I. L`émergence progressive du libéralisme - Claire Eischen

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I. L`émergence progressive du libéralisme - Claire Eischen
L E L I BE RA L IS ME E C O N O M IQ UE :
C O N FE RE N C E CL A I R E E IS CH E N- N .D DE L A PR O V ID E N CE - J EUDI 1 9 FE VR I ER
PR E PA R A T I O N A U X C O N C OU RS DE S IE P DE PR O V I N CE 2 0 0 9 -
I.
L’émerg enc e pro gr essive d u l ib ér al isme écono miq ue
A.
L ’éc o l e c la s s iq u e ( XV I I I° e t X IX ° s i èc l e s )
1. L e li b ér a li s m e éc o no m iq u e n a ît au s ei n du c o ur a n t ph y s io c r a t e a u XV I I I e s i èc l e f ac e
a ux do c tr i n e s m er c a n til i s t e s alo r s do m i n a n t e s.
•
L e m er c a n til i s m e e s t la p e n s é e éc o no m iq u e do mi n a n t e d e p ui s l e X VI e si èc l e pr ô n a it
e n e f f et l e pr o t ec ti o n n i s m e et l’ i nt er v e nt i o n d e l ’ Et a t
•
Ro m p a nt av e c l a tr ad i tio n m er c a n ti li s t e l e s p hy s io cr at e s pl a id e n t po ur u n e
po l i ti q u e éc o no m i qu e li b ér al e f a vo r i s a n t l e s f er m i er s e t l e s pr o pr i é t air e s f o nc i er s
2 . A S mi th d a n s R ec h er ch e sur l a nat ur e et l es c au ses d e l a r ic h esse d es nat io ns 17 7 6
th éo r i s e l es gr a nd s p r inc i p e s d u l i b ér al i s m e éc o n o mi q u e
•
L e m ar c h é et l’ éc h a ng e r el è v e d e l’o r dr e n a tur el
•
S m it h d é v e lo pp e u n e v is io n u ti li t ar i st e d e l' in di v id u.
•
Il d é mo ntr e qu e l a m a i n i nv i s ib l e d u m ar c h é e s t pl u s à m ê m e q u e l’É t at d e r é g ul er
l’a c t i vi t é éc o no m iq u e
•
Il s ’o pp o s e au pr o t ec tio n n i s m e d an s l a th é o r ie d e s a v a nt a g e s a b so l u s.
•
C’ e st l e pl u s c él è br e a vo c a t d e l a d i vi s io n t ec h n i qu e du tr av a il à l’o r i gi n e d e
l’a u g m e nt a t io n d e l a p r o duc t i vi t é
•
S o n œ u vr e i n fl u e nc e la R é vo l u tio n fr a nç ai s e
3 . L e li b ér a li s m e tr io m p he au Ro y a u m e U n i et e n Fr a nc e a v ec J B S a y, D Ri c ar do , e t T
M al th u s
•
L a lo i d e s d é bo uc h é s d e JB S ay ( tr ait é d’ éco no mie po lit iq u e 18 03) r é fu t e to ut e
po s s ib il it é d e c r i s e é c o no m i q u e d ur a bl e d a n s u n e éc o no m i e li b ér al e
•
L e p a s t e ur T ho m a s M al th u s ( E ssai sur le pr inc ipe d es po pul atio ns , 1 7 9 8 ) s’ i n s ur ge
c o n tr e l e s po o r l a ws
•
Da v id R ic ar do ( D es pr incipes d e l ' éco no mie pol itiq u e et d e l' impôt, 18 17 ) pr o po s e
p ar a ill e ur s u n e t h éo r i e d u l i br e éc h a ng e et s’ o pp o se au x lo i s pr o t ec t io n n i st e s s ur l e
bl é
•
L a c r it i qu e d e l a l ég i s la ti o n ét a bl i e p er mi t l’a br o g a t io n d e n o mbr e u s es lo i s. L e
Ro y au m e u n i d e v i e nt l a pr e m i èr e n at io n li br e éc h a ng i s t e d e l ’H i st o ir e.
B.
1.
L e X I X e s i èc l e o s c il l e e n tr e pro t ec t io n n i s m e e t li b ér al i s m e
L ’U n io n do u a n i èr e All e m a nd e et l e pr o t ec ti o n n i s m e éd uc a t eur
•
F L i s t e st f a vo r ab l e a u Z o llv er ei n
•
L a t h éo r i e d u pr o t ec t io n ni s m e éd uc at e ur
2 . L e s e c o nd e m p ir e fr a nç a i s e st plu tô t p ar t i s a n d u l i br e éc h a n g e
•
Fr é d ér ic B a st i a t 18 0 1 - 1 8 5 0 éc o no mi s t e e t p a m phl é t a ir e d é f e nd l e l i br e éc h a ng e
e t s’o p po s e a u c o lo ni a li s m e e t a u so c i al is m e
•
N a po l éo n I I I
•
C e l ibr e éc h a ng e n ’ e s t il p a s pl utô t u n e fo r m e d’ i m p ér i al is m e ?
II.
R ecu l et r eno u veau d u l ib ér al isme
A.
1.
•
•
•
2.
•
•
B.
1.
L e Ma rx i s m e e t l e m o u v e m e nt o u v ri e r
K M ar x ( 18 13 – 18 8 3 )
U n e i nt er pr ét a t io n éc o no m i qu e d e l ’h i sto ir e : l e m a t ér i al i s m e h i s to r i qu e
U n e a n al y s e d u s y st è m e c a p i t ali s t e : l a l ut t e d e s c l as s e s
U n c o ur a n t r é vo lu t io n n a ir e
L e m o u v e m e n t o u vr i er
Es t i nd i s so c i abl e d e l a c o n c e pt io n m ar x i st e d e l a l u tt e d e s c l a s s e s
Il c o nt e s t e l e p ar t a g e d e l a r ic h e s s e.
L ’éc o l e n éo c l a ss i q ue s r e no u v el l e l e li b ér ali s m e éco no m i qu e
Pr i nc ip a u x a ut e ur s
1
•
•
•
L éo n Wa lr a s, ( 1 8 3 4 - 1 9 10 )
Al fr ed M ar s h all ( 18 4 2 – 19 2 4 )
M ilfr ed P ar e to (1 8 4 8 – 1 9 2 3 ) S o c io lo g u e e t éc o no m i s t e
2 . L e s r ai so n n e m e n t s m a th é m a ti q u e s d e s éc o n o m i st e s n éoc l a s si q u e s a bo ut i s s e nt à d e
no m br e u s e s c o nc lu s io n s
•
L a c o nc ur r enc e e st so uh a it a bl e
•
Il s c o n s id èr e nt q u e l e c hô m a g e e st to u jo u r s v o lo nt a ir e
•
L e r a is o nn e m e n t e s t m ic r o éc o no m i qu e
•
L e m ar c h é e st l e mo y e n d e c o o r d in a t io n l e pl u s e ff ic ac e
3 . L a p ér i o d e qu i v a d e 1 8 7 0 à 19 18 e s t po ur t a n t m ar q u é e p ar d es é v é n e m e nt s q u i
r em e t t e nt e n c au s e l e l i b ér al i s m e
•
L a Gr a nd e D é pr e s si o n ( 18 7 3 - 18 9 6 ) s e d ér o ul e da n s u n c o nt e xt e d e l ib ér al is m e
éc o no m i q u e m a is p as de li br e - éc h a n g e
•
L a n a i s s a nc e d e s sy nd ic at s et l e d é v elo p p e m e n t d e s tr è s gr a n d e s f ir m e s r i gi di f i e
le s pr i x e t l e s s al a ir e s
•
L ’ ex ac er b a t io n d e s n a tio n a li s m e s , c o n tr ib u e à l’ i nfl u e nc e r etr o u v é e d e s di s c o ur s
pr o t ec ti o n ni s t e s.
•
Po ur t an t l a l ut t e c o n t r e l a c r i s e r e st e li m i t é e à l' a do pt io n d e l é g i sl at io n s e n
f a v eur d e la r é gl e m e n t at io n b a nc a ir e e t d e la pr é s er v a tio n d e l a c o n c ur r e nc e.
C.
De l a c ri s e d e 1 9 2 9 au x tr e n t e glo r i e u s e s le s t h éo r i e s n éo - c l a ss i qu e s so nt po ur
u n t e m p s éc l i p s é es .
1. De s r o ar i n g t we nt i e s li b ér al e s à l’ i nt er v e n t io n ni s m e é ta t iq u e
•
L e s a n n é e s 2 0 c o m b i n e n t c r o i s s a nc e e xc e p tio n n e ll e, d é s éq u ili br e s e t l i b ér al i s m e
éc o no m i q u e
•
« L e j e ud i 2 4 o c to br e 19 2 9 , la b o ur s e d e N e w Yo r k c o n n a ît u n pr e m i er K r ac h.
•
L a v ic to ir e él e c to r al e d e F. D Ro o s e v el t m ar qu e l e d é b ut d’ u n i nt e r ve n ti o n ni s m e
é t at i qu e
•
L e pr o t e c t io n n i s m e a ggr a v e l a c r i s e
2 . J ; M K e y n es e st il u n éc o n o mi s t e l i b ér al ?
•
O ui
•
Po ur t an t … K e y n e s a p p ar a î t c l a ir e m e n t c o m m e u n a n ti li b ér a l
3 . En E ur o p e c o m m e a ux Ét a t s -U n i s l e k e y n é s i a ni s m e v a d e v e nir l a p e n s é e éc o no m i qu e
do mi n a n t e a v ec l a na i s s a nc e d e l’ Et a t pr o v i de nc e
•
L e s po li t iq u e s éc o no m iq u e s d e s 3 0 glo r i e u s e s so n t k e y n é s i e nn e s
III.
R eto ur au l ib r e- éch a nge pu is r ésu rr ec t io n co nt empo ra ine du l ib éra lisme
éco no miqu e
A.
1.
L a glo b al is a ti o n d e s éc ha n g e s [
L a glo b al i s at io n é c o n o m i qu e
•
L e s ac c o r ds d u G at t l ib ér al i s e l e s éc h a ng e s
•
U n e i nt é gr a ti o n c r o i s s a nt e d e s éc o n o mi e s
2 . L a glo b al i s at io n f i n a n c i èr e. e t s e s m a n i f es t a tio n s.
•
U n m ar c h é f i n an c i er u ni q u e s' e s t c o n s t it u é a u n i v e au mo nd i al d u f ai t d e s 3 D … .
•
L a glo b al i s at io n f i n a n c i èr e s e m a ni f e st e p a r … .
3 . L a glo b al i s at io n f i n a n c i èr e po ur l e m e ill e ur o u po ur l e p ir e ?
•
L a m o nd i ali s a t io n fi n a nc i èr e ( F i n a nc i al glo b al i z a tio n e n a ng la i s ) p r és e n t e u n c er t a i n
no m br e d’ a v a n t ag e s.
•
Po ur t an t, ell e e s t so ur c e d' i n s t ab il it é et de r is q u e s po ur l’ éc o n o m i e.
B.
L a r e na i s sa nc e d u l i b ér al is m e éc o no m i qu e d e s a n né e s 7 0 à 2 0 0 8
1. L ’i nc a p ac i t é d e l’É t at à r é po ndr e à l a m o nt é e br u t al e d u c hô m a g e da n s l e s a n n é e s
19 7 0 p er m e t a ux éc o n o m i st e s li b ér au x d e r e tr o u v er l e ur au di e nc e p a s s é e. Fr i e dr ic h
Ha y ek 1 8 8 9 - 19 9 2
•
L a c r i s e éc o no m i qu e e s t pr o vo q u é e p ar la p o li ti q u e mo n é t air e ex p a n si o n ni s t e d e l a
b a nq u e c e n tr a le q u i f a u ss e l e s y st è m e d e p r ix r el a t if s d a n s l a s t r uc tur e d e pr o d uc ti o n
2
L e s po li t iq u e s k e y n é s i e n n e s d e r el a nc e é c o n o m i qu e , fo nd é e s s ur l'u t il is a t io n d u
•
bu dg e t p ub lic , pr o d ui s e nt l a s t ag fl a tio n
•
To ut pr o j e t d e so c i é t é c o ll ec ti v i st e , e st vo u é à l ' éc h ec .
•
Cr it i qu e d e l a n o t io n de « j u st ic e so c i al e
•
Co m m e l a p lu p ar t d es li b ér a ux d e pu i s A l ex i s d e To c qu e v ill e , H a y ek c o n si d èr e q u e l a
dé m o c r a ti e es t u n mo y e n, e t no n u n e f i n e n so i :
2 . De no u v e a u x c o ur a n t s d e p e n se ur s l ib ér au x ( no u v e au x c l a s s i qu e s , mo n ét ar i s t e s… )
a p p ar a i s s e nt e t e x pl i qu e n t c o m m e n t l’ i nt er v e nt io n d e l’ Ét a t a m e n é à l a c r i s e, à
l’i n fl a tio n et a u d é s é qu il i br e.
•
L e s m o n ét ar i s t e s c o n s id èr e n t qu e l e s e ul o b j ec t i f d e l a po l it i q u e éc o n o mi q u e do i t
ê tr e l a m a itr i s e d e l’ i nf la t io n.
•
L ’ at t aq u e e n r èg l e d e s po l i ti q u e s d e r el a nc e k ey n é s i e n n e p ar l e s n o u v e a ux
c la s s iq u e s. O n l eur pr é f èr e l e s p o li t iq u e s d e r i g u eur
•
L e s th é o r ic ie n s d e l ’o ffr e pr é c o ni s e n t u n e ac t io n e n f a v eur d e s e n tr e pr i s e s e t u n e
r éduc t io n d e s i m pô t s
3 . L e s po li t iq u e s éc o no m iq u e s so n t g é n ér al e m e n t l i b ér al e s d ep u i s l e s a n n é e s 8 0
•
L e t h atc h ér i s m e d u R o y a u m e U ni
•
L a p o li t iq u e d e R o n al d R e a g a n
•
L a Fr a nc e d e M i tt er r a nd d e l a r el a nc e M a u r o y à l a Ri g u eur F a bi u s
•
L a c o n v er s io n d e l a C hi n e e t d e s pa y s d e l’ Es t à l’ éc o no m i e d e m ar c h é
4 . L a c r i s e éc o no m i qu e a c tu e ll e s ig n e l e gr a nd r eto ur d u k e y n é si a n i s m e.
• Pl us p er so n n e n' a h o n t e d e p ar ler d e r el ance par l e d éf ic it , d e pol itiq u e b udg ét air e ,
•
K e y n e s r e tr o u v e u n e ac tu a li t é br ûl a n t e, p a r c e q u e, à l ' é vi d e nc e, le s pr o bl è m e s
pr o v i e n n e nt d é so r m a i s d e l ' en c h a î n e m e nt n é g at i f d e s m ar c h é s : l
•
L ’ ef f ic ac it é du pl a n d e r el a nc e vo ul u p ar B ar ac k O b a m a e n q u es t io n
3
I nt ro : d é f in i r l e li b ér al i s m e éc o n o mi q u e
L e li b ér a li s m e es t u n e n s e m bl e d ’i d é e s d e do c tr i n e s d e t h éo r i e s p ar fo i s tr è s di f f ér e n t es ,
s’ a p pl i qu a n t a ux a s p e c t s d e l a vi e d e l ’ho m m e e n s oc i é t é – t el s q u e l’ é th i q u e, l e p o li t iq u e,
l’ éc o no m iq u e – q u i so n t fo nd é e s s ur l’ af f ir m a ti o n pr e m i èr e du p r inc i p e d e li b er t é.
L e li b ér a li s m e p o li t iq u e e st u n e do c tr i n e q ui d é f e nd l a li b er t é d e s i nd i vi du s , l a l i b er t é
po l i ti q u e, l a li b er t é d e c o n s c i e nc e , l a to l ér a nc e e n v er s l e s o p i nio n s d ’ au tr u i.
L e li b ér a li s m e éc o no m iq u e e s t u n e do c tr i n e q ui a f f ir m e l e c ar ac t èr e fo n d a m e nt al d e l a
li b er t é in di v id u ell e d a n s l e s do m a i n es éc o n o m i qu e s e t po l i ti q u e s e t qu i c h er c h e à l i m it er
l’a c t io n e t l ’i n fl u e nc e d e l’ Et a t
Libéralisme économique : école de pensée, née au siècle des Lumières, qui estime que les libertés
économiques (libre concurrence , libre-échange, liberté d'entreprendre, libre choix de consommation,
de travail, etc.) sont nécessaires en matière économique et que l’intervention de l’État doit y être
aussi limitée que possible . Il peut être classique (Smith , Ricardo, Malthus, Say) ou néoclassique
I. L’émergence progressive du libéralisme économique
A.
L’école classique (XVIII° et XIX° siècles)
1. Le libéralisme économique naît au sein du courant physiocrate au XVIIIe siècle face aux doctrines
mercantilistes alors dominantes.
•
Le mercantilisme est la pensée économique dominante depuis le XVIe siècle prônait en effet
protectionnisme et l’intervention de l’Etat
le
- Ses représentants sont J Bodin, Colbert, Cantillon
- Cette doctrine prône le protectionnisme pratique et théorie économique visant à protéger l'économie
nationale de la concurrence internationale et l’intervention de l’Etat
- Fait de l’économie la science de l’enrichissement du Prince. Il est influent dans toute l’Europe : en
Angleterre et en Hollande, il prend la forme du commercialisme ;
- En France, c'est le colbertisme qui soutient et protège les manufactures ;
- Les empires coloniaux espagnols et portugais adoptent le bullionisme, doctrine attachant à l’or
thésaurisé une importance primordiale.
•
Rompant avec la tradition mercantiliste les physiocrates plaident pour une politique économique libérale
favorisant les fermiers et les propriétaires fonciers
- Ecole de pensée économique du XVIIIe siècle, dont les principaux représentants sont François Quesnay
(1694-1774), Dupont de Nemours et Turgot Ce dernier un temps contrôleur général des finances de
Louis XVI obtînt pour un court moment la libre circulation des grains à travers la France.
- Ils soutiennent que la richesse provient du travail de la terre. La production agricole la seule source de
valeur
- Signifie « gouvernement de la nature ». Cette confiance en la nature relève de l’intuition d’un ordre
économique spontané et optimal La réalisation de cet ordre naturel est permise par la recherche de
l’intérêt particulier qui concourt
- On leur doit la première représentation circulaire de l’économie
- Les physiocrates plaident aussi pour l’abolition des corporations, pour la diminution des taxes pesant sur
les paysans et pour la suppression des avantages féodaux en matière fiscale afin d’éviter la
banqueroute qui mènera à la Révolution française.
4
2. A Smith dans Recherche sur la nature et les causes de la richesse des nations
grands principes du libéralisme économique
•
1776 théorise les
Le marché et l’échange relève de l’ordre naturel
- Le marché n’est pas une construction de l’Histoire. C’est de plus le meilleur des systèmes puisqu’il assure
l’équilibre.
- La loi du marché est universelle et s’impose à la manière des lois physiques comme la loi de la gravité.
- Les hommes ont tendance se spécialiser dans les travaux dans lesquels ils sont les plus habiles ils
pratiquent naturellement la division du travail et échangent ensuite le surplus de leur production sur le
marché pour satisfaire leurs besoins. (Penchant naturel à trafiquer)
•
Smith développe une vision utilitariste de l'individu.
- « Ce n’est pas de la bienveillance du boucher et de nos semblables que nous attendons notre dîner [...]
nous ne nous adressons pas à leur humanité mais à leur égoïsme ; et ce n’est jamais de nos besoins que
nous leur parlons, c’est toujours de leur avantage »
- L'échange ne repose pas sur des buts généreux ou philanthropiques, mais sur l'intérêt individuel de
chacun des deux partenaires de l'échange.
- L’égoïsme est cependant socialement bénéfique car il permet la satisfaction de l'intérêt général qui
résulte de celle de tous les intérêts particuliers.
•
Il démontre que la main invisible du marché est plus à même que l’État de réguler l’activité économique
- Dans une économie de marché, les décisions et les actes individuels sont rendus compatibles et
concourent à l'intérêt général.
- La concurrence contribue à faire baisser les prix et à réduire les profits
- L’intervention de l’Etat n’est donc pas nécessaire
- , Le concept de la « main invisible » évoque le mécanisme autorégulateur du marché de concurrence : en
poursuivant son propre, l’individu contribue sans le savoir à l’intérêt général.
- Le marché permet donc une coordination économique parfaite entre les intérêts divergents des agents
économiques. Si on le laisse jouer son rôle les crises sont évitées.
- Les libertés économiques (libre-échange, liberté d'entreprendre, libre choix de consommation, de
travail, etc.) sont nécessaires à cette autorégulation. L’intervention de l’État doit y être aussi limitée
que possible.
•
Il s’oppose au protectionnisme dans la théorie des avantages absolus.
- « Tout comme un père de famille n’a pas intérêt à produire lui-même ce qu’il peut acheter à moindre
prix, un pays a intérêt à produire le bien qu’il peut importer à un prix plus faible »
- Tout pays a intérêt à se spécialiser dans les productions pour lesquelles il dispose d'un avantage absolu,
c'est-à-dire dont les coûts de production sont inférieurs à ceux de tous les autres pays
- Cette vision optimiste appelle une réserve : les pays faiblement compétitifs (sans avantage absolu) ne
peuvent rien exporter.
- Il s’oppose également au colonialisme et à l’esclavagisme
•
C’est le plus célèbre avocat de la division technique du travail à l’origine de l’augmentation de la productivité
- L’exemple célèbre de la manufacture d’épingles décrit par Smith lui permet de mettre en évidence les
bienfaits de la division technique du travail.
- Dans cet exemple, l’organisation du travail est divisée en 18 opérations distinctes, la manufacture voit
« la puissance productive du travail » multipliée par 240 ! Mais comment en divisant le travail obtienton de tels gains de productivité ?
•
Son œuvre influence la Révolution française
- Abolition des privilèges la nuit du 4 aout
- Le décret d’Allarde mars 1791 supprime les corporations et les jurandes qui empêchaient les individus
d’exercer libre ment une profession. Ce décret substitue les contrats de travail aux liens de solidarité
et aux privilèges existant dans les corporations.
5
- La loi le chapelier décret de la constituante de 1791 qui interdit «les assemblées d’ouvriers et
d’artisans » et proscrit ainsi les coalitions, tant ouvrières que patronales, mais ce sont surtout les
premières qui étaient visées de crainte qu’elles ne provoquent des augmentations de salaires.
3. Le libéralisme triomphe au Royaume Uni et en France avec J B Say, D Ricardo, et T Malthus
•
La loi des débouchés de JB Say (traité d’économie politique 1803) réfute toute possibilité de crise
économique durable dans une économie libérale
- La loi des débouchés est souvent résumée par les formules suivantes : "l'offre crée sa propre demande"
et "les produits s'échangent contre des produits". Autrement dit pour Say, les produits se servent
mutuellement de débouchés.
- Un produit fabriqué et vendu permet une distribution de revenus qui assure aussitôt l'achat d'autres
produits. Globalement, dans une économie, la production (l'offre) crée sa propre demande grâce aux
revenus distribués. En définitive, la surproduction est impossible.
- L’intervention de l’Etat n’est donc pas nécessaire.
- Fait l’éloge de l’entrepreneur et de son talent de créateur de richesses et crée la première école de
commerce du monde
•
Le pasteur Thomas Malthus (Essai sur le principe des populations, 1798) s’insurge contre les poor laws
- .Ces « lois sur les pauvres » sont un système d’assistance instauré, au XVIe siècle, sous le règne
d’Élisabeth Ire Des maisons de travail (workhouses) offrent travail et rétribution aux plus pauvres.
- En 1795, ces dispositions sont remplacées par le « système de Speenhamland » qui, né d’une volonté plus
philanthropique, prévoit l’octroi de subsides aux personnes percevant un salaire inférieur au minimum
vital. Très onéreux, ce système est également pervers puisque les employeurs, comme les gros
propriétaires fonciers, abusent de ce complément financier pour faiblement rémunérer leurs salariés.
- Ces lois alimentent la pauvreté en permettant aux pauvres « d’accroître leur nombre ». La population
augmente ainsi de façon géométrique (et donc rapidement 1, 2, 4, 8,16) tandis que les moyens de
subsistance augmentent de façon arithmétique (1, 2,3, 4) ce qui conduit à la famine. (Loi de population)
- Pour Malthus seule la contrainte morale, c’est-à-dire la renonciation volontaire à la procréation pour les
plus pauvres put éviter le développement de la population.
- Cette analyse s’appuie sur la loi des rendements décroissants concernant la terre. Quand on augmente le
nombre des personnes qui travaillent sur des terres en quantité limitée, la production supplémentaire
devient de plus en plus faible. Car les terres utilisées sont de moins en moins fertiles.
•
David Ricardo (Des principes de l'économie politique et de l'impôt, 1817) propose par ailleurs une théorie du
libre échange et s’oppose aux lois protectionnistes sur le blé
- La théorie des avantages comparatifs démontrent que tous les pays ont intérêt à pratiquer le libre
échange en s’appuyant sur leur avantage comparatif (la plus grande différence de coûts) ou du plus
faible désavantage relatif (la plus petite différence de coûts). Chaque pays se spécialise dans les
produits pour lesquels il dispose d'un avantage relatif (ou comparatif), c'est-à-dire là où l'avantage
est le plus grand, ou bien là où le désavantage est le moindre. De plus, dans ce cas, tous les
participants gagnent à participer au commerce mondial.
- Le libre échange permet l'enrichissement de toutes les nations. Les facteurs de production disponibles
sont consacrés à l’usage ou ils sont le plus efficace (allocation optimale). Chaque pays se spécialise
dans les produits ou sa productivité importante Les peuples bénéficient de plus de produits qu’en
autarcie. La participation au commerce international permet donc la croissance et le développement
- . L’abolition des tarifs douaniers sur les céréales «corn-laws ».est une solution à la baisse des taux de
profit ce qui retarde l’Etat stationnaire
- L’importation de produits de première nécessité, à faible coût, permet la baisse des salaires de
subsistance (salaires fixés de manière à permettre la survie des travailleurs mais ne peuvent guère
s'éloigner de ce niveau. du fait de la pression de la population qui multiplie les bras (augmentation de
l’offre de travail) et fait tomber les salaires et donc une amélioration des profits. La loi d'airain des
salaires exprime la pression de la population qui multiplie les bras et fait tomber les salaires au niveau
juste suffisant pour assurer la subsistance des travailleurs.
6
•
La critique de la législation établie permit l’abrogation de nombreuses lois. Le Royaume uni devient la
première nation libre échangiste de l’Histoire.
- En 1825 l’abrogation du Bubble Act permet la création d’entreprises importantes sans l’aval du
Parlement.
- En 1834, les poor laws sont abolies et les pauvres sont dés lors contraints au travail : le marché du
travail est établi.
- Les Corn Laws sont abrogées en 1846.
- En 1856, le Parlement achève de libéraliser l’économie en renonçant à contrôler la création des sociétés
par actions (Joint stock companies act).
B.
Le XIXe siècle oscille entre protectionnisme et libéralisme
1. L’Union douanière Allemande et le protectionnisme éducateur
•
F List est favorable au Zollverein
- Union douanière entre les États allemands le Zollverein qui prend effet en 1834 et inspirera la CEE
- Groupe de pays ayant adopté des principes de libre-échange, mais qui en plus mettent en place des
droits de douane communs vis-à-vis des pays tiers.
- Il estime que le libre échange sert avant tous les intérêts de la Grande-Bretagne.
- Il est partisan d'un protectionnisme permettant aux «industries dans l’enfance » (ou
naissantes) de se développer avant de se lancer dans l'échange international.
•
industries
La théorie du protectionnisme éducateur
- F List admet pourtant que le il admet que le libre-échange est souhaitable,
- Mais considère que dans leur évolution les économies connaissent plusieurs stades et que le commerce ne
peut être équitable qu’entre économies comparables.
- Il préconise pour l’Allemagne une politique protectionniste, pour un certain temps et dans certains
secteurs, afin de permettre le développement de son industrie dans l’enfance.
- Cette idée de « protectionnisme éducateur » est aussi appliquée aux États-Unis afin de permettre le
développement de l’industrie et d’assurer l’émancipation du pays vis à vis du Royaume-Uni.
2. Le second empire français est plutôt partisan du libre échange
•
Frédéric Bastiat 1801 - 1850 économiste et pamphlétaire défend le libre échange et s’oppose au
colonialisme et au socialisme
- il critiquera aussi les peurs suscitées par la recherche de la productivité en invitant les travailleurs à
user de leur seule main gauche afin de maintenir la cherté des produits et donc de contribuer à
l’illusion de richesse. Un autre disciple d’Adam Smith,
- Sa pensée est fondamentalement individualiste .Il défend de manière constante la liberté de l'individu
face à toute autorité « celle des législateurs des conducteurs de peuples et pères de la nation
- L’impôt est considéré comme une spoliation légale
- Le protectionnisme est raillé comme une « demande de protection des marchands de chandelles contre
la concurrence du soleil qui fournit une lumière à des prix trop bas »
- L'action de l'Etat l'action étatique est le résultat des demandes des groupes de pression. L’Etat est une
grande fiction à travers laquelle tout le monde s'efforce de vivre aux dépens de tout le monde
- Bastiat a une vision minarchiste de l'Etat, qui doit assurer la justice et la sécurité et laisser les
individus interagir librement. Il écrit ainsi : Le minarchisme est une théorie politique appelant de ses
vœux un État minimum (ou État minimal), réduit dans de strictes limites de légitimité la liberté et la
sécurité
- Il a une conception subjective de la valeur qui préfigure la théorie de la valeur utilité des néoclassiques
- Il est un des premiers à dénoncer les dérives possibles des futurs systèmes d'assurance maladie.
Fervent défenseur des caisses de secours mutuel, il s'oppose à toute nationalisation de ce système
7
avec force, « une population qui ne sait plus agir par elle-même, qui attend tout d'un ministre ou d'un
préfet, même la subsistance, et dont les idées sont perverties au point d'avoir perdu jusqu'à la notion
du Droit, de la Propriété, de la Liberté et de la Justice »
- Mais il combat aussi la peine de mort, l'esclavage et défend le droit syndical, et le droit de grève
s'opposant en cela aux le droit de grève : « Vous avouez vous-mêmes que, sous l’empire de votre
législation, l’offre et la demande ne sont plus à deux de jeu, puisque la coalition des patrons ne peut
pas être saisie, et c’est évident : deux, trois patrons déjeunent ensemble, font une coalition, personne
n’en sait rien. Celle des ouvriers sera toujours saisie puisqu’elle se fait au grand jour »
•
Napoléon III
- Négocie le premier accord de libre-échange avec les britanniques avec réduction des droits de douanes
Le traité Cobden-Chevalier est signé en 1860 temps) et les deux pays s’accordent la « clause de la
nation la plus favorisée », qui stipule que tout avantage concédé par l’un des deux signataires à un pays
tiers, profite automatiquement à l’autre. Les droits de douane entre la France et le Royaume Uni ne
sont qu’à 10%.
- Napoléon III entreprend de faciliter la circulation de la monnaie. L’Union monétaire latine est instituée
en 1865 ; le franc germinal devient dorénavant la monnaie de la France, de la Belgique, de la Suisse, de
l’Italie, de la Grèce et de la Bulgarie.
- L’Empire accorde aussi le droit de grève en 1864 et autorise la création sans entraves de sociétés
anonymes en 1867.
- Entre 1850 et 1873 les échanges internationaux ont été presque multipliés par 3 en valeur.
•
Ce libre échange n’est il pas plutôt une forme d’impérialisme ?
- L’internationalisation des échanges permet en effet de fournir des débouchés à l’industrie et d’accéder
à des matières premières absentes du sol national.
- Plus que le libéralisme, cette évidence à encouragé le colonialisme. Jules ferry déclare que la politique
coloniale est fille de la politique industrielle » et la France se lance dans la colonisation de l’Afrique et
de l’Indochine
- La Belgique et les pays bas profitent aussi du partage du monde tandis que le soleil ne se couche jamais
sur l’empire britannique.
- Les britanniques imposent par les armes leur commerce à la Chine. Et au Japon « traités inégaux ».
- Opposés par principe au colonialisme les États-Unis ne cachent néanmoins pas leurs tentations
impérialistes sur leur continent, comme en témoigne dès 1823 la doctrine Monroe 3 principes
Le premier affirme que le continent américain doit désormais être considéré comme fermé à
toute tentative ultérieure de colonisation de la part de puissances européennes.
Le second, qui en découle, que toute intervention d'une puissance européenne sur le continent
américain serait considérée comme une manifestation inamicale à l'égard des États-Unis.
Et la troisième, en contrepartie, toute intervention américaine dans les affaires européennes
serait exclue.
- Et en 1898 la guerre livrée à l’Espagne pour « libérer » Cuba.
II. Recul et renouveau du libéralisme
A.
1.
•
Le Marxisme et le mouvement ouvrier
K Marx (1813 –1883)
Une interprétation économique de l’histoire : le matérialisme historique
- Chaque époque historique est censée être caractérisée par un mode spécifique de production et
d'exploitation auquel correspondent un système de pouvoir particulier et une classe dominante.
- L'histoire est faite de transformations dont le moteur est la lutte des classes La révolution française
par exemple à mi-fin au mode de production féodal qui opposait Les serfs et les paysans à la classe
dominante qui l'exploitait (aristocratie foncière.)
8
- Les infrastructures (la base économique) déterminent les superstructures (l’art la morale, la religion
•
Une analyse du système capitaliste : la lutte des classes
- Marx a analysé les lois internes du développement du capitalisme. Ces dernières reposent sur un rapport
d'exploitation de «l’homme par l'homme. Le salaire que chaque travailleur reçoit pour consommer et
reproduire ainsi sa force de travail reste inférieur à la valeur que son travail produit, ainsi les
capitalistes déterminent-ils à leur avantage l'orientation globale de la société.
- Le travail est aliéné (déshumanisé) ; la marchandise est fétichisée
- La concurrence entre les entreprises incite les capitalistes à élever la composition organique du capital
autrement dit à remplacer l’homme par la machine Cette décision conduite au chômage, à la baisse du
taux de profit, et aux crises de surproduction
•
Un courant révolutionnaire
- Les crises sont un élément central du capitalisme. Les capitalistes sont incités à allonger la durée du
travail quotidien et à augmenter l’intensité de l’exploitation
- Le prolétariat se découvrira une conscience de classe et deviendra l'agent du dépassement historique du
capitalisme dans la révolution.
- Le socialisme est caractérisé par la propriété collective des moyens de production, la dictature du
prolétariat, et un «gouvernement des hommes » qui laisse la place à la simple «administration des
choses.
- Dans la société communiste, la division du travail est abolie, la créativité est libérée des contraintes de
l'échange marchand et du fétichisme, l'abondance abolit l'argent. L'homme est réconcilié avec luimême.
2.
•
Le mouvement ouvrier
Est indissociable de la conception marxiste de la lutte des classes
∗
Entre prolétaires exploités mais dotés d’une conscience de classe et capitalistes exploiteurs.
∗ On croit qu’elle sera à l’origine la révolution sociale et de l’avènement du socialisme puis du
communisme.
•
Il conteste le partage de la richesse.
∗ Il peut se définir comme l’ensemble des actions collectives des institutions et des idéologies
développées par la classe ouvrière autour du syndicalisme et des partis politiques s’en réclamant (PC,
SFIO, « catholicisme social »….)
∗ Les objectifs portent sur les salaires, l’amélioration des conditions de travail, le droit à la sécurité
sociale le droit de grève et de se syndiquer.
B.
L’école néoclassiques renouvelle le libéralisme économique
1. Principaux auteurs
•
Léon Walras, (1834 -1910)
- Léon Walras a décrit l’équilibre général de concurrence parfaite et cherché à montrer que cet équilibre
est optimal. Il veut dire par là que l’équilibre de concurrence parfaite permettrait le plein emploi de
tous les facteurs de production : toute la population active serait occupée et tous les capitaux
seraient utilisés. Il permettrait de satisfaire toutes les demandes solvables.
- La procédure de « tâtonnement walrasien » vers l’équilibre n’a rien à voir avec ce que l’on entend
habituellement par marché : les échanges bilatéraux y sont interdits, toutes les offres et toutes les
demandes convergentes vers un commissaire-priseur qui affiche les prix : le marché est parfait et
fournit des informations justes à l’ensemble des acteurs.
- Le fondateur du marginalisme
9
•
Alfred Marshall (1842 – 1924)
- La valeur d’un bien dépend à court terme de l’utilité et donc de la satisfaction des consommateurs et à
long terme des coûts de production
- Pour lui, lorsqu'un marché est équilibré, on n'a pas forcément l'équilibre dans tous les marchés.= théorie
de l’équilibre partiel
- Les rendements sont non proportionnels c'est-à-dire croissant dans un premier temps grâce à
l’augmentation de la productivité puis décroissants du fait des limites de la nature.
- Ardent défenseur du «laisser faire, laisser passer», pensait que l'intervention de l'État n'était
bénéfique que pour encourager les productions rentables mais était contre-productive pour les
activités en perte de vitesse qui ne devaient pas être soutenues inutilement.
- Croyant aux vertus de la libre-concurrence, il pensait que les entreprises devaient subir une sorte de
sélection naturelle afin que seules subsistent celles qui étaient capables de s'adapter au marché.
- Il fut réticent devant l'importance croissante du pouvoir syndical qui, pour défendre les intérêts des
ouvriers, menacent de bureaucratiser la société et d'entraver la libre-entreprise en imposant des
réglementations sociales trop rigides.
•
Milfred Pareto (1848 – 1923) Sociologue et économiste
- Sur le plan économique, il estime que le libéralisme est le système le plus producteur de richesse et par
conséquent celui qui enrichit le plus la société tout entière.
- Sur le plan des idées politiques, Pareto semble préférer un régime fort et libéral c'est-à-dire capable de
faire respecter les libertés. Et de réduire au maximum la contrainte qu’exerce la collectivité sur
l’individu.
- Il définit la notion d'optimum parétien comme une situation d'ensemble dans laquelle un individu ne peut
améliorer sa situation et son utilité sans détériorer celle d'un autre individu. Ce qui démontre la
supériorité de la CPP sur le monopole ou l’oligopole.
2. Les raisonnements mathématiques des économistes néoclassiques aboutissent à de nombreuses
conclusions
•
La concurrence est souhaitable
- Elle permet la juste rémunération des facteurs (c’est-à-dire la justesse des salaires et des profits) ;
- L’économie tend vers un équilibre théorique optimal ;
- L’univers du marché est celui de la CPP (atomicité, homogénéité des produits, libre entrée,
transparence, mobilité des facteurs de production)
•
Ils considèrent que le chômage est toujours volontaire
•
Le raisonnement est micro économique
- S’intéressent à l’individu, ce dernier est sensé maximiser sa satisfaction ou son profit sous contrainte
budgétaire
- C’est un «homo-oeconomicus qui agit seul détaché de tout groupe social d’appartenance
•
Le marché est le moyen de coordination le plus efficace
- La maximisation de l’utilité (degré de satisfaction procuré par des achats) détermine la courbe de
demande qui est une fonction décroissante des prix.
- La maximisation des profits (différence entre les recettes et les coûts) détermine la courbe d’offre du
producteur. C’est une fonction croissante des prix
- La flexibilité permet le retour automatique à l’équilibre
- Il existe une cohérence globale de l'économie, car tout déséquilibre sur un marché se retrouve sur un
autre marché.
- Le marché est un moyen de coordination dans la mesure où les individus n’ont pas les mêmes goûts ou les
mêmes ressources, ils peuvent trouver avantage à faire échange. Ils vont chercher à se rencontrer, ce
qui explique l’existence des marchés
10
3. La période qui va de 1870 à 1918 est pourtant marquée par des événements qui remettent en cause le
libéralisme
•
La Grande Dépression (1873 -1896) se déroule dans un contexte de libéralisme économique mais pas de libre
-échange
- La bourse s’effondre sous le poids de la spéculation provoquant la faillite de plusieurs banques
viennoises, sous le poids des emprunts hypothécaires. La récession est rapide : les banques
européennes manquent de liquidités et ne se font plus confiance, rendant les prêts interbancaires
extrêmement coûteux.
- Le Krach affecte peu de temps ensuite la Bourse de New York: La spéculation ferroviaire affaiblit le
marché, aboutit à la faillite de la Northern Pacific Railway et de l’Union pacific , de la Banque Cooke
et en automne, le financier Jay Cooke dont la banque d'affaire est un composant majeur de l'économie
américaine, annonce qu'il n'est plus en mesure de supporter la Northern Pacific Railway. La Northern
Pacific Railway fait faillite le 18 septembre, ainsi que Jay Cooke & Company, bientôt suivi par l'Union
Pacific. Wall Street est contrainte de fermer 10 jours à partir du 20 septembre.
•
La naissance des syndicats et le développement des très grandes firmes rigidifie les prix et les salaires
•
L’exacerbation des nationalismes, contribue à l’influence retrouvée des discours protectionnistes.
- Les producteurs agricoles européens ne sont pas assez compétitifs pour faire face à la concurrence des
fermiers canadiens et américains et aux importations de viande en provenance d'Australie e
- . L'Allemagne adopte un tarif douanier très élevé, le tarif Bismarck en 1879, qui impose des droits de
douanes sur les produits agricoles et industriels et refuse de sacrifier son agriculture pour favoriser
le développement de son industrie,
- La France réagit timidement en 1892 avec la loi Méline
- En 1890 le tarif Mac Kinley élève les droits de douane américains à 49% en moyenne. À l’aube de la
Première Guerre mondiale, la Russie appliquait une taxation d’en moyenne 84% sur les importations, les
États-Unis 44%, le Japon 30%, la France 20%, l’Allemagne 13%.
•
Pourtant la lutte contre la crise reste limitée à l'adoption de législations en faveur de la réglementation
bancaire et de la préservation de la concurrence.
- aux États-Unis, l'Interstate Commerce Act (1887) interdit aux entreprises de chemins de fer de
pratiquer le dumping et le partage des marchés.
- En France est lancé le Plan Freycinet à partir de 1879, plan qui prévoit le développement du transport
dans toute la France. Ce plan distribue des crédits aux compagnies privées de chemin de fer et incite
à la création de nouvelles lignes.
- La fin du XIXe et le début du XXe siècles sont marqués aux États-Unis par une intervention vigoureuse
de l’État pour instaurer les conditions du libéralisme.
- L’arsenal législatif anti-trust est mise en place par le Sherman Act (1898) et le Clayton Act (1914), et
certaines entreprises sont démantelées : la Standard Oil de Rockefeller l’est en trois entreprises
indépendantes en 1911.
C.
De la crise de 1929 aux trente glorieuses les théories néo-classiques sont pour un temps éclipsées.
1. Des roaring twenties libérales à l’interventionnisme étatique
•
Les années 20 combinent croissance exceptionnelle, déséquilibres et libéralisme économique
- La société américaine accède à la consommation de masse dès les roaring twenties.
- Les déséquilibres
- Le franc est instable et est régulièrement attaqué, l
- Les dettes inter-alliés sont colossales,
- Tandis que la dette de l’Allemagne est si ahurissante qu’on décide d’en répartir le remboursement
jusqu’en 1989.
11
- Les actionnaires misent à crédit, parfois prêtent ce qu’ils ont emprunté, et ainsi de suite tant que la
bourse leur permet de gagner plus qu’ils n’ont à rembourser. C’est l’économie de casino » selon
l’expression de J M Keynes
•
« Le jeudi 24 octobre 1929, la bourse de New York connaît un premier Krach.
- Elle perd rapidement plus de 20%.
- En une trentaine de mois l’indice Standard & Poor's perd 80% de sa valeur.
- Les porteurs de titres sont ruinés, et du fait de leur insolvabilité de nombreuses banques font faillite.
Les conséquences sur la consommation sont désastreuses.
•
La victoire électorale de F.D Roosevelt marque le début d’un interventionnisme étatique
- L H Hoover e premier est partisan du libéralisme qualifié de Mr Do Nothing
- C’est sur un programme ouvertement interventionniste, le New Deal, que le président Franklin Delano
Roosevelt est élu en 1932. L’État fédéral américain prend alors une place toujours croissante dans la
vie économique.
- En 1936, la France voit l’arrivée au pouvoir du Front populaire qui se veut lui aussi en rupture avec les
traditions libérales. En Allemagne Hitler, homme peu attaché aux libertés, devient chancelier en 1933.
•
Le protectionnisme aggrave la crise
- L’ensemble des nations protègent leurs industries chancelantes par des lois protectionnistes, doublées
de dévaluations régulières afin de relancer les exportations.
- Les flux commerciaux internationaux retombent rapidement à leur niveau de 1918, si bien que la crise
s’aggrave.
- Si la plupart des dirigeants s’accordent sur les avantages du libre-échange, ils sont incapables, face aux
difficultés de leurs pays respectifs, de s’entendre si bien que les hausses de droits de douane se
succèdent et s’enchaînent dans un engrenage vicieux. Les métropoles européennes se replient sur leurs
empires. Le statut de Winchester de 1931 puis les accords d’Ottawa en 1932 font du Commonwealth
britannique une zone de quasi libre-échange.
2. J ; M Keynes est il un économiste libéral ?
•
Oui
- IL n’est pas opposé au capitalisme en tant que système : parce qu’il fait la preuve de sa capacité à créer
des richesses et surtout parce que Keynes se veut pragmatique. On peut chercher à améliorer
pragmatiquement le monde dans lequel on vit, mais on ne doit pas se laisser aller à rêver éveiller — ce
qui nous promettrait surtout des lendemains qui déchantent… La question pour Keynes n’est pas de
changer de système, mais de trouver des outils permettant d’améliorer la vie et la société !
- Il s’affirme clairement libéral dans plusieurs textes et interventions publiques « Am I a Liberal ? »
(1925) et « Liberalism and Socialism » (1926), repris dans ses« Essays in persuasion » (1931).
- Mais c’est un libéralisme « de gauche » (comme il l’affirme lui-même), progressiste, soucieux du sort des
plus faibles et de la justice sociale. Un libéralisme non-dogmatique qui préconise l’intervention de
l’Etat (mais aussi, et on l’oublie trop souvent, des corps intermédiaires) pour réguler et mieux orienter
le capitalisme lorsqu’il en a besoin… Il s’agit donc d’un libéralisme « soft » et « social », prêt à
sacrifier tous les dogmes et les principes a priori sur l’autel de la justice sociale et d’une possibilité
d’aboutir à une société dans laquelle les hommes pourraient jouir pleinement de la vie.
•
Pourtant … Keynes apparaît clairement comme un antilibéral
- Keynes est foncièrement anti-utilitariste : il considère cette doctrine comme la base de la morale
conservatrice qu’il déteste par-dessus tout.une critique de l’ambition de saisir le monde sous le signe
du calcul (intéressé) et de ses vertus prédictives, ambition que l’on retrouve bien sûr chez les
économistes néoclassiques. la solution de Bentham, le calcul des plaisir et des peines par un individu
rationnel, est pour lui inacceptable »Qui ne croit pas que l’homme se réduise à un homo oeconomicus,
et que l’économie obéisse à des lois naturelles que les mathématiques seraient à même de saisir, se
laisse difficilement convaincre par ceux qui prétendent démontrer mathématiquement l’idée que c’est
en laissant libre cours à la logique des intérêts que l’intérêt public sera satisfait. Critique de la raison
12
calculatrice et utilitaire dans sa prétention à fonder une éthique, un savoir sur l’économie et à
dessiner une orientation politique souhaitable (qu’il s’agisse du libéralisme ou du marxisme)
- Keynes est l’ennemi juré des ultra-libéraux de son temps (à l’instar de Hayek).
- Il se prononce clairement en 1926 pour « La fin du laissez faire» en dénonçant les apories de
l’idéologie libérale (comme celle de la main invisible conduisant toujours à l’intérêt général à partir des
intérêts particuliers ; ou encore celle de l’apologie des possédants), sans pour autant s’opposer à une
économie de marché ouverte aux échanges avec le reste du monde…
- Opposé aux « classiques » (autrement dit aux libéraux orthodoxes)… Exemple de la probabilité (nulle en
fait) de l’équilibre de plein emploi…Keynes s’acharne à montrer que, si les marchés sont nécessaires au
fonctionnement d’une économie moderne, ils n’en sont pas pour autant l’élément central, moteur,
déterminant. Autrement dit, le capitalisme c’est bien plus qu’une « simple » économie de marché !
Mieux : pour lui, le capitalisme n’est pas fondamentalement une économie de marché ; c’est une
économie monétaire de production très sensible aux anticipations, aux phénomènes
psychosociologiques et aux comportements irrationnels des masses… Ainsi, si le libéralisme se
comprend comme une théorie qui considère que le marché et la concurrence sont des règles qui
permettent (et suffisent) à l’économie d’être orientée vers le bien commun, alors Keynes n’est pas
libéral en ce sens là
- Keynes un critique radical du libéralisme dans sa conception orthodoxe et conservatrice celle qui est
utilisée sans scrupule par la classe possédante et dominante comme alibi pour maintenir et renforcer
ses positions acquises.
- Si l’on envisage le libéralisme comme l’alibi conceptuel des « gagnants », des possédants ou des plus forts
dans le système capitaliste. C’est un antilibéralisme,
- Le système est, instable, le marché n’est pas autorégulateur Par exemple la baisse des salaires est
sensée réduire l’écart entre l’offre et la demande d’emploi dans la théorie néoclassique alors que
Keynes affirme qu’elle provoque une baisse de la demande effective anticipée par les entreprises et
donc de la production et de l’emploi. Cet auteur raisonne en termes de circuit macro-économique. Il
n’examine pas les actions individuelles mais les relations entre les grandes variables macroéconomiques (production, consommation, emploi) et met l’accent sur les interdépendances.
- Seul l’Etat peut réguler l’économie En augmentant sa demande d’investissement par exemple (grands
travaux) en augmentant les prestations sociales des plus défavorisés il rend les entrepreneurs plus
optimistes ces derniers produisent plus ’emploi augmente Le déficit budgétaire se comble de luimême grâce à l’effet multiplicateur en effet quand l’état injecte dans l’économie des ressources
supplémentaires, celle ci engendre une nouvelle demande pour les entreprises la production augmente
les revenus distribués également ,Les revenus sont imposés et l’état récupère sa mise
3. En Europe comme aux États-Unis le keynésianisme va devenir la pensée économique dominante avec la
naissance de l’Etat providence
- . En 1942, le premier rapport Beveridge (Social insurance and allied services) décrit les grandes lignes
de l’État providence. Ce welfare state devient l’archétype des économies d’Europe : sécurité sociale,
système de santé gratuit (le National Health Service de 1946 au Royaume-Uni), allocations familiales…
- La plupart des gouvernements font du plein-emploi une priorité, suivant en cela le second rapport
Beveridge de 1944 (Full employment in a free society) et le voient moins comme une conséquence
qu’une condition nécessaire de la croissance.
•
Les politiques économiques des 30 glorieuses sont keynésiennes
- Certains pays, comme la France, pérennisent leur système de planification (adopté à l’origine pour la
reconstruction). Une politique agricole administrée est mise en place en Europe.
- Partout, la théorie keynésienne légitime le recours fréquent au déficit budgétaire.
- En France et au Royaume-Uni de nombreuses firmes sont nationalisées. On assiste donc à un recul
significatif du libéralisme économique au plan intérieur.
13
III.
Retour au libre-échange puis résurrection contemporaine du libéralisme économique
A.
La globalisation des échanges
[
1. La globalisation économique
•
Les accords du Gatt libéralise les échanges
- Soucieux d’éviter que de nombreuses économies se referment sur elles-mêmes comme dans les années
1930, et conscients des risques de surproduction que court l’économie américaine d’après guerre,.
- En octobre 1947 les accords du GATT (General Agreement on Tariffs and Trade), devenu Organisation
mondiale du commerce en 1995 sont signés par 23 pays. Cette organisation avait pour fin de fournir un
cadre aux futures négociations sur les abaissements de droits de douanes entre les États membres.
Des rounds de négociations, décomposés en réunions régulières ont pour but de régler les litiges
éventuels et d’accorder des concessions tarifaires multilatérales et non discriminatoires (clause de
réciprocité). D’une moyenne de 40% en 1945, les droits de douanes ont été ramenés à en moyenne 5%
en 1990.
•
Une intégration croissante des économies
- Après une évolution progressive, de la CECA (1951) à l’Union européenne (1992) l’Europe occidentale est
devenu le modèle d’intégration économique et de zone régionale de libre-échange le plus abouti
- . Toutefois les zones moins avancées de libre échange se sont multipliées à travers le monde. L'ALENA
en Amérique du Nord en 1994, le Mercosur en Amérique latine en 1991, l’ASEAN en Asie.
- Les droits de douanes sont désormais autour de 3% en moyenne, mais de nombreuses formes non
tarifaires de protectionnisme sont apparues : les normes différentes entre les États, les exigences
sanitaires, où encore la fameuse exception culturelle française.
- Entre 1948 et 1971 le volume du commerce mondiale à été multiplié par cinq, malgré les chocs pétroliers
il a continué à croître bien plus vite que la production durant les décennies suivantes.
- Les firmes transnationales créent des filiales à travers le monde afin de profiter des avantages de
chaque pays (suivant en cela l’analyse de Ricardo). Sous leur égide, une division internationale du
travail se met en place.
2. La globalisation financière.et ses manifestations.
•
Un marché financier unique s'est constitué au niveau mondial du fait des 3 D ….
- Les places financières nationales sont interconnectées grâce à la révolution des NTIC (technologies du
traitement de l'information, du codage et de la communication) et fonctionnent désormais en continu.
- La globalisation se traduit par un décloisonnement des marchés c'est à dire à l'abolition des frontières
entre marchés jusque-là séparés et à l'éclatement des compartiments existants Désormais, celui qui
investit (ou emprunte) recherche le meilleur rendement en passant d'un marché à l'autre.
-
Marchés monétaire (argent à court terme)
-
Marchés des changes (échanges des monnaies entre elles)
-
Marchés financiers (capitaux à long terme)
Marché à terme (marché sur lequel se négocient des contrats à terme permettant de se
prémunir contre les risques de marché). Je m'appelle J Kerviel, je parie aujourd'hui que le Dax
allemand atteindra les 8200 Points alors qu'il fait aujourd'hui 8000. J'achète un contrat 100;C et
si je gagne mon paris je gagne 100 X 25 € (prix du point) par contrat. Si je perds par contre ....
- Elle a été facilitée par la déréglementation : les capitaux circulent librement sans contrôle des changes.
- Et par la désintermédiation : Le financement se fait directement sur le marché financier sans passer par
l'intermédiaire des banques
•
La globalisation financière se manifeste par ….
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Un accroissement des opérations de change et des mouvements de capitaux
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Le développement des : investisseurs institutionnels : fonds de pension, SICAV, fonds communs
de placements, compagnies d'assurances).
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L'une de leurs principales fonctions est de gérer les retraites par capitalisation.
3. La globalisation financière pour le meilleur ou pour le pire?
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La mondialisation financière (Financial globalization en anglais) présente un certain nombre d’avantages.
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Le décloisonnement permet aux emprunteurs et aux préteurs d’obtenir un meilleur rendement.
La dérèglementation est nécessaire à la CPP qui est un idéal à atteindre car un marché sans
entrave permet une allocation optimale des ressources, le retour automatique à l’équilibre, la
convergence des intérêts particuliers avec l’intérêt général.
La désintermédiation permet de diminuer les coûts de financement des grandes entreprises qui
peuvent trouver plus facilement des capitaux nécessaires à des investissements importants.
•
Pourtant, elle est source d'instabilité et de risques pour l’économie.
- Elle favorise les bulles spéculatives (Les cours des titres peuvent ainsi s'éloigner fortement de leur
voleur fondamental).
- La finance internationale suit désormais sa propre logique, qui n'a plus qu'un rapport indirect avec le
financement des échanges et des investissements dans l'économie mondiale réelle
- Elle fragilise le système bancaire (faillites retentissantes de ces deux dernières décennies traduisent).
- Les exigences de rentabilité des Zinzins sont élevées. La rémunération des détenteurs de titres
financiers se fait au détriment des salaires et de l'investissement et d’une gestion à long terme des
entreprises.
- Elle renforce les inégalités de patrimoine entre la fraction de la population déjà la plus riche, détentrice
d'un capital de rapport et le reste de la population.
B.
La renaissance du libéralisme économique des années 70 à 2008
1. L’incapacité de l’État à répondre à la montée brutale du chômage dans les années 1970 permet aux
économistes libéraux de retrouver leur audience passée. Friedrich Hayek 1889- 1992
•
La crise économique est provoquée par la politique monétaire expansionniste de la banque centrale qui fausse
le système de prix relatifs dans la structure de production
- Dans ces conditions, la politique d'ajustement devrait consister à laisser les prix revenir à leur
configuration d'équilibre, tout en renonçant à l'excès de crédit et — contrairement à Keynes — en
encourageant l'épargne pour réduire plus rapidement l'écart entre l'investissement et son
financement, que la crise a révélé. Cette théorie de la conjoncture, lui vaut le « Prix Nobel »
d'économie.
- La théorie économique autrichienne commence par énumérer les lois logiques de l'économie, qui sont plus
certaines encore que les lois physiques, et tient qu'il n'y en a pas d'autres qui soient stables (dualisme
méthodologique). La différence majeure de son approche conjoncturelle est d'étudier la conjoncture
•
Les politiques keynésiennes de relance économique, fondées sur l'utilisation du budget public, produisent la
stagflation
- À la fois inflation,
- Stagnation économique
- Et chômage (telle la stagflation des années 1970 en Angleterre et ailleurs).
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Tout projet de société collectiviste, est voué à l'échec.
- Toute tentative de gestion rationnelle et globale de la société ne tient nécessairement pas compte de
l'autonomie des personnes et de l'imprévisibilité de leurs actes, et
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- Hayek affichait sa préférence pour les « structures ordonnées » ou « institutions » (establishments[16])
qui « sont le résultat de l'action d'hommes nombreux, mais ne sont pas le résultat d'un dessein
humain[17] », que ceux-ci ont progressivement constituées par une suite d'essais et de découvertes des
erreurs, sans mépriser a priori la rationalité de leurs prédécesseurs.
- Sa critique contre les constructivistes s'étend aux économistes néo-classiques et à la tendance à vouloir
assimiler les méthodes de la science économique à celles des sciences physiques et mathématiques :
•
Critique de la notion de « justice sociale
- Dans le même souci d'insister sur la complexité de l'ordre social et de la spontanéité de ses acteurs,
Hayek a notamment entendu démontrer que la notion de « justice sociale » ne peut pas logiquement se
traduire par des critères objectifs d'action « ici et maintenant »,
- parce qu'on ne pourra jamais suffisamment prévoir les effets de nos actes pour dire si oui ou non ceuxci conduiront à l'état de la société à atteindre dans l'avenir qui lui sert de référence et de norme —
en supposant que les divers socialistes, qui opposent cette conception
- De la « justice » aux règles de la morale sociale commune, aient seulement réussi à se mettre d'accord
dessus. La notion se réduit alors à un slogan que l'on invoque à l'occasion de divers actes de
redistribution politique [19].
•
Comme la plupart des libéraux depuis Alexis de Tocqueville, Hayek considère que la démocratie est un moyen,
et non une fin en soi :
- « Elle a uniquement l'avantage de permettre l'alternance politique sans violence. Elle se doit cependant
d'éviter la démagogie et l'atteinte aux actes individuels qui résulterait d'un débordement inconsidéré
de la démocratie hors du champ restreint où elle doit s'appliquer selon Hayek.
- Il ajoute que la démocratie couplée à l'étatisme, tend à devenir totalitaire. Il considère que les citoyens
des sociétés occidentales ont cessé d'être autonomes en devenant dépendants des bienveillances de
l'État.
- Hayek reproche à la démocratie de son temps d'être devenue une « démocratie de marchandage [21] ».
Pour lui la menace la plus importante pour l'ordre du marché et pour la démocratie n'est pas tant
l'égoïsme individuel que celui des groupes.
- « Alors que l'on peut grosso modo, dire que l'égoïsme individuel conduira dans la plupart des cas la
personne à agir d'une façon indirectement favorable au maintien d'un ordre spontané de la société,
l'égoïsme du groupe clos, ou le désir de ses membres de devenir un tel groupe, sera toujours en
opposition avec l'intérêt commun des membres d'une Grande Société». Ce qui gêne aussi Hayek, c'est
que, suivant Mancur Olson, il estime que tous les intérêts ne sont pas organisables et que ceux qui
peuvent le faire risquent d'exploiter les autres
2. De nouveaux courants de penseurs libéraux (nouveaux classiques, monétaristes…) apparaissent et
expliquent comment l’intervention de l’État a mené à la crise, à l’inflation et au déséquilibre.
•
Les monétaristes considèrent que le seul objectif de la politique économique doit être
l’inflation.
la maitrise de
- Un courant de pensée apparu à la fin des années soixante et considère que l’action de l’Etat est nuisible
à l’économie, même lorsqu’elle est passagèrement positive.
- Milton Friedman (né en 1912) est le monétariste le plus célèbre. Il essaye de réhabiliter la théorie
quantitative de la monnaie pour détruire l’édifice keynésien.
- L’appellation de monétarisme vient de ce qu’il estime que la politique monétaire moins inefficace que la
politique budgétaire qui est sa bête noire
- En cas d’inflation la politique monétaire doit donc limiter la progression de la masse monétaire en
augmentant les taux d’intérêt .De plus cette politique doit être pratiquée par des banques centrales
indépendantes des pouvoirs politiques.
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L’attaque en règle des politiques de relance keynésienne par les nouveaux classiques. On leur préfère les
politiques de rigueur
- Les politiques keynésiennes de relance sont accusées de générer de l’inflation sans effets réels. Les
nouveaux classiques (Lucas / Barro) pensent que toute politique économique est inefficace parce que
les agents économiques anticipent correctement leurs conséquences néfastes.
- Par exemple :↓ Des taux d’intérêt ⇒ anticipation des poussées inflationnistes futures ⇒ pas d’↑ de la
consommation et de l’investissement Ou ↑ des dépenses de l’Etat ⇒ ↑ anticipation d’une ↑future
des impôts ⇒ ↑de l’épargne ⇒ pas de relance
- De plus les politiques de relance financées par le déficit budgétaire créent des effets d’éviction (plus
de capitaux disponibles pour financer l’investissement des entreprises privées). Les emprunts d’Etat
assèchent en effet le marché financier.
- IL est donc préférable de pratiquer des politiques de rigueur visant à juguler l'inflation par la rigueur
salariale, budgétaire et monétaire.
- Les nouveaux classiques comprennent :Robert Lucas Jr (« Prix Nobel » d'économie 1995)Finn E. Kydland
(« Prix Nobel » d'économie 2004)Edward C. Prescott (« Prix Nobel » d'économie 2004)Robert Barro,
Neil Wallace Thomas Sargent
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Les théoriciens de l’offre préconisent une action en faveur des entreprises et une réduction des impôts
- Laffer : Symbole de l'offensive idéologique libérale contre l'impôt, à l'époque de la campagne électorale
présidentielle américaine de Ronald Reagan (président de 1981 à 1989). Représente les recettes
fiscales totales (en ordonnées) en fonction du taux d'imposition (en abscisses).
- Cet auteur en déduit qu’un taux d'imposition élevé décourage l’activité économique et que sa baisse
augmentera les recettes fiscales car elle incitera à augmenter l’activité. « Trop d'impôt tue l'impôt »
- La politique de l’offre est fondée sur l'action en faveur des entreprises. Il faut libérer l’esprit
d’entreprise en diminuant les impôts si ces derniers sont trop élevés. Ils freinent le dynamisme
économique (trop d’impôts tue l’impôt ou les hauts taux tuent les totaux)
- Il faut détruire tout ce qui entrave l’offre, c’est à dire la production de richesses.
- Psalmodiés dans les milieux conservateurs américains (puis européens) à partir des années 80
- L’Etat par nature est inefficace et pervers il doit donc être le plus réduit possible, le marché ayant
par principe réponse à tout.
- Une des bêtes noires de l’économie de l’offre est la protection sociale. Elle constitue selon eux un
obstacle à la croissance
3. Les politiques économiques sont généralement libérales depuis les années 80
•
Le thatchérisme du Royaume Uni
- En 1979, l’élection de Margaret Thatcher à la tête du Royaume-Uni annonce de grands changements dans
ce pays où l’État et les syndicats sont d’importants acteurs de la vie économique.
- Entre 1979 et 1996 le nombre de fonctionnaires passe de plus de 700 000 à moins de 500 000. Les
grandes entreprises britanniques sont privatisées (elles représentaient près de 12% du PIB). L
17
- Le taux de syndicalisation passe de 52% en 1980 à environ 30% en 1996. Le gouvernement réduit la part
de la dette de l’État dans le PIB.
- À leur retour au pouvoir, les travaillistes recueillent certains héritages du thatchérisme dans leur
nouveau programme à visée centriste de la « troisième voie ».
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La politique de Ronald Reagan
- En 1980, Ronald Reagan, converti comme Margaret Thatcher aux idées de Friedrich Hayek, est élu à la
présidence des États-Unis.
- Reagan possédait de très fortes convictions personnelles sur l'importance d'un taux marginal
d'imposition raisonnable, qu'il avait acquises lorsque, acteur, il était sujet à un taux supérieur à 90% ;
il imaginait que l'effet dissuasif s'appliquait à tous. Cette expérience inspire fortement ses mesures
de baisse des impôts.
- Il s'oppose aussi fermement à l'inflation, dont il considère les effets injustes. P
- Pour lui, les problèmes économiques ne peuvent être résolus par l’État, l’État étant lui-même le problème
Sur les conseils des « supply siders », héritiers de J-B Say qui font du soutient de l’offre (de la
production) la priorité, l’administration américaine relance l’initiative privée par des abaissements
fiscaux sans précédent.
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La France de Mitterrand de la relance Mauroy à la Rigueur Fabius
- En France, le premier gouvernement socialiste de la Ve république, sous la présidence de François
Mitterrand, applique son programme de nationalisations et de relance les deux premières années,
- Puis déclare faire une « pause », et bloque les salaires afin de restaurer l’équilibre monétaire. Cette
politique, qui ne fait que résoudre le problème de l’inflation, est suivie à partir de 1986 de la
privatisation de la plupart des grands groupes sous des gouvernements successivement de droite puis
de gauche.
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La conversion de la Chine et des pays de l’Est à l’économie de marché
- La chute de l’Union soviétique en 1991 provoque la libéralisation progressive des économies de la Russie
et des pays d’Europe de l'Est.
- La Chine se convertit à l’économie de marché et rejoint l’OMC (en 2001).
4. La crise économique actuelle signe le grand retour du keynésianisme.
•
Plus personne n'a honte de parler de relance par le déficit, de politique budgétaire,
- Alors que, il y a encore peu, ces modes d'action publique vous classaient soit dans la catégorie des
attardés mentaux,
- soit dans celle des étatistes qui cherchent à tout prix à creuser les déficits que les générations à venir
auront à rembourser - alors que c'est du côté de l'offre, uniquement du côté de l'offre, que gisent les
problèmes. Or, soixante-deux ans après sa mort,
- L’intervention directe de l’État fédéral dans le sauvetage des banques, l
- Es ébauches de nouvelles régulations du secteur financier
- Plans nationaux de relance
•
Keynes retrouve une actualité brûlante, parce que, à l'évidence, les problèmes proviennent désormais de
l'enchaînement négatif des marchés : l
- 'Explosion des bulles financières et immobilières comprimant le crédit et la demande, ce qui engendre
une récession qui menace de tourner à la déflation [1] .
- Mais il est des conversions surprenantes. Dans Le Monde daté du 17 décembre, un chroniqueur célèbre
« ceux qui ont tiré les conséquences de la nature keynésienne de la crise », à savoir Obama, Sarkozy
et Brown. Toutefois, il précise que, un peu comme pour le cholestérol, il existe un bon et un mauvais
keynésianisme. Le premier vise à casser les anticipations pessimistes des acteurs et à « doter
d'institutions et de règles le capitalisme mondialisé ». Le second est celui qui viserait à substituer
l'économie administrée à l'économie de marché.
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L’efficacité du plan de relance voulu par Barack Obama en question
- Le plan final est issu d'un compromis avec la minorité républicaine qui voulait essentiellement se
cantonner à des réductions massives d'impôts, recherche d'un "accord bipartisan".
- Les adversaires de l'investissement public dénoncent les "gabegies" et les idées maîtresses du plan.
Ainsi 200 économistes universitaires de renom dénoncent "l'idée que tous seraient aujourd'hui
devenus keynésiens". Dans une pétition de l'ultralibéral Institut Cato, ils estiment que "la baisse de
l'impôt et la réduction de la taille de l'Etat" restent, avec "la levée des contraintes sur l'emploi,
l'épargne, l'investissement et la production", les meilleurs moyens de conjurer la crise.
- A gauche, le Prix Nobel d'économie 2008, Paul Krugman, critique depuis le début les "compromissions"
que M. Obama a, selon lui, acceptées pour préserver le caractère "bipartisan" du plan final. Lui aurait
souhaité que la part des investissements publics soit beaucoup plus vaste, au détriment des réductions
d'impôts. Car, en termes de soutien à la demande, selon lui, "on obtient un rendement bien plus élevé
avec des dépenses de l'Etat en infrastructures qu'avec des baisses d'impôts". Constatant que les
investissements en infrastructures seront les plus sacrifiés dans le plan final, The Nation,
hebdomadaire de la gauche démocrate radicale, juge ce plan "bien mieux que rien", mais "insuffisant".
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