bulletin n°9 Juillet 2011 - Le site des auxiliaires du Sacerdoce

Transcription

bulletin n°9 Juillet 2011 - Le site des auxiliaires du Sacerdoce
Du Levain pour Demain
Bulletin des sympathisants
Numéro 9
Sommaire
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Editorial
Acompanhante espiritual
Accompagnatrice spirituelle (traduction
du texte précédent)
Tijuquinha (versions brésilienne et
française)
Qu’est-ce qui fait vivre des Auxiliaires
en France ?
Visite à la « fraternité du serviteur
souffrant – ISSO » à Santo André –
São Paulo – Brésil
Visita à « Irmandade do Servo Sofredor
– ISSO » em Santo André – São Paulo –
Brasil (traduction du texte précédent)
Padre Zé, prophète de notre temps.
Editorial
D
epuis la Pentecôte, ne sommes- nous
pas dans l’attente et l’espérance qu’un
jour nouveau se lève ? Ce jour
lumineux traverse l’obscurité de nos vies,
façonne avec d’autres une terre nourrie dans le
souffle créateur du Don de Dieu et nous
accompagne de son Esprit !
Les événements vécus au Japon et dans les pays
du Maghreb marquent encore nos mémoires. La
volonté de vivre des japonais ne s’est pas laissé
ensevelir sous les décombres. La catastrophe de
Fukushima nous rappelle que l’homme n’est pas
maître de tout ce qu’il crée et entreprend. Un
grand désir de démocratie s’est exprimé dans les
pays du Maghreb et du Moyen orient.
Une présence qui écoute et accompagne un
cheminement, favorise libération et croissance
de toute vie humaine.
Michelle, à Tijuquinha, vit l’accompagnement
dans la vie. Elle a le souci de rejoindre les gens,
de partager avec eux une activité, d’aller les
visiter. Les rencontrer c’est leur donner d’exister.
Marie Emmanuel nous entraîne, avec quelques
unes de nos sœurs de France, sur un chemin de
fraternité vécue au quotidien. La joie des autres
devient la nôtre. Ainsi se profile l’horizon d’une
communion dans le partage des peines et des
joies, de la souffrance et de l’espérance des
hommes.
Stéphane et Olinda Latarjet nous relatent leur
rencontre avec la Fraternité du Serviteur
Souffrant de São Paulo. Nara permet à chacun
d’être accueilli, écouté et de trouver sa place.
C´est une fraternité où sont célébrées dans
l’Eucharistie toutes les souffrances traversées par
les uns et les autres. Un lieu pour le partage d’un
repas et un échange sur nos fragilités. Ainsi
prend naissance la force des plus pauvres !
Gérard Aleton nous retrace la vie de José
Comblin, un des fondateurs de la théologie de la
libération au Brésil. La Parole de Dieu, Cardjin et
la JOC du Brésil ont façonné ses convictions et
sa foi. Marquée de « l’option préférentielle pour
les pauvres », sa réflexion théologique qui croise
la vie du peuple brésilien éclaire le sens de son
engagement.
Laissons-nous conduire par l’Esprit qui nous
appelle aujourd’hui à vivre de la vie de Dieu !
Bon été à tous et toutes.
Catherine Roth A.S.■
Cette vie jaillissant au cœur de nos forces de
mort, trouve sa source pour nous croyants, dans
cette découverte à recevoir que toute personne
est aimée et appelée à aimer car elle est crée à la
ressemblance de Dieu. La rencontre quotidienne
de ceux et celles qui croisent nos routes est alors
un chemin à saveur d’évangile !
Dans cette dynamique, Marie-Jô, participe avec
d’autres à la formation d’accompagnateurs
spirituels, au sein de la vie religieuse du Brésil.
05/07/11
Marchande bahianaise traditionnelle – Carybé
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Numéro 9
Bulletin des sympathisants
Marie-Jô, à droite, avec l’équipe d’animation de
la vie religieuse (CRB)
Acompanhante espiritual
R
elendo minha história, vejo que, desde a
minha juventude, uma « linha de fundo »
está me acompanhando. A Ação Católica
das Crianças como também a JOCF (Juventude
Operária Cristã Feminina) me permitiram
aprofundar o que é « ser amada para amar »;
descobri assim que todo ser humano precisa ser
amado e sendo amado, se levanta e pode « ficar
de pé »! Ele se liberta. « A Glória de Deus é o
homem Vivo » ! (Sto Irineu)
A experiência de ser amada passou entre outros
caminhos
pelo
ser
escutada
e
o
acompanhamento espiritual desde jovem ! E isso
marcou meu coração para sempre e meu jeito de
viver. Penso que marcou também minha
vocação à Vida Religiosa e depois o chamado de
Deus para ser enviada ao Brasil onde estou há
mais de 30 anos.
Um dos nossos objetivos no projeto de
Congregação aqui no Brasil é « contribuir para o
crescimento integral do ser humano ». Meu
trabalho se situa neste objetivo.
Num primeiro tempo, vivi 15 anos no meio do
povo nordestino (no interior da Bahia e do
Pernambuco), onde descobri a alma do nosso
povo, a sua cultura, sua fé e tentei me deixar
modelar.
Em 1990, fui nomeada para trabalhar na
formação de jovens que procuravam a nossa
forma de vida. A vivência no meio do povo e o
trabalho de acompanhamento dessas jovens me
prepararam para o trabalho que tenho hoje !
05/07/2011
No segundo tempo, vivi em Salvador, capital da
Bahia, onde oficializamos a casa do Noviciado.
Aí fui confirmando certos doms em mim: dom
da escuta e do acompanhamento.
Assim, hoje, não sou mais formadora na minha
Congregação, mas vivo um ministério de
Acompanhamento Espiritual aberto a todas e
todos! Assim, escuto e acompanho muitas
pessoas consagradas na Vida Religiosa e
leigo/as. Dou retiros para quem pede (leigas/os,
religiosas/os), como também estou contribuindo
pela formação da Vida Religiosa com as
Congregações que pedem uma ajuda.
Atualmente, pela CRB (Conferência dos
Religiosos/as do Brasil), somos uma equipe de
três irmãs e um leigo, pai de família de
espiritualidade inaciana, e oferecemos um curso
de capacitação para pessoas (consagradas/os ou
leigas/os) para ser acompanhantes espirituais.
Esse curso tem uma duração de dois anos e se
realiza em cinco etapas de oito dias cada uma;
uma das etapas é um retiro para confirmar essa
missão. Cada pessoa acompanha outras pessoas
e são acompanhadas pessoalmente na sua busca
de Deus, como também nós as supervisionamos
na sua escuta !
No nosso mundo, mais do que nunca, as pessoas
precisam ser escutadas e acompanhadas em suas
buscas e nas suas buscas de Deus. Há uma
grande sede de Deus; mas essa busca vai para
todos os lados hoje !
Viver o ministério da escuta e do
acompanhamento é contribuir para cada pessoa
se sentir amada e se libertar !
Agora, moro em Aracaju, capital do Sergipe,
estado vizinho da Bahia. Este trabalho o vivo
nas estradas entre Salvador e Aracaju. Por quê ?
Porque a nossa Igreja do Brasil tem sua
organização e os Estados de Bahia e Sergipe
formam um Regional Eclesiástico e a Vida
religiosa segue também essa mesma organização.
A Vida Religiosa no Brasil é muito bem
organizada e uma consciência de pertença à CBR
existe; desde minha vinda ao Brasil, encontrei
minhas irmãs ligadas e bem engajadas também à
CRB.
Assim, quem sou eu, mais a maneira de viver das
minhas irmãs Auxiliares me fez sentir também
CRB, quanto mais que toda formação inicial das
jovens (Aspirantes, Postulantes, Noviças e
Junioristas) é organizada pela e com a CRB. Isso
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Bulletin des sympathisants
fez que estou no segundo e último mandato na
equipe de animação da vida religiosa masculina e
feminina na Bahia e no Sergipe. Todos os meses
essa equipe formada por cinco pessoas se
encontra para pensar, avaliar e animar a
formação da vida religiosa inicial e permanente !
As viagens entre Aracaju e Salvador são para
mim ocasião para reverenciar, agradecer e
suplicar o nosso Deus ! Muitas vezes recebo
luzes para as próximas prestações que vou dar e
devo preparar !
Esse meu trabalho como Acompanhante
Espiritual e na diretoria da CRB me faz
encontrar o povo de outra maneira ! Pois na
escuta, mesmo de religiosas/os, é a vida do povo
que escuto ! Em cada religiosa consagrada a
Deus e ao seu povo, é uma mulher que tem
raízes num povo e é marcada na sua história!
Também para mim, esse ministério tem todo seu
sentido, pois os quinze anos vividos no meio do
povo me permitem compreender pelo coração e
amar a pessoa que escuto. Acredito muito que
minha escuta, como mediação de Deus, permite
a uma pessoa de estar bem viva, então, ela
poderá melhor amar e servir ao Reino de Deus !
Esse trabalho-missão me dinamiza e
corresponde também com um dos apelos que
escutamos em Congregação: « Investir na
formação para ajudar as pessoas a viver sua
vocação cristã, numa busca do compromisso
prazeroso ».
Marie-Jô Grollier A.S. ■
La dernière équipe en formation à
l’accompagnement spirituel avec Marie-Jô au
deuxième rang sur la droite.
05/07/2011
Accompagnatrice spirituelle
R
elisant mon histoire, je vois que depuis
ma vie de jeune, une « ligne de fond »
m´accompagne. L´Action catholique des
Enfants et la JOCF m´ont permis d´approfondir
ce que c´est qu´« être aimé pour aimer » ; j´ai
découvert ainsi que tout être humain a besoin
d´être aimé et étant aimé peut se mettre debout !
Il se libère : « La Gloire de Dieu c´est l´homme
vivant » ! (Saint Irénée)
L´expérience d´être aimée est passée, parmi
d´autres expériences, par le fait d´ être écoutée et
accompagnée spirituellement depuis ma vie de
jeune ! Et cela a marqué mon cœur pour
toujours et ma manière de vivre. Je pense que
cela a marqué aussi ma vocation pour la Vie
Religieuse et ensuite l´appel pour être envoyée
au Brésil, où je suis depuis plus de trente ans.
Un des objectifs de notre projet de Congrégation
ici au Brésil, est de « contribuer au
développement intégral de l´être humain ». Mon
travail se situe avec cet objectif.
Dans un premier temps, j´ai vécu quinze ans au
milieu du peuple nordestin (à l´intérieur de la
Bahia et du Pernambuco), et j´ai découvert l´âme
de notre peuple, sa culture, sa foi et j´ai essayé de
me laisser modeler.
En 1990, j´ai été nommée par la Congrégation
pour travailler à la formation des jeunes qui
cherchaient à vivre notre forme de vie. La vie au
milieu du peuple et ce travail d´accompagnement
des jeunes m´ont préparée pour la mission que
j´ai aujourd´hui !
Dans un deuxième temps, j´ai vécu à Salvador,
capitale de l´Etat de Bahia, où nous avons
implanté la maison de Noviciat. Au cours de ma
mission de formatrice, peu à peu, me furent
confirmés certains dons : celui de l´écoute et de
l´accompagnement.
Aujourd´hui je ne suis plus formatrice dans ma
Congrégation,
je
vis
un
ministère
d´accompagnement spirituel ouvert à tous et
toutes ! Ainsi j´écoute et j´accompagne
beaucoup de personnes consacrées dans la Vie
Religieuse. Je donne des retraites à qui les
demande : (laïcs/ques, religieux/ses), et je
contribue aussi à la formation de la Vie
Religieuse avec les Congrégations qui demandent
de l´aide. Actuellement, pour la CRB
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Bulletin des sympathisants
(Conferência dos Religiosos/as do Brasil), nous
sommes une équipe de trois sœurs et un laïc,
père de famille de spiritualité ignatienne, et nous
offrons une formation à des personnes
consacrés/es ou laïcs/ques) qui deviennent
accompagnateurs/es spirituel/les.
Ce cours dure deux ans et se réalise en cinq
étapes de huit jours; une des étapes est une
retraite pour confirmer l´appel à ce ministère.
Chacune des personne accompagne d´autres et
est elle même accompagnée et également
supervisée dans son écoute !
Dans notre monde, plus que jamais, les
personnes ont besoin d´être écoutées et
accompagnées dans leur recherche de Dieu. Il y
a une grande soif de Dieu; mais cette recherche
va un peu dans tous les sens aujourd´hui !
Vivre le ministère de l´écoute et de
l´accompagnement c´est contribuer á ce que
chaque personne se sente aimée et se libère !
Maintenant, je vis à Aracaju, capitale du Sergipe,
État voisin de la Bahia. Ce travail, je le vis en
voyageant entre Salvador et Aracaju. Pourquoi?
Parce que notre Église au Brésil a une
organisation et les États de Bahia et Sergipe
forment un « Régional Ecclésiastique ». La Vie
Religieuse suit aussi cette même organisation. La
vie religieuse est très bien organisée et la
conscience d´appartenir à la CRB existe; dès
mon arrivée au Brésil, j´ai trouvé mes sœurs de
congrégation liées et engagées avec la CRB.
Je le vis d’autant plus fort que la façon de vivre
de mes Sœurs Auxiliaires m´a permis de
comprendre en profondeur la CRB. La
formation des jeunes (aspirantes, postulantes,
novices et junioristes) est aussi organisée par et
avec la CRB. J’en suis à mon deuxième et dernier
mandat dans l´équipe qui anime la Vie Religieuse
masculine et féminine dans la Bahia et le Sergipe.
Tous les mois, cette équipe, formée par cinq
personnes, se retrouve pour penser, évaluer et
animer la formation de la Vie Religieuse initiale
et permanente !
Les voyages entre Aracaju et Salvador sont pour
moi l´occasion de prière ! Je peux remercier,
offrir et supplier notre Dieu ! Souvent cela me
donne des idées pour les prochaines prestations
que je vais devoir donner et qu´il me faut donc
préparer !
05/07/2011
Ce travail comme Accompagnatrice Spirituelle et
dans l´équipe d´animation de la CRB, me fait
rencontrer le peuple d´une autre manière ! Car
par l´écoute, même de religieux/ses, c´est la vie
du peuple que j´écoute ! Chaque religieux/se
consacré/e à Dieu et à son peuple, est un être
humain qui a des racines dans un peuple et est
marquée par son histoire ! Ce ministère, pour
moi, a aussi tout son sens, car les quinze années
vécues au milieu des pauvres me permettent de
comprendre par le cœur et d´aimer la personne
que j´écoute. Je crois beaucoup que mon écoute,
comme médiation de Dieu, permet à une
personne d´être bien vivante et de devenir
capable d´aimer et servir le Règne de Dieu !
Ce travail-mission me dynamise et correspond
aussi à un des appels que nous entendons en
Congrégation : « Investir dans la formation pour
aider les personnes à vivre leur vocation de
chrétiens, dans un engagement qui est aussi
source de joie ». ■
Marie-Jô Grollier A.S.
Repas de Noël 2010 chez les A.S. de Tijuquinha.
Marie-Jô, Michelle et une famille invitée
Tijuquinha
T
ijuquinha é um bairro de Saõ Cristõvaõ,
pequena cidade, a quarta das mais antigas
do Brasil. Ela foi capital do Estado de
Sergipe (Nordeste). A partir de 1855, Aracaju
tornou-se a capital.
Na rua principal de Tijuquinha, se vêem muitas
pequenas lojas: mercearias, variedades, concerto
de tudo, dois ou três armazéns de construção,
porque, aqui, cada um faz sua casa ou a aumenta.
As ruas adjacentes são ladeiras muito
acidentadas. Quando você esta no alto, descobre
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um panorama bonito. No campo circunvizinho,
têm pequenas fazendas com tudo que se
encontra numa fazenda. Na rua, se encontram
também as pessoas: a pé, a cavalo, de bicicleta,
de carroça , e, uns poucos, de moto ou
automóvel. E os animais ! Muitos cachorros,
algumas galinhas, cavalos que buscam um pouco
de capim. Os cavalos são, evidentemente, os
motores das carroças. Essas servem de meio de
transporte ou de entrega. E não se pode
esquecer as lindas flores amarelas que crescem
em tudo lugar, mesmo no meio do lixo.
Então, em agosto de 2008, a comunidade das
Auxiliares do Sacerdócio chega a Tijuquinha:
de risco, 10 - 18 anos); e na pastoral do menor.
Paralelo a isso, Márcia foi visitar o Conselho
Tutelar que faz parte da Justiça, para a prevenção
da delinquência e proteção dos direitos das
crianças e adolescentes. Com muita alegria, o
grupo a acolheu para ajudar na secretaria. Márcia
esta também na formação dos catequistas da
paroquia N.S. Loreto, da qual depende nossa
comunidade cristã.
Esta comunidade gosta das irmãs, podemos
dizer sem orgulho. Senão, porque Claudio e
Pedro teriam dito: « deste a presença das irmãs, eu
cresci. » ■
Michelle Nigay A.S.
Marie-Jô, sempre nas estradas por causa do seu
engajamento na Igreja: retiros pregados,
acompanhamento espiritual, compromisso com
a Conferência dos Religiosos do Brasil.
Elenilda (ou Lene), estudante em pedagogia e
muito atenta à vida da comunidade : catequese,
grupo de jovens…
Renata começou por muitas visitas para
conhecer o povo e se engajou no artesanato de
dona Marina que reúne uma dúzia de mulheres,
e na pastoral dos Idosos com dona Nazaré,
visitando, confortando-os e vigiando a saúde
deles. Mas, Renata adoeceu e teve que ficar na
França no verão 2010. Como Lene ia aguentar
sozinha, na ausência de Marie-Jô ? Então,
Michelle foi chamada para ficar um tempo no
Brasil. Toda feliz de voltar pela terceira vez !
Michelle, sou eu. Comecei, seguindo um pouco
o que fazia Renata. É assim que vou, uma vez
por semana, no artesanato, ligando amizade com
as mulheres. Fui convidada por uma delas para
fazer parte de um dos corais de nossa igreja
« Nossa Senhora das Graças ». Ofereci de
acompanhar alguns meninos em dificuldade,
numa escola do Estado. Tenho assim três
crianças de 9 a 12 anos que distinguem apenas o
O do A...Faço visitas também, para conhecer o
mundo no meio do qual vivemos. E isso
mostra bem nossa missão aqui: « Viver uma
Igreja de proximidade perto dos quais fomos
enviadas ».
Mas agora somos quatro. Chegou Márcia, uma
irmã jovem. Ela já se comprometeu com a « casa
do menor » (acolhimento de jovens, em situação
05/07/2011
Tijuquinha,
T
ijuquinha est un quartier de São
Cristovão1, petite ville, la quatrième parmi
les plus anciennes du Brésil. Elle fut
capitale de notre Etat du Sergipe (Nord-Est ).
Depuis 1855, c’est Aracaju la capitale.
Dans la rue principale de Tijuquinha, on voit
beaucoup de toutes petites échoppes: épiceries,
« magasins en tous genres », réparateurs de tout,
et deux ou trois magasins de construction. Car
on construit beaucoup, on bâtit sa maison ou on
l’agrandit. Les rues adjacentes sont des sentiers
très accidentés. Quand vous êtes en haut, vous
avez un beau panorama. Dans la campagne
environnante, de petites fermes, avec ce qu’on
trouve dans toute ferme qui se respecte. Dans la
rue, on rencontre aussi des gens, bien sûr: à pied,
à cheval, à vélo, en charrette à cheval, et
quelques-uns à moto ou en voiture. Et les
animaux ! Beaucoup de chiens, quelques poules,
des chevaux à la recherche de touffes d’herbe car
les chevaux sont évidemment, les moteurs des
charrettes! Celles-ci servent de transport, de
camions de déménagement et de livraison. Et
l’on ne peut oublier les belles fleurs jaunes qui
croissent partout y compris dans les ordures.
Donc, en août 2003, la communauté des
Auxiliaires du Sacerdoce arrive à Tijuquinha.
Marie-Jô, toujours par monts et par vaux de par
son engagement dans l’Eglise: retraites prêchées,
1
Saint Christophe en français.
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accompagnement spirituel, engagement à la
Conférence des Religieux du Brésil.
Elenilda (ou Lene), étudiante en pédagogie et
très attentive à la vie de la communauté
chrétienne: catéchèse, groupe de Jeunes…
Renata, elle, a commencé par faire beaucoup de
visites pour connaître les gens et s’est fixée sur
l’artisanat de dona Marina, qui réunit une
douzaine de femmes, deux fois par semaine; et
dans la pastorale des personnes âgées avec dona
Nazaré pour visiter, réconforter et veiller sur la
santé de ces gens. Mais Renata est tombée
malade et a dû rester en France après l’été 2010.
Comment Lene allait-elle pouvoir vivre seule,
durant les nombreuses absences de Marie-Jô ?
On a donc appelé Michelle, encore une fois au
Brésil, bienheureuse d’y revenir !
Michelle, c’est moi. J’ai mis un peu mes pas
dans ceux de Renata. C’est ainsi que je vais une
fois par semaine à l’artisanat, faisant amitié avec
les femmes. J’ai été invitée par l’une d’elles à
faire partie de la chorale de la communauté
chrétienne « N.S. das graças ». J’ai offert un
accompagnement scolaire
dans une école
publique. Je fais aussi des visites, bon moyen
pour connaitre le monde dans lequel nous
vivons.
Et là, peut se définir notre mission: « Vivre une
Eglise de proximité auprès de ceux auxquels
nous sommes envoyées ».
de Tutelle, qui fait partie de la Justice, et a pour
mission, la prévention de la délinquance. Ce
groupe lui a demandé de l’aider dans son
secrétariat. Elle travaille aussi à la formation des
catéchistes, dans la paroisse dont dépend notre
communauté chrétienne.
Celle-ci aime bien les sœurs et nous pouvons le
dire sans vanité. Sinon, pourquoi Claudio et
Pedro (16-17 ans) auraient-ils dit: « depuis que les
sœurs sont là, j’ai grandi. » ■
Michelle Nigay A.S.
Qu’est-ce qui fait vivre les
Auxiliaires en France ?
L
es sœurs retraitées y sont nombreuses.
Sont-elles vraiment en retraite ? Ne
peuvent-elles pas enfin profiter un peu de
la vie ? A travers quelques flashes, à vous d’en
juger !
Louise vit en communauté avec Nicole, Renée
et Renata (de retour du Brésil, en repos cette
année) dans la montagne bourbonnaise. Tous les
ans à l’occasion du Carême, Louise réunit
quelques grand’mères et chemine avec elles vers
Pâques. Mais cette année, Louise n’est pas
disponible à la première rencontre. Va-t-elle
demander à Jeannette de l’animer ? Cette femme
intervient toujours avec justesse dans le
groupe… Acceptera-t-elle ?
Mais oui ! elle
accepte et même sans hésitation… « Nous
préparons ensemble et cela se passe très bien ! »
Louise est heureuse de la joie de Jeannette !
Comme Jean -Baptiste : « Telle est ma joie, il
faut qu’il grandisse et que moi je décroisse »
Marie Aimée, Irène, Odette, et Jeannette
vivent en appartement dans une cité HLM des
Prés -St Jean à Chalon-sur-Saône.
Michelle et Marie-Jô dans leur chapelle de
Tijuquinha
Mais maintenant nous sommes quatre. Est
arrivée une jeune sœur: Márcia. Elle s’est déjà
engagée à la « Maison de mineurs », pour des
enfants en situation de risque (10-18 ans). Dans
le sens de ce travail, elle est allée voir le Conseil
05/07/2011
Marie Aimée : « Je m'oblige chaque semaine à
aller voir Marie Thé, notre voisine incroyante.
Elle déprime, elle souffre de solitude. Un jour
elle va mieux et me dit : ″Pendant ma déprime,
j'ai pensé plusieurs fois en finir avec la vie et me
jeter par la fenêtre, j’ai prié et Dieu m'a
empêchée de le faire ... ″ Merci Marie -Thé, tu
m'as confié ta foi en Celui qui t'a sauvée de la
désespérance. Je continuerai ma route avec toi
par la prière, les visites, l'amitié. »
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Irène : « Les personnes venues d'ailleurs
traversent bien des difficultés : la langue, les
moyens qui manquent etc. Un jour elles trouvent
l’adresse du Secours Catholique. Cela change
leur vie, mais pas seulement la leur. Je les
rencontre là dans un petit groupe, aidée d’une
traductrice. Leur désir de vivre, leur sourire
d'avoir été comprises et écoutées me fait vivre ;
une phrase de notre dernier Chapitre me
confirme sur ce chemin : "L'Eglise est appelée à
sortir d'elle- même pour témoigner d’une qualité
de relations et manifester la communion entre
les hommes". Mon engagement à "Artisans du
monde" m'ouvre les yeux sur l'injustice du
commerce avec les pays du Sud. Les paysans
producteurs vendent leurs productions aux pays
du Nord à un prix qui ne leur permet pas de
subvenir à leurs besoins. A la boutique, je suis là
pour vendre leurs produits à un plus juste prix,
sensibiliser les personnes au commerce
équitable. Une autre manière pour moi de servir
le monde et l'Eglise: j’assure une permanence à
la paroisse pour accueillir ceux qui demandent
un sacrement ou un autre service. Toute cette vie
nous la reprenons dans la prière communautaire
comme nous y invite notre prière-offrande :
"Nous t'offrons Père, les peines et les joies de ce
jour, la souffrance et l'espérance des hommes.
"»
Odette : « Depuis octobre 2009, je participe à un
groupe de Mission Ouvrière Locale. Avec
quelques membres de l’A.C.O. nous cherchons à
rassembler des personnes engagées sur le
quartier, afin de mettre en valeur les belles
choses qui se vivent sur la cité des Prés St Jean.
Nous nous retrouvons une bonne quinzaine à
partager une fois par trimestre. Avec un partipris d'espérance malgré les difficultés de la vie.
Ce groupe me fait vivre et évolue. En mars nous
avons eu connaissance d'une enquête pour
améliorer la vie du quartier. Dans cet esprit,
nous proposons de rassembler les besoins
perçus en réalisant une maquette. Tout le monde
a joué le jeu! S'est posée la question : comment
transmettre ces souhaits ? La décision est prise:
rencontrer un élu à sa permanence dans la
maison de quartier. Et nous voilà sept,
emportant la maquette. Le conseiller municipal
prend note des besoins: améliorer le cadre de vie
et les transports, lutter contre le bruit, la solitude,
proposer des lieux d'accueil, de convivialité, bref
humaniser les relations. Nous nous sommes
05/07/2011
présentés comme un groupe d'Eglise. Dans ce
groupe apparaît aujourd’hui une recherche de
sens que l'équipe d'animation désire voir éclairée
par l'évangile. Je me sens bien Auxiliaire du
Sacerdoce dans ces rencontres. Ma lettre de
mission à Chalon notait : " créer des liens à
partir des enfants, des jeunes, nous rendre
solidaires des peines et des joies, des souffrances
et de l'espérance des hommes, participer à la vie
associative de la cité pour la rendre plus
humaine, collaborer avec la communauté
chrétienne pour y témoigner de notre foi... " .
Oui, je me sens bien Auxiliaire du Sacerdoce,
bien incarnée ici, en communion avec Celui qui
s'est fait l'un de nous pour que nous ayons la vie
en abondance. J’entre ainsi dans son mouvement
d'amour pour le monde qui ramène tout au Père.
Depuis l'arrivée des jeunes prêtres, l'accent
pastoral est mis sur l'annonce plus explicite de
l’Evangile. Cette annonce, il me semble la vivre
surtout en actes, en paroles c'est encore en
espérance… Je le désire, je le cherche… »
Jeannette : « Au pied de l'immeuble, nous
rencontrons souvent Nicolas. Il vient d'avoir son
bac. Il est stagiaire, employé par la régie de
quartier pour l'entretien des Entrées A et B. Le
contexte de son travail est rendu peu intéressant
par la
malpropreté et les incivilités des
locataires. Nicolas ne baisse pas les bras, il en
parle à la régie. La régie lui fournit une machine
à nettoyer le sol qui lui facilite le travail. Résultat:
le travail est propre et exercé avec moins de
peine. Nicolas est content, il connait de plus en
plus de gens qui lui manifestent leur soutien. En
sortant du bâtiment, je vois une maman avec sa
fillette de trois ans qui montre un chat. Elle veut
le caresser, mais le chat se déplace. "Si on le
tient, tu pourras peut être le caresser ?". La
maman sourit. Nicolas sort du local, prend le
chat au passage, le tient devant la fillette. Sara est
heureuse, caresse la tête et le dos du chat. Il est
content. Je dis à Sara : "Tu vois Nicolas est
gentil, grâce à lui tu as pu caresser le chat." Et à
la maman : "Nicolas est ici depuis quelques
temps, il va peut être chercher du travail ailleurs
? " Il intervient avec un grand sourire : "On vient
de m'offrir un CDI. Je ne vais pas quitter
maintenant." Bravo Nicolas, on vous souhaite
de bien continuer !
Se rencontrer pour apprécier les talents et la
générosité
des
personnes.
Ma
lettre
d'envoi précise : " Etre proche des hommes et
des femmes qui habitent dans le quartier … " Se
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rencontrer pour partager les joies et les peines
des uns et des autres et les offrir au Christ
Seigneur, c’est ma vie quotidienne, c’est celle que
j’ai choisie et que j’aime ! »
Ces quelques miettes sembleront insignifiantes.
Pourtant celles qui les vivent n’apparaissent ni
désabusées ni déçues. Ne profitent-elles pas de la
vie d’une manière inattendue? Elles me font
penser aux paraboles de Jésus : « Vous êtes le sel
de la terre… Le Royaume de Dieu est semblable
a du levain qu’une femme a enfoui dans trois
mesures de farine…» Vivre du Sacerdoce du
Christ n’est pas autre chose: dans la banalité des
rencontres, là où transparaît le cœur des
hommes, s’ouvre un chemin vers Dieu dont il a
le secret. Il nous donne parfois d’en saisir un
rayon et cela suffit pour illuminer nos journées.■
Marie Emmanuel Crahay A.S.
Visite à la « Irmandade do
Servo Sofredor – ISSO » à
Santo André – São Paulo –
Brésil
O
linda et moi avons profité d’un séjour
dans la famille au Brésil2, près de São
Paulo, pour rencontrer Nara et la
Fraternité du Serviteur Souffrant dans le quartier
(ancienne favelle) Lamartine de Santo André,
commune industrielle du « Grand São Paulo ».
Lorsqu’il n’était pas avec les gens de la rue,
Padre Alfredinho3, vivait à la « Capelinha »
(Chapelle), une petite maison en haut de la
colline, aujourd’hui urbanisée. La Ville a voulu
raser la Capelinha mais les habitants se sont
mobilisés pour l’empêcher. Ils y sont parvenus.
Aujourd’hui Nara vit à la Capelinha qui est le
cœur de l’Irmandade4. Y viennent les gens qui
habitent le quartier, les gens de la rue, et aussi
des paroissiens, des séminaristes, des jeunes,
etc… pour des temps de prière, des rencontres,
des journées de retraite, etc… C’est tout petit
mais on y a toujours sa place ! C’est une pièce
commune qui est à la fois chapelle, salle de
réunion, dortoir, etc… Ici tout est très très
simple, bien décoré, entouré de fleurs, pratique,
pauvre, et très accueillant, dans l’Esprit de la
Fraternité.
Nara nous y a reçus avec la douceur, l’amitié et
la disponibilité qui la caractérisent..
Le samedi après-midi, le quartier se retrouve à la
Capelinha pour célébrer l’eucharistie. Nous
avons retrouvé des pèlerins de la Romaria de
Santa Fé, de Janvier 2010, et des personnes
rencontrées le matin lors de notre pérégrination
dans les ruelles escarpées du quartier. Quel
accueil, quelle attention ! Chaque personne a un
parcours de souffrances traversées grâce à la
résistance, l’entraide, la solidarité, l’espérance, la
foi en Jésus vivant et présent en chacun.
Le lendemain, nous nous sommes retrouvés une
vingtaine qui avaient affronté la bruine, le vent et
le froid, pour la rencontre mensuelle de la
Fraternité dans la région autour d’ un bon café
chaud agrémenté de ce que chacun avait apporté,
en chantant la bienvenue pour tous :
« Seja bemvindo Olê-là (bis) ! Paz e Bem para
você, que veio participar ! »
« Sois Bienvenue Olê-là (bis) ! Paix et du Bien à
toi qui est venue participer ! »
Ce fut une journée riche d’échanges, partage et
solidarité.
3
Nara et Olinda devant la maison du padre
Alfredinho
2
Visite en avril 2011- note de D.L.P.D.
05/07/2011
Fils de la Charité, fondateur de l’ « Irmandade do
Servo Sofredor » en 1983 lorsqu’il vivait à Crateus –
Cearà, dans le Nordeste- au milieu des plus pauvres,
décédé le 12 août 2000, à Santo André. Ayant
toujours vécu avec les exclus et marginaux, il a écrit
« l’ânesse de Balaam »
4
Irmandade : la Fraternité
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Du levain pour Demain
Numéro 9
Bulletin des sympathisants
Les participants se sont ensuite organisés pour
les prochains temps forts d’Eglise auxquelles la
Fraternité est invitée à participer, et parfois
sollicitée à ouvrir ses portes en tant que lieu
d’accueil, de rencontre, de prière.
Après le repas partagé, la Fraternité a préparé sa
Retraite régionale des 13-15 Mai 2011, sur le
thème : « Quel Dieu ? Et nous qui sommes
nous ? » Les 7 rencontres du Livret ont été
réparties entre groupes- y compris les prêtres de
la paroisse- où ils seront travaillés pour être
présentés à la retraite. Comme nous en Europe,
en somme…
Nara nous avait invités à venir à Santo André
« partager nos fragilités »…. En effet, les
souffrants de Lamartine sont bien malmenés par
la société, leur vie ne tient souvent qu’à un fil.
Un rien peut faire basculer dans la violence,
l’agression, ou dans la dépression, le
renoncement. Mais la force des plus pauvres est
là, qu’ils puisent certainement en Jésus et dans
les multiples gestes fraternels des uns envers les
autres.
Quelques mots sur ce qui nous a frappés dans
cette région de São Paulo, où nous n’étions pas
venus depuis environ 20 ans. Comme dans le
reste du pays, on construit à tour de bras. Les
quartiers d’extrême pauvreté ont été rasés ou
repoussés à une lointaine périphérie et remplacés
par des voies rapides et autoroutes qui sillonnent
la mégapole et la relient aux villes voisines. La
spéculation foncière bat son plein. Dans les
quartiers populaires les maisons en dur ont
remplacé les cabanes en bois, mais elles restent
de bien petite taille pour abriter la famille et les
proches venus d’autres régions chercher du
travail à São Paulo.
Le Brésil se développe à grande vitesse. On voit
bien moins d’enfants dans les rues, suite à la
création de la « bourse famille » dont bénéficient
les familles pauvres dans la mesure où les
enfants vont à l’école. Il apparaît que le
pourcentage de familles dans la misère a bien
diminué. On trouve plus de travail mais les
salaires restent à un bas niveau pour la main
d’œuvre peu ou moyennement qualifiée.
Globalement, il nous est apparu que le Brésil suit
une politique économique et sociale tout à fait
comparable aux politiques des pays du G8, alors
qu’on s’attendait à ce que soient prises, par le
05/07/2011
gouvernement Lula, des mesures innovantes,
originales, empreintes de plus de justice sociale,
principalement pour les petits paysans (réforme
agraire) et les travailleurs pauvres (salaire
minimum encore limité à 270 euros par mois
alors que le coût de la vie est élevé). Il n’est est
rien, mis à part le désendettement extérieur
(remplacé par un endettement interne public très
important, comme chez nous), la mise en place
de systèmes d’allocations sociales, et le
renforcement du système de santé publique,
encore bien insuffisant pour la population qui
en dépend. ■
Olinda et Stéphane Latarjet
Visita à Irmandade do Servo
Sofredor – ISSO em Santo
André – São Paulo - Brasil
O
linda e eu aproveitamos uma visita à
nossa familia no Brasil, para encontrar
Nara e a Irmandade do Servo Sofredor
no bairro (antiga favela) Lamartine, em Santo
André, municipio industrial da periferia de Sao
Paulo.
O Padre Alfredinho5 vivia na « Capelinha » e
com o povo da rua. Uma casinha em cima do
morro, que foi urbanizado depois. A prefeitura
quiz tirar a Capelinha. O povo se mobilizou e
não deixou. Hoje Nara mora na Capelinha, o
coração da Irmandade.
Aqui vêm os moradores do bairro, outros da rua,
paroquianos, seminaristas, jovens, etc… para
orar, participar de encontros ou dias de retiro,
etc… E muito pequeno, mas sempre tem lugar
para mais um. Uma sala usada para reuniōes,
oficios, missas, e para dormir. Tudo é muito
simples, bem decorado, com flores ao redor.
Tudo muito pratico, pobre, acolhedor, no
espirito da Irmandade.
5
Filho da Caridade, fundador da Irmandade do
Servo Sofredor em 1983, quando vivia em Crateus –
Cearà, no Nordeste, no meio dos mais pobres.
Faleceu no dia 12 de agosto de 2000 em Santo André.
Sempre viveu na fileira dos excluidos e
marginalizados.
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Du levain pour Demain
Numéro 9
Bulletin des sympathisants
Nara nos acolheu com muito carinho e amizade.
Ficou à nossa disposição nos dias que passamos
com ela.
dos mais pobres sempre aparece, alimentada por
Jesus e pelos mil gestos fraternos entre uns e
outros.
Aos sabados de tarde, o pessoal do bairro
encontra-se na Capelinha para celebrar a
eucaristia. Ai encontramos peregrinos da
Romaria de Santa Fé (Janeiro de 2010) e pessoas
do bairro que visitamos pela manha. Fomos
acolhidos com muito carinho e atenção. Cada
pessoa encontrada tem uma vida sofrida, que
enfrenta com muita coragem, contando com a
solidariedade, a ajuda dos demais, a esperança, a
fé em Jesus Cristo que habita em cada um.
O que nos chamou mais atenção nesta região de
Sao Paulo, depois de 20 anos sem vir,… Aqui se
constroi prédios por todo canto. Igual nas outras
cidades do pais. Os bairros de extrema miséria
foram empurrados para mais longe, para dar
espaço à grande rêde de rodovias urbanas intra
muros e para as cidades vizinhas. A especulação
tira proveito. Nos bairros populares casas de
tijolos substituiram os casebres de madeira.
Porém são muito pequenas para acolher familias
numerosas… que vêm de longe, na maioria das
vezes, para encontrar trabalho.
O Brasil se desenvolve muito rapidamente. A
gente vê poucas crianças nas ruas, devido à
« Bolsa familia » que familias pobres recebem
quando o filho vai para escola. Parece que o
numéro de familias vivendo na miséria, diminuiu
muito. Hà trabalho, mas os salarios permanecem
muito em baixo para a mão de obra pouco
qualificada.
Photo de groupe prise à l’occasion de la
rencontre de la Fraternité
No domingo, havia o encontro mensal dos
membros da Irmandade da região. Umas vinte
pessoas enfrentaram o frio, a chuva, trazendo
café quente, comes e bébés, cantando :
« Seja bemvindo Olê-là (bis) ! Paz e Bem para
você, que veio participar ! »
Foi um dia de partilha e solidariedade, onde
todos participaram aos debates.
Os participantes se organizaram para participar
dos eventos da Igreja, onde a Irmandade é
convidada ou solicitada para acolher tempo de
oração ou de encontro.
O almoço foi partilhado entre todos. O
encontro prosseguiu com a preparação do Retiro
Regional, dias 13-15 de maio de 2011, com o
tema : « Qual Deus ? Quem somos nos ? »
Nara nos tinha convidados para « partihar as
nossas fragilidades ». De fato, os sofredores de
Lamartine, são muito machucados pela
sociedade, a vida deles se sustenta com quase
nada. A violência sempre rodeia perto , assim
como as agressōes e a depressão. Mas a força
05/07/2011
Chapelle de la Fraternité à Santo André
De maneira geral, o Brasil segue uma politica
econômica e social bem parecida com os paises
do G8. Esperava-se que o Governo de Lula
tomasse medidas inovadoras, com mais justiça
social, sobretudo para os pequenos agricultores
(reforma agraria) e para os trabalhadores pobres
(salario minimo limitado à 540 reais por mês,
enquanto o custo de vida é elevado). Nada disso.
O Governo anulou a divida externa,
substituindo-a por un endividamento interno
publico, criou o sistema de allocaçōes sociais,
reforçou o sistema de saùde publica enquanto
permanece insuficiente. ■
Olinda e Stéphane Latarjet
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Du levain pour Demain
Numéro 9
Bulletin des sympathisants
Padre Zé, prophète de notre
temps.
J
oseph Comblin que l’on appelait José ou Zé
nous a quittés le 27 mars dernier. Décédé
subitement à l’âge de 88 ans près de Salvador
dans l’Etat de Bahia, il fut enterré à Soleânea
près du Pe. Ibiapina, prêtre nordestin du XIX
ème siècle, qu’il considérait comme un modèle
pour la mission, la promotion humaine des plus
pauvres, des femmes et des petits.
Je n’ai pas connu personnellement Joseph
Comblin mais accompagnant sa réflexion depuis
plusieurs années, je vais dresser un portrait de ce
prêtre belge, naturalisé brésilien qui fut l’un des
fondateurs de la théologie de la libération et qui
a suffisamment cru en l’évangile pour mettre en
cohérence sa vie avec sa foi ses paroles et sa
réflexion.
Joseph Comblin
A l’âge de 35 ans - en 1958- , il partit pour le
Brésil non pas pour remédier au manque de
prêtres sur le continent américain ou encore
répondre à un appel du pape qui voulait à
l’époque
contrecarrer
la
montée
du
communisme, du protestantisme ou du
spiritisme mais car il eut l’intuition que le
nouveau monde offrait une chance de renouveau
au christianisme qui s’épuisait dans la vieille
Europe. Influencé par Cardijn, prêtre du diocèse
de Bruxelles et fondateur de la Jeunesse
Ouvrière Chrétienne, ses premiers contacts
brésiliens furent noués avec la JOC (Juventude
Operária Católica) du Brésil, pays qui le conquit
immédiatement. Avec Gustavo Gutiérrez
(Pérou) et Juan Luis Segundo (Uruguay) il
travailla très tôt sur « l’option préférentielle pour
les pauvres » correspondant à la pratique
d’évêques sud-américains qui avaient signé le
05/07/2011
pacte des catacombes le 16 novembre 1965 à la
fin du concile Vatican II. La réflexion des trois
théologiens donnera ultérieurement naissance à
ce que l’on a appelé la théologie de la libération.
Dès 1965, Dom Helder Câmara, lui demanda de
venir travailler à Recife ce qui lui permit de
nouer des relations étroites avec les évêques
progressistes d’Amérique Latine comme
Leônidas Proaño (Equateur), Mendez Arceo
(Mexique), Aloisio Lorscheider (Brésil), José
Maria Pires (Brésil) et bien d’autres. Les
théologiens de la libération approfondirent les
thèmes de la solidarité avec les plus démunis et
le rejet de l’idée de développement comme sousproduit du système capitaliste. Expulsé du Brésil
par les militaires en 1972 il trouva refuge au Chili
d’où il fut expulsé à nouveau en 1974 à la chute
de Salvador Allende. En 1977, il profita de
l’ouverture progressive du Brésil pour y
séjourner avec un visa touristique jusque dans les
années 1980 au cours desquelles sa situation fut
régularisée. Durant cette période, il élabora la
théologie de la houe (enxada) et se dédia à la
formation de séminaristes en milieu rural,
destinés à devenir des prêtres de communautés
ecclésiales de base. L’agriculture à la houe,
traditionnelle du « nordeste », s’oppose à celle
du tracteur et de la charrue. Plus profondément,
elle symbolise une agriculture familiale
respectueuse de l’environnement et de l’homme
en opposition à une agriculture industrielle
profitant à quelques privilégiés et destructrice de
l’environnement. Sillonnant le « nordeste » à pied
et en jeep, délaissant les grands centres, il
travailla de plus en plus à la formation des laïcs
en contact étroit avec les paysans et les
communautés de base en se ressourçant de
temps à autre dans son université de Louvain. A
la fin de sa vie il s’était établi dans le diocèse de
Barra qui dépend de l’évêque franciscain Dom
Luiz Cappio6 pour vivre – disait-il- au sein d’une
Eglise qui a fait le choix d’être au service des
pauvres. Joseph Comblin, théologien de « la
houe », mort en pèlerin des routes
« nordestines », fut l’un des meilleurs
représentants des théologiens de la libération qui
prit au sérieux le savoir populaire et l’articula
avec le savoir académique de façon critique et
engagée; chacun des savoirs enrichissant l’autre:
6
Dom Luiz Cappio est connu pour avoir entamé
deux grèves de la faim de protestation contre le
détournement du Rio São Francisco qui spolie les
riverains en faveur de l’agro business.
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Du levain pour Demain
Numéro 9
Bulletin des sympathisants
l’intellectuel repasse au peuple un savoir qui
l’aide à avancer et le peuple oblige l’intellectuel à
penser les problèmes actuels et à formuler des
propositions. Approfondissant en permanence
sa compréhension des évangiles et de la bible, il
y puisait une forte conscience de l’importance du
rôle du peuple de Dieu et de la responsabilité du
chrétien à s’engager dans le Monde au service
des hommes, pour la justice, la paix et la
fraternité. Il a publié une quantité
impressionnante de livres tant en français qu’en
portugais. Ses collaborateurs qui poursuivent son
travail de formation permanente de leaders
communautaires dans les villes et les campagnes,
témoignent que son message a porté du fruit
d’autant plus qu’ils sont en nombre et
proviennent de milieux populaires.
Joseph Comblin fut un pédagogue et un
prophète. Sa pensée toujours limpide s’exprimait
en termes compréhensibles par tous. Difficile de
résumer en quelques mots une réflexion aussi
féconde que la sienne mais si on pouvait la
caractériser par un seul mot je m’attacherais au
terme de liberté que Paul de Tarse exprime de la
façon suivante « C’est pour que nous soyons vraiment
libres que Christ nous a libérés. Tenez donc ferme et ne
vous laissez pas remettre sous le joug de l’esclavage »
(Gal, 5.1). Cette recherche de la libération que
l’on peut assimiler à un refrain repris sans cesse
dans toute son œuvre et sa vie, ne peut
évidemment être confondue avec celle hédoniste
de nos sociétés bourgeoises car « n’est pas libre
celui qui dit qu’il fait ce qu’il veut mais qui est en réalité
soumis à la pression de ses désirs et est esclave des objets
qu’il convoite ». La liberté présuppose la libération
de ses désirs individuels pour se consacrer à la
cause des plus pauvres. Cette réflexion
s’applique aussi à la notion de Dieu qui n’est pas
le fondement de l’ordre mais de l’amour. Or
l’amour fonde la liberté et par conséquent le
désordre. Pour Joseph Comblin, lutter pour la
liberté ce n’est pas travailler dans l’espoir d’un
monde utopique d’où le mal serait absent. Dieu a
fait le Monde tel qu’il est et le péché est
consubstantiel au Monde. Dieu frappe à notre
porte mais nous sommes libres de ne pas la lui
ouvrir !
Joseph Comblin a eu le courage prophétique de
dénoncer les pesanteurs de notre Eglise en
s’attachant à séparer le message évangélique de la
religion. « L’évangile n’est pas religieux : Jésus n’a
fondé aucune religion, n’a pas établi de rites, n’a pas
05/07/2011
enseigné de doctrines, n’a pas organisé un système de
gouvernement. Rien de tout cela. Il s’est voué à annoncer,
à faire connaître le Royaume de Dieu, c'est-à-dire un
changement radical de l’humanité entière sous tous les
aspects, un changement dont les auteurs seront les
pauvres. »7
L’absolue liberté de parole de Joseph Comblin
incommodait. Pour cette raison, il fut expulsé du
Brésil puis du Chili. Il y a peu de temps encore,
certaines autorités ecclésiastiques jugeant que
l’on ne pouvait tolérer son message, lui
interdisaient la prise de parole publique et le
disaient gâteux pour mieux le discréditer! Carlos
Mersters8 n’a pas craint de le comparer au
prophète Amos qui répondit au prêtre de Béthel,
Amacya, lui demandant de quitter Israël : « Je
n’étais pas prophète, je n’étais pas fils de prophète, j’étais
bouvier, je traitais les sycomores ; mais le Seigneur m’a
pris de derrière le bétail et le Seigneur m’a dit : Va !
prophétise à Israël mon peuple. » (Amos 7,14-15).
Le « padre Zé », comme Amos, ne s’est jamais
présenté comme prophète, mais par la cohérence
de sa vie, la simplicité de sa façon de dialoguer,
la force de son témoignage, il fut un prophète de
notre temps ! ■
Dom Helder Camara et Joseph Comblin
Gérard Aleton
7
Extrait d’une conférence de joseph Comblin
intitulée « Eglise : crise et espérance » prononcée le 18
mars 2010 à l’université Centroaméricaine José
Siméon Cañas (UCA) d’El Salvador. Le texte qui a été
publié par DIAL (numéro 3123) peut vous être
transmis sur simple demande par le secrétariat.
8
Carlos Mesters, auteur du livre : la mission du
peuple qui souffre, est prêtre carme, membre du
Comité national du mouvement international de la
réconciliation et a longtemps dirigé l’Ecole biblique
de Belo Horizonte (Brésil).
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Du levain pour Demain
Numéro 9
Bulletin des sympathisants
Courrier des lecteurs
Thérèse Dreyer nous a transmis le courrier cidessous. Merci à elle qui nous partage ce qui
touché son cœur : la vie qui se donne et qu'elle
ne cesse de recevoir :
« J’ai été ravie par le dernier bulletin « Du Levain pour
Demain ». J’ai beaucoup aimé l’article de Jacques
Hahusseau : une vraie homélie évangélique que j’ai vécue
sur la naissance et le baptême de la « Pastorale de la
Terre ».
Bien sûr « l’ibis Rouge » fait un tabac. C’est magnifique,
je retrouve tous les hommes brésiliens que j’ai connus et
aimés durant mes trente et un ans de présence au Brésil.
Je les connais dans leur être profond. Combien de fois ne
m’ont-ils pas fait craquer ! Ils sont devenus de vrais amis,
des frères. Je n’oublierai pas leurs yeux de velours et de
souffrance et celui qui m’a payé avec une pépite d’or dans
la Serra Pelada dans le Para. Ils sont tous gravés dans
mon cœur avec leurs femmes et enfants.
Je voulais vous dire aussi que j’ai apprécié l’article de
Dilma ; je vais le lui dire moi-même. Mais le clou est le
poème de Casaldaliga : « Ma croix c’est l’Amérique
Latine ». J’ai laissé le poème inonder ma figure et ça
continue encore. Vous savez je l’ai connu chez Yves et
Marysé avec François Jantel et Odile. Aujourd’hui les
larmes vivifient mon être. Il faut dire que je vis avec les
communautés du Brésil, plus celles qui ont donné leur
sang pour le Tchad et qui sont en France. »
électronique,
transmettre.
n’oublient
pas
de
nous
la
Faites part de vos remarques et suggestions à
Cécile Biraud et Catherine Roth.
Vous pouvez adresser vos dons soit par chèque
à l’attention de « Du levain pour demain » au 57,
rue Lemercier, 75017 Paris en mentionnant « à
l’attention de sœur Anne-Lise Sieffert » soit par
virement bancaire. Les coordonnées en sont
données ci-après. ■
D.l.p.d.
Thérèse Dreyer.
Les personnes à contacter :
Pour ouvrir un échange entre lecteurs et auteurs
des articles, qui souhaiterait se lancer pour
communiquer ce qu'il a aimé ? ou même ce qui
l'interroge ? ■
Cécile Biraud : [email protected]
Vilma Marinho : [email protected]
Catherine Roth: [email protected]
Gérard Aleton : [email protected]
Stéphane Latarjet :[email protected]
Catherine Roth A.S.
Que celles et ceux qui reçoivent une version
papier du bulletin et qui possèdent une adresse
05/07/2011
Anne-Lise Sieffert, trésorière :
[email protected]
57 rue Lemercier, 75017 Paris
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