João Caraça - Luso Jornal

Transcription

João Caraça - Luso Jornal
PUB
Edition nº 67 | Série II, du 01 février 2012
Hebdomadaire Franco-Portugais
GRATUIT
O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions,
da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa
o Secretário de estado das
03
Comunidades Portuguesas,
& José Cesário, veio a lyon e
04 a Clermont-Ferrand.
Edition
F R A N C E
Fr
D
09
Centrais:
Maria da Conceição Tina, a “Petite
Portugaise” do Bidonville de Saint
Denis escreveu a Gérald Bloncourt.
05
07
10
15
Geminação. Uma delegação do concelho de Fafe esteve no fim de semana
passado em Sens com vista a uma geminação.
Cavalos. O Hipódromo de Paris-Vincennes vai organizar no próximo dia 5 de
fevereiro uma Jornada sobre Portugal.
Pintura. Foi inaugurada na semana
passada, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris, uma exposição de
Paula Rego.
João Caraça
Fado. A fadista Katia Guerreiro realizou
Novo Diretor Da GulbeNkiaN
um memorável e emocionante concerto
no mítico palco do Olympia de Paris.
SuBSTiTuiu João PeDro GarCia na GulBenkian De PariS
PUB
LusoJornal / Carlos Pereira
02
opinião
le 01 février 2012
Crónica de opinião
em
síntese
Poésie
triomphe de
l’indignité
Par Pedro da Nóbrega
Triomphe de l’indignité
Dans son arrogance drapée
Cette médiocre vanité
Qui squatte le haut du pavé
Pavés qui furent en d’autres
temps
Messagers d’espoirs incessants
Mais aujourd’hui trop piétinés
Par tant de calculs étriqués
L’épouvantail d’un triple A
Pour que les peuples restent cois
Triple ban pour le capital
Pour assurer sa martingale
Pour que les vautours continuent
Leur festin toute honte bue
Se repaissant de la misère
Tant que leurs affaires prospèrent
Quand des pays sont rançonnés
Après avoir été saignés
Pour les plus faibles le tribut
Pour les puissants les revenus
Alors, tous ces combats en vain
Des conquêtes sans lendemain
Quand tout concours à l’apathie
Encourageant la veulerie
Plutôt que de s’y conformer
La dignité ressuscitée
Par des révoltes d’indignés
Campements de fraternité
Où se côtoient les sacrifiés
D’une société sans pitié
Quand la jeunesse se rebelle
L’avenir retrouve des ailes
Si les tentes sont bien fragiles
Leur tempérament indocile
Redonne couleur à la vie
Aux aspirations infinies
À l’espérance du partage
Pour lutter contre le naufrage
D’un égoïsme meurtrier
Qui met la planète en danger
Et refuser que les ténèbres
Prononcent l’oraison funèbre
De notre humanité transie
Par trop de mesquins appétits
Primeiro o poleiro!
Carlos dos reis
Advogado, Conselheiro das
Comunidades Portuguesas,
Orléans
[email protected]
“Queremos cooperar, fazer lobbying e
dar visibilidade a Portugal”, foi o que
eu li no LusoJornal do dia 11 de janeiro, assinado por Hermano Sanches
Ruivo. Extraordinário!
Se a nossa Comunidade funcionasse
ao sabor dos interesses de cada um de
nós, tínhamos uma Comunidade das
“bananas”, que é o que parece desejar o autarca parisiense, Hermano
Sanches Ruivo, tornando assim na
minha opinião, ingovernável e vulnerável a coesão da Comunidade tão necessária, neste período de instabilidade financeira e de preocupações
sociais dos nossos compatriotas, do
“interior” como do “exterior” do nosso
querido Portugal. Não é a dividir que
os problemas da Comunidade se resolvem. Esses problemas podem encontrar soluções pela comunhão das
inteligências e não pela desunião das
mesmas.
A minha crónica de hoje pretende
abordar uma situação que não é muito
do meu agrado, mas que me parece
oportuna, tendo em vista chamar a
atenção dos leitores para uma realidade que por vezes passa um tanto ao
lado e, muito principalmente consciencializar todos aqueles que são intervenientes diretos na ondulação em
que se movem, promovendo com isso
o desgaste desnecessário e perigoso
daqueles que são suscetíveis de aprovar o procedimento de certos compatriotas mal intencionados!
Não pretendo com isto colocar no
mesmo cesto, os membros da Comunidade sérios e trabalhadores que merecem o respeito de todos os outros
cidadãos. Este ilustre “desconhecido”
em França, salvo talvez em Paris e…,
acabou por descobrir hoje que “Portugal deve olhar para emigrantes e lusodescendentes como parceiros”!
“Incroyable, mais vrai!”
Já lá vai meio século que o Vianense
que sou, defende esse postulado,
como cidadão, há 30 anos como autarca, e há dois anos como Conselheiro das Comunidades Portuguesas.
Na minha bem vivida existência, já vi
e tomei conhecimento de muitas decisões absurdas e estapafúrdias, mas
a de engaiolar “intelectualmente”
pessoas, tomando iniciativas de
pseudo interesse como a criação de
uma associação, chamada Associação
de Autarcas Activa, é puramente ridículo e sem quaisquer benefícios para
a Comunidade, salvo para o próprio, é
a primeira vez.
Paulo Marques, Conselheiro das Co-
munidades Portuguesas e Presidente
da Comissão Política e Cívica teve a
cordura de criar há já mais de 10 anos
a Associação de Autarcas Lusodescendentes “Cívica”, para uma melhor
visibilidade da nossa Comunidade, e
em concomitância, valorizar Portugal.
Hoje, o que é que este Senhor, ávido
certamente de glória, nos propõe de
excecional? Dividir a Comunidade,
criando uma outra associação do
mesmo généro, sem qualquer interesse, salvo, como acima referido, de
dividir a Comunidade. A avidez não é
forçosamente uma má coisa quando
se trata de um espírito ávido de saber!
O problema é que um certo número
de indivíduos têm um desejo ardente
de sofreguidão, de cobiça, e isso é
muito mal para o próprio individuo,
mas sobretudo para a Comunidade
que o rodeia.
Pessoalmente, do alto da minha já
avançada idade, e da minha já longa
experiência de vida pública e política,
para além dos meus 20 anos de Maire
Adjoint, posso como é obvio, pelo
menos julgo, poder vociferar contra
esse tipo de indivíduos que pretendem descobrir agora os Portugueses,
e um só género de Portugueses, e, a
política há pouco tempo, da qual se
servem como um Vizir do Império Otomano, desconhecendo que um vizirato somente dura o tempo de seu
cargo.
Saibam que eu entendo a política
como arte nobre para governar um
País ou um Estado, sendo o seu fim
último o bem comum dos cidadãos,
ou seja uma Nação que lhe dá o substrato. Pela dimensão desta realidade,
defendo que os atores políticos que
integram os órgãos de soberania, e,
portanto com responsabilidades diretas na condução dos destinos do país,
devem ser os melhores de entre os
melhores, os portadores de verdadeiro
saber na sua multiplicidade de aplicações, provenientes de dentro ou de
fora das organizações partidárias.
E, enquanto todo um povo sofre ou asfixia, e, como se isso só por si não bastasse, uma má “couche” de indivíduos divide alegremente a Comunidade em vez de a unir e assim fazer
dela um pilar da nossa solidariedade
e do nosso amor pela Pátria Portuguesa. Tenho a obrigação de vociferar
contra o, ou os Hermanos Sanches
Ruivos, porque representam aquilo
que eu detesto como Homem e
condeno como jurista!
Sempre ao dispor
Chronique d’opinion
Portugaiche 2
antónio de Sousa
Écrivain, informaticien
[email protected]
Moi, José, je suis surchargé. Après le
travail, avec toutes les chaînes que je
capte, il y a toujours un match à regarder. Le week-end, le temps passe tellement vite au café du coin, Chez
Manuel, entre lire le journal sportif,
jouer aux cartes, au domino, au baby
foot, boire quelques bières, que des
marques portugaiches, bien sûr, ou
discuter de qui va devenir champion
du Portugal. Il me reste à peine le
temps de dicter les courses à ma
femme.
J’ai 38 ans, je suis marié avec Maria,
Portugaiche, elle aussi. Nous avons
deux enfants: un garçon de 14 ans,
José Junior et une fille de 10 ans, Joséphine. Ma femme cuisine très bien
et s’occupe à merveille de la maison,
moi j’alimente et vide la cave à vin.
Mon fils pratique le football par choix
personnel, je ne l’ai pas influencé.
Non, mais, franchement c’est vrai.
Cela n’a rien à voir avec ma passion du
foot. C’est important de laisser ses enfants choisir leur voie. Ma fille pratique
la danse, enfin une danse de chez
nous, elle est dans un groupe folklorique. Nous habitons à Mâcon, à ne
pas confondre avec maçon. Je le précise, parce que beaucoup de gens retiennent maçon quand je dis que je
suis de Mâcon. Pourtant je parle parfaitement le français et j’articule fort
bien. C’est étrange, j’entends régulièrement «T’es maçon?». Non, mais,
franchement, il y a vraiment un problème grave dans l’éducation nationale
française de nos jours. Le niveau scolaire a fortement baissé! «Je suis de
Mâcon, je ne suis pas maçon!», c’est
pourtant clair, non?
Je suis plâtrier. Attention, c’est par
choix. J’ai un BTS commercial. Lors de
mon stage en entreprise, devant la
photocopieuse, le Directeur commercial me dit «José, tu n’es pas fait pour
les affaires», je me suis sorti d’affaires,
en lui disant que j’avais mieux à faire.
J’ai alors pris la décision de travailler
pour mon parrain, Alberto, dans son
équipe de plâtriers. Me lever le matin
avec plaisir, me savoir aller passer une
bonne journée de travail, avoir la sécurité de l’emploi. Mon cousin et meilleur
ami Paulo, surnommé Paulo le poète,
a encore fait plus fort. Il était le premier
de sa classe jusqu’au lycée, avant de
tout plaquer, à 16 ans, pour suivre mon
choix de vie, qu’il prit comme une philosophie. Ce fut un drame familial, il
était considéré par ses professeurs
comme un surdoué, ses parents ne
m’ont jamais pardonné de l’avoir soutenu.
Par contre, le troisième de notre petite
équipe, Luis, un vieux ringard d’une
cinquantaine d’années, ne sait même
pas écrire le français. Et puis il parle
avec un accent terrible à nous faire
honte devant les clients Français. En
plus, il mélange les langues. Pas plus
tard que la semaine dernière, on parlait
tous trois de son âge et de sa fin de
carrière. C’était pas méchant, même si
on aimerait bien qu’il aille voir ailleurs.
Il nous sort une phrase en franco-portugaiche! Il aurait du dire «La France
ce n’est plus ce que c’était, plus je vois
l’âge de la retraite s’approcher, plus on
l’augmente!». En aparté, je tiens à
ajouter, que celle là, je l’ai déjà racontée à un de mes amis Français,
Jacques, Jacques Martin. Oui comme
le regretté présentateur télé, sauf que
lui est boucher, dans une boucherie
mitoyenne avec Chez Manuel.
Jacques est vraiment un Français très
bien, il vient souvent boire Chez Manuel l’aguardente avec nous. Il dit que
«c’est le tord boyaux le plus sévère
qu’il connaisse». Et puis on lui ramène
du Porto quand on fait un saut au pays,
il l’offre à sa belle mère. En bref,
Jacques adore tout ce qui est portugaiche.
Pour en revenir à Luis, Jacques a dit
«C’est pas faux ce qu’il a dit ton chef.
La retraite c’est devenu comme l’horizon, plus tu t’en approches, plus il
s’éloigne». Toute la grandeur d’esprit
d’un Français, c’est beau. Luis, nous a
donc sorti sa phrase franco-portugaiche «A França já não é o que era,
mais eu vejo a idade da retrete aprochar-se, mais ela aumenta!». «Retrete»! Non, mais, franchement, c’est
«aposentadoria» en portugaiche! C’est
pourtant clair! «Retrete» en portugaiche cela veut dire «toilettes». Poilant de bêtise, ce Luis. Il nous francise
notre belle langue portugaiche comme
quelqu’un qui se lave avec de l’eau des
égouts. Non, mais, franchement, c’est
n’importe quoi!
A pluche.
LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise.
N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete (desporto), António Marrucho, Aurélio Pinto, Carlos dos Reis,
Clara Teixeira, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Duarte Pereira (ciclismo), Elodie de Barros, Fátima Sampaio (Reims), Flávia Rocha, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Joana
Valente (Alpes), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Paiva (Orléans), Julien Milhavet, Liliana Araújo, Luis Horta, Manuel Martins, Mélanie Pereira, Manuel do Nascimento, Maria
Fernanda Pinto, Maria João Gonçalves Pozzetti, Natércia Gonçalves (Clermont-Ferrand), Nathalie de Oliveira, Norberto Guerreiro, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Sheila Ferreira
(Clermont-Ferrand), Valérie Jan | Chroniqueurs: Aurélio Pinto, Carlos dos Reis, Carlos Gonçalves, Carlos Vinhas Pereira, Daniel Ribeiro, Henri de Carvalho, José Paiva, Manuel de Sousa
Fonseca, Nathalie Oliveira, Padre Nuno Aurélio, Paulo Dentinho, Paulo Pisco | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos:
Alfredo Lima, António Borga, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 63 rue de Boulainvilliers. 75016 Paris.
Tel.: 01.79.35.10.10. Fax: 01.45.25.48.37 | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: février 2012 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | www.lusojornal.com
Comunidade
le 01 février 2012
03
José Cesário foi a Clermont-Ferrand
Clermont-Ferrand terá “misto de consulado
honorário e escritório consular”
Por Carlos Pereira, com Lusa
O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, esteve na quarta-feira da semana
passada em Clermont-Ferrand para
uma reunião com elementos da Comunidade portuguesa, no seguimento
da decisão de encerrar o Vice-Consulado de Portugal naquela cidade.
José Cesário veio a Clermont-Ferrand
anunciar que vai criar ali, “em princípio, um misto de Consulado honorário
e Escritório consular”.
O Secretário de Estado estava acompanhado por António Barroso, Cônsul
Geral de Portugal em Lyon, que passa
agora a tutelar aquela área geográfica
e a reunião teve lugar nas instalações
do Vice-Consulado.
Participaram cerca de 20 pessoas da
Comunidade, entre as quais dirigentes
associativos, empresários, representantes dos bancos portugueses na cidade, lusoeleitos e a atual Chefe de
Posto, Amélia Santos.
José Cesário referiu que o Vice-Consulado efetuava 5 mil atos por ano e
fazia 1.400 Cartões do cidadão.
Tendo em conta estes números, considera que o número de funcionários
poderá ser reduzido de seis para “um
ou dois” sem comprometer a capacidade de resposta do Posto. Esta “Presença consular” em Clermont-Ferrand
deve completar-se com “várias Permanências consulares, em diversas
cidades da região”.
“Esperamos, com esta solução,
conseguir dar uma resposta idêntica
ao serviço que tínhamos até 13 de janeiro, continuando a tratar das questões essenciais, praticamente sem
nenhuma diferença em relação ao que
fazíamos”, afirmou. O que desaparece, explicou, “é a dimensão física
da presença do Estado: deixaremos de
ocupar o grande edifício onde funcionava o Vice-Consulado e ocuparemos
um mais modesto”, disse.
ao LusoJornal que “os dois encontros
foram muito construtivos e que praticamente a escolha se faz naturalmente”. Mas até à data de
encerramento desta edição do LusoJornal, não se sabe quem vai ser nomeado.
Novas instalações
Portugueses manifestaram à porta do Consulado
DR
Manifestantes
ficaram fora
À chegada a Clermont-Ferrand, José
Cesário foi recebido mais de 200 manifestantes, que foram ali, descreveu,
“mostrar o seu descontentamento
pelo encerramento do posto, mas
também, e sobretudo, colocar dúvidas
sobre o futuro dos serviços”. João Veloso, Presidente da associação Os
Camponeses Minhotos, e porta-voz do
movimento de contestação, disse ao
LusoJornal que as pessoas “de forma
pacífica, queriam manifestar-se
contra o encerramento do Posto, o
que é normal”.
“Claro que o que nós queríamos era
ter um Consulado aberto todos os dias
e a funcionar melhor do que o que estava a funcionar” disse João Veloso.
“Não podemos aceitar esta supressão
do Posto consular”. Mas o dirigente
associativo mostrou-se compreensivo
com a nova forma de representação.
“Já é melhor do que nada” diz ao LusoJornal. À agência Lusa disse depois
“para já, a Comunidade vai deixar
andar para ver o que dá”.
A reunião demorou mais de duas
horas e meia e, “fartos de esperar”, os
manifestantes decidiram entrar pela
porta dentro. “Esta casa também é
nossa” disseram enquanto entravam.
José Cesário falou com os manifestantes, dentro das instalações consulares, tentando-os convencer que a
fórmula vai melhorar o serviço.
Cônsul honorário
Outro assunto que a Comunidade
queria discutir com José Cesário era
sobre a escolha do Cônsul honorário
que o Governo vai nomear. “Queríamos estar implicados no processo de
escolha” disse ao LusoJornal João Veloso. Mas o Secretário de Estado não
divulgou o nome do novo Cônsul nem
a forma como será escolhido. Sabe-se
apenas que o Embaixador de Portugal
em França, Francisco Seixas da Costa
já teria feito uma (ou mais) sugestão
para Lisboa.
Depois da reunião, José Cesário reuniu individualmente com os dois potenciais escolhidos: Isidoro Fartaria,
Presidente da Câmara de Comércio e
Indústria do Puy-de-Dôme e com José
Neves, Presidente da associação de
empresários portugueses, Les Portauvergnats.
Fonte próxima de José Cesário disse
Por fim, falta também saber onde vão
funcionar os “serviços consulares”.
João Veloso propôs a sede da associação Os Camponeses Minhotos. “É a
única associação que tem sede própria em Clermont-Ferrand e ainda por
cima beneficiou de fundos públicos
portugueses para a sua construção”
explica ao LusoJornal. “Faz todo o
sentido que o serviço consular funcione ali”. Mas teve pelo menos a
oposição do empresário José Neves.
Depois da reunião, José Cesário e o
Cônsul António Barroso visitaram as
instalações da associação. O primeiro
andar do edifício ainda não está terminado, mas necessita de pouco investimento para o tornar acessível.
Quanto às atuais instalações, o Governo já anunciou que as quer vender.
Vai entrar agora num longo processo
de avaliação e de venda.
Dos seis funcionários que trabalham
em Clermont-Ferrand, uma está com
um contrato não vinculativo, pelo que
é despedida, outro vai para o Consulado de Portugal no Luxemburgo,
duas vão reformar-se e ficam apenas
dois funcionários, sendo que um deles
é a Chanceler.
“Gostei muito de ter ido a ClermontFerrand. Foi um dia muito intenso,
mas tive a oportunidade de, com o
Senhor Secretário de Estado, ter
conhecido todos os principais atores
daquela Comunidade” disse ao LusoJornal o Cônsul Geral António Barroso.
“É um Cônsul bastante simpático e
jovem. Deixou boa impressão” comentou ao LusoJornal João Veloso.
em
síntese
Carlos Gonçalves
preside amizade
Portugal-França
O Deputado Carlos Gonçalves (PSD)
tomou posse na semana passada de
Presidente do Grupo Parlamentar de
Amizade França-Portugal, cargo que
já desempenhou na anterior Legislatura.
A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção Esteves,
conferiu posse aos Grupos Parlamentares de Amizade constituídos para a
XII Legislatura, no Salão Nobre da Assembleia da República, no passado
dia 24 de janeiro.
Este Grupo Parlamentar de Amizade
integra ainda os seguintes Deputados:
Luís Leite Ramos (PSD)
Maria Manuela Tender (PSD)
Amadeu Albergaria (PSD)
Teresa Santos (PSD)
Inês de Medeiros (PS)
Paulo Pisco (PS)
Sérgio Sousa Pinto (PS)
Telmo Correia (CDS/PP)
João Ramos (PCP)
Decreto regulamenta orgânica
dos Gabinetes dos membros do Governo
Foi publicado na semana passada, no
Diário da República o Decreto-Lei que
estabeleceu a nova composição, a orgânica e o regime dos Gabinetes dos
membros do Governo.
Esta nova disposição impõe a seguinte composição do Gabinete do
Secretário de Estado das Comuni-
dades Portuguesas, José Cesário:
Para os Gabinetes dos Secretários de
Estado podem ser designados até três
adjuntos e dois secretários pessoais.
Para o exercício de funções de assessoria especializada, podem ainda ser
designados técnicos especialistas.
Os Adjuntos prestam o apoio político
e técnico que lhes seja determinado,
enquanto que os técnicos especialistas prestam apoio na sua área de especialidade. Os secretários pessoais
prestam apoio ao membro do Governo
e ao respetivo Gabinete.
Podem ser designados até três motoristas, dos quais apenas um pode ser
não detentor de relação jurídica de
emprego público.
Os Gabinetes dos membros do Governo têm a seguinte composição:
Chefe do gabinete, Adjuntos, Técnicos especialistas, Secretários pessoais
e pessoal de apoio técnico-administrativo e auxiliar.
PUB
04
Comunidade
le 01 février 2012
Encontro com Empresários organizado pelo Cônsul Geral em Lyon
em
síntese
José Cesário encontrou representantes
da Comunidade portuguesa em lyon
Por Jorge Campos
Novo Consulado
Honorário do
brasil em
toulouse
O Consulado-Geral do Brasil em
Portugal anunciou na semana passada que foi nomeado Alain Costes,
como novo Cônsul Honorário do
Brasil em Toulouse.
“Aproveitamos esta ocasião para informar que as Repartições Consulares Honorárias têm como objetivo
objetivo principal a defesa dos direitos e a assistência, emergencial ou
não, dos membros da Comunidade
brasileira residente em sua jurisdição e daqueles nacionais que se encontram de passagem” diz a nota
de imprensa do Consulado brasileiro.
As Repartições Consulares Honorárias Brasileiras estão autorizadas a
desempenhar as seguintes funções
consulares: entrega de documentos
elaborados no Consulado-Geral do
Brasil em Paris e que podem ser solicitados pelo correio tais como: certidões de nascimento e casamento,
certificados militares, inclusive de
dispensa de incorporação, títulos
eleitorais, passaportes aos brasileiros residentes em sua jurisdição e
procurações. Também têm de dar o
apoio para os Consulados itinerantes, na sua divulgação, preparação, realização e obtenção gratuita
de local, organizam e participam em
encontros e outras atividades que
envolvam a Comunidade brasileira
local, a promoção de intercâmbio
cultural e comercial e as visitas aos
cidadãos brasileiros em centros de
detenção.
As Repartições Consulares Honorárias não são autorizadas a emitir
passaportes e vistos, ou a lavrar atos
notariais.
O Brasil tem Repartições Consulares Honorárias em Bordeaux
(Jean Pierre Frankenhuis), em Dijon
(Guilherme de Castro Barbosa
Paixão), no Havre (Emmanuel Gérard Guillemette), em Lille (JeanClaude
Kindt),
em
Lyon
(Jean-François Perrier), em Pau
(Jean-Marie Franc), em Estrasburgo
(Alain Bertrand), no Mónaco (André
de Montigny) e agora em Toulouse
(Alain Costes). Proximamente será
aberto o Consulado Honorário do
Brasil em Nantes.
alexandra
Custódio
candidata
Uma notícia de última hora, já no
fecho desta edição do LusoJornal
dá como certa a candidatura de
Alexandra Custódio (UMP) às Legislativas de junho, na 2ª circunscrição
de Saint Etienne.
lusojornal.com
O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário,
deslocou-se nos dias 25 e 26 de janeiro às áreas consulares de Lyon e
Clermont Ferrand, para encontros
com dirigentes associativos e empresários locais. Em Clermont-Ferrand
teve, durante uma tarde, vários encontros com os Portugueses que ali
residem onde foi debatida a questão
do encerramento do Vice-Consulado
desta cidade e a possibilidade de vir
a ser nomeado um Cônsul Honorário.
Em Lyon, o Cônsul Geral António
Barroso organizou um jantar para receber o Secretário de Estado das Comunidades, ao qual compareceram
muitos empresários, o Conselheiro
das Comunidades, José da Rocha, o
Presidente da Federação das Associações Portuguesas da Região
Rhône-Alpes (FAPRA), Manuel Cardia Lima e responsáveis de várias instituições bancárias. Após António
Barroso ter proferido palavras de boas
vindas e destacar a importância da
presença do Secretário de Estado
nestas duas áreas consulares onde
reside numerosa Comunidade portuguesa, José Cesário tomou a palavra
e deixou bem claro o conteúdo dos
projetos do Governo sobre a questão
dos encerramentos dos Vice-Consulados, do ensino do Português em
França e das dificuldades que se
vivem em Portugal.
Começou por afirmar que “hoje estamos numa fase de gestão de rigor,
temos que otimizar os recursos e reduzir as despesas, mas deixo aqui a
mensagem que tudo vamos fazer
António Barroso, José Cesário e José da Rocha
LusoJornal / Jorge Campos
para manter em Clermont-Ferrand o
serviço indispensável para que as
pessoas continuem a tratar, tudo o
que tratavam até agora, recorrendo às
tecnologias modernas”. Neste sentido, declarou que “pretendemos dar
apoio às Comunidades com permanências em locais onde nunca o fizemos e com equipamentos móveis
para tratar dos Passaportes, Cartões
de cidadão e outros atos consulares,
e cuja relação de proximidade será
muito apreciada. O país vive uma situação muito delicada, mas estou
confiante que vamos ultrapassá-la.
Hoje Portugal já está a fazer o necessário para cumprir os seus objetivos,
somos sérios, é a imagem que damos
ao mundo e trabalhamos nesse sen-
tido com os meios que possuímos”.
Acrescentou que “há novos parceiros
e novos negócios estão a ser feitos
com Angola, Brasil e a China para
que Portugal possa atingir os seus
objetivos”. Argumentou que “preservar os interesses de Portugal no
mundo obriga a fazer reformas onde
o trabalho de equipa, entre a AICEP,
Embaixadores e o Instituto Camões
será uma realidade”.
Em relação ao ensino do Português
afirmou que “o Governo gastou muito
dinheiro com o ensino e nem sempre
foi bem gasto. Nós já estávamos a gastar em 2011 o dinheiro destinado
para 2012. Reduzir alguns horários
dos professores tinha que ser feito
neste caso, pois estávamos a come-
çar o ano letivo com um deficit de
três milhões de euros e chegados a
agosto 2012, não poderíamos iniciar
o próximo ano letivo”. Ainda sobre
este assunto, disse que “a situação
está estabilizada, vamos procurar
conhecer o número de pedidos de
alunos e fazer um concurso para toda
a rede de ensino”.
Acrescentou que se irá procurar “envolver algumas instituições locais
para que a imagem do nosso país e a
nossa cultura possam sair beneficiadas” e “desenvolver um programa
para que Portugal esteja mais
próximo dos Portugueses, implicando
também os jovens lusodescendentes
e todo o meio associativo existente”.
Sobre o Conselho das Comunidades
Portuguesas disse que vai sofrer uma
reorganização e que continuará a escutar os Conselheiros onde quer que
se desloque. Os Conselhos Consultivos vão integrar a prazo o Conselho
das Comunidades e assim “teremos
órgãos fiáveis e representativos das
Comunidades”. Finalizou, afirmando
que pretende que “esta cooperação
seja uma realidade para que hajam
ações positivas, como a dinamização
cultural, chamar os jovens lusodescendentes e termos parceiros que
nos aconselhem. O Conselho das Comunidades será um desses parceiros”.
Num ambiente de agradável convívio,
o Secretário de Estado, José Cesário,
bem como António Barroso, tiveram
ainda a oportunidade de dialogar
com os vários empresários presentes
no jantar sobre as atuais dificuldades
sentidas, expectativas e evolução das
suas atividades profissionais.
Paulo Portas fala sobre Comunidades
na Comissão parlamentar
dos negócios estrangeiros
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) vai disponibilizar no seu
sítio na internet os horários e localizações das Permanências consulares
e os funcionários vão chegar a sítios
onde nunca houve qualquer representação, disse o Ministro, Paulo
Portas. “Toda a gente saberá aonde
vão os funcionários, em que dias e a
que horas, para que as pessoas possam programar a sua vida”, disse o
governante, que falava na Assembleia da República aos Deputados da
Comissão de Negócios Estrangeiros.
Explicou que os funcionários irão
equipados com aparelhos portáteis
que permitem fazer, pelo menos, o
Cartão de cidadão e o Passaporte, e
a prazo talvez também os vistos.
Questionado pelos Deputados sobre
o encerramento de Vice-Consulados
em França e Alemanha, o Ministro
adiantou que o sistema das Permanências consulares, que consiste na
deslocação regular de um funcionário
do Ministério dos Negócios Estrangeiros, “chegará a sítios onde nunca
Paulo Portas no Parlamento
Lusa / Manuel de Almeida
houve Vice-Consulados nem Escritórios consulares”.
Garantiu que “vai ser um ganho de
eficiência”, explicando que isto
acontece, “não porque a política
mude, mas porque a inovação o permite”.
Confrontado com críticas, nomeada-
mente do Deputado socialista Paulo
Pisco, aos aumentos dos emolumentos consulares recentemente anunciados, o Ministro recordou que a
última atualização da tabela datava
de 2008, e desde então os valores
não acompanharam sequer a inflação. Acrescentou que nos atos mais
praticados e mais procurados pelas
Comunidades, como o Cartão de cidadão ou os Passaportes, o aumento
foi de zero e de sete por cento, respetivamente. E acrescentou que, no
caso dos Passaportes, o último aumento, ainda no Governo socialista,
fora de 68 por cento.
“Tivemos a preocupação de que os
atos mais importantes tivessem a alteração mais reduzida ou até nula”,
sublinhou Paulo Portas, acrescentando que os atos consulares com
maiores aumentos não são obrigatoriamente realizados dos consulados,
havendo por isso concorrência. Os
preços desses atos, afirmou, “estavam artificialmente reduzidos”, não
sendo possível mantê-los assim.
Comunidade
le 01 février 2012
As duas cidades tencionam formalizar uma geminação
Delegação de Fafe deslocou-se a Sens
Por Carlos Pereira
Uma delegação de Fafe esteve no fim
de semana passado em Sens, com
vista à preparação de uma geminação
entre as duas cidades. No site da cidade de Sens já se lê que a geminação vai ser formalizada ainda no
decorrer de 2012, passando Fafe a
integrar a lista de cidades geminadas
com Sens: Lörrach, Senigallia e Chester.
“O primeiro contacto com Sens foi
efetuado há vários anos, quando participámos num encontro da juventude
que decorreu em França. Nessa altura tinha sido evocada a ideia de formalizar uma geminação entre as duas
cidades, mas acabou por não ser
feita” disse aos jornalistas José Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal de Fafe. “Desta vez, com a ajuda
do Cônsul de Paris, Luís Ferraz, a
quem aliás agradeço, houve uma
nova aproximação”.
Quando, no ano passado, o Maire de
Sens entregou a Medalha da cidade
ao Cônsul Luís Ferraz, Daniel Paris
evocou a “ausência de contactos com
Fafe” e solicitou a intervenção do
Cônsul. Luís Ferraz contactou José
Ribeiro e aproveitou a vinda do Presidente da Câmara a Paris para o lançamento do livro “Fafe - Estudos de
História Contemporânea” de Daniel
Reunião entre as duas delegações na Mairie de Sens
Mairie de Sens / Philippe Blanchoz
Bastos, para agendar uma reunião
entre as duas autarquias. Daí surgiu
esta visita a Sens.
A Conselheira Municipal Manuela Godinho e a Maire Adjointe com o pelouro das Relações internacionais,
Marie-Paule Chappuit, foram as
grandes impulsionadoras da visita
desta delegação e acompanharam em
permanência os Portugueses que se
deslocaram à cidade. Também esteve
implicado M. Leiras, o Presidente da
associação portuguesa local.
Na reunião que teve lugar no sábado
à tarde, na Mairie, e na qual participou também o Cônsul Geral de Portugal em Paris, Luís Ferraz, foram
abordados os eixos principais da geminação. “Numa primeira fase poderemos começar com intercâmbios
culturais e de alunos, mas estamos
de acordo para aprofundar as relações
económicas e comerciais nesta geminação” diz José Ribeiro. “Tanto nós
em Fafe, como os autarcas de Sens,
concordam que as empresas devem
estar no centro dos nossos intercâmbios”.
Daí a composição da delegação de
Fafe ter integrado, para além do Presidente da Câmara e de Victor Moreira, Vereador do Turismo e
Atividades Económicas, outras personalidades ligadas ao setor empresarial
local: Hernâni Costa, Presidente da
Associação Empresarial de Fafe, Laurentino Ferreira, Secretário Geral da
Associação Empresarial, Manuel Joaquim Lima, Empresário Vitivinícola,
Jorge Ramos Freitas, Empresário Metalúrgico, Carlos Mendes, Empresário
de Alumínios, Ricardo Gonçalves,
Empresário Turístico e Diretor da Naturfafe e Humberto Filipe Teixeira,
Técnico da ADRAVE, Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do
Ave.
Um dos pontos altos dos encontros da
delegação de Fafe, foi a participação
numa atividade da Confrérie Saint
Vincent de Sens et du Sénonais (Les
Vignerons de Crève-Coeur), para celebrar o padroeiro dos vitivinicultores.
Também visitaram a cidade e alguns
dos seus monumentos, assim como o
“Village d’Entreprise du Sénonais”, o
Centre de formação da Câmara de
Comércio e Indústria e “Bachelor
EGC Bourgogne”.
Nord Pas-de-Calais
avril aux couleurs du Portugal
se renforce en 2012
Le Comité de promotion du Portugal
et de la lusophonie (CPPL) du Nord
Pas-de-Calais a décidé de reconduire
cette année l’opération «Avril aux Couleurs du Portugal» en mettant l’accent
sur Porto et Guimarães 2012.
Une réunion, organisée par l’association Iberica, s’est tenue à Seclin le samedi 21 janvier, en présence de
Bernard Debreu, Maire de Seclin et
premier Vice-Président de LMCU,
Raymond Gaquere, Maire de La Couture et Président du CPPL, des associations et des partenaires tels
Eurolines et l’Aéroport de Lille.
En 2010, le Comité a décidé de créer
cette grande opération, «Avril aux
Couleurs du Portugal». Plus de 10
villes ont participé à ce projet en collaboration avec la région, la Faculté de
Lille 3 et le Bureau consulaire portugais de Lille. De nombreux événements ont eu lieu, tel un concert de
Katia Guerreiro à Tourcoing, la commémoration de la Bataille de La Lys à
La Couture et à Richebourg, une exposition sur la Révolution des Œillets
à Seclin qui a dédié 2010 au Portugal, et un grand rassemblement à
Roubaix en présence de Francisco
Seixas da Costa, Ambassadeur du
Portugal en France.
Pour cette édition, plus de 12 villes et
associations de la région proposeront
courant avril 2012 des manifestations
commémoratives, culturelles et récréatives. Tourcoing, directement lié à
Guimarães, boucle seulement son
05
o
Consulado
informa...
Estou a trabalhar em França há
mais de um ano e preciso de um
certificado de residência. Como
posso obtê-lo?
Resposta :
O Consulado pode, a pedido do
interessado ou do seu representante legal, emitir certificados
comprovativos de residência para
proteger e/ou assegurar direitos e
interesses legítimos do requerente.
Entende-se por residência normal o lugar onde uma pessoa
vive habitualmente, isto é, durante pelo menos 185 dias por
ano civil, em consequência de
vínculos profissionais, ou, no
caso de uma pessoa sem vínculos profissionais, em consequência de vínculos pessoais
indicativos da existência de laços
estreitos entre ela própria e o
lugar onde vive.
Os certificados de residência
podem ser requeridos para efeitos administrativos, efeitos bancários, para efeitos escolares ou
universitários ou ainda para efeitos de legalização de viatura.
Podem ser requeridos pelo próprio ou pelo seu representante
legal no posto consular da sua
área.
Pode consultar esta e outras informações no site do Consulado
www.consuladoportugalparis.com
ou contactar-nos através da
nossa central de atendimento telefónico 01.56.33.81.00.
Consulado Geral de Portugal em
Paris
6, rue Georges Berger
75017 Paris
Permanência
consular em
troyes
Membres du CPPL réunis à Seclin
DR
programme très prometteur et l’annoncera prochainement. «Le but est
de rassembler la Communauté portugaise importante de la région autour
d’une opération commune et de développer les relations entre le Portugal
et notre territoire de manières économiques et touristiques» dit signale
Bruno Cavaco.
David da Silva Vasconcelos, Vice-Président du CPPL chargé des relations
lusophones dans la région et Président du Centre culturel ibérique Iberica, souligne que les relations
franco-portugaise «doivent s’étoffer et
non disparaitre». Dans un courrier récemment envoyé au Maire de Seclin,
il dénonçait la disparition des Bureau
consulaires lilloise et la suppression
des postes de professeurs de Portugais dans le secondaire en France. Il
a remercié par ailleurs Bernard Debreu «pour son action auprès de l’Ambassadeur et le soutien qu’il apporte
à la Communauté portugaise dans ce
combat».
Parmi les structures présentes, les associations Brésil à Lille et Brasil Afro
Funk avaient répondu à l’invitation.
«Le Comité entend développer ses
liens non seulement au sein de la
Communauté portugaise mais aussi
avec les associations et groupes Lusophones tels le Brésil, le Cap Vert, l’An-
gola le Mozambique et la Guinée Bissau». Depuis plusieurs années le tissu
associatif Brésilien Lillois s’est développé et propose régulièrement des
événements variés autour de la culture, de la danse et du sport. «Faire la
promotion du Portugal et de la Lusophonie dans la région, s’est s’étendre
à tous les Pays Lusophones du
monde» signale David da Silva Vasconcelos. De son côté, Bruno Cavaco
renchérit: «un groupe de travail réfléchit déjà sur l’opération de l’année
2013, qui devrait développer les liens
entre les associations portugaises et
brésiliennes du Nord Pas-deCalais».
O Consulado Geral de Portugal em
Paris continua a realizar Permanências consulares, com o objetivo de facilitar o acesso aos serviços do
Consulado às Comunidades que residem mais longe de Paris.
Na passada sexta-feira, dia 20 de janeiro, teve lugar uma Permanência
consular na cidade de Troyes, na
sede da Casa Cultural e Social Portuguesa de Troyes.
Foi possível atender trinta e dois
utentes que não tiveram de se deslocar a Paris para tratar de assuntos
como o Bilhete de identidade, confirmação de residência do Cartão do cidadão, autorizações de viagem,
livretes de família, serviço de notariado, registo civil para além de informações diversas.
lusojornal.com
Comunidade
06
le 01 février 2012
No próximo mês realizam-se eleições
Mais um jantar da academia do bacalhau de lyon
em
síntese
Por Jorge Campos
Petição Nice
Mais de 2.000 assinaturas contra as
reduções no Ensino de Português
em França foram recolhidas junto
de Portugueses residentes nas
zonas de Cannes e Nice. “Sinceramente estou surpreendido com a
adesão das pessoas para assinarem
esta petição” disse ao LusoJornal
João da Fonseca, dirigente associativo local.
Na região houve um professor que
regressou a Portugal e não foi substituído no início o ano escolar. “As
duas professoras que estão a lecionar aqui já se preparam para um
destes dias serem também enviadas para Portugal” diz João da Fonseca.
A Petição vai agora ser enviada diretamente ao Ministro dos Negócios
Estrangeiros, Paulo Portas.
Cônsul de Paris
anuncia
Permanências
consulares
O Cônsul Geral de Portugal em
Paris, Luís Ferraz, esquematizou na
semana passada à Lusa as Permanências consulares que vão ter
lugar na área consular de Paris:
“Vamos ter Permanências consulares no Nord Pas-de-Calais, na
Bretanha, diretamente em Nantes e
em Rennes. Vamos depois, para favorecer o sul da Bretanha, descentralizar na área de Tours e fazer uma
Permanência consular em Poitiers.
Vamos também fazer uma permanência em Bourges e continuar a ir
a Sens, a Reims e a Troyes”, explicou.
Esta rede de permanências consulares, “que vão ter lugar, em princípio, ou em associações, ou em
estruturas municipais”, precisará,
terá de ser ajustada em função da
procura, de acordo com o que a experiência de trabalho vier a mostrar.
Luís Ferraz considera que os novos
equipamentos portáteis adquiridos
pelo MNE para estes serviços vão
“enriquecer a Permanência consular” e “permitir tornar mais eficiente
a relação entre o Consulado e a Comunidade”.
Leia online
www.lusojornal.com
PUB
Criada oficialmente em junho de
2006, a Academia do Bacalhau de
Lyon organizou na sexta-feira da
semana passada, dia 27 de janeiro, um jantar convívio “Bacalhoeiro”, com a presença das
“Comadres”, esposas dos “Compadres” que compõem a Academia, e
dos amigos que eles convidaram.
Cerca de 110 pessoas participaram
neste serão, viveram o ambiente
bem característico da Academia do
Bacalhau, com os seus brindes
“Gavião de Penacho” pedidos ao
som do “badalo”, acionado pelo
Presidente José Proença.
No decorrer deste serão foram homenageados como “Bacalhoeiros
do Ano” vários Compadres, pela
sua implicação e dedicação na organização da Academia: José Braz,
Américo Jesus, Mário Almeida, António Caseirito, Paulo Neves e o
“Bacalhoeiro de Ouro” foi entregue
ao Restaurante Canelas.
“No próximo encontro, que terá
lugar no dia 10 de fevereiro, será
João Proença entrega os “Bacalhoeiros de Ouro”
LusoJornal / Jorge Campos
realizada a eleição da nova Direção
da Academia, e deixo aqui um
apelo para que todos os Compadres
estejam presentes nesse dia” disse
ao LusoJornal José Proença, o Presidente da Academia do Bacalhau
de Lyon. “É muito importante a
presença deles, pois haverá tam-
bém a apresentação das contas e
outras decisões a tomar”.
Existem atualmente mais de 60
Academias do Bacalhau no mundo.
A primeira foi fundada na África do
Sul, “mas todos contribuímos para
que os nossos objetivos de ajudar
os outros com os fundos angaria-
dos, seja possível no final dos nossos encontros” disse José Proença.
“A Academia do Bacalhau de Lyon
tem já no seu histórico vários donativos, como por exemplo ajudar
a pesquisa contra o cancro do seio,
ajudar os sinistrados do temporal
da Madeira, apoiar instituições
como o Restaurant du Coeur e
Dr.Clow, e vamos continuar”, garante.
A Academia do Bacalhau de Lyon
tem 142 Compadres com as quotas em dia e constitui “um grupo
de amigos que, ao divertir-se, vão
ajudando os mais necessitados”.
Os Compadres reúnem-se todas as
segundas sextas-feiras do mês, e a
ementa, evidentemente, será o Bacalhau, cozinhado de diferentes
formas e receitas. Todos os anos é
organizado um Congresso mundial
de todas as Academias. No ano
passado foi no Brasil, em Recife.
“E em Portugal também existem
Academias com grande número de
Compadres”, referiu José Proença,
o Presidente da Academia do Bacalhau de Lyon.
PCP quer suspensão de
encerramento dos Consulados
verdes questionam sobre
ensino de Português
O Grupo Parlamentar do Partido Comunista apresentou um Projeto de
Resolução na Assembleia da República para obrigar o Governo a suspender o processo de encerramento
de serviços consulares, reabrir os serviços consulares encerrados na sequência das medidas anunciadas em
novembro de 2011 e a promover
“uma modernização e qualificação
da rede consular adequando-a e
adaptando-a às novas dinâmicas migratórias do povo português”.
A proposta surge no seguimento dos
Postos consulares de Frankfurt, Osnabrück, Clermont-Ferrant, Nantes,
Lille e Andorra.
“A solução apresentada pelo Ministério para colmatar as necessidades
das Comunidades que ficam despro-
Os Deputados Verdes José Luís
Ferreira e Heloísa Apolónia apresentaram na semana passada um
Requerimento na Assembleia da
República, dirigida ao Ministro de
Estado e dos Negócios Estrangeiros, Parlo Portas, sobre Ensino da
língua portuguesa no estrangeiro.
Os Deputados lembram o Programa
do Governo no que concerne à política externa, onde um dos objetivos estratégicos é “reformar e
projetar o Instituto Camões como
instrumento vital da política externa cultural e da afirmação de
uma política da língua; Acautelar
um serviço eficiente no ensino e divulgação da língua portuguesa no
mundo”.
José Luís Ferreira e Heloísa Apoló-
luís Ferraz vai
para a bulgária
O Cônsul-Geral Luís Ferraz, que foi
afastado de Paris por Paulo Portas,
já recebeu nova missão, desta feita
enquanto “Encarregado de Negócios” na Embaixada de Portugal em
Sofia, na Bulgária. Na ausência de
Embaixador nesta missão, Luís Ferraz vai dirigir a Embaixada.
“Vou sair com a tranquilidade de ter
tido dois anos e meio muito intensos” disse Luís Ferraz, destacando
ainda que, durante este tempo,
conseguiu “redimensionar o Consulado, melhorar o serviço público, introduzir novas tecnologias e
aproximar o Consulado da Comunidade”.
O LusoJornal sabe que Luís Ferraz
gostava de ir para a Embaixada de
Portugal no Uruguai, mas tal desejo
foi-lhe recusado pelo Ministério.
tegidas foi a criação de serviços itinerantes, com funcionários e equipamentos que em dias específicos se
deslocam a algumas Comunidades”
diz o texto dos Comunistas que lembra ainda os cortes no Ensino do Português no Estrangeiro e o aumento
dos emolumentos consulares, “situações que ajudaram a consolidar um
sentimento de abandono por parte
do país que consideram seu. Este
sentimento é bem patente no apelo
feito para uma reflexão sobre as remessas financeiras para Portugal”.
Por isso os Comunistas consideram
que a intervenção política do Governo em matéria de Comunidades
“não só se reveste de grande injustiça, como de uma enorme incoerência”.
nia dizem concordar com este
conjunto de propósitos e compromissos do Governo, “no entanto a
realidade tem-nos mostrado uma
prática em sentido contrário e da
qual poderemos dar alguns exemplos”. Depois lembraram os cerca
de 150 professores que deixaram
de lecionar no estrangeiro desde o
início deste ano escolar.
Perguntam ao Ministro se considera que com estas medidas está a
“acautelar um serviço eficiente no
ensino e divulgação da língua portuguesa no mundo”, se considera
que com estas medidas está a
“eleger o ensino do Português
como âncora da política da diáspora”, e perguntam quantos destes
professores ficarão no desemprego.
PUB
eventos
le 01 février 2012
La Garenne-Colombes
07
La Haute Ecole portugaise à l’honneur
Portugal na Feira dos Journée Portugal
vinhos e Produtos da à l’Hippodrome de vincennes
Par Manuel Martins
terra
Nos próximos dias 3, 4 e 5 de fevereiro, La Garenne-Colombes, cidade
próxima de La Defense, organiza
mais um Salão de Vinhos e Produtos
da Terra.
Desde 2005 existe, neste evento, um
espaço dedicado aos produtos portugueses. Este ano marcarão presença
as Caves de Santa Marta de Penaguião com os seus vinhos de mesa e
Porto, a Salsicharia Bísaro de Gimonde, próxima de Bragança e a
Pastelaria portuguesa Epi d’Or, instalada em Nanterre.
Os doces tradicionais, o pão, o azeite
e os enchidos vão, assim, estar associados com os vinhos que podem ser
provados com moderação. As três
empresas presentes terão a oportunidade de promover e comercializar os
seus produtos junto das Comunidades francesa e portuguesa. “Nesta
fase em que o Governo pretende promover o comércio externo, esta é
uma oportunidade de valorizarmos os
nossos produtos junto das Comunidades francesa e portuguesa” disse
ao LusoJornal José Vara Rodrigues,
Membro do Comité de geminação.
Produtores de vinhos de todas as regiões de França, estarão presentes
neste salão, o que o torna um acontecimento incontornável da região de
Paris.
Complexe Sportif Pierre Denis
111 avenue du Général de Gaulle
92250 La Garenne-Colombes
Sexta-feira, dia 3, das 17h00 às
20h00
Sábado, dia 4, das 10h00 às 20h00
Domingo, dia 5, das 10h00 às
19h00
Le dimanche 5 février, l’Hippodrome
Paris Vincennes revêt ses habits de
fête et met à l’honneur l’équitation
de la Haute Ecole Portugaise, en présence de Carlos Pereira, universitaire
et écuyer de la tradition portugaise.
C’est une journée à vivre en famille
ou entre amis, où seront mélangés
l’équitation, la culture et la gastronomie, avec beaucoup d’animations
gratuites, entre 13h00 et 18h00.
Il y aura de la reprise de jeunes chevaux lusitaniens et de poneys portugais Garranos, attelage de ponettes
portugaises dans le style 19ème siècle. Vous pouvez avoir une photo
souvenir avec un cheval natté façon
lusitanienne, et la culture portugaise
sera mise à l’honneur avec de la musique, dont le fado, de la gastronomie, de l’ambiance, notamment avec
le groupe de folklore de l’association
Concergência 93 de Montreuil, e do
grupo Esperança de Les Ullis.
Mais il y aura aussi des baptêmes de
poneys pour découvrir les sensations
des jockeys en course, des visites
guidées des écuries et découverte de
l’univers des professionnels.
Une tombola permettra de gagner
des séjours.
Plus de 10.000 personnes sont attendues pour assister aux 9 courses
au trot dont le Prix de l’Ile-de-France
- Groupe I - doté de 200.000 euros.
Mais il y aura aussi le Prix CCIFP/LusoJornal.
A ne pas rater.
Accès:
RER A, Joinville-le-Pont, navettes gratuites
Autoroute A4, sortie Joinville, Hippodrome fléché
PUB
08
eventos
le 01 février 2012
Un nouveau diplôme en langue portugaise à l’Université Jean Monet
em
síntese
Permanência
consular em
reims
O Consulado Geral de Portugal em
Paris realizou no passado dia 26 de
janeiro, uma permanência consular
na cidade de Reims, nas instalações da Antenne Municipale de
Neuvillette.
Os funcionários do Consulado que
se aí se deslocaram, atenderam
trinta pessoas, sobre diversos assuntos como o Bilhete de identidade, Serviço de notariado, Registo
civil, entregas de Cartão do cidadão
e Passaporte, entre outros.
Estas Permanências têm lugar na
última quinta-feira de cada mês,
entre as 10h00 e as 14h00. Até ao
final do ano, a assistência consular
aos Portugueses em Reims, será
prestada nos dias 23 de fevereiro,
29 de março, 26 de abril, 31 de
maio, 28 de junho, 26 de julho, 27
de setembro, 25 de outubro, 29 de
novembro e 20 de dezembro.
Journée portes
ouvertes à l’eNC
Le samedi 4 février, de 10h00 à
16h00 aura lieu les Journée portes
ouvertes à l’ENC (École Nationale de
Commerce) de Paris.
Cet établissement public prépare les
étudiants aux BTS: Assistant de Manager; Commerce International;
PME-PMI; CGO; PIM; AGTL; VPT;
ADM; MUC; Communication…
Pour tous ces BTS et pour les
classes prépa économie, il est possible de suivre des cours de Portugais préparant à ces examens ou à
des concours.
Pour plus d’informations vous pouvez vous diriger à Luís da Silva, professeur dans cet établissement.
ENC
70 Boulevard Bessières
75017 Paris
Infos: 01.44.85.85.00
@
Quer comentar ?
[email protected]
lusojornal.com
Saint-etienne: rencontre des anciens de lea
Par Valérie Jan
Jeudi dernier, le 26 janvier, Khalled
Bouabdallah, Président de l’Université Jean Monnet à St Etienne (42) a
fait honneur aux anciens élèves du
Département LEA (Langues Etrangères Appliquées) et a invité notamment Alexandra Custódio, Présidente
du «Portugal Business Club» de la
Loire en vue de présenter aussi le nouveau diplôme de licence en langues
étrangères appliquées (LEA) qui a été
créé depuis la rentrée de septembre
2011 en accueillant l’ensemble des
élèves, dont ceux qui ont choisi le Portugais en deuxième langue.
Cette soirée s’est organisée grâce à
Franck Martin, Directeur du Département, Chargé de mission aux Relations Internationales et aussi
professeur d’Espagnol, qui n’hésitera
pas à confier au LusoJornal: «C’est
une formation de qualité ,qui permet
à chacun, en fonction de sa personnalité de trouver une place intéressante à l’international».
Par ailleurs, plusieurs anciens étudiants se sont déplacés exclusivement, et trois d’entre eux venaient de
Londres, de Rome et de Paris. Tous
ont pris la parole à plusieurs reprises
pour parler le leurs parcours professionnels, avec une envie remarquable
de vouloir motiver les étudiants actuels en Licence. Un nombre considérable d’étudiants avaient répondu
présent en Amphithéâtre.
Certes, dans les diverses orientations
Alexandra Custódio, Franck Martin, Rosa Maria Fréjaville et Robert Colombet
LusoJornal / Valérie Jan
possibles suite au diplôme LEA, la
plupart des anciens étudiants ont
continué leurs études jusqu’au Master
et sont aujourd’hui devenus Chefs
d’entreprise dans le domaine du commerce international avec par exemple
un développement au Mexique, au
Brésil, aux USA ou encore en relation
directe avec l’Allemagne. D’autres
sont traducteurs indépendants, une
ancienne élève deviendra professeur
d’Espagnol et dans le secteur administratif l’orientation professionnelle
marque aussi les métiers d’assistante
de direction trilingue. Puis dans le
secteur du tourisme une personne est
aujourd’hui responsable de séjours
linguistique en France pour une en-
treprise Américaine.
Robert Colombet, Professeur d’Anglais animait la rencontre avec différentes questions dirigées directement
aux anciens élèves et l’une d’elles a
été sur le niveau en langue de chacun
en première année de Licence. A
l’écoute de tous, la conclusion révèle
qu’au début personne n’aurait le niveau à part les étudiants bilingues.
C’est donc en travaillant avec détermination, que plus tard viendra la récompense de l’effort.
Alexandra Custódio, divulguera au LusoJornal qu’«il faut donner envie de
connaître et apprendre le Portugais
pour les opportunités économiques
qu’on peut développer avec cette
langue. On essai d’être le levier pour
ouvrir les portes mais il y a une difficulté à ouvrir les verrous. Il faut mettre
en valeur toutes les compétences et
connaissances avec la plus value qui
est une passerelle pour un réseau
d’entreprises» et le Portugal Business
Club «c’est tout cela, d’ailleurs pour
moi c’est un atout».
Rosa Maria Fréjaville, responsable des
études portugaises à St Etienne, fondatrice de l’Institut de Langue et Culture Portugaise (ILCP) et aussi
Professeur de portugais rajoutera que
«le Portugais est une langue importante dans le Monde Moderne».
Cette soirée se poursuivra avec l’animation d’un cocktail qui permettra un
rassemblement de tous.
C’est ainsi que Robert Colombet communiquera au LusoJornal: «Il y a un
grand changement dans le cadre du
contrat avec l’Etat: la langue des affaires est introduite dans la LEA dès
la première année et en deuxième
année, l’économie d’entreprises avec
en accompagnement le bilinguisme,
une troisième langue, des stages professionnels et une poursuite d’étude
possible à l’étranger». Il en résulte
une formation complète à tous niveaux.
Aujourd’hui, l’acquis d’une langue
reste un enrichissement culturel et
aussi une réelle carte en main dans le
Monde du travail. Un diplôme c’est le
résultat d’un approfondissement complémentaire pour les chemins de la
réussite.
C’est parti pour un an d’évènements
culturels à Guimarães
Par Carlos da Silva
Des dizaines de milliers de personnes
dans la ville, au point de ne pas pouvoir mettre un pied devant l’autre à 2
heures du matin dans les rues du centre historique de Guimarães. De mémoire de Vimaranense, on n’avait
jamais vu ça!
Guimarães 2012, Capitale européenne de la culture (CEC), a été lancée officiellement le samedi 21
janvier dernier, en présence de Cavaco
Silva, le Président de la République
portugaise, José Manuel Durão Barroso, le Président de la Commission
européenne, et Pedro Passos Coelho,
le Premier Ministre. Sans oublier le
Maire de Guimarães, António Magalhães, qui a réussi la prouesse d’inscrire la Capitale historique du Portugal
au Patrimoine mondial de l’Unesco et
d’obtenir le privilège d’organiser la Capitale européenne de la culture.
A l’actif également des organisateurs
de cet évènement d’envergure internationale, l’incroyable mobilisation de
la population de la ville. L’orgueil et la
fierté d’appartenance à la «Cité berceau» est nettement affiché à travers
les dédales du centre historique et
dans les différents quartiers. Chaque
devanture de commerce, boutique,
service ou société locale est décorée
du logo en forme de cœur de la CEC
2012. Chacun l’ayant décliné à sa
Le Président Cavaco Silva à Guimarães
DR
manière et avec sa sensibilité. De la
même manière, la population s’est
lancée de manière enthousiaste et volontaire dans les différents projets culturels, qui lui ont été proposés par les
responsables de la programmation.
On peut citer notamment le groupe
vocal «Outra voz», composé de plus
de 200 personnes de tous âges et de
tous les villages associés à Guimarães,
qui est intégré à différentes manifestations. Ces volontaires, parfois novices dans le chant, s’entrainent
régulièrement ensemble depuis plus
d’un an et le résultat est là.
Le lancement de l’année culturelle
s’est déroulé en deux temps. La cérémonie officielle a eu lieu dans la salle
multifonctions, devant plus de 2.000
personnes. Après les discours, qui ont
unanimement salué l’importance de
la culture dans le développement économique et social, place à la musique
et à la danse. L’orchestre «Estudio»,
composé de jeunes et talentueux musiciens européens, a lancé l’évènement «Altissimo». Suivi du spectacle
«Os nossos afectos», signé de Manuel
de Oliveira, avec une chorégraphie de
Joana Antunes. A noter l’intégration
au spectacle de la chorale «Outra voz»
et d’un groupe de tambours des fêtes
«Nicolines», une spécificité de Guimarães.
Parmi les invités, des délégations des
villes amies de Guimarães: Compiègne, Tourcoing, Brive-la-Gaillarde,
Dijon, Luxembourg, Kaiserslautern,
Neufchatel ou Marseille, qui accueillera l’évènement en 2013.
Le soir, un spectacle des catalans
«Los fura dels Baus» en plein air a eu
pour cadre la place du Toural, entièrement rénovée pour l’occasion. Une
féérie d’images numériques projetées
sur les façades des bâtiments et au
milieu de la place, l’évolution d’un
énorme cheval métallique et d’un
grand personnage, le tout accompagné de musique et ponctué d’un feu
d’artifice.
Sans souffler et dans la foulée, la programmation CEC 2012 à Guimarães
s’est poursuivie avec «GUI danse», un
festival de danse contemporaine, les
«Cartographies de la mémoire et du
quotidien», une exposition de grands
panneaux réalisés par des dessinateurs, disposés à travers la ville, ainsi
que le concert des «Buraka Som Sistema».
Pas moins de 600 spectacles sont
prévus cette année, ainsi qu’une multitude d’évènements.
Plus d'information et le programme
détaillé régulièrement sur le site:
www.guimaraes2012.pt
Destaque
le 01 février 2012
09
Deixou o Departamento de Ciências em Lisboa
João Caraça,
novo Diretor da Gulbenkian em Paris
Por Carlos Pereira
O novo Diretor da delegação de
França da Fundação Calouste Gulbenkian chama-se João Caraça. Está há
quase 30 anos no departamento de
ciência da Fundação, em Lisboa e
agora foi escolhido para substituir
João Paulo Garcia.
Titular de um doutoramento em física
nuclear, que fez em Oxford, trabalhou
na Junta de Energia Nuclear e depois
na Junta Nacional de Investigação
Científica, onde aliás chegou a exercer
as funções de Presidente. Entrou para
a Fundação Calouste Gulbenkian em
1983 e quase 30 anos depois mudase para Paris, para uma nova experiência que deve durar entre 3 a 5
anos.
LusoJornal: Qual a missão que traz
para Paris?
João Caraça: A missão específica é
declinar a cultura em todas as suas
vertentes. Sendo eu um homem da
ciência, vou ter cuidado em colocar
um pouco de ciência na nossa programação, podem ser as ciências sociais,
a filosofia, as humanidades, que aliás
estiveram sempre representadas, a
educação, o problema das sociedades
contemporâneas,... Temos de pensar
na sociedade contemporânea europeia em todas as suas dimensões e
em todos os seus desafios. Tendo
como preocupação uma investigação
do futuro, quais as implicações a
longo prazo das coisas que se passam
hoje? Temos de ser interdisciplinares,
não podemos ficar numa só área.
Tudo o que for criações novas, situações novas, queremos acolher, porque
as fundações têm uma obrigação de
serem inovadoras, de trazer o que é
novo, nas artes, por exemplo, mas não
só.
LusoJornal: Essa transversalidade já é
João Caraça junto ao busto de Calouste Gulbenkian
LusoJornal / Carlos Pereira
o que fazia em Lisboa?
João Caraça: Não só me ocupei de
questões da ciência e da investigação,
mas também muito sobre a relação
entre a ciência e os outros domínios
do conhecimento. A Fundação Gulbenkian tem a cultura como seu
grande objeto e na cultura existe tudo:
ciências, arte, literatura, filosofia, educação, filantropia, saúde,...
LusoJornal: O projeto da Gulbenkian
em Paris vai mudar radicalmente?
João Caraça: Não. O facto da delegação se ter deslocado fisicamente de
sítio, foi um compasso de espera para
o seu relançamento. Com a inauguração destas novas instalações, trata-se
praticamente de um projeto novo,
mesmo se na continuidade daquilo
que já era.
LusoJornal: Qual a relação com a
‘casa mãe’?
João Caraça: Somos uma delegação
da Fundação. O que se passa lá é importante, mas aqui importam as parcerias, as redes, que interessem à
população desta vasta área, não apenas os que moram em Paris, mas
também os que por aqui passam.
LusoJornal: Que tipo de eventos quer
organizar?
João Caraça: Para além da biblioteca
que é uma das maiores fora de Portugal e do Brasil, vamos ter três a quatro
exposições por ano. Depois temos um
espaço de conferências, debates, seminários, que podem ser organizadas
por nós, ou podem ser de outras estruturas que vêm cá organizar, em parceria connosco. A questão da
prospetiva, do futuro, deve estar presente, assim como sessões ligadas
àquilo que são os tesouros da biblioteca que aqui temos.
LusoJornal: Espera implicar os Portugueses de França?
João Caraça: Esperamos naturalmente, que os Portugueses residentes
em França se sintam atraídos por
estes problemas aqui abordados,
porque não sendo problemas portugueses, interessam toda a gente em
geral, podem interessar-lhes a eles
também.
LusoJornal: Não foi uma pena saírem
da avenue de Iéna?
João Caraça: Houve debate. Isso tem
a ver com perceções e com visões do
mundo. Aquela casa tinha a marca do
fundador, era a casa onde ele instalou
a sua família e a sua coleção. Mas
hoje, as suas obras estão em Lisboa,
a casa, de certa maneira ficou um
pouco nua. Eu próprio conheci muito
bem as instalações. Claro que faz
pena. Era um edifício emblemático.
Foi a casa que o fundador escolheu,
mas ele não tomou nenhuma disposição quanto ao edifício. A Fundação
estava livre de tomar a decisão que
quisesse, e constatou-se que o espaço
não era funcional para o tipo de eventos que nós estávamos a fazer.
LusoJornal: Mas a ligação com Portugal é forte...
João Caraça: Claro, o nosso espaço é
o espaço da língua portuguesa e procuramos que haja uma presença de
tudo o que é lusófono. A biblioteca
tem todas essas vertentes, desde o
Brasil aos outros países de expressão
portuguesa. Mas por outro lado, este
espaço lusófono está aberto à sociedade francesa e às suas preocupações.
LusoJornal: Que marcas gostaria de
deixar em Paris?
João Caraça: Que se realizem atividades em todos os domínios da cultura, com equilíbrio, claro. Conseguir
que tenham passado por aqui uns
ventos de mudança, coisas que sejam
de vanguarda. E que o pensamento
europeu, o melhor que há, também
tenha frequentado estas instalações e
nos tenha dado algumas pistas para o
futuro.
Paris é uma cidade muito rica, muito
atrativa, temos de contribuir para a
sua oferta cultural. Sabemos que há
uma oferta muito grande, não não nos
preocupa apenas a quantidade, mas
sim a qualidade das nossas realizações.
exposição “les Portugais de Paris”
no Consulado de Portugal
Foi inaugurada na sexta-feira da semana passada, no espaço Nuno Júdice do Consulado Geral de Portugal
em Paris, uma exposição com as ilustrações que a francesa Irène Bonacina
criou para o livro “Os Portugueses em
Paris”, de Agnès Pellerin, editado
pelas edições Chandeigne em 2009,
e que mostram, por exemplo, Vasco
da Gama de bicicleta ou Fernando
Pessoa a ler A Bola.
“É importante lembrar a presença
portuguesa em França” disse o
Cônsul Luís Ferraz no ato de inauguração da exposição, lembrando que o
escritor Eça de Queirós foi Cônsul de
Portugal em Paris. “Este livro é uma
homenagem a todos os Portugueses,
até àqueles que emigraram para ajudar a reconstruir a França. É um olhar
diferente sobre os Portugueses de
França”.
Luís Ferraz disse que muitas vezes
“os Franceses têm alguma dificul-
Luís Ferraz, Agnès Pellerin, Irène Bonacina e Anne Lima
LusoJornal / Mário Cantarinha
dade em perceber a importância da
cultura portuguesa, reduzindo a nossa
Comunidade aos simples ‘maçons’”.
Anne Lima, da editora, explicou à
agência Lusa que a “pequena viagem” entre os séculos XV e XX pela
Paris que os portugueses frequentaram sempre não é um livro exaustivo;
é antes a narração de pequenos episódios, por bairro e do centro para a
periferia”.
“A pesquisa que fomos fazendo pelas
marcas portuguesas na cidade e nos
seus arredores permitiu-nos perceber,
por exemplo, que esta ligação se vai
transferindo ao longo dos séculos do
centro para a periferia. Ou seja,
quanto mais perto dos dias de hoje,
mais longe do centro da cidade estão
os portugueses”, acrescentou.
Por seu lado, Irène Bonacina disse à
Lusa que este trabalho lhe mostrou
uma cultura que não conhecia e uma
cidade que, sendo a sua, era, afinal,
diferente daquela que tinha visto até
começar a fazer o trabalho de campo
que o livro exigiu. “Depois de ler o
texto, desloquei-me aos locais descritos para poder documentar-me e criar
uma imagem. A experiência foi muito
desafiante e enriquecedora. Havia
vezes em que aquilo de que se falava,
um prédio, por exemplo, estava intacto, outras em que no local não
existia nada que o lembrasse”, afirmou.
em
síntese
Paris Face
Cachée no
Consulado de
Paris
O evento “Paris Face Cachée” propõe
que o fim de semana de 4 e 5 de fevereiro seja uma mistura de “arte,
cultura, património, história, arquitetura, urbanismo, ciência, desporto e
festa”, longe dos lugares comuns dos
postais da cidade. O Consulado Geral
de Portugal em Paris integra o programa com a exposição “Portugais de
Paris” de Irène Bonacina e com a
presença de atores que vão dar corpo
a personagens históricas portuguesas.
A proposta da produtora “A Suivre
Productions”, em parceria com a
Mairie de Paris, é “um novo olhar
sobre a cidade”, através de “iniciativas originais e insólitas”. O número de
participantes é limitado mas as inscrições podem ser feitas em www.parisfacecachee.fr.
É Paris do avesso, “à margem da cidade turística, dos postais e dos
grandes monumentos emblemáticos”. É Paris “surpreendente, excêntrica, inesperada, inexplorada”,
garantem as organizadoras, Sabrina
Slimani e Caroline Loire, em comunicado de imprensa.
São ao todo mais de 60 experiências,
cerca de 20 delas gratuitas, divididas
pelos dois dias. Os locais só serão divulgados perto da data do evento
para “conservar o mistério e engrandecer a experiência”.
Levantando a ponta do véu, a organização diz que, entre muitas outras
opções, será possível aceder à sala de
controlo dos sinais de trânsito de
Paris, explorar a noite de um mítico
estádio, visitar o ateliê de um músico,
ou passar a noite na gráfica de um
grande jornal diário francês.
Eventos no Consulado português
Sábado 4, às 11h00, 14h30, 15h30,
16h30
Cada sessão dura 40 minutos
Desde os 7 anos
Gratuito
O LusoJornal, de mãos
dadas com a cultura
PUB
10
Cultura
le 01 février 2012
Foi inaugurada na semana passada
exposição de Paula rego na Gulbenkian de Paris
A Fundação Calouste Gulbenkian em
Paris inaugurou na semana passada
a primeira exposição “representativa”
da obra da pintora Paula Rego, em
França, com trabalhos desenvolvidos
entre 1988 e 2009, de “A família” à
“Mulher cão”.
A exposição, composta por cerca de
30 pinturas, gravuras e desenhos,
não é retrospetiva e foge à ordem cronológica da criação das obras, disse
à agência Lusa Helena de Freitas, Diretora da Fundação Paula Rego/Casa
das Histórias, co-organizadora da iniciativa. “Escolhemos um formato que
põe em relevo um período que corresponde a uma grande maturidade do
trabalho artístico da Paula Rego e
que coincide com o reconhecimento
internacional da sua força e originalidade”, afirmou.
Os trabalhos vão ficar expostos na
nova sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em França, até ao dia 1 de
abril. Helena de Freitas considerou
que “esta vai ser uma grande oportunidade para Paris olhar para Paula
Rego e compreender a sua obra: “É
uma exposição forte, a que ninguém
poderá ficar indiferente. O espaço
não é grande e as obras são densas,
fortes, bonitas”, disse.
O percurso começa com a obra “A família” (1988), que desenha uma
mulher, mãe e duas filhas, na tentativa de reanimarem “a todo o custo”
o marido, pai. A diretora explica que
esse trabalho, feito depois de 1986,
Paula Rego na Gulbenkian em Paris
Lusa / Rémy-Pierre Ribière
ano que os críticos apontam como o
da “fratura mais evidente” no trabalho da autora, depois da morte do
seu marido, Victor Willing, “inicia a
alteração da sensação de representação plástica de Paula Rego”.
Essa “mudança radical” é também
ilustrada na série “A menina e o cão”,
construída a partir dessa data, que,
explicou Helena de Freitas, “exprime,
de forma alegórica, a fase final da
doença do seu marido, transpondo,
na representação das duas figuras, a
humana e a animal, uma coreografia
de gestos quotidianos de dependência física e de violência psicológica”.
“É uma exposição que, de alguma
forma, entra no campo das emoções.
Todo o potencial emocional está
muito presente”, acrescentou.
Um pilar central destes “núcleos temáticos e séries” que compõem a ex-
posição é o “Anjo” (1998), a mulher
que segura com uma mão a espada,
com a outra uma esponja, “os símbolos da paixão”. Helena de Freitas
considera a obra “fundamental”
porque “ela transporta os símbolos do
sofrimento da paixão” e sublinha a
“dualidade, muito importante no trabalho da autora”.
O percurso termina – “ou pode começar” – com a “Mulher cão” (1994),
“uma série muito forte, que também
tem que ver com a paixão e com relações emocionais e que expõe o lado
animal da mulher na relação com o
amor”.
Na verdade, a Diretora encontra antes
um fim n’”O Pillowman” (2004),
‘obra poderosíssima, muito complexa, que incorpora já a questão dos
modelos e muitas memórias de Portugal”.
Em Paris, onde veio para preparar e
inaugurar a exposição, Paula Rego
garante que o passar dos anos não a
fez abrandar o ritmo ou pintar de
forma diferente. Ironiza que ainda
“pinta com as mãos e não com os
pés”, sorri e reconhece depois que,
agora, tem “menos força”.
“Quando é preciso agarrar nos quadros e pô-los mais altos ou mais
baixos já preciso de ajuda. Mas de
resto não sinto diferença. Se estou
doente só começo a pintar às 11:00,
se não, começo às 09:00 ou às
10:00 e vou até às 19:00”, acrescentou.
No centro da sala, e nas costas de
Paula Rego durante toda a conversa
com a jornalista da Lusa, esteve o
“Anjo” (1998), a mulher que segura
com uma mão a espada, com a outra
uma esponja. O seu anjo, como lhe
chama, vestido com uma saia sua e
uma camisa de seda da sua avó:
“Este anjo é o fim. Fi-lo para ser um
anjo bom, que salvasse... E disse:
‘este não vendo, é para mim’”.
Exposition à la Maison du Portugal, à Paris
lídia Jorge, 30 ans d’écriture
Par Dominique Stoenesco
La Résidence André de Gouveia (Maison du Portugal à la Cité Universitaire
de Paris), accueillait, le 28 janvier,
l’écrivain Lídia Jorge pour le vernissage de l’exposition qui lui est dédiée,
«La journée des prodiges. Lídia Jorge,
30 ans d’écriture».
Outre les deux principaux organisateurs de cette exposition, Ana Paixão,
Directrice de la Maison du Portugal,
ainsi que Pierre Léglise-Costa, Directeur de la collection «Bibliothèque
portugaise» aux éditions Métailié,
étaient également présents à cette
inauguration Francisco Seixas da
Costa, Ambassadeur du Portugal en
France, Maria Graciete Besse, Directrice du Département de langue portugaise à Paris IV-Sorbonne, Adelaide
Cristovão, de l’Institut Camões, AnneMarie Métailié et Sebastião Francisco
Seruca Emídio, Maire de Loulé, ville
du sud du Portugal, lieu de naissance
de Lídia Jorge.
Avant cette «Journée des prodiges»,
titre tiré de son premier roman paru
en 1979 et qui lui apporta une consécration immédiate, Lídia Jorge venait
d’effectuer une brève tournée en
France pour la présentation de son
dernier roman, traduit en français par
Geneviève Leibrich, «La nuit des
femmes qui chantent», publié aux
éditions Métailié.
L’exposition sur l’œuvre littéraire de
Lídia Jorge sera ouverte au public
lusojornal.com
Lídia Jorge, na Residência André de Gouveia
LusoJornal / Dominique Stoenesco
jusqu’au 10 mars. Elle réunit divers
objets chargés de mémoire qui ont accompagné la romancière depuis son
enfance et ils témoignent des liens et
des affects qui, symboliquement, parcourent son œuvre.
La France a été parmi les premiers
pays étrangers à publier l’œuvre de
Lídia Jorge et à reconnaître son importance. «La nuit des femmes qui chantent» est son dixième livre traduit en
français et il vient après quelques autres de ses livres bien connus, tels que
«Le rivage des murmures», «Un jardin
sans limites», «La couverture du soldat» (prix Jean Monnet de littérature
européenne en 2000) ou encore
«Nous combattrons l’ombre».
Évoquant brièvement l’itinéraire et
l’œuvre de l’auteur invitée, Maria Graciete Besse souligna notamment que
Lídia Jorge «pratique son écriture
comme un engagement» et que sa littérature est «une expérience de liberté, tant pour l’auteur que pour le
lecteur». À travers ses principaux
thèmes (la mémoire, l’héritage d’un
passé, l’interrogation sur l’identité, le
témoignage sur notre société), on peut
observer, selon Graciete Besse, une
constante dans l’écriture de Lídia
Jorge: «l’intérêt pour l’humain et une
fascination pour l’histoire». Dans ses
pages, Lídia Jorge veut être témoin de
son époque et nous proposer une lecture du monde. De «La journée des
prodiges» à «La nuit des femmes qui
chantent» il y a une continuité dans
son œuvre: dépasser l’individualité.
Prenant à son tour la parole, Lídia
Jorge rappelle l’importance de son
lieu de naissance dans la construction
de son œuvre: «Je suis née et j’ai vécu
là où tout le théâtre de la vie était déjà
présent. J’ai eu une expérience de vie
très dure. J’ai commencé à écrire
parce que j’étais seule. Mon unique
héritage était une bibliothèque».
Lídia Jorge regrette qu’aujourd’hui la
littérature prenne de moins en moins
de place dans notre vie. Et, à propos
du passé ou de l’histoire récente de
son pays, elle ajoute: «Souvent le
passé se tait, mais il nous envoie des
messages quotidiens. C’est pour cela
que je veux être un témoin direct de
ce que j’ai vécu». Ainsi, pour Lídia
Jorge, «le roman permet de prendre
du recul et de mieux comprendre
notre histoire. Une des raisons d’être
de la littérature est qu’elle nous permet d’être plus lucides face à l’avenir.
Elle nous apprend à éviter la tragédie
et à dépasser le désir de mort qui
existe chez tous les hommes».
Résidence André de Gouveia
Maison du Portugal
7P, boulevard Jourdan
75014 Paris
Info: 01.70.08.76.40
PUB
12
Memória
le 01 février 2012
Carta ao fotógrafo Gérald Bloncourt
em
síntese
De professora a
artesã...
Por Maria Fernanda Pinto
Tentando esquecer a descriminação
sofrida em França, Maria da
Conceição Tina continuou no liceu
os estudos começados numa escola
dos subúrbios de Paris. Gostaria de
ter enveredado pela Escola de Belas
Artes mas o pai preferiu que ela
fosse Coimbra onde estudou português e francês, a proposta dos
pais.
Tina casou, fundou uma família, lecionou durante cerca de 30 anos,
as memórias sombrias da emigração caíram no esquecimento até
junho de 2011 onde foi entrevistada
por um jornalista que pretendia
fazer uma reportagem sobre Gérald
Bloncourt. E agora, tarde para as
Belas Artes, enveredou pelo artesanato de arte e mais, está a fazer um
curso de florista, causando o espanto de algumas pessoas (a senhora doutora quer ser florista!), pois
pretende abrir uma loja de flores e
de artesanato na vila de Montemoro-Velho, perto de Coimbra. A família
apoiou a sua decisão, pois sabe que
é uma paixão que ela sente por tudo
o que é arte.
Tina faz artesanato de “escama de
peixe”, entre outros. A coloração
dos peixes é dada pelas cores das
suas escamas. Contudo existem alguns peixes que são mais procurados por terem uma beleza especial,
como por exemplo a dourada e a
carpa.
Esta técnica se bem que aplicada
em Coimbra, vem dos Açores, característico do artesanato de S. Miguel, repetição de velhos padrões e
formas e utilização de matérias-primas locais.
Todos os dias milhares e milhares
de peixes são pescados e comidos,
mas o que acontece aos restos que
sobram? Geralmente terminam no
lixo. Bom... hoje já não é bem assim!
O ser humano é criativo por natureza e, pensando nas sobras dos
peixes, descobriu que as podia reciclar, transformando-as em artesanato. Podem transformar-se em
brincos, pulseiras, flores artificiais,
quadros e até lustres.
Felicitamo-la pela sua escolha Maria
da Conceição Tina, toca um pouco
no que teria gostado de fazer e fá-la
sem preconceitos “empoeirados”!
lusojornal.com
a “petite portugaise” do bidonvill
com a boneca, era eu
Chama-se Maria da Conceição, é natural de Vila Nova de Foz
Côa e viveu durante alguns anos no bidonville de Saint Denis,
nos anos 60. Na altura foi fotografada por Gérald Bloncourt. Só
agora descobriu que a “petite portugaise” da fotografia que já
deu a volta ao mundo, era ela.
Escreveu uma carta emocionante a Gérald Bloncourt, que já
publicou no jornal Público e agora o LusoJornal também publica
na íntegra.
Querido Gérald,
Agora não tenho dúvidas. Aquela criança
na fotografia sou eu. Ao princípio custou-me a acreditar. Olhava a imagem,
nova para mim (o que parece inacreditável, já que ela até esteve exposta ao
lado de outras imagens do Gérald, mais
do que uma vez em Portugal, incluindo
no Museu Berardo, em Lisboa, há apenas três anos), e revia-me naquele rosto,
naquele sorriso. Reconheci a boneca que
foi a paixão da minha vida, o espaço lamacento do bidonville de Saint Denis,
onde passei dois anos com a minha família, mas tinha dúvidas.
Desde logo, porque não me recordava de
alguém me tirar uma fotografia. Sei que
só tinha cerca de seis anos naquela altura, mas como é possível que não sobrasse nenhuma memória de um
homem como o Gérald, de máquina fotográfica na mão, ali? Só de pensar na
impressão que me deixou, quando o vi
em junho, em Paris, parece impossível.
É tão alto. Um homem enorme, com
umas mãos muito grandes e um olhar
tão terno. Foi estranho, sabe, porque,
quando o vi, a sensação que tive foi que
já o conhecia. O Gérald diz que naquele
dia da foto, no bidonville, eu fiquei à espera que me fotografasse, sorridente. Se
calhar foi por isso que me pareceu tão
familiar, em junho. É claro que nessa altura eu já estava cem por cento certa que
aquela criança, que batizara Petite Portugaise, era eu.
Foi um percurso que fizemos juntos, recorda-se?
Quando um amigo da minha terra natal,
Vila Nova de Foz Côa, me telefonou, em
janeiro, e disse que eu tinha uma foto na
internet, no bidonville, lá em Saint
Denis, eu não queria acreditar. Acho que
não lhe cheguei a contar, mas este
amigo era filho da dona Isabel que fez a
viagem a salto para França comigo, a
minha mãe e o meu irmão. Ele disse-me
que queria mostrar a uma pessoa como
tinha sido a vida de alguns foz-coenses
em França, digitou “bidonville” no computador, e apareceu aquela fotografia.
Quando me contou, pensei que era impossível, mas ao ver a imagem, lá estava
eu. Parecia eu. Era a minha cara, a
minha boneca e nas mãos tinha a bola
de azeite (filhós) tão típica do Natal português.
Não sabe a quantas pessoas mostrei a
imagem, inquirindo: acham que sou eu?
Todos me diziam que sim. Incluindo a
minha mãe.
Mas a fotografia é tão bonita que tive
medo que ela dissesse sim só por dizer.
Só que não tinha como fugir à verdade e
ainda bem que segui o conselho de outro
amigo, que me incitou a desfazer as dú-
vidas, e o contactei. Nunca me vou esquecer como ficou emocionado, quando
lhe disse que eu era a menina da fotografia. Nem como trocámos tantas mensagens, verificando datas e lugares, até
não restarem quaisquer dúvidas. Até janeiro, eu era a Maria da Conceição, mãe
de três filhos e professora de Português
e Francês. De repente, passei a ser a
criança na fotografia e não sabe o tanto
que isto significou.
Eu não estive muito tempo em França.
Foram apenas seis anos, mas é um período que - admito-o hoje - sempre quis
esquecer. Não vale a pena fugir das palavras e o que eu sentia era vergonha.
Em Foz Côa e com a minha família, não
me importava de falar dos tempos passados no bidonville e no pequeno T1 que
o meu pai haveria de comprar em Aubervilliers, mas era assunto que eu não discutia fora desse círculo de conforto.
Aqui, em Coimbra, praticamente ninguém sabia. Eu achava que as pessoas
não iriam compreender a miséria pela
qual eu passara e que o melhor era esconder esse período da minha vida. Já
sei, já sei que está a pensar que eu estava errada e hoje concordo consigo.
Ao descobrir a minha imagem, ao descobri-lo a si, percebi o quanto entende o
seu trabalho como uma forma de denunciar o que está errado. Conheço, finalmente, a forma como viveu
intensamente a realidade da emigração
portuguesa (e não só) nos anos 60, como
sempre defendeu os seus interesses,
mostrando as condições em que viviam.
Vivíamos. Afinal, também é um emigrante em Paris, que fugiu de uma ditadura no Haiti, não é?
Eu não. Eu queria fugir de tudo o que
me lembrasse aquele período. Não via,
conscientemente, documentários ou
imagens sobre os bidonvilles. Mas fiquei
diferente depois de janeiro. Tomei
consciência que é preciso falar. É preciso
mostrar o que a política da época nos fez
passar, sobretudo agora, com a situação
política que vivemos.
Neste momento, infelizmente, apesar de
tudo o que passámos, estamos a voltar
ao mesmo. A minha filha do meio, de 24
anos, tem o curso de Enfermagem, mas
não consegue arranjar emprego e está a
pôr a hipótese de ir para o estrangeiro.
Isto é muito triste para mim. Não só
pelas saudades que terei dela, mas
porque acho que estamos muito mal em
termos políticos, quando um país não é
capaz de aproveitar os seus jovens licenciados e os obriga a fazer, de novo, o que
os seus pais ou avós já fizeram. A partir.
É certo que hoje falamos de uma emigração diferente. Na década de 60, éramos emigrantes com pouca cultura e
hoje não é assim. E tudo era feito na
clandestinidade.
Nós, conforme lhe disse, fomos a salto,
como toda a gente. O meu pai foi primeiro. Não éramos extremamente pobres, tínhamos uma vida razoável, em
Foz Côa, mas o meu pai era um homem
muito aventureiro e queria uma vida
melhor. Ainda tentou ir para Angola,
onde tinha família, mas o Salazar não
deixou. Era preciso ter uma carta de chamada e foi-lhe recusada. Ele, então, decidiu emigrar. Foi em 1962, um dos
primeiros de Foz Côa a emigrar, mas
muitos haviam de o seguir. A minha mãe
ficou em casa, com dois filhos, eu e o
meu irmão mais velho, que hoje ainda
vive fora do país, em Espanha. Ela
aguentou cerca de dois anos, com as
poucas notícias do meu pai e o pouco
dinheiro que havia. Depois, decidiu ir ter
com ele, sem o avisar.
Comunicou apenas à família lá na terra
que, apesar de discordar, a ajudou a arranjar o dinheiro para pagar ao passador.
Depois, começou a preparar-nos para a
partida. Ela insistia que não podíamos
contar a ninguém, mas eu não queria ir
e dizia-lhe que ia contar a um vizinho,
que pertencia à GNR. Foi nessa altura
que ela me prometeu uma boneca,
assim que chegássemos a França. A boneca da fotografia, está a ver?
A minha mãe cumpriu a promessa e
comprou-a mal lá chegámos.
Partimos mais ou menos nesta época do
ano, no início de novembro, nós os três,
a dona Isabel com um bebé de colo e
mais um homem de Foz Côa. Lembrome perfeitamente de páginas da viagem.
Lembro-me da escuridão, porque viajávamos sobretudo de noite, para não corrermos o risco de ser encontrados.
Recordo-me do frio e das caminhadas,
porque a viagem era feita sobretudo a
pé. E ainda hoje tenho uma fobia que associo a essa época. Tenho pavor de ratos.
Se vir um ratinho minúsculo, começo a
gritar, perco o controlo e subo para cima
da primeira coisa que encontro. Sabe
porquê? Durante o dia éramos escondidos em grutas, buracos, e havia ratazanas até mais não. E, depois, nos
bidonvilles, era exatamente igual. Ainda
para mais, as senhoras no bidonville
adoravam contar histórias de ratos que
subiam pelas camas e ratavam as orelhas às pessoas. Tudo à nossa frente, as
crianças.
Da viagem também me recordo de irmos
a caminhar nos Pirenéus, no escuro, e
de ouvir o grito de um homem que caiu.
Os trilhos eram estreitos, nós tínhamos
de avançar sempre, ninguém parava, e
acho que o homem deve ter morrido,
porque caiu por ali abaixo e ninguém
parou para o socorrer. Estas são as más
memórias, mas também há coisas boas.
Tenho paixão por chocolate, adoro-o,
quem me quiser ver feliz é oferecer-me
chocolate. E, que me recorde, a primeira
vez que comi chocolate foi nessa viagem
para França. Acho mesmo que a minha
família nem conhecia o chocolate antes,
mas na viagem era uma das coisas que
nos davam para nos alimentar. Ainda
hoje consigo sentir o sabor daquele chocolate.
Gérald Bloncourt
Não sei quanto tempo durou a viagem,
mas, quando chegámos a Paris, enfiaram-nos num táxi e largaram-nos num
bairro de homens, dizendo que era ali
que estava o meu pai. Não era verdade
e valeu-nos um português que, por estar
doente, não tinha ido trabalhar naquele
dia. Ele teve pena de nós e ajudou-nos a
chegar à morada certa. O meu pai partilhava um apartamento com vários companheiros, não havia mulheres.
Imagine a cara dele quando nos viu.
Nessa noite dormimos ali, mas precisávamos de uma alternativa e o meu pai
não tinha dinheiro para arrendar uma
casa. Naquela altura, recorria-se às pessoas amigas e onde é que elas viviam?
Nos vários bidonvilles. Nós fomos para
Memória
le 01 février 2012
le de Saint Denis,
Saint Denis e estivemos lá algum tempo,
cerca de dois anos, numa barraca.
Ainda consigo visualizá-la. Tinha uma divisão pequena à frente, que funcionava
como sala e cozinha, e tinha outra atrás
onde dormiam os meus pais, de um
lado, e eu e o meu irmão, do outro. Era
de madeira, revestida com placas.
Casa de banho não havia, era uma, exterior, para toda a gente. E tomávamos
banho uma vez por semana, numa bacia
plástica. A minha mãe aquecia a água
no fogão e tomávamos banho ali, naquela cozinha-sala minúscula. Se viesse
a minha casa, hoje, o Gérald veria que
tenho cinco casas de banho. Acho
mesmo que são as divisões mais bonitas
da minha casa e não tenho dúvidas que
essa minha paixão vem dos dias no bidonville.
Mas, em geral, a sensação que tenho é
que nós, as crianças, éramos felizes.
Aliás, o Gérald disse-me que do que
mais gosta na minha fotografia é de eu
parecer uma criança feliz. Eu também
acho que era. Os adultos trabalhavam
imenso, mas nós ficávamos no bidonville, à guarda de uma senhora que tomava conta de todos. Durante esse
tempo, não fui à escola. Só quando nos
mudámos para Aubervilliers é que ingressei na escola primária.
E, agora que falo nisso, deixe-me contarlhe algo que ainda hoje me enche os
olhos de lágrimas. Quando fui ter
consigo a Paris, a 26 de junho, para que,
finalmente, nos pudéssemos conhecer,
não fui direta a sua casa, recorda-se?
Estão a fazer um documentário sobre a
sua vida e quiseram entrevistar-me antes
de nos vermos. Até filmaram o nosso encontro, minutos depois, como se deve
lembrar. Mas, antes, quando me preparava para aquela entrevista num jardim
perto de sua casa, eu pensava que seria
tudo muito fácil.
Acreditava que aquele período estava arrumado na minha cabeça e que não teria
qualquer dificuldade em responder às
perguntas que me fizessem. Mas a verdade é que foi muito difícil para mim.
Foi a primeira vez que tomei consciência
do motivo pelo qual, aos 12 anos, disse
à minha mãe que queria regressar a Por-
13
em
síntese
tugal. E vim, ficando a viver com a
minha avó até os meus pais regressarem
também, cerca de um ano depois.
Durante a entrevista, fez-se luz. Deu-me
uma dor de cabeça tão forte, mal conseguia falar, tivemos de interromper a entrevista, antes de eu admitir o que tinha
tentado esquecer. Eu tinha uma professora primária muito racista. Tratava-me
por “la petite portugaise”, mas não com
a intenção que o Gérald teve, quando
pôs esse nome na minha fotografia. A
forma como ela o dizia magoava-me,
porque era discriminatória. Eu tentava
ultrapassar isso, estudando, sendo boa
aluna, mas não conseguia, porque era
sempre a “petite portugaise”.
Só este ano é que me apercebi disto, e
foi duro. Foi o facto de o Gérald e a sua
fotografia, tirada há tantos anos, terem
entrado na minha vida que me levaram
a assumir, plenamente e perante toda a
gente, esta minha vida de emigrante.
Hoje, acredito que é preciso falar.
É preciso falar muito sobre tudo o que
passámos. Sei que o Gérald, apesar dos
85 anos, continua a fotografar, continua
a denunciar a miséria que existe, sempre
que pode. E ainda bem que assim é.
Mas deixe que lhe diga - duvido que alguma das pessoas que fotografa se sinta,
alguma vez, como eu me senti, quando
vi que a minha fotografia estava exposta
na sua sala. Como eu me senti quando,
naquele dia em que o visitei e em que
demos um abraço tão forte, o Gérald me
disse que eu sempre tinha feito parte da
vida da sua família, que os tinha acompanhado sempre, eternizada naquela
imagem, pendurada na sua sala, que
quis divulgar a preto a branco, mas que
era originalmente a cores, como as cópias que me deu.
Eu sou a “petite portugaise” dos bidonvilles miseráveis de Paris. Mas sou também a Maria da Conceição, tenho 52
anos, um marido que continua a gostar
muito de mim, apesar de tantos anos de
casamento, três filhos maravilhosos e,
agora, estou a ir atrás de um sonho antigo.
Fui professora quase durante 30 anos,
mas desde agosto que já não sou. Adorava dar aulas, adorava estar na sala de
aulas com os meus alunos, mas detestava a papelada toda em que o ensino
atual está mergulhado. Por isso, arrisquei, e estou a dedicar-me ao artesanato
e à pintura, sonhos antigos que me
acompanharam sempre. Só não fui para
Belas Artes porque, naquela altura, só
havia escolas no Porto e em Lisboa e era
impensável para a minha família eu ir
sozinha para uma dessas cidades.
Acabei em Coimbra, a estudar línguas,
porque era aí que tinha um tio um pouco
mais velho.
Não me arrependo, mas agora acho que
tudo se conjugou para ir atrás deste
sonho antigo. Quero abrir uma loja de
flores e artesanato. Vamos ver. Quero encontrar o Gérald de novo, surpreendê-lo.
Espero que isso possa acontecer em
breve. Por enquanto, quero que saiba
que a sua petite portugaise já não tem
vergonha do seu passado e é uma mulher feliz.
Até breve.
Gérald bloncourt
Gérald Bloncourt nasceu no Haiti no
dia 4 de novembro de 1926. A mãe
era francesa, o pai era da Guadelupe.
Com 20 anos apenas, implicou-se
numa revolução que destituiu o Governo Lescot, mas foi expulso do país.
Veio para França, depois de uma
curta estadia na Martinique, sem
nunca tirar deixar de pensar no seu
país de origem.
Tirou um curso de professor de desenho, mas enveredou por uma carreira de repórter fotográfico, sem
nunca ter deixado de protestar contra
os regimes de ditadura, não só no
Haiti, mas também noutros continentes.
Foi neste contexto que tirou muitas
fotografias nos bairros de lata (bidonvilles) portugueses nos arredores de
Paris, nomeadamente Champigny,
Nanterre e Saint Denis.
Na primeira vez que foi a um bairro
de lata encontrou um Português que
já tinha conhecido nas fábricas de
Renault, e desde aí, tornou-se um
“habitué” destes espaços de grande
concentração de Portugueses (mas
não só).
Fotografou as barracas, as condições
miseráveis em que viviam, a lama, os
esgotos, os pontos de água, as caixas
do correio, as crianças, os adultos,...
Imortalizou momentos que ainda
hoje “falam”.
“Era a minha contribuição para denunciar as condições em que vivia
este povo humilde e extraordinário”,
diz. Chegou mesmo a atravessar os
Pirenéus a pé, para saber como chegam os Portugueses a França!
Uma série destas fotografias foram
expostas no Museu Berardo em Lisboa e outras foram oferecidas ao
Museu da Emigração de Fafe.
Gérald Bloncourt também pinta.
Sempre pintou. As suas obras estão
expostas em vários pontos do globo,
nomeadamente em França e no
Haiti. Mas é como fotógrafo que é
mais conhecido. Tem vários livros publicados.
agradecimento
Amigo de Portugal e dos Portugueses, agradecemos também a
amabilidade que Gérald Blancourt
tem tido para com o LusoJornal, cedendo, por exemplo, a foto que publicámos nesta página.
Obrigado.
Carlos Pereira
Diretor do LusoJornal
lusojornal.com
14
Cultura
le 01 février 2012
Plusieurs concerts en France
antónio Zambujo, aux frontières du fado
Par Jean-Luc Gonneau
En 2007, nous avons entendu une
première fois António Zambujo, lors
d’un improbable concert à l’auditorium de l’Institut du Monde Arabe,
où il assurait la première partie de
Maria da Fé, un peu sa marraine de
fado, puisqu’il faisait alors partie de
la programmation du «Senhor
Vinho», la maison de fado dirigée par
la dame. Concert gâché par une sonorisation désastreuse, rendant
Maria da Fé de méchante humeur. Et
un Zambujo encore hésitant, avec un
physique de «gendre idéal» et une
voix du genre crooner.
Nous l’avons revu l’année suivante au
Théâtre des Abbesses, assumant la
première partie d’Ana Moura, avec
un projet musical plus affiné, dessinant un univers très personnel, suave
et mélancolique.
En 2011 et cette année, António
Zambujo a donné de nombreux
concerts en France, le dernier en
date à la Maison du Peuple de La
Courneuve, où nous l’avons retrouvé.
Le «gendre idéal» porte maintenant
la «barbe de trois jours», très en
vogue, et qui lui sied fort bien. Il tient
la guitare classique, assis pendant
tout le concert. Autour de lui, apparaîtront Luis Guerreiro, l’un des spécialistes de la guitare portugaise les
plus en vue dans la jeune génération,
António Zambujo
DR
Ricardo Cruz, contrebasse, et sur certains thèmes Jon Luz (cavaquinho) et
José Conde (clarinettes). Le concert
commence en solo, avec sa guitare,
par une très belle interprétation de
«Aquela janela virada p’ró mar»,
créée voici un demi-siècle par un
autre fadiste-crooner de légende,
Tristão da Silva, dont il reprend aussi
«Nem às paredes confesso» avec talent, et se termine par un hommage
en fanfare à l’illustre Alfredo Marceneiro, en passant par un clin d’œil à
Amália Rodrigues («Amor de mel,
amor de fel») et l’un de ses paroliers
poètes préférés, Pedro Homem de
Mello.
Entre temps, nous aurons entendu
des variations subtiles, millimétrées
(un peu trop?), savantes parfois, épurées plus souvent, mêlant au fado les
apports de la musique populaire
alentejane, des zestes de bossa nova
avec des textes de Vinicius de Morais
ou de morna, un soupçon de jazz.
Tout cela propre, net, impeccable,
doucement sentimental sans tomber
dans la mièvrerie.
António Zambujo s’est forgé un
monde à lui, l’offre en partage avec
élégance. Bien sûr, celles et ceux qui
ne jurent que par le fado «bairrista»
illustré naguère par des Fernando
Mauricio ou Manuel de Almeida, et
aujourd’hui par Rodrigo ou Ricardo
Ribeiro, pourront rechigner. Est-ce
encore du fado? Pas toujours, mais
souvent, le plus souvent, c’est le sens
de l’inclusion dans le programme de
«Sou do fado», qui marque clairement le camp où il se situe.
Mais peut-être le monde d’António
Zambujo est-il trop sage. L’œil du
jeune homme est souvent rieur, tel
celui d’un enfant ravi de la mauvaise
blague qu’il va faire. Mais la blague
ne vient pas vraiment. Nous aimerions qu’António Zambujo fende,
comme on dit, davantage l’armure,
que son univers intimiste éclate par
instants. Il en est assurément fort capable.
Ne boudons toutefois pas notre plaisir: la soirée est très agréable, on la
trouve même un peu courte. A 37
ans, António Zambujo a tout le temps
pour nous surprendre encore. Il sera
de retour bientôt en France, près
d’Albi, puis à Amiens, et entre temps
pour plusieurs concerts chez nos voisins belges. Si vous passez par là,
profitez-en, je doute que vous le regrettiez.
“Diz-me tudo amor”
Manuel Campos promove disco em França
Por Clara Texeira
Com apenas 16 anos, o lusodescendente Manuel Campos lançou recentemente o seu primeiro álbum
intitulado “Diz-me tudo amor”. O LusoJornal quis saber um pouco mais
sobre este jovem talento, cuja voz e
expressões fazem-nos lembrar um
cantor já bem conhecido, Tony Carreira.
LusoJornal: Quais são os principais
temas cantados e quanto tempo
levou para realizar este projeto?
Manuel Campos: O tema essencial
neste álbum é o amor. São músicas
românticas cantadas em português
inspiradas na minha própria vida e na
das pessoas que me rodeiam. Fui escrevendo a letra pouco a pouco durante cerca de 2 anos até julgar ser o
bom momento de partilhá-lo com os
outros.
LusoJornal: O álbum saiu no verão
passado em Portugal e em França?
Manuel Campos: Aqui podemos encontrá-lo no meu site ou no meu Facebook. Estou precisamente neste
momento em plena promoção deste
trabalho, a entrar em contacto com
as rádios, a imprensa e algumas associações que têm acreditado no
meu trabalho e que já me deram a
possibilidade de subir ao palco.
LusoJornal: Ainda é muito novo, o
que espera fazer?
lusojornal.com
Manuel Campos: Por enquanto
aguardo as reações do
álbum, em Portugal
já percorri as rádios
do norte ao sul, já divulguei muito mais a
minha música, aqui
ainda há muito que
fazer. Estou consciente
de que tenho
muito caminho
ainda a percorrer, mas antes
de tudo, estão
os meus estudos.
Lus oJor nal:
Que curso
pretende
tirar?
M a nu e l
Campos:
Atualm e n t e
estou no 11°
ano, e quero
ser engenheiro
de som. Assim,
aconteça o que
acontecer
estarei
sempre ligado ao domínio
musical.
Como pode compreender os estudos
são
a
prioridade dos
meus
pais,
apesar de eu
preferir pegar no micro e subir ao
palco.
LusoJornal: Como veio esta paixão
pela música?
Manuel Campos: Desde sempre ouvi
cantar músicas tradicionais em casa,
o meu avô adorava cantar. Com 6
anos comecei a interessar-me por todo este
universo e prezava
muito ouvir cantar o
Tony
Carreira.
Desde aí nunca
mais parei e
resolvi
tal
como
ele
aprender
a
tocar
guitarra.
LusoJornal:
A sua voz é
parecida
com a do
Tony Carreira,
assim como a
sua maneira de
cantar, não tem
medo de ser etiquetado
como
‘mais um imitador’?
Manuel Campos:
Pois, esse pode ser
um
problema,
porque
muitos
dizem-me que tenho
a mesma entoação
e as mesmas ex-
pressões físicas quando estou a cantar, mas eu canto assim! Não posso
mudar a minha voz nem mudar o
meu modo de cantar! Não canto com
as mãos nos bolsos, gosto de exprimir-me com as mãos. Mas isto também vem do facto de eu sempre ter
ouvido o Tony desde pequeno e de
certo modo influenciou o meu estilo.
LusoJornal: Pode-nos falar do seu encontro com o Tony Carreira?
Manuel Campos: Foi um momento
inesquecível. Encontrei-o em Castelo
Branco no quadro dum concurso que
tinha ganho, em 2009, e ele disseme que já me tinha ouvido cantar as
suas músicas no ‘youtube’ onde coloquei diversos vídeos meus. Nem
queria acreditar que ele já tivesse ouvido a minha voz e que se lembrasse
de mim! No ano passado tive a ótima
surpresa de ser convidado por ele
para cantar em duo uma canção na
festa de Pontault-Combault. Foi uma
oportunidade enorme para mim,
assim perante um público tão denso.
LusoJornal: Com a sua idade, como
vê o futuro?
Manuel Campos: Sinto-me otimista e
sobretudo orgulhoso de ter conseguido percorrer todo este caminho.
Este álbum é um passo muito importante do qual vai certamente depender muitos projetos. Quando ouço as
minhas canções na rádio sinto uma
alegria enorme, exatamente como
num sonho.
LusoJornal: Já tem alguma data marcada par um concerto?
Manuel Campos: Sim, no próximo 11
de fevereiro vou estar no “Palais des
Sports” em Saint Ouen (93) com outros artistas portugueses e lusodescendentes para ajudar a Santa Casa
da Misericórdia.
LusoJornal: Outros projetos em vista?
Manuel Campos: Por enquanto estou
em plena concentração neste álbum,
tenho que apostar mais na promoção
e dar a conhecer aqui o meu trabalho
e para isso preciso de dar muitos
mais concertos. Já tenho 4 canções
escritas para eventualmente o
próximo álbum, mas só daqui a 2
anos se tudo correr bem. Entrei agora
em contacto com um produtor
francês que trabalhou com o DJ Bob
Sinclar para lançar um single este
verão. Encorajaram-me também a
gravar um CD em francês, porque
não?
LusoJornal: De onde é de Portugal e
qual é a sua relação com o país?
Manuel Campos: Sou de Macedo de
Cavaleiros, vou lá todos os anos no
verão e ultimamente tenho ido lá
cada vez mais. Nunca fui a uma escola portuguesa contudo falo bem a
língua de Camões graças aos meus
pais e familiares que falavam sempre
em português.
www.manuel-campos.com
Cultura
le 01 février 2012
15
Avec des vraies larmes d’émotion
katia Guerreiro: l’olympia en majesté
Par Jean-Luc Gonneau
Il est des moments comme ça, où,
sans bien sûr prétendre à la densité
lisboète, l’Ile de France - après tout
deuxième centre urbain lusitanien
dans le monde - se constelle d’étoiles,
petites ou grandes, qui illuminent le
fado. Alors, l’amateur connait les affres de l’embarras du choix.
Ainsi lors de cette fin de semaine, prolongée, qui commençait le 20 janvier:
ce vendredi-là, fallait-il partager l’ambiance familiale du Sinfonia à Montrouge, où Andreia Filipa, la fille de la
maison, chante joliment accompagnée par son frère et le talentueux
Philippe de Sousa, ou bien aux «fados
du monde» mensuels de SuR un R de
FloRa, près de la Nation, où officiaient, présentées par l’auteur de ces
lignes, Guadalupe, toujours généreuse
et sensuelle, et la toute jeune Diane
Santos, dont les 15 ans promettent
beaucoup?
Le samedi soir, allait-on retrouver l’accueil chaleureux de Manuel et Maria
Miranda au Coimbra do Choupal de
Pavillons-sous-Bois, ou bien partager
l’univers personnel et subtil d’António
Zambujo à l’Espace du Peuple à la lisière de La Courneuve.
Dimanche après-midi accosterait-on
chez Dona Aida, à La Garenne-Colombes, où A Posta invitait l’ami fadiste et militant João Rufino, ou bien
encore au Coimbra do Choupal, écouter Cláudia Costa, belle et stylée, et
enchaîner le soir à l’Express, non loin
de la place Clichy, avec António Sousa
Santos, élégant et précis, et Viviana
Lima, venue du Portugal. Nous reparlerons de tous ces lieux, et d’autres.
Le lundi 23, pas le choix: Katia Guerreiro nous attendait sur la scène my-
Katia Guerreiro
DR
thique de l’Olympia, bruissant du souvenir d’Amália Rodrigues.
Katia paraît sans châle, à l’instar de
ses collègues Mariza ou Misia. Ces
jeunes ne respectent rien, grognera
peut-être la vieille garde. Camané
sans cravate, António Zambujo qui
tombe la veste à mi-concert, Aldina
Duarte en pantalon, où allons-nous?
Rassurons-les: le fado demeure, et en
majesté.
D’ailleurs, quelle chanteuse aujourd’hui, et même hier, connaît encore le langage gestuel du châle.
Tradition perdue, certes, mais peutêtre parce qu’accessoire et en tout cas
mal adaptée aux grandes salles qui
accueillent les stars du fado.
Katia enchaîne quelques fados tradi-
tionnels. Voix pure, déliée, encore un
peu contractée, qui va au fil du
concert donner sa pleine mesure, pour
atteindre un très haut niveau technique, mais pas seulement, un très
haut niveau, surtout, d’engagement
de l’artiste dans ce qu’elle chante, à
la fois un oubli d’elle-même dans le
fado et une communion permanente
avec la salle.
Pour qui a suivi depuis quelques années l’évolution de Katia Guerreiro, les
résultats d’une réflexion sur son art et,
sans doute, d’un travail acharné sont
nettement perceptibles: travail sur la
voix, qui a pris de l’ampleur sans rien
perdre de sa délicatesse, travail sur les
arrangements musicaux, précis sans
ôter leur liberté aux musiciens, travail
sur la gestuelle: la bien connue posture de Katia, bras serré ans le dos,
corps cassé, s’est faite très discrète,
au profit d’une expression corporelle
variée et collant toujours aux textes;
travail sur la présentation, en s’adressant en un français charmant à une
salle où, justement, les français
étaient nombreux, ils auront droit à
deux chansons en français, empruntées à Charles Aznavour et à Barbara,
et en présentant les thèmes des fados.
Elle a réuni pour ce moment important pour elle (les artistes du fado qui
sont passés par l’Olympia constituent
un club très fermé: Amália, Carlos do
Carmo, Cristina Branco, Katia maintenant, qui d’autre?) des musiciens
haut de gamme: Pedro de Castro, qui
tient à Lisbonne la maison de fado
«Mesa de frades» dans l’Alfama et
Luis Guerreiro, qui travaille aussi avec
António Zambujo, figurent parmi les
meilleurs spécialistes de la guitare
portugaise. João Veiga, pilier du
groupe à la guitare classique, a la solidité d’un roc. Et le contrebassiste
Francisco Gaspar a une discrétion qui
ne nuit en rien à son efficacité et à
son attention.
Tout compte dans un concert de ce niveau: les éclairages sont soignés et
soulignent avec pertinence les différentes phases du concert, le son est
impeccable.
Moment d’émotion non feinte, vers la
fin du concert: Katia a senti qu’elle
avait relevé le défi qu’elle s’était lancé
à elle-même, qu’elle avait, selon ses
propres termes «mérité» l’Olympia. Ce
dont le public était déjà convaincu.
Des larmes sont apparues, de vraies
larmes, discrètes, pas des larmes de
comédie, des larmes d’émotion mais
sans doute aussi de bonheur.
Un bémol quand même: à trois reprises, Katia a recours à un accompagnent au piano, dont sa version, cela
dit bouleversante, de «Ma plus belle
histoire d’amour», de Barbara. Elle
rappelle, à juste titre, que le piano
entra dans le fado lorsque celui-ci sortit des tavernes pour atteindre aussi
les salons bourgeois ou aristocrates,
vers la fin du 19e siècle. Le résultat
fut que la rythmique si particulière du
fado en fut atrophiée, privée de la pulsation des guitares: la chanson de
Barbara, chère Katia, aurait été encore plus émouvante (et quelle belle
idée de l’avoir choisie!) avec les guitares du fado. Mais laissons là le
bémol: ce fut une très, très belle soirée de fado.
Cantor Johnny lançou nova carreira
apadrinhada por Pierre lacerda
Por Carlos Pereira
A festa de segundo aniversário da Alfama Prod foi a ocasião para lançar a
nova carreira - “a verdadeira” como
ele próprio diz - do cantor Johnny. O
evento teve lugar em Sartrouville na
ampla sala do Restaurante 5 Estrelas.
Jacques Fernandes, o fundador da
produtora é também o grande impulsionador da carreira de Johnny que
lançou o primeiro single do seu
próximo álbum. “Este é o verdadeiro
lançamento da minha carreira artística” disse o jovem cantor que tinha
completado 29 anos no dia anterior.
Mas a maior surpresa da noite foi a
presença de Pierre Lacerda, o empresário que lançou vários artistas e fundou a conhecida discoteca Costa do
Sol. Pierre Lacerda aceitou ser o Padrinho artístico de Johnny. “Tens
pouca sorte rapaz, tens um padrinho
velho” disse com humor Pierre Lacerda. Mas de imediato completou:
“Dos 25 artistas que eu lancei, há um
grande vazio entre Jorge Ferreira e
Tony Carreira. Tu tens lugar neste espaço”. Depois, sem deixar tempo para
alegrias, comentou: “A vida artística
Pierre Lacerda Padrinho artístico de Johnny
Angelique David Quinton
não é fácil. Tens de trabalhar muito,
muito, para conseguires. Mas vais
conseguir, garanto-te”.
Calha bem, porque antes, Jacques
Fernandes tinha dito que “Johnny é
um trabalhador. Trabalha todos os
dias do ano, de manhã até à noite, se
não está a cantar, está a compor
novos temas, se não está a compor,
está a ensaiar. Trabalha mais do que
nós todos” disse.
Tanto o artista como o produtor apre-
sentaram os diferentes elementos da
vasta equipa que vai lançar a carreira
de Johnny, sem esquecer os patrocinadores dos quais se destacam o
Banque BCP, o supermercado Les
Halles du Portugal e o LusoJornal.
Seguiu-se um momento para que
Johnny autografasse o primeiro single
do próximo álbum. O disco contém
um conto que ilustra uma parte da
história do cantor, escrito por Frankelim Amaral, cofundador da revista
Portugal Mag.
Jacques Fernandes apresentou as diferentes áreas da Alfama Prod, desde
a sonorização de espetáculos, ao estúdio de gravação. Marilu Duas, a
coach vocal que trabalha com a Alfama Prod deu o resultado do casting
que a empresa organizou recentemente e que selecionou a jovem cantora Magali, como próxima aposta
musical.
Vários artistas estavam na sala como
por exemplo Luís Manuel, Sandra Helena, Helga Posser, Kapa Negra, Cristel, Papa London, Danny Jordan,
Dany da Silva, Manuel Campos, Michael & Steven, Sinfonia, DJ Aníbal,...
lusojornal.com
16
Cultura
le 01 février 2012
Un livre d’António de Sousa
«excellence d’un immigré intégré» présenté à Paris
Par Manuel do Nascimento
Le vendredi 10 février, à 18h30, aura
lieu au Consulat Général du Portugal
à Paris (6 rue Georges Berger, 75017
Paris) la présentation du roman «Excellence d’un immigré intégré» d’António de Sousa, un auteur immigré. Il
publie un roman sur un sujet rarement abordé avec autant d’originalité
et d’émotion, sur l’intégration parfois
difficile des enfants immigrés.
Le roman «Excellence d’un immigré
intégré», est paru aux Éditions Mers
du Sud, le 23 décembre dernier. Ce
roman, en plus de son intrigue originale, permet de dévoiler des pages
méconnues de beaucoup, concernant
les conditions d’immigration des Portugais en France, depuis les années
60.
Le personnage principal, Emmanuel,
intégré jusqu’à avoir coupé les ponts
avec sa famille d’immigrés, a atteint
ses rêves de réussite sociale jusqu’à
intégrer une confrérie d’Excellence.
Une coïncidence, un accident de voiture où il se cogne la tête sur le volant
le même jour où il apprend la mort de
son père, va le conduire à des états de
retour à son passé d’enfant. Quand il
apprend l’explication rationnelle de
ces phénomènes, il décide d’aller au
Portugal, voir sa mère très malade depuis la disparition de son père. C’est
alors qu’il va découvrir un passé
ignoré, qui va chambouler la vision de
sa vie et remettre en cause ses certitudes. Cela va le conduire à compromettre sa place sociale et se risquer
aux foudres de la confrérie.
La Communauté portugaise sera heureuse de voir des périodes de leur
passé ou vécus par leurs aïeuls, relatées au travers d’anecdotes et de faits
décrits avec ferveur: le régime salazariste et sa police politique, le salto, le
bidonville de Champigny, le labeur de
leur travail, la cohabitation avec la
Communauté immigrée arabe, la difficulté de s’intégrer face aux aprioris,
ainsi que l’attachement au Portugal
au travers des passages sur la Saudade, les promesses à Fátima, et sur
les coutumes et villages portugais
d’antan, décrits avec nostalgie et
amour.
Les passages sur le présent du personnage, sur fond de peinture sociale
de réussite, sont saisissants de réalisme et décrits avec un humour des
plus acides. L’enfance du personnage
António de Sousa avec son livre
DR
principal est inspirée de l’enfance de
l’auteur, arrivé en France âgé de neuf
ans.
«Excellence d’un immigré intégré» est
un roman très bien construit, distrayant, plein d’humour et d’émotions,
qui sur fond d’intrigues liées à une
confrérie secrète, entraîne le lecteur à
découvrir les thèmes de l’intégration
et de l’identité abordés avec pédagogie et réalisme basés sur le vécu de
l’auteur.
António de Sousa est né au Portugal,
à Leiria, en 1966. Il est arrivé en
France à l’âge de neuf ans, rejoindre
ses parents qui avaient immigré
quelques années auparavant. Son
grand-père paternel avait, quand à lui,
immigré en France dans les années
60. António de Sousa, après une
année scolaire dans une classe pour
étrangers, dite d’initiation, a suivi des
études jusqu’à obtenir un diplôme
d’enseignement supérieur en informatique. Il est à ce jour, Directeur de Projets Informatiques.
António de Sousa se définit comme
un auteur hétéroclite. Il est membre
de la SALF (Société des Auteurs Lusophones de France) et, depuis peu,
chroniqueur sur LusoJornal.
Frankelim amaral: exemplo marcante das raízes ao léu
Por Maria Fernanda Pinto
Nestas andanças de lançamentos de
livros a exposições de pintura, fotografia ou conferências sobre os rudimentos mais importantes da vida da
Comunidade portuguesa em França,
donde a maior parte se passam no
Consulado Geral de Portugal em
Paris, cruzamos por vezes pessoas
que nos chamam especialmente a
atenção sem sabermos exatamente
porquê. Uma delas foi Frankelim
Amaral que eu não sabia se era jornalista, fotógrafo ou outra profissão,
mas sempre seguindo os “acontecimentos” com uma atenção ininterrupta.
“A Gaveta”, seu 3° livro publicado há
pouco tempo, fez-me descobrir um
jovem com talento, com uma experiência bastante larga da vida de “Cá
e de Lá” e uma grande nostalgia das
suas raízes natais.
Encontrámo-lo e o que ele nos
contou, deixou-me pensativa e com
a certeza de que não é um membro
da nova emigração, como alguns
dizem, mas um novo paladino da
velha Europa.
Disse um grande literata português,
o Professor Augusto Seabra, e eu não
o esquecerei nunca, “os Portugueses
são o único povo que nasce com as
raízes ao contrário”: podem agarrarse a todos os locais, sem esquecer
nunca o “canteiro” onde viram a luz
do dia.
Nasceu no distrito de Aveiro, tem 35
anos. “Emigrei para França com 18
anos, mas pelo meio ainda regressei
duas vezes a Portugal com a ideia de
por lá ficar. Primeiro para cumprir o
serviço militar obrigatório, depois voltei novamente para França, mas passado dois anos as saudades
lusojornal.com
Frankelim Amaral, autor
LusoJornal / Susana Alexandre
fizeram-me regressar de novo” explica ao LusoJornal. “Parti pensando
nunca mais pôr os pés em terras gaulesas, mas dois anos depois o destino, sempre imprevisto, fez com que
voltasse para França: tinha ambições
e sabia que se vivesse em Portugal
não poderia realizá-las. E como tinha
e ainda tenho vontade de descobrir
outras gentes, outros lugares, novas
mentalidades, outras culturas… E os
meus pais e irmã, que sempre tinham vivido em Portugal, vierem para
França… mas peço à Pátria minha
que um dia me guarde um metro
quadrado onde meu corpo possa repousar”.
Frankelim explica-nos que a escrita
é como um desabafo, uma maneira
de matar certos tormentos. Muitas
das vezes só na escrita encontra respostas, tendo o cuidado de nos seus
textos tentar passar uma mensagem,
fazer o leitor entrar na história, que
seja algo mais do que um simples
virar de página. Mas fala também do
canto onde nasceu: o campo, o dobrar do sino da aldeia, o chiar das
carroças, o ladrar dos cães, o apito do
padeiro, a corneta da peixeira, tudo
o que o faz voltar às suas raízes, se
bem que a saudade aperte…
Diz-se que todos os literários, artistas, todas as profissões que tocam a
arte, são obrigados a ter duas profissões: uma de prazer e outra de sobrevivência. Frankelim relata os seus
“começos” trabalhando primeiro na
construção civil, depois em vários
bares e restaurantes como barman e
empregado de mesa. Também foi
eletricista e acabou trabalhando por
conta própria tanto no ramo da
construção como na restauração,
mas a escrita estava sempre presente. Querer exprimir em letras o
que ia à sua volta, as ideias, poesia,
crónicas, pequenos contos, era a
ocupação de muitas horas depois do
trabalho, porque escrevia e ainda escreve para vários jornais e revistas em
Portugal. “Foi aliás através de um
jornal do qual ainda hoje sou correspondente. O editor desse jornal começou a interessar-se pelas minhas
crónicas, que mais tarde acabaram
por dar conteúdo ao meu primeiro
livro ‘O Grito do Silêncio’”. Depois
veio o segundo intitulado “Segredos”
e mais recentemente “A Gaveta”.
Mas durante estes anos tem também
participado em várias antologias.
Assim a escrita começou a ter um
papel muito importante na sua vida.
Hoje vive da escrita, porque acerca
de dois anos é Director de redação
numa revista lusófona, a “Portugal
Magazine”.
“O grito do silêncio” exprime revolta.
“Pensava que em breves frases podia
exprimir a minha terrível revolta. Pusme a escrever, essa revolta crescia,
tremia, chorava e sorria dentro de
mim. Vontade de viver, morrer, parar,
avançar ou gritar? Talvez ainda hoje
não saiba. Nessa revolta fiquei,
porque até hoje, ela é um pouco da
minha força de escrita” afirma.
Quisemos saber como se “sentia” em
língua francesa, se pensa escrever
em francês ou continuar em português, Frankelim Amaral diz-nos
que no momento escreve sempre em
português. Aprendeu um pouco o
francês em Portugal, durante dois
anos, mas o seu nível de francês
ainda não lhe permite poder exprimirse como deseja. Mas já tem alguns
projetos para a tradução de textos e
tudo leva a crer que possa surgir um
livro em francês…
Quanto a projetos de futuro
próximo… são “poder continuar a
viver da escrita e para a escrita”.
Atualmente está a escrever um romance, que irá pôr a razão à prova
contra a paixão, mas ainda tem muitos meses de trabalho pela frente.
“Sou um apaixonado da literatura e
penso que as letras são as maiores
marcas que o tempo nos deixa. Por
isso se puder marcar a minha passagem na terra, seria bom”, finaliza.
associações
le 01 février 2012
17
Orléans
Festa dos sócios da rádio arc en Ciel
Por Luís Horta
Teve lugar no dia 29 de janeiro a tradicional festa dos sócios da rádio
Arc en Ciel, à volta da “Galette des
Rois”, especialidade desta feita e
como não podia deixar de ser, fabricada por Leonel Francisco, Vice-Presidente da rádio que, como o
LusoJornal já noticiou, abriu recentemente uma padaria e pastelaria na
localidade periférica de Saint-Ay.
Numerosos foram os associados presentes que assim puderam confraternizar e aproveitar a ocasião para
ouvir um pouco da música portuguesa, na circunstância apresentada
pelo animador Jean-Pierre Martins,
igualmente membro do Conselho de
Administração da rádio, uma rádio
local que emite programas culturais,
musicais, desportivos, boletins noticiários essencialmente ligados à Comunidade portuguesa, entre eles e
diariamente, o noticiário da RDP Internacional.
Esta radio leva a voz de Portugal a
várias dezenas de milhares de Portugueses situados numa vasta zona
à volta de Orléans. Dispõe de mais
de 200 associados e 50 animadores/colaboradores que voluntariamente se investem e colaboram na
realização de atividades diversas.
Neste contexto, e no imediato, está
previsto um espetáculo com o artista
Mike da Gaita e o Grupo Nova Imagem que terá lugar já no próximo dia
11 de fevereiro. Ponto culminante
destas atividades e promoções de
artistas portugueses é a Festa anual
da rádio Arc en Ciel, ao ar livre, também designada por Festa de São
João, que se traduz pela presença
de cerca de 10.000 visitantes, em
dois dias do mês de julho.
O Presidente da rádio, Jerôme Campos, também animador da rádio e
músico do grupo Kapa Negra, foi no
último momento impedido de estar
presente em virtude de um incidente mecânico que bloqueou o
grupo no regresso de um espetáculo.
A festa dos sócios deste ano foi participada pelos restantes membros
do Conselho de Administração da
rádio e muitos associados, entre eles
o Cônsul honorário de Portugal em
Orléans, José Paiva, também membro associado da Arc en Ciel.
altina ribeiro
em Nemours
exposition
sur le pain
teatro Praga
em bobigny
Cyril Pedrosa
em angoulême
L’Association d’amitié franco-portugaise nemourienne a invité l’auteure
Altina Ribeiro à présenter ses ouvrages «Le fado pour seul bagage»
et «Alice au pays de Salazar» lors de
la 18ème édition de la Soirée Fado
qui aura lieu à Nemous le samedi 4
février, à 20h30. Chanteront Isilda
Miranda, Juliana Duarte, Filomena
Silva et Gonçalo Mendes (fado de
Coimbra), accompagnés par Artur
Caldeira, Daniel Paredes et Mário
Henriques.
L’exposition «Pão caseiro, Pão festivo» de Mouette Barboff a été
inaugurée samedi dernier, le 28
janvier au Museu Etnográfico de
Torrão, à Santiago do Cacém, et
sera ouverte au public jusqu’au 3
mars.
Mouette Barboff, française, spécialiste du pain et amie du Portugal,
est d’ailleurs à l’affiche puisque
son dernier livre «A tradição do pão
em Portugal» publié par les CTT, a
obtenu le Prix Gourmand.
“Israel” e “Sonho de uma noite de
verão” são as duas peças com que o
Teatro Praga se estreia nos dias 3, 4,
5 e 6 de fevereiro no Festival Le
Standard Ideal, em Bobigny (93).
Em declarações à Lusa, Pedro
Penim, do Teatro Praga, disse que,
apesar de esta não ser a primeira vez
que o Teatro Praga se desloca a
França, será “certamente uma forte
possibilidade de continuar a internacionalizar esta companhia portuguesa”.
O livro de banda desenhada “Portugal”, do lusodescendente Cyril Pedrosa, foi um dos candidatos ao
grande prémio do Festival Internacional de BD de Angoulême. A 39ª edição do mais importante festival
dedicado à banda desenhada decorreu de 26 a 29 de janeiro e entre os
58 álbuns selecionados conta-se
“Portugal”, no qual Cyril Pedrosa desenha e escreve sobre a procura da
identidade das raízes da sua família
portuguesa.
Cônsul José Paiva com elementos da rádio
DR
Loiret (Orléans)
Fado na associação Portuguesa de Gien
Por Luís Horta
«O Fado é uma música que melhor
encarna a alma portuguesa”. Foi
com estas palavras que Rosinda
Pedro, conselheira Municipal há oito
anos e responsável pelo polo da Cultura na localidade de Gien, membro
da Direção da Associação Portuguesa de Gien, apresentou o grupo
de fado “Tudo isto existe, tudo isto é
fado” aos numerosos presentes no
Jantar dos sócios e no espetáculo organizado por esta Associação no passado dia 28 de janeiro, em que
atuaram os artistas Carlos Neto e
Lúcia Araújo, acompanhados por
José Rodrigues à guitarra e Pompeu
Gomes à viola.
Com cerca de 180 membros ativos,
a Associação Portuguesa de Gien
tem como presidente Pedro Simão,
antigo construtor de terrenos de
golfe, hoje funcionário na Câmara
Municipal de Gien, grande impulsionador e atento ao desenvolvimento
da Associação. As suas principais
atividades consistem na organização
de festividades entre os associados,
realização de espetáculos, torneios,
celebrações diversas. “Apoiamos
Fadista Lúcia Araújo cantou em Gien
DR
também uma equipa de futebol regional”, diz Pedro Simão. “Hoje,
muitas coisas passam pelo futebol e
o mundo associativo não pode ignorar esta verdade”, acrescenta.
A cidade de Gien tem cerca de
16.000 habitantes, dos quais um
milhar de origem portuguesa que
aqui se fixaram no inicio dos anos
setenta, os homens principalmente
na construção da central nuclear de
Dampierre e as mulheres na empresa de Faianças de Gien. Hoje,
aqui estão implantadas cerca de 20
empresas de nacionais, uma das
principais no ramo alimentar, outras
nos setores da construção, carpintaria, pintura, serviços, etc.
Gien encontra-se geminada à cidade
portuguesa de Redondo desde há
cinco anos, numa iniciativa desta
Associação que contou com o
concurso do Maire local, Jean Pierre
Hurtiger, um excelente amigo de
Portugal que se encontrava presente
neste jantar dos sócios, acompanhado por outra Conselheira municipal, Sylvie Vauvilliers, sendo de
registar também a presença de José
Paiva, Cônsul Honorário de Portugal
em Orléans. Foi um momento de
grande harmonia, que, no final,
levou mesmo Rosinda Pedro a subir
ao palco para cantar o fado, “entre
amigos”, disse, como que uma desculpa para mostrar o seu amor pelo
Fado.
em
síntese
la CCPF a
organisé une
rencontre
de jeunes
Le samedi 28 janvier, la CCPF, l’Association franco-portugaise de Puteaux
et la Communauté catholique de Puteaux ont organisé une Rencontre de
la Jeunesse de la Région Île-deFrance. Environ 50 dirigeants associatifs se sont réunis pour débattre du
rôle des jeunes dans la vie associative, «rôle majeur lorsque l’on sait que
plusieurs dirigeants associatifs s’approchent de la retraite sans pour autant avoir trouvé au sein de leurs
associations un responsable à qui
passer le flambeau» dit une note de
la CCPF.
La Rencontre s’est déroulée en deux
parties: un débat au siège de l’association et une soirée de Rusgas au
gymnase de l’île de Puteaux.
La CCPF a invité l’association Chama,
Amicale des étudiants lusophones de
Strasbourg et le représentant du
Consulat du Portugal à Paris, Miguel
da Costa a démarré le débat.
Sylvie Pereira, de la Communauté catholique et Daniel Maceira, vice-Président de l’Association des Parents et
Travailleurs de Villiers-le-Bel ont remarqué que les associations folkloriques comptaient beaucoup de
jeunes parmi ses membres mais que
rares sont ceux qui s’engagent dans
les Conseils d’administration. Carlos
da Costa, de la Casa dos Arcos de
Paris a rajouté que les jeunes sont
très intéressés à présent par les Rusgas car elles permettent de laisser
plus de place au divertissement.
Marie-Hélène Euvrad, vice-Présidente de la CCPF, a souligné que
nous ne pouvons pas parler d’une
jeunesse unique, ni d’une vie associative homogène mais d’une jeunesse plurielle et d’un espace
associatif diversifié.
Les axes de réflexions dégagés lors
des Rencontres de Jeunes que la
CCPF organisera tout au long de l’année 2012 feront partie d’une Charte
de conseil que la CCPF va envoyer à
son réseau.
PUB
18
associações
le 01 février 2012
6.000 euros recolhidos em Argenteuil
boa
notícia
Sãos e salvos
No próximo domingo, dia 5, as leituras da missa convidam-nos a reflectir
sobre o significado do sofrimento humano. O Evangelho conta-nos como
os habitantes de Cafarnaum trouxeram os doentes da própria cidade até
junto de Jesus e narra que Ele
“curou muitas pessoas, que eram
atormentadas por várias doenças”. É
um gesto imprescindível para que a
Sua identidade messiânica emerja,
mas não deve ofuscar a verdadeira
missão de Jesus. O rosto de Deus
que Cristo quer revelar não é o de
um “santo milagreiro”, mas sim o
rosto de um Pai que deseja que os
seus filhos sejam felizes e que essa
felicidade seja plena, profunda e real.
Ninguém quer sofrer. Certamente,
Deus não quer que o homem sofra.
Mas à luz da revelação, até mesmo
o sofrimento pode assumir um papel
importante, nesse longo caminho de
descoberta do significado da nossa
existência. Se o sentido da vida é
descobrir o amor e aprender a amar,
nem mesmo a dor ou a doença
podem impedir que alcancemos a
felicidade. Aliás, podem até ser redimidas em Jesus Cristo e transformadas por Ele em instrumento de
salvação e ocasiões de graça.
Pode parecer incrível, mas muitas
vezes é nos momentos mais difíceis
e dolorosos de uma vida, que se descobre o real valor das pessoas e coisas que nos rodeiam. A aliança no
monte Sinai teria sido possível sem a
escravidão do Egipto ou a aridez do
deserto? A fé de Simão Pedro teria
tido a mesma robustez sem a experiência da prisão de Jesus e a vergonha de O ter negado?
Ninguém quer sofrer, mas até
mesmo o sofrimento pode tornar-se
ocasião de graça, de descoberta, de
crescimento e de salvação.
Festa de apoio à Misericórdia de Paris
Por Joaquim Pereira
Cerca de 6.000 euros foram recolhidos no domingo passado numa festa
organizada pela associação Agora de
Argenteuil, em benefício da Santa
Casa da Misericórdia de Paris. 350
pessoas estiveram no almoço, às
quais se juntaram mais 550 numa
tarde de baile.
“Este é um marco histórico porque
é a primeira vez que uma associação
vem ao encontro da Santa Casa da
Misericórdia e propõe organizar um
evento para recolha de fundos” disse
ao LusoJornal, visivelmente emocionado, o Provedor da Misericórdia de
Paris, Joaquim Sousa. “É um gesto
muito bonito e espero que no futuro,
outras associações possam dar este
tipo de contributo para levarmos
mais longe a nossa ação”.
Também o Cônsul Geral de Portugal
em Paris, Luís Ferraz, disse ao LusoJornal que esperava que “isto seja
o princípio de um conjunto de atividades que outras associações pos-
Artistas, personalidades e dirigentes associativos
LusoJornal / Mário Cantarinha
sam promover de apoio à Misericórdia de Paris para lhe dar maior capacidade de intervenção”.
Enrico de Rosa, o Presidente da associação Agora lembrou que este
não é o primeiro evento de solidariedade que a associação organiza já
que ainda recentemente organizou
um evento em favor do Téléthon.
almoço na aPi de Ste Genneviève-des-bois
Por Alfredo de Lima
A associação API de Sainte Genevièvedes-Bois já nos tem habituado a
grandes festas, mas o almoço espetáculo que organizou no passado dia 22
e janeiro foi verdadeiramente espetacular e temos que reconhecer que na Comunidade associativa portuguesa
temos pessoas e sobretudo muitos jovens capazes de organizar grandes
eventos.
O evento começou com a alocução do
jovem Presidente Francisco Marques e
Intervenções oficiais antes do almoço
Photo Lima
a apresentação de alguns convidados
Gomes um presente muito especial:
um belo quadro com dançarinas lembrando o rancho folclórico As Lavradeiras de Nantes.
Depois, Carlos Gomes deu início ao
baile às 21h30 com o conjunto Kapa
Negra, vindo de Orléans. A sala estava portanto já bem quente para o
concerto de José Malhoa que pôs
todas as gerações a dançar e a cantar
sem parar!
Mais de 600 pessoas deslocaram-se
Sugestão de missa
da semana
LusoJornal / Inês Vaz
Por Inês Vaz
lusojornal.com
Na noite fria de sábado 28 de janeiro,
a Associação Cultural Franco-Portuguesa de Nantes recebeu pela primeira vez na cidade o famoso cantor
José Malhoa. O “Baile de verão”
transformou-se em “Baile de inverno”.
Para festejar os seus 31 anos de existência, a Associação organizou primeiro um grande jantar com os sócios
e os patrocinadores desse evento
anual já tradicional, na sala municipal Nantes-Erdre. Cerca de 40 empresários
portugueses
ou
luso-franceses ajudaram financeira-
para matar as saudades dos bailes
das festas e romarias de agosto. Para
4 de entre elas ainda foi melhor
porque, como sempre, um sorteio
permitiu ganhar uma viagem a Portugal de autocarro, uma viagem a Portugal de barco, uma cesta cheia de
produtos portugueses e para terminar
uma viagem a Portugal de avião.
A noite acabou com os Kapa Negra
que voltaram ao palco para mais
umas danças.
PUB
José Malhoa em Nantes
Missa portuguesa ao
domingo, às 8h00
de honra, nomeadamente da Maire de
Sainte Geneviève e de Pedro Monteiro,
Cônsul Geral Adjunto de Portugal em
Paris, assim como alguns representantes dos patrocinadores, como a
Banque BCP, a Alimentar ou o restaurante Le Soleil du Portugal.
Com uma sala completamente repleta,
as cerca de 600 pessoas foram servidas
com uma boa refeição, animada pelo
grupo Baila Portugal.
Terminada a refeição, foi a vez dos artistas Helena e Emanuel fazerem vibrar
o numeroso público que não arredou pé
até às 20h00.
o “baile de inverno” de José Malhoa em Nantes
P. Carlos Caetano
padrecarloscaetano.blogspot.com
Basilique de Saint Denis
8 rue Boulangerie
93200 Saint-Denis
“Queremos organizar mais festas
deste tipo, para darmos mais sentido
à nossa ação” disse Enrico de Rosa.
“Há muita gente que necessita de
apoio” lembra Joaquim Sousa. “Já
tínhamos uma percentagem da
nossa população com dificuldades e
agora há uma nova vaga de emigrantes que necessita de ajuda. É la-
mentável, mas é verdade. Cada vez
há mais jovens e menos jovens que
emigram, mas nem sempre preparam bem a saída, mesmo se hoje há
muita mais facilidade de obter informação, mas o que é verdade é que
há similitudes com situações vividas
nos anos 60”. No entanto o Provedor
da instituição diz que “muitos dos
que aqui estão hoje, também foram
ajudados quando chegaram cá nos
anos 60”.
Interrogado sobre a sua presença
constante nos eventos da Comunidade, o Cônsul de Paris referiu que
“apenas faço o meu trabalho” e depois acrescenta que “não me sentiria bem se não estivesse aqui.
Estamos a pedir aos Portugueses
que venham cá apoiar a Santa Casa
da Misericórdia e por isso eu também tinha de dar o exemplo”.
No próximo dia 11 de fevereiro está
prevista uma nova festa de apoio à
Santa Casa da Misericórdia de Paris,
desta feita organizada pela associação portuguesa de Saint Ouen.
mente à organização da manifestação. Ali Rebouh, em representação
da Mairie de Nantes, com Catherine
Touchefeu, homenageou o trabalho
feito pela ACFPN, e salientou que
após o encerramento do Vice-Consulado a Comunidade deve permanecer
unida e continuar as suas ações a
nível associativo.
Manuel Ferreira, Presidente do coletivo associativo Cap Ouest, também
fez uma intervenção recordando a
luta iniciada há semanas contra o
desaparecimento do posto consular.
Estava igualmente presente a ViceCônsul Rosa Maria Teixeira Ribeiro
para oferecer ao Presidente Carlos
PUB
20
Desporto
le 01 février 2012
Pour inaugurer un nouveau stade à Vaujours
em
síntese
Janeiras
à toulouse
Par Henri de Carvalho
lusitanos joue devant David Douillet
Par Marco Oliveira
Les Lusitanos de Saint Maur ont inauguré le stade Jules Ferry à Vaujours,
en présence du Ministre des Sports,
David Douillet.
Mercredi dernier, l’équipe U15 des
Lusitanos était invitée à inaugurer le
nouveau stade Jules Ferry a Vaujours.
Cet événement a été marqué par la
présence du Ministre des Sports et
ancien Champion Olympique de
Judo, David Douillet, qui dans son
discours a salué le bel outil mis a disposition des plus jeunes pour la pratique de leur sport favori, dans des
conditions adéquates et par tout
temps.
Le match aura été un prétexte pour
donner un aspect convivial devant les
familles des petits footballeurs en
herbe qui étrennaient ce nouveau terrain de jeu. Un autre invité de marque
aura comblé les grands et surtout les
petits, Bernard Diomède, Champion
du Monde 1998 qui a donné le coup
d’envoi et fait plaisir aux nombreux
chasseurs de photos et d’autographes.
Les dirigeants lusitaniens présents ont
remis à cette occasion un maillot du
club, qui va désormais trôner dans le
bureau du Maire, reconnaissant et ravi
d’avoir accueilli les Lusitanos à cette
occasion.
Diomède avec les jeunes de Lusitanos
DR
Liga de Paris, DHR
Voleibol - Liga A
empate do lusitanos vitória do Poitiers
Por Alfredo Cadete
Le 16 janvier, dans les locaux de
l’Alliance Française, Place du Capitole, à Toulouse, sous les auspices
de l’Association Amitié France-Portugal, une cinquantaine de compatriotes, ainsi que des français, se
sont donné rendez-vous, pour fêter
comme il se doit, les traditionnelles
Janeiras: musique, belles gourmandises, vinho verde, bonne ambiance
et convivialité.
Noélia Pacheco, Vice-Consule du
Portugal à Toulouse a profité, dans
son discours de ‘Voeux 2012’, pour
nous rappeler que cette année, le
traditionnel festival ‘Rio Louco’ dans
la ville rose, est consacré à la Lusofonie.
Torcy 1 - Lusitanos de St Maur 1
Mais vale um pássaro na mão, que
dois a voar. E foi o que aconteceu
aos homens do Presidente Artur
Machado no passado domingo ao
conquistarem, no Complexe Sportif
Fremoy, em Torcy, um precioso empate (1-1) frente ao 5° classificado. Um empate que segundo o
Técnico Adérito Moreira, podia terse concretizado em vitória, se o árbitro M. Thomàs Chaumoron
“estivesse nos seus dias, o que infelizmente não aconteceu”, preju-
dicando e de que maneira os Lusitanos, sobretudo na segunda parte.
“Entrámos bem no jogo com Maximillien Friboulet a marcar nos primeiros 25 minutos e fizemos uma
boa primeira parte. No segundo
tempo, à parte termos pela frente
um excelente adversário, tivemos
também que enfrentar o mau trabalho da arbitragem que muito nos
prejudicou” disse Adérito Moreira
ao LusoJornal.
No próximo fim de semana o Campeonato sofre uma interrupção,
para dar lugar a mais uma eliminatória da Taça do Val de Marne,
onde ainda se mantém o Lusitanos
de Saint Maur.
PUB
Criado grupo
folclórico em
vritry
A associação Arc en Ciel La Source,
em Vitry-sur-Seine (94), decidiu
criar um grupo folclórico português.
A associação centra as suas atividades no acolhimento de pessoas
deficientes, mas a sua Presidente,
Laura Martins, disse ao LusoJornal
que “os membros da associação
são deficientes e não deficientes,
temos de tudo” por isso “um grupo
de membros decidiu criar um rancho folclórico e eu não me oponho”.
O grupo ainda não está batizado,
mas vai representar a região de
Gondomar. “A ensaiadora anda em
grupos de folclore há muitos anos e
como é membro da nossa associação, vai ensaiar o nosso grupo” explica Laura Martins.
A associação necessita agora de
mais membros para completar o
grupo. “Necessitamos de mais
pares para dançar, mas também de
músicos. Temos instrumentos, mas
não temos quem os toque”, diz a
sorrir.
Os interessados podem contactar
diretamente com Laura Martins:
06.68.88.90.20.
lusojornal.com
Por Alfredo Cadete
Poitiers Volley 3 - Cannes 2
Como os resultados parciais indicam (25/24, 27/29, 26/24, 20/25
e 15/9), não foi fácil perante o seu
público, em Poitiers, levar a melhor sobre o Cannes, que obrigou o
Poitiers Volley dos três Portugueses
Carlos Teixeira, Nuno Pinheiro e
André Lopes, a uma finalíssima
para se encontrar o vencedor.
O Poitiers venceu, mas perdeu
pontos para o seu mais rival e direto perseguidor, o Tours, que sem
grandes dificuldades, em casa,
venceu a equipa do Montpellier
(3-0).
Uma jornada onde também se destacam os resultados dos mais sérios candidatos à fase seguinte,
neste caso, Rennes e Séte Arago.
Principais resultados:
Poitiers-Cannes 3-2
Tours-Montpellier 3-0
Rennes-Nantes Rezé 3-0
Sète Arago-Tourcoing 3-0
Classificação:
1° Poitiers com 41 pontos; 2°
Tours 40; 3° Sète Arago 33; 4°
Rennes 33; 5° Tourcoing 27; 14°
Lyon 8.
PUB
Desporto
le 01 février 2012
21
Trois matchs - trois victoires en Coupe de France
le Sporting reprendrait bien une coupe
Par Julien Milhavert
Sporting Club de Paris 3 – Torcy 1
Buteurs: Teixeira, Diogo x2
Sporting Club de Paris 7 – Maromme
Le Reste du Monde 1
Buteurs: Diogo x2, Diniz x2, Betinho,
Neukermans, Chaulet
Sporting Club de Paris 10 – Herouville Saint Clair 5
Buteurs: Diniz x2, Betinho x3, Diogo
x3, Hamdoud, Barboza
Teixeira et ses coequipiers écoutent le coach Lopes
Le Sporting Club de Paris, double
tenant du titre après ses victoires
en 2010 et en 2011, n’a pas eu à
forcer son talent pour se qualifier
pour les 1/16ème de finale de la
Coupe Nationale. Réunie à Houlgate, à proximité des plages normandes, nos protégés ont obtenu
trois victoires en autant de matchs
face à Torcy (3-1), Maronne Le
Reste du Monde (7-1), Hérouville
Saint Clair (10-5).
Il aura fallu une mi-temps aux
hommes du Sporting pour prendre
la mesure et entrer définitivement
dans la compétition. Le premier
but est l’œuvre d’Alexandre
Teixeira. L’international français se
trouve à jouer une touche pour
Chaulet qui lui remet instantanément. Tex frappe et loge la balle
dans le petit filet opposé. La réaction de Torcy est instantanée et se
matérialise par une égalisation. A
la suite d’un corner parisien mal
négocié et une perte de balle, le
capitaine de Torcy part en contre,
frappe d’un tir croisé qui ne laisse
aucune chance au portier nordiste
du Sporting Club de Paris, Djamel
Haroun. Et il en faut peu pour que
Torcy bascule en tête au score à la
mi-temps. Sur une longue relance
du portier seine et marnais, excellent et décisif tout au long de la
compétition, en direction de sa
pointe positionnée dans la surface
SCP
parisienne, une déviation de la tête
qui semblait insignifiante prend la
direction de la lucarne. Djamel Haroun s’interpose et d’une claquette
envoie le cuir hors du cadre de son
but.
Le Sporting a une entrée en matière poussive. Les joueurs du
Sporting manquent d’application
devant le but et d’implication dans
le replacement défensif.
La reprise est tonitruante et anéantie toute ambition de la part de
l’adversaire. Après 24 secondes de
jeu, le capitaine Betinho dévie
pour Diogo. Ainsi débute le festival
du gaucher brésilien qui doublera
sa mise personnelle dans la foulée.
Torcy reste cependant dangereux et
il faut un arrêt peu académique du
menton ou du torse d’Haroun (luimême ne pouvant nous le préciser)
pour éviter la réduction du score.
Suivant les recommandations de
leur entraineur, Rodolphe Lopes,
les Parisiens se montrent plus
concernés et plus appliqués en
trouvant à trois reprises les montants (Diogo à deux reprises et
Chaulet).
Le temps mort demandé par Torcy
à 2 minutes de la fin ne change
rien au score et à la victoire acquise en début de seconde période.
Le Sporting Club de Paris se voit
opposer en deuxième match à Maromme Le Reste du Monde, un adversaire déjà rencontré au même
stade de la compétition en 2011.
Retenant les enseignements de son
entame de match face à Torcy, les
Parisiens prennent d’emblée le
contrôle du jeu et marquent dès la
minute de jeu par l’inévitable
Diogo, sur un modèle de passe de
Diniz. Diogo rend la pareille à son
compère Diniz afin que celui inscrive le deuxième but de la partie.
Ayant le monopole et la main mise
sur le jeu, le Sporting a conscience
qu’une victoire dans ce match lui
ouvrirait les portes des 16ème de
finale. Sérieux et disciplinés, les
brésiliens Diogo, Betinho et Diniz,
alignés pour la première fois de la
saison ensemble, se régalent et régalent le public. Betinho se trouve
à la conclusion d’un double jeu en
triangle magique entre Diogo et
Diniz pour inscrire le troisième but.
La première période s’achève sur le
score de 5-0 après deux nouveaux
buts inscrits par Diogo, d’une
frappe enroulée dans la lucarne opposée, et par l’intraitable défenseur belge, Jonathan Neukermans
à la conclusion d’une passe du virevoltant Hamdoud.
La victoire et la qualification acquise à la mi-temps de cette
deuxième rencontre, Rodolphe
PUB
Lopes en profite pour faire tourner
son effectif, pour la première fois
au grand complet, afin de mobiliser tout le monde. C’est un inhabituel cinq qui débute la seconde
période (Pichard, Barboza, Hamdoud, Tobarane, Khireddine). Le
Sporting gère son confortable avantage. A une minute du terme, alors
que la consigne défensive imposée
par Neukermans est de conserver
et de faire tourner la balle, Jonathan Chaulet profite d’une brèche
et prend l’initiative pour aller inscrire un sixième but. Chaulet sera
imité par Diniz. Le brésilien aux
chaussures vertes et blanches
frappe et inscrit un nouveau but.
Fort de cette victoire, le Sporting
Club de Paris est qualifiée pour les
16ème de finale de la Coupe Nationale avant même de disputer
l’ultime rencontre de cette après
midi de futsal magnifiquement organisée par la Ligue de Haute Normandie dans le très agréable
CREPS d’Houlgate.
Face à un adversaire, Hérouville
Saint Clair, éliminé, le Sporting
Club de Paris débute la rencontre
selon les mêmes auspices et la
même motivation: la première
place de ce plateau. Pichard prend
la place d’Haroun, dans le but. Si
l’enjeu n’est plus là, le prestige de
la compétition oblige nos protégés
à jouer le jeu. C’est ce que fait parfaitement Neukermans qui après
70 secondes de jeu remonte toute
la longueur du parquet avant de
servir Diniz, dont la frappe trouvera
les mains fermes du portier normand. A la suite d’errements défensifs, Hérouville ouvre la marque
avant l’égalisation de Lucas Diniz.
Diogo poursuit son festival, bien
suivi par ses compatriotes brésiliens (Betinho buteur sur passe de
Diogo et doublé de Diogo). A 4-2,
on pense l’affaire pliée mais Hérouville inscrit un troisième but et
aurait pu égaliser si une frappe
n’avait pas trouvé le montant parisien. Conscient que l’égalisation a
été très proche, Rodolphe fait les
changements nécessaires et remuscle son cinq initial. Les changements portent leur fruit.
Hamdoud, Diniz et Barboza aggravent le score, un score de 7-3 à la
mi-temps. La seconde période voit
nos protégés prendre son temps
pour développer et construire un
jeu sans précipitation en faisant
tourner le cuir, n’hésitant pas à
s’appuyer sur Pichard. Un Pichard
constamment soutenu par Haroun,
qui depuis le banc, n’aura pas
cessé de prodiguer conseils et encouragements à son poulain. Trois
nouveaux buts seront inscrits par
Diogo et Betinho, auteur d’un doublé.
La journée normande aura été encourageante et aura permis de se
qualifier sans crainte pour les
16ème de finale qui se déroulera
le 18 février. Le tirage au sort sera
effectué le mardi 31 janvier au
siège de la Fédération, par l’international Davide Le Boette et
Alexandre Teixeira.
em
síntese
resultados do
futebol
Profissional
Por : Alfredo Cadete
LIGA 1 - 21ª JORNADA
reSultaDoS
Auxerre 1-3 Nancy
Brest 0-1 PSG
Lorient 1-1 Sochaux
Lyon 3-1 Dijon
Nice 0-1 Montpellier
Toulouse 1-0 Caen
Lille 3-0 St. Etienne
Evian TG 0-0 Bordeaux
Valenciennes 1-2 Ajaccio
Rennes 1-2 Marseille
ClaSSiFiCação
1° PSG
2° Montpell.
3° Lille
4° Lyon
5° Marseille
6° Rennes
7° Toulouse
8° St Etienne
9° Bordeaux
10° Lorient
46
43
39
38
37
35
34
33
27
26
11° Brest
12° Evian TG
13° Nancy
14° Dijon
15° Ajaccio
16° Valenci
17° Caen
18° Auxerre
19° Sochaux
20° Nice
24
23
22
22
21
20
20
19
19
18
LIGA 2 - 21ª JORNADA
reSultaDoS
Metz 0-2 Sedan
Boulogne 0-1 Amiens
Istres 2-1 Guingamp
Havre 1-1 Arles
Le Mans 0-1 Châteauroux
Nantes 1-0 Tours
Reims 3-0 Angers
Troyes 3-0 Laval
Clermont 2-1 Bastia
Monaco (r/d) Lens (r/d)
ClaSSiFiCação
1° Clermont
2° Reims
3° Bastia
4° Sedan
5° Troyes
6° Nantes
7° Guingamp
8° Laval
9° Havre
10° Tours
40
38
38
33
32
31
31
30
29
29
11° Metz
12° Château.
13° Istres
14° Angers
15° Lens *
16° Boulogne
17° Le Mans
18° Arles
19° Monaco *
20° Amiens
28
28
26
26
26
24
22
20
19
18
*(-1 jogo)
Nacional - 21ª JORNADA
reSultaDoS
Créteil/Lusit. 1-1 Epinal
Rouen 0-1 Nîmes
Vannes 1-1 Cherbourg
Beauvais 0-0 Quevilly
Fréjus 1-0 Martigues
Ajaccio 1-0 Orléans
Luzenac 1-1 Niort
Colmar 1-1 Bayonne
La Poiré 1-1 Paris FC
Besançon 0-0 Red Star
ClaSSiFiCação
1° Niort
2° Nîmes
3° Epinal *
4° Gaz. Aja.
5° Rouen
6° Vannes
7° Fréjus
8° Colmar
9° Quevilly
10° Paris FC
43
38
37
36
35
34
30
29
29
28
*(-1 jogo)
lusojornal.com
11° Orléans 28
12° Le Poiré 28
13°Crét./Lusi 26
14° Luzenac 24
15° Beauvais* 23
16° Red Star 22
17° Martig. 22
18° Besanç. * 21
19° Cherbou. 20
20° Bayonne* 17
22
tempo livre
le 01 février 2012
SorteZ De CHeZ vouS
EXPOSITIONS
Keller, à Paris 11. Tous les jeudis et
vendredis, à 21h00.
Du 27 janvier au 15 février
Exposition de dessins “Les Portugais à
Paris” de Irene Bonacina au Consulat
Général du Portugal à Paris, 6 rue
Georges Berger, à Paris 17.
Le vendredi 3 février, 20h30
Le samedi 4 février, 17h30;
Le 5 février 15h30
“Israel”, un one man show de Pedro
Zegre Penim, Teatro Praga de Lisboa
(en anglais et en français), dans le
cadre du Festival Le Standard Idéal, à
la Maison de la Culture MC93 de Bobigny (93).
Jusqu’au 7 février
Exposition du peintre brésilien Favoretto, invité d’honneur de l’Hivernal
de Lyon, 56e Salon d’hiver de Lyon.
Palais municipal, 20 quai de Bondy, à
Lyon 05.
Du 3 février au 3 mars
Exposition individuelle «Éros & Gaïa»
du peintre brésilien Sérgio Bello, à la
Galerie Ricardo Fernandes, 7 rue Vertbois, à Paris 3.
Jusqu’au 28 février
Salon International de l’Art contemporain, exposition collective des artistes
brésiliens Adriana Justi (Brésil), Beatriz
Dondici (Brésil/Pérou), Cibele Pilla
(Brésil), Mariazinha (Portugal), Nelson
Pompeu (Brésil), Saira Kleinhans
(Brésil/Japon) et Sónia Domingues
(Portugal), réunis sous le commissariat
de Heloiza de Aquino Azevedo. Espace
Saint Martin, 199 bis rue Saint Martin,
à Paris 3.
Jusqu’au 13 mai
Exposition de Vik Muniz, photographe
contemporain et ambassadeur du Brésil
auprès de l’UNESCO. Hôtel de Caumont, 5 rue Violette, à Avignon (84).
CINEMA
Le samedi 11 février, 14h30
«Orfeu negro», un film de Marcel
Camus, adapté d’une pièce du brésilien
Vinicius de Moraes au Musée Dapper,
35 bis rue Paul Valéry, à Paris 16.
Infos: 01.45.00.91.75.
THÉÂTRE
Février
«Olá!» ‘one man show’ de l’humoriste
José Cruz au Théâtre Pandora, 30 rue
Le samedi 4 février, 20h00
Le dimanche 5 février, 15h30
Le lundi 6 février, 20h00
“Sonho de uma noite de verão” par le
Teatro Praga de Lisboa (en portugais,
sous-titré en français), en collaboration
avec Músicos do Tejo, basé sur l’œuvre
de Shakespeare et l’opéra “The Fairy
Queen” de Henry Purcell, dans le cadre
du Festival Le Standard Idéal, à la Maison de la Culture MC93 de Bobigny
(93).
Le samedi 18 février, 20h30
Théâtre «Berço Português» par la
troupe Teatro do Imaginário (Freguesia
de Manigoto, Pinhel), organisé par le
Centre culturel portugais. Fado avec
Diogo Rocha et Philippe de Sousa. Au
Théâtre de l’Agoreine, 63 bd du
Maréchal Joffre, à Bourg-la-Reine (92).
FADO
Le vendredi 3 février, 21h00
Soirée fado avec Aristides Torres, Susana Lopes, Manuel Miranda, Maria
Manuela, Diogo Rocha e Cláudia Costa,
accompagnés par Manuel Miranda,
Pompeu Gomes et Tony Correia, organisée par Rádio Alfa. Salle Vasco da
Gama, 1 rue Vasco da Gama, à Valenton
(94). Infos: 01.45.10.98.60.
Le vendredi 3 février, soir
Soirée Fado Vadio, avec José Rodrigues
(guitare portugaise) et Zéca Afonso. Les
Jardins de Montesson, 29 boulevard de
la République, à Montesson (78).
Infos: 01.30.71.59.85.
Le samedi 4 février, 20h30
«La Nuit du Fado» organisée par la
PUB
Fédération des Associations Portugaises Rhône-Alpes. Salle Espace 140,
291 rue d’Athènes, à Rillieux-la-Pape
(69).
Le samedi 4 février, 20h30
18° Soirée du Fado avec Isilda Miranda, Juliana Duarte, Filomena Silva
et Gonçalo Mendes (fado de Coimbra),
accompagnés par Artur Caldeira, Daniel
Pareces et Mário Henriques. Organisée
par l’Association d’amitié franco-portugaise nemourienne. Salle de Fêtes, à
Nemours (77). Infos: 01.64.78.09.94.
Le samedi 4 février, 20h30
«Grande Noite do Fado» organisée par
la Fédération des Associations Portugaises du Rhône-Alpes. Salle espace
140, 291 rue d’Athènes, à Rillieux-laPape (69).
Le dimanche 5 février, 13h00
Fado avec Gracinda Villelas, accompagnée par Manuel Miranda et Pompeu,
au restaurant Coimbra do Choupal, 92
allée du Colonel Fabien, Les Pavillonssous-Bois (93). Infos: 01.48.02.27.41.
Le vendredi 10 février, 20h00
Dîner/conférence musicale avec Fado
de Lisboa et Fado de Coimbra, par
Manuel Mendes, organisé par l’Institut
de Langue et de Culture Portugaise au
Restaurant Le Canelas, à Lyon.
Infos: 04.78.93.38.88.
Le vendredi 10 février, 21h00
Fado avec Helena Sarmento, Luis Filipe
Fortunato et Lino Ribeiro (Portugal),
accompagnés de leurs musiciens, organisé par l’Association Drancéenne
des Amis du Portugal. Espace Culturel
du Parc, rue Sadi Carnot, à Drancy (93).
Infos: 06.09.30.10.77.
Le samedi 11 février, 20h00
Fado et repas traditionnel, avec Mónica
Cunha, accompagnée par Filipe de
Sousa et Casimiro Silva, suivi d’un bal
animé par Paulo e Sandra, ainsi que
par le groupe Copakabana, organisé par
l’Amitié Franco-Portugaise du Val d’Yerres. Espace rené Fallet, 29 bis avenue Jean Jaurès, à Crosne (91).
Infos: 01.60.46.43.02.
Le samedi 18 février, 19h30
Soirée fado avec «Tudo isto existe, Tudo
isto é fado» avec Carlos Neto, Luísa
Reis et Lúcia Araújo, accompagnés par
José Rodrigues et Pompeu. Casa Eça
de Queirós, 44 rue Louis Auroux, à
Fontenay-sous-Bois (94).
Infos: 06.46.32.76.15.
CONCERTS
Les lundis 6 et 13 février, 18h30
Apéro Luso avec Bévinda accompagnée
par Gilles Clément à la guitare. Ozo, 37
rue de Quincampoix, à Paris 4.
Infos: 01.42.77.10.03. Entrée libre.
Le samedi 11 février, 20h30
Concert de Sara Tavares dans le cadre
du Festival Au Fil des Voix, à l’Alhambra de Paris, 21 rue Yves Toudic, à Paris
10. Info: 01.40.20.40.25.
SPECTACLES
Le samedi 4 février, 21h30
Fête portugaise animée par Carlos
Ribeiro et son orchestre, organisée par
l’ARCOP à la Salle des Congrès, rue du
8 mai 1945, à Nanterre (92).
Infos: 06.07.44.86.72.
Le samedi 4 février, 21h30
Spectacle avec Maria Celeste et son orchestre (de Ponte da Barca) suivi d’un
bal, à la Maison du Portugal, 620 rue
Mansard, à Plaisir (78).
Infos: 06.61.48.02.09.
Le samedi 11 février, 21h00
Festival da Comunidade e da Solidariedade, organisé par l’ACP et Dyam,
avec André Sardet, Ana Ritta, Nelson
Ritchie, Belito Campos, Luis Manuel,
Manuel Campos, Michael & Steven,
Smack e Sabrina Simões. Palais des
Sports de l’Ile de Vannes, 11-15 boulevard Maréchal Paul, à Ile Saint Denis
(93).
Les 11 et 12 février
Fête de la Radio Portugas avec
plusieurs artistes: Maria Lisboa, Kassio,
Paula Soares, Dyogo Douro, Hugo Sam-
paio, Anjos da Noite et David Garcia.
Salle Polyvalente, à Saint Gilles (30).
Infos: 04.66.21.61.44.
FOLKLORE
Le dimanche 5 février
Après-midi de concertinas organisé par
l’Association Musicale Franco Portugaise Ile de France et le groupe de folklore Verde Minho de Maisons-Alfort.
Salle des Planètes, Centre Culturel,
149 rue Marc Sangnier, à Maisons Alfort
(94). Infos: 06.68.32.17.57.
Le dimanche 5 de fevereiro, 14h00
Festival de folklore organizado pela
ARCOP, com os grupos Estrelas de Portugal de Cergy-Pontoise, casa dos Arcos
da região de Paris, Flores do Lima de
Villiers-le-Bel, Flores de Portugal de
Puteaux, Aldeias do Minho de Malakof,
Alegres do Minho de Paris 13 et Arcop
de Nanterre. Salle des Congrès, rue du
8 mai 1945, à Nanterre (92).
Infos: 06.07.44.86.72.
Le dimanche 12 février, 14h30
Festival de folklore de l’Association
Folklorique Jeunesse Portugaise de
Paris 7 avec les groupes Alegria de
Viana de Franconville, As Margens do
Lima de Choisy-le-Roi, Roda do Alto
Paiva de Orsay, Ceifeiras do Minho de
Chelles, As Lavradeiras de Santa Maria
de Boulogne Billancourt et Juventude
Portuguesa de Paris 7. Salle des Fêtes
de la Mairie, 31 rue Péclet, à Paris 15.
Entrée gratuite.
Infos: 01.45.54.06.11.
DIVERS
Le dimanche 5 février, 15h00
Chocolat littéraire sur «La musique en
toutes lettres», organisé par l’association Vagamundo et la Bibliothèque de
Rosporden, 17, rue Alsace Lorraine, à
Rosporden (19).
Le dimanche 5 février, 13h00
«Journée Portugal» à l’Hippodrome de
Paris Vincennes, à Paris.
PUB
aboNNeMeNt
o Oui, je veux recevoir chez moi,
!
20 numéros de LusoJornal (30 euros)
50 numéros de LusoJornal (75 euros).
Participation aux frais
Mon nom et adresse complète (j’écris bien lisible)
Prénom + Nom
PUB
Adresse
Code Postal
Ville
Tel.
Ma date de naissance
J’envoie ce coupon-réponse avec un chèque à l’ordre de LusoJornal, à
l’adresse suivante :
LusoJornal:
63 rue de Boulainvilliers
75016 Paris
LJ 067-II
lusojornal.com
tempo livre
le 01 février 2012
televiSão | ProGraMação Da rtP iNterNaCioNal
QuarTa
QuinTa
01.02
08:00 Bom Dia Portugal
11:00 Praça da alegria
14:00 Jornal da Tarde
15:15 O Preço certo
16:15 Alta pressão
16:45 Portugal no
coração
19:00 Portugal em
direto
20:00 Ler +, ler melhor
20:15 Vingança
21:00 Telejornal
22:00 Linha da frente
22:30 Velhos amigos
23:15 Quem quer ser
milionário
00:15 Grande reportagem SIC
00:45 Ler +, ler melhor
01:00 24 horas
SeXTa
02.02
03.02
08:00 Bom Dia Portugal
11:00 Praça da alegria
14:00 Jornal da Tarde
15:15 O Preço certo
16:15 Prova dos 3
16:45 Portugal no
coração
19:00 Portugal em
direto
20:00 Ler +, ler melhor
20:15 Vingança
21:00 Telejornal
22:00 Portugal de negócios
22:30 Estado de graça
23:30 Inesquecível
00:45 Ler +, ler melhor
01:00 24 horas
08:00 Bom Dia Portugal
11:00 Praça da alegria
14:00 Jornal da Tarde
15:15 O Preço certo
16:15 Com ciência
16:45 Portugal no
coração
19:00 Portugal em
direto
20:00 Ler +, ler melhor
20:15 Vingança
21:00 Telejornal
22:00 Grande entrevista
22:30 Barcelona, cidade
neutral
23:30 Quem quer ser
milionário
00:15 Correspondentes
00:45 Ler +, ler melhor
01:00 24 horas
SÁBaDo
DoMinGo
04.02
08:00 África 7 dias
08:30 Consigo
09:00 Bom Dia Portugal
10:00 Zig Zag
10:45 Um dia no museu
11:15 Velhos amigos
12:00 P. sem fronteiras
14:00 Jornal da Tarde
15:15 Mais Europa
15:45 Os compadres
16:30 Prog. a designar
17:30 Mod. memória
18:00 Atlântida (Açores)
19:30 Timor contacto
20:00 Prova dos 3
20:30 Novas direcções
21:00 Telejornal
22:00 Moda Portugal
22:30 Voz do cidadão
22:45 Musical
23:45 Nico à noite
00:15 A hora de Baco
00:45 Ler +, ler melhor
02:00 Notícias
05.02
SeGunDa
TerÇa
06.02
08:00 Bom Dia Portugal
11:00 Praça da alegria
14:00 Jornal da Tarde
15:15 O Preço Certo
16:15 Ingrediente
secreto
16:45 Portugal no
coração
19:00 Portugal em
direto
20:00 Ler +, ler melhor
20:15 Vingança
21:00 Telejornal
22:00 30 Minutos
22:30 O elo mais fraco
23:30 Trio d’ataque
01:00 24 horas
08:00 Bom Dia Portugal
11:00 Praça da alegria
14:00 Jornal da Tarde
15:15 O Preço Certo
16:15 EUA contacto
16:45 Portugal no
coração
19:00 Portugal em
direto
20:00 Ler +, ler melhor
20:15 Vingança
21:00 Telejornal
22:00 Best of Portugal
22:30 O elo mais fraco
23:30 Prós e contras
02:00 24 horas
08:00 Áfric@global
08:30 Un. aberta
09:00 Bom dia Portugal
10:00 Zig zag
11:00 Cuidado com a
língua
11:15 Eucaristia
dominical
12:15 Podium
13:30 Gostos e sabores
14:00 Jornal da tarde
15:15 Cinco sentidos
16:45 A festa é nossa
18:45 África do Sul
contacto
19:30 Poplusa
20:15 Pai à força
21:00 Telejornal
22:15 Estranha forma
de vida
22:45 Os compadres
23:30 Herman 2012
00:30 Novas direcções
01:00 24 horas
07.02
televiSão | ProGraMação Da SiC iNterNaCioNal
QuarTa
QuinTa
01.02
07:00 SIC Notícias
08:00 Edição da manhã
10:15 Espaços e casas
10:30 Cartas da Maya
11:15 Querida Júlia
14:00 1° Jornal
15:30 Mais mulher
16:30 Imagens marca
16:45 Cartaz
17:00 Boa Tarde
19:30 Laços de Sangue
20:15 Alô Portugal
21:00 Jornal da noite
22:30 Rosa Fogo
23:15 Famashow
00:00 Volante
00:15 Gosto disto
01:00 Jornal da Noite
SeXTa
02.02
07:00 SIC Notícias
08:00 Edição da manhã
10:15 Escape
10:30 Cartas da Maya
11:15 Querida Júlia
14:00 1° Jornal
15:30 Entre nós
16:30 Famashow
17:00 Boa Tarde
19:30 Laços de sangue
20:15 Alô Portugal
21:00 Jornal da noite
22:30 Rosa Fogo
23:15 Quadratura do
círculo
00:15 Gosto disto
01:00 Jornal da Noite
07:00 SIC Notícias
08:00 Edição da manhã
10:15 Terra alerta
10:30 Cartas da Maya
11:15 Querida Júlia
14:00 1° Jornal
15:30 Mais Mulher
16:30 Volante
16:45 Golf report
17:00 Boa Tarde
19:30 Laços de Sangue
20:15 Alô Portugal
21:00 Jornal da noite
22:30 Rosa Fogo
23:15 Portugal 2012
João Lobo Antunes
00:15 Alta definição
00:45 Cartaz
01:00 Jornal da Noite
SuDoku
4
07:00 Mais mulher
08:00 Q. mudei de casa
08:45 Capeta
09:00 Factor K
09:15 Rebelde way
10:30 Curto Circuito
12:30 Alta definição
13:00 Não há crise!
14:00 1° Jornal
15:30 Laços de sangue
17:00 Querido, mudei
de casa
17:45 Ganha num
minuto
19:15 Vizinho, mudei a
loja
19:45 Famashow
20:30 Jornal da Noite
21:30 Futebol:
Sporting vs Gil Vicente
23:15 Dr White
00:15 Ex. da meia-noite
01:00 Jornal da Noite
7
2
9
3
8
5
3
7
9
6
2
9
PUB
4
1
7
DoMinGo
04.02
05.02
SeGunDa
TerÇa
06.02
07:00 SIC Notícias
08:00 Edição da manhã
10:15 Volante
10:30 Cartas da Maya
11:15 Querida Júlia
14:00 1°Jornal
15:30 Mais Mulher
16:30 Alta definição
17:00 Boa tarde
19:30 Laços de sangue
20:15 Alô Portugal
21:00 Jornal da Noite
22:30 Rosa Fogo
23:15 O dia seguinte
01:15 Jornal da Noite
07:00 SIC Notícias
08:00 Edição da manhã
10:15 Golf Report
10:30 Cartas da Maya
11:15 Querida Júlia
14:00 1°Jornal
15:30 Mais Mulher
16:30 Chakall e pulga
17:00 Boa tarde
19:30 Laços de sangue
20:15 Alô Portugal
21:00 Jornal da Noite
22:30 Rosa Fogo
23:15 Imagens marca
23:45 Vizinho, mudei a
loja
00:15 Gosto disto
01:00 Jornal da Noite
07:00 Entre nós
08:00 Q. mudei de casa
08:45 Capeta
09:00 Factor K
09:15 Rebelde way
10:30 Curto Circuito
12:30 Imagens marca
13:00 Não há crise!
14:00 1° Jornal
15:30 Laços de sangue
17:00 Q. mudei de casa
17:45 Espaços e casas
18:00 Quad. do círculo
19:00 Golf report
19:15 Chakall e pulga
19:45 Alta definição
20:30 Jornal da noite
21:30 Futebol:
Benfica vs Marítimo
23:15 Ganha num
minuto
00:45 Volante
01:00 Jornal da noite
07.02
SoPa De letraS
8
5
7
SÁBaDo
Nível : Perito
1
6
03.02
5
O
A
C
I
U
L
O
P
S
O
F
U
N
C
U
D
P
L
E
P
N
L
R
Z
C
R
G
J
I
U
E
O
O
H
A
E
L
I
T
O
R
E
I
O
S
O
S
R
U
C
E
R
A
I
O
I
L
U
R
R
R
R
S
L
R
O
T
S
L
R
Q
I
D
T
G
P
F
R
O
T
Z
G
T
H
V
T
E
S
A
M
R
O
N
I
O
O
O
A
S
U
I
U
A
O
A
V
N
C
W W W W W
P
L
T
R
B
R
G
S
G
R
F
E
T
R
E
W W W W W
L
O
M
Q
P
A
A
O
D
I
R
B
I
H
O
W W W W W M
C
O
S
L
D
L
C
U
G
D
S
H
N
T
W W W W W
N
E
E
U
E
I
E
I
E
P
E
N
L
I
D
W W W W W
L
Z
D
N
R
L
F
R
M
E
N
O
I
S
S
U
D
H
L
O
R
A
U
L
V
F
R
T
T
M
D
D
R
Q
T
B
S
O
R
U
E
J
P
I
E
O
A
C
U
A
E
R
O
A
S
N
E
T
C
L
L
O
L
Q
S
T
N
P
L
P
I
X
L
N
A
E
Q
R
F
M
D
H
D
L
N
C
7
9
E
L
X
B
L
A
V
F
A
P
O
T
E
I
E
I
A
A
Q
O
A
5
6
E
A
E
S
L
P
L
Q
I
A
F
P
G
A
Q
F
J
O
T
E
Descubra as palavras
Carro
Eléctrico
Normas
Poluição
Ecologia
Taxas
Indústria
Motor
Barril
Tensão
Greves
Crise
indústria
Falta
Híbrido
Petróleo
Recursos
23
em
síntese
Paula Soares
convidada na
rádio enghien
No próximo
sábado, dia 4
de fevereiro, a
equipa do programa ‘Voz de
Portugal’ da
rádio Enghien
vai receber Paula Soares que vai
apresentar o seu nome tema “No
ritmo do coração”.
No sábado seguinte, dia 11 de fevereiro, o programa vai estar ao vivo de
St Ouen no Festival da Comunidade
e da Solidariedade com os artistas do
show...
O programa tem lugar aos sábados,
das 14h30 às 16h30, e pode ser ouvido na região norte de Paris em FM
98,0 ou por internet em
www.idfm98.fr.
Noite de fado
difundida na
radio alfa
Na próxima
sexta-feira, dia
3 de fevereiro,
o programa de
rádio“Só
Fado” que é
emitido entre
as 21h00 e as 23h00 na Rádio Alfa,
animado semanalmente por Odete
Fernandes e Manuel Miranda, vai
transmitir em direto a integralidade do
concerto com Aristides Torres, Susana Lopes, Manuel Miranda, Maria
Manuela, Diogo Rocha e Cláudia
Costa, acompanhados por Manuel
Miranda, Pompeu Gomes e Tony
Correia, na Sala Vasco da Gama, em
Valenton (94).
O programa pode ser ouvido em direto, na região de Paris, em 98,6 FM
ou por internet em www.radioalfa.net.
SiC internacional
Cartas de Maya
Durante cerca de 50 minutos diários,
em direto, o tarô da Maya satisfaz o
interesse dos espetadores, relativamente, ao que o futuro lhes reserva,
naquelas que são as quatro áreas
que despertam maior curiosidade:
Saúde, Amor, Dinheiro e Família.
Os espetadores têm acesso a consultas de tarô mediante inscrição através
de uma chamada telefónica de valor
acrescentado, cujo apelo é feito pela
apresentadora e taróloga ao longo da
emissão. Maya responde a perguntas
concretas, em consultas de curta duração.
De segunda a sexta-feira, às 10h00
(hora francesa), na SIC Internacional.
lusojornal.com
PUB