Adequação de indústria de engarrafamento e gaseificação de
Transcription
Adequação de indústria de engarrafamento e gaseificação de
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL FERNANDO CARLOS KRÜGER VICTOR A. FRANCO DE CARVALHO FERNANDO CARLOS KRÜGER 2 VICTOR ALEXANDRE FRANCO DE CARVALHO ADEQUAÇÃO DE INDÚSTRIA DE ENGARRAFAMENTO E GASEIFICAÇÃO DE ÁGUAS MINERAIS ÀS NORMAS REGULAMENTADORAS Trabalho apresentado para obtenção do titulo de Engenheiro de Segurança do Trabalho à Universidade Estadual de Ponta Grossa, na área de Pos Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. Orientador: Prof. Luiz Carlos Lavalle Filho PONTA GROSSA - PARANÁ 2005 3 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA CURSO D E ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA D E SEGURANÇA D O T RABALHO Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade Estadual de Ponta Grossa para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho Departamento de Engenharia Civil ADEQUAÇÃO DE I NDÚSTRIA DE ENGARRAFAMENTO E GASEIFICAÇÃO NORMAS REGULAMENTADORAS DE ÁGUAS M INERAIS ÀS FERNANDO CARLOS KRÜGER VICTOR ALEXANDRE FRANCO DE CARVALHO Prof. Carlos Luciano Sant’Ana Vargas, D. Eng. Coordenador BANCA EXAMINADORA Prof. . Luiz Carlos Lavalle Filho, Esp. Prof. Gerson Luiz Carneiro, Esp. Prof. Flávia Andrea Modesto, M.Sc Ponta Grossa 2005. 4 RESUMO O presente trabalho apresenta o desenvolvimento da adequação às normas regulamentadoras NR 4, NR 9, NR 15 e NR 17 do Ministério do Trabalho e do Emprego em empresa de médio porte cuja atividade é a exploração mineral de água na região de Cascavel - PR, buscando localizar no processo de engarrafame nt o quais são as confor midades e não confor mida des dos postos de trabalho, objetivando melhorar o entendime nt o da aplicação das normas do Ministério do Trabalho e do Emprego. 5 Trabalho de Conclusão de Curso submetido à Universidade Estadual de Ponta Grossa para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho .............................3 Departa m e nt o de Engenharia Civil..............................................................................................................3 1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................................................7 2. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................................................................8 3. OBJETIVO..................................................................................................................................................................8 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................................................................9 4.1 DOENÇAS PROFISSIONAIS.........................................................................................................................................10 4.2 SESMT....................................................................................................................................................11 SEGUNDO A NR 4 O SESMT ESTABELECE A OBRIGATORIEDADE DAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS QUE POSSUAM EMPREGADOS REGIDOS PELA CLT (CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO) DE ORGANIZAREM E MANTEREM EM FUNCIONAMENTO ESSE SERVIÇO DENTRO DA EMPRESA A FIM DE PROMOVER A SAÚDE E PROTEGER A INTEGRIDADE DO TRABALHADOR NO LOCAL DE TRABALHO. ..........................................................................................................................11 54 COLABORADORES ENTRE ADMINISTRATIVO E DE PRODUÇÃO . N O QUADRO 01 DA NR 4 A CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS, O GRAU DE RISCO ASSOCIADO À ATIVIDADE É TRÊS, CONFORME INDICA A TABELA 01. ....................................................................................................................................11 T ABELA 01: CLASSIFICAÇÃO N ACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS..............................................................................12 (ADAPTADA DE Q UADRO I – NR 4)..............................................................................................................................12 CÓDIGO .........................................................................................................................................................................12 ATIVIDADE....................................................................................................................................................................12 GRAU DE RISCO .............................................................................................................................................................12 15.9 ...............................................................................................................................................................12 FABRICAÇÃO DE BEBIDAS.................................................................................................................................................12 15.9- 6 ...........................................................................................................................................................12 ENGARRAFAMENTO E GASEIFICAÇÃO DE ÁGUAS MINERAIS....................................................................................................12 03 ..................................................................................................................................................................12 O QUADRO 02 DA NR 4 INDICA O DIMENSIONAMENTO DO SESMT CONFORME O NÚMERO DE COLABORADORES E O GRAU DE RISCO QUE A ATIVIDADE ESTÁ SUJEITA. A TABELA 02 INDICA A ESPECIFICAÇÃO DO SESMT NA EMPRESA PESQUISADA. ........12 T ABELA 02: DIMENSIONAMENTO DO SESMT (ADAPTADA DE Q UADRO II – NR 4)........................................................12 GRAU DE RISCO .............................................................................................................................................................12 T ÉCNICOS......................................................................................................................................................................12 N0 DE EMPREGADOS .....................................................................................................................................................12 NO ESTABELECIMENTO ......................................................................................................................................................12 03 ..................................................................................................................................................................12 T ÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO ...........................................................................................................................12 ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO T RABALHO .....................................................................................................................12 AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO T RABALHO.......................................................................................................................12 ENFERMEIRO DO TRABALHO .............................................................................................................................................12 MÉDICO DO T RABALHO ..................................................................................................................................................12 51 A 100 ....................................................................................................................................................................12 00 ..................................................................................................................................................................12 O BSERVOU- SE QUE NA ANÁLISE DA ATIVIDADE ECONÔMICA E DA GRADAÇÃO DE RISCO ASSOCIADO À EMPRESA, NÃO É NECESSÁRIO A PRESENÇA DE PROFISSIONAIS TÉCNICOS NO ESTABELECIMENTO. ........................................................................12 4.3 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA) .................................................13 4.3.1 Riscos Biológicos .....................................................................................................................................13 4.3.2 Riscos Químicos .....................................................................................................................................15 SEGUNDO A FIOCRUZ, RISCO QUÍMICO É O PERIGO A QUE DETERMINADO INDIVÍDUO ESTÁ EXPOSTO AO MANIPULAR PRODUTOS QUÍMICOS QUE PODEM CAUSAR-LHE DANOS FÍSICOS OU PREJUDICAR-LHE A SAÚDE. OS DANOS FÍSICOS RELACIONADOS À EXPOSIÇÃO QUÍMICA INCLUEM, DESDE IRRITAÇÃO NA PELE E OLHOS, PASSANDO POR QUEIMADURAS LEVES, INDO ATÉ AQUELES DE MAIOR SEVERIDADE, CAUSADO POR INCÊNDIO OU EXPLOSÃO. OS DANOS À SAÚDE PODEM ADVIR DE EXPOSIÇÃO DE CURTA E/OU LONGA DURAÇÃO, RELACIONADAS AO CONTATO DE PRODUTOS QUÍMICOS TÓXICOS COM A PELE E OLHOS, BEM COMO A INALAÇÃO DE SEUS VAPORES, RESULTANDO EM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS, DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO, DOENÇAS NOS RINS E FÍGADO, E ATÉ MESMO ALGUNS TIPOS DE CÂNCER. ..............................................................................................................15 A EMPRESA PESQUISADA , POSSUI O TOTAL DE 6 NOVAMENTE, A ANÁLISE DOS RISCOS QUÍMICOS FOI BASEADA NA IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE, POIS NÃO SE OBTEVE INFORMAÇÕES DE ANÁLISE QUANTITATIVA QUE ASSEGURA OS LIMITES DE EXPOSIÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS MANIPULADAS PELOS COLABORADORES DA EMPRESA. .........................................................................................................................................15 PROCUROU - SE OBSERVAR QUE TIPO DE AGENTE QUÍMICO A EMPRESA UTILIZA EM SEU PROCESSO DE LAVAGEM DOS GALÕES DE 20 LITROS PRINCIPALMENTE. SENDO ASSIM, OS PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NO PROCESSO DE ENVASE SÃO APRESENTADOS NA TABELA 03. TODOS OS PRODUTOS QUÍMICOS ENCONTRADOS NA EMPRESA SÃO DE UM ÚNICO FORNECEDOR, COM REGISTRO NA ANVISA/MS SOB O NUMERO 3.01.546 - 9 E NA ESTÃO DISPONÍVEIS APENAS PARA CONSUMIDORES INDUSTRIAIS. .............15 4.3.3 Riscos Físicos...........................................................................................................................................17 4.4 RISCOS ERGONÔMICOS.....................................................................................................................18 5. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA................................................................................................................20 5.1 SETOR ADMINISTRATIVO..................................................................................................................20 5.2 SETOR DE PRODUÇÃO.......................................................................................................................21 5.2.1 Envase de recipientes de 20 Litros ...................................................................................................22 5.2.2 Envase de pets de 0,5 litros e 1,5 litros ..........................................................................................22 5.3 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS...........................................................................................................24 5.3.1 Processo de envase para pets de 1,5 litros e 0,5 litros ..............................................................24 5.3.2 Processo de envase para recipientes de 20 litros ........................................................................27 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES..........................................................................................................................32 6.1. TABELAS DE RESULTADOS...............................................................................................................32 6.2. DISCUSSÃO..........................................................................................................................................38 7. MÉTODO DE PESQUISA ADOTADO .............................................................................................................39 8. REFERÊNCIAS........................................................................................................................................................40 9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .......................................................................................................................40 WWW. MTE. GOV.BR, ACESSO EM 20 WWW. FIOCRUZ .ORG . BR, ACESSO EM DE SETEMBRO 21 2005; ...................................................................................................40 2005; ........................................................................................40 DE SETEMBRO DE 10. ANEXOS................................................................................................................................................................42 ANEXO 03 ESPECIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS............................................................................44 ANEXO 04 - LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................................................44 7 1. INTRODUÇÃO O estudo tem por finalidade analisar, através da observação, documentos e entrevistas, os riscos ambientais nos setores administrativos e de produção em empresa na cidade de Cascavel – PR. A implantação da legislação que regulamenta a segurança dos trabalhadores em uma empresa, seja qual for o tamanho desta, requer um minucioso estudo da empresa. Todo o processo deve seguir passos definidos em legislação própria e deve conter os elementos necessários para sua correta instalação e funcionamento. Acompanhou- se a instalação do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) na empresa Estação de Águas Vale das Araucárias Ltda. Através de visita na empresa, identificou- se os problemas de forma qualitativa em conversa com os colaboradores e com a observação in - loco das atividades laborais desenvolvidas. Identificou- se através das medidas quantitativas, as leituras realizadas nos postos de trabalho com os instrumentos decibelímetro, trena e Luxímetro. Nesta fase do processo, não nos concentramos nas normas de produção e sim no trabalhador da linha, quais as conseqüências e meios para que este tenha uma melhor qualidade de vida durante o seu período laboral. 8 2. JUSTIFICATIVA Analisar os setores administrativos e de produção da empresa no contexto da legislação, indicando a forma de melhorar a aplicação das normas regulamentadoras, e numa visão mais ampla melhorar a qualidade do produto oferecido no mercado, utilizando essas bases para uma futura certificação ISSO 9000 e 14000 da empresa, certificação esta que não é o foco para o presente estudo de postos de trabalho. 3. OBJETIVO Realizar o acompanhamento de adequação da empresa às normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e do Emprego, NR 4 (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT), NR 9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), NR 15 (Atividades e Operações Insalubres) e NR 17 (Ergonomia), concorrendo para melhoria das condições de vida dos colaboradores, assim como a garantia de melhor qualidade do produto final. 9 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo a NR- 4 (MTE, 1992), todas as empresas privadas ou publicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativos e Judiciários, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) devem manter, obrigatoriamente, serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho (SESMT), com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. Sendo assim, a empresa pesquisada se enquadra no disposto da referida lei. Considerando o que prevê o item 4.2 da mesma NR, o dimensionamento do SESMT está vinculado á graduação de risco da atividade principal da empresa e ao numero total de empregados no estabelecimento constantes do quadro II anexo, e observadas as exceções previstas pela NR. A empresa citada não necessita de profissional de segurança do trabalho em seu quadro funcional, pois conta com 54 (cinqüenta e quatro) empregados efetivos em seus quadros funcionais, isto na época do inicio dos levantamentos. Porém no quadro I da NR- 5, necessita de 02 (dois) representantes do empregador, e 02 (dois) representantes dos empregados, conforme Quadro I da NR- 5 anexo, para compor a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), suprindo o que determina a legislação que regulamenta os serviços de Engenharia e Segurança no trabalho. 10 Considerando o histórico da empresa, a obrigatoriedade da contratação de um profissional de SESMT não acontecerá tão logo, pois nos poucos anos de existência da empresa, a variação do numero de empregados foi muito pequena, porém nada a impede de contratar os serviços terceirizados destes profissionais. Caso queiramos fazer uma programação, a empresa teria que dobrar de tamanho para a primeira contratação prevista por lei, o que é limitado pela demanda de consumo, que deveria crescer em 90% (noventa por cento) aproximadamente, e este fato não está previsto para a década de 2010. 4.1 Doenças Profissionais Os colaboradores de uma empresa estão expostos a diversos fatores que podem causar algum genericamente tipo definida: de doença profissional, que pode assim “São doenças causadas por, ser diretamente relacionadas com o trabalho, sendo a ele inerentes ” (MTE – 2005). Sendo que os fatores que devem ser observados para que realmente um agente agressivo cause dano a saúde do trabalhador está abaixo elencados. - Grau de concentração: quanto maior a concentração do agente no ar, maior será a probabilidade de contaminação; - Tempo de exposição: é o tempo em que o trabalhador fica em contato com o agente contaminante; - Via de Penetração: forma de atingir o organismo do trabalhador exposto, pode ser via digestiva, respiratória ou cutânea; - Sensibilidade individual: cada individuo é diferente do outro, sendo mais ou menos sensível ao agente; 11 - Agressividade do agente: fator a ser considerado, dependerá de quanto o agente é agressivo. Para que tenhamos efetivo combate aos seus efeitos, podemos utilizarnos das seguintes medidas preventivas: • Exames médicos periódicos; • Uso de EPIs e EPCs; • Limitação dos tempos de exposição; • Controle ambiental através de aparelhagem, métodos técnicos; • Treinamento constante de pessoal. 4.2 SESMT Segundo a NR 4 o SESMT estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas que possuam empregados regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) de organizarem e manterem em funcionamento esse serviço dentro da empresa a fim de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A empresa pesquisada, possui o total de 54 colaboradores entre administrativo e de produção. No quadro 01 da NR 4 a classificação nacional de atividades econômicas, o grau de risco associado à atividade é três, conforme indica a tabela 01. 12 Tabela 01: Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Adaptada de Quadro I – NR 4) Código Atividade Grau de Risco 15.9 Fabricação de bebidas 15.9- 6 Engarrafamento e gaseificação de águas minerais 03 O quadro 02 da NR 4 indica o dimensionamento do SESMT conforme o número de colaboradores e o grau de risco que a atividade está sujeita. A tabela 02 indica a especificação do SESMT na empresa pesquisada. Tabela 02: Dimensionamento do SESMT (Adaptada de Quadro II – NR 4) Grau de Risco Técnicos N0 de Empregados no estabelecimento 51 a 100 03 Técnico de segurança do trabalho Engenheiro de segurança do Trabalho Auxiliar de Enfermagem do Trabalho Enfermeiro do trabalho 00 Médico do Trabalho Observou- se que na análise da atividade econômica e da gradação de risco associado à empresa, não é necessário a presença de profissionais técnicos no estabelecimento. 13 4.3 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA) Segundo a NR 09 (MTE, 1990) o PPRA tem como objetivo cumprir a legislação vigente, visando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores através da antecipação e controle da ocorrência de riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho. Implantação de sistema gerencial de higiene do trabalho, objetivando a prevenção e o controle de não conformidades que ofereçam riscos a acidentes críticos, ou prejuízos à saúde. O PPRA visa a implantação das medidas de controle e avaliação de sua eficácia no ambiente de trabalho planejadas e implantadas de conformidade com o quadro de planejamento anual e estabelecimento de metas, prioridades e cronogramas. O planejamento contém as estratégias e metodologias de ação. Nos anexos, apresenta- se um exemplo de planilha de levantamento de dados para ser preenchido nos postos de trabalho. Ressalta- se a importância do levantamento e a observação do responsável pelo levantamento, pois o trabalho de escritório é baseado nos dados levantados no local. A seguir apresenta- se a definição dos riscos ambientais presentes na empresa pesquisada. 4.3.1 Riscos Biológicos 14 Segundo a NR 32, considera- se risco biológico a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos, sendo esses, microorganismos geneticamente modificados ou não, as culturas de células, os parasitas, as toxinas e os príons. TEIXEIRA e VALLE (2003) afirmam que as características peculiares dos agentes microbiológicos, dentre os quais se destacam os graus de patogenicidade, o poder de invasão, a resistência a processos de esterilização, a virulência e a capacidade mutagênica tornam o risco biológico de grande relevância na quantificação da agressividade do agente. Apesar da relevância quantitativa dos agentes biológicos o anexo 14 da NR 15 cita apenas a relação das atividades que os envolve, cuja insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa. O mesmo anexo apresenta uma lista de atividades que potencialmente expõem os trabalhadores à ação nociva de microorganismos (fungos, bactérias, vírus e outros), agrupados pelo grau de risco médio ou máximo. Visto que a insalubridade por agentes biológicos apresenta uma situação onde é difícil estabelecer critérios quantitativos, procurou- se identificar na empresa, qual a fase do processo de envase das garrafas de 20 litros principalmente, caracteriza a presença do agente biológico. 15 4.3.2 Riscos Químicos Segundo a FIOCRUZ, risco químico é o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que podem causar- lhe danos físicos ou prejudicar- lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à exposição química incluem, desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão. Os danos à saúde podem advir de exposição de curta e/ou longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos, bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de câncer. Novamente, a análise dos riscos químicos foi baseada na identificação do agente, pois não se obteve informações de análise quantitativa que assegura os limites de exposição das substâncias químicas manipuladas pelos colaboradores da empresa. Procurou- se observar que tipo de agente químico a empresa utiliza em seu processo de lavagem dos galões de 20 litros principalmente. Sendo assim, os produtos químicos utilizados no processo de envase são apresentados na tabela 03. Todos os produtos químicos encontrados na empresa são de um único fornecedor, com registro na ANVISA/MS sob o numero 3.01.546- 9 e na estão disponíveis apenas para consumidores industriais. 16 Tabela 03: Produtos químicos utilizados na indústria Nome Comercial Composição Concentraçã o Embalage Uso m Ácidos graxos, KALYMIX SE Tensoativos De 0,6% não- ionicos, a Seqüestrastes Lubrificante de 50 L 1,5% em água 0,05% paracético, KALYCLEAN S380 Peróxido hidrogênio transportadora s e Tensoativos aniônicos Acido esteiras de e a 0,15% 20 L Sanitizante ácido, líquido. Acido acético Hidróxido de sódio, Gluonato KALYCLEAN C250 sódio, de Ácido Detergente 1,25% 50 L amino fosfônico caustico, liquido. e Água Hidróxido de sódio, KALYCLEAN C220 silicatos, seqüestrastes e Hipoclorito de sódio Detergente 3,0% a 10,0% 50 L alcalino clorado 17 Os produtos apresentados na tabela 03, seguem as recomendações de segurança do fabricante, como o uso de luvas, óculos de proteção e avental. As recomendações de primeiros socorros são: Lavar as partes atingidas com água corrente por quinze minutos; 1. Não provocar vômitos; 2. Buscar o posto de atendimento médico mais próximo levando o rotulo do produto. Foi encontrado o risco de contaminação por agentes químicos no momento da escovação dos galões, pois numa das fases do processo de limpeza utiliza- se de soda caustica em baixa concentração, fato este recomendado pela ANVISA, para eliminação de agentes patogênicos que possam vir agregados aos recipientes retornáveis. 4.3.3 Riscos Físicos Pode- se definir riscos físicos como sendo as diversas formas de energia a que os trabalhadores estão expostos no seu ambiente de trabalho. Risco ao calor, risco ao frio, risco às radiações ionizantes ou não ionizantes, risco a pressões anormais, risco ao ultra- som e ao infra- som e o risco a vibrações. 18 A NR 15 dispõe sobre o limite de tolerância como sendo a concentração ou a intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante a sua vida laboral. A mesma norma estabelece em seus anexos, dois tipos de critérios para caracterização da insalubridade: quantitativos e qualitativos. No critério quantitativo a insalubridade é verificada quando a concentração do agente de risco encontra- se acima dos limites de tolerância. Os agentes físicos constantes nesse critério são os ruídos contínuo, intermitente e impacto; o calor; as radiações ionizantes, com base nos limites de tolerância estabelecidos pela norma CNEN- NE- 30.1e as vibrações. No critério qualitativo a insalubridade é caracterizada por avaliação pericial da exposição ao risco, pela inspeção da situação de trabalho. Assim sendo os agentes físicos é o trabalho sob condições hiperbáricas, radiações não ionizantes, frio e umidade excessiva. Conforme a NR- 15 ANEXO No 10 UMIDADE 01. As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos a saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. 4.4 RISCOS ERGONÔMICOS 19 Segundo ARAUJO (2003), a ergonomia é a ciência que estuda a adaptação do ser humano ao trabalho procurando adaptar as condições de trabalho às características físicas e limitações individuais do ser humano. O estudo na empresa, procurou identificar nos locais de trabalho, as situações em que os colaboradores se comportavam ergonomicamente diante das tarefas executadas. ARAUJO, 2003 afirma que as pessoas são diferentes em altura, estruturas ósseas e musculares, algumas são mais fortes e com capacidade diferenciada para suportar o stress físico e mental. Estes fatos básicos não podem ser alterados e devem ser utilizados como base para o planejamento das condições de trabalho. 20 5. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA Situada na zona rural do município de Cascavel, a 25 km do perímetro urbano. Atualmente possui 54 colaboradores e grau de risco 03, segundo a CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) conforme relacionado no Quadro I da NR- 4 Sua capacidade de envase é de 70.000 (setenta mil) litros por dia, porém está operando atualmente com a capacidade de 35.000 (trinta e cinco mil) litros por dia. Além da comercialização própria, conta ainda com mais três distribuidores, sendo um na cidade de Cuiabá- MT. O prédio principal possui dependências que abrigam os setores administrativo e de produção. A seguir descreveremos os setores bem como suas funções. 5.1 SETOR ADMINISTRATIVO O setor administrativo é composto pela recepção, financeiro, gerência, vendas, manutenção e depósito. • Recepção – Com a função de recepção dos clientes, fornecedores e visitantes, contém uma mesa de escriturário com equipamentos de informática; 21 • Financeiro – Tem como função controlar as finanças da empresa, contém duas mesas de escriturário com equipamentos de informática; • Gerência – Tem como função o gerenciamento da empresa, contem uma mesa de escritório, equipamentos de informática. • Venda - Tem como função vender os produtos da empresas, contém uma mesa de escriturário com equipamentos de informática; • Manutenção – Tem como função atender os setores administrativo e de produção, contém ferramentas elétricas de bancada e ferramentas manuais; • Depósito – Tem como função estocar o produto final para sua distribuição, possui um elevador de carga. Foto 01 – Departamento Financeiro – fonte: os autores 5.2 SETOR DE PRODUÇÃO 22 O setor de produção ocupa a maior parte do prédio, sendo que neste setor, tem- se um maior número de postos de trabalho, sendo apresentados dois processos para duas linhas de produção. Contém uma linha de produção para envase de garrafas de 20 litros, e outra linha para envase de pets com capacidade de 0,5 litro e 1,5 litro 5.2.1 Envase de recipientes de 20 Litros A linha de produção para envase de 20 litros apresenta os setores de recepção, pré- lavagem, envase, embalagem e expedição. • Recepção – Local destinado à descarga e depósito de galões retornáveis com capacidade de 20 litros; • Pré- lavagem – Anexado à recepção, é composto por uma máquina para escovação interna e externa dos recipientes; • Envase – Processo mais completo na linha de produção, compõe- se de acoplamento na máquina, lavagem, carregamento, fechamento, controle de qualidade; • Embalagem – Processo de colocação do logotipo da empresa; • Expedição – Processo de retirada do galão da linha de produção, pode ter destino de carga em transporte ou depósito. 5.2.2 Envase de pets de 0,5 litros e 1,5 litros 23 A linha de produção para envase de pets de 0,5 litros e 1,5 litros compõe- se de recepção das embalagens novas, aquecimento e molde, estampagem, elevação da carga, envase, embalagem e expedição. • Recepção – As embalagens de 0,5 litros e de 1,5 litros são compradas em tamanho reduzido e são fabricadas por processo de injeção de plástico, chegando à empresa preparadas para o processo de sopro a quente, também conhecidas como pré- forma ou pet. • Aquecimento e molde – Processo realizado por máquina semiautomática de aquecimento e sopro das pré- formas. • Estampagem – Processo realizado por máquina semi- automática de inserção da logomarca da empresa. • Elevação das embalagens – Processo realizado por elevador montacargas para deslocamento até processo de envase. • Envase – Processo mais completo na linha de produção, Compõe- se de acoplamento em máquina automática de lavagem, carregamento, sendo o fechamento e controle de qualidade, realizados por operadores; • Embalagem – Processo realizado por máquina automática para embalagens de 6 para garrafas de 1,5 litro e 12 garrafas de 0,5 litros; • Expedição – Processo de retirada do galão da linha de produção, pode ter destino de carga em caminhão ou o depósito. 24 5.3 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS A seguir descreveremos os processos de envase para pets de 1,5 litros, 0,5 litros e de 20 litros. 5.3.1 Processo de envase para pets de 1,5 litros e 0,5 litros O processo para garrafas de 1,5 litros e 0,5 litro é iniciado com a desembalagem das pré- formas injetadas, e posicionadas num molde na máquina de sopro por ar comprimido, após passarem pelo aquecimento prévio, sendo então retirada pelo funcionário responsável. O processo de sopro realizado pela máquina é semi- automático, pois o funcionário deve acomodar os pets na esteira, fazendo uma análise prévia da qualidade destas e então posicioná- las na máquina para então aquecerem. Após o processo de aquecimento o funcionário observa à chegada ao molde e então aciona o sopro, tornando pequena pré- forma numa garrafa de 0,5 litros ou 1,5 litros. A foto 02 mostra o momento do posicionamento dos pets no molde. 25 Foto 02 – Soprador para garrafas de 1,5 litros – fonte: os autores A seqüência das embalagens é a elevação, através de um elevador monta cargas para o piso superior, conforme mostra a foto 03. Foto 03 – Elevador de Carga – fonte: os autores 26 No processo de envase os pets são posicionados através de esteira por um funcionário até a entrada do equipamento que lava, envasa e tampa num processo totalmente automático, reduzindo a possibilidade de contaminação, conforme mostra a foto 04, retirada através do painel vidro que isola o ambiente. Foto 04 – Envase dos pets de 1,5 litros e 0,5 litros – fonte: os autores Após o processo de envase da água, os pets seguem na esteira para verificação visual, através de contraste de luz, a possibilidade de haver alguma impureza que impeça a liberação da embalagem. Na seqüência dessa inspeção as garrafas são posicionadas na forma de embalagens de 6 unidades para as de 1,5 litros e de 12 unidades para as de 0,5 litros. As fotos 05 e 06 mostram a verificação visual do controle de qualidade e a embalagem. 27 Foto 05 - Controle de qualidade por contraste de luz – fonte: os autores Foto 06 – Embalagem de garrafas de 0,5 litros e 1,5 litros – fonte: os autores 5.3.2 Processo de envase para recipientes de 20 litros 28 As embalagens de 20 litros que são comercializadas são retornáveis, então o processo de qualidade na preparação da embalagem diferencia- se do outro já na recepção dos galões a serem utilizados. No processo para galões de 20 litros, essas são recolhidas pela empresa e antes do processo da lavagem passam por classificação e limpeza por escovação e banho de produto químico a base de soda cáustica e sabões, retirando sujidades e materiais biológicos. A foto 07 mostra o local de recepção das garrafas e o equipamento de processo para pré- limpeza química e biológica. Foto 07 – Recepção e pré- lavagem das garrafas de 20 litros – fonte: os autores 29 Após o processo de pré- lavagem as garrafas são elevadas para o piso superior da empresa, onde são inspecionadas visualmente a fim de se evitar o envase de embalagens com algum defeito de formato. Após passar pelo controle visual as garrafas são analisadas por um funcionário que as classifica quanto ao odor, pois através deste pode- se saber se ainda contém resíduos cáusticos ou ácidos. O funcionário que seleciona as garrafas pelo odor também é responsável pelo posicionamento das garrafas no equipamento de lavagem. As fotos 08 e 09 mostram respectivamente o controle de formato das garrafas e a classificação e inserção no equipamento de lavagem e envase. Foto 08 – Controle de formato das garrafas de 20 litros – fonte: os autores 30 Foto 09 – Inserção de garrafas de 20 litros no equipamento de lavagem – fonte: os autores O processo seguinte segue a mesmo controle das garrafas de 1,5 litros, pois o equipamento de lavagem e envase é totalmente automático, não permitindo a presença dos colaboradores no local. A foto 10, mostra o controle de qualidade realizado por um funcionário, indicando a presença de algum sólido dentro das garrafas, através de contraste luminoso. Foto 10 – Controle de qualidade por contraste luminoso – fonte: os autores 31 Após o controle de qualidade as garrafas seguem na mesma esteira para a embalagem em sacos de plástico e na seqüência, são levadas para o estoque ou diretamente para o carregamento no caminhão, conforme fotos 11 e 12. Foto 11 – Embalagem de garrafas de 20 litros – fonte: os autores Foto 12 – Despacho de garrafas de 20 litros – fonte: os autores 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES 6.1. TABELAS DE RESULTADOS As tabelas 04, 05 e 06 apresentam a avaliação qualitativa dos agentes de risco encontrados por setor. TABELA 04: Análise qualitativa dos riscos ambientais e ergonômicos do setor administrativo Riscos Envolvidos Local ‘ Químico Biológico Ergonômico ACIDENTES 1.Radiação não ionizante da tela do computador 1. Fungos e 1. Dores musculares 1. Choque com 2.Ruído abaixo 1. Não bactérias do Recepção provocadas pela mobiliário, do nível de existe ar postura 2. Escorregões; tolerância condicionado 3. Iluminação adequada 1.Radiação não ionizante da tela 1. Choque com do computador 1. Fungos e mobiliário, 1. Dores musculares 2. Ruído abaixo 1. Não bactérias do 2. Escorregões Financeiro provocadas pela do nível de existe ar 3. Lesões por postura tolerância condicionado ferramentas de 3. Iluminação expediente adequada 33 Gerência Vendas 1.Radiação não ionizante da tela do computador 2. Ruído abaixo do nível de tolerância 3. Iluminação adequada 1.Radiação não ionizante da tela do computador 2. Ruído abaixo do nível de tolerância 3. Iluminação adequada 1. Não existe 1. Fungos e bactérias do ar condicionado 1. Dores musculares provocadas pela postura 1. Choque com mobiliário, 2. Escorregões 3. Lesões por ferramentas de expediente 1. Não existe 1. Fungos e bactérias do ar condicionado 1. Dores musculares provocadas pela postura 1. Choque com mobiliário, 2. Escorregões Manutenção 1. Ruído abaixo do nível de tolerância 2. Iluminação adequada 1. Não existe 1. Não existe 1. Dores musculares provocadas pela postura Depósito 1. Ruído abaixo do nível de tolerância 2. Iluminação adequada 1. Não existe 1. Não existe 1. Dores musculares provocadas pela postura 1. Ferramental perfuro cortante, 2. Projeção de partículas por solda ou esmeril, 3. Projeção de partículas por ferramentas elétricas 1. Choque com mobiliário, 2. Escorregões 3. Lesões por ferramentas de expediente Tabela 05: Análise qualitativa dos riscos ambientais e ergonômicos do setor de produção no envase de garrafas de 20 litros Riscos Envolvidos Local Físico Químico Biológico Ergonômico ACIDENTES 1. Ruído 1. 1. Escorregões por abaixo do 1. Possibilidad 1. Dores musculares presença de nível de Possibilidade Recepção e e da provocadas pelo umidade, tolerância da existência pré- lavagem existência movimento 2. projeção de 2. Iluminação de agentes de agentes contínuo postural partículas na adequada nas garrafas nas garrafas escovação Envase 1. Ruído abaixo do nível de tolerância 2. Iluminação adequada Embalagem 1. Ruído abaixo do nível de tolerância 2. Iluminação adequada 1. Não existe 1. Não existe 1. Não existe 1. Não existe 1. Dores musculares provocadas pelo movimento contínuo. 2. Dores musculares provocadas pela postura. 1. Dores musculares provocadas pelo movimento contínuo. 2. Dores musculares provocadas pela postura. 1. Pinçamento de membros; 2. escorregões por presença de umidade, 1. Pinçamento de membros; 2. escorregões por presença de umidade 35 Expedição 1. Ruído abaixo do nível de tolerância 2. Iluminação adequada 1. Não existe 1. Não existe 1. Dores musculares provocadas pelo movimento contínuo. 2. Dores musculares provocadas pela postura 1. Pinçamento de membros; 2. escorregões por presença de umidade Tabela 06: Análise qualitativa dos riscos ambientais e ergonômicos do setor de produção no envase de garrafas de 0,5 litro e 1,5 litro Riscos Envolvidos Local Físico Químico Biológico Ergonômico ACIDENTES 1. Ruído abaixo do nível de 1. escorregões por 1. Não 1. Não Recepção tolerância 1. Cansaço físico presença de existe existe 2. Iluminação umidade adequada 1. Ruído abaixo 1. Pinçamento de do nível de membros; Aquecimento e 1. Não 1. Não 1. Não existe tolerância 2. escorregões por molde existe existe 2. Iluminação presença de adequada umidade 1. Ruído abaixo 1. Pinçamento de do nível de membros; 1. Não 1. Não Estampagem tolerância 1. Cansaço físico 2. escorregões por existe existe 2. Iluminação presença de adequada umidade 1. Ruído abaixo 1. Dores 1. Choque com as do nível de musculares 1. Não 1. Não proteções de Elevação tolerância provocadas pela existe existe elevador, 2. Iluminação postura adequada 1. Ruído abaixo 1. Dores do nível de musculares 1. escorregões por 1. Não 1. Não Envase tolerância provocadas pela presença de existe existe 2. Iluminação postura umidade adequada 37 Embalagem Expedição 1. Ruído abaixo do nível de tolerância 2. Iluminação adequada 1. Ruído abaixo do nível de tolerância 2. Iluminação adequada 1. Não existe 1. Não existe 1. Não existe 1. Não existe 1. Dores musculares provocadas pela postura 1. Dores musculares provocadas pela postura 1. escorregões por presença de umidade 1. Prensamento de membros; 2. escorregões por presença de umidade 6.2. DISCUSSÃO A complexidade de observações as serem feitas numa empresa de exploração de águas minerais nos imputa a necessidade de colaborar com apenas com uma pequena parte do processo, com a certeza de que só um estudo amplo e a evolução anual do programas de riscos e de gestão levarão empregadores e colaboradores a harmonia da relação capital- trabalho. Para as funções aqui especificadas, temos como orientação a rotatividade de postos de serviço, ginástica laboral ao inicio e final de turno de serviço, adequação do mobiliário no posto de controle por contraste de luz. Por tudo que foi exposto, tivemos por experiência que o processo de implantação de um sistema de segurança ao trabalhador é bastante complexo, para tanto, a vivencia dentro da empresa, o contato direto e constante com o operador da linha de produção, o acompanhamento por profissional de saúde, não por visitas periódicas e sim em contato mais intimo com a pessoa que produz, nos coloca a par dos processo do dia a dia deste operador. O desenvolvimento de um SESMT dentro de uma empresa como esta em questão, passa por um processo de troca de experiências, onde o funcionário irá mostrar qual é os seus movimentos para que o pesquisador possa desenvolver um processo no qual o colaborador tenha uma maior comodidade de trabalho e treinamento e orientações para que os acidentes de serviço sejam minimizados durante toda a fase produtiva da empresa. 39 7. MÉTODO DE PESQUISA ADOTADO A pesquisa se baseou em análise qualitativa dos setores da empresa e instalações com descrições destas, acompanhamento aos colaboradores, adequação de setores para receber a implementação da CIPA, instrução teórica e prática (treinamentos) das atividades desenvolvidas pelos colaboradores da CIPA. Utilizou- se o documento PPRA fornecido pela empresa contratada para implantação do SESMT com as informações dos equipamentos disponibilizados para as leituras de dimensões das áreas e postos de trabalho (trenas), nível de iluminamento (luxímetro) e nível de ruído incidente nos postos de trabalho (decibelímetro), conforme o anexo 03. Buscou- se, acompanhar as atividades laborais durante a jornada de trabalho dentro de cada setor identificando possíveis fontes de problemas ergonômicos durante as atividades. Com os dados levantados pelos aparelhos, buscamos saber se nos ambientes aos quais estes representam, qual é a necessidade de adequações conforme a legislação indicada pelas NRs e em escritório as avaliações assim como buscar as possíveis alternativas para as correções necessárias. 8. REFERÊNCIAS ATLAS. Segurança e medicina do trabalho, manuais de legislação Atlas. 29ª edição. Atlas. São Paulo SP 1995. BRASIL. Senado Federal Lei nº. 5.514 de 22 de dezembro de 1977 . Altera o Capitulo V do titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho BRASIL. Ministério do Trabalho Portaria nº. 3.214 de 08 de junho de 1978 . Aprova as Normas Regulamentadoras – NR – do Capitulo V do titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho FILHO, EDGARD D. Programa 5 minutos diários de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente , 3ª ed. Belo Horizonte MG. Ergo. 1999. 276 p. PISA, FABIO DE TOLEDO. Conhecendo e eliminando riscos no trabalho campanha da indústria para prevenção de acidentes no trabalho . Sistema CNI, São Paulo SP, 106 p. 9. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA www.mte.gov.br , acesso em 20 de setembro 2005; www.fiocruz.org.br , acesso em 21 de setembro de 2005; 41 1 0. ANEXOS ANEXO 01- NÍVEL DE ILUMINAMENTO : Medição do nível de iluminamento 43 ANEXO 02 – NÍVEL DE PRESSÃO SONORA : Medição do nível de ruído ANEXO 03 ESPECIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS A Tabela 07 mostra a especificação dos instrumentos utilizados para análise Tabela 07: Especificação dos instrumentos utilizados Equipamento: Marca: Modelo: Número de série: Luxímetro digital ICEL LD 500 A716.017 Decibelímetro digital MINIPA MSL 1351 DD.531C00201 ANEXO 04 - LISTA DE ABREVIATURAS ABREVIATURA CIPA NRs SESMT ISO SIGNIFICADO Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Normas Regulamenta d or as Serviços Especializados de Engenharia e Medicina do trabalho Marca registrada da International Organization for Standartiza tion, sediada na Suíça, sistema internacional integrado de pa dronização e metodologia de produção com qualidade