quem esqueceu nao chora
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quem esqueceu nao chora
S ’il vous plait, donnez nous, donnez leur du Beau, du Beau dans tous les sens, du Beau pour tous les sens, du Beau même quand il fait noir, du Beau surtout quand il n’y a rien a voir. S’il vous plait, donnez nous nous Beau ! Mais bon Dieu, du Beau, mais pour quoi faire ? Du Beau pour en faire du rêve pardi ! Du Beau pour donner envie d’aimer, d’espérer, de se respecter, d’arrêter enfin de mépriser notre terre. Du Beau enfin et surtout, pour leur éviter de devenir moins que Rien. L e Philosophe a dit que « la finalité de la Vie, c'est l'admiration du Beau, qu’il est un luxe totalement inutile, mais dont l'homme ne saurait se passer pour continuer à devenir ce qu'il est ». Il n’ignorait pas sans doute que le pouvoir de la beauté sur l’Homme est résolument plus fort que celui d’une armée. Qu’y a-t-il en effet de plus beau et de plus fort que le sourire de sa mère pour un bambin en détresse, qu’un ciel qui la nuit s’illumine de milliards d’étoiles sous les yeux d’un voyageur perdu, que des notes qui s’échappent d’une guitare, qu’une voix douce qui nous chante un Jardin d’Hiver, qu’un éclat de rire qui déchire le silence un soir de « blues ». B ien souvent à Rio quand je marche dans la rue je croise des regards d’enfants; ils ont ce petit je ne sais quoi au fonds des yeux qui hurle à la trêve dans leur monde prison. Alors je me dis, que se passe-t-il ? Ils ont la beauté pour compagnon, des sourires et des fleurs tout autour d’eux, mais ils ne les voient pas; la beauté serait-elle un compagnon absolument impossible quand la misère est à votre porte ? L e Poète a dit « la misère est moins triste au soleil », pourtant celui d’Ipanema ou de Copacabana ne les empêchera pas plus tard de s’exprimer autrement que par la laideur de la violence. Ils deviendront bien vite comme ils disent, « raccord » avec leur décor, « ton sur ton » avec les tôles et les bidons qui forment leur ville, en parfaite harmonie avec la tristesse de leur ignorance. Ils rêveront aussi souvent qu’un jour ils seront riches, mais sait-on à 5ans, à 20 ans que l’on peut être riche de tout ce dont le monde se fiche, que l’on peut croire gagner sa vie alors qu’on la perd. Alors comment permettre à chacun de gagner sa bataille si ce n’est par le Beau, celui que leur apporteront demain l’Education et la Culture. L e sage a dit « La culture, c’est ce que l’homme a inventé pour rendre le monde vivable et la mort abordable ». Il est là, j’en suis sur, le secret de leur enfance; elle est là la clé de leur richesse, de leur bonheur à venir. En cette année 2009, où Paris est à l’honneur de la « Cidade de Deus » aux cossus salons de Brasilia, il est là le message essentiel de la France à la jeunesse du Brésil. Emmanuel de Ryckel Com Toots Thielemans em Outubro de 2007 Boris Vian começou a se revelar já nos títulos de alguns de seus textos. Vejamos alguns exemplos, traduzidos livremente: Vou cuspir nos seus túmulos, A espuma dos dias, Os mortos têm todos a mesma pele, Outono em Pequim, E mataremos todos os horrorosos, As formigas, O esquartejamento para todos, Elas não se dão conta, O arranca-coração, Os construtores de Império ou o Schmürz, Cantilenas gelatinizadas, Não queria partir, O lanche dos generais, Na frente de Zizique, Atrás de Zizique, Escritos pornográficos etc. etc. Imagens de morte, violência, poder, associadas no mais das vezes a sinais de menosprezo moral e à questão racial. Imagens erótico-pornográficas. Imagens líricas. Percebemos portanto, já nos títulos, alguns dos elementos que sintetizam a imaginação do autor: tendência ao deboche e ao sarcasmo, macabro ou violento, associada a grande sensualidade e lirismo. Querendo diferenciar o humor em Boris Vian de um humor meramente macabro, humor negro, Caradec, no prefácio de um de seus livros, chamou-o de «humor vermelho». O mundo de Vian é sobretudo o da «emancipação dolorosa do adulto que se separa da adolescência». E o mundo adulto é visto por ele como bloqueio, como opressor, aniquilador. Neste sentido, Vian se aproxima de Kafka. No extremo desse ponto de vista há a guerra: a forma mais sofisticada e degradante de trabalho, já que nela se trabalha para gerar novos trabalhos. A obra poética de Boris Vian pode parecer exígua perto dos mais de 40 livros publicados em vida, mas certamente é o motor de sua criação, isto é, irradia e ecoa por toda sua atividade criativa, dos romances às canções, e por isso mesmo é uma boa porta de entrada para o restante da obra. Entre 1939, provavelmente, e 1944, Boris Vian escreve 105 sonetos, acrescidos de meiadúzia de baladas, que seriam publicados postumamente sob o título de Cem Sonetos (fazendo trocadilho com a homofonia de Cem Sonetos, do número 100, e Sem Sonetos, isto é, nada). Trata-se de sua primeira obra escrita, tentativa músico-matemático-literária, considerada pelo A obra poética de Boris Vian próprio autor como uma obra ainda imatura. É interessante observar que Vian debuta com esse extenso e meticuloso trabalho com formas fixas, experimentando diferentes metros de verso, bem como diferentes combinações de rimas. Já neste livro, a utilização de um humor corrosivo mostra uma visão de mundo iconoclasta e, indiretamente, uma dessacralização do discurso poético. À criação dos sonetos, seguirão quatro volumes de poesia: Barnum´s Digest, Cantilenas Gelatinizadas, Poemas Inéditos e Não queria partir. Vian, que começou com uma poesia formal, inverterá os sinais de seu projeto e percorrerá um caminho que vai do verso geralmente livre no segundo livro, até culminar, sob a forma de um ritornelo, no predomínio do verso metrificado em seu livro final. Boris, Engenheiro mecânico Boris, Boémio Boris Vian nasceu em Ville d’Avray, em 1920. Aos 8 anos, lia Corneille, Racine, Molière e Maupassant. Aos 12, sofreu de complicações cardíacas. Era um boémio: festas-surpresa, altas-velocidades e trocadilhos em rima eram os passatempos. Interessou-se por jazz e em 1937 entrou no Hot Club de França (tocava trompete). Estudou engenharia mecânica. Em 1942 começou a trabalhar na fábrica AFNOR. Entrou em conflito com a administração por estar sempre a corrigir erros ortográficos dos superiores. Publicou os primeiros escritos sob os pseudónimos Bison Ravi e Hugo Hachebuisson em 1944-45. Escreveu “Vercoquin et le plancton” (publicado em 1947) para onde transfere o clima de absurdo organizacional da fábrica. Foi despedido em 1946. O livro fê-lo conhecer Raymond Queneau, escritor, na altura editor da Gallimard. Começou a trabalhar na Office du Papier. ...e «déspota» Boris “Matador”... Foi nomeado «matador de primeira classe» no Colégio dos Patafísicos. A Patafísica é a ciência das soluções imaginárias: a missão era «explorar os campos negligenciados pela física e metafísica». O grupo tinha um pai espiritual (Alfred Jarry, escritor, morreu em 1907) e reunia o barão Mollé (amigo de Jarry e de Apollinaire), Michel Leiris, Ionesco, Henri Robillot, Pascal Pic, Jacques Prévert. Boris, Escritor apaixonado por jazz Escreveu em três meses «A Espuma dos dias», com que concorreu ao prémio da Pléiade, que não recebeu, apesar dos apoios de Queneau, Beauvoir e Sartre, com quem convivia. Escreveu em 1946 «Chronique du menteur» em vários números do «Temps Modernes». Publicou também «J’irai cracher sur vos tombes» sob pseudónimo de Vernon Sullivan, um «best-seller» censurado em 1949. Trabalhou na orquestra de jazz de Claude Abadie. Foi também trompetista e animador no bar «Le Tabou» em Saint-Germain, onde se reuniam artistas. Escreveu «L’Equarrissage pour tous», que adaptou para teatro: um fracasso. Em 1948 conheceu Duke Ellington, de visita a Paris. As edições Toutain publicaram «A erva vermelha» (1950), recusado pela Gallimard. Como escritor , compositor e Diretor musical da empresa de discos Barclay Boris Vian, introduziu com Henri Salvador o Rock na França em 1957 com Rock and Roll Mops. Dias antes de morrer, deu uma festa na «varanda dos três déspotas» - Vian, Prévert e Ergé - em honra do barão Mollé, recém-eleito curador dos Patafísicos. Foi a mais bela reunião, o apogeu do grupo, com Henri Salvador, Noël Arnaud, Pierre Kast ou René Clair. O «déspota» Latis pronunciou o elogio fúnebre de Vian, que sofria já de complicações cardíacas. «Morrerei antes dos 40», disse. Os médicos obrigaram-no a deixar o trompete. Morreu de ataque cardíaco, em 1959. Tinha 39 anos. il y a des volcans dont la gueule émerge de temps en temps véritables chiens de la mer il y a des volcans qui se voilent la face toujours dans les nuages il y a des volcans vautrés comme des rhinocéros fatigués dont on peut palper la poche galactique il y a des volcans pieux qui élèvent des monuments à la gloire des peuples disparus " Aimé Cesaire Por diversas vezes foi eleito o melhor pianista de jazz por publicações como a Down Beat. Depois de cinco décadas de sucesso, Peterson sofreu um acidente vascular cerebral em 1993, durante um concerto em Nova York. O músico conseguiu se recuperar, mas passou a compor e tocar em ritmo mais lento. Peterson tinha formação erudita e durante tos antológicos. “Se tirardécadas esteve situado no topo da cadeia mos a fronteira imaginária dos pianistas de jazz com sua técnica que separa os dois países, mágica, marcada por velocidade, força teremos a mesma cultura, e elegância ao mesmo tempo, seus solos os mesmos discos, as mesfrenéticos e um suingue absurdo nas duas mas estações de rádio. Por mãos. Nascido em Montreal, no dia 15 de isso, não há nada de esagosto de 1925, ele começou a estudar tranho em um canadense música aos seis anos, desistindo do pis- ser tão identificado com o Em todas as vezes que falou com jorna- tom um ano depois, por causa de proble- jazz”, disse certa vez. listas brasileiros, Peterson lamentava que mas pulmonares. Ella não foi a única, a paro jazz estava morrendo, pelo menos a forma do jazz do qual ele era um dos maiores Aos 14 anos, depois de conquistar o pri- tir dos anos 50, Peterson se representantes, o jazz “puro”, como ele meiro lugar num concurso amador, Peter- uniu a diversos gigantes do dizia, feito com prazer, muito improviso son ganhou 15 minutos num programa se- jazz em discos e concertos. e apuro técnico de gênio. “Infelizmente o manal de rádio em Montreal. Aos 18 anos Entre eles estão Billie Holijazz sobrevive à custa de alguns poucos começou a tocar profissionalmente e se day, Carmen McRae, Louis nomes importantes como Count Basie, tornou o primeiro músico negro a integrar Armstrong, Lester Young, Dizzy Gillespie, Roy Aldrich. Tem sido uma orquestra popular, a de Johnny Hol- Count Basie. A extensa valorizado também porque muita gente mes, em Quebec, com a qual aprendeu a lista engrossa com nomes como Charlie Parker, importante já morreu e alguns jovens se compor e escrever arranjos. Quincy Jones, Stan Getz, dão conta do que perderam e por isso fazem regravações”, disse na primeira vinda A carreira internacional, a partir dos Es- Coleman Hawkins, Dizzy Gillespie, Roy Eldridge, ao País, em janeiro de 1978, quando. tados Unidos, começou a deslanchar em Freddie Hubbard. 1949, aos 24 anos, quando o lendário pro“O que me mantém tocando piano até dutor americano Norman Granz o levou Peterson formou seu prihoje é a crença na música de Duke El- para Nova York. Peterson foi apresentado meiro trio em 1952 com lington, Dizzy Gillespie, Count Basie, como convidado surpresa em um concer- o guitarrista Herb Ellis e Ella Fitzgerald e alguns outros músicos to no Carnegie Hall. Sua atuação foi de tal o baixista Louis Hayes. O especiais como esses”, afirmou em 1998, maneira impressionante que repercutiu de outro, que durou de 1959 a lembrando das críticas que havia feito às imediato e o colocou definitivamente no 1965, tinha Ray Brown no experimentações de certos músicos com olimpo. A partir de então passou acom- baixo e Barney Kessel na eletrônica e que “alguns teimavam cha- panhar a grande dama do jazz Ella Fitzge- guitarra, e foi o que teve os mar de jazz”. rald, com quem dividiu álbuns e concer- maiores êxitos. Com o fim do terceiro trio, formado por "Il y a des volcans qui se meurent Sam Jones no baixo e Bob Duil y a des volcans qui demeurent rham na bateria, Peterson passou a produzir projetos mais inil y a des volcans qui ne sont là que pour le vent timistas, em solos e duos, como il y a des volcans fous os que gravou com o guitarrista il y a des volcans ivres à la dérive Joe Pass e o violinista Stephane il y a des volcans qui vivent en meutes et patrouillent Grapelli. Peterson era um dos músicos de jazz - e um dos últimos gigantes do gênero - mais conhecidos e respeitados no mundo, incluindo o Brasil, onde se apresentou diversas vezes, desde 1978. A última foi em 1998, quando, além de dois concertos no Teatro Municipal, tocou para uma multidão no Parque do Ibirapuera. Peterson deixa uma vasta e importante discografia, uma pequena parte da qual continua em catálogo em CD no Brasil. Entre seus títulos mais marcantes estão os songbooks de Duke Ellington, George Gershwin, Irving Berlin e Richard Rodgers, que gravou em 1952, Oscar Peterson Plays Count Basie (1955), Night Train (1962), West Side Story (1962), My Favorite Instument (1968), além de outros em que atuou como acompanhante, como o histórico encontro de Ella Fitzgerald com Louis Armstrong. Oscar Peterson morreu na noite de 23 Dez 2007. En 2008, Georges Moustaki publie un nouvel album intitulé "Solitaire", réalisé par Vincent Segal, enregistré et mixé à Bruxelles. - "C'est à Bruxelles que pour la première fois j'ai été payé pour ce que j'aimais vraiment : faire de la musique. Cela se passait au milieu des années 1950. Je me suis retrouvé coincé deux mois dans la capitale belge, n'ayant plus d'argent pour le voyage que j'avais projeté de faire jusqu'en Hollande, plus d'argent non plus pour rentrer à Paris… Il a fallu que je cherche du travail : ne sachant rien faire d'autre que la vaisselle et jouer de la musique, je suis entré dans un restaurant à proximité de la Grand-Place et j'ai proposé mes services. On m'a engagé sur le champ et ce fut un bonheur - j'étais sans doute un piètre pianiste, mais je devais y mettre tant de plaisir que je faisais illusion. Celle-ci me donnait une aura, j'avais un public de jolies femmes qui venaient m'écouter et m'encourager. J'ai découvert à Bruxelles le monde de la nuit, de la pègre, de la prostitution, de la drogue ; mes nuits s'achevaient dans une cave où l'on jouait un jazz très moderne… De cette brève expérience, j'ai tiré un livre, une sorte de polar, Petite rue des Bouchers, paru il y a quelques années… J'aime cette ville, je m'y sens chez moi, j'ai eu le temps de m'y faire des amis, d'apprendre des expressions bruxelloises, d'en savourer l'accent. "Solitaire" s'ouvre sur Le Temps de nos guitares, qui rend hommage - sans les citer tous, mission impossible - à ceux qui, armé de leur seule guitare, cette machine qui tue les fascistes, comme disait Woody Guthrie, ont changé notre vie. On y croise Dylan, Brassens, Brel, Aufray, Salvador, et même Gainsbourg ou Coluche. - - "Chaque fois que j'écris, que je finis une chanson je pense à Brassens : je me demande s'il en aimerait l'idée, le développement, si j'ai été aussi loin que possible dans la recherche des mots et des rimes. Pour l'anecdote, celui à qui j'ai déjà consacré une chanson, Les Amis de Georges, n'a jamais su pourquoi je porte son prénom. L'histoire est pourtant simple : je m'appelle Joseph, mais tout le monde dit Jo… Et Jo est aussi le diminutif de Georges. Lorsque j'ai débuté dans la chanson, je voulais signer mes disques Moustaki, sans prénom, mais une lettre de menaces, d'un homonyme, m'a incité à en adopter un. Jo était trop bref, j'ai opté pour Georges. J'avais avec lui des rapports très rares et pudiques… Pour ceux de ma génération - je l'ai découvert à l'âge de 18 ans - il a eu une importance exceptionnelle, il a fait souffler un vent de liberté dont on sent encore les effets. Quant à Coluche, je le cite parce que je l'avais repéré longtemps avant qu'il soit célèbre, à l'époque où, après avoir terminé de faire la plonge, dans un resto, il prenait sa guitare et chantait du Aristide Bruant. Enfin, j'ai un souvenir très précis de Gainsbourg jouant de la guitare lorsqu'il accompagnait Michèle Arnaud au Milord l'Arsouille, avec Jacques Lasry au piano." "Solitaire", paradoxalement, est surpeuplé de gens de talent. Les musiciens de Georges, pour commencer : Toninho Do Carmo aux guitares, Luiz Augusto Cavani à la batterie, Francis Jauvain à l'accordéon. Puis des invités, tels Marcel Azzola à l'accordéon, Marco Arietas à la guitare, Sarah Murcia à la contrebasse, etc. Puis il y a les duos. À commencer par Sans la nommer, chanson des années 1970 revisitée avec Cali. Il y est question, on s'en souvient, d'une jolie fleur du mois de Mai, que l'on traque et que l'on matraque, que l'on nomme révolution permanente… Avec Vincent Delerm, Georges chante les charmes «d'Une Fille à bicyclette», comme on en voit de plus en plus depuis l'instauration du Vélib, raison pour laquelle la chanson se conclut sur un clin d'œil au maire de Paris. Avec Stacey Kent, il adapte Chico Buarque : «Partager les restes» («Trocando em miúdos», Francis Hime - Chico Buarque/1978 ) évoque une rupture, entre douceur et acrimonie. Ensuite, China Forbes, délicieuse chanteuse de Pink Martini, avec qui Moustaki rêvait de chanter depuis des années. Elle est présente sur deux titres : les reprises de «Ma solitude», classique moustakien créé en 1967 par Serge Reggiani, et de «Donne du rhum à ton homme»… - "J'aime énormément cette chanson, elle occupe une place importante dans mon répertoire, en particulier sur scène, au cœur de mon récital. Elle me rappelle de bons souvenirs, où et quand je l'ai écrite, à la manière des calypsos d'Harry Belafonte. Il n'en existait jusqu'à ce jour que des versions enregistrées en concert, je souhaitais qu'il en existe une en studio. Un jour que je chantais en Martinique, des spectateurs sont venus me dire : J'espère que ce soir vous chanterez notre chanson… Ils étaient persuadés que «Donne du rhum à ton homme» faisait partie, depuis des lustres, de leur folklore, alors que j'en ai écrit paroles et musique… C'était évidemment le plus beau compliment qu'ils pouvaient me faire !" De grands moments d'émotion attendent l'auditeur attentif. Sorellina, par exemple, chanson dédiée à l'une de ses sœurs, qu'il n'a pas vue durant des années malgré une tendresse indéfectible, enregistrée en une seule prise, au cœur de la nuit, en tout petit comité… Mélanie faisait l'amour, tendre portrait d'une femme qui aimait les hommes. La Jeune Fille, émouvant dialogue, dans lequel Moustaki réussit l'exploit de se glisser dans la peau d'une adolescente rebelle. Sans oublier Solitaire, la chanson qui donne son titre à l'album : - "C'est une profession de foi. Ma solitude et moi, cela fait des dizaines d'années que nous vivons en parfaite harmonie. Je n'aurais jamais eu une aussi longue relation avec une femme ! Je suis quelqu'un de très sociable, je crois, mais j'ai besoin de beaucoup de solitude pour travailler, pour créer. Mes moyens de transport préférés me trahissent : je ne me déplace qu'en scooter ou à moto, parce que là aussi j'ai besoin d'être seul. Il faut constamment que je sois en mesure de laisser mon esprit vagabonder à sa guise. De cette façon, mon bureau des idées est toujours ouvert !" Moustaki, chanteur engagé qui jamais n'élève la voix - Léo Ferré lui avait dit un jour tu murmures ce que je hurle - ne conçoit pas un album comme une suite de chansons : - "C'est un plaisir indescriptible que de travailler sur un nouvel album. De se dire que du néant une chanson va surgir, puis une autre, et une autre encore. Que de l'imaginaire quelque chose de concret va prendre forme, d'abord avec ma guitare, sous mon toit, puis avec mes musiciens, puis sur scène, en studio avec un réalisateur… Ensuite, de s'imaginer que des gens vont écouter ces nouvelles chansons, vont les fredonner, peut-être même leur donnerontelles l'envie de danser… Je me dis qu'avec un peu de chance, je vais offrir de la joie, du bonheur ou matière à réfléchir à ceux qui m'écouteront. Je vais les emmener en voyage : ce processus magique m'émerveille comme au premier jour." (EMI France) Trocando em miúdos Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim Não me valeu Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim ? O resto é seu Trocando em miúdos, pode guardar As sobras de tudo que chamam lar As sombras de tudo que fomos nós As marcas de amor nos nossos lençóis As nossas melhores lembranças Aquela esperança de tudo se ajeitar Pode esquecer Aquela aliança, você pode empenhar Ou derreter Mas devo dizer que não vou lhe dar O enorme prazer de me ver chorar Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago Meu peito tão dilacerado Aliás Aceite uma ajuda do seu futuro amor Pro aluguel Devolva o Neruda que você me tomou E nunca leu Eu bato o portão sem fazer alarde Eu levo a carteira de identidade Uma saideira, muita saudade E a leve impressão de que já vou tarde Livro ‘Caymmi e a Bossa Nova’ destaca a relação do baiano com o gênero Dorival Caymmi, figure du patrimoine musical brésilien, est décédé samedi 16 août 2008 à Rio de Janeiro à l’âge de 94 ans, au terme d’une carrière de plus de 60 ans rythmée par vingt albums et plus de cent chansons. Il est mort chez lui, à Copacabana, entouré de sa famille, a déclaré sa petite-fille, Stella Caymmi. Considéré comme le "grand-père de la bossa nova", qui fera son apparition dans les années cinquante, Dorival Caymmi avait débuté dans les années trente en écrivant un tube pour l'actrice et chanteuse Carmen Miranda, surnommée la "bombe brésilienne" à Hollywood. Des dizaines d'artistes brésiliens avaient ensuite repris ses standards ou s'étaient inspirés de son travail, comme les maîtres de la bossa nova Joao Gilberto et Antonio Carlos Jobim ou les "tropicalistes" Caetano Veloso et Gilberto Gil. Comme de nombreuses stars de la musique populaire brésilienne, Caymmi était originaire de Bahia, dans le nord-est du Brésil. A morte de Dorival Caymmi, foi um dos marcos mais emblemáticos em 2008 em que se lembram os 50 anos do surgimento da Bossa Nova. Mais marcante até que os shows de João Gilberto, depois de anos longe dos palcos brasileiros. Tanto é que o primeiro bloco de músicas que o criador da 'batida diferente' apresentou no Theatro Municipal do Rio, quatro dias depois, foi todo composto por canções de Dorival. Caymmi é um dos maiores inspiradores da Bossa Nova e é um dos compositores preferidos de João Gilberto. O gênero que é a cara do Rio de Janeiro tem como inspirador e criador dois baianos. Mas a relação e influência de Dorival Caymmi com a Bossa Nova nunca chegaram a ganhar tanta notoriedade, mesmo tendo Tom Jobim destacado na contracapa do disco de estréia de João Gilberto que Caymmi aprovava o novo artista que surgia ali. O maestro já via modernidade na obra de Caymmi desde suas primeiras composições, da década de 30, quando 'já usava modulações e acordes dissonantes' como os que foram empregados na Bossa Nova. - Dorival sempre foi associado à Bahia, às canções praieiras, e ele não fez Bossa Nova. Mas João Gilberto afirma que a música de Caymmi Rosa Morena foi uma das que serviu de base para a criação da Bossa Nova - conta Stella Caymmi, jornalista e biógrafa de seu avô. Dorival Caymmi s’était retiré depuis de nombreuses années déjà ; il n’était pas rare en se promenant dans les rues de Copacabana de l’apercevoir rêvant à la fenêtre de son balcon. Sa dernière apparition publique remontait à 2004, c’était au Canecão de Rio de Janeiro à l’occasion d’un concert spécial donné par ses 3 enfants Nana, Danilo, Dori pour le 90ème anniversaire de leur père. Son épouse Stella s’est éteinte 10 jours seulement après sa disparition. Ils s’étaient rencontrés en 1940 lors de l’enregistrement d’une émission de la Radio Nationale Brésilienne. A cette même époque, Dorival avait également fait la connaissance d’Henri Salvador fraichement débarqué au Brésil. En 2006, lors du dernier voyage d’Henri au Brésil pour l’enregistrement de son album « Révérence », Bossa-mag avait tenté d’organiser les retrouvailles entre les deux artistes. A l’issue d’une courte conversation Dorival avait préféré décliner cette proposition, son état de santé l’empêchant de recevoir dignement Henri. - Fiz cerca de 90 entrevistas com Dorival e quero publicá-las. Seria algo como 'Caymmi por ele mesmo'. Quero muito colocar isso no mercado e só eu tenho acesso a esse material. Acho que ninguém nunca entrevistou tanto um artista quanto eu. Aí talvez eu encerre esse ciclo de pesquisas sobre ele adianta Stella. Esse 'ciclo de pesquisas' teve seu primeiro lançamento em 2001, com O mar e o tempo, contando a história do cantor e compositor, e continua agora, com o recém lançado Caymmi e a Bossa Nova. O livro é o resultado da tese de mestrado da autora, mas seu conteúdo não traz um rigor teórico. - Minha tese de doutorado também será sobre Dorival e pretendo lançá-la em livro. O título provisório é Dorival na Era do Rádio. Gosto muito desse período, dos anos 30, 40 e 50, que é o período inicial da comunicação de massa. Além do minucioso trabalho de pesquisa de Stella Caymmi, o novo lançamento traz um belo resgate de imagens, incluindo raras fotos e capas de discos. - A fotografia é uma das minhas grandes paixões. Gosto de material de pesquisa, reproduzir manuscritos, essas coisas - conta Stella. Dorival Caymmi atravessa todas as fases da música brasileira, inclusive a Bossa Nova. Mais do que reafirmar a atualidade da Bossa Nova no ano de seu cinqüentenário, Caymmi e a Bossa Nova reafirma a atualidade das canções do baiano, que seguem relevantes e soam modernas ainda hoje, mais até em suas versões originais que em releituras. Pena que o livro não tenha som... Peu de temps avent le dernier carnaval Bossa-Mag eut la chance d’accompagner Leny Andrade lors de sa visite à la célèbre école de samba de la Portela dans le quartier de Madureira, dans la banlieue Nord de la Ville de Rio. Jamais auparavant Leny Andrade ne s’était rendu dans cette école, encore moins pour y chanter. Le but initial de la visite était pourtant au départ totalement anodin. Il lui suffisait simplement de rehausser de sa présence les quelques festivités qui accompagnaient la sortie du livre de Fernandes Vagner consacré a la star de la samba des années 70-80, Clara Nunes. Le taxi qui nous attendait à Flamengo mit un temps interminable pour atteindre enfin le Numéro 81 de la rue Rua Clara Nunes où la batterie de la Portela chauffait à blanc depuis un bon moment le peuple des assoiffés de Samba et des affamés de la fameuse feijoada de Tia Surica. Conduite dans une loge sommaire à deux pas de la scène, Leny ne semblait guère gouter les décibels qui martyrisaient nos tympans, pas plus qu’elle ne goutta la demande qui lui fut susurrée à l’oreille par surprise d’interpréter pour la circonstance un morceau du répertoire de Clara Nunes. Ne pouvant refuser, elle s’isola le temps d’un instant histoire de trouver le bon tempo du morceau qu’elle avait choisi « Foi um rio que passou em minha vida» de Paulinho da Viola. Se glissant alors sur la scène comme un félin enjoué elle conquit en quelques mesures un public peu habitué à la présence en ses murs de l’icône du Jazz brésilien Foi um rio que passou em minha vida Se um dia Meu coração for consultado Para saber se andou errado Será difícil negar Meu coração tem mania de amor E amor não é fácil de achar A marca dos meus desenganos Só um amor pode apagar A marca dos meus desenganos Ficou, ficou Só um amor pode apagar Porém, ai porém Há um caso diferente Que marcou por breve tempo Meu coração para sempre Era dia de carnaval Carregava uma tristeza Não pensava em novo amor Quando alguém que não me lembro anunciou "Portela, Portela!" O samba trazendo a alvorada Meu coração conquistou Ah minha Portela Quando eu vi você passar Senti meu coração apertado Todo meu corpo tomado Minha alegria voltar Não posso definir aquele azul Não era do céu, nem era do mar Foi um rio que passou em minha vida E meu coração se deixou levar Foi um rio que passou em minha vida E meu coração se deixou levar Laiá, laiá, laiá, laiá On aurait du fêter cette année 2008 les 100 ans de la naissance des trois immenses artistes du Jazz et de la variété française du vingtième siècle : Ray Ventura, Paul Misraki, Loulou Gasté. Cet anniversaire a été totalement occulté dans les médias en France. Bossa-Mag leur rend hommage en reprenant ces quelques témoignages de leurs carrières respectives. Compositeur de film renommé et auteur de quelques-unes unes des plus célèbres ritournelles d’avant-guerre (Sur deux notes, Qu’est-ce qu’on attend pour être heureux ?, Insensiblement, Tiens, tiens, tiens, Tout va très bien, Madame la Marquise...), Paul Misraki à l’aube de ses 90 ans évoquait quelques souvenirs. C’est un petit immeuble discret, dans une ruelle coquette du 16 ème arrondissement à Paris. Au côté de l’ascenseur, sur l’interphone en laiton, deux initiales aux résonances bien sibyllines pour le néophyte : « P.M. « Il faut en effet préciser ici que « Monsieur Paul «, tel qu’on l’appelle dans le quartier, n’a plus vraiment besoin d’être présenté. Auteur d’un parcours exceptionnel dans la chanson comme au cinéma. Pourtant, rien ne prédestinait au départ ce fils d’assureur, né en 1908 à Constantinople, à épouser la voie de la scène : On dit que votre père se morfondait dans son étude en répétant ces paroles angoissées: « Mais qu’est-ce qu’on va bien faire de ce garçon ? «. Quelle est la raison qui vous a finalement poussé à devenir musicien ? Paul Misraki : J’adorais la musique depuis tout gosse. J’avais un oncle, musicien amateur, qui m’épatait en jouant du piano. Aussi, j’ai voulu faire en quelque sorte « comme l’oncle André «. Quand j’ai eu 7 ans, j’ai composé ma première musique, une petite valse. A partir de là, j’ai continué en autodidacte jusqu’à l’âge de 20 ans environ, époque où je suis devenu pianiste dans l’orchestre de Ray Ventura. Comment composiez-vous à ce moment-là ? A l’oreille ? PM : J’avais déjà écrit une opérette entière avant de travailler pour Ventura. J’étais déjà capable d’écrire ma propre musique... Vous décidez pourtant, en 1929, d’aller prendre des cours particuliers d’écriture auprès de Charles Koechlin, alors professeur au Conservatoire. C’est paradoxal... PM : Oui, disons que j’ai véritablement appris à ce moment-là à écrire de la bonne musique, à l’orchestrer convenablement et à écrire pour grand orchestre. Le travail de Koechlin, véritable passionné de cinéma (auteur d’une sulfureuse et superbe Seven Stars’ Symphony dédiée à 7 stars du cinéma dont Greta Garbo et Chaplin), ne vous a t-il pas, consciemment ou non, orienté sur la voie de musiques orchestrales « imagées « à destination de l’écran? PM : Non, et pour une raison évidente : à l’époque où j’étudiais chez Koechlin, en 1929, le cinéma n’était pas encore sonore. Il n’y avait pas encore le « style « musique de film qui viendra plus tard avec les grandes partitions symphoniques. Après être devenu le compositeur de chanson le plus demandé des années 30 et avoir fait notamment chanter Suzy Delair et Joséphine Baker, la guerre anéantit vos projets... PM : Je suis parti en effet dans le midi, en zone non occupée, où j’ai composé dans un appartement où se trouvait un piano que l’on m’avait prêté, l’une de mes chansons préférées, « Insensiblement «. J’ai reçu quelques jours plus tard un coup de fil de Ventura qui emmenait toute sa bande en Amérique du Sud, via l’Espagne. Après le Brésil, je me suis retrouvé à Buenos Aires. Le hasard, qui a été dans ma vie à l’origine de beaucoup de choses, m’a fait rencontrer là bas l’interprète de l’une des opérettes que j’avais autrefois composées en France, laquelle m’a mis en relation avec le monde du cinéma à Buenos Aires. J’ai ainsi composé durant la guerre la musique de 8 films argentins. La suite est plus connue... PM : Après la guerre, le retour en France exigeait un passage par New York. Vous me croirez si vous voulez, mais le hasard avec un grand H, le même auquel je faisais allusion tout à l’heure, m’a fait rencontrer au mois d’août 1945, dans une rue de Broadway, le producteur d’un des films pour lesquels j’avais jadis travaillé en France. Ce dernier était en train de monter aux Etats-Unis le remake d’un film d’Henri Decoin, « Battements de coeur «, que j’avais mis en musique en 1938. C’est ainsi que je me suis retrouvé à Hollywood, fin 1945, pour travailler sur « Heartbeat «, réalisé pour la RKO par Sam Wood, l’un des metteurs en scène non-crédités d’Autant en Emporte le Vent. J’y suis resté six mois. Dès son enfance, Loulou Gasté se passionne pour le jazz et s'initie à la musique en jouant de la guitare et du banjo. Il deviendra d'ailleurs un des premiers joueurs de banjo professionnels. En 1929, il entre comme guitariste au sein du groupe 'Collégiens' crée par Ray Ventura. Pendant la Seconde guerre mondiale, le groupe se réfugie au Brésil et Loulou Gasté reste seul à Paris. Il devient l'assistant de Lucienne Boyer et compose 'Avec son ukulélé' pour Jacques Pills, le mari de celle-ci, qui est considéré comme son premier grand succès populaire. Pendant l'occupation allemande, Loulou Gasté fonde les éditions musicales Micro et enchaîne les succès en écrivant notamment pour Tino Rossi et Léo Marjane. A la Libération, il connaît la même réussite avec 'Le Petit Chaperon rouge' sur les paroles de Françoise Giroud, 'Chica, chica' avec Jacques Hélian ou encore 'Luna Park' avec Yves Montand. En 1945, il fait une rencontre qui va changer sa vie, elle s'appelle Jacqueline Ray, c'est une jeune chanteuse de seize ans. Il décide de prendre en main sa carrière, le succès arrive rapidement et la chanteuse prend le nom de Line Renaud. Pendant les années 50, Loulou Gasté continue d'écrire pour de nombreux chanteurs et pour le cinéma. Après quelques années passées à composer des spectacles notamment à Las Vegas, il est victime d'un grave accident qui l'oblige au repos. Compositeur et auteur de plus de 1.200 chansons, Loulou Gasté est un des grands noms de la chanson française . Dans son édition spéciale consacrée à Henri Salvador en mai 2008, Bossa-Mag a déjà abondamment évoqué la carrière de cet exceptionnel chef d’orchestre et musicien. Résumons ici brièvement sa carrière Il y a 100 ans : Naissance à Paris du chef d'orchestre Ray Ventura (1908-1979). Né le 16 avril 1908, Ray Ventura, entouré de cinq musiciens, fonde son premier groupe en 1925. Ce groupe s'étoffe peu à peu, Ray Ventura en devient le chef d'orchestre : les Collégiens sont nés. Ils accèdent à la popularité lorsque le violoniste de jazz Stéphane Grapelli les rejoint. Les Collégiens sont influencés par les grands orchestres de swing américains. Pour de nombreux Français, ils représentent un remède à l'inquiétude montante des années 30. Avec Paul Misraki, Raymond Legrand, Raymond Hornez ou encore Jean Tranchant, Ray Ventura enchaîne les succès : "Les Chemises de l'archiduchesse", "Ca vaut mieux que d'attraper la scarlatine", "Comme tout le monde", "Fantastique", "Tout va très bien madame la Marquise"… Pendant la Seconde Guerre mondiale, Ray Ventura effectue des tournées avec Henri Salvador en Amérique du Sud. Il revient en France à la Libération.… Les Collégiens interprètent désormais des chansons à consonnance latino : "La Mi-août", "Maria de Bahia"… Humour et légèreté sont toujours les clefs de voûte de ces succès. Les Collégiens se séparent dans les années 50. Ray Ventura fonde alors sa propre maison de production. Il meurt à Palma de Majorque en Espagne le 29 mars 1979. Cantora americana Stacey Kent lança álbum cheio de bossa. ‘Breakfast on the Morning Tram’ conta com canções em francês como ‘Samba Saravah’ e ‘Ces Petits Riens’. A nova-iorquina Stacey Kent fez de Breakfast on the Morning Tram (EMI/Blue Note) um dos álbuns mais cheios de Bossa da temporada. Cheio de bossa em todos os sentidos: além de gravar em francês Samba Saravah (Samba da Bênção, a versão do francês Pierre Barouh), como na clássica trilha sonora do filme Um Homem, Uma Mulher, de Claude Lelouch, ela registrou ainda uma preciosidade do repertório bossa de de Serge Gainsbourg, Ces Petits Riens (tem outra de Gainsbourg no disco, La Saison des Pluies). Mas como? Uma nova-iorquina gravando em francês? Mas em geral eles não sabem nem dizer bonjour direito! “Meu avô era francês. Eu cresci na França, passei uma boa parte da minha vida em Paris, falando francês”, conta a cantora. “E eu devo confessar: eu amo a bossa nova. Lembro até hoje da primeira vez que ouvi meu primeiro disco de bossa. Eu era adolescente, estava jogando baralho com as amigas quando alguém pôs no toca-discos o álbum Getz-Gilberto (álbum de Stan Getz e João Gilberto, de 1964). Eu disse: Deus do céu, o que é isso? Logo logo eu já tinha o meu em casa, e ouço até hoje sem parar”, ela contou. Ela e o marido, o sax tenor Jim Tomlinson, que também é o maior parceiro musical, adoram a bossa. Ela até consegue dizer, sem trair o sotaque, as palavras “poesia” e “Bahia” da rima de Samba Saravah. “É uma música que cria uma paisagem sonora na minha mente. Eu não falo nada de português, mas adoro as palavras, entendo a emoção que há na música, essa mistura de tristeza e alegria, tristeza e otimismo”, afirma. O disco Breakfast on the Morning Tram é a estréia de Stacey Kent pela Blue Note. Parece também que é sua estréia, tal o espanto que causa na primeira audição. Mas ela já está no sétimo álbum da carreira. “Estou mais orgulhosa desse disco do que todos os outros que já fiz. A Blue Note é o selo perfeito de música. Eles se deram conta de que eu precisava de tempo para crescer. Não há cinismo na Blue Note, eles não pegam uma cantora e ficam imaginando como torná-la maior, como vendê-la. Não se trata de ser tolo ou ingênuo. Todo mundo quer vender discos. Mas o interessante é que eles não acham que é preciso manipular, mentir. A arte é o mais importante ali”, diz Stacey, fazendo elogio rasgado à nova moradia artística. Stacey Kent passou os últimos 10 anos gravando para um selo indie, Candid, e especializando-se no “american songbook”. Tornou-se uma estrela da cena jazzística britânica, cantora residente do mais famoso clube de jazz de Londres, o Ronnie Scotts, e ganhou o British Jazz Award e o BBC Jazz Award como melhor intérprete. “Sempre tive um grande apetite por essas canções, adoro Django Reinhardt, Maria Callas, mas também gosto de Joni Mitchell, Elis Regina, Tom Jobim”, ela conta. Agora, no entanto, escapuliu das facilidades de um repertório de cartas marcadas e arriscou-se em inéditas, coisa que pode ser temerária. Mas funcionaram bem. Algumas canções têm um lirismo bem exótico, como a primeira faixa, The Ice Hotel. “Construímos tudo com gelo, que é puro e claro/Os sofás, o lobby, até mesmo o lustre/Um termostato garante a temperatura de 5 graus/Que outro lugar no mundo serve tão bem nossas necessidades?/Vamos nos deixar conduzir ao Hotel de Gelo”, ela canta, na letra de Ishiguro. “Esse hotel existe, fica na Suécia. Tem até uma capela lá dentro para quem quer se casar. Mas, por trás da simples história de um casal que se encontra no hotel de gelo, há uma metáfora que me agrada: essa dualidade de um relacionamento: frio, quente, sexy, frígido, inverno, verão. Acho que é o que a torna tão reconhecível.” Sobre as duas de Serge Gainsbourg, ela é direta: “Serge é aquele tipo de cara sobre o qual sempre falamos a respeito, mas não conhecemos direito. Cantar suas canções é entrar no seu mundo, que também é feito de uma espécie de tristeza otimista, é bossa nova”. Après la rencontre avec Henri Salvador en avril 2006, le rendezvous à Rio avec Toots Thielemans aura été en 2007 un événement inoubliable pour Bossa-mag.com. En septembre 2007 profitant d’une accalmie professionnelle, je m’organise un petit saut à Rio. Quelques jours plus tard surfant sur le net brésilien à la recherche d’événements musicaux susceptibles d’alimenter le blog Bossa-mag.com , je découvre fortuitement sur le site du journal carioca « O Globo » que Toots Thielemans se produira en concert à la célèbre salle du Canecão le 4 Octobre. Comment imaginer plus bel hasard, car il y avait prés de 5 ans que je rêvais d’accompagner le musicien belge à Ipanema pour y graver ses mains sur le trottoir des célébrités. A une certaine époque, je fréquentais assidument les jeudis culturels de l’ambassade du Brésil à Bruxelles. J’y rencontrai une première fois Toots au château Malou de Woluwe Saint Lambert, là où Geronimo Moscardo le nouvel ambassadeur du Brésil avait convié la communauté brésilienne de Bruxelles afin d’assister à une conférence de Ricardo Cravo Albin, historien de la musique de son pays. Toots auquel j’avais remis un petit ouvrage sur César Villela le dessinateur des couvertures de disques de la Bossa Nova, m’était apparu comme une personnalité d’une simplicité extrême malgré son parcours exceptionnel. Peu temps après, lors d’une brève cérémonie dans les locaux de l’ambassade, Toots fut fait Chevalier de l’Ordre de Rio Branco, la plus grande distinction accordée au Brésil. Notre dernière rencontre se déroula encore à Bruxelles, en Septembre, lors de la cérémonie d’adieu de Geronimo Moscardo. Comme chaque fois Toots se révéla d’un abord très facile ce qui me permit de discuter longuement avec lui de sa passion pour la musique brésilienne et de sa renommée dans cet immense pays. Ile me parla des plus grands avec lesquels il avait joué, de la chanteuse Elis Régina avec laquelle il grava un son disque de légende « Elis Regina et Toots », de son compositeur préféré, Ivan Lins. Je lui parlai aussi de celle qui n’était pas encore pour moi qu’une lointaine idole, Leny Andrade, qu’il baptisa d’un somptueux « La Ella Fitzgerald du jazz brésilien ». Non loin de là comme à chaque fois se trouvait Huguette,son épouse, qui à chaque fois se montra d’un commerce fort agréable. Je n’imaginais pas que ce contact si simple avec une dame que je connaissais peu m’aiderait des mois plus tard à me placer sur le chemin de l’un de mes rêves les plus fous. Comment à présent que nos chemins pourraient se croiser à nouveau, mais à Rio de Janeiro cette fois, réussir l’exploit de l’inviter à Ipanema ? Surfant sur son site internet à la recherche d’un quelconque numéro de téléphone ou email qui me permettrait de le contacter je découvre qu’il se produira 3 jours plus tard lors d’un festival de jazz organisé par la commune de La Hulpe dans laquelle est domicilié. Je tiens là ma stratégie pour ce projet ; il me suffit d’acquérir une place pour ce concert, de préparer un dossier bien ficelé sur le projet de trottoir des célébrités, et de le remettre tout simplement à Madame Thielemans. Ce que j’avais prévu arriva sans tarder ; elle fut en effet la prem ière personne que je croisai au concert de La Hulpe, attablée avec quelques uns de ses amis. Je m’en approchai afin de partager avec elle ce projet. Le chapiteau ce soir là est plein à cracraquer. La première partie du spectacle est assurée par un jeune vibraphoniste suisse de grand lent. Mais Toots est plus fort que tout ,même si sa mobilité semble bien avoir été quelque peu malmenée par le problème cérébral qui l’a affecté jadis. Mais la magie est là, celle jazz, du Brésil, de Brel, jusqu’à sa toute dernière note, jusqu’à son tout dernièr souffle, pour cette nuit froide de Septembre. Dans les coulisses après le spectacle je rencontre Toots, déjà vaguement informé du projet; en réalité il est très heureux de’honneur qui lui est fait par cette invitation. Quelques jours plus tard me revoilà donc à Rio de Janeiro, la « cidade maravilhosa ». J’ai hâte de revoir Ipanema, sa plage, ses bars, ses boutiques chics, ses restaurants de bon gout et ses librairies d’où s’écoulent une douce Bossa Nova. Je retrouve aussi la bruyante et chaude Copacabana, le centre de la ville grouillant comme à son habitude, et le quartier bouillant et bohème de Lapa. Rien pourtant ne me fera oublier que j’ai un rêve à rejoindre. Deux ou trois jours avant le spectacle de Toots j’apprends le nom de l’hôtel où il séjournera. Il s’agit de la Résidence Visconti, 1050 Rua Prudente de Moraes à Ipanema. Par hasard il ne se trouve qu’à une centaine de mètre de la Toca do Vinicius où devrait avoir lieu l’événement. Je reçois la confirmation que Toots fraichement débarqué de Belgique, pour des raisons évidentes de fatigue ne se déplacera pas sur les lieux du trottoir des célébrités. Rendez vous nous est donné à son hotel, le 4 Octobre à 14 heures, quelques heures avant son concert. Par précaution et par déformation professionnelle j’imagine tous les obstacles potentiels pouvant encore faire capoter l’opération. J’invite donc mon ami Carlos Alberto à procéder à un repérage à l’hôtel afin de préparer la logistique de la manœuvre. Une heure ou deux plus tard, je le retrouve dépité, en mille morceaux, bien que sa pudeur n’en laissa pas poindre grand-chose. Nous avions à faire face dans le management cet hôtel à un escogriffe aussi épris de culture de jazz et de musique brésilienne qu’un poisson d’une pomme. Tout au plus concède-t-il a nous laisser un garage à moitié éclairé pour graver les mains de celui que les amateurs considèrent comme le plus grand jouer d’harmonica sur cette terre. N’écoutant que ma foi en la diplomatie belge, je pars aussitôt en mission de déminage. Sentant monter en moi la rage face à un abruti insensible à à mes arguments et bien décidé à préserver toutes mes chances à quelques minutes seulement de l’événement, je lui sors soudain ma carte de Visite « Bossa-Mag » et lui demande tout de go s’il avait imaginé ce que serait la réputation de son hôtel et la sienne si la presse du monde entier venait à découvrir le sort funeste réservé en ces lieux à la grande star du Jazz. Sans avoir rien compris aux baragouinages qui s’en suivirent, je réalise simplement que l’audace à payé car l’on nous ouvre peu après les portes d’une très spacieuse salle de réunion. Pendant ce temps Toots déjeune paisiblement dans le hall de l’Hôtel sans se douter d’un autre drame Cesar Villela Carlos Alberto Afonso Oscar Castro Neves qui se trame six pieds plus bas. Dans le garage en question, s’affaire l’artisan préposé à la préparation du ciment qui recueillera les empreintes des 2 mains du jazzman. Une vieille dame surgie de nulle part dans sa guimbarde rutilante garda heureusement assez d’oreille pour entendre nos cris et freiner à point pour ne pas écraser tout près du but le précieux mélange en cours de préparation. Peu après 14heures Toots qui devisait tranquillement avec une journaliste nous rejoint ainsi que Oscar Castro Neves, l’un des guitaristes pionniers de la Bossa Nova et César Villela; ils ont déjà l’un et l’autre par le passé apposé leurs mains dans le ciment frais d’Ipanema. Les yeux de Toots s’ensoleillent lorsque Carlos Alberto égraine les noms des personnalités brésiliennes déjà honorées et qu’il ira bientôt rejoindre pour la postérité. Le plus émouvant pour lui fut sans nul doute l’évocation de Elis Regina qui fut l’une des premières sur la liste et avec laquelle Toots enregistra un disque devenu un classique. Retrouvez la video de cet evenement sur Bossa-mag.com ou sur http://www.youtube.com Jacques Brel abandonou o palco da vida há trinta anos Romain Georges Jacques Brel nasceu em Bruxelas em 8 de abril de 1929. Entre colégio católico e de aferição, Jacques conhece um burguês educação e austera. Com 16, ele fundou um teatro troupe com alguns amigos e escrever peças em si. Em fracasso escolar, Jacques abandonaram a escola em 1947 para trabalhar na empresa familiar. Essa vida não satisfizer ele, também a fuga, ele decide chamar a frente para fazer o serviço militar. Em 1 de junho de 1950, Jacques esposa Teresa Michielsen reuniu alguns anos antes, em um teatro. No final de 1951, nasce sua primeira filha, Chantal. Las clerical trabalho e atraídos pela música, composta Jacques poucos títulos que ele canta em casa ou durante a noite nos cabarés, em Bruxelas. Observamos por Jacques Canetti, a Philips ea cabeça artística descobridor de talentos, ele decidiu a segui-lo para tentar a sua sorte em Paris. Ele passa várias audições, e ganhou alguns dos compromissos em cabarés, mas o público continua morna. Em 1955, sua esposa e filhos e, finalmente juntar-los eles liquidados em Montreuil, um subúrbio de Paris. Ao mesmo tempo, ele conheceu Georges Pasquier, disse Jojo, que não só se torna seu motorista, gerente e homem de confiança, mas também o seu mais próximo amigo. Nesse mesmo ano é também um registro de seu primeiro registro em Philips. Em 1956, Jacques reunião François Rauber, pianista clássica que se torna seu companheiro, especialmente tendo em conta a formação musical ele não teve. Sua segunda 33 voltas libertado em 1957. Ele recebe este disco para o Grand Prix de l'Academie Charles Cros. O reconhecimento de seu talento finalmente a começar a ser encarada pelos profissionais. Ele terá de aguardar a liberação do seu quarto álbum ( "La Valse vez em 1000) para ganhar, por sua vez, o público. Por isso, pontos turísticos e em seguida os maiores estádios do mundo (a partir de E.U. para a URSS através do Médio Oriente, sem esquecer o velho continente). Aumenta também as gravações e dá-nos algumas destas canções mais belas ( "Le Plat Pays", "Amesterdão", etc.) Cansado de pensar e interminável turnê eles têm nada a dizer, Jacques Brel decida a abandonar a música em 1966 para se dedicar a outros projetos (o cinema e as viagens). Em novembro ele fez sua despedida de Olympia. Em 1967, Jacques Brel, passa a ser o tema de um musical na E.U.A. "Jacques Brel e está vivo e bem vivo em Paris." Jacques seu lado virado para o cinema. Em 1967, dirigiu seu primeiro filme: "Os riscos do trabalho", Andre Cayatte. Seu talento como ator, já apareceu no palco, é reconhecida por todos. De outubro de 1968, ele joga o "Homem de La Mancha", no Teatro da moeda, em Bruxelas, e em seguida o teatro des Champs Elysées, em Paris antes de deixar mais uma vez em uma interminável turnê em que ele conclui, em maio de 1969. Após o tiroteio, sob a direcção de vários directores teatro, dirigiu seu primeiro filme em 1971: "Frantz." O filme encontra um sucesso muito baixa, mas isso não desencorajar Jacques que irá realizar um outro filme ( "Farwest") em 1973. Ele vai ser um fracasso total e irá marcar o fim da carreira do diretor Jacques. Seu desempenho como um contrapeso seus fracassos, transforma-se "Meu tio Benjamin" e "emmerdeur" Edouard Molinaro, "A Aventura é uma aventura" por Claude Lelouch, grande sucesso. A partir de 1974, sabendo doente, Jacques quase exclusivamente dedicado à navegação no Askoy seu iate na companhia de uma jovem atriz, Madly Bamy, com quem irá partilhar os últimos anos da sua vida .. Em novembro, os médicos diagnosticar o cancro do pulmão já muito avançado. Em 1975, Jacques e resolver o Madly Ilhas Marquesas. Ele deixa sua ilha (Hiva OA) que se deslocou a Bruxelas para se submeterem a exames médicos. Em 1977, Jacques Brel decidir, talvez como um testamento para gravar um disco. Ele retornou a Paris em finais de Agosto e vive em um pequeno hotel parisiense. Ele parou de fumar no local de trabalho e está a recuperar com seu fiel cúmplices, Francois Rauber e Gerard Jouannest. Sua saúde é mau, mas é muito entusiasmados Brel. O registo de doze título ocorre entre setembro e outubro de 1977. O lançamento do álbum é um evento e que o disco vendeu mais de um milhão de cópias. Em julho de 1978, de repente o pior, Jacques é transportado para a França. Ele foi internado em Neuilly na sequência da descoberta de um tumor cancerígeno. Ele passa o resto do verão no sul da França, mas em 7 de outubro de que é reduzido em Bobigny apressado para o hospital, onde morreu em outubro 9 embolia pulmonar. Ainda hoje, seu talento surpreendido por o seu poder, a sua poesia ea sua atualidade. O génio de Jacques Brel «Quando desaparece um artista é como se o arco-íris perdesse de repente uma cor. Quando a voz de um cantor desaparece, é como se faltasse de repente um instrumento com um papel importante num concerto. A voz quente, rouca e desesperada de Jacques Brel era inseparável das canções tristes, brutais, provocantes em que tomava o corpo. Voz que também sabia ser suave e meiga quando fazia emergir a corrente de uma ternura, profundamente oculta, tal como um rio volta à superfície depois de ter andado pelas entranhas da terra. Brel amava com demasiado amor e amizade, o amor, as mulheres e os homens, e muito cedo se sentiu desiludido e ferido ao ver o que as mulheres e os homens eram capazes de fazer da amizade e do amor. A sua irreprimível necessidade de solidão não era senão uma imensa ternura recalcada em virtude de tanta desilusão, um ímpeto de um coração imenso refreado pela experiência e pela razão. Vale mais rir e, até, troçar, para não chorar. (...) Quem se ficava pelas aparências julgava que Brel cantava a infelicidade de ser belga, ou que os seus alvos eram as beatas, as flamengas, os burgueses. É claro que todos precisamos de dar corpo aos nossos ódios, mas o que Brel denunciou era, no fundo, a infelicidade de ser homem, a hipocrisia, a estupidez e a própria vida que faz de nós aquilo que nunca acreditámos que podíamos vir a ser, aquilo que jurámos a nós próprios que nunca seríamos: gordos, feios, carecas, cobardes – e velhos. » Dominique Jamet, Jacques Brel, antologia poética. A cidade de Amparo (SP) ganhou recentemente um novo espaço, o “Memorial Maestro Georges Henry” aberto ao público todas as quartas e sábados, com exposição de fotos, músicas, documentos históricos, eventos ao vivo e internet. “O Memorial é uma obra coletiva feita graças ao apoio dos amigos de meu pai, pessoas e empresas, declara Catherine Henry, coordenadora do projeto, que completa: “O Memorial é também meu agradecimento especial a essa cidade que tão bem nos acolheu. Espero que traga felicidade a todos que vierem”. O novo espaço cultural fica na Rua Capitão Alceu Vieira, 89, centro, Amparo. A entrada esta franca. Informações sobre o espaço podem ser obtidas pela internet no site: http:// memorialgh.spaceblog.com. br ou, ainda, pelo telefone (0xx19) 3808-5480. O Maestro Georges Henry, francês, radicado há mais de 50 anos no Brasil, é um dos mais importantes ícones musicais dos anos 40 e 50. Músico, desde sua infância, deixou Paris com 18 anos, pouco tempo antes da Segunda Guerra Mundial, e passou os anos da guerra encantando platéias do mundo inteiro que dançavam ao som dos Lecuona Cuban Boys, da orquestra de Ray Ventura e de sua própria orquestra. Em 1950, foi contratado pelas Emissoras Associadas comandadas pelo Embaixador Assis Chateaubriand para dirigir o Departamento Musical da pioneira Televisão Tupi e um programa de grandes atrações internacionais, o Antarctica no Mundo dos Sons. Após o desaparecimento de Assis Chateaubriand, Georges Henry iniciou uma nova carreira e se associou a Jean Manzon, conhecido jornalista francês em atividade no Brasil, passando a trabalhar na área de produção audiovisual, cinema e documentário. Em 1964 fundou sua produtora audiovisual, a Georges Henry Associados que, ao longo de 30 anos de existência, atendeu as empresas mais importantes do país, tendo sido contratado para a produção de grandes eventos como a montagem do Pavilhão do Brasil na Expo70 em Osaka, Japão e o Espetáculo de Som e Luz do Ipiranga, em São Paulo, em 1972, ano do Sesquicentenário da Independência do Brasil. Em 1992, Georges Henry saiu de São Paulo onde residiu por 40 anos e instalou-se no interior de São Paulo, em Amparo, onde vive até hoje, aos 89 anos de idade, em plena atividade, como produtor cultural, escritor e professor. Em 1994, ingressou na Academia Amparense de Letras, da qual é vice-presidente, ao lançar sua autobiografia pela Editora Letras e Letras de São Paulo, Um Músico, sete vidas, com prefácio de Boris Casoy que escreve: “O advento da televisão brasileira foi um furor nos hábitos provincianos de uma São Paulo dos anos 50. Ainda pouco difundida nos Estados Unidos e na Europa, a televisão chega ao Brasil pelas mãos hábeis de Assis Chateaubriand. Sua implantação foi quase um ato de heroísmo de um grupo de artistas e técnicos(...)No bojo dessa televisão artesanal, surge Georges Henry e sua música. Mais dos que diretor musical da Tupi, Georges, ele próprio, com seu sotaque francês e seu português surpreendentemente correto, nos conduz pelo caminho da música. Foi através dos programas criados por ele que milhares de pessoas como eu, por exemplo, se apaixonaram pela música. Do jazz, sua grande paixão, à música erudita, passando por todos os gêneros. Sem quaisquer preconceitos musicais, Georges se cercou de um grupo seleto de artistas, e por intermédio deles fez jorrar música na alma de toda uma geração. Quem se esqueceu das sementes plantadas no Antarctica no Mundo dos Sons, um musical de alta qualidade cuja audiência fazia parar toda uma cidade?» Au Brésil, tout finit et tout commence toujours avec des notes grises ou blanches, du Samba ou de la Bossa Carioca, de l’Afro Reggae, du Funk, du Rap …. Pour qui, pour quoi, tout le monde s’en fiche, pourvu que les notes et les mots apportent aux cœurs leurs lots d’amour, de colère ou d’ivresse. En 2009 alors que démarre l’année de la France au pays du « Futebol », quelle est encore la place de la chanson Française dans la part de rêves que procure cet art mineur (*dixit Serge Gainsbourg) aux générations les plus récentes. Après réflexion on s’en doute le résultat est loin d’être encourageant sinon désespérant ; la chanson française a quasi déserté les medias brésiliens. Pourtant il n’en fut pas toujours ainsi, les deux pays ayant pratiqués de vastes échanges bilatéraux depuis l’entre deux guerres jusqu’à la fin des années 70. La connaissance plus approfondie de l’histoire de ces liens aujourd’hui distendus pourrait aider l’industrie du disque et le monde de la culture Française à s’interroger sur la vraie question : s’agit-il d’un manque d’intérêt là bas pour le travail de nos artistes, d’un profond appauvrissement de la qualité de l’offre musicale proposée, ou de tout autre malentendu ? La première vague de musique brésilienne débarque en France au cours des années que l’on disait folles. En ce temps là, Paris avait cessé de s’inquiéter, la grande guerre étant passée ; Il y renait une créativité artistique et intellectuelle débordante de richesse. Paris aussi s’amuse, le cinéma, la radio, l’automobile, l’aviation, les voyages transatlantiques, les congés payés ouvrent à tous de nouvelles possibilités d’évasion et de rêve. La chanson n’est pas en rade, elle qui s’ouvre aux rythmes venus du Nord et du Sud de l’Amérique. Dans l’euphorie qui caractérise le climat de cette époque la France découvre alors les rythmes noirs. En 1923 elle reçoit la visite du groupe « Os Oito Batutas » composé principalement de Donga, le compositeur de la première Samba Brésilienne, ainsi que de l’illustrissime compositeur et multi-instrumentiste Pixinguinha. Ce groupe est le premier à avoir quitté le Brésil pour l’Europe afin d’y diffuser la musique de son pays. Il y sera rejoint 3 ans plus tard par « Carlito et son Orchestre » qui animera jusqu’en 1940 les nuits de différents cabarets parisiens. Cet Ensemble accompagnera la grande Joséphine Baker dans les spectacles quelle donnera à l’occasion de l’exposition coloniale de 1931 . En 1928 Jean Sablon qui a tout juste 22 ans s’embarque pour l’Amérique du Sud ; il s’apprête sans le savoir à planter ses racines et son cœur dans la terre rouge du Brésil et le sable blanc de Copacabana. Plus que tout autre artiste français dans l’Histoire de la variété il aura œuvré tout au long de sa carrière pour la divulgation de notre culture dans le pays des Carmen Miranda, Ary Barroso, Dorival Caymmi… Dans le sens inverse, Il sera aussi l’un des premiers à populariser chez nous des chansons brésiliennes dont la plupart des textes français auront été écrit par lui ou pour lui ; citons parmi les plus connues, « Brésil » (Ary Barroso), « Porque » et « Qui vivra verra » (D. Caymmi) , « O’ cangaceiro » (Ricardo de Nascimento), «Ave Maria no morro » (Herivelto & Martins). Tout comme Jean Sablon, Joséphine Baker établira d’autres ponts entre les 2 mondes. Arrivée à paris en 1925 pour y participer à la « revue nègre » désormais anthologique, elle se rend pour la première fois au Brésil en 1929. Elle en rapportera bon nombre de chansons qu’elle intégrera dans son répertoire, tel le morceau « Chiquita Bacana » (Braguinha) qui deviendra « Chiquita Madame » dans une version de Paul Misraki . Elle y retournera en 1952, et y réalisera un spectacle « Casamento de preto » (« Mariage en noir ») avec le comédien Grande Otelo, l’ami d’Henri Salvador avec lequel il parodia jadis Maurice Chevalier et Mistinguette. Cette même année elle interprète en portugais « Boneca de pixe » de Ary Barroso, puis elle reprend « Maracangalha », la célèbre chanson populaire du Bahianais Dorival Caymmi en 1957, et « Festa para um Rei Negro » (Zuzuca) en 1971. Outre Joséphine Baker, un autre chanteur à l’accent exotique à contribué à faire connaitre en France les succès du carnaval de Rio : Dario Moreno, qui se rend surtout célèbre pour son interprétation de « Si tu vas à Rio » en 1958. Comment deviner en l’écoutant que cette chanson est une bien curieuse adaptation de «Madureira chorou» (Carvalhinho et José Monteiro) un émouvant hommage funèbre à une célèbre actrice du quartier de Madureira. Plus tard, lorsque triomphe en 1961 «Brigitte Bardot » (Jorge Veiga), l’hymne à la mode du dernier Carnaval de Rio, Dario Moreno sur des paroles de Miguel Gustavo en fera à son tour un tube sous nos latitudes. C’est donc essentiellement « le Samba », curieusement féminisé durant sa traversée de l’océan, qui envahit la chanson française avant que ne débarque la génération dite « yé yé ». Parfois on se met même à composer des Sambas « made in France ». Ray Ventura enregistre successivement «Maria de Bahia» et « La samba de là-bas » (1947) avec des paroles de André Hornez sur des musiques de Paul Misraki . En 1949 Maurice Chevalier grave « La Samba de Paris » (M. Chevalier - H. Bourtayre). Ces quelques titres sélectionnés parmi tant d’autres totalement fantaisistes En musicien raffiné et proet heureusement depuis tombés, ducteur avisé, Sacha Distel dans les oubliettes de l’histoire. fut le premier chez nous à déceler et à exploiter l’éléMoins exotique que la Samba gance harmonique et le pocarnavalesque, d’autres rythmes tentiel commercial de cette brésiliens parfois plus raffinés musique. Dès 1962 Sacha tels le Chorinho, le Samba-canção, enregistre un 45T 4 titres le Samba-exaltação, firent aussi comprenant la version franl’objet de reprises populaires en çaise de « Desafinado » le France. En 1931 Django Rein- tube de João Gilberto comhardt interprète « Carinhoso » de posé par Antonio Carlos JoPixinguinha » qu’aujourd’hui en- bim. On y trouve également core tout artiste brésilien se doit l’un de ses propres composid’avoir à son répertoire. Au début tions « Ting-Toung » (Vient des années 40 il placera dans son danser la Bossa Nova) largetour de chant « Aquarela do Bra- ment inspirée de la face B du sil » de Ary Barroso, un hymne tout premier 78T du même qui semble destiné à devoir pour João Gilberto « Bim Bom » toujours représenter ce pays à (1958). Ce disque 45t de Sal’étranger. cha sera disque d’or. En 1945, Ray Ventura et ses Col- Encouragé par le succès, le légiens jouent Tico-tico no fubá tout jeune ambassadeur de (Zequinha de Abreu & Eurico la Bossa Nova en France se Barreiros) que Carmen Miranda prend alors à rêver d’apprenrendra populaire aux Etats-Unis, dre à danser à la jeunesse et que Dalida reprendra près de branchée le plus indansable 40 ans plus tard. des rythmes brésiliens. La seconde vague de musique bré- La recette ne fonctionnera silienne gagna la France au début jamais vraiment, la Bossa des années 60 avec l’explosion de supportant mal les manipulala Bossa Nova. La bossa était à tions et les mutations « transpeine née (1958) que marcel Ca- céniques» les conduisant mus l’incorpora dans son film « loin de ses racines les plus Orfeu Negro ». La Palme d’Or du profondes. Festival de Cannes qui lui fut at- En 1966 le cinéma viendra tribuée en 1959 illumine aux yeux une nouvelle fois consacrer la du public deux des maitres de ce Bossa dans le cœur du public nouveau style de Musique : Tom et des artistes français. En efJobim et Vinicius de Moraes. fet, peu de temps auparavant En Novembre 1962, au Carne- Pierre Barouh qui séjournait gie Hall de New York, les créa- à Rio le temps d’un tournateurs de ce mouvement offrent à ge, ramena à Paris dans ses l’Amérique le premier spectacle bagages une version frande Bossa hors de leur pays ; Stan çaise de la chanson de Baden Getz s’empare de ses plus belles Powell et Vinicius de Moraes mélodies et deviendra le premier « Samba de benção ». jazzman de l’histoire à dépas- De sa plume et dans sa bouser le million de copies vendues che cette chanson devint la de son album « Jazz Samba » en « Samba Saravah » qu’il 1962 suivi de « Getz Gilberto interprète accompagné des » en 1964. Il nous révèle par la seuls Baden, Oscar Castro même occasion le troisième ins- Neves et Milton Banana, 3 pirateur du mouvement, le génial des musiciens les plus fonet fantasque Joao Gilberto. damentaux de l’histoire de Avec la Bossa Nova, la musique la Bossa. Présentée à Claude brésilienne rencontre en France Lelouch, celui l’intégra illico un public plus connaisseur et so- dans son nouveau film « Un Homme et une Femme » qui phistiqué. décrocha la Palme d’Or à Cannes. Par la suite, la quasi-totalité des tubes de Tom Jobim seront repris par des artistes français; Beaucoup le seront dans des versions plus commerciales dont la plupart des paroles auront été signées par Eddy Marnay, sans qu’elles n’aient le plus souvent de rapport direct avec le texte d’origine. Citons parmi les plus connues : •«Ce n’est que de l’eau» («Aqua Joe Dassin adopta la chanson de Rode beber» - Tom Jobim) berto Carlos « O Calhambeque » qui deviendra « Bip Bip », l’un de ses •« Corcovado » (Tom Jobim) tous premiers succès. •« La nuit des masques » en duo Parmi les immenses succès de l’année avec Elis Regina (« Noite dos 73 figure « Fio Maravilla », une adapmascarados » - Chico Buarque) tation de Boris Bergman pour NicoClaude Nougaro recréa de tou- letta de la chanson «Fio Maravilha» tes pièces la chanson « Berim- de Jorge Ben, suivi en 74 de « Aïe aïe bau » de Baden Powell qui de sa caramba » (Jorge Ben/ Boris Bergman plume deviendra «Bidonville». –« Caramba... Galileu da Galileia »). «Que sera», un tube de Chico Quelques années plus tôt Jorge Ben Buarque deviendra quant à lui avait également complété le réper«Ah ! tu verras» qui connut un toire d’Isabelle Aubret qui reprit son large succès en France. Quel- tube mondial «Mais que nada» pour en ques années plus tard il réalise- faire «La ville est là». En 1974 toura une adaptation d’un classique jours, Pierre Vassiliu écorche le « Pardu nouveau genre musical qui tido alto » de Chico Buarque pour en succède à la Bossa Nova, le tro- faire le tube d’un été avec « Qui c’est picalisme, avec «Viramundo» celui là ». Quant à Françoise Hardy, de Gilberto Gil qui deviendra « elle signe « La mésange » d’après «Fabia» du même Chico Buarque. Brésilien ». De son coté, Georges Moustaki travaille directement avec Tom Jobim sur sa chanson « Agua de Marco », ce qui donnera « Les eaux de mars » devenu un classique de la Bossa Nova en « La fille d’Ipanema » - Jean France. Sablon, Richard Anthony, Sa- Fin des années 60, tandis que les cha Distel, Lucky Blondo, Jac- conditions de vie au Brésil se queline François,.. durcissent sous la dictature, nait « Dindi »,« Corcovado » - Sa- donc un nouveau genre musical, le tropicalisme ; celui-ci dévecha Distel loppe un mélange de Samba, de « Manha de carnaval » - Jean Rock anglo-saxon, de Bossa et Sablon, Sacha Distel, Gloria de musiques traditionnelles du Lasso.. Nordeste brésilien. « Desafinado » - (Fait pour Ce mouvement hautement créas’aimer ) - Richard Anthony tif au son à la fois brésilien et « Insensatez » (Quand tu m’as international, aux textes à la parlé) - Jean-Louis Murat, Sa- fois empreints d’ironie virulente et de métaphores poétiques, cha Distel va avoir une influence profonde «Samba de uma nota só » dans la MPB (Musique Popu(Chanson sur une seule note) - laire Brésilienne) ; l’exil en EuMichèle Arnaud, Sacha Distel rope de ses principales vedettes telles Caetano Veloso, Chico En 1975, 30 ans avant Henri Buarque, Gilberto Gil contriSalvador, Sacha Distel publie un buera à sa divulgation sur notre album « Un amour, un sourire, continent. une fleur » entièrement consacré à la musique brésilienne. Il Au hasard de rencontres indisera d’ailleurs l’unique disque viduelles certaines chansons de français à figurer dans l’ouvra- la MPB vont faire en France de ge de référence paru au Brésil brillantes carrières. en 2005 « Bossa Nova e Outras Bossas - A Arte e o Design das En 1970, Michel Fugain enreCapas dos LPs» ( Bossa Nova et gistre en français une version autres Bossa – l’art et le design du triomphe populaire « Voce des pochettes de LPs) - Caetano Abusou » du tandem Antonio Carlos e Jocafi. Ce titre devint Rodrigues, Charles Gavin. « Fait comme l’oiseau » avec Trois auteurs, compositeurs, des paroles de Pierre Delanoë. interprètes français, Pierre En 1971, le génial clarinettiste Barouh, Georges Moustaki et de Jazz, Marcel Zanini interClaude Nougaro auront cha- prète «Tu veux ou tu veux pas» cun à leur manière été les plus qui n’est autre qu’une adapfidèles et les plus authentiques tation de « Nem vem que não «passeurs» de la finesse harmo- tem » de Wilson Simonal. Dès nique et poétique de la chanson son lancement, ce titre aura été populaire Brésilienne. Outre en compétition avec la même son « Sambah Saravah », Pierre reprise mais par Brigitte BarBarouh nous a également offert dot cette fois. Toujours dans au moins 4 autres perles du ré- la même décennie, la chanson pertoire brésilien. «Canta, canta minhe gente» du Sambista Martinho Da Vila est •« La nuit de mon amour » ( « A adaptée par Pierre Delanoë pour noite do meu Bem » - Dolores Nana Mouskouri et deviendra Duran) «Quand tu chantes». En 2007, dans son album « Daltonien », Pierre Barouh exhuma de sa mémoire une adaptation du « Corcovado » de Tom Jobim avec une traduction « Haute Fidélité » sans aucune mesure avec la version d’Eddy Marnay, plus mercantile parue dans les années 70. A partir des années 80 la musique brésilienne s’exporte de plus en plus facilement et peu désormais se passer du service « d’adapteurs » pour se faire connaitre. Par exemple, le rock tropical de Rita Lee «Lança Perfume» connut un très grand succès en France; l’adaptation française “Question de Choix”, qu’en fit Henri Salvador connut un destin plus mitigé. Grace à l’avènement des stations FM, les artistes brésiliens peuvent donc directement faire découvrir leurs compositions au public de l’hexagone. De nos jours, les reprises de leurs chansons se font plus rares ne laissant désormais poindre au firmament de l’actualité musicale que de petits bijoux mis en lumière par des artistes de la fine fleur. En 2005, Georges Moustaki offrit à Henri Salvador une adaptation française d’une fidélité absolue au texte de Vinicius de Moraes « Eu sei que eu vou te amar » écrite jadis sur une musique de Tom Jobim. Elle figure sur l’album « Révérences » paru en 2006. Lors de son avant-dernier concert Salle Pleyel à Paris, Henri ne pu achever l’interprétation de cette chanson tant il était bouleversé par la beauté de ce texte. Plus récemment, en 2008, G Moustaki nous offrit également une jolie reprise de «Rocando em miúdos » de Chico Buarque et Francis Himes qu’il interprète en duo avec Stacey Kent (« Partager les restes », album « Solitaire »). La présence française est encore particulièrement importante au Brésil en ce début du XXème siècle dans de nombreux domaines et plus particulièrement dans le domaine artistique. Dans la Mode, la Littérature ou la Musique, Paris est à l’honneur. On constate l’omniprésence de la langue française qui est la langue du savoir et joue au Brésil un rôle proche de celui joué en Europe par le Latin au moyen âge. Ainsi qu’en témoignent Jairo Severiano et Zuza Homem de Mello dans leur livre « 85 Anos de Músicas Brasileiras (vol.1: 1901-1957)» les refrains les plus en vogue de ce nouveau siècle sont de jolies mélodies françaises telles « Frou-Frou » (1901), «Amoureuse» (1902), « Fascination » (1905) ou «La Petite Tonkinoise» (1907). Plus tard les brésiliens adopteront «La Valse Brune » (1910), «Mon Homme» (1921) «Valentine»(1926) «J’ai Deux Amours »(1930) «Parlez Moi d’Amour»(1931) «Vous Qui Passez Sans Me Voir»(1937) « J’attendrai »(1940), pour ne retenir que les succès les plus marquants de l’avant guerre. Un seul cependant y acquit le statut de Super Star : Jean Sablon. Il y effectue son premier voyage le 1er Juillet 1928 pour un séjour de 3 mois. Créateur du Tube « J’attendrai » à l’échelle internationale, ainsi que du cultissime « Vous qui passez sans me voir » Jean Sablon effectue de très nombreuses tournées à travers le Brésil, séjours au cours desquels il se liera d’amitié avec plusieurs stars locales dont Carmen Miranda, Arry Barroso et Dorival Caymmi. Son âme fut progressivement envahie par ce pays au point qu’il fit l’acquisition d’une fazenda dans les faubourgs de Sao Paulo, qu’il conservera pendant plus de 20 ans. En 1941 Ray Ventura et ses Collégiens fuyant l’occupation Allemande débarquent à Rio pour une grande tournée en Amérique latine. Dans la troupe figurent Paul Misraki, Coco Aslan, Henri Salvador, Micheline Day, Hubert Giraud… La présence artistique française au Brésil est au plus haut car bon nombre de grands acteurs tels Louis Jouvet ou Jean Dessaily séjournent également dans le pays, tentant de donner une nouvelle impulsion à leur carrière mise à mal par la guerre en Europe. Quelques jours avant la première soirée de gala de Ray Ventura et de ses collégiens au Casino de la Urca à Rio, un événement majeur de l’Histoire va se dérouler : les Etats Unis entrent en Guerre suite à l’attaque japonaise de Pearl Harbour. Du tumulte général provoqué par cette entrée en conflit naitra quelques mois après une décision politique qui sonnera involontairement le départ de la perte d’influence culturelle de la France au Brésil. En 1942, le président Roosevelt témoin journalier des sympathies pro-nazis de son homologue Brésilien Getúlio Vargas décide d’envoyer à Rio ses meilleurs ambassadeurs culturels afin de renverser les affinités politiques du pays. Le premier artiste à débarquer au Brésil dans le cadre de cette nouvelle Politique de Bon Voisinage fut le jeune cinéaste Orson Welles ; il a pour mission de capturer en images quelques uns des aspects les plus captivants de la culture Brésilienne dont le fameux carnaval de Rio. Orson Welles tout juste auréolé de son chef d’œuvre « Citizen Kane » se mit à l’ouvrage et entama la réalisation du film « Tudo e Verdade » dans lequel devaient normalement figurer Henri Salvador et son ami, le comédien Grande Othelo. Ce film hélas ne fut jamais complètement terminé, Welles ayant prématurément dépensé la totalité du budget que le gouvernement américain lui avait octroyé. Le second ambassadeur culturel de ce programme de promotion des intérêts américains fut Walt Disney. Il débarqua sur le continent Sud-Américain avec l’idée de concevoir pour chaque pays visité un nouveau personnage ; c’est ainsi que naquit pour représenter le Brésil, le perroquet Zè Carioca qui en compagnie de Donald et de ses compagnons connu un succès éclatant aux USA comme dans son pays d’origine. Le résultat visé par Roosevelt fut atteint ; Getúlio Vargas pris enfin le bon parti, celui de l’alliance qui mit fin à la guerre. Les Etats unis firent alors des yeux de plus en plus doux aux vedettes brésiliennes, lesquelles ne mirent que peu de temps à résister à de si jolies sirènes. Carmen Miranda devint une star de la Chanson à Broadway et du cinéma à Hollywood. Ary Barroso quant à lui devint incontournable dans la composition de musiques de films. A la fin de la guerre, Ray Ventura dissout son Orchestre pour rejoindre l’Amérique en même temps que Paul Misraki. En1946, le président fraichement élu, le général Eurico Gaspar Dutra, décréta la fermeture des casinos devenus soudain au Brésil le symbole de l’immoralité publique. Le Music hall brésilien dont toute l’activité était liée à ces somptueux endroits s’en trouva soudainement ébranlé. Des milliers de petites gens gravitant autour de cette activité se retrouvèrent du jour au lendemain à la rue ; pour les artistes locaux la situation n’était guère plus enviable. Les vedettes internationales s’en retournèrent elles et pour longtemps vers de cieux plus cléments. En 1947, suivant une étude du ministère des Affaires étrangères, on notait déjà que l’apprentissage du français avait cessé d’être une priorité pour les jeunes latinoaméricains, la connaissance de l’anglais assurant seule un emploi prestigieux et bien payé. mortes » en 1953, Jacques Lantier avec « Cerisier rose et pommier blanc » en 1955. En 1957 Henri Salvador créa bien involontairement un nouveau chapitre de sa légende. Ainsi qu’en témoigne le journaliste et historien de la Bossa Nova, Ruy Castro dans son livre de référence « Chega de Saudade », Henri refait surface au Brésil cette année là. C’était alors l’époque des chanteurs à voix, des crooners et des fameux « cantor do radio ». L’obsession commune des jeunes gens de 14 à 20 ans d’alors était d’échapper à tout prix à l’emprise de l’instrument le plus populaire, l’accordéon. Les Jobim, Donato, Valle, Deodato, Menescal, Lyra, Gilberto, Leao, étaient tous persuadés que passer à la guitare leur donnerait bien plus de succès auprès des filles, que leurs chances auprès d’elles en seraient considérablement augmentées s’ils arrivaient à jouer de cet instrument comme les chanteurs dont ils épuisaient alors les disques sur leurs platines. Parmi eux, Henri Salvador avec le boléro « Dans mon île » figurant dans la bande originale d’un film Italien «Europa di Notte», d’Alessandro Blasetti . Selon les affirmations du compositeur et arrangeur Sergio Mendes, Antonio Carlos Jobim considéra Henri et ce morceau comme l’une des influences majeure de la révolution musicale qui naquit peu après, la Bossa Nova. Durant toute cette décade qui s’achève, aucun événement médiatique majeur dans le pays n’est encore concevable sans le concours de vedettes françaises. C’est ainsi qu’en 1958, Maurice Chevalier fit partie de la toute première émission de la Télévision Brésilienne la TV Tupi dans laquelle Georges Henry, ancien membre des Collégiens de Ray Ventura et grand ami d’Henri Salvador, était le Directeur Du Département Musical. En 1961 deux ans après le démarrage de la révolution cubaine le département d’Etat américain organisa une nouvelle offensive culturelle au Brésil, semblable à la Politique de Bon Voisinage du Président Roosevelt. Préoccupé par la possible propagation des thèses Castristes en Georges Henry Amérique Latine, Kennedy jugea opportun de renouveler une opération qui pris cette fois l’aspect d’une vaste tournée musicale Latinoaméricaine. Coleman Hawkins, Roy Eldridge, Tommy Flanagan, Charlie Byrd ou Zoot Sims qui prirent part à l’aventure découvrirent ainsi le Samba et la Bossa nova au cours de jam sessions avec des musiciens locaux. Dans la foulée, la maison de production américaine Audio Fidelity et le Ministère des Affaires Etrangères brésilien organisèrent au Carnegie Hall de New York le concert « Bossa Nova : New Brazilian Jazz » auquel furent conviés tous les créateurs du mouvement. Ce concert permit à la Bossa Nova de s’imposer sur la scène musicale nord-américaine; il fut aussi le point de départ d’un processus de transfert culturel considérable et quasi ininterrompu entre les deux pays. La France et sa chanson résista pourtant bien pendant ces années là, car tandis que naissait à Paris un nouveau «Tube» par semaine, une nouvelle génération de chanteurs vint au Brésil prendre la relève de leurs ainés. C’est ainsi que dans leurs versions originales Gilbert Bécaud, Charles Aznavour, Sacha Distel, Adamo, Christophe, Pierre Barouh, , Françoise Hardy.. marquèrent de leur empreinte toute une génération avec «Et maintenant», «la Bohème», «Que c’est triste Venise» , «La Mamma», « F.. Comme femme», «Aline», «Un Homme et une Femme «Tous les garçons et les filles»… Malgré ce tournant vers les USA, mais surtout grâce à l’essor rapide de la radio, la France ne resta pas inerte la décade qui suivit. Bon nombre de succès français atteignirent le sommet des classements de ce que l’on appelait pas encore le Hit Parade ni le Top 50. Charles Trenet avec « La mer » en 1948 puis « Douce France » en 1949, Edith Piaf avec « La vie en rose » cette même année, « Domino » par André Claveau en 1952, Yves Montand avec « Les feuilles Dans les années 70 Serge Gainsbourg et Jane Birkin «Je t’aime Moi Non Plus», Alain Barrière « Tu t’en Vas » , Francis Lai avec la bande originale du film « Love story » ou le compositeur Huber Giraud (Ex Ray Ventura et ses Collégiens) avec son «Mamy Blue» furent les derniers à gravir les marches du succès au Brésil. Puis progressivement les artistes français furent remplacés dans le cœur des brésiliens par de nouveaux venus issus du continent Nord Américain. Les percées au Brésil se firent de plus en plus rares, la chanson française devenant un luxe, une espèce de raffinement suprême réservée qui plus est à des interprètes locaux. En 1976, la star Elis Regina obtient un immense succès avec «Fascinação» qui n’est rien d’autre qu’une version brésilienne du morceau “Fascination” écrit en 1905 par Maurice de Féraudy, déjà interprété en français par Dario Moreno, Jean Lumière ou Suzy Delair, et en anglais par Nat King Cole. En 2004, la chanteuse Joyce dans son album « Banda Maluca » interprète dans la langue d’origine « L’étang » une superbe ballade de Paul Misraki. Cette même année l’actrice Bibi Ferreira réalise un album et tout un spectacle entièrement consacré à Edith Piaf. En 2005 dans son album « Caro amigo », Ricardo Vilas célèbre l’intensité des liens musicaux unissant le Brésil à la France ; parmi les 14 titres de son disque, le compositeur et interprète Carioca nous offre une délicieuse version de « Syracuse” de Henri Salvador en duo avec kay Lyra (“Desde Meus Tempos de Criança). En 2006 Letícia Coura publie un album totalement consacré à Boris Vian. Du coté de la Bossa Nova, le Carioca Celso Fonseca reprit dernièrement « J’ai vu » de Henri Salvador («Na pele de um flaneur» - album « Rive Gauche ») tandis que la Bahianaise Rosa Passos reprenait en duo avec Henri Salvador le standard de Charles Trenet « Que reste-t-il de nos amours » (album « Amorosa ») et celui du même Henri Salvador « Jardin d’hiver » («Jardim» - album « Rosa »). Quant à Bia Krieger, une artiste Brésilienne qui vécu longtemps en France, elle enregistra en 2006 l’album «Cœur Vagabond» reprenant dans sa langue natale des chansons de Brassens, Gainsbourg, Souchon ou Voulzy. Depuis les années 60 grâce à la popularité de la Bossa Nova, la Musique Brésilienne a cessé d’être une musique exotique ; chaque jour, les radios thématiques ou génériques la diffusent abondamment le plus souvent dans des versions originales. Les artistes de là bas viennent régulièrement remplir les salles parisiennes ou les arènes de tous les festivals de l’été (Joao Gilberto, Caetano Veloso, Chico Buarque, Lenine, Seu Jorge, Gilbert Gil, Bebel Gilberto,Milton Nascimento…) La réciproque est toute autre, le flux est-ouest s’étant quasiment interrompu au fil des ans. Seul Charles Aznavour en 2008 avec une promo minimaliste réussi plusieurs soirées de suite à remplir de grandes salles à Rio, Sao Paulo ou Brasilia. Jane Birkin s’y était essayée timidement peu auparavant mais le public présent se composait essentiellement d’une élite de souche francophone. Question disques, à l’exception des 5 derniers opus d’Henri Salvador (« Chambre avec vue », « Ma chère et tendre », « Bonsoirs amis », « Live au palais des Congrès », « Révérence ») les quelques rares sorties françaises récentes furent à mettre au crédit de Manu Chao (« Próxima Estación: Esperanza », 2001) Camille («Le Fil»,2006), Emilie Simon (« Végétal »-2006 « La Marche de L’Empereur » -2005), Carla Bruni (« Quelqu´un m´a dit”, “No Promises”, « Comme Si de Rien n´était”) . Comment en est-on arrivé à un tel niveau de désamour, et qui pourra désormais rallumer la flamme dans le cœur des brésiliens ? L’étude de la présence française au Brésil, l’examen des processus de diffusion, de réception et de transferts culturels dans l’axe triangulaire France-Brésil-Etats-Unis, nous ont permis d’apporter quelques éléments de réponse quant aux causes du déclin, puis aux modalités de reconstruction. Un premier indice me fut fournit lorsque me revint à la mémoire une discussion un peu vaine à Rio de Janeiro avec une « éminence » culturelle, jadis en poste au Consulat de France. Cet échange avait pour thème un projet d’exposition, au cœur même de la patrie du Samba, sur le parcours au Brésil de la plus grande star des variétés françaises des années 30 à 50. Personne chez nous me fut-il répondu ne s’intéressera ni ne financera un projet lié à une figure du passé ; ce qu’il nous faut, c’est faire venir de nouveaux et jeunes artistes de talent. Fi donc du passé et de sa gloire, vogue le futur ! Vive donc une gamme de « vedettes » issues d’un quelconque microcosme mondain et réservée sans doute à une caste d’érudits qui m’est étrangère. Aucun des artistes qui me furent cités ne percera jamais au Brésil ; n’en déplaise à leur hypothétique talent, ils ne sont pas populaires ! Mais le mot « populaire » non plus sans doute ne mériterait guère plus que la culture parfois s’y attarde. Pourtant, lorsque l’on interroge la jeune génération au sein du groupe social le plus nombreux au Brésil, donc le plus populaire, sur l’image véhiculée par la France, par sa culture en général, son cinéma et sa chanson en particulier, la réponse est révélatrice de vérités. On y entend souvent «élégant », «chic», «beau », «sophistiqué », … mais aussi « Chato », ce qui en des termes gracieux ne se traduit pas, sinon par un doux euphémisme du genre « ennuyeux ». Depuis 20 ans, combien de nouvelles vagues se sont elles échouées pour ne pas avoir perçu ce sentiment d’ennui et de banalité qu’elles faisaient naitre outre-Atlantique. Et que dire du respect des gloires de jadis ? «Un peuple sans mémoire est aussi un peuple sans avenir» a dit un jour le poète et compositeur Brésilien Paulo César Batista de Faria, plus connu sous le nom de Paulinho da Viola. C’est ce qu’a parfaitement compris le jeune chanteur de Rap à succès Abd Al Malik lorsqu’il déclare lors du lancement de son nouvel album « Dante » : « C’est dire qu’en France on a un patrimoine artistique et culturel merveilleux. L’idée, c’est de pouvoir préserver le patrimoine et cultiver la modernité. Tous ces grands artistes populaires ne doivent pas finir dans un musée. On doit être capable de se nourrir de l’énergie, de leur dynamique, et pouvoir amener quelque chose d’aujourd’hui, et presque de demain. Si on veut faire quelque chose de pertinent et de riche, on ne peut pas faire comme si rien ne s’était passé, comme si on arrivait tout à coup. L’idée est de faire du lien et montrer qu’il est de notre devoir d’être dans la dynamique impulsée par ces héros, ces artistes. C’est de cette manière qu’on pourra selon moi faire quelque chose de pertinent, qui fait sens et qui est en phase avec la France telle qu’elle est aujourd’hui. » Un deuxième piste dans mes recherches me fut inspirée lorsque j’eus terminé l’analyse des éléments expliquant le succès passé de nos vedettes sous l’équateur. cette indispensable part de rêve qui l’aide à mieux vivre, et cet irrésistible besoin d’identification à des personnalités qui le transcendent. Fin des années 50 Henri Salvador entra définitivement dans le le cœur des Brésiliens parce qu’il avait jadis vécu avec eux, puis grâce à deux chansons éternelles «Dans mon île» et «Rose», mais surtout parce qu’il réapparut à une Il y eut tout d’abord la force et l’originalité de «l’œuvre» qui leur permit de faire le tour du monde. Force est d’admettre qu’aujourd’hui la qualité générale de l’offre de chanson française sur le marché est d’une tristesse absolue, à l’heure surtout où d’aucuns rêvent de bâtir du talent en quatre semaines dans un château de papier. La chanson française, avait coutume de dire Henri Salvador, est une grande Dame qu’il faut habiller de belles musiques et de belles paroles. époque où toute une génération s’appropria la douceur de son image, de ses mélodies, de sa guitare, comme pour mieux s’échapper d’une époque obscure. Maigre Bilan après inventaire, et pauvre vieille Dame ! Vint ensuite l’intégration réussie de l’homme au milieu social local. Comme le souligna Anaïs Fléchet dans son article «Un Brésilien à Paris», on ne pourra jamais nier l’importance de la « sociabilité » dans la diffusion d’un travail. En effet, la présence physique de l’artiste, son intégration dans le milieu musical local est perçue comme un facteur décisif. Elle rapporte également, mais dans un domaine plus érudit, que le compositeur Brésilien Hector Villa Lobos fut le premier à le comprendre, lui qui passa de très nombreux mois à Paris dans les années 20, à fréquenter assidument Arthur Rubinstein, Maurice Ravel ou Prokofiev. Il privilégia ainsi la diffusion de son œuvre au travers de rencontres avec d’autres compositeurs en vogue. Jean Sablon et Henri Salvador s’en inspirèrent, eux qui séjournèrent plusieurs années au Brésil, au point d’être considérés par les brésiliens comme l’un des leurs. Quant à Georges Moustaki et Pierre Barouh, par des séjours incessants de Rio à Bahia, par leur capacité d’assimilation de différentes cultures, par la perception et la transposition dans leur œuvre de toute la sensibilité du peuple brésilien, ils symbolisent une autre réussite de la socialisation dans un pays étranger. Quels artistes contemporains seraient-ils prêts aujourd’hui à accomplir ces efforts au prix de quelques sacrifices sur leurs carrières métropolitaines ? La qualité des chansons, l’intégration réussie de l’artiste assurent la diffusion d’une œuvre à l’étranger, mais n’explique cependant pas tout; encore faut-il qu’il y ait adéquation entre l’offre esthétique des artistes et les attentes du public. Là est sans doute le plus difficile à atteindre, car comment percevoir ce que désirent les fans de musique, ce qui parlera à leur cœur au point de déclencher un acte d’appropriation. Il faudra immanquablement pour déclencher un intérêt, une « offre » originale, provoquant auprès du public des images ou des mythes orignaux, différents ou meilleurs que ceux qu’il possède déjà. A son époque, Jean Sablon apparait au Brésil comme une icône à laquelle seraient attachées des images ou des mythes dus à son origine ; Il vient d’un pays qui fait encore rêver le monde par son dynamisme, sa modernité, son élégance, son génie créatif… Appuyé par un répertoire impeccable et une intégration locale réussie, il apporte avec ses chansons ce qu’attend le peuple: A l’observation, il faudrait donc bien une réelle stratégie, inspirée peut être par ces quelques pistes de réflexion, pour être accepté et reconnu dans un pays étranger. Nos artistes contemporains devraient pouvoir sans hésiter la déployer avec succès en profitant de la réserve de sentiments favorable à la France, une réserve qui est loin d’être épuisée. Il faudra néanmoins avant cela, solder quelques comptes avec le présent. On pourrait commencer par rapprocher les milieux de la culture et de l’industrie. Il faudrait désespérément que les « éminences » culturelles descendent rien qu’un peu des hautes futaies dans lesquelles elles sont perchées, afin de rejoindre l’Industrie du disque, campée elle sur les branches les plus basses afin d’y cueillir les fruits les plus accessibles à son portefeuille. Il y a sans doute un juste milieu entre la sophistiquée «nouvelle chanson française» défendue par les uns et la « Star Academy » poussée par les autres. On pourrait poursuivre en arrêtant d’accuser encore et encore les télé- chargements interdits comme l’on accuserait son chien de la rage afin de mieux le noyer. Ce phénomène qui met à genoux l’Industrie est hélas irréversible, il faut pouvoir le combattre par le haut ! Le génie et la créativité française, si présents dans les Arts et les Sciences, devraient encore pouvoir s’immiscer aujourd’hui dans les couches les plus populaires avec la Chanson. Pour la France, il s’agirait de déployer une stratégie victorieuse de réimplantation au Brésil, comme le réussirent méticuleusement les américains en 1942 et 1961 avec leur « Politique de Bon Voisinage ». Tout cela, pour paraphraser JF Kennedy, ne se fera pas en 1 jour ni peut être même en 100, encore conviendrait-il au moins d’essayer ! Telle est sans doute la portée qu’il faut accorder à ce magnifique projet de «fête de la musique» qui se déroulerait en juin 2009 à Rio dans le cadre de l’année de la France au Brésil. Il faudrait pouvoir en faire un événement festif et populaire que les brésiliens reprendraient à leur profit année après année, et qui à chaque fois leur redonnerait un petit parfum de la France. En attendant Juin 2009, je rêve désormais d’une fête « Bossa Nova » dans les rues d’Ipanema où Emmanuel Donzella, Pierre Barouh et Didier Sustrac accompagneraient Carlos Lyra , Robert Menescal ou Chico Buarque, - d’une fête dans les « Gafieiras » du centre historique de Rio qu’enchanteraient Teresa Christina, Maria Rita avec Nicoletta, Raphael et Renan Luce, - d’une fête Pop/Rock à la Praça XXV où Olivia Ruiz croiserait Lenine, Frejat, - d’une fête dans les théâtres chics ou populaires de Rio où Georges Moustaki retrouverait son ami Francis Himes, et Caetano Veloso, Emmanuel de Ryckel Bref, plein de fêtes qui seraient l’inventaire de la jeunesse, de la beauté, du génie de deux peuples qui se rejoignent sur quelques notes et quatre mots: Musique Populaire Franco Brésilienne - d’une fête dans la favella do Pavão avec Abd El malik, MC Solar, Marcello D2 et João Donato. - d’une fête dans la banlieue Nord, au sein du quartier de Madureira et de l’école de Samba de la Portela, où Bernard Lavilliers ferait danser la Ville avec Marisa Monte au son de la batterie de la Velha Guarda de Monarco, Casquinha et Tia Surica, •«Les grands orchestres de Music-Hall en France» Jacques Hélian 1984 •«Um musico 7 vidas», Georges Henry •« Jean Sablon par Philippe Jadin et Charles Langhendries (Broché - 28 mars 2002) •«85 Anos de Músicas Brasileiras (vol. 1: 1901-1957), Jairo Severiano et Zuza Homem de Mello •«Copies décalées, les versions françaises de standards brésiliens », Jacques Denis 2005, •«La bossa nova, les États-Unis et la France Un exemple de transferts culturels triangulaires» par Anaïs Fléchet, le 16 décembre 2006 •«Aspects de la présence culturelle française à Rio de Janeiro en 1856 » par Marie-Sylvanie Veillard, le 13 décembre 2003 •«L’exposition universelle et internationale de Bruxelles 1958, la France confrontée à 47 nations » Par Linda Emirian, le 12 juillet 1997 •«La vision de la France à l’étranger à travers la baguette de pain » par Magali Marguin*, le 23 novembre 1999 •«Parada de sucessos em todo o Brasil », http://cifrantiga3.blogspot.com/ •«Les enjeux diplomatiques de l’enseignement de la langue française au Brésil (19481961) » par Cecilia Torres, le 16 décembre 2003 •« Un Brésilien à Paris, diffusion et Réception de l’œuvre de Villa-Lobos en France dans les années 1920 » Par Anaïs Fléchet, le 15 décembre 2003 1901 Frou-frou (Henri Chateau, Monreal e Blondeau) 1902 Amoureuse (Adolphe Berger) 1905 Quand l'amour meurt (Octave Cremieux) 1905 Les millions d'Arlequin (Richard Drigo) (lançado em 1901) 1906 La Mattchiche (C. Clerc, P. Briollet e L. Lelièvre) 1907 La Petite Tonkinoise (Vincent Scotto, Georges Villard e Henri Christine) 1908 Un Peu d’Amour (Lao Silezu) 1909 L’Adieu du Matin (Emile Pessard) 1910 La Valse Brune (Georges Krier e Georges Villard) 1921 Mon Homme (Maurice Yvain, Jacques Charles e Albert Willemetz) 1922 Machinalement (Maurice Yvain) 1926 Valentine (Henri Christiné e Albert Willemetz) 1927 Ça C’est Paris (José Padilla, Lucien Boyer, Fred Pearly e Jacques Charles) 1930 J’ai Deux Amours (Vincent Scotto, Geo Koger e Henri Varna) 1931 Parlez Moi d’Amour (J. Lenoir) 1937 Vous Qui Passez Sans Me Voir (Charles Trenet, Johnny Hesse e Paul Misraki) 1940 J’Attendrai (Dino Olivieri e Louis Poterat) 1946 Symphonie (Alex Alstone, Roger Bernstein e André Tabet) 1948 La Mer (Charles Trenet) 1949 Danse Avec Moi (A. Hornez e F. Lopez) 1949 Douce France (Charles Trenet) 1949 Final (Paul Misraki, A. Hornez e Ben Molar) 1949 Una mujer (Paul Misraki, Ben Molar e S. Pondal Rios) 1949 La Vie en Rose (Pierre Louiguy e Edith Piaf) 1951 C’est Ci Bon (Andre Hornez e Henri Betti) 1952 Dominó (Jacques Plante e Louis Ferrari) 1953 Les Feuilles Mortes (Joseph Kosma e Jacques Prévert) (lançado em 1949) 1955 Cerisier rose et pommier blanc (Cerejeira rosa) (Pierre Louiguy e Jacques La Rue) 1956 La goualante du pauvre Jean (Os pobres de Paris) (Marguerite Monnot e Raouzeaud) 1959 Hymne a l‘Amour (Hino ao amor), Edith Piaf e Marguerite Monnot 1962 L’Arlequin de Tolede, Hubert Giraud e Jean Drejac 1962 Et Maintenant, Gilbert Becaud e P. Delanoe 1964 Dominique, Soeur Sourire 1965 Fais Attention (Preste Atenção), Jean Loup Chauby e Bob Du Pac 1965 Que c'est triste Venise, F. Dorin e Charles Aznavour 1966 Aline, Christophe SOURCES http://cifrantiga3.blogspot.com/ musica francesa Músicas estrangeiras de sucesso no Brasil – 1966 La Mamma (Mamãe), Charles Aznavour, Robert Gall e Black 1967 Un Homme et une Femme, Francis Lai e Pierre Barouh 1968 Le Bruit des Vagues, Pascal Seuran, Serge Lebrall e Romuald 1968 Love is Blue, Andre Popp e Pierre Cour 1969 F... Comme Femme”, Adamo 1969 Un Jour un Enfant, E. Stern e E. Mornay 1969 My Way (Comme d’Habitude), J. Revaux, C. François, G. Thibault e Paul Anka 1970 Je t’Aime Moi Non Plus, Serge Gainsbourg 1971 Love Story, Francis Lai e Cari Sigman 1972 Mammy Blue, H. Giraud e P. Trim 1974 Song for Anna (La Chanson pour Anna) (A. Popp e J. C. Massoulier) 1976 Tu t’en Vas (Não Se Vá)”, Alain Barrière