a t i o n s a n a l y s e , d a w i r e s h i e r m i t isolierten n u r w e n i g 144 W. Rothmaler und /. de Carvalho e Vasconcellos v a r i a b l e n A r t e n z u t u n h a b e n . W i r b e n ö t i g e n also d a s S t u d i u m folgender w i c h t i g e r C h a r a k t e r e : Wuchsform (Strauch, Baum, Mehrstämmigkeit, Kronenform, Z w e i g r i c h t u n g ) . R i n d e ( i n den verschiedenen A l t e r s s t a d i e n , A n g a b e n ü b e r A b b l ä t t e r n , B o r h e n b i l d u n g , etc.). Holz (Anatomie). Knospen (Form, Grösse, Klebrigkeit) Blatt (Form, Grössenverhältnisse [Länge: Breite: Stiel], Anatomie) I n d u m e n t ( H a r z w a r z e n , verschiedene H a a r t y p e n ) Pollen (Grösse und Struktur) F r u c h t s c h u p p e n ( b e s o n d e r s die F o r m des M i t t e l l a p p e n s ) . F r u c h t ( F o r m u n d G r ö s s e , F l ü g e l l ä n g e u n d Breite, B e h a a rung). Chromosomenzahl. Vielleicht liegen i n einigen F ä l l e n B i n d u n g e n ( K o r r e l a t i o n e n ) vor, e s k ö n n t e d a n n das S t u d i u m b e s t i m m t e r C h a r a k t e r e eine grössere B e d e u t u n g e r l a n g e n . D i e N ü s s c h e n f o r m u n d die B e h a a r u n g , d a n n die F o r m des M i t t e l l a p p e n s der F r u c h t s c h u p p e n ist z u U n t e r s c h e i d u n g v o n U n t e r g r u p p e n sicher v e r w e n d b a r . D i e W i n t e r k n o s p e n u n d die S t a m m r i n d e haben eine b e s o n d e r s grosse B e d e u t u n g , w i e eben a u c h die W u c h s f o r m , die a b e r w e g e n der s c h w i e r i g e r e n B e s c h r e i b u n g viel v e r n a c h l ä s s i g t w o r d e n ist; vor allen fehlen d a r ü b e r fast i m m e r die n o t w e n d i g e n B e m e r k u n g e n i n den H e r b a r i e n . L e t z t e n E n d e s k a n n , w i e e r w ä h n t , i n einigen F ä l l e n die C h r o m o s o m e n z a h l z u r K l a r s t e l l u n g d i e n e n ; sie sollte i m m e r e r m i t t e l t w e r d e n . Z u r G r u p p i e r u n g t a u g t sie n i c h t , da w i r es bei Betula, w i e die n o r d a m e r i k a n i s c h e n A r b e i t e n zeigen, m i t auf der Z a h l 7 a u f g e b a u t e n p o l y p l o i d e n R e i h e n z u t u n h a b e n . I n E u r o p a s i n d erst s e h r w e n i g e F o r m e n u n t e r s u c h t w o r d e n , sodass w i r n i c h t w i s s e n , o b bei den Pubescentes n i c h t n o c h a n d e r e Z a h l e n als n = 28 existieren. Es w ä r e d r i n g e n d zu w ü n s c h e n , dass a u c h dieser G a t t u n g wichtiger F o r s t b ä u m e ein den m o d e r n e n Abiesung. Q u e r c u s - B e a r b e i t u n g e n e b e n b ü r t i g e s S t u d i u m g e w i d - Betula celtibérica Rottm. et Vase. 145 m e t w ü r d e . A u c h h i e r ist ein H e r a u s s c h ä l e n der s y s t e m a tisch w i c h t i g e n E i n h e i t e n n o t w e n d i g u n d n i c h t ein n u r s c h e i n h a r geordnetes I n e i n a n d e r s c h a c h t e l n v o n F o r m e n , w i e es sich n a c h A S C H E R S O N u n d B R I Q U E T S O e i n g e b ü r g e r t h a t . Systematik und Geographie der iberischen ßeta/a-Arten. D i e auf der i b e r i s c h e n H a l b i n s e l v o r k o m m e n d e n A r t e n der G a t t u n g g e h o r e n der S e k t i o n Eubetula R e g e l subsect. Älhae R e g e l a n . A u f G r u n d der F r u c h t m e r k m a l e m ö c h t e n w i r vorschlagen, die U n t e r g r u p p e Albae R e g e l w e i t e r h i n i n z w e i R e i h e n a u f z u t e i l e n , w o b e i w i r auf die B e h a a r u n g der F r ü c h t e d a s H a u p t g e w i c h t legen: Series Verrucosae R o t h m . et V a s e , n o v . ser. N u c u l a e a n g u s t e l a n c e o l a t a e g l a b e r r i m a e alis latis cinetae. T y p u s : B. pendula R o t h Series Pubescentes R o t h m . et V a s e , n o v . ser. N u c u l a e ovatae apice p u b e r u l a e alis a n g u s t i o r i b u s cinetae. T y p u s : B. pubescens F k r h . W i r f i n d e n auf der iberischen H a l b i n s e l drei V e r t r e t e r der G a t t u n g , eine a u s der e r s t g e n a n n t e n , z w e i a u s der z w e i t e n Serie: Ser. V e r r u c o s a e R o t h m . e t V a s e . 1. B. p e n d u l a R o t h — B. verrucosa E h r h . W i e s c h o n gesagt, u n t e r s c h e i d e t sich diese A r t v o n den Pubescentes d u r c h die völlig k a h l e n , s c h m a l e n F r ü c h t e m i t m e h r als doppelt s o breiten F l ü g e l n , w e i t e r h i n s i n d der k u r z e M i t t e l l a p p e n der F r u c h t s c h u p p e n , d a s F e h l e n der B e h a a r u n g a n d e n vegetativen T e i l e n ( m i t A u s n a h m e b i s w e i l e n der Schösslinge) u n d die a u s s e r o r d e n t l i c h e H ä u figkeit v o n H a r z w a r z e n c h a r a k t e r i s t i s c h . Ihr weit ausgedehntes europäisch-asiatisches Areal, welches n o c h den A e t n a auf Sizilien erreicht, erstrecht sich gerade n o c h m i t einem k l e i n e n Zipfel auf die H a l b i n s e l ; a n g e p f l a n z t findet sie sich n a t ü r l i c h a u c h n o c h i n a n d e r e n 19 146 W. Rothmaler und /. de Carvalho e Vasconcellos T e i l e n i n G ä r t e n u n d P a r k s , sowie a u c h als F o r s t b a u m . U n s s i n d folgende V o r k o m m e n b e k a n n t g e w o r d e n : Ostpyrenäen und ihr Vorland: C e r d a ñ a , P u i g c e r d a , 1150 m R E N N E N , P I . d ' E s p . 3200), i d . D o r r e s , l45o m ( S E N N E N , P I . d ' E s p . 3784) R i p o l l ( S E N . , B C S ) R i b a s ( L L E N A S , B C ) V a l l e de R i b a s , F u e n t e de l o s c u a t r o caños ( C A D E V A L L , B C ) P r a t s de L l e u c a n é s ( V A Y R E D A , B C ) Setcasas-Corral ( V A Y R . , B C ) Collsacabra ( V A Y R E D A , B C ) Molió (VAYREDA, BC) Olot (VAYREDA, BC) Montseny ( R O T H M . ) Zentralpyrenäen und ibr Vorland: s. 1. ( C O S T A , M A ) R o n i ( F . Q . , B C ) P o h l a de S e g u r , E s t a n y de M o n t c o r t é s , 106o m ( F . Q . , B C ) F s p o t ( M A R C E T , B C ) , ibid., 1400 m ( R O T H M . , B C ) V a l l e de O r d e s a , S a r r a q u i e t o ( C U A T R E C A S A S , BC) B u j a r u e l o ( F E R R A N D I Z , B C ) , ibid., V a l l e de B r o t ó , 1100 m ( C U A T R E C A S A S , B C ) H u e s c a , P a r s e u , B a r r a n c o T r i g a ñ e r o , l600 m ( S O U L I É , B C ) G a l l e g o , P u e y o (WK., COl) W e s r p y r e n äen-Vorland: M o n t i c o de S a l v a t i e r r a , N a v a r r a ( s . coll., a o . 1827, M A ) Cult.: z . B . P o r t u g a l , U m g e b u n g v o n C o i m b r a u n d a n der W e t t e r s t a t i o n der S e r r a da E s t r ê l a . Ser. Pubescentes R o t k m . et V a s e . 2 . B . carpathica W . e t K . U e b e r diese A r t k ö n n e n w i r leider n i c h t viel a u s s a g e n , d a das vorliegende M a t e r i a l z u m a n g e l h a f t ist. W i r h a t t e n k e i n e G e l e g e n k e i t diese Art, selbst i n den P y r e n ä e n a u f z u s u c h e n , e s s c h e i n t sich aber u m s u b a l p i n e , s t r a u c h i g e , d u n k e l s t ä m m i g e F o r m e n z u h a n d e l n , die i n d e n F r ü c h t e n der folgenden A r t gleichen, v o n der sie sich aber d u r c h d a s F e h l e n der H a r z w a r z e n , d u r c h r u n d l i c h e Blätter, b e s o n d e r s aber d u r c h s e h r viel dickere F r u c h t k ä t z c h e n u n d d u r c h Fruchtschuppen mit vorwärtsgerichteten Seitenzipfeln unterscheidet. Die Exemplare stimmen mit karpathischen g u t überein, es fehlen i h n e n aber leider jegliche B e m e r k u n g e n ü b e r W u c h s , etc. D i e A r t ist s o n s t b e s o n d e r s a u s den europäischen Hochgebirgen ( K a r p a t h e n , Riesengebirge, E r z g e b i r g e , A l p e n , franz. P y r e n ä e n ) b e k a n n t , w i r stellten Betula celtiberica Rotkm. et Vase. 147 sie n u n also a u c h für die s p a n i s c h e n P y r e n ä e n fest. D i e A n g a b e n a u s a n d e r e n T e i l e n S p a n i e n s b e r u h e n auf V e r w e c h s e l u n g e n m i t der folgenden A r t . W i r s a h e n die folgenden E x e m p l a r e : Zentralpyrenäen: V a l l e de A r a n , A r t i g a de Viella ( I X E N A S , B C ) . A r e s ( M A R C E T , BC). Soumäoute (BORDERE, BC). 3. B. celtiberica R o t h m . et V a s e , nov. spec. — B. alba Brot., F l . L u s . II (l804) 293. — B. verrucosa W h . a p . W h . et Lge., P r o d r . F l . H i s p . I (l87o) 235 p. p. m a x . — B. pubescens var. carpathica L g e . a p . W k . et Lge., P r o d r . F l . H i s p . I (l87o) a d d . p. 3o7 — B. verrucosa R i v o l i in M i t t . P e r t h e s G e o g r . A n s t . l880 e x R e l a t . A d m i n . G e r a l M a t a s ( L i s b o a l88l) 225, 250; L a g u n a , F l . F o r e s t . E s p . I (l883) 177 q u o a d descr. [excl. loc. p y r e n . ] et A t l a s X X V I fig. 1 — 4 . — B. pubescens H e n r . in E x p e d . Scient. S e r r a da Estrêla, Seeg. B o t a nica ( L i s b o a 1883) 53. — B. alba p.p. m a x . et var. pubescens C o l m . , E n u m . pi. P e n i n s . IV (l888) 688 — B. verrucosa W k . , S u p p l . P r o d r . F l . H i s p . (l893) 57. — B. verrucosa p. p. m a x e t pubescens «?» W k . , G r u n d z . P f l a n z e n v e r b r . l h e r . H a l h i n s . (l890) 93. — B. verrucosa M e r i n o , F l . G a l i c . II (l906) 610. — B. alba et ssp. pubescens S a m p . , M a n . F l . P o r t . (l9l0) 121 et L i s t a H e r b . P o r t . (l9l3) 37. — B. pubescens P. C o u t . , Fl., P o r t . (l9l3) l62. — B. alba ( s e n s u B. pubescens) S a m p . I I I . A p p . L i s t a H e r b . P o r t . (l9l4) 5. — B. pubescens P. C o u t . , E s b . F l . L e n h . P o r t . (l936 ) 58; F l . P o r t . , 2. ed. (1939) 194. Id est: B. verrucosa auet. h i s p . p. p. m a x . n o n E h r h . et B. pubescens auet. lusit. n o n E h r h . A r b o r a d 10-metralis, t r u n c o u n i c o , s u p e r n e r a m o s o , r a m i s erectis vel erecto-patulis r a m u l i s q u e erectis. C o r t e x ad b a s i n t r u n c i alhido-flavescens vel fere a l h u s , p r o f u n d e n i g r o - r i m o s u s , s u p e r n e a l h u s saepe leviter cinerascens t e n u i s n o n scissus, eas r a m o r u m p r i m a r i o r u m flavido-fuscus, s e c u n d a r i o r u m cinereus cito scissus, r a m u l o r u m fuscus cinereo- m a c u l a t u s . T u r i o n e s pallide fusci pilis b r e v i b u s cito m a r cescentibus dense et verrucis h a u d sparse o b s i t i ; r a m u l i rufo-fusci c i n e r e o - m a c u l a t i g l a b r i ; g e m m a e o b l o n g o - o v o i - 148 W. Rothmaler und /. de Catvalho e VasconceHos deo-conicae, acutae, 5-7 mm l o n g a e ; r a m u l i novelli t r i m - s e trales n o n lignosae dense pubescentes disperse — p r i m o dense — g l a n d u l i f e r i ; folia subcoriacea crassa e basi d i l a t a t o - c u n e a t a vel s u b r o t u n d a t a r b o m b o i d e o - o v a t a acuta vel breviter a c u m i n a t a s u b d u p l i c a t o - s e r r a t a utrinciue 4 - a d 6-costata, s u p r a o b s c u r i u s viridia, s u b t u s pallide g l a u c e s centia, j u v e n i l i a utrinciue disperse pucescentia et g l a n d u losa, a d u l t a s u p r a glabrescentia vel g l a b e r r i m a , s u b t u s ad nervos pilosa e t praecipue i n axillis n e r v o r u m b a u d sparse b a r b u l a t a , m a r g i n e ciliata, m e s o p h y l l o s p a r s e g l a n d u l i g e r o , 3,5-6 cm l o n g a , 2,5-5 cm l a t a , petiolis j u v e n i l i b u s b i r s u t o -pilosis, a d u l t i s glabrescentibus, 0,8-2 cm p l e r u m q u e 1,5 cm longis p e t i o l a t a ; i n d u m e n t u m pilis d e n s i s m i n i m i s 0,1 m m alterisque sparsis fere a d 1 m m l o n g i s c o m p o s i t u m ; inflorescentiae fructiferae cylindricae u t r i n q u e p a u l u l u m a t t e n u a t a e p a t u l a e vel p e n d u l a e , p l e r u m q u e 2-3 cm l o n g a e , 6-8 mm l a t a e p e d ú n c u l o gracili 1-1,5 cm l o n g o p e d u n c u l a t a e ; bracteae glabrae vel pubescentes m a r g i n e cilíatae p a r t e pedicellari brevi c u n e a t a suffultae, l ó b u l o m e d i o l o n g o e b a s i lata l a n c e o l a t o - o b t u s i u s c u l o , l a t e r a l i b u s apice r o t u n datis falcato-recurvatis l a t i t u d i n e l o b u l u m m e d i u m fere a t t i n g e n t i b u s , sed eo m u l t u m b r e v i o r i b u s , 3,5-4,5 mm l o n g a e e t l a t a e ; n u c u l a e o b o v a t o - o h l o n g a e apicem v e r s u s b a u d sparse p i l o s u l a e vel pubescentes, alis d u a b u s l o n g i t u d i n e m l a t i t u d i n e m q u e n u c u l a r u m vix s u p e r a n t i b u s apice p i l o s o -ciliatis cinctae, stylis longis alas s u p e r a n t i b u s praeditae. Species n o v a e sectione Eubetula subsect. Alhae ser. Pubescentes, ex affinitate B. pubescentis sed v a r r i s n o t i s ad B. pendulam t e n d e n s , a q u a differt i n d u m e n t o f o l i o r u m r a m u l o r u m q u e j u v e n i l i u m , f o r m a f o l i o r u m e t caracteribus seriei, a B. pubescenti r a m u l i s foliisque verrucosis, i n d u m e n t o pilis sparsis longis et densis b r e v i b u s i n t e r m i x t i s , cortice alho, g e m m i s ohlongis acutis et b a b i t u differt; a reliquis speciebus e u r o p a e i s cortice alho i n d u m e n t o q u e f o l i o r u m l o n g i u s distat. A f f i n i s e t i a m est specierum a m e r i c a n a r u m e grege B. occidentalis praecipue B. alaskanae Sarg. (ex descr.), sed v a r u s n o t i s differt. R e l i q u a historia p r o p r i a , area i n d e p e n d e n t i ( e x t r a a r e a m B. pendulae et B. pubescentis s i t a m ) valde s e p a r a t a stat. . Betula celtiberica R o t n m . et Vasc. 149 H a b i t a t a d r i v u l o s e t i n declivibus l a p i d o s i s h u m i d i s , i n turfosis e t a d l a c u u m r i p a s regionis m o n t a n a e e t s u b a l pinae m o n t i u m centralium et boreali occídentalium P e n i n s u l a e l h e r i c a e , r a r o i b i d e m silviculos i n v a l l i b u s f o r m a n s . Specimina sequentia vidimus: N a v a r r a : s. I. ( N É E , MA) V i z c a y a : s. 1. ( Z U B I A , M A ) C a n t á b r i a : O v i e d o ( R O T H M . !!). P t o . P a j a r e s , A r v a s ( L A G A S C A , M A ; R O T H M . !!). P u e r t o de Leitariegos, l600 m ( R O T H M . M). G a l l a e c i a : P u e r t o de P i e d r a f i t a ( G A N D O G E R , C O l ) . C o u r e l , B o s q u e de R o g u e i r a ( R O T H M . ! ! ) . L é g i o n , P r o v . : L I C a s t r o ( L G E . , C O l ) P o n f e r r a d a , S. P e d r o de l o s M o n t e s , l500 ( R O T H M . ! ! ) , T e l e n o p r . A s t o r g a , 2000 m ( R O T H M . 655l ! ! ) S e r r a C a b r e r a , L a B a n a (ROTHM. !!) C a s t e l l a : S o r i a , V i n u e s a ( C E B A I X O S et vicioso, M A ) , S a . C e b o l l e r a ( v i c i o s o , M à ) , S o b r ó n . Valle dei E b r o ( H n o . E L I A S , BCS) Cavaledo (CEBALLOS, MA). Sierra G u a d a r rama, Canencia (VICIOSO, BC), E l Paular ( C U T A N D A ; V I C I O S O , M A ) , S o m o s i e r r a ( I S E R N ; V I C I O S O , m a ) . S a . de G r e d o s , B o b o y o ( B O U R G E A U 2549, C O l , M A ) D u r i m i n i u m : I n s a l d e ( c P E R E I R A , C O l ) . Melgaço, L a m o s do M o n t e (BAETA N E V E S , LISl). Serra do Gerez ( H E N R I Q U E S , C O l ) , ibid., 800 —1400 m ( R O T H M . ! ! ) . S e r r a de S o a j o ( M O L L E R , C O l ) . S e r r a de M o n t e z i n h o ( M O L L E R , C O l ) . T r a n s m o n t a n a : B a r r o s o , 800 —1000 m ( R O T H M . !!) S e r r a d a C a b r e i r a ( S A M P A I O , C O l ) M o n t a l e g r e , frequens, 9 0 0 — 1200 m ( R O T H M . !!, T y p u s ) . V i n h a i s ( T . D E M O R A I S , C O l ; R O T H M . ! ! ). B e i r a : S e r r a d a Estrêla ( s . T A V A R E S , E l . L u s . E x s . 1644). C a n d e e i r a ( B A T A L B A R E I S , L I S l l ) S a b u g u e i r o ( W E L W . , LISU, V a l e d o Zêzere ( B A T A L B A R E I S , L I S l l ) , C o v i l h ã , Sete F o n t e s ( R . D A C U N H A , C O I , L I S E , L I S U ) . S a . d a Estrêla, h a u d frequens, ibid, et i n S e r r a de L o u s ã cult. ( R O T H M . ! ! ) . C o i m b r a , P i n h a l de F o j a ( M O L L E R , C O l ) . A f f i n i s est: Betula Foutaueri R o t h m . , nor. spec. — B. alba ( s e n s u W. 150 Rothmaler und /. B. verrucosa) J a k a n d . de et Carvalho e Vasconcellos Maire Cat. Fl. M a r o c . II (1932) 164. A B. celtibérica differt foliis m a i o r i b u s m a g i s a c u m i n a t i s , m a g i s coriaceis, fere o m n i n o glabris sed verrucosus, r a m i s glabris vel g l a b e r r i m i s , bracteis inflorescentiae f r u c tiferae iis B. pendulae s i m i l i b u s sed l ó b u l o m e d i o m a g i s p r o d u c t o , f r u c t i b u s iis B. celtibericae s i m i l i b u s sed alis m a g i s r o t u n d a t i s . — A r b o r alta t r u n c o ú n i c o , cortice a l h o praedita. Habitat in montibus Atlantis riphaei Imperii Marocc a n i : B a d u , l ö O O m ( F . Q . , I t . m a r . 1927 n . 128 s u b B. pendula, T y p u s , B C ) , B a b C h i q u e r , l57o m ( F . Q . , B C ) , A z i b d e K e t a m a , l500 m ( S E N N E N et M A U R I C I O a p . Sen., P I . d , F s p . 8938). D i e s e m a r o k k a n i s c h e F o r m , die deutlich z u m F o r m e n k r e i s der B. celtibérica gehört, bedarf n o c h w e i t e r e n S t u d i u m s a m S t a n d o r t selhst. I h r w e i t abgesplittertes A r e a l m a c h t es n i c h t u n w a h r s c h e i n l i c h , dass w i r es m i t einer eigenen A r t z u t u n h a b e n . D i e spezielle B e h a n d l u n g dieser F o r m m u s s für eine a n d e r e G e l e g e n h e i t reserviert w e r d e n , z u m a l w i r u n s h i e r speziell m i t den F o r m e n der P y r e n ä e n h a l h i n s e l z u befassen h a b e n . Beschreibung der B. celtibérica H a b i t u s : B a u m v o n meist 10, seltener bis ü b e r l5 m H ö h e mit verhältnismässig kurzem, unverzweigtem S t a m m u n d in derjugend konisch-pyramidaler, im A l t e r breit a u s l a d e n d e r , kugeliger, e t w a s g e l a p p t e r K r o n e ; die u n t e r s t e n A e s t e fast w a g e r e c h t u n d b i s w e i l e n sogar leicht a b w ä r t s gebogen jedoch m i t aufsteigenden S p i t zen, obere A e s t e u n d die j ü n g e r e r B ä u m e i n spitzem W i n k e l aufsteigend, oberste A e s t e a u f r e c h t ; Z w e i g e alle aufrecht u n d n i c h t ü b e r h ä n g e n d (Taf. 1,11 u n d I I I ) . S t a m m : G e r a d e oder fast gerade, i m A l t e r a m G r u n d m i t w e i t aufgerissnerer R i n d e u n d s o sichtbarer, dicher, d u n k e l h r a u n e r B o r h e , i n den Z w i s c h e n r ä u m e n u n d o b e r w ä r t s m i t der charakteristischen, fast weissen bis gelhlichweissen oder g r a u w e i s s e n , n i c h t g l ä n z e n d e n , Betula celtiberica Rothm. et Vase. 151 m a t t e n , d ü n n e n R i n d e , die dicht m i t grösseren oder kleineren, linealen, graubraunen, korizontalen Lentizellen besetzt ist. D i e g r a u w e i s s e n T e i l e der R i n d e leiebt p a p i e r a r t i g i n d ü n n e n , b o r i z o n t a l e n L a p p e n sich a h l ö s e n d , d a r u n t e r eine schneeweise, p a p i e r d ü n n e , sich s c h w e r a h l ö s e n d e Schicht, u n t e r der sich die lederige, gelhliche R i n d e , die i m G a n z e n a h l ö s b a r ist, u n d d a r u n t e r die g r ü n e , a n den a u f g e p l a t z t e n S t e l l e n d u n k e l h r a u n e B o r h e befindet. J ü n g e r e S t ä m m e w i e die A e s t e u n d Z w e i g e b e r i n d e t (Taf. I V ) . A e s t e : A e l t e s t e A e s t e weiss w i e der S t a m m , m e i s t a b e r m i t gelhlichweissen oder rötlicher, glatter, m i t b r ä u n l i c h e n L e n t i z e l l e n besetzter R i n d e , oft n o c h m i t der in Fetzen abreissenden u n d herumhängenden, äusseren, p a p i e r a r t i g e n , g r a u e n , r ö t l i c h geflechten, ä l t e r e n S c h i c h t ; j ü n g e r e A e s t e m i t glatter, d u n k e l r ö t l i c h b r a u n e r , oft s i l h e r g r a u geflechter R i n d e ; j ü n g s t e A e s t e u n d Z w e i g e m i t glatter, g l ä n z e n d d u n k e l r ö t l i c h b r a u n e r R i n d e m i t v e r e i n z e l t e n , s t u m p f g r a u e n , w i e bereiften F l e c h e n . S c h ö s s l i n g e : G e l h l i c h b r a u n , dicht m i t grossen H a r z d r ü s e n u n d a n den j ü n g e r e n T e i l e n a u s s e r d e m m i t feinem, d i c h t e m , h i n f ä l l i g e m H a a r f i l z bedecht. Z w e i g e : R ö t l i c h b r a u n g l ä n z e n d u n d m a t t g r ä u l i c h geflecht, n u r die j ü n g s t e n V e r z w e i g u n g e n m i t i m H e r b s t h i n fälligen H a r z d r ü s e n u n d d i c h t e n , k u r z e n u n d v e r e i n zelten langen H a a r e n bedecht; beim Austreiben vor d e m V e r b o l z e n g r ü n u n d s e h r dicht m i t dichen H a r z drüsen u n d vereinzelten langen H a a r e n sowie mit d i c h t e m , feinem H a a r f i l z besetzt. K n o s p e n : W i n t e r h n o s p e n 5-7 mm l a n g , 2,5 mm breit, l ä n g l i c h - e i f ö r m i g , spitz, s i t z e n d , aufrecht a b s t e h e n d , mit rötlichbraunen, trochenen, am R a n d e langgewimperten Schuppen. B l a t t : D e r b u n d recht lederig, e t w a s v a r i a b e l i n d e n U m r i s s e n , fast i m m e r a b e r breit e i f ö r m i g - r h o m b i s c h , p a p p e l ä h n l i c h , die B a s a l p a r t i e g a n z r a n d i g , fast gerade oder leicht g e r u n d e t , m i t g e r u n d e t e n E c h e n u n d S e i t e n i n die dreiechige, b i s w e i l e n zugespitzte S p i t z e ü b e r l e i - 152 W. Rothmaler und /. de Carvalho e Vasconcellos t e n d ; die grösste Breite n a h e dem B l a t t g r u n d . S e l t e n e r s i n d F o r m e n mit fast r h o m b i s c h e n B l ä t t e r n , bei d e n e n die grösste Breite des Blattes dicht u n t e r seiner M i t t e liegt. D i e O b e r s e i t e ist s c h w a c h g l ä n z e n d u n d d u n k e l g r ü n , die U n t e r s e i t e h l e i c h u n d m a t t g r ü n , dicht b r a u n gelhnetznervig. H a u p t n e r v e n jederseits 4-6, selten 7, i n s p i t z e m W i n k e l aufsteigend. D e r B l a t t r a n d ist fast i m m e r u n r e g e l m ä s s i g doppelt gesägt u n d s c h w a c h gelappt. N i c h t entfaltete B l ä t t e r dicht g l ä n z e n d k l e b r i g u n d l a n g z o t t i g , j u n g e B l ä t t e r n o c h dicht d r ü s i g m i t weniger langen und dichten, k u r z e n H a a r e n ; erwachsene Butter schliesslich selhst im H e r b s t auf der Ober- und Unterseite mit zerstreuten Harzwarzen, die N e r v e n beiderseits m i t z e r s t r e u t e n , l a n g e n , b e s t ä n digen H a a r e n , w i e a u c h die B l a t t u n t e r s e i t e u n d b e s o n ders der B l a t t r a n d , der meist recht dicht g e w i m p e r t ist. B l a t t u n t e r s e i t e u n d Blattstiel m i t + dichten, s e h r k u r z e n H a a r e n , die m i t e i n z e l n e n l a n g e n v e r m i s c h t sind, besetzt. N e r v e n w i n k e l v o n l a n g e n H a a r e n b e s t ä n d i g b ä r t i g . D i e D i m e n s i o n e n sind v e r ä n d e r l i c h , i m D u r c h s c h n i t t finden w i r Blätter m i t 4-6 cm L ä n g e u n d 3-5 cm Breite, oder ein V e r h ä l t n i s v o n 4: 3, n u r bei d e n selteneren r h o m b o i d e n F o r m e n h a b e n w i r ein V e r h ä l t n i s v o n 8 : 5 beobachtet. D e r Blattstiel ist v e r h ä l t n i s mässig k u r z , seine L a n g e beträgt 1-2 cm, meist zeigt er z u r B l a t t l ä n g e das V e r h ä l t n i s v o n 1 : 4 (Taf. V). K ä t z c h e n : D i e m ä n n l i c h e n K ä t z c h e n sitzen a n den Z w e i g enden, sie s i n d bereits im V o r j a h r e fertig gebildet. Sie sind z y l i n d r i s c h u n d 2,5 cm l a n g bei 3,5 mm Breite. D i e w e i h l i c h e n s i n d k u r z gestiel ( ± 1 c m ) , sie sind z y l i n d r i s c h , a n beiden E n d e n leicht verschmälert, sie messen z u r F r u c h t z e i t 2-3 (-4) cm in der L ä n g e u n d 6-8 ( - 9 ) mm in der Breite, sie s i n d aufrecht oder e t w a s h ä n g e n d (Taf. V ) . S c h u p p e n : D i e F r u c h t s c h u p p e n sind 3,5-4,5 m m breit u n d ebenso lang, i h r e F o r m ist c h a r a k t e r i s t i s c h , w e n n a u c h die G e s t a l t der S e i t e n l a p p e n wechselt. D i e s e k ö n n e n m e h r oder w e n i g e r z u r ü c h g e b o g e n , h o r i z o n t a l oder sehr selten leicht vorgezogen sein, i h r e Breite e n t s - Betula celtibeiica Rothm. et Vase. 153 p r i c h t e t w a der des M i t t e l l a p p e n s , i h r e F o r m ist q u a d r a t i s c h oder r u n d l i c h - t r a p e z f ö r m i g , der M i t t e l l a p p e n steigt a u s s e h r b r e i t e m G r u n d e sich l a n g s a m verschmälert} d, z u n g e n f ö r m i g auf m i t s t u m p f e r S p i t z e , er ist s e h r viel l ä n g e r als die S e i t e n l a p p e n . D i e S c h u p p e n s i n d beiderseits dicht f e i n h a a r i g , v e r k a h - F i g . 1 — a, Fruchtschuppen und Früchte (Soumäoute). b, v o n B. carpathica id. v o n B. pubescens ( A i s n e ) . B. celtiberica ( S a . da Estrêla). c, id von d, id. v o n B. Fontqueri ( B a d ü ) . e, id. v o n B. pendula (Lisboa, cult.). — 5 X 20 154 W. Rothmaler und /. de Carvalho e Vasconcellos l e n d oder selhst m i t A u s n a h m e des M i t t e l l a p p e n s k a h l , i m m e r a b e r i s t i h r R a n d dicht u n d l a n g g e w i m p e r t (Fig. 1 c ) . F r u c h t : D a s N ü s s c h e n i s t eiförmig-elliptisch oder fast r u n d l i c h , k e l l g e l h l i c h - b r a u n , 1,7 m m l a n é , 1-1,25 m m breit, i n der o b e r e n H a f t e , oder a u c h n u r a n der S p i t z e , r e c h t d i c h t u n d fein b e h a a r t , die beiderseits b e f i n d l i c h e n F l ü e e l s i n d w e n i é ü b e r 1 m m breit, meist jeder v o n der Breite des N ü s s c h e n s , i m o b e r e n T e i l e a b e r das N ü s s c h e n meist w e i t a n L ä n e e ü b e r r a e e n d , 2-2,5 m m l a n é , h a l h v e r h e h r t e i f ö r m i e m i t leicht s i n u o s e m R a n d , der n e b e n d e n N a r b e n ± d i c h t g e w i m p e r t ist. N a r b e n l a n é f a d e n f ö r m i e rötlich, die F l ü g e l m e i s t d e u t l i c h ü b e r r a g e n d (Fig. 1 c). H o l z : H o m o g e n , halhhart, weiss, feinkörnig, mit durch d u n k l e r e F ä r b u n g des H e r b s t h o l z e s g u t s i c h t b a r e n , b i s w e i l e n e t w a s echigen J a k r e s r i n g e n ; P o r e n i m Q u e r s e h n i t t fast u n s i c h t b a r für das u n h e w a f f n e t e A u g e ; M a r h s t r a k l e n fast n u r i m R a d i a l s c h n i t t s i c h t b a r ; braune Marhflechen recht häufig. D i e mihroskopisehe U n t e r s u c h u n g zeigt recht k l e i n e (5o-7o y), seltener sehr k l e i n e (50-25 " im t a n g e n t i a l e n D u r c h m e s s e r ) , z e r s t r e u t e , einzelne oder k ä u f i g e r m e h r f a c h i n r a d i a l e n L i n i e n zu 2-4 oder sogar bis 8 a n g e o r d n e t e , seltener n e b e n e i n a n d e r gehäulfte P o r e n . G e f ä s s e l e m e n t e v o n m i t t l e r e r G r ö s s e (37o-800w) m i t sehr z a k l r e i c h e n , a b w e c h s e l n d e n , sehr feinen, e l l i p t i s c h e n A r e o l e n (3,5 X 2,4 u). Gefässe an den F n d e n z u g e s p i t z t m i t s t u f e n förmiger P e r f o r a t i o n a u s z a k l r e i c h e n S t u f e n o k n e T i l o s e . F a s e r n m i t t e l l a n g oder r e c h t l a n g (900-1750 p), m i t s e h r reinen, p u n k t f ö r m i g e n A r e o l e n . Diffuses u n d Metatracheal-Parenchym in tangentialen, wenig zaklr e i c h e n L i n i e n , E n d p a r e n c h y m deutlich. M a r h s t r a k l e n k o m o g e n , d ü n n , a u s einer, meist aber 2-3, seltener 4-5, a u s n a k m s w e i s e 6 Z e l l a g e n in der Breite, seitlich z u s a m m e n g e d r ü c h t , die grössten 400 [> e r r e i c h e n d u n d ü b e r s e h r e i t e n d m i t m e h r als 24 Z e l l e n in der H ö k e ( T a b . V I , a, b , c). Z w e i g a n a t o m i e : Q u e r s c h n i t t e j u n g e r Z w e i g e zeigten eine Betula celtibérica Rothm. et Vase. 155 E p i d e r m i s m i t recht dicher K u t i k u l a , d i c h t b e d e c h t m i t k u r z e n , k o n i s c h - l ä n g l i c h e n u n d einigen w e n i g e n , l a n g e n H a a r e n . A n Q u e r s c h n i t t e n , i n d e n e n das P e r i d e r m s e h o n 10 Z e l l a g e n stark w a r , w a r e n i m m e r n o c h reichlich b e s t ä n d i g e , k u r z e H a a r e v o r h a n d e n , w o z u d a n n a u c h n i c h t selten einige H a r z w a r z e n t r a t e n . D a s K o l l e n c h y m m i t z i e m l i c h gleichförmigen s t a r k e n Zellwänden okne Besonderheiten. Im R i n d e n p a r e n - Fig. 2 — Blattquerschnitt v o n B. celtibérica ( S a . do G é r e z ) . — 250X c h y m w e n i g häufige, k r i s t a l l i n e Flechen P e r i z y k l i s c h e F a s e r n i n k a l b k r e i s f ö r m i g e n oder fast k r e i s f ö r m i g e n G r u p p e n . D a s M a r h i m m e r fast dreieckig i m Q u e r s e h n i t t m i t eingebogenen Seitenflächen. B l a t t a n a t o m i e : D i e D i c h e der B l ä t t e r fällt bei u n s e r e r A r t b e s o n d e r s auf, s o w o h l a n j u n g e n w i e a n a l t e n , s o w o h l a n u n t e n wie o b e n a m S t a m m e n t n o m m e n e n B l ä t t e r n k o n n t e i m m e r eine M e s o p h y l l s t ä r k e v o n ca. 0,2 mm festgestellt w e r d e n . D i e O b e r h a u t zeigt eine recht starke K u t i k u l a m i t oft sehr grossen Z e l l e n , die Zellgrösse n i m m t a b e r m i t der V e r l ä n g e r u n g der obersten P a l l i s a d e n z e l l e n a b . D a s P a l l i s a d e n p a r e n c h y m a u s d e u t l i c h z w e i L a g e n u n d m i t einer n i c h t i m m e r a b e r oft a n g e d e u t e t e n d r i t t e n d a r u n t e r , w o b e i die oberste P a l l i s a d e n s c h i c h t m e i s t m e h r als die d o p p e l t e W. Rothmaler u n d /. de Carvalho e Vasconcellos S t ä r h e der d a r u n t e r liegenden zeigt. D i e A u s d e h n u n g des g e s a m t e n P a l l i s a d e n p a r e n c h y m s übertrifft das S c h w a m m p a r e n c h y m e t w a s a n D i c h e . D i e Z e l l e n der U n t e r h a u t sehr veränderlich in F o r m u n d Grösse, b i s w e i l e n e t w a s kleiner, b i s w e i l e n aber die G e s a m t b e i t der b e i d e n S p a l t ö f f n u n g s z e l l e n a n G r ö s s e erreichend. D i e s e C k a r a k t e r i s t i k e n der B l a t t a n a t o m i e h a b e n Fig. 3 — Blattauerscnnitt v o n B. celtiberica (Montalegre). — 2 5 0 X w i r , w i e gesagt a n B l ä t t e r n v e r s c h i e d e n e n A l t e r s u n d verschieden k o k e r I n s e r t i o n gefunden, w e n n g l e i c h die Z a k l der u n t e r s u c h t e n B l ä t t e r s e h r viel geringer w a r , als e s u n s e r W u n s c h g e w e s e n w ä r e . D i e V o r b e b a l t e ZALESKYS, JAPPS, HAUSERS u n d R i p p E L S ü b e r die B e s t ä n digkeit der B l a t t a n a t o m i e e n t s p r e c h e n d der höheren oder tieferen I n s e r t i o n des B l a t t e s a m S t a m m spielen also für u n s e r e n F a l l eine geringe R o l l e , Z A L E S K Y stellt fest, dass v o n u n t e n n a c h o b e n a b n e h m e n : G r ö s s e der E p i d e r m i s - u n d M e s o p k y l l z e l l e n , G r ö s s e der Spaltöffn u n g s z e l l e n , u n d dass gleichzeitig z u n e h m e n : D i e Z a k l der S p a l t ö f f n u n g e n , die D i c h e des P a l l i s a d e n p a renchyms im Verhältnis zum Schwammparenchym u n d die D i c h e der F p i d e r m i s z e l l e n (Fig. 2, 3 u n d 6). F ü r u n s schienen w i c h t i g die G r ö s s e n v e r h ä l t n i s s e u n d die Z a k l der P a l l i s a d e n s c h i c h t e n , w i e a u c h die Grössenverhältnisse zwischen Fpidermiszellen u n d Betula celtibérica RotKm. er V a s e . 157 S p a l t ö f f n u n g e n . D i e G r ö s s e der O b e r h a u t z e l l e n s c h e i n t n u t r auf K o s t e n der V e r g r ö s s e r u n g der oberen P a l l i s a denschicht abzunehmen. H a r z w a r z e n : D i e für einige B i r k e n a r t e n c h a r a k t e r i s t i schen, w a r z i g e n H a r z d r ü s e n s i n d a u c h bei u n s e r e r A r t v o r h a n d e n . B l e i b e n d e , z e r s t r e u t e W a r z e n zeigen s o w o h l beide B l a t t f l ä c h e n als a u c h die Blattstiele u n d die S t o c h a u s s c h l ä g e . A n d e n sich eben e n t f a l t e n d e n B l ä t t e r n s i n d sie i n b e s o n d e r e r D i c h t e v o r h a n d e n u n d b e d e c h e n fast die g a n z e n klebrig g l ä n z e n d e n B l a t t f l ä chen. A u c h a n den j u n g e n , e i n j ä h r i g e n T r i e b e n s i n d sie reichlich, a b e r v e r s t r e u t v o r h a n d e n , v e r s c h w i n d e n jedoch h i e r s c h o n i m H e r b s t völlig. H a a r e : D i e j u n g e n T r i e b e , B l ä t t e r u n d Blattstiele zeigen n e b e n d e n H a r z d r ü s e n ein ± dichtes I n d u m e n t v o n k u r z e n , ca. 0,1 m m l a n g e n , k o n i s c h l ä n g l i c h e n H a a r e n , die e t w a s k i n f ä l l i g e r sind als die a n d e r e n , s p ä r l i c h e r e n , bis 1 m m l a n g e n , e t w a s geschlängelten H a a r e . A n d e n T r i e b e n sind sie alle bis z u m H e r b s t v e r s c h w u n d e n , w ä h r e n d sie a n den B l ä t t e r n w e n i g s t e n s z . T . b i s z u m A b s t e r b e n dieser a u s d a u e r n . A n a u s g e w a c h s e n e n B l ä t t e r n finden sich auf b e i d e n B l a t t f ä c h e n w i e a m B l a t t stiel z e r s t r e u t e , k u r z e , u n d a n den N e r v e n u n t e r s e i t e n , a m B l a t t r a n d u n d Blattstiel ebenso z e r s t r e u t e , l a n g e H a a r e , die i n d e n B l a t t n e r v e n w i n k e l n u n t e r s e i t s dicht g e b a r t e t sind. P o l l e n : D e r P o l l e n ist völlig n o r m a l ausgebildet, seine S t r u k t u r zeigt n i c h t s C h a r a k t e r i s t i s c h e s ; i n s e i n e n G r ö s s e n v e r h ä l t n i s s e n e n t s p r i c h t er a b s o l u t dem der B. pendula, er ist also viel k l e i n e r als der v o n B. pubescens. W i r m a s s e n z w i s c h e n 22 u n d 27 y, a b e r fast i m m e r u n d d u r c h s c h n i t t l i c h 24,5 f* D u r c h m e s s e r . K a r y o l o g i e : N o c h k o n n t e n i c h t viel M a t e r i a l s t u d i e r t w e r d e n , es m u s s dieses S t u d i u m einer speziellen A r b e i t v o r b e h a l t e n hleiben. A u s den V o r a r b e i t e n v o n D . D U A R T E DE CASTRO ( E s t a c ä o A g r o n ó m i c a N a c i o n a l ) ist a b e r n. = 28 die C h r o m o s o m e n z a h l , die sich a u s d e n K e i m w u r z e l a n a l y s e n z u ergeben s c h e i n t . 158 W. Rothmaler und /. de Carvalho e Vasconcellos Vergleichende Zusammenfassung Z u s a m m e n l a s s e n d lässt sich a u s dieser B e s c h r e i b u n g e n t n e h m e n , dass die n e u e A r t s i e h vor a l l e m i n folgenden P u n k t e n m i t d e n beiden n ä c h s t v e r w a n d t e n A r t e n B. pendula u n d B. pubescens s. 1. vergleichen l ä s s t : Fig. 4 — Blattquerschnitt von B. pubescens ( S a c n s e n ) — 250 X D i e F o r m der K r o n e ist ä h n l i c h e r der v o n B. pubescens, aber doch im A l t e r s e h r viel breiter u n d kugeliger m i t m e h r w a g e r e c h t e n oder a b w ä r t s g e b o g e n e n Aesten, o h n e dass die Z w e i g s p i t z e n ü b e r h ä n g e n d w i e bei B. pendula w ä r e n . D i e S t a m m r i n d e h i n g e g e n gleicht d u r c h a u s der der l e t z t g e n a n n t e n A r t . F b e n s o s i n d die W i n t e r h n o s p e n v o m B. pendula-Typ. D a s B l a t t w i e d e r u m ist der B. pubescens ä k n l i c h e r , die L ä n g e n - u n d B r e i t e n v e r h ä l t n i s s e s i n d aber v o n d e n e n der a n d e r e n beiden A r t e n verschieden. S o h a b e n w i r bei B. pendula 3:2 als V e r h ä l t n i s v o n L ä n g e zu Breite, bei B. pubescens 3:2 bis 2:1, bei B. celtibérica aber 4 : 3 ; bei B. pendula beträgt die L ä n g e des Blattstiels die H ä l f t e der B l a t t l ä n g e , bei B. pubescens die H ä l f t e bis ein D r i t t e l , bei B. celtibérica aber n u r ein V i e r t e l (Taf. V u n d VI d). S e h r wichtig ist das I n d u m e n t z u r U n t e r s c h e i d u n g der B i r k e n a r t e n , h i e r n i m m t die n e u e A r t d u r c h a u s eine M i t t e l s t e l l u n g z w i s c h e n den a n d e r e n beiden g e n a n n t e n A r t e n ein. D i e Blätter, Blattstiele u n d j u n g e n T r i e b e zeigen s o w o k l h l e i b e n d e H a a r e als a u c h h l e i b e n d e H a r z w a r z e n , Betula celtiberica Cotrim, et Vase. 159 H i e r d u r c h , ist die n e u e A r t a u c h leicht v o n a l l e n a n d e r e n zu u n t e r s c h e i d e n , n u r B. alaskana scheint i h r d a r i n n a h e zu kommen. K ä t z c h e n , F r u c h t s c h u p p e n u n d F r ü c h t e s i n d fast gleich d e n e n der B. pubescens u n d s e h r verschieden v o n d e n e n der B. pendula. I m m e r h i n s i n d im A n s a t z des M i t t e l l a p p e n s k l e i n e U n t e r s c h i e d e g e g e n ü b e r B. pubescens a n g e - Fig. S — Blattquerschnitt v o n B. pendula (Lisboa, cult.). — 2 5 0 X deutet, ü b e r deren W i c h t i g k e i t w i r n o c h n i c h t g a n z i m K l a r e n sind. W i r f a n d e n dieses M e r h m a l der b r e i t e n A n s a t z f l ä c h e u n d der z u n g e n f ö r m i g e n V e r s c h m ä l e r u n g als a b s o l u t d u r c h g ä n g i g bei u n s e r e r A r t , w ä h r e n d w i r bei d e n v o n u n s u n t e r s u c h t e n F x e m p l a r e n v o n B. pubescens i m m e r eine l a n z e t t l i c h e V e r b r e i t e r u n g dieses L a p p e n s f a n d e n . W e g e n des g e r i n g e n z u r V e r f ü g u n g s t e h e n d e n M a t e r i a l s v o n B. pubescens ist dieser B e f u n d a b e r n i c h t beweiskräftig (Fig. l ) . D i e a n a t o m i s c h e U n t e r s u c h u n g des H o l z e s g i b t u n s ebenfalls deutliche U n t e r s c h i e d e gegenüber d e n a n d e r e n A r t e n , w e n n w i r u n s h i e r allerdings a u c h n u r auf B e s c h r e i b u n g e n b e r u f e n k ö n n e n . F ü r die e u r o p ä i s c h e n A r t e n w e r d e n M a r h s t r a k l e n h r e i t e n v o n 1 oder selten z w e i Z e l l e n a n g e g e b e n , w i r f a n d e n a b e r bei u n s e r e r A r t k ä u f i g oder v o r w i e g e n d M a r h s t r a k l e n v o n 2 bis 3 Z e l l e n Breite, ja a u s n a h m s w e i s e erreichten sie sogar 6 L a g e n , s o m i t also m e h r n o c h als für a m e r i k a n i s c h e A r t e n a n g e g e b e n w i r d . D i e A r e o l e n der G e f ä s s w ä n d e s i n d b e d e u t e n d grösser 160 W. Rothmaler und /. de Carvalho e Vasconcellos ( 3 , 5 X 2 , 4 µ) als bei B. pendula m i t 1,7 µ ( P i c c i o l i ) a n g e geben, werden. F ü r B. pubescens sagt Piccioli n u r , dass sie sieh völlig gleich v e r h a l t e w i e B. pendula Da w i r k e i n e Vergleiche m i t e i n w a n d f r e i e m , m i t t e l e u r o p ä i s c h e m M a t e r i a l m a c h e n k o n n t e n , m u s s die F r a g e der V e r s c h i e d e n h e i t n o c h für spätere U n t e r s u c h u n g e n offen h l e i b e n . Fia- 6 — Blattunterseite v o n B. celtibérica ( M o n t a l e g r e ) . — 250 X V e r g l e i c h e n d e S t u d i e n h a b e n w i r n o c h i n der B l a t t a n a t o m i e v o r n e h m e n k ö n n e n , w o b e i w i r die von H E L M S u n d J Ö R G E N S E N gefundenen Unterschiede zwischen B. pubescens u n d B. pendula b e s t ä t i g e n k o n n t e n , w e n n sie a u c h n i c h t ganz so stark hervortreten, wie m a n nach den etwas s c h e m a t i s c h e n Z e i c h n u n g e n a n n e h m e n sollte. E s ist aber a u c h möglich, dass e s die g e n a n n t e n A u t o r e n n i c h t m i t w a h r e r B. pubescens zu t u n g e h a b t h a b e n ; es l ä s s t sich das n i c h t o h n e weiteres entscheiden, da H E L M S - J Ö R G E N S E N gerade in dieser A r b e i t die A u f t e i l u n g der B. pubescens a h l e h n e n , andererseits aber i n d e m v o n i h n e n bearbeiteten G e b i e t sicher n o c h a n d e r e A r t e n der G r u p p e v o r k o m m e n (B. concinna u s w . ) d ü r f t e n . A u s u n s e r e n A b b i l d u n g e n der u n t e r e n E p i d e r m i s Bernia celtibérica R o t n m . er Vase. 161 ergibt sieh, dass B. pendula bedeutend kleinere Spaltöffnungszellen als B. pubescens besitzt, die Epidermiszellen übertreffen die Spaltöffnungen bisweilen an Grösse, w ä k rend bei B. pendula jene selten die Grösse einer der Schliesszellen erreichen. B. celtiberica nimmt so durchaus eine Mittelstellung zwischen den genannten A r t e n ein, F i g . 7 — Blattunterseit v o n B. pubescens ( S a c h s e n ) . — 2 5 0 X und das sowohl in der absoluten Grösse der Spaltöffnungen als auch in den Grössenverhältnissen dieser zu den Epidermiszellen (Fig. 6, 7 und 8). Augenfälliger sind die Unterschiede im Blattquerschnitt. Hier handelt es sich um deutlich verschiedene Organisation, wenn. B. pendula deutlich zwei Pallisadenzellagen aufweist, B. pubescens aber n u r deren eine, H E L M S -JÖRGENSEN schreiben der B. pendula auch eine dickere K u t i k u l a zu, kierin beobachten wir aber eine grosse Variabilität. Deutlich verschieden von beiden genannten A r t e n ist B. celtibérica mit deutlich zwei Pallisadenzellagen und dem meist vorhandenen Ansatz zu einer dritten, dazu kommt, dass die oberste Lage aus ganz bedeutend länge21 162 W. Rothmaler und /. de Carvalho e Vasconcellos ren Z e l l e n als die u n t e r e n gebildet ist, w ä b r e n d bei B. pendula die beiden P a l l i s a d e n s c h i c h t e n ü b e r e t w a gleich l a n g e Z e l l e n verfügen. D i e L i e b e r e i n s t i m m u n g für u n s e r e B. pendula m i t der v o n H E L M S - J Ö R G E N S E N dargestellten ist eine vollständige, w o b e i z u b e m e r h e n ist, dass w i r z u u n s e r e n U n t e r s u c h u n g e n absichtlich V e r g l e i c h s m a t e r i a l v o n u n t e r Fig. 8 — Blattunterseit v o n B. pendula (Lisboa, cult.). — 2 5 0 X dem h e i s s e n H i m m e l der P a r h s v o n L i s s a b o n w a c h s e n d e n B ä u m e n e n t n a h m e n . T r o t z a l l e n zeigen die B l ä t t e r s o g a r e t w a die gleiche D i c h e u n d d e n s e l h e n A u f b a u w i e die d ä n i s c h e n F o r m e n . B. celtibérica aber h a t b e d e u t e n d dichere Blätter, es ist das w o h l h a u p t s ä c h l i c h auf die s t ä r h e r e E n t w i c h l u n g der obersten P a l l i s a d e n s c h i c h t z u r ü c h z u f ü h r e n ; u n s e r e A b b i l d u n g e n stellen S o m m e r - s o w i e H e r b s t b l ä t t e r dar, a n d e n e n m a n die gleichen U n t e r s c h i e d e feststellen k a n n (Fig. 2-5). D i e M a a s s e des P o l l e n s s i n d die der B. pendula, während der P o l l e n v o n B. pubescens w e s e n t l i c h grösser ist. F r ist bei u n s e r e r n e u e n A r t n o r m a l ausgebildet, seine S t r u k t u r scheint a u c h n i c h t s W e s e n t l i c h e s z u ergeben, e r s t i m m t völlig m i t dem v o n B. pendula ü b e r e i n . Betula celtibérica Rothm. er Vase. 163 I n der C h r o m o s o m e n z a h l finden w i r dagegen eine völlige U e b e r e i n s t i m m u n g m i t den b i s h e r bei A r t e n der Pubescentes g e f u n d e n e n Z a h l e n , n ä m l i c h n = 28, w ä b r e n d w i r bei B. pendula n = l4 haben. Pathologie der iberischen Birke. W i e auf den m e i s t e n B i r k e n a r t e n E u r a s i e n s u n d N o r d a m e r i k a s f i n d e n w i r a u c h auf B. celtibérica k ä u f i g e i n e n R o s t p i l z auf den B l ä t t e r n , der aber k e i n e n oder n u r geringen S c h a d e n a n der P f l a n z e z u v e r u r s a c h e n scheint. Es k a n d e l t sich um Melampsoridium betulinum (Tul.) Kleb., einen in Mitteleuropa bisweilen wirtswechselnden P i l z m i t A e c i d i e n auf Larix, der a b e r hier auf der Halbinsel—wie a u c h in R u s s l a n d u n d z. T. in M i t t e n u r i n einer n i c h t w i r t s w e c h s e l n d e n F o r m v o r z u k o m m e n s c h e i n t (vgl. U R O , U r e d . F e n n . , 522 ex S Y D O W M o n o g r . U r e d . , 1915, 425). G a l l e n s i n d auf Birkenarten recht käufig, auf u n s e r e r A r t f a n d e n w i r b i s b e r n u r eine, n a c h N . H Y L A N D E R a u f B. pendula n i c h t v o r h o m m e n d e F o r m , die für gewisse B. pubescens s. 1. — F o r m e n in S k a n d i n a v i e n charakteristisch i s t . H Y L A N D E R bezeichnet sie als «Nervenwinkelgalle», sie s t e b t n a c h ihm dem Phyllerium tortuosum. G r e v . n a b e , vgl. S C H L E C H T E N D A L , E r i o p h y i d o c e c i d i e n (l9l6) T . V I I , 10 a. Die iberische Birke als Forstbaum D i e B i r k e u n d z w a r besonders u n s e r e A r t , k ö n n t e i n der A u f f o r s t u n g der h ö h e r e n T e i l e der m i t t e l - u n d n o r d iberischen G e b i r g e w e g e n i h r e r speziellen F o k a l a n p a s s u n g eine grössere R o l l e spielen, als sie es heute t u t . N a t ü r l i c h k a n n sie k a u m die B e d e u t u n g erreichen, die a n d e r e B i r k e n arten im äussersten N o r d e n und Osten E u r o p a s haben. Sie gedeiht gut i n feuchteren, l e h m i g e n , k a l b a r m e n B ö d e n , sie k a n n sich a b e r a u c h i n ä r m e r e m u n d t r o c k e n e r e m U n t e r g r u n d e n t w i c h e l n , w o b e i aber z u b e m e r k e n ist, dass ihr Kalkböden g a r n i c h t zusagen. E s empfiehlt sich, sie als B a u m i n k l e i n e n E i n z e l h e - 164 W. Rothmaler u n d /. de Carvalho e Vasconcellos s t ä n d e n oder i n G e m e i n s c h a f t m i t P i n u s silvestris a n z u p f l a n z e n , sie dürfte d a n n n a c h So bis 80 J a h r e n s c h l a g b a r sein. I m P l ä n t e r w a l d geben B i r k e n m i t e i n e m U m t r i e b v o n 20 zu 30 J a h r e n ein gutes R e s u l t a t , es n i m m t a b e r bei den a n d e r e n A r t e n also w o h l a u c h bei u n s e r e r die R e g e nerationsfähigkeit stark ab. Die Samenproduktion beginnt an Stockauschlägen n a c h 7 bis l5 J a h r e n , bei S ä m l i n g e n n a t ü r l i c h erst viel später. M a n r e c h n e t bei d e n S a m e n m i t bis 3 0 % K e i m f ä h i g k e i t , w i r h a b e n aber n a c h v o r h e r i g e m G e f r i e r e n ü b e r 50 % g e k e i m t e S a m e n erzielt. D i e S a m e n v e r l i e r e n leicht i h r e K e i m f ä h i g k e i t , s o d a s s sie gleich n a c h der E r n t e i n S a n d stratifiziert w e r d e n m ü s s e n . Sie k e i m e n n a c h 10 bis 15 T a g e n bei H e r b s t a u s s a a t , n a c h v o r h e r i g e m G e f r i e r e n a b e r s c h o n n a c h S T a g e n . B e i A u s s a a t i m folgenden F r ü h j a h r o h n e vorheriges G e f r i e r e n verzögert sich die K e i m u n g oft u m e i n e n oder m e h r e r e M o n a t e bis z u e i n e m J a h r . D i e S a m e n k e i m e n i m D u n k e l n , s o d a s s sie m i t einer 1-3 m m s t a r k e n E r d s c h i c h t ü b e r d e c k t w e r d e n m ü s s e n ; die V e r p f l a n z u n g sollte n a c h 2-3 J a h r e n erfolgen. D i e R u h e z e i t des B a u m e s ist k u r z . D e r L a u b f a l l b e g i n n t z w a r s c h o n i m O k t o b e r , z i e h t sich a b e r bis w e i t in den N o v e m b e r hinein h i n . Die K ä t z c h e n sind schon im V o r j a h r e — im A u g u s t — fertig gebildet; die R e d u k t i o n s t e i l u n g i n d e n P o l l e n m u t t e r z e l l e n ist jedenfalls s c h o n beendet, w e n n sich die ersten gelben B l ä t t e r zeigen, so w i e e s a u c h bei den m i t t e l e u r o p ä i s c h e n A r t e n der F a l l ist. D i e ersten B l ä t t e r e r s c h e i n e n M i t t e M ä r z , e s b e g i n n t d a n n a u c h b a l d d a r a u f die B l ü t e . D i e F r ü c h t e reifen v o n S o m m e r bis H e r b s t ( J u l i bis S e p t e m b e r ) . Lieb e r d e n j ä h r l i c h e n H o l z z u w a c h s fehlen u n s U n t e r lagen, w i r k ö n n e n n u r einige Z a h l e n v o n R I V O L I a u s der M a t a d e F o j a bei C o i m b r a w i e d e r h o l e n : 5—jähr. S t a m m , mittlerer jährl. Z u w a c h s : Lange 11—jähr. S t a m m , » » » » 82,7 cm D i c k e 0,468 cm 65,4 cm » 0,581 cm D a s H o l z h a t b i s h e r auf der H a l b i n s e l w e n i g spezielle V e r w e n d u n g g e f u n d e n L o k a l w i r d e s a b e r z u r Verfert i g u n g v o n H a u s h a l t s g e g e n s t ä n d e n bevorzugt, v o r a l l e m Betula celtiberica RotKm. et V a s e . 165 w i r d seine B r a u c h b a r h e i t z u m D r e c h s e i n gelobt. I m B a s k e n l a n d b e n u t z t m a n e s z u r H e r s t e l l u n g der t r a d i t i o n e l l e n k ö l z e r n e n M i l c h b e c h e r (kaikus; oporres), in G a l i z i e n zu T a s s e n (schicaras), s o w i e m a n i n K a t a l o n i e n a u s d e m H o l z der B. pendula die «bassuls», h ö l z e r n e T r i n k b e c h e r anfertigte. W e g e n seiner a u s s e r o r d e n t l i c h e n W i d e r s t a n d s f ä h i g k e i t gegen N ä s s e w u r d e e s f r ü h e r z u r H e r s t e l l u n g v o n allerlei G e s c h i r r , b e s o n d e r s v o n T e l l e r n u n d S c h ü s s e l n in ganz Nordspanien benutzt. I n m o d e r n e r Z e i t h a t e s n o c h eine gewisse B e d e u t u n g zur Herstellung von Garnspindeln u n d Werkzeugschäften, z u m W a g e n h a u u n d i n der M ö b e l f a b r i k a t i o n erreicht, seine V e r w e n d u n g ist «aber d u r c h die H o l z e i n f u h r stark z u r ü c h g e g a n g e n . E s w ä r e z u u n t e r s u c h e n , o b sich d a s Holz unserer A r t nicht auch zur Furniergewinnung eignet, w o z u gewisse n o r d - u n d m i t t e l e u r o p ä i s c h e F o r m e n s e h r g e s u c h t s i n d . E b e n s o w ä r e seine V e r w e n d u n g s f ä higkeit zur Papierherstellung zu prüfen. Z u r G e w i n n u n g v o n H o l z k o h l e ist e s seiner l a n g e n B r e n n d a u e r u n d seiner Heizkraft wegen sehr gut zu gebrauchen u n d dazu im L a n d e s e h r geschätzt. A u f j e d e n F a l l m u s s die A n p f l a n z u n g dieses B a u m e s i n allen h ö h e r e n L a g e n des n ö r d l i c h e n u n d w e s t l i c h e n T e i l s der H a l b i n s e l b e f ü r w o r t e t w e r d e n , z u m a l m a n i n diesen G e g e n d e n k a u m e i n e n z w e i t e n s o kochwertigen B a u m wird finden k ö n n e n . A n w e i t e r e n V e r w e n d u n g e n der P r o d u k t e dieses B a u m e s u n d der a n d e r e n A r t e n i n E u r o p a f ü h r e n w i r n o c h k u r z die folgenden T a t s a c h e n a n : I n K a t a l o n i e n w i e a u c h i n N o r d e u r o p a v e r w e n d e t m a n die B i r k e n r u t e n z u r H e r s t e l l u n g v o n Besen u n d K ö r b e n . Z u F a s s r e i f e n s i n d sie i n g a n z E u r o p a geschätzt. D e n Saft v e r w e n d e t m a n z u r F a b r i k a t i o n v o n H a a r w a s s e r u n d die R i n d e b e n u t z t m a n , besonders in Russland, wagen ihres Gehaltes an Birkenharz (Betulin) zur Gerberei. Die H i r t e n in Altkastilien fertigen sich Schurzfelle z u m S c h u t z gegen D o r n e n u n d N ä s s e a u s der R i n d e a n , u n d n a c h Q U E R d i e n t e diese früher zur Herstellung von Fackeln. D i e verschiedenartigsten Verwendungsmöglichkeiten 166 W. Rothmaler und /. de Carvalho e Vasconcellos dieses B a u m e s v e r d i e n e n jedenfalls ein spezielles S t u d i u m , besonders u n s e r e r i b e r i s c h e n A r t , u n d a n O r t u n d Stelle. Die iberischen Volksnamen der Birke E s ist vielleicht v o r t e i l h a f t h i e r k u r z die auf der Halbinsel gebräuchlichen Volksnamen aufzuführen. Einige dieser N a m e n s i n d w o h l r e i n e L o k a l n a m e n oder selbst V e r w e c h s l u n g e n m i t N a m e n a n d e r e r B ä u m e , w i e der N a m e «pobos» in N a v a l u e n g a (Populus), «aliso b l a n c o » i m P a u l a r (weisse E r l e ) u n d a l b a r i n H u e s c a das sich w o h l v o n a l b u s (weiss) a b l e i t e n dürfte. A u s s e r diesen f i n d e n w i r aber als häufige u n d a l l g e m e i n g e b r ä u c h l i c h e N a m e n A n g e h ö r i g e dreier G r u p p e n : 1. Urquiza, urqui, urquija im B a s k e n l a n d e , e i n e n S t a m m , den w i r n i r g e n d s w e i t e r b e g e g n e n u n d der n a c h L A C O I Z Q U E T A « h a s e l n u s s ä h n l i c h » bedeutet. 2. «Bes» in K a t a l o n i e n u n d «biézo» in L o g r o ñ o , W o r t e , die vielleicht m i t u n s e r e m d e u t s c h e n B e s e n h o l z z u s a m m e n h ä n g e n . E i n solcher Z u s a m m e n h a n g ist gerade i n diesen beiden i n der V ö l k e r w a n d e r u n g s t a r k n o r d i s c h besiedelten G e b i e t e n g a r n i c h t ausgeschlossen. 3. D i e m i t dem l a t e i n i s c h e n Betula z u s a m m e n h ä n g e n d e n F o r m e n , die aber w o h l richtiger keltische W o r t e sind. P L I N I U S selhst sagt v o n seiner B e t u l a «arbor gallicus» u n d gerade i m k e l t i s c h e n V e r b r e i t u n g s b e r e i c h u n s e r e s B a u m e s h a b e n w i r den r e i c h s t e n N a m e n s s c h a t z m i t allen e r d e n k lichen V a r i a n t e n . H i e r k ö n n e n w i r den N a m e n vielleicht als u r s p r ü n g l i c h a n n e h m e n , w ä h r e n d e r i n a n d e r e G e g e n d e n erst i n seiner t y p i s c h l a t e i n i s c h e n F o r m g e k o m m e n sein m a g . In P o r t u g a l — in der R e g i o n , wo die Birke t a t s ä c h l i c h w i l d v o r h o m m t — h e i s s t sie «bido» oder «bidoéiro», n u r i m offiziellen P o r t u g i e s i s c h L i s s a b o n s u n d in der F o r s t s p r a c h e heisst sie «vidoéiro» oder «bétula». I m a n s c h l i e s s e n d e n G a l i z i e n , w o ein p o r t u g i e s i s c h e r D i a l e k t gesprochen w i r d , h a b e n w i r die F o r m e n «bido», «beduéiro», «brido», «bídro», «bíduo», «bedúl», «bidúlo», «bidéco», « bédolo », u n d im v e r w a n d t e n L e o n e s i s c h e n u n d A s t u r i a n i s c h e n f i n d e n w i r «bedúl», schliesslich i m Betula celtibérica Rotnm. et Vase. 167 S p a n i s c h ( K a s t i l i s c h ) «abedul». I m K a t a l a n i s c h e n h a h e n w i r «bedúlj», «bedólj», «bedút», «bedót», «bedúc» und «bóule». W i r f i n d e n also ä h n l i c h e F o r m e n w i e das f r a n zösische «bouleau», das i t a l i e n i s c h e «bedollo», die t i c i n i s c h e n «bedóla» u n d «bédura» u n d die r ä t o r o m a n i s c h e n «bedón», «badógn» u n d «bodón» w ä h r e n d w i r s o n s t in F u r o p a die vielleicht m i t B o r h e z u s a m m e n h ä n g e n d e n F o r m e n «Birke», «birch», «björh», «berezza» u n d S a n s k r i t «bhürja» v o r f i n d e n . Die Verbreitung und Entwichlung der iberischen Birken. D i e grösste F o r m e n e n t f a l t u n g zeigt die G a t t u n g i n der z i r h u m p o l a r e n k ä l t e r e n Z o n e , s o b e s o n d e r s i n N o r d e u ropa, in N o r d - und Ostasien u n d im nördlichen N o r d a m e r i k a . D i e für u n s i n B e t r a c h t k o m m e n d e F o r m e n g r u p p e besiedelt ebenfalls das g a n z e n ö r d l i c h e A s i e n u n d erreicht ihre Verbreitungsgrenze im südlichen u n d westlichen F u r o p a . D a n o c h eine e i n h e i t l i c h e s y s t e m a t i s c h e B e a r b e i t u n g der e u r a s i a t i s c h e n F o r m e n fehlt, w o l l e n w i r h i e r n u r k u r z auf die V e r b r e i t u n g der A r t e n i n W e s t e u r o p a eingehen. B. pendula R o t h d e h n t i h r e u r a s i a t i s c h e s A r e a l bis nach Grossbritannien u n d über ganz Frankreich aus, wo sie bis z u d e n P y r e n ä e n v o r d r i n g t u n d diese i m z e n t r a l e n Teil u n d besonders in den O s t p y r e n ä e n n a c h Süden ü b e r s c h r e i t e t , u m bis z u m M o n t s e n y n ö r d l i c h B a r c e l o n a v o r z u s t o s s e n . I h r w e s t l i c h s t e r b i s h e r b e k a n n t e r P u n k t auf der H a l b i n s e l ist S a l v a t i e r r a i m a r a g ö n e s i s c h - n a v a r r a n i schen G r e n z g e b i e t , sie erreicht also n a h e z u die O s t g r e n z e des A r e a l s der B. celtibérica. In I t a l i e n d r i n g t sie bis z u m A e t n a auf S i z i l i e n u n d i m B a l b a n bis z u m R h o d o p e - G e b i r g e n a c h S ü d e n vor. B. pubescens F h r h . schreitet am S ü d f u s s der A l p e n vor, o h n e jedoch die S e e a l p e n zu b e r ü h r e n , sie erreicht die S ü d w e s t p u n k t e i h r e r V e r b r e i t u n g i m D a u p h í n é u n d L o z é r e , ist aber s o n s t i m n ö r d l i c h e r e n F r a n k r e i c h u n d i n G r o s s b r i t a n n i e n verbreitet. 168 W. Rothmaler und /. c?e Carvalho e Vasconcellos B. carpathica W. et K. ist eine alpine A r t mit sehr disjunktem Areal, das unter anderem die H ö h e n der K a r pathen, Sudeten u n d Alpen, sowie schliesslich die höchsten Zentralpyrenäen umfasst. B. celtibérica R o t k m . et Vase, ist bisher n u r auf der Pyrenäenhalhinsel bekannt, wo sie die zentralen u n d nordwestlichen Gebirgsketten besiedelt. Seltener ist sie in den kantabrischen Gebirgen, wo oft gerade die höheren Lagen Kalkböden, die die Pflanze meidet, aufweisen. Es wäre möglich, dass diese A r t die Westpyrenäen u n d Westfrankreich erreicht; bekannt ist bisber über ihre Ostgrenze nur, dass sie N a v a r r a erreicht. Von da verläuft sie über die Gebirge von Soria u n d Guadarrama, wo sie nach Süden umbiegt; die Südgrenze verläuft dann weiter Betula celtibérica Rothm. et Vase. 169 ü b e r die S i e r r a d e G r e d o s z u r S e r r a d a E s t r ê l a i n P o r t u g a l , a n d e r e n U e b e r g a n g z u r S e r r a d e L o u z ä sie i h r e n s ü d w e s t lichsten P u n k t erreicht. Sie fehlt i m g a n z e n D u e r o b e c h e n a u s M a n g e l a n f e u c h t e n L a g e n , n ö r d l i c h d ê s s e l h e n aber k a t sie i h r H a u p t a r e a l i m h ö h e r e n T r á s - o s - M o n t e s u n d i m g a n z e n M i n k o , w o sie a u c h z i e m l i c h w e i t z u r K ü s t e v o r d r i n g t ; k ä u f i g ist sie v o n d a a u s n a c h N o r d e n i n g a n z G a l i z i e n m i t A u s n a k m e der r e i n e n K ü s t e n s t r i c h e ; v o n d o r t a u s b r e i t e t sie sich bis z u d e n , B e r g e n v o n L e ó n u n d d u r c h das a s t u r i s c h - k a n t a r i s c h e G e b i r g e bis n a c h N a v a r r a a u s (Fig. 9). I s o l i e r t e V o r h o m m e n s i n d das der M a t a d e F o j a a n der M o n d e g o m ü n d u n g , w o sie i n e i n e m s e h r m o o r i g e n f e u c h t e n G e l ä n d e v o r h o m m t , u n d w o k i n sie w o h l i m m e r w i e d e r d u r c h d e n F l u s s a u s der S i e r r a d a E s t r ê l a gelangt, d e n n e s w u r d e n h i e r i m m e r n u r j u n g e B ä u m e beobachtet. W e i t e r h i n findet sie sich i n d e n B e r g e n v o n T o l e d o u n d i n der S e r r a n í a d e C u e n c a ; v o n beiden S t e l l e n w a r u n s a b e r k e i n M a t e r i a l z u g ä n g l i c h . Schliesslich ist n o c h eine A n g a b e a u s der S i e r r a S e g u r a i n M u r c i a z u e r w ä k n e n , e s soll sich dabei u m A n p f l a n z u n g e n b a n d e l n . L e i d e r k o n n t e n w i r i n diessen F a l l e n i c h t s ü b e r die A r t z u g e b ö r i g k e i t ermitteln. Diese vorgeschobenen Südostpunkte wären besonders i n t e r e s s a n t für ein e i n g e b e n d e s S t u d i u m , da sie die V e r b i n d u n g z u den m a r o k k a n i s c h e n F o r m e n d a r s t e l l e n könnten. B. Fontqtteti R o t h m . ist n u r a u s d e m m a r o k k a n i s c h e n Riff b c h a n n t . D i e s e w e i t n a c h S ü d o s t e n v o r g e s c h o b e n e F o r m gebort z u m F o r m e n k r e i s der B. celtibérica; die V e r b i n d u n g e n s i n d n u r bei dieser A r t z u s u c h e n u n d n i c h t e t w a bei s ü d i t a l i e n i s c h e n B. pendula-^ormen, die viel s p ä t e r e n U r s p r u n g s s i n d u n d sich v o n N o r d e n h e r a h l e i t e n . N o c h w ä r e viel ü b e r A r e a l e n t w i c h l u n g u n d S t a m m e s geschichte z u sagen, leider ist e s aber n o c h k a u m m ö g l i c h , bei d e m M a n g e l a n K e n n t n i s s e n ü b e r die a n d e r e n e u r o p ä i s c h e n A r t e n u n d o h n e n e u e r l i c h e U n t e r s u c h u n g der f r a n z ö s i s c h e n F o s s i l i e n der T e r t i ä r u n d Q u a t e r n ä r z e i t , ein e i n i g e r m a s s e n k l a r e s Bild z u b e k o m m e n . S i c h e r ist, 22 170 W. Rothmaler und /. de Carvalho e Vasconcellos dass die E i s z e i t " i n der A r e a l h i l d u n g dieser oft n a h e d e m E i s r a n d lebenden B ä u m e wichtiger F o r m e r war. W i r sehen auch hier klassische a l p i n - p y r e n ä i s c h e D i s j u n k t i o n e n (B. carpathica), w i e a u c h den starken E i n f l u s s der P y r e n ä e n als F l o r e n g r e n z e , an der B. pendula h a l t m a c h t . D i e E i n w a n d e r u n g der l e t z t e r e n d a t i e r t w o h l a u s der l e t z t e n ( W ä r m - ) E i s z e i t , w ä h r e n d B. carpathica vielleicht s c h o n f r ü h e r (in der R i s s - E i s z e i t ) n a c h d e n P y r e n ä e n gelangt ist. D o c h d a r ü b e r k a n n erst n a c h m o d e r n e r B e a r b e i t u n g der i n den P y r e n ä e n , i n F r a n k r e i c h u n d i n M i t t e l e u r o p a so reichlich a u f g e f u n d e n e n -Befuia-Fossilien a a s den E i s - u n d Z w i s c h e n e i s z e i t e n ein U r t e i l abgegeben w e r d e n . W e n i g e r k l a r n o c h k ö n n e n w i r i n b e z u g auf B. celtibérica u n d B. Fontqueri s e h e n . S i c h e r ist, dass sich i h r e A r e a l h i l d u n g e n n a c h t e r t i ä r , also n a c h der P y r e n ä e n faltung, nicht erhlären lassen. D a z u k o m m e n morphologische A l t e r t ü m l i c h k e i t e n , die es w a h r s c h e i n l i c h m a c h e n , dass w i r e s m i t a u s der a l t e n T e r t i ä r f l o r a h e r v o r g e g a n g e n e n F o r m e n z u t u n h a b e n . D i e G a t t u n g ist a s i a t i s c h e n U r s p r u n g s , die Pubescentes i n W e s t e u r o p a g e h ö r e n z u der m e d i t e i r a n - s i n d i s c h e n Gruppe ( w i e Rhododendron ponticum, Prunus lusitanica, etc.), die im T e r t i ä r sich im d a m a l s t r o p i s c h e n M i t t e l m e e r g e b i e t bis n a c h dem W e s t e n a u s b r e i t e t e . D u r c h die K l i m a v e r s c h i e b e n g e n s i n d diese G r u p p e n d a n n stark d e z i m i e r t w o r d e n , B. celtibérica h a t sich im W e s t e n u n d B. pubescens s. 1. im O s t e n g e h a l t e n , w ä h r e n d n u r B . carpathica sich n a h e dem E i s r a n d h a t h a l t e n k ö n n e n . D i e letztere h a t sich d a n n n a c h d e m l e t z t e n E i s r ü c h g a n g auf die Berge b e s c h r ä n k t ; B. celtibérica h a t sich n a c h der E r h ö h u n g der T e m p e r a t u r e n auf die nordwestlichen iberischen Gebirge zurüchgezogen u n d dabei den V o r p o s t e n im R i f z u r ü c h g e l a s s e n . B. pubescens aber h a t , in B e g l e i t u n g v o n B. pendula, im S c h u t z e der G e b i r g e . n a c h W e s t e n v o r d r i n g e n k ö n n e n , u n d die w e s t e u r o p ä i s c h e n u n d n o r d e u r o p ä i s c h e n feuchteren L a g e n b e siedeln k ö n n e n . Betula celtibérica Rothm. et Vasc. 171 RESUMO (PORTUGIESISCH ZUSAMMENFASSUNG) As o b r a s sobre a flora e s p a n h o l a e p o r t u g u e s a d a s ú l t i m a s décadas c o n s i d e r a m r e s p e c t i v a m e n t e q u e a Betula verrucosa em E s p a n h a e a B. pubescens em P o r t u g a l são a s ú n i c a s e s p o n t â n e a s , o que m o s t r a u m a g r a n d e discrep â n c i a geobotânica. Se se c o n s i d e r a r a l é m disso q u e as m o d e r n a s floras e u r o p e i a s dão como l i m i t e s u d o e s t e d a B. pubescens os A l p e s O c i d e n t a i s e que as p e s q u i s a s efect u a d a s s o b r e m a t e r i a l d a p a r t e ocidental d a P e n í n s u l a I b é r i c a c o n d u z i r a m s e m p r e à B. pubescens s. L, verifica-se a necessidade de esclarecer este caso, e s t u d a n d o n o v a m e n t e o m a t e r i a l da P e n í n s u l a . E este estudo que os a u t o r e s a g o r a p u h l i c a m , a p e s a r de as dificuldades da g u e r r a , os t e r e m q u á s i i m p o s s i b i l i t a d o d e obter m a t e r i a l p a r a c o m p a r a ç ã o , de o u t r o s países. D e p o i s de c o m p u l s a r e m a l i t e r a t u r a sobre o a s s u n t o , efectuaram a revisão da s i s t e m á t i c a e geografia d a s espécies da P e n í n s u l a , d i s t r i b u i n d o - a s p o r d u a s séries Verrucosae R o t h m . et V a s c . e Pubescentes R o t h m . et V a s c . e verefic a r a m q u e o v i d o e i r o e s p o n t â n e o na p a r t e ocidental da P e n í n s u l a n ã o a p r e s e n t a v a a s características necessárias p a r a ser i n c l u í d o em q u a l q u e r das d u a s espécies a c i m a i n d i c a d a s . P o r esse m o t i v o f o r a m levados a considerá-lo u m a n o v a espécie que descreveram com o n o m e de Betula celtibérica R o t h m . et V a s c . sob os diversos aspectos, b o t â nico, a t e n d e n d o à s u a m o r f o l o g i a e x t e r n a e i n t e r n a e cariológia, patológico, v a l o r florestal, n o m e s v e r n á c u l o s e d i s t r i b u i ç ã o geográfica. Os a u t o r e s fazem a c o m p a r a ç ã o da n o v a espécie com a B. pêndula R o t h , n o m e q u e deve ser u s a d o em vez de B. verrucosa E h r b . , e com a B. pubescens E h r h . As c o n clusões desta c o m p a r a ç ã o são as s e g u i n t e s : A f o r m a da copa é a n á l o g a à da B. pubescens, m a s ainda, quando adulta muito mais larga e mais arredondada, com m a i o r n ú m e r o d e r a m o s direitos o u l i g e i r a m e n t e a r q u e a d o s , m a s sem a flecha t e r m i n a l p r o n u n c i a d a da B. pêndula. A casca do t r o n c o a s s e m e l h a - s e pelo c o n t r á r i o 172 W. Rothmaler und /. de Carvalho e Vasconcellos à desta ú l t i m a espécie. I g u a l m e n t e os g o m o s são de t i p o dos da B. pêndula. As fôlhas, em c o m p e n s a ç ã o , são s e m e l h a n t e s às da B. pubescens, m a s a s u a relação c o m p r i m e n t o - l a r g u r a é diferente de a m b a s as o u t r a s espécies. A s s i m t e m o s r e s p e c t i v a m e n t e p a r a a B. pêndula 3:2, p a r a a B. pubescens 3:2 a 2:1 e p a r a a B. celtibérica 4:3; na B. pêndula o c o m p r i m e n t o do peciolo é cerca de m e t a d e do c o m p r i m e n t o da fôlha, na B. pubescens, de m e t a d e a um terço e na B. celtibérica a p e n a s d u m q u a r t o . O i n d u m e n t o é m u i t o i m p o r t a n t e p a r a a d i s t i n ç ã o das espécies de v i d o e i r o ; q u a n t o a esta característica a n o v a espécie c o n s t i t u i u m i n t e r m é d i o entre a s d u a s m e n c i o n a d a s . A s f ô l h a s , peciolos e r a m i n h o s n o v o s m o s t r a m p e r s i s t e n t e s t a n t o pêlos como v e r r u g a s , pelo que a n o v a espécie se p o d e facilmente d i s t i n g u i r de tôdas as o u t r a s , só se a p r o x i m a n d o n e s t e aspecto da B. alaskana. A m e n t i l h o s , escamas frutíferas e frutos são q u á s i s e m e l h a n t e s aos da B. pubescens e m u i t o diferentes dos da B. pêndula. As diferenças a este r e s p e i t o , com a p r i m e i r a , t e m q u e ser n o v a m e n t e e s t u d a d a s , q u a n d o se conseguir maior q u a n idade de material para confrontar. As pesquisas anatómicas da madeira m o s t r a m também diferenças em relação às o u t r a s espécies, s e g u n d o as descrições destas de q u e b o u v e c o n h e c i m e n t o . P a r a as espécies e u r o p e i a s estão i n d i c a d o s r a i o s m e d u l a r e s d e u m a o u r a r a m e n t e d u a s células d e espessura, m a s n a n o v a espécie e n c o n t r a m - s e f r e q u e n t e m e n t e r a i o s com 2 a 3 células de espessura, p o r vezes até se n o t a m 6 c a m a d a s , m a i s do q u e o l i m i t e considerado p a r a as espécies a m e r i c a n a s . As aréolas das p a r e d e s dos vasos são n i t i d a m e n t e m a i o r e s (3,5 X 2,4 p) do que n a B. pêndula (com 1,7 p P i c c i o n ) . P a r a a B. pubescens, P I C C I O L I a p e n a s escreve q u e é m u i t o s e m e l h a n t e à B. pêndula. C o m o n ã o foi possível obter m a t e r i a l de o u t r o s países, n o v a s p e s q u i s a s deverão ser efectuadas m a i s t a r d e . O e x a m e da a n a t o m i a da f ô l h a t a m b é m foi r e a l i z a d o , e m b o r a a t e n d e n d o a q u e a q u e l a deve v a r i a r m u i t o . V e r i f i cou-se que a B. pubescens t i n h a as células e p i d é r m i c a s m e n o r e s e a. B. pêndula m a i o r e s , ficando a B. celtibérica entre a s d u a s . Q u a n t o a o n ú m e r o d e c a m a d a s d e p a r e n - Betula celtibérica R o t h m . et Vasc. 173 q u i m a em p a l i s s a d a o b s e r v o u - s e u r n a ú n i c a na B. pubescen.?, d u a s na B. péndula e na B. celtibérica, n í t i d a m e n t e diferente, duas ou mesmo tres. O e x a m e do p o l e n da n o v a especie m o s t r o u - o s e m e l h a n t e ao da B. péndula. O n ú m e r o de c r o m o s o m a s e n c o n t r a d o pelo c o n t r a r i o é o dá serie Pubescentes, isto é n — 28, e n q u a n t o q u e a B. péndula t e m n = l4. LITERATUR ABBE, E R N S T C. Studies i n t h e P h y l o g e n i e of t h e Betulaceae I., I I , i n Bor. Gaz. 97 (l93S) 1-67; 99 (1938) 431-469. ASCHERSON 43 GRÄBNER, S y n o p s i s der mitteleuropäischen Flora IV (l9lo). BROTERO, F. A. Flora Lusitanica I I (l8o4). C A D E V A I X 83 FONT-QUER Flora de C a t a l u n y a , V (1933), COLMEIRO, M. E n u m e r a c i ó n de las plantas de Ia P e n í n s u l a . I V (l888). COUTINHO, A. P. Flora de Portugal, 1 ed. (l9l3), 2. ed. (1939). E s b o ç o de u m a Flora L e n h o s a de Portugal, 2. ed. (l936). CZECZOTT, H. A s t u d y on the variability Pol. V (1933) 1 ff. D O D S W E L L , II. E. of the leaves of b e e c h e s , in A n n . Soc. Dendr Sõ R E C O R D , S. J. Identification of woods with conspicuous rays, in Tropical Woods 48 (1936) .1-30. GAMS, H. in Bot. Centralhl. N. F . - V I I I (1926) 4 a . GUNNARSSON, J. G. Monografi over S k a n d i n a v i e n s Betulae, A r l ö v 1925. HEGI, G. Illustr. Flora v o n Mitteleuropa, III. HELMS, A. og J Ö R G E N S E N , Birkene paa C. A. Magiemose, in Botanisk Tidsskrift, Kobenhavn, 39 (l925) 57-134. HENRIQUES, J. E x p e d i ç ã o Scientifica à Serra da Estrêla, Secção Botânica. Lisboa 1883. W. 174 Rothmaler und /· de Carvalho e Vasconcellos H U G U E T . D E L VILLAR N o t a sobre Ia presencia de la Betula pubescens en el centro de E s p a n a , in 447-448. Bol. R. Soc. Esp. Hist. Nat. X V (l9i5) HYLANDER, N. Einige Bemerhungen über die Eriophyidencecidien der Birken und deren Bedeutung für die S y s t e m a t i k unserer Betu7a-Arten, in Svensk Bot. Tidskr. 31 : 1 (1937) 23-41. JAHANDIEZ, E. et M A I R E , R. Catalogue des P l a n t e s d u Maroc I I (l932). JENTYS-SZAFER, J. La structure des membranes du pollen de Corylus, de Myrica et des espèces européennes de Betula et l_'Ut détermination à l'état fossile, in Bull. Inst. Ac. Pol. Sc, CI. M a t b . N a t . Ser B (1928) 75-125. LACOIZQUETA, J. M: de D i c c i o n a r i o de l o s nombres euskaros de las plantas, P a m p l o n a 1888. LAGUNA, Flora Florestal E s p a ñ o l a I (l883) ; Atlas (1884). LOPES, J. M. M I R A N D A A Flora do C o n c e i b o de V i m i o s o , in Bol. Soc. Brot. 2. Ser., VI (i929-3o). M A T T F E L D , J. l i e b e r bybridogene S i p p e n der T a n n e n , i n Bihl. Botan. 100 (l93o). MERINO, Flora de Galicia I I (l9o6). M I R A N D A BASTOS, A. de Os caracteres anatómicos das madeiras. R i o de Janeiro 1935. MORGENTHALER, H. Beiträge zur K e n n t n i s des Vierteljahrsschr. Naturf. Formenkreises der S a m m e l a r t B. alba L., in Ges. Zürich (l9l5). PlCCIOLI, L. Tecnologia del Legno. Torino PEREIRA, C. l9l9. L. F l o ra da bacia do M i n h o , i n Anais da Pac. Cieñe, do Pôrto X V I I (l932). QUER, J. Flora E s p a ñ o l a , I I I (1762). R E C O R D , S. J. Identification of the Timbers of Températe N o r t h America. N e w - Y o r h , 1934. RIVOLI, J. A Serra da Estrêla, in Relatório da Adm. Geral das Matas 1879-80, (Lisboa l88l), 215 sefl. (übersetzt a u s Mitt. ROTHMALER. Importância da nómicas SAMPAIO, Inst. Perthes geogr. Anstalt (l88o). W. Fitogeografia nos estudos agronómicos, in Palestras Agro- II-(l939)-49-60. G. M a n u a l da Flora Portuguesa. Pôrto 19l0. Lista do Herbario Português. Pôrto 1913. I I I . A p p . , Lista do H e r b . Português. Pôrto l9l4. Betula SARGENT, C. celtibérica RotHm. 175 et Vase. S. M a n u a l of the Trees of N o r t h America. B o s t o n and N e w - Y o r h , l9o5. SCHWARZ, O. Sobre los Quercus catalanes nillesia V I I I (l936). del subgénero Lepiäobalanus O e r s t . , in Cava- M o n o g r a p h i e der E i c h e n E u r o p a s und des Mittelmeergebietes. 1 (l936), 2 (1937). — B e r l i n - D a h l e m . Standard Terms of Size, S u p p l e m e n t in News Bull, of I. A. W. A., J u l y 1939. SYDOW, H. Monographia TORTORELLI, L. Uredinearum. l 9 l 5 . A. G l o s a r i o de T é r m i n o s usados en Anatomie de Madera, in Rev. Argent, de caracteres macroscópicos, in Agron. IV :1 (1937) 51-66. V A S C O N C E L L O S , J. de C. Identificação de madeiras pelos Agros V : 8 (1929) 103-109. v. WETTSTEIN, W. und PROPACH, H. Sichtungsarbeit und B i i k e n z ü c h t u n g , i n Der Züchter X I : 9 (l939) 279-280. WETZEL, G. Chromosomenstudien bei den Fágales, i n Ber. D. B. Ges. X L V I : 3 (l928) 213-214. WILLHOMM, M. et L A N G E , J. P r o d r o m u s Florae Hispanicae I (l87o). WILLHOMM, M. S u p p l e m e n t u m P r o d r o m i Florae H i s p a n i c a e (l893). WILLHOMM, M. G r u n d z ü g e der Pflanzenverbreitung auf der Pyrenäenhalhinsel. 1896. WINKLER, H. Betulaceae. Englers P f l a n z e n r e i c h I V : 6l (l9o4). Dergegenwärtige H a n d der Betula. S y s t e m a t i k , in Mitt. D. Dendr. Ges. 43 (1930) 36-40. WINKLER, H. und ANTON, E. Studien über Bétula alba L. im A n c h l u s s an Morgenthaler und G u n n a r s o n i n Beitr. Biol. Pfl. X X I (1933) 356-299. WOODWORTH, R. H. Cytological Studies i n t h e Betulaceae I, i n Bot. Gaz. L X X X V I I (l929) 331-363. P o l y p l o i d y i n t h e Betulaceae, i n Journ. Arnold Arb. X I I (l93l) 206-217. Hj < BB Ha IH E R H L Ä R U N G D E R T A F E L N 177 TAFEL I Betula celtibérica ( M o n t a l e g r e ) . Junger Baum. 178 TAFEL I m mm mm I H TAFEL Betula celtibérica. II Mittlerer 180 Baum. TAFEL II Β üa I Β__Ι mMT-ímr^-u - - — ni 1 TAFEL Betula celtiberica III (S. a do Geres) a) Älterer B a u m . b) K r o n e e i n e s älteren B a u m e s . 182 1 TAFEL Betula IV celtibérica a) S t a m m s t ü c k eines mittleren B a u m e s (Montalegre) b) a Stammgrund eines ausgewachsenen B a u m e s ( S . do Gerês) 184 BU 24 . Β TAFEL Betula V celtiberica a) Zweig m i t jungen w e i h l i c h e n K ä t z c h e n (Serra do Geres) b) Zweig m i t Fruchtkätzchen (Montalegre) 186 TAFEL Betula VI celtiberica (Montalegre) a) Tangentialer Längsschnitt durch das H o l z . X 75 b) Querschnitt durch das H o l z . X 75 c) Q u e r s c h n i t t durch das H o l z mit Marhflech. X 75 d) Blätter von B. caipathica, B. Fontqueri 188 und B. pendula ESTUDOS CARIOLÓGICOS NAS ALOINAE III. A POLIPLÒIDIA NA SECÇÃO TESSELLATAE DO GÉNERO HAWORTHIA E AS ACTUAIS LEIS DE PRIORIDADE EM SISTEMÁTICA por FLÁVIO R E S E N D E (1) R e c e b i d o para puhlicação em 7 de O u t u b r o de 1940. I E M dois t r a b a l h o s a n t e r i o r e s ( R E S E N D E 1937 a, l938b) referi a existência de espécies e f o r m a s p o l i p l ó i d e s nas Aloinae. J á a n t e s de m i m F E R G U S O N (l926) t i n h a e n c o n t r a d o u m a espécie p o l i p l ó i d e no g é n e r o Aloe (Aloe ciliaris H a w . ) , — cujo n ú m e r o d e c r o m o s o m a s esta a u t o r a n ã o c o n s e g u i u d e t e r m i n a r ao certo ( c o m p . R E S E N D E 1938, p . 530 n o t a ) , — e outra no género Haworthia (Haworthia subíasciatar). A l é m disso u m a v a r i e d a d e p o l i p l ó i d e n o g é n e r o Apicra (Apicra pentagona var. spirella) e o u t r a no género Gasteria (Gasteria nigricans var. crassiíolia). N u m a espécie de Haworthia (Haworthia tessellata) encontrou F E R G U S O N formas d i - e tetraplóides. A t é 1937, c o n h e c i a m - s e a p e n a s estes 5 casos de p o l i p l ò i d i a n a s Aloinae. C o n s i d e r a n d o que se conhecia já até à q u e l a d a t a a g u a r n i ç ã o c r o m o s ó m i c a de 65 espécies ( c o m p . R E S E N D E 1936, p . 124, l937 a, p . 764) p e r t e n c e n t e s a o s géneros Aloe, Apicra, Gasteria e Haworthia, c o m p r e e n d e - s e q u e a p o l i p l ò i d i a n a s Aloinae fosse c o n s i d e r a d a u m a r a r i d a d e (SHARP 1934, GEITLER 1934). O estudo u l t e r i o r de m a i s espécies ( R E S E N D E 1937 a e b, l938b; S A T Ô 1937) m o s t r a p o r é m q u e a existência de p o l i plóides n e s t a s u b f a m í l i a das Liliaceae n ã o é t ã o r a r a como (l) Equiparado a bolseiro pelo I . A . C , Lisboa. A c t u a l m e n t e n o « K . W . I . fur Biologíe, B e r l i n - D a h l e m , Abt. F. v o n WETTSTEIN». 189 35 190 Flávio Resende p r i m e i r o parecia. I n c o m p r e e n s i v e l m e n t e e n c o n t r a m - s e t o d a v i a n a m a i s m o d e r n a l i t e r a t u r a dados falsos s o b r e a p o l i p l ò i d i a das Aloinae. A s s i m K O S T O F F (l939) escreve: « i t s h o u l d be n o t e d t b a t ali species of Haworthia b i t b e r t o s t u d i e d are diploids (2n = l 4 ) » ! E, ciesra maneira vê este a u t o r n o género Haworthia u m seguro esteio p a r a u m a teoria, que c o n s i d e r a que p l a n t a s com g r a n d e s c r o m o s o m a s n ã o , o u m u i t o r a r a m e n t e , m o s t r a m exemplos d e p o l i p l ò i d í a ! S T R A U B (l939), n o seu i n t e r e s s a n t e t r a b a l h o sobre a obtenção artificial, de p o l í p l ó i d e s p o r i n t e r m é d i o da t e m p e r a t u r a em m a t e r i a l do género Gasteria, diz a pág. 474: entre n u m e r o s a s espécies deste género foi p o r e n q u a n t o e n c o n t r a d a a p e n a s u m a espécie t e t r a p l ó i d e . . . é e x t r a o r d i n á r i o que; os géneros p r ó x i m o s , Aloe e Haworthia, sejam m u i t o m a i s .ricos em p o l í p l ó i d e s . U m exame d a t a b e l a 1 m o s t r a i m e d i a t a m e n t e como são e r r a d a s as afirmações destes dois i n v e s t i g a d o r e s . Pela experiência já a g o r a feita entre os dados actuai.9 e os existentes em 1934 (ver a c i m a ) o m a i s p r u d e n t e é n a d a afirmar por enquanto a respeito da maior ou m e n o r frequência de f o r m a s p o l í p l ó i d e s neste, ou n a q u e l e género de Aloinae. A t e n d e n d o ao n ú m e r o de espécies i n v e s t i g a d a s (ver t a b e l a l) em relação com o das espécies existentes ( í ) n a d a se p o d e por enquanto dizer com certeza. P a r e c e p o r é m provável que a p o l i p l ò i d i a no género Haworthia seja m a i s frequente que em q u a l q u e r dos o u t r o s géneros, — c o n s i d e r a n d o , claro, só aqueles o n d e bá n ú m e r o de espécies suficiente p a r a se p o d e r dar v a l o r a u m a p e r - (l) BERGER cies — 178 Aloe, (l908) descreve, na sua monografia das Aloinae, 298 espé60 Haworthia, 43 Gasteria, 9 Apicra, 4 Chortolirium, 3 Lomato- phyllum e 1 Chamaealoe—. O número actualmente conhecido é muito mais elevado. Deve ser talvez o dobro. V O N P O E I X N I T Z (l938a) por exemplo enumera 7 1 espécies de Gasteria conhecidas. De Haworthia .-onhecem-se hoje 1 3 2 espécies ( V O N P O E I X N I T Z comunicação verbal). Notando que continuamente se estão a descobrir novas espécies e que se deve eslar ainda muito longe do fim, devido ao difícil acesso dos areale, e não esquecendo o facto de que naqueles números mencionados acima não estão incluídas as muitas variedades e formas e os híbridos existentes, não se errará supondo muito superior a mil o número de Aloinae actualmente existentes na natureza. Estudos cariológicos nas Aloinae. III. Tabela 1 Indica números de cromosomas cuja existencia se não confirma. 1.91 192 Flávio Resende T a b e l a 1 (cont.) (l) Haworthia Sampaiana R e s e n d e ( n o m . n o v . ) = Haw. coarctata var. Sampaiana R e s e n d e , em « Fedde R e p e r t o i i u m », X L V (1938), p. l77 ; RESENDE em < Ber. dtsch. bot. G e s . » , L V I (l938), p. 540 ; V O N POELLNITZ e m « S u k k u - lentenkunde», 2 (l94o), p. 4l. Estudos cariológicos nas À l o i n a e . I I I . 193 T a b e l a 1 (cont.) (1) N e s t e número não estão incluídos os híbridos nem as formas designadas sem n o m e específico, p. ex. Aloe sp., Gasteria sp., e t c , porém tôdas as variedes e formas. A bihliografia consultada para a elaboração desta tabela foi a s e g u i n t e : BELLING ( 1 9 2 8 ) , CÂMARA ( 1 9 3 5 et ai.), F E R G U S O N (1926), FERN A N D E S ( l 9 3 l ) , GEITXER ( l 9 3 5 ) , GIOELLI (l93o), HEITZ ( l 9 3 l e 1935), J O H A N S E N (1929), KOSHY (1937), MARSHAK ( 1 9 3 4 ) , M A T S U U R A e SUTÔ ( 1 9 3 5 ) , P R O P A C H ( 1 9 3 4 ) , R E S E N D E ( l 9 3 6 , l 9 3 7 a , b, 1838), SATÔ (1937), STRAUB (1939), S C H N A R F e W U N D E R L I C H ( l 9 3 9 ) , SUTARIA ( l 9 3 2 ) , SUTÔ (1936), TAYLOR (1924, 1 9 2 5 ) , TELEZYNSKI (l93o) e T U A N ( l 9 3 l ) . O número 196 resulta da contagem das espécies de Aloinae investigadas por estes autores depois de tirar à s o m a total os n o m e s c o m u n s . É quási certo que o número 1 9 6 seja ou demasiado grande, ou demasiado p e q u e n o , pois a l g u mas espécies terão sido investigadas com n o m e s diferentes s e m serem diferentes entre si e outras diferentes poderão ter sido investigadas sob o m e s m o n o m e . E s t e erro provável é porém impossível de corrigir. (2) E s t a s formas octoplóides não estão ainda incluídas na tabela, pois é esta comunicação a primeira que dá notícia de tais formas nas Aloinae (v. p. 195). 194 Flávio Resende centagem —, e q u e o género Aloe seja o m a i s p o b r e em f o r m a s poliplóides (v. T a b e l a l ) . II Na .secção Tessellatae do género Haworthia c o n h e cem-se a c t u a l m e n t e 5 espécies ( V O N P O E L L N I T Z 1938 b e 1939): Haw. venosa H a w . , Haw. Wooleyii v. P . , Haw. recurva H a w . , Haw. tessellata H a w . e Haw. minutíssima v. P. D e s t a s 5 espécies a p e n a s se conhecem v a r i e d a d e s na Haw. tessellata: v a r . Engleri v. P . , v a r . inílexa B a k . , v a r . parva B a k . , v a r . tuberculata v. P. e v a r . elongata v. W o e r d . (von P O E L L N I T Z 1938 b, v a n W O E R D E N l94o). O que se sabe koje da cariologia da secção Tessellatae r e s u m e - s e n o seguinte q u a d r o : Tabela 3 O estudo morfológico e cariológico r e a l i z a d o p o r m i m no m a t e r i a l da secção Tessellatae existente a c t u a l m e n t e n o s jardins botânicos de Berlim, Kiel e H a m b u r g o (l) m o s t r a (l) P a r a o inspector do jardim botânico de Kiel, sr. H. JACOBSEN, e para os jardineiros de Hamburgo e Berlim, srs. STEPHAN e GILSDOHF, vão neste lugar os meus m e l h o r e s agradecimentos pela maneira como sempre me a u x i l i a r a m na obtenção do material. Estudos cariológicos nas Aloitiae. 195 III. q u e d e n t r o da espécie Haworthia tessellata se e n c o n t r a u m a i n t e r e s s a n t e série p o l i p l ó i d e n a t u r a l . A l é m d a s v a r i e d a d e s j á conhecidas descobri m a i s q u a t r o n o v a s , cuja descrição morfológica será feita n o u t r o l u g a r ( R E S E N D E e von P O E I X N I T Z ) . O S e s t u d o s até boje efectuados m o s t r a m o s e g u i n t e : Haw. tessellata ( f o r m a t i p o ) , 2n = 42; v a r . Enéleri, 2n = 28; var. inflexa, 2n = 28; var. nov. 1, 2n = 28; v a r . nov. 2, 2n = 4 2 ; v a r . nov. 3, 2n = 56; v a r . nov. 4, 2n = 56 (?). I n f e l i z m e n t e a f o r m a diplóide q u e eu observei em 1937 em H a m b u r g o d e s a p a r e c e u d a q u e l e jardim. N e s t a série p o l i p l ó i d e n a t u r a l b á dois factos i n t e r e s s a n t e s a n o t a r : a) no q u e diz respeito ao t a m a n h o dos i n d i v í d u o s , o u dos seus órgãos ( m o r f o l o g i a e x t e r n a ) , n ã o se o b s e r v a q u a l q u e r relação com o g r a u de p o l i p l ò i d i a (v. figs. 1-3, E s t . I e comp. com e x e m p l o s idênticos citados p o r S T R A U B 1938); b) d e n t r o do m e s m o g r a u p o l i p l ó i d e existem v á r i a s f o r m a s com diferenças morfológicas tais que a l g u m a s se e n c o n t r a m já descritas e o u t r a s sê-lo-ão m a i s t a r d e como v a r i e d a d e s d i s t i n t a s ( c o m p . F E R N A N D E S 1933, p á g . 52 e 53). O estudo completo do m a t e r i a l desta espécie existente n a n a t u r e z a d a r á u m a i n t e r e s s a n t e ilucidação s o b r e o discutido p r o h l e m a d a c o n t r i b u i ç ã o , o u n ã o , d a p o l i p l ò i d i a p a r a a origem de n o v a s espécies. E s s e será um dos objectivos de f u t u r a s c o m u n i c a ç õ e s desta série. E i n t e r e s s a n t e verificar que no m a t e r i a l a b u n d a n t e até boje i n v e s t i g a d o se n ã o e n c o n t r a m os g r a u s í m p a r e s de p o l i p l ò i d i a , 3n, 5n e 7n (v. T a b e l a 2 e os r e s u l t a d o s a c i m a referidos). O c r u z a m e n t o n a s Aloinae é e x t r e m a m e n t e fácil, m e s m o e n t r e espécies de géneros diferentes. P o r isso a falta daqueles g r a u s d e p o l i p l ò i d i a n a n a t u r e z a s ó s e p o d e r á a t r i b u i r à falta de v i a b i l i d a d e ou à p o u c a resistência das plantas que possuem aqueles n ú m e r o s de cromosomas. A c t u a l m e n t e estou a proceder ao c r u z a m e n t o das f o r m a s t e t r a - , b e x a - e octoplóides entre si. N o p r ó x i m o t r a b a l h o poderei n o t i c i a r dos r e s u l t a d o s obtidos ( l ) . (l) N e s s e trabalho serão também cromosómicas das formas aqui designadas. publicados desenhos das guarnições 196 Flávio Resende III C o m o Haworthia limiíolia ( R E S E N D E l94o), é t a m b é m Haw. tessellata um exemplo em que a f o r m a típica é u m a forma poliplóide. S e g u n d o as leis de p r i o r i d a d e a c t u a l m e n t e existentes e m T a x o n o m i a , considera-se d e n t r o d u m a espécie, o n d e b a j a diferentes f o r m a s ou v a r i e d a d e s , como t i p o a f o r m a que por acaso primeiro foi encontrada na naturezal T o d a s as o u t r a s são designadas como variedades ou íormas daquela ! I Se bem que a n o m e n c l a t u r a actual apenas sirva p a r a u m a catalogação das f o r m a s e n ã o fosse feita no s e n t i d o de servir a filogenia, cujo m e c a n i s m o , como n ó s o c o n s i d e r a m o s boje, e r a i g n o r a d o n o t e m p o de L I N E U , O certo é que a classificação se esforça p o r ser n a t u r a l e p a r a isso t e m de se s u b m e t e r à filogenia. A l é m disso todo e q u a l q u e r espírito n o r m a l e com a l g u m a c u l t u r a biológica, que leia p o r exemplo Haworthia tessellata v a r . parva, ou Aloe ciliaris f o r m a gigas, e t c , d e d u z , ou t e m a t e n d ê n c i a n a t u r a l m e n t e lógica de d e d u z i r da expressão gráfica destas designações n o m e n c l a t u r a i s , q u e a Haw. tessellata e o Aloe ciliaris v a r i a r a m , m u d a r a m de certo m o d o , a q u i p o r acaso n o q u e diz respeito a o t a m a n h o . U m d i m i n u i u o u t r o a u m e n t o d e p r o p o r ç õ e s , facto este que se t o r n o u b e r e d i t á r i o e a s s i m a p a r e c e r a m a q u e l a v a r i e dade e a q u e l a f o r m a . Q u e m tiver p o r é m t e n d ê n c i a lógica d e t i r a r esta conclusão e n g a n a - s e r e d o n d a m e n t e e m o s t r a n a d a saber das leis de n o m e n c l a t u r a em s i s t e m á t i c a ! A var. parva é considerada u m a v a r i e d a d e de Haw. tessellata só p e l a simples casualidade de a que se chama boje Haw. tessellata ter sido descoberta p o r H A W O R T H em 1824 e a s u a v a r i e d a d e parva ter sido descoberta a p e n a s em 1880. Tivesse-se d a d o o c o n t r á r i o chamar-se-ia boje à var. parva Haw. tessellata e a o u t r a seria a s u a v a r i e d a d e gigas c e r t a m e n t e . E esse p o r exemplo o caso do Aloe ciliaris. D e p o i s desta explicação o espírito a p o n t a d o de m é d i a c u l t u r a biológica dirá f a t a l m e n t e : « n a d a d e m a i s a b s u r d o » Estudos cariológicos nas Âloinae. III. 197 O v e l h o s i s t e m á t i c o , já de certo m o d o avesso a i n o v a ções no m e c a n i s m o de fazer a s u a ciência, r e s p o n d e r á com r a z ã o : como p o r é m saber, d e n t r o de 2, 5,10 ou m a i s f o r m a s ou v a r i e d a d e s c o n h e c i d a s d u m a d a d a espécie, q u a l delas é a típica, a p r i m i t i v a , a q u e deu o r i g e m às o u t r a s ? D e p o i s u m g e n e t i s t a d i r á : falar d e « f o r m a s o r i g e m » e n t r e f o r m a s a c t u a l m e n t e existentes é g e n e t i c a m e n t e u m erro. P e r a n t e estas r a z õ e s t ã o claras n ã o h á p o s s i b i l i d a d e de d a r à n o m e n c l a t u r a a significação r e a l q u e as p a l a v r a s lá empregadas deveriam interpretar. M a s n ã o é r a z o á v e l q u e se dê a regras c o n v e n c i o n a i s o carácter de i n f l e x i b i l i d a d e q u e t ê m p r e c i s a m e n t e as leis de p r i o r i d a d e , e q u e se n ã o p r e t e n d a pelo m e n o s aperfeiçoar o existente, a p r o x i m a n d o - n o s assim o m a i s possível do significado lógico das expressões n o m e n c l a turaís. A « f o r m a o r i g e m » n ã o existe n a a c t u a l i d a d e , m u t o u ( c o m p . p . ex. F E R N A N D E S 1939), m a s o q u e existe entre as diferentes f o r m a s d u m a espécie é a l g u m a s que já m o r f o l o g i c a m e n t e se reconhece serem d e r i v a d a s d o u t r a s existentes. E s t e critério de o r d e m m o r f o l ó g i c a é tôdavia p e r i g o s o , p o r q u e d e p e n d e m u i t o d a s observações i n d i v i d u a i s . I n f o r mações precisas e decisivas sobre estas relações filogenéticas p o d e fornecer u n i c a m e n t e a cário-sistemática. E m t o d o s o s géneros, o u a i n d a m a i s a m p l o s g r u p o s t a x o n ó m i c o s , o n d e se p o s s a d e t e r m i n a r com precisão o « n ú m e r o b á s i c o » de c r o m o s o m a s e as características morfológicas desta « g u a r n i ç ã o f u n d a m e n t a l » ( o m e l h o r exemplo até hoje conhecido, onde a guarnição fundamental é bem determinada, é a s u b f a m i l i a das Aloinae), p o d e d e t e r m i n a r - s e a derivação, ou origem s e c u n d á r i a , de m u i t a s espécies e de m u i t a s f o r m a s d e n t r o d a m e s m a espécie ( c o m p . F E R N A N D E S 1939, p . 536). T o d a s a s espécies, o u f o r m a s , que t e n h a m g u a r n i ç õ e s haplóides derivadas da guarnição fundamental por qualquer « m u t a ç ã o c r o m o s ó m í c a » ( t r a n s i ó c a ç ã o , delecção, etc.) ou « m u t a ç ã o g e n o m á t i c a » ( « G e n o m m u t a t i o n » , M E L C H E R S 1939), e estas m u i t o p a r t i c u l a r m e n t e , são d e r i v a d a s das f o r m a s 26 198 Flávio Resende que p o s s u e m a « g u a r n i ç ã o f u n d a m e n t a l » , ou de f o r m a s p r ó x i m a s destas j á e x t i n t a s . N e n k u m a destas f o r m a s s e deve c o n s i d e r a r p o r isso como f o r m a t i p o dentro duma espécie, quando nesta espécie haja várias formas ou variedades, das quais pelo menos uma possua a «guarnição fundamental». A t e n d e n d o a i s t o p r o p u s eu (l94o) u m a m o d i f i c a ç ã o às leis a c t u a i s de p r i o r i d a d e . Haworthia tessellata fornece de n o v o um e x e m p l o em que a modificação p o r m i m p r o p o s t a devia ser a p l i c a d a . A f o r m a e n c o n t r a d a p o r H A W O R T H e p o r este c o n s i d e r a d a como t i p o é u m a f o r m a k e x a p l ó i d e . D e v i a p o r t a n t o p r o c u r a r - s e p a r a t i p o u m a f o r m a diplóide de Haw. tessellata q u e se d e n o m i n a r i a Haworthia tessellata v a r . typica, e esta k e x a p l ó i d e seria d e n o m i n a d a Haw. tessellata v a r . Haworthii ( H a w . ) ( n o m . nov.) R e s . N a s espécies o n d e k a j a v á r i a s f o r m a s diplóides p o s s u i n d o tôdas a g u a r n i ç ã o f u n d a m e n t a l , como seja talvez o caso de Haw. tessellata, surge de n o v o u m a dificuldade na escolha da f o r m a t i p o . A q u i cessa o a u x í l i o da c á r i o - s i s t e m á t i c a e ká que fazer a escolha s e g u n d o os caracteres m o r fológicos, critério b a s t a n t e a r b i t r á r i o , como eu já disse a t r á s (v. p á g . 197). A e m e n d a q u e p r o p u s no t r a b a l h o a n t e r i o r (l94o), q u e r i a a q u i fazer p o r t a n t o u m a m o d i f i c a ç ã o : e u d i z i a que à f o r m a escolhida p a r a n o v o tipo se dêsse o n o m e do a u t o r da f o r m a derivada, que até à d a t a foi c o n s i d e r a d a t i p o . Atendendo porém que entre as diferentes formas duma espécie nenhuma com rigor científico se pode designar como «forma tipo» deve eliminarse para sempre esta expressão da Nomenclatura. O primeiro nome da espécie será conservado. Ele não designará porém a «forma ou variedade typica» mas englobará tôdas as formas da espécie. Cada variedade, sub-variedade, raça ou forma (em espécies, claro, onde haja mais que uma) será sempre designada com nomenclatura ternária. A designação «typica» suprímese. A forma ou variedade que até à data da aplicação desta proposta tenha sido designada como «typica» deve Estudos cariológicos ñas A l o i n a e . I I I . tomar, com o novo nome, o que a descreveu. DEUTSCHE nome do 199 primeiro sistemático ZUSAMMENFASSUNG 1 . E i n U e b e r l i c h ü b e r die v o r h a n d e n e n k a r y o l o g i schen U n t e r s u c h u n g e n bei d e n Aloinae w i r d gegeben. D a d u r c h w e r d e n u n z u t r e f f e n d e A n g a b e n der n e u s t e n L i t e r a t u r r i c h t i g gestellt. T a b e l l e 1 b r i n g t eine z u s a m m e n fassende D a r s t e l l u n g der v o r h a n d e n e n D a t e n ü b e r die b i s h e r u n t e r s u c h t e n A i o i n a e - A r t e n u n d d e n dabei g e f u n d e n e n P r o z e n t s a t z a n p o l y p l o i d e n F o r m e n für jede G a t t u n g u n d für die g a n z e G r u p p e . D a s s dieser P r o z e n t s a t z n u r v o r l ä u f i g ist, ist bei e i n e m V e r g l e i c h der Z a h l der u n t e r s u c h t e n A r t e n m i t den bis jetzt s y s t e m a t i s c h b e k a n n t e n (auf S. l90 F u s s n o t e ) zu e r s e h e n . 2 . Bei Haw. tessellata H a w . w u r d e n 2 - , 4 - , 6 - u n d 8 - p l o i d e F o r m e n g e f u n d e n (die 8 - p l o i d e n w u r d e n h i e r z u m e r s t e n m a l e bei den Aloinae g e f u n d e n ) . D i e s e F o r m e n zeigen i n der ä u s s e r e n M o r p h o l o g i e k e i n e M e r h m a l e , a u s d e n e n m a n schliessen dürfte, dass e s sich u m p o l y p l o i d e k a n d e l t . Bei jeder p o l y p l o i d e n S t u f e gibt es v e r s c h i e d e n e morphologisch gut zu unterscheidende Varietäten. 3 . F i n e V o r s c h l a g für die U m ä n d e r u n g der P r i o r i tätsgesetze w i r d g e m a c h t . E r b e s t e h t d a r i n , dass m a n i n n e r h a l h der F o r m e n u n d V a r i e t ä t e n einer A r t keine als Var. (bzw. Form) t y p i c a bezeichnen soll. M a n m u s s n a c h d e n V o r h a n d e n e n P r i o r i t ä t s g e s e t z e n als V a r . typica diej e n i g e n n e h m e n , die zufällig als erste beschrieben w o r d e n i s t ! E s gibt i n n e r h a l h einer A r t k e i n e F o r m , die m a n als wirhlich typica b e z e i c h n e n darf. M a n soll d a h e r den N a m e n der A r t allein als allgemeinen Namen für alle Formen und Varietäten bestehen lassen. A l l e V a r i e t ä t e n u n d Formen müssen dann mit temaren N a m e n benannt werden. D i e F o r m , b z w . V a r i e t ä t , die bis z u r U m n e n n u n g als T y p u s b e t r a c h t e t w u r d e , soll den N a m e n v o n i h r e m ersten Beschreiber e r h a l t e n . Z. B. Haw. tessellata H a w . i \ Flávio 200 Resende soll n i c k t m e h r Haw. tessellata H a w . , b z w . H. tess. v a r . typica H a w . g e n a n n t , s o n d e r n Haw. tessellata v a r . Haworthii ( H a w . ) R e s e n d e n o m . n o v . b e z e i c h n e t w e r d e n . D e r N a m e Haw. tessellata H a w . k e n n z e i c h n e t keine Form oder Varietät, sonder er umfasst alle Formen dieser Art. D i e s e r jetzige V o r s c h l a g ist eine Ä n d e r u n g eines f r ü h e r e n ( R E S E N D E 1940 — Haw. limiiolia). D i e U m n e n n u n g v o n Haw. limiiolia M a r l , soll d a h e r n i c h t sein, w i e f r ü h e r vorgeschlagen w u r d e , s o n d e r n f o l g e n d e r m a s s e n : BIBLIOGRAFÍA B E L L I N G , J., BERGER, 1928. A., — (v. T I S C H L E R , T . B . , 7, l93l). 1 9 0 8 . — Liliaceae — Asphodeloideae — Aloinae. Das Pflanzen- reich I V . 3 8 . I I I . I I . C Ä M A R A , A. l93S. da, meióticos de — E f e i t o s das temperaturas elevadas sobre o s c r o m o s o m a s Aloe arborescens L. Rev. Agron., 23. F E R G U S O N , N . , 1926. — T b e Aloinae: a cytological study w i t h special reference to the Lond., form and size of the chromosomes. Philos. Trans. Roy. Soc. 2lS. l93l. F E R N A N D E S , A., — Estudos nos ceas. Bol. Soc. Broteriana, 7 (2. a c r o m o s o m a s das 1933. — N o v o s estudos cariolóáicos Ciencias da Univ. de Coimbra, Liliáceas e A m a r i l i d á - serie). 5, no género Narcissus L. 1939. — Sur la caryo-systématique du groupe Jonquilla du L. Bol. Soc. Broteriana, G E I T L E R , L. von, 1 9 3 4 13 (2. Grundriss a Rev. Fac. de 3. genre Narcissus serie). der Zytologie. Berlim. 1 9 3 5 . — Beobachtungen über die erste Teilung im P o l l e n k o r n der A n g i o s permen. Planta (Berl.), 2}4. GIOELLI, J., 1 9 3 0 . — (v. T I S C H L E R , T . B . , 7, HAWORTH, 1824. — (v. B E R G E R , l9o8, l93l). Pflanzenreich, 3 8 ) . H E I T Z , E . , 1931. — D i e U r s a c h e der gesetzmässigen Zahl, Lage, F o r m und G r ö s s e pflanzlicher N u c l e o l e n . Planta (Berl.), 12. 1 9 3 5 . — D i e N u k l e a l - Q u e t s c h m e t h o d e . Ber. dtsch. bot. Ges., S 3 . J O H A N S E N , D., 1 9 2 9 . — ( v . T I S C H L E R , T . B . , 7, l93l). K O S H Y , T. K., 1937. — N u m b e r and behaviour of chromosomes in Aloe litoralis. Ann. of. Bot , N . S., 1. K O S T O F F , D „ 1 9 3 9 . — E v o l u t i o n a r y significance o f chromosome size and chrom o s o m e number in P l a n t s . Current Sei., 8. Estudos cariológicos nas MARSHAK, A., 1934. — Chromosomes J. Bot., 21. Aloinae. and 201 III. compatibility in the Aloinae. Amer. M A T S U U R A , H. e SUTÔ, T., 1935. — Contributions to the idiogram study in Phanerogamous Plants. I. J. Fac. Sei. Hok. Imp. Univ., 5. MELCHERS, G., 1 9 3 9 . — Genetik und Evolution. Zeitsch. i. ind. Abst. Ver., 76. POELLNITZ, K. von, 1938 a. — Zur Kenntnis der Gattung Gasteria Duval. Fedde Repert., 43. 1938 b. — Über Sektionen der Gattung Haworthia Duval. Fedde Repert., 44. 1 9 3 9 . — Haworthia minutíssima v. P. Desert. PI. Life, 1 1 . PROPACH, H., 1 9 3 4 . — Cytologische Untersuchungen an Limnantes Douglasii R. Br. Z. Zellforsch., 3 1 . R E S E N D E , F., 1936. — Die SAT-Chromosomen bei deu Aloinae. Ber. dtsch. bot. Ges., 54. l937a. — U b e r die Ubiquität der zen. Planta, SAT-Chromosomen bei den Blütenpflan- 26. 19376. — Kariologische Studien bei den Aloinae I I . Das Auftreten von spontanen Mutationen und die Entstehung der SAT-Typen. Bol. Soc. Broteriana, 1 3 (2. sér.). a 1 9 3 8 a . — Haworthia Repert., coaretata var. Sampaiana Resende (var. nov.). Fedde 45. l 9 3 8 o . — Gigas-Formen mit geringerer Chromosomenzahl als die Stammarten. Ber. dtsch. bot. Gesel., 56. 1940.— U b e r zwei neue Haworthia. E i n Vorschlag für eine kleine Änderung der vorhandenen Prioritäts-Gesetze. Fedde Repert., 48. R E S E N D E , F. e POELLNITZ, K. von — (em preparação). SATÔ, D., 1937. — Karyotype alteration and phylogeny. I. Analysis of karyotypes in Aloinae with special reference to the SAT-chromosome. Cytologia, Fujii Jubil. 1. SCHNARF e W U N D E R L I C H , 1939. — Z u r vergleichenden Embryologie der Liliac e a e - A s p h o d e l o i d e a e . Flora, 133, ,p. 299. SHARP, L. W., 1 9 3 4 . — Introduction to cytology. Nova Yorh e Londres. STRAUB, J., 1938. — Cytogenetik. Fort. d. Botanik, 7. 1939. — Polyp oidieauslösung nik, durch Temperaturwirhungen. Z. für Bota- 34. SUTARIA, R. N . , 1932. — (v. TISCHLER, T. B., 1 1 , 1935-36). SUTÔ, T., 1 9 3 6 . — List of chromosome number and idiogram types in Liliaceae and Amaryllidaceae. Jap. J. of Genet., 1 3 , p. 107. TAYLOR, W. R., 1 9 2 4 . — Cytological studies on Gasteria. I. Arner. /. Bot., 11. 1925. — Cytological studies on Gasteria. II. Amer. J. Bot., 12. TELEZYNSKI, H., 1930. — (v. TISCHLER, T. B., 7, l 9 3 l ) . T U A N , H., 1 9 3 1 . —Unusual aspects of meiotic and postmeiotic chromosomes of Gasteria. Bot. Gaz., 9 3 . W O E R D E N , C. van, 1940. — Haworthia tessellata var. elongata v. Woerd. var. nov. Succ., 4. mm H H mu D E S C R I Ç Ã O D A E S T A M P A 203 ESTAMPA I 1. Haworthia tessellata var. nov. 1 (2n = 28) 2. Haworthia tessellata var. n o v . 2 (2n = 42) 3. Haworthia tessellata var. 3 (2n = 56) nov. Fotografia de FRL. SCHMID, K. W. I. fur Biologie 204 ESTAMPA I INDICE P A L H I N H A , R. TELLES — D. A N T Ó N I O XAVIER P E R E I R A COUTINHO . . . VII REDACÇÃO — P u b l i c a ç õ e s do Prof. A. X. P E R E I R A COUTINHO XI FERNANDES, A. —Sur la position systématique et 1'origine de Narcissus Broussonetii Lag 53 GONÇALVES DA C U N H A , A. et GONÇALVES S O B R I N H O , L. — Q u e l q u e s remarques sur la distribution de la Vegetat i o n dans 1'Archipel des Açores . V PEREIRA, ALICE DE · LEMOS — Sobre 1 a cariologia de Nar- cissus odorus L. e N. gracilis S a b 67 ^ Q U I N T A N I L H A , A. et BALLE, S I M O N N E — É t u d e génétique des p h é n o m è n e s de n a n i s m e chez les H y m é n o m y c è t e s . \J RESENDE, . 17 FLÁVIO — E s t u d o s cariológicos n a s Aloinae. Hl. A poliplòidia na secção Tessellatae do género e a s actuais leis d e prioridade e m sistemática Haworthia . . . . 189 ROTHMALER, W. und CARVALHO E VASCONCELOS, J. DE — Bettila celtibérica Rothm. et S y s t e m a t i k der w e s t e u r o p ä i s c h e n TABORDA DE MORAIS, portuguesa Vase. Ein Beitrag zur Birken 139 A. — N o v a s áreas da fitogeografia 97 ^ 1