quem esqueceu nao chora

Transcription

quem esqueceu nao chora
S
’il vous plait, donnez nous, donnez leur du Beau,
du Beau dans tous les sens,
du Beau pour tous les sens,
du Beau même quand il fait noir,
du Beau surtout quand il n’y a rien a voir.
S’il vous plait, donnez nous nous Beau !
Mais bon Dieu, du Beau, mais pour quoi faire ?
Du Beau pour en faire du rêve pardi !
Du Beau pour donner envie d’aimer, d’espérer, de se respecter, d’arrêter enfin de mépriser notre terre.
Du Beau enfin et surtout, pour leur éviter de devenir moins que Rien.
L
e Philosophe a dit que « la finalité de la Vie, c'est l'admiration du Beau, qu’il est un luxe totalement inutile, mais dont l'homme ne saurait se passer pour continuer à devenir ce qu'il est ». Il n’ignorait pas sans doute que le pouvoir de la beauté sur l’Homme est résolument
plus fort que celui d’une armée.
Qu’y a-t-il en effet de plus beau et de plus fort que le sourire de sa mère pour un bambin en détresse, qu’un ciel qui la nuit s’illumine de
milliards d’étoiles sous les yeux d’un voyageur perdu, que des notes qui s’échappent d’une guitare, qu’une voix douce qui nous chante
un Jardin d’Hiver, qu’un éclat de rire qui déchire le silence un soir de « blues ».
B
ien souvent à Rio quand je marche dans la rue je croise des regards d’enfants; ils ont ce petit je ne sais quoi au fonds des yeux qui
hurle à la trêve dans leur monde prison.
Alors je me dis, que se passe-t-il ? Ils ont la beauté pour compagnon, des sourires et des fleurs tout autour d’eux, mais ils ne les voient
pas; la beauté serait-elle un compagnon absolument impossible quand la misère est à votre porte ?
L
e Poète a dit « la misère est moins triste au soleil », pourtant celui d’Ipanema ou de Copacabana ne les empêchera pas plus tard de
s’exprimer autrement que par la laideur de la violence. Ils deviendront bien vite comme ils disent, « raccord » avec leur décor, « ton sur
ton » avec les tôles et les bidons qui forment leur ville, en parfaite harmonie avec la tristesse de leur ignorance.
Ils rêveront aussi souvent qu’un jour ils seront riches, mais sait-on à 5ans, à 20 ans que l’on peut être riche de tout ce dont le monde se
fiche, que l’on peut croire gagner sa vie alors qu’on la perd.
Alors comment permettre à chacun de gagner sa bataille si ce n’est par le Beau, celui que leur apporteront demain l’Education et la
Culture.
L
e sage a dit « La culture, c’est ce que l’homme a inventé pour rendre le monde vivable et la mort abordable ». Il est là, j’en suis sur, le
secret de leur enfance; elle est là la clé de leur richesse, de leur bonheur à venir.
En cette année 2009, où Paris est à l’honneur de la « Cidade de Deus » aux cossus salons de Brasilia, il est
là le message essentiel de la France à la jeunesse du Brésil.
Emmanuel de Ryckel
Com Toots Thielemans em Outubro de 2007
Boris Vian começou a se revelar já nos títulos de alguns de seus textos.
Vejamos alguns exemplos, traduzidos livremente: Vou cuspir nos seus
túmulos, A espuma dos dias, Os mortos têm todos a mesma pele, Outono em Pequim, E mataremos todos os horrorosos, As formigas, O esquartejamento para todos, Elas não se dão conta, O arranca-coração,
Os construtores de Império ou o Schmürz, Cantilenas gelatinizadas,
Não queria partir, O lanche dos generais, Na frente de Zizique, Atrás de
Zizique, Escritos pornográficos etc. etc. Imagens de morte, violência,
poder, associadas no mais das vezes a sinais de menosprezo moral e
à questão racial. Imagens erótico-pornográficas. Imagens líricas. Percebemos portanto, já nos títulos, alguns dos elementos que sintetizam
a imaginação do autor: tendência ao deboche e ao sarcasmo, macabro
ou violento, associada a grande sensualidade e lirismo. Querendo diferenciar o humor em Boris Vian de um humor meramente macabro,
humor negro, Caradec, no prefácio de um de seus livros, chamou-o de
«humor vermelho». O mundo de Vian é sobretudo o da «emancipação
dolorosa do adulto que se separa da adolescência». E o mundo adulto
é visto por ele como bloqueio, como opressor, aniquilador. Neste sentido, Vian se aproxima de Kafka. No extremo desse ponto de vista há a
guerra: a forma mais sofisticada e degradante de trabalho, já que nela
se trabalha para gerar novos trabalhos. A obra poética de Boris Vian
pode parecer exígua perto dos mais de 40 livros publicados em vida,
mas certamente é o motor de sua criação, isto é, irradia e ecoa por toda
sua atividade criativa, dos romances às canções, e por isso mesmo é
uma boa porta de entrada para o restante da obra. Entre 1939, provavelmente, e 1944, Boris Vian escreve 105 sonetos, acrescidos de meiadúzia de baladas, que seriam publicados postumamente sob o título de
Cem Sonetos (fazendo trocadilho com a homofonia de Cem Sonetos,
do número 100, e Sem Sonetos, isto é, nada). Trata-se de sua primeira
obra escrita, tentativa músico-matemático-literária, considerada pelo
A obra poética de Boris Vian
próprio autor como uma obra ainda imatura. É interessante observar que Vian debuta com esse
extenso e meticuloso trabalho com formas fixas,
experimentando diferentes metros de verso, bem
como diferentes combinações de rimas. Já neste
livro, a utilização de um humor corrosivo mostra
uma visão de mundo iconoclasta e, indiretamente, uma dessacralização do discurso poético. À
criação dos sonetos, seguirão quatro volumes de
poesia: Barnum´s Digest, Cantilenas Gelatinizadas, Poemas Inéditos e Não queria partir. Vian,
que começou com uma poesia formal, inverterá
os sinais de seu projeto e percorrerá um caminho
que vai do verso geralmente livre no segundo
livro, até culminar, sob a forma de um ritornelo,
no predomínio do verso metrificado em seu livro
final.
Boris, Engenheiro mecânico
Boris, Boémio
Boris Vian nasceu em Ville d’Avray, em 1920. Aos 8
anos, lia Corneille, Racine, Molière e Maupassant.
Aos 12, sofreu de complicações cardíacas. Era um
boémio: festas-surpresa, altas-velocidades e trocadilhos em rima eram os passatempos. Interessou-se por
jazz e em 1937 entrou no Hot Club de França (tocava
trompete).
Estudou engenharia mecânica. Em 1942 começou
a trabalhar na fábrica AFNOR. Entrou em conflito
com a administração por estar sempre a corrigir erros ortográficos dos superiores. Publicou os primeiros
escritos sob os pseudónimos Bison Ravi e Hugo
Hachebuisson em 1944-45. Escreveu “Vercoquin et
le plancton” (publicado em 1947) para onde transfere o clima de absurdo organizacional da fábrica. Foi
despedido em 1946. O livro fê-lo conhecer Raymond
Queneau, escritor, na altura editor da Gallimard.
Começou a trabalhar na Office du Papier.
...e «déspota»
Boris “Matador”...
Foi nomeado «matador de primeira classe» no Colégio dos Patafísicos. A Patafísica é a ciência das
soluções imaginárias: a missão era «explorar os
campos negligenciados pela física e metafísica». O
grupo tinha um pai espiritual (Alfred Jarry, escritor,
morreu em 1907) e reunia o barão Mollé (amigo de
Jarry e de Apollinaire), Michel Leiris, Ionesco, Henri
Robillot, Pascal Pic, Jacques Prévert.
Boris, Escritor apaixonado por jazz
Escreveu em três meses «A Espuma dos dias», com
que concorreu ao prémio da Pléiade, que não recebeu,
apesar dos apoios de Queneau, Beauvoir e Sartre, com
quem convivia. Escreveu em 1946 «Chronique du menteur» em vários números do «Temps Modernes». Publicou também «J’irai cracher sur vos tombes» sob pseudónimo de Vernon Sullivan, um «best-seller» censurado
em 1949. Trabalhou na orquestra de jazz de Claude
Abadie. Foi também trompetista e animador no bar «Le
Tabou» em Saint-Germain, onde se reuniam artistas.
Escreveu «L’Equarrissage pour tous», que adaptou para
teatro: um fracasso. Em 1948 conheceu Duke Ellington,
de visita a Paris. As edições Toutain publicaram «A erva
vermelha» (1950), recusado pela Gallimard. Como escritor , compositor e Diretor musical da empresa de discos Barclay Boris Vian, introduziu com Henri Salvador o
Rock na França em 1957 com Rock and Roll Mops.
Dias antes de morrer, deu uma festa na «varanda dos três déspotas» - Vian, Prévert e Ergé
- em honra do barão Mollé, recém-eleito curador dos Patafísicos. Foi a mais bela reunião, o
apogeu do grupo, com Henri Salvador, Noël
Arnaud, Pierre Kast ou René Clair. O «déspota»
Latis pronunciou o elogio fúnebre de Vian, que
sofria já de complicações cardíacas. «Morrerei
antes dos 40», disse. Os médicos obrigaram-no
a deixar o trompete. Morreu de ataque cardíaco,
em 1959. Tinha 39 anos.
il y a des volcans dont la gueule émerge de temps en temps
véritables chiens de la mer
il y a des volcans qui se voilent la face
toujours dans les nuages
il y a des volcans vautrés comme des rhinocéros fatigués
dont on peut palper la poche galactique
il y a des volcans pieux
qui élèvent des monuments à la gloire des peuples disparus "
Aimé Cesaire
Por diversas vezes foi eleito o
melhor pianista de jazz por publicações como a Down Beat.
Depois de cinco décadas de
sucesso, Peterson sofreu um
acidente vascular cerebral em
1993, durante um concerto em
Nova York. O músico conseguiu
se recuperar, mas passou a compor e tocar em ritmo mais lento.
Peterson tinha formação erudita e durante tos antológicos. “Se tirardécadas esteve situado no topo da cadeia mos a fronteira imaginária
dos pianistas de jazz com sua técnica que separa os dois países,
mágica, marcada por velocidade, força teremos a mesma cultura,
e elegância ao mesmo tempo, seus solos os mesmos discos, as mesfrenéticos e um suingue absurdo nas duas mas estações de rádio. Por
mãos. Nascido em Montreal, no dia 15 de isso, não há nada de esagosto de 1925, ele começou a estudar tranho em um canadense
música aos seis anos, desistindo do pis- ser tão identificado com o
Em todas as vezes que falou com jorna- tom um ano depois, por causa de proble- jazz”, disse certa vez.
listas brasileiros, Peterson lamentava que mas pulmonares.
Ella não foi a única, a paro jazz estava morrendo, pelo menos a forma do jazz do qual ele era um dos maiores Aos 14 anos, depois de conquistar o pri- tir dos anos 50, Peterson se
representantes, o jazz “puro”, como ele meiro lugar num concurso amador, Peter- uniu a diversos gigantes do
dizia, feito com prazer, muito improviso son ganhou 15 minutos num programa se- jazz em discos e concertos.
e apuro técnico de gênio. “Infelizmente o manal de rádio em Montreal. Aos 18 anos Entre eles estão Billie Holijazz sobrevive à custa de alguns poucos começou a tocar profissionalmente e se day, Carmen McRae, Louis
nomes importantes como Count Basie, tornou o primeiro músico negro a integrar Armstrong, Lester Young,
Dizzy Gillespie, Roy Aldrich. Tem sido uma orquestra popular, a de Johnny Hol- Count Basie. A extensa
valorizado também porque muita gente mes, em Quebec, com a qual aprendeu a lista engrossa com nomes como Charlie Parker,
importante já morreu e alguns jovens se compor e escrever arranjos.
Quincy Jones, Stan Getz,
dão conta do que perderam e por isso fazem regravações”, disse na primeira vinda A carreira internacional, a partir dos Es- Coleman Hawkins, Dizzy
Gillespie, Roy Eldridge,
ao País, em janeiro de 1978, quando.
tados Unidos, começou a deslanchar em
Freddie Hubbard.
1949, aos 24 anos, quando o lendário pro“O que me mantém tocando piano até dutor americano Norman Granz o levou Peterson formou seu prihoje é a crença na música de Duke El- para Nova York. Peterson foi apresentado meiro trio em 1952 com
lington, Dizzy Gillespie, Count Basie, como convidado surpresa em um concer- o guitarrista Herb Ellis e
Ella Fitzgerald e alguns outros músicos to no Carnegie Hall. Sua atuação foi de tal o baixista Louis Hayes. O
especiais como esses”, afirmou em 1998, maneira impressionante que repercutiu de outro, que durou de 1959 a
lembrando das críticas que havia feito às imediato e o colocou definitivamente no 1965, tinha Ray Brown no
experimentações de certos músicos com olimpo. A partir de então passou acom- baixo e Barney Kessel na
eletrônica e que “alguns teimavam cha- panhar a grande dama do jazz Ella Fitzge- guitarra, e foi o que teve os
mar de jazz”.
rald, com quem dividiu álbuns e concer- maiores êxitos. Com o fim
do terceiro trio, formado por
"Il y a des volcans qui se meurent
Sam Jones no baixo e Bob Duil y a des volcans qui demeurent
rham na bateria, Peterson passou a produzir projetos mais inil y a des volcans qui ne sont là que pour le vent
timistas, em solos e duos, como
il y a des volcans fous
os que gravou com o guitarrista
il y a des volcans ivres à la dérive
Joe Pass e o violinista Stephane
il y a des volcans qui vivent en meutes et patrouillent
Grapelli.
Peterson era um dos músicos de jazz - e
um dos últimos gigantes do gênero - mais
conhecidos e respeitados no mundo, incluindo o Brasil, onde se apresentou diversas vezes, desde 1978. A última foi em
1998, quando, além de dois concertos no
Teatro Municipal, tocou para uma multidão no Parque do Ibirapuera.
Peterson deixa uma vasta e
importante discografia, uma
pequena parte da qual continua
em catálogo em CD no Brasil.
Entre seus títulos mais marcantes estão os songbooks de Duke
Ellington, George Gershwin,
Irving Berlin e Richard Rodgers, que gravou em 1952, Oscar Peterson Plays Count Basie
(1955), Night Train (1962),
West Side Story (1962), My Favorite Instument (1968), além
de outros em que atuou como
acompanhante, como o histórico encontro de Ella Fitzgerald
com Louis Armstrong.
Oscar Peterson morreu na noite
de 23 Dez 2007.
En 2008, Georges Moustaki publie
un nouvel album intitulé "Solitaire", réalisé par Vincent Segal, enregistré et mixé à Bruxelles.
- "C'est à Bruxelles que pour la première fois j'ai été payé pour ce que
j'aimais vraiment : faire de la musique. Cela se passait au milieu des
années 1950. Je me suis retrouvé
coincé deux mois dans la capitale
belge, n'ayant plus d'argent pour le
voyage que j'avais projeté de faire
jusqu'en Hollande, plus d'argent non
plus pour rentrer à Paris… Il a fallu
que je cherche du travail : ne sachant
rien faire d'autre que la vaisselle et
jouer de la musique, je suis entré
dans un restaurant à proximité de la
Grand-Place et j'ai proposé mes services. On m'a engagé sur le champ et
ce fut un bonheur - j'étais sans doute
un piètre pianiste, mais je devais y
mettre tant de plaisir que je faisais
illusion. Celle-ci me donnait une
aura, j'avais un public de jolies femmes qui venaient m'écouter et m'encourager. J'ai découvert à Bruxelles
le monde de la nuit, de la pègre, de
la prostitution, de la drogue ; mes
nuits s'achevaient dans une cave où
l'on jouait un jazz très moderne…
De cette brève expérience, j'ai tiré
un livre, une sorte de polar, Petite
rue des Bouchers, paru il y a quelques années… J'aime cette ville, je
m'y sens chez moi, j'ai eu le temps
de m'y faire des amis, d'apprendre
des expressions bruxelloises, d'en
savourer l'accent.
"Solitaire" s'ouvre sur Le Temps
de nos guitares, qui rend hommage
- sans les citer tous, mission impossible - à ceux qui, armé de leur
seule guitare, cette machine qui tue
les fascistes, comme disait Woody
Guthrie, ont changé notre vie. On y
croise Dylan, Brassens, Brel, Aufray,
Salvador, et même Gainsbourg ou
Coluche. -
- "Chaque fois que j'écris, que je finis une chanson je pense à Brassens : je me demande s'il en
aimerait l'idée, le développement, si j'ai été aussi
loin que possible dans la recherche des mots et
des rimes. Pour l'anecdote, celui à qui j'ai déjà
consacré une chanson, Les Amis de Georges, n'a
jamais su pourquoi je porte son prénom. L'histoire est pourtant simple : je m'appelle Joseph,
mais tout le monde dit Jo… Et Jo est aussi le
diminutif de Georges. Lorsque j'ai débuté dans
la chanson, je voulais signer mes disques Moustaki, sans prénom, mais une lettre de menaces,
d'un homonyme, m'a incité à en adopter un. Jo
était trop bref, j'ai opté pour Georges. J'avais
avec lui des rapports très rares et pudiques…
Pour ceux de ma génération - je l'ai découvert à
l'âge de 18 ans - il a eu une importance exceptionnelle, il a fait souffler un vent de liberté dont
on sent encore les effets. Quant à Coluche, je le
cite parce que je l'avais repéré longtemps avant
qu'il soit célèbre, à l'époque où, après avoir terminé de faire la plonge, dans un resto, il prenait
sa guitare et chantait du Aristide Bruant. Enfin,
j'ai un souvenir très précis de Gainsbourg jouant
de la guitare lorsqu'il accompagnait Michèle Arnaud au Milord l'Arsouille, avec Jacques Lasry
au piano."
"Solitaire", paradoxalement, est surpeuplé de
gens de talent. Les musiciens de Georges, pour
commencer : Toninho Do Carmo aux guitares,
Luiz Augusto Cavani à la batterie, Francis Jauvain à l'accordéon. Puis des invités, tels Marcel
Azzola à l'accordéon, Marco Arietas à la guitare,
Sarah Murcia à la contrebasse, etc.
Puis il y a les duos. À commencer par Sans la
nommer, chanson des années 1970 revisitée
avec Cali. Il y est question, on s'en souvient,
d'une jolie fleur du mois de Mai, que l'on traque
et que l'on matraque, que l'on nomme révolution
permanente…
Avec Vincent Delerm, Georges chante les charmes «d'Une Fille à bicyclette», comme on en
voit de plus en plus depuis l'instauration du Vélib, raison pour laquelle la chanson se conclut
sur un clin d'œil au maire de Paris.
Avec Stacey Kent, il adapte Chico Buarque :
«Partager les restes» («Trocando em miúdos»,
Francis Hime - Chico Buarque/1978 ) évoque
une rupture, entre douceur et acrimonie.
Ensuite, China Forbes, délicieuse chanteuse de
Pink Martini, avec qui Moustaki rêvait de chanter depuis des années. Elle est présente sur deux
titres : les reprises de «Ma solitude», classique
moustakien créé en 1967 par Serge Reggiani, et
de «Donne du rhum à ton homme»…
- "J'aime énormément cette chanson, elle occupe
une place importante dans mon répertoire, en
particulier sur scène, au cœur de mon récital.
Elle me rappelle de bons souvenirs, où et quand
je l'ai écrite, à la manière des calypsos d'Harry
Belafonte. Il n'en existait jusqu'à ce jour que
des versions enregistrées en concert, je souhaitais qu'il en existe une en studio. Un jour que
je chantais en Martinique, des spectateurs sont
venus me dire : J'espère que ce soir vous chanterez notre chanson… Ils étaient persuadés que
«Donne du rhum à ton homme» faisait partie,
depuis des lustres, de leur folklore, alors que j'en
ai écrit paroles et musique… C'était évidemment le
plus beau compliment qu'ils pouvaient me faire !"
De grands moments d'émotion attendent l'auditeur
attentif. Sorellina, par exemple, chanson dédiée
à l'une de ses sœurs, qu'il n'a pas vue durant des
années malgré une tendresse indéfectible, enregistrée en une seule prise, au cœur de la nuit, en
tout petit comité… Mélanie faisait l'amour, tendre
portrait d'une femme qui aimait les hommes. La
Jeune Fille, émouvant dialogue, dans lequel Moustaki réussit l'exploit de se glisser dans la peau d'une
adolescente rebelle. Sans oublier Solitaire, la chanson qui donne son titre à l'album :
- "C'est une profession de foi. Ma solitude et moi,
cela fait des dizaines d'années que nous vivons en
parfaite harmonie. Je n'aurais jamais eu une aussi
longue relation avec une femme ! Je suis quelqu'un
de très sociable, je crois, mais j'ai besoin de beaucoup de solitude pour travailler, pour créer. Mes
moyens de transport préférés me trahissent : je ne
me déplace qu'en scooter ou à moto, parce que là
aussi j'ai besoin d'être seul. Il faut constamment
que je sois en mesure de laisser mon esprit vagabonder à sa guise. De cette façon, mon bureau des
idées est toujours ouvert !"
Moustaki, chanteur engagé qui jamais n'élève la
voix - Léo Ferré lui avait dit un jour tu murmures
ce que je hurle - ne conçoit pas un album comme
une suite de chansons :
- "C'est un plaisir indescriptible que de travailler
sur un nouvel album. De se dire que du néant une
chanson va surgir, puis une autre, et une autre encore. Que de l'imaginaire quelque chose de concret va
prendre forme, d'abord avec ma guitare, sous mon
toit, puis avec mes musiciens, puis sur scène, en
studio avec un réalisateur… Ensuite, de s'imaginer
que des gens vont écouter ces nouvelles chansons,
vont les fredonner, peut-être même leur donnerontelles l'envie de danser… Je me dis qu'avec un peu
de chance, je vais offrir de la joie, du bonheur ou
matière à réfléchir à ceux qui m'écouteront. Je vais
les emmener en voyage : ce processus magique
m'émerveille comme au premier jour." (EMI France)
Trocando em miúdos
Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim ?
O resto é seu
Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças
Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter
Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado
Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu
Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde
Livro ‘Caymmi e a Bossa Nova’ destaca a relação do baiano com o gênero
Dorival Caymmi, figure du patrimoine musical brésilien, est
décédé samedi 16 août 2008 à
Rio de Janeiro à l’âge de 94 ans,
au terme d’une carrière de plus
de 60 ans rythmée par vingt albums et plus de cent chansons. Il
est mort chez lui, à Copacabana,
entouré de sa famille, a déclaré
sa petite-fille, Stella Caymmi.
Considéré comme le "grand-père
de la bossa nova", qui fera son
apparition dans les années cinquante, Dorival Caymmi avait
débuté dans les années trente en
écrivant un tube pour l'actrice et
chanteuse Carmen Miranda, surnommée la "bombe brésilienne"
à Hollywood. Des dizaines d'artistes brésiliens avaient ensuite
repris ses standards ou s'étaient
inspirés de son travail, comme
les maîtres de la bossa nova Joao
Gilberto et Antonio Carlos Jobim
ou les "tropicalistes" Caetano Veloso et Gilberto Gil.
Comme de nombreuses stars de
la musique populaire brésilienne,
Caymmi était originaire de Bahia, dans le nord-est du Brésil.
A morte de Dorival Caymmi, foi um dos marcos mais emblemáticos em 2008 em que se
lembram os 50 anos do surgimento da Bossa Nova. Mais marcante até que os shows de João
Gilberto, depois de anos longe dos palcos brasileiros. Tanto é que o primeiro bloco de músicas que o criador da 'batida diferente' apresentou no Theatro Municipal do Rio, quatro dias
depois, foi todo composto por canções de Dorival. Caymmi é um dos maiores inspiradores
da Bossa Nova e é um dos compositores preferidos de João Gilberto.
O gênero que é a cara do Rio de Janeiro tem como inspirador e criador
dois baianos. Mas a relação e influência de Dorival Caymmi com a Bossa
Nova nunca chegaram a ganhar tanta
notoriedade, mesmo tendo Tom Jobim
destacado na contracapa do disco de
estréia de João Gilberto que Caymmi
aprovava o novo artista que surgia ali.
O maestro já via modernidade na obra
de Caymmi desde suas primeiras composições, da década de 30, quando 'já
usava modulações e acordes dissonantes' como os que foram empregados na
Bossa Nova.
- Dorival sempre foi associado à Bahia, às canções praieiras, e ele não fez
Bossa Nova. Mas João Gilberto afirma
que a música de Caymmi Rosa Morena foi uma das que serviu de base para
a criação da Bossa Nova - conta Stella
Caymmi, jornalista e biógrafa de seu
avô.
Dorival Caymmi s’était retiré
depuis de nombreuses années
déjà ; il n’était pas rare en se
promenant dans les rues de Copacabana de l’apercevoir rêvant
à la fenêtre de son balcon. Sa
dernière apparition publique
remontait à 2004, c’était au Canecão de Rio de Janeiro à l’occasion d’un concert spécial donné
par ses 3 enfants Nana, Danilo,
Dori pour le 90ème anniversaire
de leur père.
Son épouse Stella s’est éteinte
10 jours seulement après sa disparition. Ils s’étaient rencontrés
en 1940 lors de l’enregistrement
d’une émission de la Radio Nationale Brésilienne.
A cette même époque, Dorival
avait également fait la connaissance d’Henri Salvador fraichement débarqué au Brésil. En
2006, lors du dernier voyage
d’Henri au Brésil pour l’enregistrement de son album « Révérence », Bossa-mag avait tenté
d’organiser les retrouvailles
entre les deux artistes. A l’issue
d’une courte conversation Dorival avait préféré décliner cette
proposition, son état de santé
l’empêchant de recevoir dignement Henri.
- Fiz cerca de 90 entrevistas com Dorival e
quero publicá-las. Seria algo como 'Caymmi
por ele mesmo'. Quero muito colocar isso no
mercado e só eu tenho acesso a esse material. Acho que ninguém nunca entrevistou
tanto um artista quanto eu. Aí talvez eu
encerre esse ciclo de pesquisas sobre ele adianta Stella.
Esse 'ciclo de pesquisas' teve seu primeiro
lançamento em 2001, com O mar e o tempo,
contando a história do cantor e compositor, e continua agora, com o recém lançado
Caymmi e a Bossa Nova. O livro é o resultado da tese de mestrado da autora, mas seu
conteúdo não traz um rigor teórico.
- Minha tese de doutorado também será sobre Dorival e pretendo lançá-la em livro. O
título provisório é Dorival na Era do Rádio.
Gosto muito desse período, dos anos 30, 40
e 50, que é o período inicial da comunicação
de massa.
Além do minucioso trabalho de
pesquisa de Stella Caymmi, o
novo lançamento traz um belo
resgate de imagens, incluindo raras fotos e capas de discos.
- A fotografia é uma das minhas
grandes paixões. Gosto de material de pesquisa, reproduzir
manuscritos, essas coisas - conta
Stella.
Dorival Caymmi atravessa todas
as fases da música brasileira, inclusive a Bossa Nova. Mais do
que reafirmar a atualidade da Bossa Nova no ano de seu cinqüentenário, Caymmi e a Bossa Nova
reafirma a atualidade das canções
do baiano, que seguem relevantes
e soam modernas ainda hoje, mais
até em suas versões originais que
em releituras. Pena que o livro
não tenha som...
Peu de temps avent le dernier carnaval
Bossa-Mag eut la chance d’accompagner
Leny Andrade lors de sa visite à la célèbre
école de samba de la Portela dans le quartier de Madureira, dans la banlieue Nord
de la Ville de Rio. Jamais auparavant Leny
Andrade ne s’était rendu dans cette école,
encore moins pour y chanter.
Le but initial de la visite était pourtant au
départ totalement anodin. Il lui suffisait
simplement de rehausser de sa présence
les quelques festivités qui accompagnaient
la sortie du livre de Fernandes Vagner
consacré a la star de la samba des années
70-80, Clara Nunes.
Le taxi qui nous attendait à Flamengo mit
un temps interminable pour atteindre enfin le Numéro 81 de la rue Rua Clara Nunes où la batterie de la Portela chauffait à
blanc depuis un bon moment le peuple des
assoiffés de Samba et des affamés de la fameuse feijoada de Tia Surica.
Conduite dans une loge sommaire à deux
pas de la scène, Leny ne semblait guère
gouter les
décibels qui martyrisaient nos tympans,
pas plus qu’elle ne goutta la demande
qui lui fut susurrée à l’oreille par surprise d’interpréter pour la circonstance un
morceau du répertoire de Clara Nunes.
Ne pouvant refuser, elle s’isola le temps
d’un instant histoire de trouver le bon
tempo du morceau qu’elle avait choisi «
Foi um rio que passou em minha vida»
de Paulinho da Viola.
Se glissant alors sur la scène comme un
félin enjoué elle conquit en quelques
mesures un public peu habitué à la présence en ses murs de l’icône du Jazz
brésilien
Foi um rio que passou em minha vida
Se um dia
Meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração tem mania de amor
E amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos
Só um amor pode apagar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar
Porém, ai porém
Há um caso diferente
Que marcou por breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de carnaval
Carregava uma tristeza
Não pensava em novo amor
Quando alguém que não me lembro
anunciou
"Portela, Portela!"
O samba trazendo a alvorada
Meu coração conquistou
Ah minha Portela
Quando eu vi você passar
Senti meu coração apertado
Todo meu corpo tomado
Minha alegria voltar
Não posso definir aquele azul
Não era do céu, nem era do mar
Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar
Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar
Laiá, laiá, laiá, laiá
On aurait du fêter cette
année 2008 les 100 ans
de la naissance des trois
immenses artistes du Jazz
et de la variété française
du vingtième siècle : Ray
Ventura, Paul Misraki,
Loulou Gasté. Cet anniversaire a été totalement
occulté dans les médias en
France. Bossa-Mag leur
rend hommage en reprenant ces quelques témoignages de leurs carrières
respectives.
Compositeur de film renommé et
auteur de quelques-unes unes des plus
célèbres ritournelles d’avant-guerre
(Sur deux notes, Qu’est-ce qu’on attend pour être heureux ?, Insensiblement, Tiens, tiens, tiens, Tout va très
bien, Madame la Marquise...), Paul
Misraki à l’aube de ses 90 ans évoquait quelques souvenirs.
C’est un petit immeuble discret, dans
une ruelle coquette du 16 ème arrondissement à Paris. Au côté de l’ascenseur, sur l’interphone en laiton, deux
initiales aux résonances bien sibyllines pour le néophyte : « P.M. « Il
faut en effet préciser ici que « Monsieur Paul «, tel qu’on l’appelle dans
le quartier, n’a plus vraiment besoin
d’être présenté.
Auteur d’un parcours exceptionnel
dans la chanson comme au cinéma.
Pourtant, rien ne prédestinait au départ ce fils d’assureur, né en 1908 à
Constantinople, à épouser la voie de
la scène :
On dit que votre père se morfondait
dans son étude en répétant ces paroles
angoissées: « Mais qu’est-ce qu’on va
bien faire de ce garçon ? «. Quelle est
la raison qui vous a finalement poussé
à devenir musicien ?
Paul Misraki : J’adorais la musique
depuis tout gosse. J’avais un oncle,
musicien amateur, qui m’épatait en
jouant du piano. Aussi, j’ai voulu faire
en quelque sorte « comme l’oncle André «. Quand j’ai eu 7 ans, j’ai composé ma première musique, une petite
valse. A partir de là, j’ai continué en
autodidacte jusqu’à l’âge de 20 ans
environ, époque où je suis devenu pianiste dans l’orchestre de Ray Ventura.
Comment composiez-vous à ce moment-là ? A l’oreille ?
PM : J’avais déjà écrit une opérette
entière avant de travailler pour Ventura. J’étais déjà capable d’écrire ma
propre musique...
Vous décidez pourtant, en 1929, d’aller prendre des cours particuliers
d’écriture auprès de Charles Koechlin, alors professeur au Conservatoire. C’est paradoxal...
PM : Oui, disons que j’ai véritablement appris à ce moment-là à écrire
de la bonne musique, à l’orchestrer
convenablement et à écrire pour grand
orchestre.
Le travail de Koechlin, véritable passionné de cinéma (auteur d’une sulfureuse et superbe Seven Stars’ Symphony dédiée à 7 stars du cinéma dont
Greta Garbo et Chaplin), ne vous a
t-il pas, consciemment ou non, orienté
sur la voie de musiques orchestrales «
imagées « à destination de l’écran?
PM : Non, et pour une raison évidente
: à l’époque où j’étudiais chez Koechlin, en 1929, le cinéma n’était pas
encore sonore. Il n’y avait pas encore
le « style « musique de film qui viendra plus tard avec les grandes partitions symphoniques.
Après être devenu le compositeur de
chanson le plus demandé des années
30 et avoir fait notamment chanter
Suzy Delair et Joséphine Baker, la
guerre anéantit vos projets...
PM : Je suis parti en effet dans le midi,
en zone non occupée, où j’ai composé
dans un appartement où se trouvait un
piano que l’on m’avait prêté, l’une de
mes chansons préférées, « Insensiblement «. J’ai reçu quelques jours plus
tard un coup de fil de Ventura qui emmenait toute sa bande en Amérique du
Sud, via l’Espagne. Après le Brésil, je
me suis retrouvé à Buenos Aires. Le
hasard, qui a été dans ma vie à l’origine de beaucoup de choses, m’a fait
rencontrer là bas l’interprète de l’une
des opérettes que j’avais autrefois
composées en France, laquelle m’a
mis en relation avec le monde du cinéma à Buenos Aires. J’ai ainsi composé
durant la guerre la musique de 8 films
argentins.
La suite est plus connue...
PM : Après la guerre, le retour en
France exigeait un passage par New
York. Vous me croirez si vous voulez, mais le hasard avec un grand H,
le même auquel je faisais allusion tout
à l’heure, m’a fait rencontrer au mois
d’août 1945, dans une rue de Broadway, le producteur d’un des films
pour lesquels j’avais jadis travaillé
en France. Ce dernier était en train de
monter aux Etats-Unis le remake d’un
film d’Henri Decoin, « Battements de
coeur «, que j’avais mis en musique
en 1938. C’est ainsi que je me suis
retrouvé à Hollywood, fin 1945, pour
travailler sur « Heartbeat «, réalisé
pour la RKO par Sam Wood, l’un des metteurs en scène
non-crédités d’Autant en Emporte le Vent. J’y suis resté
six mois.
Dès son enfance, Loulou Gasté se passionne pour le jazz
et s'initie à la musique en jouant de la guitare et du banjo.
Il deviendra d'ailleurs un des premiers joueurs de banjo
professionnels. En 1929, il entre comme guitariste au sein
du groupe 'Collégiens' crée par Ray Ventura. Pendant la
Seconde guerre mondiale, le groupe se réfugie au Brésil
et Loulou Gasté reste seul à Paris. Il devient l'assistant de
Lucienne Boyer et compose 'Avec son ukulélé' pour Jacques Pills, le mari de celle-ci, qui est considéré comme son
premier grand succès populaire. Pendant l'occupation allemande, Loulou Gasté fonde les éditions musicales Micro et
enchaîne les succès en écrivant notamment pour Tino Rossi
et Léo Marjane. A la Libération, il connaît la même réussite
avec 'Le Petit Chaperon rouge' sur les paroles de Françoise
Giroud, 'Chica, chica' avec Jacques Hélian ou encore 'Luna
Park' avec Yves Montand. En 1945, il fait une rencontre qui
va changer sa vie, elle s'appelle Jacqueline Ray, c'est une
jeune chanteuse de seize ans. Il décide de prendre en main
sa carrière, le succès arrive rapidement et la chanteuse prend
le nom de Line Renaud. Pendant les années 50, Loulou
Gasté continue d'écrire pour de nombreux chanteurs et pour
le cinéma. Après quelques années passées à composer des
spectacles notamment à Las Vegas, il est victime d'un grave
accident qui l'oblige au repos. Compositeur et auteur de plus
de 1.200 chansons, Loulou Gasté est un des grands noms de
la chanson française
.
Dans son édition spéciale consacrée à Henri Salvador
en mai 2008, Bossa-Mag a déjà abondamment évoqué
la carrière de cet exceptionnel chef d’orchestre et musicien. Résumons ici brièvement sa carrière
Il y a 100 ans : Naissance à Paris du chef d'orchestre Ray Ventura (1908-1979).
Né le 16 avril 1908, Ray Ventura, entouré de cinq
musiciens, fonde son premier groupe en 1925. Ce
groupe s'étoffe peu à peu, Ray Ventura en devient le
chef d'orchestre : les Collégiens sont nés. Ils accèdent
à la popularité lorsque le violoniste de jazz Stéphane
Grapelli les rejoint. Les Collégiens sont influencés
par les grands orchestres de swing américains. Pour
de nombreux Français, ils représentent un remède à
l'inquiétude montante des années 30. Avec Paul Misraki, Raymond Legrand, Raymond Hornez ou encore
Jean Tranchant, Ray Ventura enchaîne les succès :
"Les Chemises de l'archiduchesse", "Ca vaut mieux
que d'attraper la scarlatine", "Comme tout le monde",
"Fantastique", "Tout va très bien madame la Marquise"… Pendant la Seconde Guerre mondiale, Ray
Ventura effectue des tournées avec Henri Salvador
en Amérique du Sud. Il revient en France à la Libération.… Les Collégiens interprètent désormais des
chansons à consonnance latino : "La Mi-août", "Maria de Bahia"…
Humour et légèreté
sont toujours les clefs
de voûte de ces succès. Les Collégiens
se séparent dans
les années 50. Ray
Ventura
fonde
alors sa propre maison de
production. Il
meurt à Palma de Majorque en
Espagne le
29 mars
1979.
Cantora americana Stacey Kent
lança álbum cheio de bossa.
‘Breakfast on the Morning Tram’ conta com canções em
francês como ‘Samba Saravah’ e ‘Ces Petits Riens’.
A
nova-iorquina Stacey Kent fez de Breakfast on the
Morning Tram (EMI/Blue Note) um dos álbuns mais cheios
de Bossa da temporada.
Cheio de bossa em todos os sentidos: além de gravar em
francês Samba Saravah (Samba da Bênção, a versão do
francês Pierre Barouh), como na clássica trilha sonora
do filme Um Homem, Uma Mulher, de Claude Lelouch, ela
registrou ainda uma preciosidade do repertório bossa de
de Serge Gainsbourg, Ces Petits Riens (tem outra de Gainsbourg no disco, La Saison des
Pluies).
Mas como? Uma nova-iorquina
gravando em francês?
Mas em geral eles não sabem nem dizer bonjour
direito! “Meu avô era francês. Eu cresci na França,
passei uma boa parte da
minha vida em Paris, falando francês”, conta a
cantora. “E eu devo confessar: eu amo a bossa
nova. Lembro até hoje da
primeira vez que ouvi meu
primeiro disco de bossa.
Eu era adolescente, estava jogando baralho com
as amigas quando alguém
pôs no toca-discos o álbum
Getz-Gilberto (álbum de
Stan Getz e João Gilberto,
de 1964). Eu disse: Deus
do céu, o que é isso? Logo
logo eu já tinha o meu em
casa, e ouço até hoje sem
parar”, ela contou.
Ela e o marido, o sax tenor Jim Tomlinson, que também é o maior parceiro musical, adoram a bossa. Ela
até consegue dizer, sem trair o sotaque, as palavras
“poesia” e “Bahia” da rima de Samba Saravah. “É uma
música que cria uma paisagem sonora na minha mente.
Eu não falo nada de português, mas adoro as palavras,
entendo a emoção que há na música, essa mistura de
tristeza e alegria, tristeza e otimismo”, afirma.
O disco Breakfast on the Morning Tram é a estréia de
Stacey Kent pela Blue Note. Parece também que é sua
estréia, tal o espanto que causa na primeira audição.
Mas ela já está no sétimo álbum da carreira. “Estou
mais orgulhosa desse disco do que todos os outros que
já fiz. A Blue Note é o selo perfeito de música. Eles se
deram conta de que eu precisava de tempo para crescer. Não há cinismo na Blue Note, eles não pegam uma
cantora e ficam imaginando como torná-la maior, como
vendê-la. Não se trata de ser tolo ou ingênuo. Todo
mundo quer vender discos. Mas o interessante é que
eles não acham que é preciso manipular, mentir. A arte
é o mais importante ali”, diz Stacey, fazendo elogio
rasgado à nova moradia artística.
Stacey Kent passou os últimos 10 anos gravando para
um selo indie, Candid, e especializando-se no “american songbook”. Tornou-se uma estrela da cena jazzística britânica, cantora residente do mais famoso clube
de jazz de Londres, o Ronnie Scotts, e ganhou o British
Jazz Award e o BBC Jazz Award como melhor intérprete. “Sempre tive um grande apetite por essas canções,
adoro Django Reinhardt, Maria Callas, mas também
gosto de Joni Mitchell, Elis Regina, Tom Jobim”, ela
conta.
Agora, no entanto, escapuliu das facilidades de um repertório de cartas marcadas e arriscou-se em inéditas,
coisa que pode ser temerária. Mas funcionaram bem.
Algumas canções têm um lirismo bem exótico, como a primeira
faixa, The Ice Hotel. “Construímos tudo com gelo, que é puro
e claro/Os sofás, o lobby, até mesmo o lustre/Um termostato
garante a temperatura de 5 graus/Que outro lugar no mundo
serve tão bem nossas necessidades?/Vamos nos deixar conduzir
ao Hotel de Gelo”, ela canta, na letra de Ishiguro.
“Esse hotel existe, fica na Suécia. Tem até uma capela lá
dentro para quem quer se casar. Mas, por trás da simples
história de um casal que se encontra no hotel de gelo, há
uma metáfora que me agrada: essa dualidade de um relacionamento: frio, quente, sexy, frígido, inverno, verão. Acho
que é o que a torna tão reconhecível.”
Sobre as duas de Serge Gainsbourg, ela é direta: “Serge é
aquele tipo de cara sobre o
qual sempre falamos a respeito, mas não conhecemos
direito. Cantar suas canções
é entrar no seu mundo, que
também é feito de uma espécie de tristeza otimista, é
bossa nova”.
Après la rencontre avec Henri Salvador en avril 2006, le rendezvous à Rio avec Toots Thielemans aura été en 2007 un événement inoubliable pour Bossa-mag.com.
En septembre 2007 profitant d’une accalmie professionnelle, je
m’organise un petit saut à Rio. Quelques jours plus tard surfant
sur le net brésilien à la recherche d’événements musicaux susceptibles d’alimenter le blog Bossa-mag.com , je découvre fortuitement sur le site du journal carioca « O Globo » que Toots
Thielemans se produira en concert à la célèbre salle du Canecão
le 4 Octobre.
Comment imaginer plus bel hasard, car il y avait prés de 5 ans
que je rêvais d’accompagner le musicien belge à Ipanema pour
y graver ses mains sur le trottoir des célébrités.
A une certaine époque, je fréquentais assidument les jeudis
culturels de l’ambassade du Brésil à Bruxelles. J’y rencontrai
une première fois Toots au château Malou de Woluwe Saint
Lambert, là où Geronimo Moscardo le nouvel ambassadeur du Brésil avait convié la communauté brésilienne
de Bruxelles afin d’assister à une conférence de Ricardo
Cravo Albin, historien de la musique de son pays.
Toots auquel j’avais remis un petit ouvrage sur César Villela
le dessinateur des couvertures de disques de la Bossa Nova,
m’était apparu comme une personnalité d’une simplicité extrême malgré son parcours exceptionnel.
Peu temps après, lors d’une brève cérémonie dans les locaux
de l’ambassade, Toots fut fait Chevalier de l’Ordre de Rio
Branco, la plus grande distinction accordée au Brésil.
Notre dernière rencontre se déroula encore à Bruxelles, en
Septembre, lors de la cérémonie d’adieu de Geronimo Moscardo. Comme chaque fois Toots se révéla d’un abord très
facile ce qui me permit de discuter longuement
avec lui de sa passion pour la musique brésilienne et de sa renommée dans cet immense
pays. Ile me parla des plus grands avec lesquels il avait joué,
de la chanteuse Elis Régina avec laquelle il grava un son
disque de légende « Elis Regina et Toots », de son compositeur préféré, Ivan Lins. Je lui parlai aussi de celle qui n’était
pas encore pour moi qu’une lointaine idole, Leny Andrade,
qu’il baptisa d’un somptueux « La Ella Fitzgerald du jazz
brésilien ».
Non loin de là comme à chaque fois se trouvait
Huguette,son épouse, qui à chaque fois se montra
d’un commerce fort agréable. Je n’imaginais pas que ce
contact si simple avec une dame que je connaissais peu
m’aiderait des mois plus tard à me placer
sur le
chemin de l’un de mes rêves les plus fous.
Comment à présent que nos chemins pourraient se croiser
à nouveau, mais à Rio de Janeiro cette fois, réussir l’exploit
de l’inviter à Ipanema ?
Surfant sur son site internet à la recherche d’un quelconque numéro de téléphone ou email qui me permettrait de le
contacter je découvre qu’il se produira 3 jours plus tard lors
d’un festival de jazz organisé par la commune de La Hulpe
dans laquelle est domicilié.
Je tiens là ma stratégie pour ce projet ; il me suffit d’acquérir une place pour
ce concert, de préparer un dossier bien ficelé sur le projet de trottoir des
célébrités, et de le remettre tout simplement à Madame Thielemans. Ce que
j’avais prévu arriva sans tarder ; elle fut en effet la prem
ière personne
que je croisai au concert de La Hulpe, attablée avec
quelques
uns de ses amis. Je m’en approchai afin de partager
avec elle
ce projet.
Le chapiteau ce soir là est plein à
cracraquer. La première partie
du spectacle est assurée par un jeune
vibraphoniste suisse de grand
lent. Mais Toots est plus fort que tout ,même si sa mobilité semble bien avoir
été quelque peu malmenée par le problème cérébral qui l’a affecté jadis. Mais
la magie est là, celle jazz, du Brésil, de Brel, jusqu’à sa toute dernière note,
jusqu’à son tout dernièr
souffle, pour cette nuit froide de Septembre.
Dans les coulisses après le
spectacle je
rencontre Toots,
déjà
vaguement informé du projet;
en réalité il
est très
heureux de’honneur qui lui est
fait par cette invitation.
Quelques jours plus tard me revoilà donc à Rio de Janeiro, la « cidade maravilhosa ». J’ai hâte de revoir Ipanema, sa plage, ses bars, ses boutiques chics,
ses restaurants de bon gout et ses librairies d’où s’écoulent une douce Bossa
Nova. Je
retrouve aussi la bruyante et chaude Copacabana,
le centre de
la ville grouillant comme à son habitude, et le
quartier
bouillant et bohème de Lapa. Rien pourtant ne me
fera oublier que j’ai un rêve à rejoindre. Deux ou trois jours avant le spectacle de Toots j’apprends le nom de l’hôtel où il séjournera. Il s’agit de la
Résidence Visconti, 1050 Rua Prudente de Moraes à Ipanema. Par hasard il
ne se
trouve qu’à une centaine de mètre de la Toca do Vinicius
où
devrait avoir lieu l’événement.
Je reçois
la confirmation que Toots fraichement débarqué de Belgique, pour des raisons évidentes de fatigue ne se déplacera pas sur les lieux du
trottoir des célébrités. Rendez vous nous est donné à son hotel, le 4 Octobre
à 14 heures, quelques heures avant son concert.
Par précaution et par déformation professionnelle j’imagine tous les obstacles
potentiels pouvant encore faire capoter l’opération. J’invite donc mon ami
Carlos Alberto à procéder à un repérage à l’hôtel afin de préparer la logistique de la manœuvre. Une heure ou deux plus tard, je le retrouve dépité, en
mille morceaux, bien que sa pudeur n’en laissa pas poindre grand-chose.
Nous avions à faire face dans le management cet hôtel à un escogriffe aussi épris de culture de jazz et de musique brésilienne qu’un poisson d’une pomme. Tout au plus concède-t-il a nous laisser un garage à
moitié éclairé pour graver les mains de celui que les amateurs considèrent
comme le plus grand jouer d’harmonica sur cette terre.
N’écoutant que ma foi en la diplomatie belge, je pars aussitôt en mission de
déminage. Sentant monter en moi la rage face à un abruti insensible à
à mes arguments et bien décidé à préserver toutes mes
chances à quelques minutes
seulement de l’événement,
je lui sors soudain ma carte
de Visite « Bossa-Mag » et
lui demande tout de go s’il
avait imaginé ce que serait
la réputation de son hôtel
et la sienne si la presse du
monde entier venait à découvrir le sort funeste réservé en ces lieux à la grande
star du Jazz. Sans avoir rien
compris aux baragouinages
qui s’en suivirent, je réalise
simplement que l’audace à
payé car l’on nous ouvre peu
après les portes d’une très
spacieuse salle de réunion.
Pendant ce temps Toots déjeune paisiblement dans le hall de l’Hôtel sans se douter d’un autre drame
Cesar Villela
Carlos Alberto Afonso
Oscar Castro Neves
qui se trame six pieds plus bas.
Dans le garage en question, s’affaire l’artisan préposé à la préparation du ciment qui recueillera les empreintes des 2 mains du jazzman. Une vieille dame surgie de nulle part dans sa guimbarde rutilante
garda heureusement assez d’oreille pour entendre nos cris et freiner à point pour ne pas écraser tout près du but le précieux mélange en cours de préparation.
Peu après 14heures Toots qui devisait tranquillement avec une journaliste nous rejoint ainsi que Oscar Castro Neves, l’un des guitaristes pionniers de la Bossa Nova et César Villela; ils ont déjà l’un et
l’autre par le passé apposé leurs mains dans le ciment frais d’Ipanema. Les yeux de Toots s’ensoleillent lorsque Carlos Alberto égraine les noms des personnalités brésiliennes déjà honorées et qu’il ira
bientôt rejoindre pour la postérité. Le plus émouvant pour lui fut sans nul doute l’évocation de Elis Regina qui fut l’une des premières sur la liste et avec laquelle Toots enregistra un disque devenu un
classique.
Retrouvez la video de cet evenement sur Bossa-mag.com ou sur http://www.youtube.com
Jacques Brel abandonou o palco da vida há trinta anos
Romain Georges Jacques Brel nasceu em Bruxelas em 8 de abril de 1929.
Entre colégio católico e de aferição, Jacques conhece um burguês educação e austera. Com 16, ele fundou um teatro troupe com alguns amigos e
escrever peças em si. Em fracasso escolar, Jacques abandonaram a escola
em 1947 para trabalhar na empresa familiar. Essa vida não satisfizer ele,
também a fuga, ele decide chamar a frente para fazer o serviço militar.
Em 1 de junho de 1950, Jacques esposa Teresa Michielsen reuniu alguns
anos antes, em um teatro. No final de 1951, nasce sua primeira filha,
Chantal. Las clerical trabalho e atraídos pela música, composta Jacques
poucos títulos que ele canta em casa ou durante a noite nos cabarés, em
Bruxelas. Observamos por Jacques Canetti, a Philips ea cabeça artística
descobridor de talentos, ele decidiu
a segui-lo para tentar a sua sorte em
Paris. Ele passa várias audições, e
ganhou alguns dos compromissos
em cabarés, mas o público continua
morna.
Em 1955, sua esposa e filhos e, finalmente juntar-los eles liquidados em
Montreuil, um subúrbio de Paris. Ao
mesmo tempo, ele conheceu Georges Pasquier, disse Jojo, que não
só se torna seu motorista, gerente e
homem de confiança, mas também
o seu mais próximo amigo. Nesse
mesmo ano é também um registro de
seu primeiro registro em Philips.
Em 1956, Jacques reunião François Rauber, pianista clássica que se torna seu companheiro, especialmente tendo em conta a formação musical
ele não teve.
Sua segunda 33 voltas libertado em 1957. Ele recebe este disco para
o Grand Prix de l'Academie Charles Cros. O reconhecimento de seu
talento finalmente a começar a ser encarada pelos profissionais. Ele terá
de aguardar a liberação do seu quarto álbum ( "La Valse vez em 1000)
para ganhar, por sua vez, o público. Por isso, pontos turísticos e em
seguida os maiores estádios do mundo (a partir de E.U. para a URSS
através do Médio Oriente, sem esquecer o velho continente). Aumenta
também as gravações e dá-nos algumas destas canções mais belas ( "Le
Plat Pays", "Amesterdão", etc.)
Cansado de pensar e interminável turnê eles têm nada a dizer, Jacques
Brel decida a abandonar a música em 1966 para se dedicar a outros
projetos (o cinema e as viagens). Em novembro ele fez sua despedida
de Olympia.
Em 1967, Jacques Brel, passa a ser o tema de um musical na E.U.A.
"Jacques Brel e está vivo e bem vivo em Paris."
Jacques seu lado virado para o cinema. Em 1967, dirigiu seu primeiro filme: "Os riscos do trabalho", Andre Cayatte. Seu talento
como ator, já apareceu no palco, é reconhecida por todos. De outubro de 1968, ele joga o "Homem de La Mancha", no Teatro da
moeda, em Bruxelas, e em seguida o teatro des Champs Elysées,
em Paris antes de deixar mais uma vez em uma interminável turnê
em que ele conclui, em maio de 1969.
Após o tiroteio, sob a direcção de vários directores teatro, dirigiu
seu primeiro filme em 1971: "Frantz." O filme encontra um sucesso
muito baixa, mas isso não desencorajar Jacques que irá realizar um
outro filme ( "Farwest") em 1973. Ele vai ser um fracasso total e irá
marcar o fim da carreira do diretor Jacques. Seu desempenho como
um contrapeso seus fracassos, transforma-se "Meu tio Benjamin" e
"emmerdeur" Edouard Molinaro, "A Aventura é uma aventura" por
Claude Lelouch, grande sucesso.
A partir de 1974, sabendo doente, Jacques quase exclusivamente
dedicado à navegação no Askoy seu iate na companhia de uma
jovem atriz, Madly Bamy, com quem irá partilhar os últimos anos
da sua vida .. Em novembro, os médicos diagnosticar o cancro do
pulmão já muito avançado.
Em 1975, Jacques e resolver o Madly Ilhas Marquesas. Ele deixa
sua ilha (Hiva OA) que se deslocou a Bruxelas para se submeterem
a exames médicos.
Em 1977, Jacques Brel decidir, talvez como um testamento para
gravar um disco. Ele retornou a Paris em finais de Agosto e vive
em um pequeno hotel parisiense. Ele parou de fumar no local de
trabalho e está a recuperar com seu fiel cúmplices, Francois Rauber
e Gerard Jouannest. Sua saúde é mau, mas é muito entusiasmados
Brel. O registo de doze título ocorre entre setembro e outubro de
1977. O lançamento do álbum é um evento e que o disco vendeu
mais de um milhão de cópias.
Em julho de 1978, de repente o pior, Jacques é transportado para a
França. Ele foi internado em Neuilly na sequência da descoberta de
um tumor cancerígeno. Ele passa o resto do verão no sul da França,
mas em 7 de outubro de que é reduzido em Bobigny apressado para
o hospital, onde morreu em outubro 9 embolia pulmonar.
Ainda hoje, seu talento surpreendido por o seu poder, a sua poesia
ea sua atualidade.
O génio de Jacques Brel
«Quando desaparece um artista é como se o arco-íris perdesse
de repente uma cor. Quando a voz de um cantor desaparece,
é como se faltasse de repente um instrumento com um papel
importante num concerto. A voz quente, rouca e desesperada
de Jacques Brel era inseparável das canções tristes, brutais,
provocantes em que tomava o corpo. Voz que também sabia
ser suave e meiga quando fazia emergir a corrente de uma ternura, profundamente oculta, tal como um rio volta à superfície
depois de ter andado pelas entranhas da terra.
Brel amava com demasiado amor e amizade, o amor, as mulheres e os homens, e muito cedo se sentiu desiludido e ferido
ao ver o que as mulheres e os homens eram capazes de fazer
da amizade e do amor. A sua irreprimível necessidade de solidão não era senão uma imensa ternura recalcada em virtude
de tanta desilusão, um ímpeto de um coração imenso refreado
pela experiência e pela razão. Vale mais rir e, até, troçar, para
não chorar. (...) Quem se ficava pelas aparências julgava que
Brel cantava a infelicidade de ser belga, ou que os seus alvos
eram as beatas, as flamengas, os burgueses.
É claro que todos precisamos de dar corpo aos nossos ódios,
mas o que Brel denunciou era, no fundo, a infelicidade de ser
homem, a hipocrisia, a estupidez e a própria vida que faz de
nós aquilo que nunca acreditámos que podíamos vir a ser,
aquilo que jurámos a nós próprios que nunca seríamos: gordos, feios, carecas, cobardes – e velhos. »
Dominique Jamet, Jacques Brel, antologia poética.
A cidade de Amparo (SP) ganhou recentemente um novo
espaço, o “Memorial Maestro
Georges Henry” aberto ao
público todas as quartas e
sábados, com exposição de
fotos, músicas, documentos
históricos, eventos ao vivo e
internet. “O Memorial é uma
obra coletiva feita graças ao
apoio dos amigos de meu pai,
pessoas e empresas, declara
Catherine Henry, coordenadora do projeto, que completa:
“O Memorial é também meu
agradecimento especial a
essa cidade que tão bem nos
acolheu. Espero que traga felicidade a todos que vierem”.
O novo espaço cultural fica
na Rua Capitão Alceu Vieira,
89, centro, Amparo. A entrada
esta franca. Informações sobre o espaço podem ser obtidas pela internet no site: http://
memorialgh.spaceblog.com.
br ou, ainda, pelo telefone
(0xx19) 3808-5480.
O Maestro Georges Henry, francês, radicado
há mais de 50 anos no Brasil, é um dos mais
importantes ícones musicais dos anos 40 e
50. Músico, desde sua infância, deixou Paris
com 18 anos, pouco tempo antes da Segunda Guerra Mundial, e passou os anos da
guerra encantando platéias do mundo inteiro
que dançavam ao som dos Lecuona Cuban
Boys, da orquestra de Ray Ventura e de sua
própria orquestra.
Em 1950, foi contratado pelas Emissoras
Associadas comandadas pelo Embaixador
Assis Chateaubriand para dirigir o Departamento Musical da pioneira Televisão Tupi e
um programa de grandes atrações internacionais, o Antarctica no Mundo dos Sons.
Após o desaparecimento de Assis Chateaubriand, Georges Henry iniciou uma nova carreira e se associou a Jean Manzon, conhecido jornalista francês em atividade no Brasil,
passando a trabalhar na área de produção
audiovisual, cinema e documentário. Em
1964 fundou sua produtora audiovisual, a
Georges Henry Associados que, ao longo
de 30 anos de existência, atendeu as empresas mais importantes do país, tendo sido contratado
para a produção de grandes eventos como a montagem
do Pavilhão do Brasil na Expo70 em Osaka, Japão e o
Espetáculo de Som e Luz do Ipiranga, em São Paulo,
em 1972, ano do Sesquicentenário da Independência
do Brasil. Em 1992, Georges Henry saiu de São
Paulo onde residiu por 40 anos e instalou-se no
interior de São Paulo, em Amparo, onde vive
até hoje, aos 89 anos de idade, em plena atividade, como produtor cultural, escritor e professor. Em 1994, ingressou na Academia Amparense de Letras, da qual é vice-presidente, ao
lançar sua autobiografia pela Editora Letras e
Letras de São Paulo, Um Músico, sete vidas,
com prefácio de Boris Casoy que escreve:
“O advento da televisão brasileira foi um furor
nos hábitos provincianos de uma São Paulo dos
anos 50. Ainda pouco difundida nos Estados
Unidos e na Europa, a televisão chega ao Brasil pelas mãos hábeis de Assis Chateaubriand.
Sua implantação foi quase um ato de heroísmo
de um grupo de artistas e técnicos(...)No bojo
dessa televisão artesanal, surge Georges Henry
e sua música. Mais dos que diretor musical da
Tupi, Georges, ele próprio, com seu sotaque
francês e seu português surpreendentemente
correto, nos conduz pelo caminho da música.
Foi através dos programas criados por ele que
milhares de pessoas como eu, por exemplo, se
apaixonaram pela música. Do jazz, sua grande
paixão, à música erudita, passando por todos os
gêneros. Sem quaisquer preconceitos musicais,
Georges se cercou de um grupo seleto de artistas, e por intermédio deles fez jorrar música
na alma de toda uma geração. Quem
se esqueceu das sementes plantadas
no Antarctica no Mundo dos Sons, um
musical de alta qualidade cuja audiência fazia parar toda uma cidade?»
Au Brésil, tout finit et tout commence toujours avec des notes grises ou
blanches, du Samba ou de la Bossa
Carioca, de l’Afro Reggae, du Funk,
du Rap ….
Pour qui, pour quoi, tout le monde
s’en fiche, pourvu que les notes et
les mots apportent aux cœurs leurs
lots d’amour, de colère ou d’ivresse.
En 2009 alors que démarre l’année
de la France au pays du « Futebol »,
quelle est encore la place de la
chanson Française dans la part de
rêves que procure cet art mineur
(*dixit Serge Gainsbourg) aux générations les plus récentes.
Après réflexion on s’en doute le résultat est loin d’être encourageant
sinon désespérant ; la chanson
française a quasi déserté les medias
brésiliens.
Pourtant il n’en fut pas toujours ainsi, les deux pays ayant pratiqués de
vastes échanges bilatéraux depuis
l’entre deux guerres jusqu’à la fin
des années 70.
La connaissance plus approfondie
de l’histoire de ces liens aujourd’hui
distendus pourrait aider l’industrie
du disque et le monde de la culture
Française à s’interroger sur la vraie
question : s’agit-il d’un manque
d’intérêt là bas pour le travail de
nos artistes, d’un profond appauvrissement de la qualité de l’offre
musicale proposée, ou de tout
autre malentendu ?
La première vague de musique brésilienne débarque en France au cours
des années que l’on disait folles.
En ce temps là, Paris avait cessé de
s’inquiéter, la grande guerre étant
passée ; Il y renait une créativité artistique et intellectuelle débordante
de richesse.
Paris aussi s’amuse, le cinéma, la
radio, l’automobile, l’aviation, les
voyages transatlantiques, les congés
payés ouvrent à tous de nouvelles
possibilités d’évasion et de rêve.
La chanson n’est pas en rade, elle
qui s’ouvre aux rythmes venus du
Nord et du Sud de l’Amérique.
Dans l’euphorie qui caractérise le
climat de cette époque la France découvre alors les rythmes noirs.
En 1923 elle reçoit la visite du groupe
« Os Oito Batutas » composé principalement de Donga, le compositeur
de la première Samba Brésilienne,
ainsi que de l’illustrissime compositeur et multi-instrumentiste Pixinguinha. Ce groupe est le premier à
avoir quitté le Brésil pour l’Europe
afin d’y diffuser la musique de son
pays. Il y sera rejoint 3 ans plus tard
par « Carlito et son Orchestre » qui
animera jusqu’en 1940 les nuits de
différents cabarets parisiens. Cet
Ensemble accompagnera la grande
Joséphine Baker dans les spectacles
quelle donnera à l’occasion de l’exposition coloniale de 1931 .
En 1928 Jean Sablon qui a tout juste
22 ans s’embarque pour l’Amérique
du Sud ; il s’apprête sans le savoir à
planter ses racines et son cœur dans la
terre rouge du Brésil et le sable blanc de
Copacabana. Plus que tout autre artiste
français dans l’Histoire de la variété il
aura œuvré tout au long de sa carrière
pour la divulgation de notre culture
dans le pays des Carmen Miranda, Ary
Barroso, Dorival Caymmi…
Dans le sens inverse, Il sera aussi l’un
des premiers à populariser chez nous
des chansons brésiliennes dont la plupart des textes français auront été écrit
par lui ou pour lui ; citons parmi les
plus connues, « Brésil » (Ary Barroso),
« Porque » et « Qui vivra verra » (D.
Caymmi) , « O’ cangaceiro » (Ricardo
de Nascimento), «Ave Maria no morro »
(Herivelto & Martins).
Tout comme Jean Sablon, Joséphine
Baker établira d’autres ponts entre les
2 mondes. Arrivée à paris en 1925 pour
y participer à la « revue nègre » désormais anthologique, elle se rend pour
la première fois au Brésil en 1929. Elle
en rapportera bon nombre de chansons
qu’elle intégrera dans son répertoire,
tel le morceau « Chiquita Bacana »
(Braguinha) qui deviendra « Chiquita
Madame » dans une version de Paul
Misraki . Elle y retournera en 1952, et
y réalisera un spectacle « Casamento
de preto » (« Mariage en noir ») avec le
comédien Grande Otelo, l’ami d’Henri
Salvador avec lequel il parodia jadis
Maurice Chevalier et Mistinguette.
Cette même année elle interprète en
portugais « Boneca de pixe » de Ary
Barroso, puis elle reprend « Maracangalha », la célèbre chanson populaire du
Bahianais Dorival Caymmi en 1957, et
« Festa para um Rei Negro » (Zuzuca)
en 1971.
Outre Joséphine Baker, un autre chanteur à l’accent exotique à contribué à
faire connaitre en France les succès du
carnaval de Rio : Dario Moreno, qui se
rend surtout célèbre pour son interprétation de « Si tu vas à Rio » en 1958.
Comment deviner en l’écoutant que
cette chanson est une bien curieuse
adaptation de «Madureira chorou» (Carvalhinho et José Monteiro) un émouvant hommage funèbre à une célèbre
actrice du quartier de Madureira.
Plus tard, lorsque triomphe en
1961 «Brigitte Bardot » (Jorge Veiga),
l’hymne à la mode du dernier Carnaval de Rio, Dario Moreno sur
des paroles de Miguel Gustavo
en fera à son tour un tube sous
nos latitudes.
C’est donc essentiellement « le
Samba », curieusement féminisé
durant sa traversée de l’océan,
qui envahit la chanson française
avant que ne débarque la génération dite « yé yé ». Parfois on se
met même à composer des Sambas « made in France ». Ray Ventura enregistre successivement
«Maria de Bahia» et « La samba
de là-bas » (1947) avec des paroles de André Hornez sur des musiques de Paul Misraki . En 1949
Maurice Chevalier grave « La
Samba de Paris » (M. Chevalier
- H. Bourtayre). Ces quelques titres sélectionnés parmi tant
d’autres totalement fantaisistes En musicien raffiné et proet heureusement depuis tombés, ducteur avisé, Sacha Distel
dans les oubliettes de l’histoire. fut le premier chez nous à
déceler et à exploiter l’éléMoins exotique que la Samba gance harmonique et le pocarnavalesque, d’autres rythmes tentiel commercial de cette
brésiliens parfois plus raffinés musique. Dès 1962 Sacha
tels le Chorinho, le Samba-canção, enregistre un 45T 4 titres
le Samba-exaltação, firent aussi comprenant la version franl’objet de reprises populaires en çaise de « Desafinado » le
France. En 1931 Django Rein- tube de João Gilberto comhardt interprète « Carinhoso » de posé par Antonio Carlos JoPixinguinha » qu’aujourd’hui en- bim. On y trouve également
core tout artiste brésilien se doit l’un de ses propres composid’avoir à son répertoire. Au début tions « Ting-Toung » (Vient
des années 40 il placera dans son danser la Bossa Nova) largetour de chant « Aquarela do Bra- ment inspirée de la face B du
sil » de Ary Barroso, un hymne tout premier 78T du même
qui semble destiné à devoir pour João Gilberto « Bim Bom »
toujours représenter ce pays à (1958). Ce disque 45t de Sal’étranger.
cha sera disque d’or.
En 1945, Ray Ventura et ses Col- Encouragé par le succès, le
légiens jouent Tico-tico no fubá tout jeune ambassadeur de
(Zequinha de Abreu & Eurico la Bossa Nova en France se
Barreiros) que Carmen Miranda prend alors à rêver d’apprenrendra populaire aux Etats-Unis, dre à danser à la jeunesse
et que Dalida reprendra près de branchée le plus indansable
40 ans plus tard.
des rythmes brésiliens.
La seconde vague de musique bré- La recette ne fonctionnera
silienne gagna la France au début jamais vraiment, la Bossa
des années 60 avec l’explosion de supportant mal les manipulala Bossa Nova. La bossa était à tions et les mutations « transpeine née (1958) que marcel Ca- céniques» les conduisant
mus l’incorpora dans son film « loin de ses racines les plus
Orfeu Negro ». La Palme d’Or du profondes.
Festival de Cannes qui lui fut at- En 1966 le cinéma viendra
tribuée en 1959 illumine aux yeux une nouvelle fois consacrer la
du public deux des maitres de ce Bossa dans le cœur du public
nouveau style de Musique : Tom et des artistes français. En efJobim et Vinicius de Moraes.
fet, peu de temps auparavant
En Novembre 1962, au Carne- Pierre Barouh qui séjournait
gie Hall de New York, les créa- à Rio le temps d’un tournateurs de ce mouvement offrent à ge, ramena à Paris dans ses
l’Amérique le premier spectacle bagages une version frande Bossa hors de leur pays ; Stan çaise de la chanson de Baden
Getz s’empare de ses plus belles Powell et Vinicius de Moraes
mélodies et deviendra le premier « Samba de benção ».
jazzman de l’histoire à dépas- De sa plume et dans sa bouser le million de copies vendues che cette chanson devint la
de son album « Jazz Samba » en « Samba Saravah » qu’il
1962 suivi de « Getz Gilberto interprète accompagné des
» en 1964. Il nous révèle par la seuls Baden, Oscar Castro
même occasion le troisième ins- Neves et Milton Banana, 3
pirateur du mouvement, le génial des musiciens les plus fonet fantasque Joao Gilberto.
damentaux de l’histoire de
Avec la Bossa Nova, la musique la Bossa. Présentée à Claude
brésilienne rencontre en France Lelouch, celui l’intégra illico
un public plus connaisseur et so- dans son nouveau film « Un
Homme et une Femme » qui
phistiqué.
décrocha la Palme d’Or à
Cannes.
Par la suite, la quasi-totalité
des tubes de Tom Jobim seront
repris par des artistes français;
Beaucoup le seront dans des
versions plus commerciales dont
la plupart des paroles auront été
signées par Eddy Marnay, sans
qu’elles n’aient le plus souvent
de rapport direct avec le texte
d’origine. Citons parmi les plus
connues :
•«Ce n’est que de l’eau» («Aqua Joe Dassin adopta la chanson de Rode beber» - Tom Jobim)
berto Carlos « O Calhambeque » qui
deviendra « Bip Bip », l’un de ses
•« Corcovado » (Tom Jobim)
tous premiers succès.
•« La nuit des masques » en duo Parmi les immenses succès de l’année
avec Elis Regina (« Noite dos 73 figure « Fio Maravilla », une adapmascarados » - Chico Buarque) tation de Boris Bergman pour NicoClaude Nougaro recréa de tou- letta de la chanson «Fio Maravilha»
tes pièces la chanson « Berim- de Jorge Ben, suivi en 74 de « Aïe aïe
bau » de Baden Powell qui de sa caramba » (Jorge Ben/ Boris Bergman
plume deviendra «Bidonville». –« Caramba... Galileu da Galileia »).
«Que sera», un tube de Chico Quelques années plus tôt Jorge Ben
Buarque deviendra quant à lui avait également complété le réper«Ah ! tu verras» qui connut un toire d’Isabelle Aubret qui reprit son
large succès en France. Quel- tube mondial «Mais que nada» pour en
ques années plus tard il réalise- faire «La ville est là». En 1974 toura une adaptation d’un classique jours, Pierre Vassiliu écorche le « Pardu nouveau genre musical qui tido alto » de Chico Buarque pour en
succède à la Bossa Nova, le tro- faire le tube d’un été avec « Qui c’est
picalisme, avec «Viramundo» celui là ». Quant à Françoise Hardy,
de Gilberto Gil qui deviendra « elle signe « La mésange » d’après
«Fabia» du même Chico Buarque.
Brésilien ».
De son coté, Georges Moustaki
travaille directement avec Tom
Jobim sur sa chanson « Agua
de Marco », ce qui donnera «
Les eaux de mars » devenu un
classique de la Bossa Nova en
« La fille d’Ipanema » - Jean France.
Sablon, Richard Anthony, Sa- Fin des années 60, tandis que les
cha Distel, Lucky Blondo, Jac- conditions de vie au Brésil se
queline François,..
durcissent sous la dictature, nait
« Dindi »,« Corcovado » - Sa- donc un nouveau genre musical,
le tropicalisme ; celui-ci dévecha Distel
loppe un mélange de Samba, de
« Manha de carnaval » - Jean Rock anglo-saxon, de Bossa et
Sablon, Sacha Distel, Gloria de musiques traditionnelles du
Lasso..
Nordeste brésilien.
« Desafinado » - (Fait pour Ce mouvement hautement créas’aimer ) - Richard Anthony
tif au son à la fois brésilien et
« Insensatez » (Quand tu m’as international, aux textes à la
parlé) - Jean-Louis Murat, Sa- fois empreints d’ironie virulente et de métaphores poétiques,
cha Distel
va avoir une influence profonde
«Samba de uma nota só » dans la MPB (Musique Popu(Chanson sur une seule note) - laire Brésilienne) ; l’exil en EuMichèle Arnaud, Sacha Distel rope de ses principales vedettes
telles Caetano Veloso, Chico
En 1975, 30 ans avant Henri Buarque, Gilberto Gil contriSalvador, Sacha Distel publie un buera à sa divulgation sur notre
album « Un amour, un sourire, continent.
une fleur » entièrement consacré à la musique brésilienne. Il Au hasard de rencontres indisera d’ailleurs l’unique disque viduelles certaines chansons de
français à figurer dans l’ouvra- la MPB vont faire en France de
ge de référence paru au Brésil brillantes carrières.
en 2005 « Bossa Nova e Outras
Bossas - A Arte e o Design das En 1970, Michel Fugain enreCapas dos LPs» ( Bossa Nova et gistre en français une version
autres Bossa – l’art et le design du triomphe populaire « Voce
des pochettes de LPs) - Caetano Abusou » du tandem Antonio
Carlos e Jocafi. Ce titre devint
Rodrigues, Charles Gavin.
« Fait comme l’oiseau » avec
Trois auteurs, compositeurs, des paroles de Pierre Delanoë.
interprètes français, Pierre En 1971, le génial clarinettiste
Barouh, Georges Moustaki et de Jazz, Marcel Zanini interClaude Nougaro auront cha- prète «Tu veux ou tu veux pas»
cun à leur manière été les plus qui n’est autre qu’une adapfidèles et les plus authentiques tation de « Nem vem que não
«passeurs» de la finesse harmo- tem » de Wilson Simonal. Dès
nique et poétique de la chanson son lancement, ce titre aura été
populaire Brésilienne. Outre en compétition avec la même
son « Sambah Saravah », Pierre reprise mais par Brigitte BarBarouh nous a également offert dot cette fois. Toujours dans
au moins 4 autres perles du ré- la même décennie, la chanson
pertoire brésilien.
«Canta, canta minhe gente» du
Sambista Martinho Da Vila est
•« La nuit de mon amour » ( « A adaptée par Pierre Delanoë pour
noite do meu Bem » - Dolores Nana Mouskouri et deviendra
Duran)
«Quand tu chantes».
En 2007, dans son album « Daltonien », Pierre Barouh exhuma de
sa mémoire une adaptation du «
Corcovado » de Tom Jobim avec
une traduction « Haute Fidélité »
sans aucune mesure avec la version
d’Eddy Marnay, plus mercantile parue dans les années 70.
A partir des années 80 la musique
brésilienne s’exporte de plus en plus
facilement et peu désormais se passer
du service « d’adapteurs » pour se
faire connaitre. Par exemple, le rock
tropical de Rita Lee «Lança Perfume»
connut un très grand succès en France; l’adaptation française “Question
de Choix”, qu’en fit Henri Salvador
connut un destin plus mitigé.
Grace à l’avènement des stations FM,
les artistes brésiliens peuvent donc directement faire découvrir leurs compositions au public de l’hexagone. De
nos jours, les reprises de leurs chansons se font plus rares ne laissant désormais poindre au firmament de l’actualité musicale que de petits bijoux
mis en lumière par des artistes de la
fine fleur. En 2005, Georges Moustaki
offrit à Henri Salvador une adaptation
française d’une fidélité absolue au
texte de Vinicius de Moraes « Eu sei
que eu vou te amar » écrite jadis sur
une musique de Tom Jobim. Elle figure sur l’album « Révérences » paru
en 2006. Lors de son avant-dernier
concert Salle Pleyel à Paris, Henri ne
pu achever l’interprétation de cette
chanson tant il était bouleversé par la
beauté de ce texte. Plus récemment,
en 2008, G Moustaki nous offrit également une jolie reprise de «Rocando
em miúdos » de Chico Buarque et
Francis Himes qu’il interprète en duo
avec Stacey Kent (« Partager les restes », album « Solitaire »).
La présence française est encore
particulièrement importante au
Brésil en ce début du XXème
siècle dans de nombreux domaines et plus particulièrement dans
le domaine artistique. Dans la
Mode, la Littérature ou la Musique, Paris est à l’honneur. On
constate l’omniprésence de la
langue française qui est la langue du savoir et joue au Brésil un
rôle proche de celui joué en Europe par le Latin au moyen âge.
Ainsi qu’en témoignent Jairo
Severiano et Zuza Homem de
Mello dans leur livre « 85 Anos
de Músicas Brasileiras (vol.1:
1901-1957)» les refrains les plus
en vogue de ce nouveau siècle
sont de jolies mélodies françaises telles « Frou-Frou » (1901),
«Amoureuse» (1902), « Fascination » (1905) ou «La Petite
Tonkinoise» (1907). Plus tard les
brésiliens adopteront «La Valse
Brune » (1910), «Mon Homme»
(1921) «Valentine»(1926) «J’ai
Deux Amours »(1930) «Parlez
Moi d’Amour»(1931) «Vous
Qui Passez Sans Me Voir»(1937)
« J’attendrai »(1940), pour ne retenir que les succès les plus marquants de l’avant guerre.
Un seul cependant y acquit le statut de Super Star :
Jean Sablon. Il y effectue son premier voyage le 1er
Juillet 1928 pour un séjour de 3 mois. Créateur du
Tube « J’attendrai » à l’échelle internationale, ainsi
que du cultissime « Vous qui passez sans me voir »
Jean Sablon effectue de très nombreuses tournées à
travers le Brésil, séjours au cours desquels il se liera
d’amitié avec plusieurs stars locales dont Carmen
Miranda, Arry Barroso et Dorival Caymmi. Son
âme fut progressivement envahie par ce pays au
point qu’il fit l’acquisition d’une fazenda dans les
faubourgs de Sao Paulo, qu’il conservera pendant
plus de 20 ans.
En 1941 Ray Ventura et ses Collégiens fuyant l’occupation Allemande débarquent à Rio pour une
grande tournée en Amérique latine. Dans la troupe
figurent Paul Misraki, Coco Aslan, Henri Salvador,
Micheline Day, Hubert Giraud… La présence artistique française au Brésil est au plus haut car bon
nombre de grands acteurs tels Louis Jouvet ou Jean
Dessaily séjournent également dans le pays, tentant
de donner une nouvelle impulsion à leur carrière
mise à mal par la guerre en Europe.
Quelques jours avant la première soirée de gala de
Ray Ventura et de ses collégiens au Casino de la
Urca à Rio, un événement majeur de l’Histoire va
se dérouler : les Etats Unis entrent en Guerre suite
à l’attaque japonaise de Pearl Harbour. Du tumulte
général provoqué par cette entrée en conflit naitra
quelques mois après une décision politique qui
sonnera involontairement le départ de la perte d’influence culturelle de la France au Brésil.
En 1942, le président Roosevelt témoin journalier
des sympathies pro-nazis de son homologue Brésilien Getúlio Vargas décide d’envoyer à Rio ses
meilleurs ambassadeurs culturels afin de renverser
les affinités politiques du pays. Le premier artiste à
débarquer au Brésil dans le cadre de cette nouvelle
Politique de Bon Voisinage fut le jeune cinéaste Orson Welles ; il a pour mission de capturer en images
quelques uns des aspects les plus captivants de la
culture Brésilienne dont le fameux carnaval de Rio.
Orson Welles tout juste auréolé de son chef d’œuvre
« Citizen Kane » se mit à l’ouvrage et entama la
réalisation du film « Tudo e Verdade » dans lequel
devaient normalement figurer Henri Salvador et
son ami, le comédien Grande Othelo. Ce film hélas
ne fut jamais complètement terminé, Welles ayant
prématurément dépensé la totalité du budget que le
gouvernement américain lui avait octroyé.
Le
second
ambassadeur
culturel de ce
programme de
promotion des
intérêts américains fut Walt
Disney.
Il débarqua sur le continent
Sud-Américain avec l’idée
de concevoir pour chaque
pays visité un nouveau personnage ; c’est ainsi que naquit pour représenter le Brésil, le perroquet Zè Carioca
qui en compagnie de Donald
et de ses compagnons connu
un succès éclatant aux USA
comme dans son pays d’origine.
Le résultat visé par Roosevelt fut atteint ; Getúlio Vargas pris enfin le bon parti,
celui de l’alliance qui mit fin
à la guerre. Les Etats unis
firent alors des yeux de plus
en plus doux aux vedettes
brésiliennes, lesquelles ne
mirent que peu de temps à
résister à de si jolies sirènes.
Carmen Miranda devint une
star de la Chanson à Broadway et du cinéma à Hollywood. Ary Barroso quant
à lui devint incontournable
dans la composition de musiques de films. A la fin de la
guerre, Ray Ventura dissout
son Orchestre pour rejoindre
l’Amérique en même temps
que Paul Misraki.
En1946, le président fraichement élu, le général Eurico
Gaspar Dutra, décréta la fermeture des casinos devenus
soudain au Brésil le symbole de l’immoralité publique. Le Music hall brésilien
dont toute l’activité était liée
à ces somptueux endroits
s’en trouva soudainement
ébranlé. Des milliers de petites gens gravitant autour de
cette activité se retrouvèrent
du jour au lendemain à la
rue ; pour les artistes locaux
la situation n’était guère plus
enviable. Les vedettes internationales s’en retournèrent
elles et pour longtemps vers
de cieux plus cléments.
En 1947, suivant une étude
du ministère des Affaires
étrangères, on notait déjà que
l’apprentissage du français
avait cessé d’être une priorité pour les jeunes latinoaméricains, la connaissance
de l’anglais assurant seule
un emploi prestigieux et bien
payé.
mortes » en 1953, Jacques Lantier avec « Cerisier rose et
pommier blanc » en 1955.
En 1957 Henri Salvador créa bien involontairement un
nouveau chapitre de sa légende. Ainsi qu’en témoigne le
journaliste et historien de la Bossa Nova, Ruy Castro dans
son livre de référence « Chega de Saudade », Henri refait
surface au Brésil cette année là. C’était alors l’époque des
chanteurs à voix, des crooners et des fameux « cantor
do radio ». L’obsession commune des jeunes gens de 14
à 20 ans d’alors était d’échapper à tout prix à l’emprise
de l’instrument le plus populaire, l’accordéon. Les Jobim, Donato, Valle, Deodato, Menescal, Lyra, Gilberto,
Leao, étaient tous persuadés que passer à la guitare leur
donnerait bien plus de succès auprès des filles, que leurs
chances auprès d’elles en seraient considérablement augmentées s’ils arrivaient à jouer de cet instrument comme
les chanteurs dont ils épuisaient alors les disques sur leurs
platines. Parmi eux, Henri Salvador avec le boléro « Dans
mon île » figurant dans la bande originale d’un film Italien
«Europa di Notte», d’Alessandro Blasetti . Selon les affirmations du compositeur et arrangeur Sergio Mendes, Antonio Carlos Jobim considéra Henri et ce morceau comme
l’une des influences majeure de la révolution musicale qui
naquit peu après, la Bossa Nova.
Durant toute cette décade qui
s’achève, aucun événement
médiatique majeur dans le
pays n’est encore concevable
sans le concours de vedettes
françaises. C’est ainsi qu’en
1958, Maurice Chevalier fit
partie de la toute première
émission de la Télévision
Brésilienne la TV Tupi dans
laquelle Georges Henry, ancien membre des Collégiens
de Ray Ventura et grand ami
d’Henri Salvador, était le Directeur Du Département Musical.
En 1961 deux ans après
le démarrage de la révolution cubaine le département d’Etat américain
organisa une nouvelle
offensive culturelle au
Brésil, semblable à la
Politique de Bon Voisinage du Président Roosevelt. Préoccupé par
la possible propagation
des thèses Castristes en
Georges Henry
Amérique Latine, Kennedy jugea opportun de renouveler une opération qui pris
cette fois l’aspect d’une vaste tournée musicale Latinoaméricaine. Coleman Hawkins, Roy Eldridge, Tommy
Flanagan, Charlie Byrd ou Zoot Sims qui prirent part à
l’aventure découvrirent ainsi le Samba et la Bossa nova au
cours de jam sessions avec des musiciens locaux. Dans la
foulée, la maison de production américaine Audio Fidelity
et le Ministère des Affaires Etrangères brésilien organisèrent au Carnegie Hall de New York le concert « Bossa
Nova : New Brazilian Jazz » auquel furent conviés tous
les créateurs du mouvement. Ce concert permit à la Bossa
Nova de s’imposer sur la scène musicale nord-américaine;
il fut aussi le point de départ d’un processus de transfert
culturel considérable et quasi ininterrompu entre les deux
pays.
La France et sa chanson résista pourtant bien pendant
ces années là, car tandis que naissait à Paris un nouveau
«Tube» par semaine, une nouvelle génération de chanteurs
vint au Brésil prendre la relève de leurs ainés. C’est ainsi
que dans leurs versions originales Gilbert Bécaud, Charles
Aznavour, Sacha Distel, Adamo, Christophe, Pierre Barouh, , Françoise Hardy.. marquèrent de leur empreinte
toute une génération avec «Et maintenant», «la Bohème»,
«Que c’est triste Venise» , «La Mamma», « F.. Comme
femme», «Aline», «Un Homme et une Femme «Tous les
garçons et les filles»…
Malgré ce tournant vers les
USA, mais surtout grâce à
l’essor rapide de la radio,
la France ne resta pas inerte
la décade qui suivit. Bon
nombre de succès français
atteignirent le sommet des
classements de ce que l’on
appelait pas encore le Hit
Parade ni le Top 50. Charles
Trenet avec « La mer » en
1948 puis « Douce France
» en 1949, Edith Piaf avec «
La vie en rose » cette même
année, « Domino » par André Claveau en 1952, Yves
Montand avec « Les feuilles Dans les années 70 Serge Gainsbourg et Jane Birkin «Je t’aime
Moi Non Plus», Alain Barrière « Tu t’en Vas » , Francis Lai avec
la bande originale du film « Love story » ou le compositeur Huber Giraud (Ex Ray Ventura et ses Collégiens) avec son «Mamy
Blue» furent les derniers à gravir les marches du succès au Brésil.
Puis progressivement les artistes français furent remplacés dans
le cœur des brésiliens par de nouveaux venus issus du continent
Nord Américain.
Les percées au Brésil se firent de plus en plus rares, la chanson
française devenant un luxe, une espèce de raffinement suprême
réservée qui plus est à des interprètes locaux.
En 1976, la star Elis Regina obtient un immense succès avec
«Fascinação» qui n’est rien d’autre qu’une version brésilienne
du morceau “Fascination” écrit en 1905 par Maurice de Féraudy,
déjà interprété en français par Dario Moreno, Jean Lumière ou
Suzy Delair, et en anglais par Nat King Cole.
En 2004, la chanteuse Joyce dans son album « Banda Maluca »
interprète dans la langue d’origine « L’étang » une superbe ballade de Paul Misraki. Cette même année l’actrice Bibi Ferreira
réalise un album et tout un spectacle entièrement consacré à Edith
Piaf.
En 2005 dans son album « Caro amigo », Ricardo Vilas célèbre
l’intensité des liens musicaux unissant le Brésil à la France ; parmi les 14 titres de son disque, le compositeur et interprète Carioca
nous offre une délicieuse version de « Syracuse” de Henri Salvador en duo avec kay Lyra (“Desde Meus Tempos de Criança).
En 2006 Letícia Coura publie un album totalement consacré à
Boris Vian.
Du coté de la Bossa Nova, le Carioca Celso Fonseca reprit dernièrement « J’ai vu » de Henri Salvador («Na pele de um flaneur»
- album « Rive Gauche ») tandis que la Bahianaise Rosa Passos
reprenait en duo avec Henri Salvador le standard de Charles Trenet « Que reste-t-il de nos amours » (album « Amorosa ») et celui
du même Henri Salvador « Jardin d’hiver » («Jardim» - album
« Rosa »). Quant à Bia Krieger, une artiste Brésilienne qui vécu
longtemps en France, elle enregistra en 2006 l’album «Cœur Vagabond» reprenant dans sa langue natale des chansons de Brassens, Gainsbourg, Souchon ou Voulzy.
Depuis les années 60 grâce à la popularité de la Bossa Nova,
la Musique Brésilienne a cessé d’être une musique exotique ;
chaque jour, les radios thématiques ou génériques la diffusent
abondamment le plus souvent dans des versions originales. Les
artistes de là bas viennent régulièrement remplir les salles parisiennes ou les arènes de tous les festivals de l’été (Joao Gilberto,
Caetano Veloso, Chico Buarque, Lenine, Seu Jorge, Gilbert Gil,
Bebel Gilberto,Milton Nascimento…)
La réciproque est toute autre, le flux est-ouest s’étant quasiment
interrompu au fil des ans. Seul Charles Aznavour en 2008 avec
une promo minimaliste réussi plusieurs soirées de suite à remplir
de grandes salles à Rio, Sao Paulo ou Brasilia. Jane Birkin s’y
était essayée timidement peu auparavant mais le public présent se
composait essentiellement d’une élite de souche francophone.
Question disques, à l’exception des 5 derniers opus d’Henri Salvador (« Chambre avec vue », « Ma chère et tendre », « Bonsoirs
amis », « Live au palais des Congrès », « Révérence ») les quelques rares sorties françaises récentes furent à mettre au crédit de
Manu Chao (« Próxima Estación: Esperanza », 2001) Camille
(«Le Fil»,2006), Emilie Simon (« Végétal »-2006 « La Marche de L’Empereur » -2005), Carla Bruni (« Quelqu´un m´a dit”,
“No Promises”, « Comme Si de Rien n´était”) .
Comment en est-on arrivé à un tel niveau de désamour, et qui
pourra désormais rallumer la flamme dans le cœur des brésiliens ?
L’étude de la présence française au Brésil, l’examen des processus de diffusion, de réception et de transferts culturels dans l’axe triangulaire France-Brésil-Etats-Unis, nous ont permis d’apporter quelques éléments de réponse quant aux causes du déclin, puis aux modalités de reconstruction.
Un premier indice me fut fournit lorsque me revint à la mémoire une discussion un peu vaine à Rio de Janeiro avec une « éminence » culturelle,
jadis en poste au Consulat de France.
Cet échange avait pour thème un projet d’exposition, au cœur même de
la patrie du Samba, sur le parcours au Brésil de la plus grande star des
variétés françaises des années 30 à 50.
Personne chez nous me fut-il répondu ne s’intéressera ni ne financera un
projet lié à une figure du passé ; ce qu’il nous faut, c’est faire venir de
nouveaux et jeunes artistes de talent.
Fi donc du passé et de sa gloire, vogue le futur !
Vive donc une gamme de « vedettes » issues d’un quelconque microcosme
mondain et réservée sans doute à une caste d’érudits qui m’est étrangère.
Aucun des artistes qui me furent cités ne percera jamais au Brésil ; n’en
déplaise à leur hypothétique talent, ils ne sont pas populaires ! Mais le mot
« populaire » non plus sans doute ne mériterait guère plus que la culture
parfois s’y attarde. Pourtant, lorsque l’on interroge la jeune génération au
sein du groupe social le plus nombreux au Brésil, donc le plus populaire,
sur l’image véhiculée par la France, par sa culture en général, son cinéma
et sa chanson en particulier, la réponse est révélatrice de vérités. On y entend souvent «élégant », «chic», «beau », «sophistiqué », … mais aussi «
Chato », ce qui en des termes gracieux ne se traduit pas, sinon par un doux
euphémisme du genre « ennuyeux ».
Depuis 20 ans, combien de nouvelles vagues se sont elles échouées pour
ne pas avoir perçu ce sentiment d’ennui et de banalité qu’elles faisaient
naitre outre-Atlantique.
Et que dire du respect des gloires de jadis ?
«Un peuple sans mémoire est aussi un peuple sans avenir» a dit un jour
le poète et compositeur Brésilien Paulo César Batista de Faria, plus connu
sous le nom de Paulinho da Viola. C’est ce qu’a parfaitement compris le
jeune chanteur de Rap à succès Abd Al Malik lorsqu’il déclare lors du
lancement de son nouvel album « Dante » : « C’est dire qu’en France on
a un patrimoine artistique et culturel merveilleux. L’idée, c’est de pouvoir
préserver le patrimoine et cultiver la modernité. Tous ces grands artistes
populaires ne doivent pas finir dans un musée. On doit être capable de se
nourrir de l’énergie, de leur dynamique, et pouvoir amener quelque chose
d’aujourd’hui, et presque de demain. Si on veut faire quelque chose de
pertinent et de riche, on ne peut pas faire comme si rien ne s’était passé,
comme si on arrivait tout à coup. L’idée est de faire du lien et montrer
qu’il est de notre devoir d’être dans la dynamique impulsée par ces héros,
ces artistes. C’est de cette manière qu’on pourra selon moi faire quelque
chose de pertinent, qui fait sens et qui est en phase avec la France telle
qu’elle est aujourd’hui. »
Un deuxième piste dans mes recherches me fut inspirée lorsque j’eus
terminé l’analyse des éléments expliquant le succès passé de nos vedettes
sous l’équateur.
cette indispensable part de rêve qui l’aide à mieux vivre, et cet irrésistible besoin d’identification à des personnalités qui le transcendent.
Fin des années 50 Henri Salvador entra définitivement dans le
le cœur des Brésiliens parce qu’il avait jadis vécu avec eux, puis grâce à deux chansons éternelles «Dans mon île» et «Rose»,
mais surtout parce qu’il réapparut à une
Il y eut tout
d’abord la force
et l’originalité de
«l’œuvre» qui leur
permit de faire le
tour du monde.
Force est d’admettre qu’aujourd’hui
la qualité générale de l’offre de chanson française sur le marché est d’une tristesse absolue,
à l’heure surtout où d’aucuns rêvent de bâtir du
talent en quatre semaines dans un château de papier.
La chanson française, avait coutume de dire Henri Salvador, est une grande Dame qu’il faut habiller de belles
musiques et de belles paroles.
époque où toute une génération s’appropria la douceur de son image, de ses mélodies, de sa guitare, comme pour mieux
s’échapper d’une époque obscure.
Maigre Bilan après inventaire, et pauvre vieille Dame !
Vint ensuite l’intégration réussie de l’homme au milieu social local.
Comme le souligna Anaïs Fléchet dans son article «Un
Brésilien à Paris», on ne pourra jamais nier l’importance de la « sociabilité » dans la diffusion d’un travail.
En effet, la présence physique de l’artiste, son intégration dans le milieu musical local est perçue comme un
facteur décisif. Elle rapporte également, mais dans un
domaine plus érudit, que le compositeur Brésilien Hector Villa Lobos fut le premier à le comprendre, lui qui
passa de très nombreux mois à Paris dans les années
20, à fréquenter assidument Arthur Rubinstein, Maurice
Ravel ou Prokofiev. Il privilégia ainsi la diffusion de son
œuvre au travers de rencontres avec d’autres compositeurs en vogue.
Jean Sablon et Henri Salvador s’en inspirèrent, eux qui
séjournèrent plusieurs années au Brésil, au point d’être
considérés par les brésiliens comme l’un des leurs.
Quant à Georges Moustaki et Pierre Barouh, par des séjours incessants de Rio à Bahia, par leur capacité d’assimilation de différentes cultures, par la perception et
la transposition dans leur œuvre de toute la sensibilité
du peuple brésilien, ils symbolisent une autre réussite
de la socialisation dans un pays étranger. Quels artistes
contemporains seraient-ils prêts aujourd’hui à accomplir ces efforts au prix de quelques sacrifices sur leurs
carrières métropolitaines ?
La qualité des chansons, l’intégration réussie de l’artiste assurent la diffusion d’une œuvre à l’étranger, mais
n’explique cependant pas tout; encore faut-il qu’il y ait
adéquation entre l’offre esthétique des artistes et les
attentes du public. Là est sans doute le plus difficile
à atteindre, car comment percevoir ce que désirent les
fans de musique, ce qui parlera à leur cœur au point de
déclencher un acte d’appropriation.
Il faudra immanquablement pour déclencher un intérêt,
une « offre » originale, provoquant auprès du public des
images ou des mythes orignaux, différents ou meilleurs
que ceux qu’il possède déjà.
A son époque, Jean Sablon apparait au Brésil comme
une icône à laquelle seraient attachées des images ou
des mythes dus à son origine ; Il vient d’un pays qui fait
encore rêver le monde par son dynamisme, sa modernité, son élégance, son génie créatif… Appuyé par un
répertoire impeccable et une intégration locale réussie,
il apporte avec ses chansons ce qu’attend le peuple:
A l’observation, il faudrait donc bien une
réelle stratégie, inspirée peut être par ces
quelques pistes de réflexion, pour être
accepté et reconnu dans un pays étranger. Nos artistes contemporains devraient
pouvoir sans hésiter la déployer avec
succès en profitant de la réserve de sentiments favorable à la France, une réserve
qui est loin d’être épuisée. Il faudra néanmoins avant cela, solder quelques comptes avec le présent.
On pourrait commencer par rapprocher
les milieux de la culture et de l’industrie. Il faudrait désespérément que les «
éminences » culturelles descendent rien
qu’un peu des hautes futaies dans lesquelles elles sont perchées, afin de rejoindre l’Industrie du disque, campée
elle sur les branches les plus basses
afin d’y cueillir les fruits les plus accessibles à son portefeuille.
Il y a sans doute un juste milieu entre la sophistiquée «nouvelle chanson
française» défendue par les uns et
la « Star Academy » poussée par les
autres.
On pourrait poursuivre en arrêtant
d’accuser encore et encore les télé-
chargements interdits comme l’on accuserait son chien de la rage afin de
mieux le noyer.
Ce phénomène qui met à genoux l’Industrie est hélas irréversible, il faut
pouvoir le combattre par le haut !
Le génie et la créativité française, si
présents dans les Arts et les Sciences,
devraient encore pouvoir s’immiscer
aujourd’hui dans les couches les plus
populaires avec la Chanson. Pour la
France, il s’agirait de déployer une
stratégie victorieuse de réimplantation
au Brésil, comme le réussirent méticuleusement les américains en 1942
et 1961 avec leur « Politique de Bon
Voisinage ».
Tout cela, pour paraphraser JF Kennedy, ne se fera pas en 1 jour ni peut
être même en 100, encore conviendrait-il au moins d’essayer !
Telle est sans doute la portée qu’il faut
accorder à ce magnifique projet de
«fête de la musique» qui se déroulerait en juin 2009 à Rio dans le cadre de
l’année de la France au Brésil.
Il faudrait pouvoir en faire un événement festif et populaire que les brésiliens reprendraient à leur profit année après année, et qui à chaque fois
leur redonnerait un petit parfum de la
France.
En attendant Juin 2009, je rêve
désormais d’une fête « Bossa
Nova » dans les rues d’Ipanema
où Emmanuel Donzella, Pierre
Barouh et Didier Sustrac accompagneraient Carlos Lyra , Robert Menescal ou Chico Buarque,
- d’une fête dans les « Gafieiras » du
centre historique de Rio qu’enchanteraient Teresa Christina, Maria Rita
avec Nicoletta, Raphael et Renan
Luce,
- d’une fête Pop/Rock à la Praça
XXV où Olivia Ruiz croiserait Lenine, Frejat,
- d’une fête dans les théâtres chics ou
populaires de Rio où Georges Moustaki retrouverait son ami Francis Himes, et Caetano Veloso,
Emmanuel de Ryckel
Bref, plein de fêtes qui seraient l’inventaire de la jeunesse, de la beauté,
du génie de deux peuples qui se rejoignent sur quelques notes et quatre
mots: Musique Populaire Franco
Brésilienne
- d’une fête dans la favella do Pavão
avec Abd El malik, MC Solar, Marcello D2 et João Donato.
- d’une fête dans la banlieue Nord,
au sein du quartier de Madureira et
de l’école de Samba de la Portela,
où Bernard Lavilliers ferait danser la
Ville avec Marisa Monte au son de la
batterie de la Velha Guarda de Monarco, Casquinha et Tia Surica,
•«Les grands orchestres de Music-Hall en France» Jacques Hélian 1984
•«Um musico 7 vidas», Georges Henry
•« Jean Sablon par Philippe Jadin et Charles Langhendries (Broché - 28 mars
2002)
•«85 Anos de Músicas Brasileiras (vol. 1: 1901-1957), Jairo Severiano et Zuza
Homem de Mello
•«Copies décalées, les versions françaises de standards brésiliens », Jacques
Denis 2005,
•«La bossa nova, les États-Unis et la France Un exemple de transferts culturels
triangulaires» par Anaïs Fléchet, le 16 décembre 2006
•«Aspects de la présence culturelle française à Rio de Janeiro en 1856 » par
Marie-Sylvanie Veillard, le 13 décembre 2003
•«L’exposition universelle et internationale
de Bruxelles 1958, la France confrontée à
47 nations » Par Linda Emirian, le 12 juillet
1997
•«La vision de la France à l’étranger à travers
la baguette de pain » par Magali Marguin*, le
23 novembre 1999
•«Parada de sucessos em todo o Brasil »,
http://cifrantiga3.blogspot.com/
•«Les enjeux diplomatiques de l’enseignement de la langue française au Brésil (19481961) » par Cecilia Torres, le 16 décembre
2003
•« Un Brésilien à Paris, diffusion et Réception
de l’œuvre de Villa-Lobos en France dans les
années 1920 » Par Anaïs Fléchet, le 15 décembre 2003
1901 Frou-frou (Henri Chateau, Monreal e Blondeau)
1902 Amoureuse (Adolphe Berger)
1905 Quand l'amour meurt (Octave Cremieux)
1905 Les millions d'Arlequin (Richard Drigo) (lançado em 1901)
1906 La Mattchiche (C. Clerc, P. Briollet e L. Lelièvre)
1907 La Petite Tonkinoise (Vincent Scotto, Georges Villard e Henri Christine)
1908 Un Peu d’Amour (Lao Silezu)
1909 L’Adieu du Matin (Emile Pessard)
1910 La Valse Brune (Georges Krier e Georges Villard)
1921 Mon Homme (Maurice Yvain, Jacques Charles e Albert Willemetz)
1922 Machinalement (Maurice Yvain)
1926 Valentine (Henri Christiné e Albert Willemetz)
1927 Ça C’est Paris (José Padilla, Lucien Boyer, Fred Pearly e Jacques Charles)
1930 J’ai Deux Amours (Vincent Scotto, Geo Koger e Henri Varna)
1931 Parlez Moi d’Amour (J. Lenoir)
1937 Vous Qui Passez Sans Me Voir (Charles Trenet, Johnny Hesse e Paul Misraki)
1940 J’Attendrai (Dino Olivieri e Louis Poterat)
1946 Symphonie (Alex Alstone, Roger Bernstein e André Tabet)
1948 La Mer (Charles Trenet)
1949 Danse Avec Moi (A. Hornez e F. Lopez)
1949 Douce France (Charles Trenet)
1949 Final (Paul Misraki, A. Hornez e Ben Molar)
1949 Una mujer (Paul Misraki, Ben Molar e S. Pondal Rios)
1949 La Vie en Rose (Pierre Louiguy e Edith Piaf)
1951 C’est Ci Bon (Andre Hornez e Henri Betti)
1952 Dominó (Jacques Plante e Louis Ferrari)
1953 Les Feuilles Mortes (Joseph Kosma e Jacques Prévert) (lançado em 1949)
1955 Cerisier rose et pommier blanc (Cerejeira rosa) (Pierre Louiguy e Jacques La Rue)
1956 La goualante du pauvre Jean (Os pobres de Paris) (Marguerite Monnot e Raouzeaud)
1959 Hymne a l‘Amour (Hino ao amor), Edith Piaf e Marguerite Monnot
1962 L’Arlequin de Tolede, Hubert Giraud e Jean Drejac
1962 Et Maintenant, Gilbert Becaud e P. Delanoe
1964 Dominique, Soeur Sourire
1965 Fais Attention (Preste Atenção), Jean Loup Chauby e Bob Du Pac
1965 Que c'est triste Venise, F. Dorin e Charles Aznavour
1966 Aline, Christophe
SOURCES http://cifrantiga3.blogspot.com/
musica francesa Músicas estrangeiras de sucesso no Brasil –
1966 La Mamma (Mamãe), Charles Aznavour, Robert Gall e Black
1967 Un Homme et une Femme, Francis Lai e Pierre Barouh
1968 Le Bruit des Vagues, Pascal Seuran, Serge Lebrall e Romuald
1968 Love is Blue, Andre Popp e Pierre Cour
1969 F... Comme Femme”, Adamo
1969 Un Jour un Enfant, E. Stern e E. Mornay
1969 My Way (Comme d’Habitude), J. Revaux, C. François, G. Thibault e Paul Anka
1970 Je t’Aime Moi Non Plus, Serge Gainsbourg
1971 Love Story, Francis Lai e Cari Sigman
1972 Mammy Blue, H. Giraud e P. Trim
1974 Song for Anna (La Chanson pour Anna) (A. Popp e J. C. Massoulier)
1976 Tu t’en Vas (Não Se Vá)”, Alain Barrière

Documents pareils