Adequação de indústria de engarrafamento e gaseificação de

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Adequação de indústria de engarrafamento e gaseificação de
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
FERNANDO CARLOS KRÜGER
VICTOR A. FRANCO DE CARVALHO
FERNANDO CARLOS KRÜGER
2
VICTOR ALEXANDRE FRANCO DE CARVALHO
ADEQUAÇÃO DE INDÚSTRIA DE ENGARRAFAMENTO E GASEIFICAÇÃO DE ÁGUAS
MINERAIS ÀS NORMAS REGULAMENTADORAS
Trabalho apresentado para obtenção do
titulo de Engenheiro de Segurança do
Trabalho à Universidade Estadual de
Ponta Grossa, na área de Pos Graduação
em
Engenharia
de
Segurança
do
Trabalho.
Orientador: Prof. Luiz Carlos Lavalle Filho
PONTA GROSSA - PARANÁ
2005
3
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
CURSO D E ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA
D E SEGURANÇA D O T RABALHO
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade Estadual de Ponta
Grossa para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do
Trabalho
Departamento de Engenharia Civil
ADEQUAÇÃO DE I NDÚSTRIA DE
ENGARRAFAMENTO E GASEIFICAÇÃO
NORMAS REGULAMENTADORAS
DE
ÁGUAS M INERAIS ÀS
FERNANDO CARLOS KRÜGER
VICTOR ALEXANDRE FRANCO
DE
CARVALHO
Prof. Carlos Luciano Sant’Ana Vargas, D. Eng.
Coordenador
BANCA EXAMINADORA
Prof. . Luiz Carlos Lavalle Filho, Esp.
Prof. Gerson Luiz Carneiro, Esp.
Prof. Flávia Andrea Modesto, M.Sc
Ponta Grossa 2005.
4
RESUMO
O presente trabalho apresenta o desenvolvimento da adequação às normas
regulamentadoras NR 4, NR 9, NR 15 e NR 17 do Ministério do Trabalho e do
Emprego em empresa de médio porte cuja atividade é a exploração mineral de
água na região de Cascavel -
PR, buscando
localizar
no
processo
de
engarrafame nt o quais são as confor midades e não confor mida des dos postos de
trabalho, objetivando melhorar o entendime nt o da aplicação das normas do
Ministério do Trabalho e do Emprego.
5
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade Estadual de Ponta Grossa para
obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho .............................3
Departa m e nt o de Engenharia Civil..............................................................................................................3
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................................................7
2. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................................................................8
3. OBJETIVO..................................................................................................................................................................8
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................................................................9
4.1 DOENÇAS PROFISSIONAIS.........................................................................................................................................10
4.2 SESMT....................................................................................................................................................11
SEGUNDO A NR 4 O SESMT ESTABELECE A OBRIGATORIEDADE DAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS QUE POSSUAM
EMPREGADOS REGIDOS PELA CLT (CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO) DE ORGANIZAREM E MANTEREM EM
FUNCIONAMENTO ESSE SERVIÇO DENTRO DA EMPRESA A FIM DE PROMOVER A SAÚDE E PROTEGER A INTEGRIDADE DO
TRABALHADOR NO LOCAL DE TRABALHO.
..........................................................................................................................11
54 COLABORADORES ENTRE ADMINISTRATIVO E DE PRODUÇÃO . N O QUADRO 01
DA NR 4 A CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS, O GRAU DE RISCO ASSOCIADO À ATIVIDADE É TRÊS,
CONFORME INDICA A TABELA 01. ....................................................................................................................................11
T ABELA 01: CLASSIFICAÇÃO N ACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS..............................................................................12
(ADAPTADA DE Q UADRO I – NR 4)..............................................................................................................................12
CÓDIGO .........................................................................................................................................................................12
ATIVIDADE....................................................................................................................................................................12
GRAU DE RISCO .............................................................................................................................................................12
15.9 ...............................................................................................................................................................12
FABRICAÇÃO DE BEBIDAS.................................................................................................................................................12
15.9- 6 ...........................................................................................................................................................12
ENGARRAFAMENTO E GASEIFICAÇÃO DE ÁGUAS MINERAIS....................................................................................................12
03 ..................................................................................................................................................................12
O QUADRO 02 DA NR 4 INDICA O DIMENSIONAMENTO DO SESMT CONFORME O NÚMERO DE COLABORADORES E O GRAU DE
RISCO QUE A ATIVIDADE ESTÁ SUJEITA. A TABELA 02 INDICA A ESPECIFICAÇÃO DO SESMT NA EMPRESA PESQUISADA.
........12
T ABELA 02: DIMENSIONAMENTO DO SESMT (ADAPTADA DE Q UADRO II – NR 4)........................................................12
GRAU DE RISCO .............................................................................................................................................................12
T ÉCNICOS......................................................................................................................................................................12
N0 DE EMPREGADOS .....................................................................................................................................................12
NO ESTABELECIMENTO ......................................................................................................................................................12
03 ..................................................................................................................................................................12
T ÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO ...........................................................................................................................12
ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO T RABALHO .....................................................................................................................12
AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO T RABALHO.......................................................................................................................12
ENFERMEIRO DO TRABALHO .............................................................................................................................................12
MÉDICO DO T RABALHO ..................................................................................................................................................12
51 A 100 ....................................................................................................................................................................12
00 ..................................................................................................................................................................12
O BSERVOU- SE QUE NA ANÁLISE DA ATIVIDADE ECONÔMICA E DA GRADAÇÃO DE RISCO ASSOCIADO À EMPRESA, NÃO É
NECESSÁRIO A PRESENÇA DE PROFISSIONAIS TÉCNICOS NO ESTABELECIMENTO. ........................................................................12
4.3 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA) .................................................13
4.3.1 Riscos Biológicos .....................................................................................................................................13
4.3.2 Riscos Químicos .....................................................................................................................................15
SEGUNDO A FIOCRUZ, RISCO QUÍMICO É O PERIGO A QUE DETERMINADO INDIVÍDUO ESTÁ EXPOSTO AO MANIPULAR PRODUTOS
QUÍMICOS QUE PODEM CAUSAR-LHE DANOS FÍSICOS OU PREJUDICAR-LHE A SAÚDE. OS DANOS FÍSICOS RELACIONADOS À
EXPOSIÇÃO QUÍMICA INCLUEM, DESDE IRRITAÇÃO NA PELE E OLHOS, PASSANDO POR QUEIMADURAS LEVES, INDO ATÉ AQUELES DE
MAIOR SEVERIDADE, CAUSADO POR INCÊNDIO OU EXPLOSÃO. OS DANOS À SAÚDE PODEM ADVIR DE EXPOSIÇÃO DE CURTA E/OU
LONGA DURAÇÃO, RELACIONADAS AO CONTATO DE PRODUTOS QUÍMICOS TÓXICOS COM A PELE E OLHOS, BEM COMO A INALAÇÃO
DE SEUS VAPORES, RESULTANDO EM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS, DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO, DOENÇAS NOS RINS E
FÍGADO, E ATÉ MESMO ALGUNS TIPOS DE CÂNCER. ..............................................................................................................15
A
EMPRESA PESQUISADA , POSSUI O TOTAL DE
6
NOVAMENTE,
A ANÁLISE DOS RISCOS QUÍMICOS FOI BASEADA NA IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE, POIS NÃO SE OBTEVE INFORMAÇÕES
DE ANÁLISE QUANTITATIVA QUE ASSEGURA OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS MANIPULADAS PELOS
COLABORADORES DA EMPRESA. .........................................................................................................................................15
PROCUROU - SE OBSERVAR QUE TIPO DE AGENTE QUÍMICO A EMPRESA UTILIZA EM SEU PROCESSO DE LAVAGEM DOS GALÕES DE 20
LITROS PRINCIPALMENTE. SENDO ASSIM, OS PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NO PROCESSO DE ENVASE SÃO APRESENTADOS NA
TABELA 03. TODOS OS PRODUTOS QUÍMICOS ENCONTRADOS NA EMPRESA SÃO DE UM ÚNICO FORNECEDOR, COM REGISTRO NA
ANVISA/MS SOB O NUMERO 3.01.546 - 9 E NA ESTÃO DISPONÍVEIS APENAS PARA CONSUMIDORES INDUSTRIAIS. .............15
4.3.3 Riscos Físicos...........................................................................................................................................17
4.4 RISCOS ERGONÔMICOS.....................................................................................................................18
5. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA................................................................................................................20
5.1 SETOR ADMINISTRATIVO..................................................................................................................20
5.2 SETOR DE PRODUÇÃO.......................................................................................................................21
5.2.1 Envase de recipientes de 20 Litros ...................................................................................................22
5.2.2 Envase de pets de 0,5 litros e 1,5 litros ..........................................................................................22
5.3 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS...........................................................................................................24
5.3.1 Processo de envase para pets de 1,5 litros e 0,5 litros ..............................................................24
5.3.2 Processo de envase para recipientes de 20 litros ........................................................................27
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................................................................32
6.1. TABELAS DE RESULTADOS...............................................................................................................32
6.2. DISCUSSÃO..........................................................................................................................................38
7. MÉTODO DE PESQUISA ADOTADO .............................................................................................................39
8. REFERÊNCIAS........................................................................................................................................................40
9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .......................................................................................................................40
WWW. MTE. GOV.BR, ACESSO EM
20
WWW. FIOCRUZ .ORG . BR, ACESSO EM
DE SETEMBRO
21
2005; ...................................................................................................40
2005; ........................................................................................40
DE SETEMBRO DE
10. ANEXOS................................................................................................................................................................42
ANEXO 03 ESPECIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS............................................................................44
ANEXO 04 - LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................................................44
7
1. INTRODUÇÃO
O estudo tem por finalidade analisar, através da observação, documentos e
entrevistas, os riscos ambientais nos setores administrativos e de produção em
empresa na cidade de Cascavel – PR.
A
implantação
da
legislação
que
regulamenta
a
segurança
dos
trabalhadores em uma empresa, seja qual for o tamanho desta, requer um
minucioso estudo da empresa. Todo o processo deve seguir passos definidos
em legislação própria e deve conter os elementos necessários para sua correta
instalação e funcionamento.
Acompanhou- se a instalação do SESMT (Serviço Especializado
em
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) na empresa Estação de Águas
Vale das Araucárias Ltda.
Através de visita na empresa, identificou- se os problemas de forma
qualitativa em conversa com os colaboradores e com a observação in - loco das
atividades laborais desenvolvidas.
Identificou- se através das medidas quantitativas, as leituras realizadas
nos postos de trabalho com os instrumentos decibelímetro, trena e Luxímetro.
Nesta fase do processo, não nos concentramos nas normas de produção
e sim no trabalhador da linha, quais as conseqüências e meios para que este
tenha uma melhor qualidade de vida durante o seu período laboral.
8
2. JUSTIFICATIVA
Analisar os setores administrativos e de produção da empresa no
contexto da legislação, indicando a forma de melhorar a aplicação das normas
regulamentadoras, e numa visão mais ampla melhorar a qualidade do produto
oferecido no mercado, utilizando essas bases para uma futura certificação ISSO
9000 e 14000 da empresa, certificação esta que não é o foco para o presente
estudo de postos de trabalho.
3. OBJETIVO
Realizar o acompanhamento de adequação da empresa às normas
regulamentadoras do Ministério do Trabalho e do Emprego, NR 4 (Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT),
NR 9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), NR 15 (Atividades e
Operações Insalubres) e NR 17 (Ergonomia), concorrendo para melhoria das
condições de vida dos colaboradores, assim como a garantia de melhor
qualidade do produto final.
9
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo a NR- 4 (MTE, 1992), todas as empresas privadas ou publicas, os
órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativos e
Judiciários, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) devem manter, obrigatoriamente, serviços especializados em
engenharia de segurança e em medicina do trabalho (SESMT), com a finalidade
de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de
trabalho.
Sendo assim, a empresa pesquisada se enquadra no disposto da
referida lei.
Considerando o que prevê o item 4.2 da mesma NR, o dimensionamento
do SESMT está vinculado á graduação de risco da atividade principal da empresa
e ao numero total de empregados no estabelecimento constantes do quadro II
anexo, e observadas as exceções previstas pela NR.
A empresa citada não necessita de profissional de segurança do trabalho
em seu quadro funcional, pois conta com 54 (cinqüenta e quatro) empregados
efetivos em seus quadros funcionais, isto na época do inicio dos levantamentos.
Porém no quadro I da NR- 5, necessita de 02 (dois) representantes do
empregador, e 02 (dois) representantes dos empregados, conforme Quadro I da
NR- 5 anexo, para compor a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes),
suprindo o que determina a legislação que regulamenta os serviços de
Engenharia e Segurança no trabalho.
10
Considerando o histórico da empresa, a obrigatoriedade da contratação
de um profissional de SESMT não acontecerá tão logo, pois nos poucos anos de
existência da empresa, a variação do numero de empregados foi muito pequena,
porém nada a impede de contratar os serviços terceirizados destes profissionais.
Caso queiramos fazer uma programação, a empresa teria que dobrar de tamanho
para a primeira contratação prevista por lei, o que é limitado pela demanda de
consumo, que deveria crescer em 90% (noventa por cento) aproximadamente, e
este fato não está previsto para a década de 2010.
4.1 Doenças Profissionais
Os colaboradores de uma empresa estão expostos a diversos fatores que
podem
causar algum
genericamente
tipo
definida:
de doença profissional, que pode assim
“São
doenças
causadas
por,
ser
diretamente
relacionadas com o trabalho, sendo a ele inerentes ” (MTE – 2005). Sendo que
os fatores que devem ser observados para que realmente um agente agressivo
cause dano a saúde do trabalhador está abaixo elencados.
- Grau de concentração: quanto maior a concentração do agente no ar,
maior será a probabilidade de contaminação;
- Tempo de exposição: é o tempo em que o trabalhador fica em contato
com o agente contaminante;
- Via de Penetração: forma de atingir o organismo do trabalhador
exposto, pode ser via digestiva, respiratória ou cutânea;
- Sensibilidade individual: cada individuo é diferente do outro, sendo
mais ou menos sensível ao agente;
11
- Agressividade do agente: fator a ser considerado, dependerá de quanto
o agente é agressivo.
Para que tenhamos efetivo combate aos seus efeitos, podemos utilizarnos das seguintes medidas preventivas:
•
Exames médicos periódicos;
•
Uso de EPIs e EPCs;
•
Limitação dos tempos de exposição;
•
Controle ambiental através de aparelhagem, métodos técnicos;
•
Treinamento constante de pessoal.
4.2 SESMT
Segundo a NR 4 o SESMT estabelece a obrigatoriedade das empresas
públicas e privadas que possuam empregados regidos pela CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho) de organizarem e manterem em funcionamento esse
serviço dentro da empresa a fim de promover a saúde e proteger a integridade
do trabalhador no local de trabalho.
A empresa pesquisada, possui o total de 54 colaboradores entre
administrativo e de produção. No quadro 01 da NR 4 a classificação nacional de
atividades econômicas, o grau de risco associado à atividade é três, conforme
indica a tabela 01.
12
Tabela 01: Classificação Nacional de Atividades Econômicas
(Adaptada de Quadro I – NR 4)
Código
Atividade
Grau de Risco
15.9
Fabricação de bebidas
15.9- 6
Engarrafamento e gaseificação de águas minerais
03
O quadro 02 da NR 4 indica o dimensionamento do SESMT conforme o
número de colaboradores e o grau de risco que a atividade está sujeita. A tabela
02 indica a especificação do SESMT na empresa pesquisada.
Tabela 02: Dimensionamento do SESMT (Adaptada de Quadro II – NR 4)
Grau de Risco
Técnicos
N0 de Empregados
no estabelecimento
51 a 100
03
Técnico de segurança do trabalho
Engenheiro de segurança do Trabalho
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho
Enfermeiro do trabalho
00
Médico do Trabalho
Observou- se que na análise da atividade econômica e da gradação de
risco associado à empresa, não é necessário a presença de profissionais técnicos
no estabelecimento.
13
4.3 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA)
Segundo a NR 09 (MTE, 1990) o PPRA tem como objetivo cumprir a
legislação vigente, visando a preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores através da antecipação e controle da ocorrência de riscos
ambientais existentes no ambiente de trabalho.
Implantação de sistema gerencial de higiene do trabalho, objetivando a
prevenção e o controle de não conformidades que ofereçam riscos a acidentes
críticos, ou prejuízos à saúde.
O PPRA visa a implantação das medidas de controle e avaliação de sua
eficácia no ambiente de trabalho planejadas e implantadas de conformidade com
o quadro de planejamento anual e estabelecimento de metas, prioridades e
cronogramas. O planejamento contém as estratégias e metodologias de ação.
Nos anexos, apresenta- se um exemplo de planilha de levantamento de
dados para ser preenchido nos postos de trabalho. Ressalta- se a importância do
levantamento e a observação do responsável pelo levantamento, pois o trabalho
de escritório é baseado nos dados levantados no local.
A seguir apresenta- se a definição dos riscos ambientais presentes na
empresa pesquisada.
4.3.1 Riscos Biológicos
14
Segundo a NR 32, considera- se risco biológico a probabilidade da
exposição ocupacional a agentes biológicos, sendo esses, microorganismos
geneticamente modificados ou não, as culturas de células, os parasitas, as
toxinas e os príons.
TEIXEIRA e VALLE (2003) afirmam que as características peculiares dos
agentes
microbiológicos,
dentre
os
quais
se
destacam
os
graus
de
patogenicidade, o poder de invasão, a resistência a processos de esterilização, a
virulência e a capacidade mutagênica tornam o risco biológico de grande
relevância na quantificação da agressividade do agente.
Apesar da relevância quantitativa dos agentes biológicos o anexo 14 da
NR 15 cita apenas a relação das atividades que os envolve, cuja insalubridade é
caracterizada pela avaliação qualitativa. O mesmo anexo apresenta uma lista de
atividades que potencialmente expõem os trabalhadores à ação nociva de
microorganismos (fungos, bactérias, vírus e outros), agrupados pelo grau de
risco médio ou máximo.
Visto que a insalubridade por agentes biológicos apresenta uma situação
onde é difícil estabelecer critérios quantitativos, procurou- se identificar na
empresa, qual a fase do processo de envase das garrafas de 20 litros
principalmente, caracteriza a presença do agente biológico.
15
4.3.2 Riscos Químicos
Segundo a FIOCRUZ, risco químico é o perigo a que determinado
indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que podem causar- lhe
danos físicos ou prejudicar- lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à
exposição química incluem, desde irritação na pele e olhos, passando por
queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio
ou explosão. Os danos à saúde podem advir de exposição de curta e/ou longa
duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e
olhos,
bem como
a inalação de seus vapores, resultando
em doenças
respiratórias crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e
até mesmo alguns tipos de câncer.
Novamente, a análise dos riscos químicos foi baseada na identificação do
agente, pois não se obteve informações de análise quantitativa que assegura os
limites de exposição das substâncias químicas manipuladas pelos colaboradores
da empresa.
Procurou- se observar que tipo de agente químico a empresa utiliza em
seu processo de lavagem dos galões de 20 litros principalmente. Sendo assim,
os produtos químicos utilizados no processo de envase são apresentados na
tabela 03.
Todos os produtos químicos encontrados na empresa são de um
único fornecedor, com registro na ANVISA/MS sob o numero 3.01.546- 9 e na
estão disponíveis apenas para consumidores industriais.
16
Tabela 03: Produtos químicos utilizados na indústria
Nome Comercial
Composição
Concentraçã
o
Embalage
Uso
m
Ácidos
graxos,
KALYMIX SE
Tensoativos
De 0,6%
não- ionicos,
a
Seqüestrastes
Lubrificante de
50 L
1,5% em água
0,05%
paracético,
KALYCLEAN S380
Peróxido
hidrogênio
transportadora
s
e Tensoativos
aniônicos
Acido
esteiras
de
e
a
0,15%
20 L
Sanitizante
ácido, líquido.
Acido acético
Hidróxido de
sódio,
Gluonato
KALYCLEAN C250
sódio,
de
Ácido
Detergente
1,25%
50 L
amino
fosfônico
caustico,
liquido.
e
Água
Hidróxido de
sódio,
KALYCLEAN C220
silicatos,
seqüestrastes
e Hipoclorito
de sódio
Detergente
3,0% a 10,0%
50 L
alcalino
clorado
17
Os produtos apresentados na tabela 03, seguem as recomendações de
segurança do fabricante, como o uso de luvas, óculos de proteção e avental. As
recomendações de primeiros socorros são:
Lavar as partes atingidas com água corrente por quinze minutos;
1. Não provocar vômitos;
2. Buscar o posto de atendimento médico mais próximo levando o rotulo
do produto.
Foi encontrado o risco de contaminação por agentes químicos no
momento da escovação dos galões, pois numa das fases do processo de limpeza
utiliza- se de soda caustica em baixa concentração, fato este recomendado pela
ANVISA, para eliminação de agentes patogênicos que possam vir agregados aos
recipientes retornáveis.
4.3.3 Riscos Físicos
Pode- se definir riscos físicos como sendo as diversas formas de energia a
que os trabalhadores estão expostos no seu ambiente de trabalho.
Risco ao
calor, risco ao frio, risco às radiações ionizantes ou não ionizantes, risco a
pressões anormais, risco ao ultra- som e ao infra- som e o risco a vibrações.
18
A NR 15 dispõe sobre o limite de tolerância como sendo a concentração
ou a intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de
exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante a
sua vida laboral.
A mesma norma estabelece em seus anexos, dois tipos de critérios para
caracterização da insalubridade: quantitativos e qualitativos.
No
critério
quantitativo
a
insalubridade
é
verificada
quando
a
concentração do agente de risco encontra- se acima dos limites de tolerância. Os
agentes físicos constantes nesse critério são os ruídos contínuo, intermitente e
impacto; o calor; as radiações ionizantes, com base nos limites de tolerância
estabelecidos pela norma CNEN- NE- 30.1e as vibrações.
No critério qualitativo a insalubridade
é caracterizada por avaliação
pericial da exposição ao risco, pela inspeção da situação de trabalho.
Assim
sendo os agentes físicos é o trabalho sob condições hiperbáricas, radiações não
ionizantes, frio e umidade excessiva.
Conforme a NR- 15 ANEXO No 10 UMIDADE 01. As atividades ou operações
executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos a saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres
em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
4.4 RISCOS ERGONÔMICOS
19
Segundo ARAUJO (2003),
a ergonomia é a ciência que estuda a
adaptação do ser humano ao trabalho procurando adaptar as condições de
trabalho às características físicas e limitações individuais do ser humano.
O estudo na empresa, procurou identificar nos locais de trabalho, as
situações em que os colaboradores se comportavam ergonomicamente diante
das tarefas executadas.
ARAUJO, 2003 afirma que
as pessoas são diferentes em altura,
estruturas ósseas e musculares, algumas são mais fortes e com capacidade
diferenciada para suportar o stress físico e mental.
Estes fatos básicos não
podem ser alterados e devem ser utilizados como base para o planejamento das
condições de trabalho.
20
5. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
Situada na zona rural do município de Cascavel, a 25 km do perímetro
urbano.
Atualmente possui 54 colaboradores e grau de risco 03, segundo a CNAE
(Classificação Nacional de Atividade Econômica) conforme relacionado no Quadro
I da NR- 4
Sua capacidade de envase é de 70.000 (setenta mil) litros por dia, porém
está operando atualmente com a capacidade de 35.000 (trinta e cinco mil) litros
por dia.
Além da comercialização própria, conta ainda com mais três
distribuidores, sendo um na cidade de Cuiabá- MT.
O prédio
principal
possui
dependências
que
abrigam
os setores
administrativo e de produção.
A seguir descreveremos os setores bem como suas funções.
5.1 SETOR ADMINISTRATIVO
O setor administrativo é composto pela recepção, financeiro, gerência,
vendas, manutenção e depósito.
•
Recepção – Com a função de recepção dos clientes, fornecedores e
visitantes, contém uma mesa de escriturário com equipamentos de
informática;
21
•
Financeiro – Tem como função controlar as finanças da empresa,
contém duas mesas de escriturário com equipamentos de informática;
•
Gerência – Tem como função o gerenciamento da empresa, contem
uma mesa de escritório, equipamentos de informática.
•
Venda -
Tem como função vender os produtos da empresas, contém
uma mesa de escriturário com equipamentos de informática;
•
Manutenção – Tem como função atender os setores administrativo e
de produção, contém ferramentas elétricas de bancada e ferramentas
manuais;
•
Depósito – Tem como função estocar o produto final para sua
distribuição, possui um elevador de carga.
Foto 01 – Departamento
Financeiro – fonte: os
autores
5.2 SETOR DE PRODUÇÃO
22
O setor de produção ocupa a maior parte do prédio, sendo que neste
setor, tem- se um maior número de postos de trabalho, sendo apresentados dois
processos para duas linhas de produção. Contém uma linha de produção para
envase de garrafas de 20 litros, e outra linha para envase de pets com
capacidade de 0,5 litro e 1,5 litro
5.2.1 Envase de recipientes de 20 Litros
A linha de produção para envase de 20 litros apresenta os setores de
recepção, pré- lavagem, envase, embalagem e expedição.
•
Recepção – Local destinado à descarga e depósito de galões
retornáveis com capacidade de 20 litros;
•
Pré- lavagem – Anexado à recepção, é composto por uma máquina
para escovação interna e externa dos recipientes;
•
Envase – Processo mais completo na linha de produção, compõe- se
de acoplamento na máquina, lavagem, carregamento, fechamento,
controle de qualidade;
•
Embalagem – Processo de colocação do logotipo da empresa;
•
Expedição – Processo de retirada do galão da linha de produção,
pode ter destino de carga em transporte ou depósito.
5.2.2 Envase de pets de 0,5 litros e 1,5 litros
23
A linha de produção para envase de pets de 0,5 litros e 1,5 litros
compõe- se de recepção
das
embalagens
novas,
aquecimento
e molde,
estampagem, elevação da carga, envase, embalagem e expedição.
•
Recepção – As embalagens de 0,5 litros e de 1,5 litros são
compradas em tamanho reduzido e são fabricadas por processo de
injeção de plástico, chegando à empresa preparadas para o
processo de sopro a quente, também conhecidas como pré- forma
ou pet.
•
Aquecimento e molde – Processo realizado por máquina semiautomática de aquecimento e sopro das pré- formas.
•
Estampagem – Processo realizado por máquina semi- automática de
inserção da logomarca da empresa.
•
Elevação das embalagens – Processo realizado por elevador montacargas para deslocamento até processo de envase.
•
Envase – Processo mais completo na linha de produção, Compõe- se
de
acoplamento
em
máquina
automática
de
lavagem,
carregamento, sendo o fechamento e controle de qualidade,
realizados por operadores;
•
Embalagem – Processo realizado por máquina automática para
embalagens de 6 para garrafas de 1,5 litro e 12 garrafas de 0,5
litros;
•
Expedição – Processo de retirada do galão da linha de produção,
pode ter destino de carga em caminhão ou o depósito.
24
5.3 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS
A seguir descreveremos os processos de envase para pets de 1,5 litros,
0,5 litros e de 20 litros.
5.3.1 Processo de envase para pets de 1,5 litros e 0,5 litros
O processo para garrafas de 1,5 litros e 0,5 litro é iniciado com a
desembalagem das pré- formas injetadas, e posicionadas num molde na máquina
de sopro por ar comprimido, após passarem pelo aquecimento prévio, sendo
então retirada pelo funcionário responsável.
O processo de sopro realizado pela máquina é semi- automático, pois o
funcionário deve acomodar os pets na esteira, fazendo uma análise prévia da
qualidade destas e então posicioná- las na máquina para então aquecerem. Após
o processo de aquecimento o funcionário observa à chegada ao molde e então
aciona o sopro, tornando pequena pré- forma numa garrafa de 0,5 litros ou 1,5
litros. A foto 02 mostra o momento do posicionamento dos pets no molde.
25
Foto 02 –
Soprador para
garrafas de 1,5
litros – fonte: os autores
A seqüência das embalagens é a elevação, através de um elevador monta
cargas para o piso superior, conforme mostra a foto 03.
Foto 03 – Elevador de Carga – fonte: os autores
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No processo de envase os pets são posicionados através de esteira por
um funcionário até a entrada do equipamento que lava, envasa e tampa num
processo totalmente automático, reduzindo a possibilidade de contaminação,
conforme mostra a foto 04, retirada através do painel vidro que isola o ambiente.
Foto 04 – Envase dos pets de 1,5 litros e 0,5 litros – fonte: os autores
Após o processo de envase da água, os pets seguem na esteira para
verificação visual, através de contraste de luz, a possibilidade de haver alguma
impureza que impeça a liberação da embalagem. Na seqüência dessa inspeção
as garrafas são posicionadas na forma de embalagens de 6 unidades para as de
1,5 litros e de 12 unidades para as de 0,5 litros. As fotos 05 e 06 mostram a
verificação visual do controle de qualidade e a embalagem.
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Foto 05 - Controle
de qualidade por
contraste de luz –
fonte: os autores
Foto 06 – Embalagem de garrafas de 0,5 litros e 1,5 litros – fonte: os autores
5.3.2 Processo de envase para recipientes de 20 litros
28
As embalagens de 20 litros que são comercializadas são retornáveis,
então o processo de qualidade na preparação da embalagem diferencia- se do
outro já na recepção dos galões a serem utilizados.
No processo para galões de 20 litros, essas são recolhidas pela empresa e
antes do processo da lavagem passam por classificação e limpeza por escovação
e banho de produto químico a base de soda cáustica e sabões, retirando
sujidades e materiais biológicos.
A foto 07 mostra o local de recepção das
garrafas e o equipamento de processo para pré- limpeza química e biológica.
Foto 07 – Recepção e pré- lavagem das garrafas de 20 litros – fonte: os autores
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Após o processo de pré- lavagem as garrafas são elevadas para o piso
superior da empresa, onde são inspecionadas visualmente a fim de se evitar o
envase de embalagens com algum defeito de formato. Após passar pelo controle
visual as garrafas são analisadas por um funcionário que as classifica quanto ao
odor, pois através deste pode- se saber se ainda contém resíduos cáusticos ou
ácidos. O funcionário que seleciona as garrafas pelo odor também é responsável
pelo posicionamento das garrafas no equipamento de lavagem. As fotos 08 e 09
mostram respectivamente o controle de formato das garrafas e a classificação e
inserção no equipamento de lavagem e envase.
Foto 08 – Controle de formato das garrafas de 20 litros – fonte: os autores
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Foto 09 – Inserção de
garrafas de 20 litros no
equipamento de lavagem – fonte: os autores
O processo seguinte segue a mesmo controle das garrafas de 1,5 litros,
pois o equipamento de lavagem e envase é totalmente automático, não
permitindo a presença dos colaboradores no local. A foto 10, mostra o controle
de qualidade realizado por um funcionário, indicando a presença de algum sólido
dentro das garrafas, através de contraste luminoso.
Foto 10 – Controle de
qualidade por contraste luminoso – fonte: os autores
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Após o controle de qualidade as garrafas seguem na mesma esteira para
a embalagem em sacos de plástico e na seqüência, são levadas para o estoque
ou diretamente para o carregamento no caminhão, conforme fotos 11 e 12.
Foto 11 – Embalagem de garrafas de 20 litros – fonte: os autores
Foto 12 – Despacho
de garrafas de 20 litros – fonte: os autores
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
6.1. TABELAS DE RESULTADOS
As tabelas 04, 05 e 06 apresentam a avaliação qualitativa dos agentes de risco encontrados por setor.
TABELA 04: Análise qualitativa dos riscos ambientais e ergonômicos do setor administrativo
Riscos Envolvidos
Local
‘
Químico
Biológico
Ergonômico
ACIDENTES
1.Radiação não
ionizante da tela
do computador
1. Fungos e
1. Dores musculares
1. Choque com
2.Ruído abaixo
1. Não
bactérias do
Recepção
provocadas pela
mobiliário,
do nível de
existe
ar
postura
2. Escorregões;
tolerância
condicionado
3. Iluminação
adequada
1.Radiação não
ionizante da tela
1. Choque com
do computador
1. Fungos e
mobiliário,
1. Dores musculares
2. Ruído abaixo
1. Não
bactérias do
2. Escorregões
Financeiro
provocadas pela
do nível de
existe
ar
3. Lesões por
postura
tolerância
condicionado
ferramentas de
3. Iluminação
expediente
adequada
33
Gerência
Vendas
1.Radiação não
ionizante da tela
do computador
2. Ruído abaixo
do nível de
tolerância
3. Iluminação
adequada
1.Radiação não
ionizante da tela
do computador
2. Ruído abaixo
do nível de
tolerância
3. Iluminação
adequada
1. Não
existe
1. Fungos e
bactérias do
ar
condicionado
1. Dores musculares
provocadas pela
postura
1. Choque com
mobiliário,
2. Escorregões
3. Lesões por
ferramentas de
expediente
1. Não
existe
1. Fungos e
bactérias do
ar
condicionado
1. Dores musculares
provocadas pela
postura
1. Choque com
mobiliário,
2. Escorregões
Manutenção
1. Ruído abaixo
do nível de
tolerância
2. Iluminação
adequada
1. Não
existe
1. Não existe
1. Dores musculares
provocadas pela
postura
Depósito
1. Ruído abaixo
do nível de
tolerância
2. Iluminação
adequada
1. Não
existe
1. Não existe
1. Dores musculares
provocadas pela
postura
1. Ferramental
perfuro cortante,
2. Projeção de
partículas por solda
ou esmeril,
3. Projeção de
partículas por
ferramentas elétricas
1. Choque com
mobiliário,
2. Escorregões
3. Lesões por
ferramentas de
expediente
Tabela 05: Análise qualitativa dos riscos ambientais e ergonômicos do setor de produção no envase de garrafas de 20
litros
Riscos Envolvidos
Local
Físico
Químico
Biológico
Ergonômico
ACIDENTES
1. Ruído
1.
1. Escorregões por
abaixo do
1.
Possibilidad 1. Dores musculares presença de
nível de
Possibilidade
Recepção e
e da
provocadas pelo
umidade,
tolerância
da existência
pré- lavagem
existência
movimento
2. projeção de
2. Iluminação
de agentes
de agentes
contínuo postural
partículas na
adequada
nas garrafas
nas garrafas
escovação
Envase
1. Ruído
abaixo do
nível de
tolerância
2. Iluminação
adequada
Embalagem
1. Ruído
abaixo do
nível de
tolerância
2. Iluminação
adequada
1. Não existe
1. Não existe
1. Não
existe
1. Não
existe
1. Dores musculares
provocadas pelo
movimento
contínuo.
2. Dores
musculares
provocadas pela
postura.
1. Dores musculares
provocadas pelo
movimento
contínuo.
2. Dores
musculares
provocadas pela
postura.
1. Pinçamento de
membros;
2. escorregões por
presença de
umidade,
1. Pinçamento de
membros;
2. escorregões por
presença de
umidade
35
Expedição
1. Ruído
abaixo do
nível de
tolerância
2. Iluminação
adequada
1. Não existe
1. Não
existe
1. Dores musculares
provocadas pelo
movimento
contínuo.
2. Dores
musculares
provocadas pela
postura
1. Pinçamento de
membros;
2. escorregões por
presença de
umidade
Tabela 06: Análise qualitativa dos riscos ambientais e ergonômicos do setor de produção no envase de garrafas de 0,5
litro e 1,5 litro
Riscos Envolvidos
Local
Físico
Químico
Biológico
Ergonômico
ACIDENTES
1. Ruído abaixo
do nível de
1. escorregões por
1. Não
1. Não
Recepção
tolerância
1. Cansaço físico
presença de
existe
existe
2. Iluminação
umidade
adequada
1. Ruído abaixo
1. Pinçamento de
do nível de
membros;
Aquecimento e
1. Não
1. Não
1. Não existe
tolerância
2. escorregões por
molde
existe
existe
2. Iluminação
presença de
adequada
umidade
1. Ruído abaixo
1. Pinçamento de
do nível de
membros;
1. Não
1. Não
Estampagem
tolerância
1. Cansaço físico
2. escorregões por
existe
existe
2. Iluminação
presença de
adequada
umidade
1. Ruído abaixo
1. Dores
1. Choque com as
do nível de
musculares
1. Não
1. Não
proteções de
Elevação
tolerância
provocadas pela
existe
existe
elevador,
2. Iluminação
postura
adequada
1. Ruído abaixo
1. Dores
do nível de
musculares
1. escorregões por
1. Não
1. Não
Envase
tolerância
provocadas pela
presença de
existe
existe
2. Iluminação
postura
umidade
adequada
37
Embalagem
Expedição
1. Ruído abaixo
do nível de
tolerância
2. Iluminação
adequada
1. Ruído abaixo
do nível de
tolerância
2. Iluminação
adequada
1. Não
existe
1. Não
existe
1. Não
existe
1. Não
existe
1. Dores
musculares
provocadas pela
postura
1. Dores
musculares
provocadas pela
postura
1. escorregões por
presença de
umidade
1. Prensamento de
membros;
2. escorregões por
presença de
umidade
6.2. DISCUSSÃO
A complexidade de observações as serem feitas numa empresa de
exploração de águas minerais nos imputa a necessidade de colaborar com
apenas com uma pequena parte do processo, com a certeza de que só um
estudo amplo e a evolução anual do programas de riscos e de gestão levarão
empregadores e colaboradores a harmonia da relação capital- trabalho.
Para as funções aqui especificadas, temos como orientação a rotatividade
de postos de serviço, ginástica laboral ao inicio e final de turno de serviço,
adequação do mobiliário no posto de controle por contraste de luz.
Por tudo que foi exposto, tivemos por experiência que o processo de
implantação de um sistema de segurança ao trabalhador é bastante complexo,
para tanto, a vivencia dentro da empresa, o contato direto e constante com o
operador da linha de produção, o acompanhamento por profissional de saúde,
não por visitas periódicas e sim em contato mais intimo com a pessoa que
produz, nos coloca a par dos processo do dia a dia deste operador.
O desenvolvimento de um SESMT dentro de uma empresa como esta em
questão, passa por um processo de troca de experiências, onde o funcionário irá
mostrar qual é os seus movimentos para que o pesquisador possa desenvolver
um processo no qual o colaborador tenha uma maior comodidade de trabalho e
treinamento e orientações para que os acidentes de serviço sejam minimizados
durante toda a fase produtiva da empresa.
39
7. MÉTODO DE PESQUISA ADOTADO
A pesquisa se baseou em análise qualitativa dos setores da empresa e
instalações
com
descrições
destas,
acompanhamento
aos
colaboradores,
adequação de setores para receber a implementação da CIPA, instrução teórica e
prática (treinamentos) das atividades desenvolvidas pelos colaboradores da CIPA.
Utilizou- se o documento PPRA fornecido pela empresa contratada para
implantação do SESMT com as informações dos equipamentos disponibilizados
para as leituras de dimensões das áreas e postos de trabalho (trenas), nível de
iluminamento (luxímetro) e nível de ruído incidente nos postos de trabalho
(decibelímetro), conforme o anexo 03.
Buscou- se, acompanhar as atividades
laborais durante a jornada de trabalho dentro de cada setor identificando
possíveis fontes de problemas ergonômicos durante as atividades.
Com os dados levantados pelos aparelhos, buscamos saber se nos
ambientes aos quais estes representam, qual é a necessidade de adequações
conforme a legislação indicada pelas NRs e em escritório as avaliações assim
como buscar as possíveis alternativas para as correções necessárias.
8. REFERÊNCIAS
ATLAS. Segurança e medicina do trabalho, manuais de legislação Atlas. 29ª
edição. Atlas. São Paulo SP 1995.
BRASIL. Senado Federal Lei nº. 5.514 de 22 de dezembro de 1977 . Altera o
Capitulo V do titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à
Segurança e Medicina do Trabalho
BRASIL. Ministério do Trabalho
Portaria nº. 3.214 de 08 de junho de 1978 .
Aprova as Normas Regulamentadoras – NR – do Capitulo V do titulo II da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do
Trabalho
FILHO, EDGARD D. Programa 5 minutos diários de segurança, saúde
ocupacional e meio ambiente , 3ª ed. Belo Horizonte MG. Ergo. 1999. 276
p.
PISA, FABIO DE TOLEDO. Conhecendo e eliminando riscos no trabalho
campanha da indústria para prevenção de acidentes no trabalho . Sistema
CNI, São Paulo SP, 106 p.
9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
www.mte.gov.br , acesso em 20 de setembro 2005;
www.fiocruz.org.br , acesso em 21 de setembro de 2005;
41
1 0. ANEXOS
ANEXO 01- NÍVEL DE ILUMINAMENTO
: Medição do nível de iluminamento
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ANEXO 02 – NÍVEL DE PRESSÃO SONORA
: Medição do nível de ruído
ANEXO 03 ESPECIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS
A Tabela 07 mostra a especificação dos instrumentos utilizados para análise
Tabela 07: Especificação dos instrumentos utilizados
Equipamento:
Marca:
Modelo:
Número de série:
Luxímetro digital
ICEL
LD 500
A716.017
Decibelímetro digital
MINIPA
MSL 1351
DD.531C00201
ANEXO 04 - LISTA DE ABREVIATURAS
ABREVIATURA
CIPA
NRs
SESMT
ISO
SIGNIFICADO
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Normas Regulamenta d or as
Serviços Especializados de Engenharia e Medicina do trabalho
Marca registrada da International Organization for Standartiza tion, sediada na Suíça, sistema internacional integrado de pa dronização e metodologia de produção com qualidade

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