Minéralogie au Portugal

Transcription

Minéralogie au Portugal
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VILA CaVA (SERRA DO MARAO) - IMPORTANTE'
JAZIBO DE MAGNETITE DO NORTE DE PORTUGAL
Este trabalho é uma sintese dos estudos que efectuémos
e publicamos sobre a jazigo de Vila Cava (1) e de ulteriores
estudos que temos estado a realizar.
1.
Situaçao
a) a jazigo esta situado junto à aldeia de Vila Cova,
na Serra do Marao, a 4 quil6metros do Alto do Velâo, ceste
alto a 35 quil6metros de Vila Real.
b) Tem boa situaçao relativamente a um adquado sistenHl
de transportes.
(1) j. M. Coteio Neiva - Caracterlstlcas e génese do minério !!/(lR­
nético de Vila Cova (Serra do Marâo). «Estudos, Notas c TrabalhoH do
Serviço de Fomenta Mineiro», vol. Il, fase. 3-4, 1940, pal/;Ro 11'i1 u 174,
j. L. Guimaràes dos Santos - Sobre 0 Interesse tc!cnlco·industrial do
jazlgo de ferro de Vila Cova do Martio. .Estuc1os, NotHs e Trabalhol lIu
Serviço de Fomento Mineiro., Vol. II, faRe. 3·4, 1046, pélli. 1715 • ~4.
MAIlNUI-lmpm,
I~dll.ïrïli cÏr~lï;~ d~--P~;I~~'~,d~''':.~I'd;,· Mtrllr.~d;LIb~rdlcl.,I,i
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c) As condiçües topograficas locais sao favoraveis à
rftclonallzaçAo econ6mica dos métodos de exploraçào.
... Textur. , eompo.içlo miner.ldalea da. eamada.
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m••neUtlea.
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III
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li) A textUrtl ô grano-Iepidoblastlca.
b) O. mlncrnis que ocorrem nas camadas sao:
,1
Z.
EHSl'l1ciais - Quartzo, clorite e magnetite;
Al'l~ss6rios .- Albite, apatite, biotite e Ilmonite;
Acldentais - Granada almandina e pirite ;
Esporadicos - Calcopirite e bismuto.
Natureza do jazigo
Jazigo metam6rfico, originado por metamorfismo de for­
nUlç(')es sedimentares.
7. Génese do jazigo
3.
Afloramentos visfveis das camadas magnetfticas
a) Formaçoes sedimentares depositaram-se, em figuas
praticamente tranquilas, no fundo do mar Ordoviciano, relati­
va mente proximo da costa.
. b) 0 material ferrffero teria sido transportado sob forma
coloidal e a precipitaçào efectuada por acçao de ferro-bactérias
ou por oxidaçao. 0 precipitado coloidal tomou estrutura oolf­
tica e evolufu para limonite.
c) Contemporâneamente à precipitaçao do materiai fer­
rffero houve deposiçao de graos de quartzo.
d) A vasa argilosa contemporânea evoluiu parcialmente
para c10rite esferolftica.
e) A litificaçao do complexo fez-se por cimenta argilo­
-ferruginoso.
f) Metamorfismo regional, relacionado corn movimentos
hercfnicos que originaram as dobras das formaçoes, permitiram
as seguin tes transformaçoes dos sedimentos silt1ricos :
Conhecem-se afloramentos de camadas magnetfticas em
todos os trabalhos que seguem os ribeiros das Rosarias e
du Sabugueira e nos que se encontram no Alto do Toqueirao,
C obscrvam-se também na en costa Sudeste pr6ximo a Par­
dclhas.
4.
Posiçilo geoI6gica
As cBmadas magnetfticas estào inter-estratificadas com os
xistos cloriticos do Ordoviciano.
5. Caracteristicas geol6gicas
Il)
Argilas impuras
As c8111adas magnetfticas sao muito numerosas e
l'stl'I'itns, tendo cada uma espessura que varia entre 3 a 35 cm.
Entre as camadas l11agnetfticas ha leitos de xistos
l'lorltlcos e ùe furmaçoes siliciosas corn c1orite.
c) As camadas magnetfticas estào fortemente dobradas
\' liS dol>rus 8110' apertadas e frequentes os afloramentos dos
11l1tlrllnuis.
cf) As dobras e os xistos têm orientaçao geral N.mg.
-4­
-+
Xistos c1orfticos.
Limonite -+ Magnetite
Recristalizaçào do quartzo
No dep6sito ferrffero. . . Regeneraçào da ~Ioritc
)
Formaçào de albIte
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g) Metamorfismo de contacto, provocado por intrusBo
granitica, sobrepôs-se ao metamorfismo reglonal - formaçBo
de palhetas de biotite.
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(J U1M"':V,e!!
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S"':IITO~ I! COTI~LO NI!IV" -
Vila COI'lI" IlIIfllI"I(""(' /(1111/11
de maf(l/etlfe dll Nllrle rie Purluga/
II) Metamorflsmo de contacta pneumatolftico-hidroter­
, mil, que se sobrepOs aos outros dois, na vizÙlhança dos f'iloes
que atravessam 0 jazigo, permitiu a formaçào de granada
Ih"lndlna e a impregnaçi'lo do minério por pirite e raramente
, por blsmuto e caIcopirite. '
,
i) 'Mov/mentos epirogénicos, alpfdicos, originaram falhas
de orlentaçao NW. - SE. e N.NE. - S.SW.
111
8. Trabalhos mineiros
a) Conhecem-se muitas pesquisas à:ntigas e antigos
escorlals.
b) 0 concessionario do jazigo fez diversos .e ja impor­
tantes trabalhos de pesquisa e reconhecimento de extensào
aproxlmada:
.
Fig. 1 - Formaçilo magnetitica de Vila Cova. Magnetite (brancol, clorite (nel!'roJ
e quartzo (cinzento'. Luz rellectlda. IX 8j).
175 m.
51Om.
Poços
Galerias e travessas
c) Silo bastantes os trabalhos de limpeza que
,Ionarlo realizbu.
0
conces­ IV
9. Reservas "
a) Pelos trabalhos de pesquisa e reconhecimento efec­
tuados, é possfvel' dete~minar como reservas certas alguns
mllhôes de toneladas.'
b) As' condiçoes topograficas locais e caracterfsticas
tcct6nicas do jazigo tornam dificil a efectivaçao, a prazo curto,
de rapldos trabalhos mineiros de pesquisa e reconhecimento
que aumentem as reservas certas. Nao obstante projectam-se
trabalhos para se atingir est,a finalidade.
c) Pela inter-estratificaçâo das camadas magnetfticas
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Fig. 2 - Formaçâo magnetftica de Vila Cova. Ma~metite (branCol, clorite lnellro)
e quartzo (flllldél cinzento J. No centro da microfoto!!,rafia v(·se maMlletite
.
èimelltando 0 quartzo. Luz rer/ect/da. (X 85).
(Mtcrorotollraltas da J. Cote-ta N,tuQ).
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tam os xIstas c1arftîcas, pela estrutura, tectônlca, extensào è
cantinuidade daquelas camadas, e pela génese do jazigo, as
reservas pravaveis e passfveis ascenderàa a dezenas de milhêies
de taneladas.
v
10.
Tipos de minério
É passfvel dividir a minéria em três tipas em funçàa da
riqueza em magnetite:
Tipa 1:
Magnetite
Mfnima
Média
Maxima
%
54
62
70
Ganga
%
Maxima
Média
Mfnima
46
38
30
Tipa II:
Mfnima
Média
Maxima
Magnetite
Ganga
%
44
0/0
47
50
Maxima
Média
Mfnima
56
53
50
Tipa III:
Magnetite
Ganga
%
0/0
MInima
Média
Maxima
30
35
40
Maxima
Média
Mfnimo
70
65
60
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GLJIMAR~es DOS S\NTOS ~ COTI!LO N~IVA - VI/a Cl)lla: IIfI/wrttlfltt' jallNI)
de magnetlte do Nur te
11.
tif!
Portl/Nal
I:',~t,
Andllses qu'micas do minério
Du ané.lises quimicas realizadas, umas parciais e outras
completas, verificou-se que:
a) 0 ferro, expresso em Fe, varia de 56,96 % a 44,57 0/0'
Expresso cm 0 4 Fes varia de 78,71 % a 61,58 Ofo. Pela percen­
tBiem de Fe é um bom minério de Ferro.
b) Sâo baixas, e sem influência na qualidade de minério, as
J'lcrcentagens de Al, elemento existente s6 nos minerais.. gangas.
c) Sâo muito pequenas, e também sem influência na
qualldade do minério, as percentagens de Ca, Mg, Mn e Ti,
clementos que ocorrem nos minerais gangas.
d) Sâo inexistentes Cr, Vn e Mo.
e) Si0 2 varia de 16 Ofo a 33 Ofo.
f) 0 f6sforo, P, varia entre 0,02 Ofo e 0,5 o/~ e ocorre
.bmente sob a forma de apatite. Este mineraI en contra-se em
Incluslles no quartzo e na dorite, ou individualizactci.
g) Cu e Bi sào esporadicos e encontram-se sob forma de
calcoplrlte e bismuto, respectivamente, que s6 ocorrem muito
localmente em relaçào corn filàes pegmatfticos e hidrotermais,
cam os quais também poderào relacionar-se elementos como
W, As, Pb e Zn de possfvel ocorrência.
h) 0 enxôfre, S, sem lei de ocorrência, vai-ia de % a
0,25' %' Encontra-se na pirite, que é acidental, e na calco­
plrlte, que é esporadica, minerais relacionados corn metamor­
flamo pneumatolftico-hidrotermal.
Fig, 1 -
Formaçào magnetitica de Vila Cova, Magnetite (branco). cIo rite (neiro)
e quartzo (fundo cinzento), Luz reflectida. (X 8~).
°
12.
Granulometria do minério
Observaçàes 6pticas:
Magnetite
a)
PERCENTAGENS
Di1Imetro dos cristais de magnetite
<
Entre
Entre
Entre
Entre
Entre
>
-8­
0,010
0,010
0,025
0,150
0,250
0,500
0,750
mm.
mm.
mm.
mm.
mm.
mm.
mm.
e 0,025 mm.
e 0,150 mm.
e 0,250 mm.
e 0,500 mm.
e 0,750 mm.
em niimero
, 0,2
9,2
47,7
21,4
17,7
2,9
0,9
-em peso
0,01
5,4
28,5
30,2
23,0
12,9
Fig, 2-FormAçilo magneUtica de Vila Cova, Mslilletite (brHnco), C\nr1t1l Cl lIunrtw
(negro e cinzento eacuro'). limonite (clnzellto c1aro) , Ao 111110 dlreitll dn mlcroflllllo
grufiR vê-Re um 001110 de limonite (clll1.enln. clHrn) Il dll Indo tl1llllerdo 1111I l'r1.IRI
de mn!l'Iletlle (brallco) COIII «reIlCI" de IImllnlte (dn1.11nlll dnrll), l,III r"IIl/I'l/f/fI ( )( 1Ill}),
(Mlcm/lllol(rtll/f/l
rI,.I.
('011'10 /\',ll'tl),
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b) QNI't.a, albite
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1
Predomlnam os crlstals de dlametro entre 0,020 mm. e
0,150 'mm.
sao em relativa quantidade os cristals de calibre entre
0,150 mm. e 0,200 mm.
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c)
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Clorite
Predominam os cristais de dimensoes compreendldas
en1re 0,010 mm. e 0,150 mm.
Sào em relativa quantidade os de calibre entre 0,150 mm.
e 0,200 mm.
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Apatite
Predominam os cristais de diâmetro compreendido entre
0,025 mm. e 0,075 mm.
Sao em relativa quantidade os de diâmetro entre 0,008 mm.
e 0,025 mm.
VI
13.
Escolha do minério
a) É possfvel enriquecer 0 minério por uma simples
operaçao de britagem e escolha manua\.
b) A pirite, a calcopirite e 0 bismuto podem evitar-se
desde que nào se desmontem os porçoes das camadas que
sejam paredes ou proximidades de fil6es pegmatiticos e hidro­
termais que atravessam 0 jazigo.
14.
Fragmentaçao e moenda do minério
a) As propriedades ffsico-mineral6gicas e coesivas do
minério favorecem a fragmentaçào
facilitam a separaçâo dos
cristais de magnetite.
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16.
Concentraçfto do minério
Aglutinaçfto dos concentrados
Fazer cuidado estudo de porrnenor da estrutura geo­
16gica do jazigo e atender a ela no pIano da lavra.
b) Projectar 0 pIano de lavra corn vista a aumentar as
reservas certas do jazigo.
c) Regeitar, ou nao desrnontar, 0 rninério das paredes
ou proxirnidades de filûes pegrnatfticas ou hidrotermais, vlsto
estar rnineralizado por sulfuretos.
d) Fazer 0 reconhecirnento e estudo desses filûes pegma­
tfticos e hidroterrnais por poderern vir, pela sua rnineralizaçao,
a oferecer interesse econarnico.
[
.: ~':
VILA COVA (SERRA DU MARAO) - IMPORTANT
GISEMENT DE MAGNÉTITE DU NORD DU PORTUGAL
Os concentrados deverao ser aglutinados para utilizaçûes
Ildcrurgicas carrentes.
VII
17. Utillzaçfto dos concentrados
É 6ptima rninério para a siderurgia.
b) Tern grande interêsse para lotar com outros minérios
dl' bnlxo valor.
e) É millério ern que, apas cuidada concentraçao, 0 grau
de pureza étal que toma aconselhavel também 0 seu emprego
para utlllzaçOes especfficas.
a)
- 10­
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18. Aigumas sugestOes
a)
a) Por a estrutura e a granulometria do minério nao
varlarem com a riqueza em magnetite, como provam as inves­
t1iaçOes minero-petrograficas a que se procedeu, todo 0 minério
deve ser concentrado de um mesmo e unico modo.
b) Deve utilizar-se, para se efectuar a concentraçao,
ume separadora de polos alternos de tipo apropriado para 0
mlnérlo.
e) Levado 0 minério, por moenda, a calibre inferior a
0,10 mm., e a separaçao magnética efectuada em maquina con­
venlente, obtern-se um concentrado pràticarnente puro, isto é,
corn urna quantidade de ganga desprezfvel e pràticarnente
Iiento de P e S.
.,"
VIII
b) Nao oferece qualquer diticuldade a reduçâo do mÎnerio
• flnol.
c) 0 minério deve ser levado a calibre inferior a 0,4 mm.
(aproxlmadamente 40 mesh) para atingir um concentrado cujo
I(rau de pureza 0 permite considerar como bom minério de ferro.
15.
'..
Ce travail est une synthèse des études que nous avons effectués et
publiés sur le gisement de Vila Cova, et des études ultérieures que nous
sommes en train de réaliser.
1. Situation
a) Le gisement est situé près du village de Vila Cova, dans la Serra
du Marào, à 4 kilomètres du Alto de Velào, et cette hauteur à 25 kilomètres
de Vila Real.
b) Il possède une bonne situation relativement à un système de
transports adéquat.
e) , Les conditions topographiques locales sont favorable. à la ratio­
nalisation économique des méthodes d'exploration.
-11­
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.
r~·~·-
g.
'~
Nature du Krsement
Orsement métamorphique, originé par métamorphisme de formations
ddlmentalres.
3.
ArrJeurements visibles des couches magnétltlques
a) Les couches magnétitiques sont très nombreuses et étroites,
ayant chacune une épaisseur qui varie entre 5 et 55 cm.
b) Entre les couches magnétitiques il y a des lits de sthistes chlori­
tlquC!1I et de formations siliceuses avec la chlorite.
c) Les couches magnétitiques sont fortement plissées; les plis sont
lerrés et les affleurements des anticlinaux fréquents.
d) Les plis et les schistes ont une orientation générale N. mg. 450 W.
6.
Texture et composition minéralogique des couches magnétitiques
a) La texture est grano-Iépidoblastique.
b) Les minéraux qui appasaissent dans les couches sont:
Essentiels - Quartz, chlorite et magnétite;
Acessoires - Albite, apatite. biotite et limonite;
Accidentels - Grenat almandine et pyrite;
Sporadiques - Chalcopyrite et bismuth.
7.
Oenèse du gisement
a) Des formations sédimentaires se sont déposées, dans des eaux
prntlqùcment tranquilles, au fond de la mer Ordovicienne, relativement
prh de la cOte.
b) Le matériel ferrifère aurait été transporté sous forme colloïdale
ri lu pr('c1pltntion se serait effectuée par action de ferro-bactéries ou par
ollydll!lon. Le précipité colloïdal a pris la structure oolitique et a évolué
rn limonite,
c) À la même époque que la précipitation du matériel ferrifère,
Il y avait un dépOt de grains de quartz.
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.
d) La vase argileuse contemporaine ft I!volul!e partiellement en chio­
rite sphérolitique.
e) La Iithification du complexe s'est faite par ciment argllo·ferru·
gineux.
f) Métamorphisme régional, relationn!.' avec des mouvements hercy·
niens qui ont donné naissance aux plis des formations, permis les trans·
formations suivantes des sédiments siluriques:
a)
b)
4. Position géologique
li. Carac:térlstlques geologiques
....
. t~~··~
On connaît des affleurements de couches magnétitiques dans tous les
travaux qui suivrent le ruisseau des Rosarias, celui de Sabugueira, ceux
que l'on trouve sur le Alto de Toqueirao et on les observe aussi sur la pente
SB. pr~1 de Pardelhas.
Les couches magnétitiques sont interstratifiées avec les schistes
chlorltlques du Ordovicien.
~
Argiles impures __ Schistes chloritiques
Limonite -- Magnétite
Dans le depôt ferrifère Recristallisation du quartz
Régénération de la chorite
Formation d'albite.
l
g) Un métamorphisme de contact, provoquéparintrusiongranitique,
s'est superpQsé au métamorphisme régional - formation de paillettes de
biotite.
•
h) Un métamorphisme de contact pneumatolytique-hydrothermal,
qui s'est superposé aux deux autres, dans le voisinage des filons qui
traversent le gîsement, a permis la formation de grenat almandine et
l'impregnation du minerai par la pyrite et, rarement, par le bismuth et la
chalcopyrite.
i) Des mouvements épirogéniques, alpidiques, ont fait naître deI!
failles d'orientation NW.-SE. et N.NE-S.SW.
8. Travaux miniers
On connaît beaucoup de anciennes recherches et scories.
Le concessionnaire du gîsement a déjà fait d'importants travaux
de recherche et reconnaissance d'une étendue approximative de:
a)
b)
Puits
Galeries et traverses
175m.
510 m.
c) Les travaux de nettoyage, réalisés par le concessionnaire, sonl
suffisants.
9.
Réserves
a) D'après 'les travaux de recherche et reconnaissance effectués
il est possible de déterminer comme réserves assurées quelques millions
de tonnes.
b) Les conditions topographiques locales et les caractéristiques
téctoniques du gîsement ne permettent pas d'effectuer, à court délai, de
rapides travaux miniers de recherche et de reconnaissance qui puissent
augmenter les réserves certaines. Nonobstant sont en projection divers
travaux pour cette finalité.
c) À cause de l'interstratiflcntlon des couches m8~nétltlquel avrc lei
- 13­
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Ichlltel chlorltlquel, de la structure tectonique, de l'étendue et de la conti­
nult6 de cettel couches, et de la genèse du gisement, les réserves proba­
blel et pOlllbles s'élèveront à des dizaines de millions de tonnes.
,. furm&' d'apetltc. Ce minéral llJ'lparart en Inclullonl dlnl la qUlrtl
lIIorU" IIU Individualisé.
.,1 C:u lOt HI sont sporadlquel
ct Re trouvent relpectlvement 10UI
tr~1 localement
t( ,.. ,.,.tlan IVt'I' des fIIons pegmatltlqucs ct hydrothermaux, avec lelquell on
.
" ' " 1111.1 rt'Inllllnner des éléments teIsque W, As, Pb et Zn quI peuvent
Il. c:hlh'lIpyrlte et de bismuth. \ls n'apparallsent que
10. Types de minerai
Il est possible de séparer le minerai en trois types en fonction de sa
rlrheltlc en magnétite:
•
,....'
tr.,
,
II) I.co Illufrc,
1
'1ilpe l,'
Magnétite
Minimum
Moyenne
Maximum
62
70
0/0 • On
le
danl la pyrite, ce qui est accidentel, et dans la chalcopyrite, ce qui
lit .porldltlllt" minMallx relationés avec le métamorphisme pneumatolytl­
qll.·hydrntermal.
%
Maximum
Moyenne
Minimum
46
38
la.
Observations optiques:
'1­
30
a) Magnétite
POURCF;NTAGES
Magnétite
Gangue
0/0
Tupe
44
47
50
0/ 0
Maximum
Moyenne
Minimum
Magnétite
0,Q10 mm.
Entre 0,Q10 mm. et
Entre 0,025 mm. et
Entre 0,150 mm. et
Entre 0,250 mm. et
Entre 0,500 mm. et
> 0,750 mm. ,
56
53
50
30
35
40
Maximum
Moyenne
Minimum
Ofo
70
65
60
Analyses chimiques
Selon les analyses chimiques réalisées, les unes partielles, les autres
l'ulllpl('lcll, on a constaté que:
li) Le Fer, esprimé en Fe, varie de 56,96 li 44,57 % . Esprimé en
(J.I·i'Bt Il varie de 78,71 à 61,58 0/0. Par le pourcentage de Fe. c'est un bon
,"lIll'ral de Fer.
h) Les pourcentages de Al, qui n'existent que dans les mineraux
"al1l(lIC8, sont fafbles et sans influence sur la qualité du minerai.
c) Les pourcentages de Ca, Mg, Mn et Ti, qui apparaissent dans les
1ll1l1l\rt1I1X I(Elngues. sont très faibles et également sans influence sur la
1111"1111\ du minerai.
ci) Cr, VII et Mo sont inexistants.
l') SIO. varie de 16 à 33 010.
f) Le phosphore, P, varie entre 0,02 et 0,5 % et ne se trouve que
14 ­
<
Gangue
0/0
Il.
Diamètre des crrstaux de magnètite
m,'
Minimum
Moyenne
Maximum
'.
Granulométrie du minerai
Tupe 1/:
Minimum
Moyenne
Maximum
.
Gangue
Ofo
54
.y.
S, sans loi d'apparition, varie de 0 % à 0,25
"
b)
0.025
0,150
0,250
0,500
0,750
mm.
mm.
mm.
mm.
mm.
En nombre
0,2
9,2
47,7
21A
17,7
2,9
0,9
en poids
0,01
5,4
28,5
30,2
23,0
12,9
Quartz et albite
Les cristaux de diamètre entre 0,020 m et 0,150 mm. prédominent.
Les cristaux de calibre entre 0,150 mm. et 0,200 mm. sont en quan­
tité relative.
c)
ChlOl°ite
Les cristaux de dimel'lsions comprises entre 0,010 mm, et 0,150 mm,
prédominent.
.
Ceux de calibre entre 0,150 mm. et 0.200 mm. sont en quantité
relative.
d)
Apatite
Les cristaux de diamètre compris entre 0,025 mm, et 0,075 mm.
prédominent.
Ceux de diamètre entre 0,008 mm. et 0,025 mm. sont en quantité
relative,
-
1~-
~r··
1
13. Choix du minerai
1
i
i
a) Il est possible d'enrichir le minerai par une simple concassage
et choix manuel.
b) La pyrite, la chalcopyrite, et le bismuth peuvent être évités du
moment qu'on ne tire pas les portion des couches servant de parois ou à
proximité de filons pegmatitiques et hydrothermaux qui traversent le
gisement.
,~
14. Fragmentation et mouture du minerai
a) Attendu que la structure et la granulométrie du minerai ne
varient pas avec la richesse en magnétite, comme le prouvent les investiga­
tions minero-petrographiques, tout le minerai doit être concentré d'une seule
et unique façon.
b) On doit utiliser, pour effectuer la concentration, une séparatrice
à pôles alternés d'un type approprié au minerai.
c) Une fois le minerai moulu au calibre inférier à 0,10 mm., et la
séparation magnétique effectuée par une machine convenable, on obtient
un concentré pratiquement pur, c'est-à-dire, avec une quantité de gangue
méprisable et.pratiquement exempt de P et de S.
~i~. "
16.
r
Agglutination des concentrés
Les concentrés devront être aglutinés pour des utilisations sidérurgi­
ques courantes.
1; J
"
:!,
17.
Utilisation des concentrés
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~'
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ai
Le minerai est très bon pour la sidérurgie.
Il a grand intérêt à mixtionner le minerai avec d'autres minerais
de basse valeur.
c) C'est un minerai dans lequel, après une concentration soignée, le
degré de pureté est tel que son emploi pour des utilisation spécifiques est à
conseiller.
b)
18. Diverses sugestions
a) Faire un étude soigné de détail de la struture géologique du
gisement et en tenir compte dans le plan d'exploitation.
b) Etablir le projet de plan d'exploitation en vue d'augmenter les
réserves certaines du gisement.
c) Ne pas tirer ou rejeter le minerai des parois ou proximité de filons
pegmatitiques ou hydrothermaux, vu qu'il est minéralisé par des sulfures.
a) Faire la reconnaissance et l'étude de ces filons pegmatitiques et
hydrothermaux, car ils peuvent venir, par la mineralisation; à offrir un
intérêt économique.
-
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r
16­
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